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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

CÂMPUS LONDRINA
CURSO DE PSICOLOGIA

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO

LONDRINA
2022
ANNA JULIA SILVA LOURENÇO

CHRISTIANO RIBEIRO MIRA PAPI DA SILVA

MARIA EDUARDA DO CANTO TRIGO

MARIA EDUARDA VANZELLA SANTOS

THAMIRES BESSA ALVES

THIAGO RIOS SLAIBI CONTI

VITOR MARQUES

SOMATIVA 03 - PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO

Somativa 03 apresentado à
disciplina de Psicologia e Educação
no curso de Psicologia da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná,
campus Londrina.

LONDRINA
2022
INTRODUÇÃO

O celibato involuntário, mais conhecido como incel surgiu no ano de 1993 por
uma estudante canadense, conhecida como Alana, com o intuito de discutir de
forma online e em grupo, acerca das dificuldades pela busca e êxito no âmbito
sexual, segundo O’Malley et al.,2020, citados na Revista Iberoamericana de
Psicologia (2021). De acordo com a Revista, incel pode ser constituída por qualquer
pessoa solitária, de qualquer gênero, da qual nunca praticou a relação sexual ou
não a fazia a muito tempo, porém vem sendo preenchida por homens do qual tem
suas intimidades sexuais negado pelas mulheres e acabam as culpando por isso. O
movimento tomou proporção pelo fato dos homens, que têm suas intimidades
negadas, começarem a discutir o fato de mulheres sexualmente ativas se
relacionarem apenas com homens atraentes e/ou estereotipados, conhecidos como
Chads na comunidade online. Como consequência, tais comentários geram revolta
para com as mulheres, fazendo com que a comunidade entrasse para a lista de
grupos radicais que disseminam discurso de ódio do Southern Poverty Law Center,
de acordo com a reportagem da NBC acerca do atropelamento causado por Alek
Minassian em 2018 no Canadá. Alek cometeu tal ato por estar infeliz com a falta de
experiências sexuais com mulheres durante a faculdade. Dentro desta comunidade,
as mulheres sexualmente ativas e estereotipadas, são conhecidas como Stacys,
das quais vivem de luxo, nunca trabalharam e conseguem tudo o que querem
somente pela sua aparência. Segundo a Revista de Psicologia, “algumas histórias
notaram que os incels são especificamente antifeministas, tornandose "venenoso
com a palavra feminista”. Por fim, este grupo vem sendo conhecido pelas
manifestações em que estão ligadas a promessas de violência em que reflete para o
mundo real pelos próprios participantes da comunidade online, acarretando práticas
de violência de gênero.

Atualmente, é possível perceber que a inserção de crianças e adolescentes


no meio incel pode ser cada vez mais comum. Os jogos online vêm se tornando
cada vez mais um “refúgio” para vários jovens e até mesmo adultos, alguns buscam
um alívio da rotina, outros uma maneira de diversão sem sair de casa e em alguns
casos conhecer pessoas, afinal, com o avanço da tecnologia a interação nos jogos é
algo extremamente essencial em certos tipos de games. Segundo Ferreira (2020),
“Os jogos eletrônicos são uma das maiores formas de distração e fuga da
realidade na atualidade, movimentando cada vez mais as indústrias
produtoras de games. Com a imersão cada vez maior da tecnologia na vida
social da população, a busca por jogos eletrônicos como forma de distração
é cada vez maior, sejam eles jogados em diversas plataformas, como
celulares, computadores ou consoles. Dessa forma, uma pessoa que chega
cansada após um longo dia de trabalho, tende a procurar por jogos que
acalmem e relaxe a sua mente.” (FERREIRA, 2020)

Como dito acima, incels são jovens reclusos e que tem dificuldade com
negação social que ambientes sociais podem prover por N situações variáveis.
Nessa reclusão podemos perceber que os jogos são uma forma de fuga da
realidade, mas ao mesmo tempo uma válvula para descontarem toda a frustração
social que os mesmos sentem e principalmente quando percebem que do outro lado
é uma mulher que está jogando. Segundo Gomes (2022, p.5), “As mulheres
apontaram atitudes tóxicas vindas por parte dos jogadores homens, como: situações
de assédio, machismo e violência de gênero.” Aliados ao todo preconceito que
possuem, eles ainda conseguem destilar esse ódio de uma forma “segura”, visto
que estão atrás da tela de um computador.

Mas como podemos ter a certeza que todo homem que profere esse discurso
para uma mulher é necessariamente um incel? Afinal, dizendo dessa forma está
sendo extremamente simplista. Dito isto, os incels são extremamente ativos em
fóruns como reddit, 4chan e discord, ocorrendo além de todo os seus preconceitos e
falas, também comentam da sua rotina e o que fazem em casa, visto que não
possuem uma vida social além do seu quarto. Um massacre conhecido como “isla
vista” que foi cometido por um incel, podemos ver um pouco da ligação dos incel
com os jogos online, segundo Gedai (2020), “Alguns outros canais mais alternativos
e mesmo as poucas pesquisas recentes sobre o caso, porém, trabalham mais no
viés de demonstrar a misoginia de espaços em que Rodger se situava (os fóruns de
incel, parte da comunidade do jogo online World of Warcraft, etc) bem como sua
ligação e apreço por ideias da atual alt-right e por figuras nazistas.”
Traçar um perfil com base de atitudes em jogos online é algo extremamente
delicado, o que queremos deixar externado é que esse comportamento por trás dos
jogos não pode ser ignorado e muitos vezes são “sinais” de como realmente a
pessoa vê o mundo e está usando essa forma de entretenimento para externar sua
frustração e raiva com os sentimentos que está lidando. Afinal, em algum momento
essa raiva toda deixa de ser externada apenas por trás de uma tela e situações
lamentáveis vem acontecendo cada vez mais recorrentes.

A SOCIEDADE E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A EXISTÊNCIA INCEL

Para compreender a problemática incel, é necessário compreender o cenário


no qual ela surge, o qual prevalece em uma sociedade fundamentada em ordem do
capitalismo e suas raízes patriarcais. Apesar deste sistema que aloca a mulher
como submissa e inferior ao homem, conhecido como sistema patriarcal, existir
antes da constituição do capitalismo (Souza, 2015), é no modelo de sociedade
capitalista que a mulher além de continuar nessa posição de submissão, passa a ter
o cunho como a mulher sendo moeda de troca em um mercado social, como
possibilidade de atender desejos masculino.

Conforme Bauman (2008) o consumo é característico do ser humano e o


consumismo é característico da sociedade, isto é, o consumismo é um processo em
que as vontades de todos os indivíduos são aglomeradas e repetidas, desta forma
se obtém uma força transformadora que movimenta a sociedade para uma forma
determinada de existir. Logo, de tal modo, tudo pode ser comprado ou vendido em
prol do sanar a crise identitária dos diferentes sujeitos, uma vez que o capitalismo é
um sistema no qual o consumismo é ofertado como a solução de todos os
problemas, incluindo os de identidade, todavia somente faz com esses problemas
se intensifiquem.

Nesse sentido, dentro do sistema capitalista a mulher além de consumidora,


é designada a ser objeto (Verbicaro e Homci, 2021), movimento que é notório em
propagandas, prostituição e muito reforçado com pornografias, estas as quais
mulheres são sempre objetificadas e reduzidas de suas subjetividades, portanto são
conduzidas a se portarem como se seua sexualidade e corpos existirem somente
para a satisfação de desejos masculinos, sendo que seu movimento de consumo
também é adestrado para tal através dos padrões de beleza irreais, fomentando
essa expectativa masculina de que as mulheres precisam atender a esses requisitos
de aparência e atitude frágil, submissa, dependente e desejável para o homem.
Com isso, essa forma de exposição deduz a conotação de que são tanto os objetos
reais, como o ser humano são semelhantes, logo é possível possuí-los, nisso o que
se resulta são homens encarando como seu direito o acesso ao corpo feminino,
com isso, a violência se torna protagonista.

A violência contra a mulher é uma forma de dominação patriarcal que visa a


manutenção do poder masculino, ocorrendo por meio de estereótipos machistas,
piadas ofensivas, assédio, estupro e as mais diversas situações (Sommacal e De
Azambuja, 2017), e a naturalização dessas ações - que ocorre também no meio da
comunidade incel - legitima o poder masculino. A sociedade patriarcal com suas
garras misóginas se constitui excepcionalmente pela hierarquia e disparidade de
poder – fomentado pela meritocracia que não coincidentemente advém da lógica
capitalista – constroem que: há poder para quem está no topo – homem e o que
compõe a masculinidade, enquanto a mulher e o que se refere a sua feminilidade é
o que está abaixo (Colling, 2004). Com isso, a misoginia consome a sociedade de
forma silenciosa através de suas órbitas de consumo, constituindo-se aos poucos
em seus mais diversos ambientes e não abandonando a particularidade do que
exerce a facilidade on-line do anonimato.

De acordo com Álvares (2017), a internet, enquanto meio abstrato, facilita a


disseminação de atos de violência sob a proteção do anonimato, isto é, faz com que
comportamentos que provavelmente não passariam despercebidos no cotidiano,
sejam improváveis de serem controlados virtualmente. No que diz respeito ao
sexismo alastrado nas redes, é notório que grande parte ocorre em ambientes
pertencentes ao que chamam de filosofia RedPill, que se trata de uma referência do
filme Matrix na qual estes grupos adaptaram a proposta da cinematografia. Para
eles, essa "pílula vermelha” (RedPill) seriam as “verdades ocultas” no que diz sobre
a realidade do mundo, ou seja, fazer parte desses ambientes, seria como tomar
essa pílula e a partir disso saber sobre todas as mentiras contadas para a
humanidade, um portal para as verdades escondidas do mundo. Nesse sentido,
uma das verdades seria o fato de homens serem as reais vítimas do sistema, e
nesse contexto, os incels partem desse movimento de homens que se sentem
rejeitados por mulheres, com isso a misoginia passa a ser uma filosofia utilizada
especialmente nessas comunidades on-line, dessa forma disseminam ódio pelo
gênero feminino como tentativa de aliviar esse ressentimento sem sentirem-se
culpados, uma vez que todos dessa comunidade compartilham do mesmo
sentimento. Um dos sites utilizados a nível mundial para proliferar essas alianças e
pensamentos é o 4chan - web-site que possibilita a divisão por canais temáticos e a
inserção de novos tópicos de discussão - sendo um dos principais no que se diz
sobre o movimento da Nova Direita (ALT-Right), o qual possui como uma de suas
características conteúdo pornográfico hostil e degradante em relação às mulheres
(Nagle, 2016).

Os termos utilizados no chans do Brasil para denominar a figura feminina são


altamente desrespeitosos e misóginos, sendo possível encontrarmos variações das
expressões, todavia as mais recorrentes são “depósito de porra” ou ainda
“merdalher”, caracterizando não só a conhecida desigualdade de gênero, mas
também a aversão ao que é feminino. Tais conotações trazem consigo a
ambientalização dos demais termos, os quais podem – talvez, “explicar” tamanho
desprezo pelo outro gênero. Conforme Nagle (2016), dentre estes temos a lógica de
dividir homens entre alfas e betas, sendo os alfas aqueles que são desejados pelas
mulheres, enquanto os betas são os fracos, que não possuem vantagens com as
mulheres. Essa ideia fortalece a restrição experienciada pelos incels e reforça o
sentimento de inferioridade e serem ridicularizados pelo que é considerado uma
“ordem natural” do homem, desta maneira, se sentem violados de algo que,
culturalmente, seria deles “por direito”. A partir disso, reflete a violência como ação
irracional diante deste sentimento de invalidação social, esses individuos expressam
seu ódio e criam realidades na intenção de saírem dessa posição, restaurando o
que seria a “lógica social” (patriarcado) considerada, por eles, como “apagada”
devido o avanço do movimento feminista.

Na sociedade, esse movimento on-line reflete, principalmente, em escolas.


Tendo como manifestação protagonizada pelos incels através de fotos de expressão
sexual de colegas (meninas) de sala tiradas sem o consentimentos das mesmas,
toques em partes íntimas femininas nestas mesmas colegas que podem passar
despercebidos pelas mesmas, e dentre muitos outros que ocorrem, um dos que
mais chamam atenção são os massacres, estes quais os protagonistas desejam e
incitam a morte das pessoas que convivem no mesmo ambiente escolar que eles,
numa tentativa de apagar o sofrimento de invisibilidade experienciado. Nesse
sentido, como a psicologia e a educação podem agir?

INTERVENÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

Vygotsky (1989) menciona que fatores sociais, culturais, históricos e institucionais


podem influenciar os processos de aprendizagem e desenvolvimento. Isto é, a
apropriação da cultura humana ocorre por meio das relações interpessoais dentro
da sociedade a que o indivíduo pertence, ocorrendo por meio da educação e
orientação adulta. Além disso, existem diversos processos internos de
desenvolvimento que ocorrem apenas quando uma criança interage com os outros e
há cooperação entre pares (Vygotsky, 1991, p.101). Portanto, o desenvolvimento é
propiciado através da aprendizagem, portanto deve ser visto como um trabalho em
andamento, uma possibilidade e com isso, a interação com os outros é um caminho
indispensável.

Vygotsky (1991) também assume que existem dois níveis distintos de


desenvolvimento, sendo um efetivo o qual caracteriza-se ao que a criança faz
sozinha sem a supervisão de alguém e o proximal que seria o que ainda não é
capaz de fazê-lo sozinha, mas tendo sucesso com supervisão de alguém ou/e
outros tipos de recursos. Portanto, a educação deve ocorrer no âmbito do
desenvolvimento proximal, dando às escolas e aos professores um papel importante
no desenvolvimento individual.

Dessa maneira, ao identificarmos que as habilidades sociais e a inteligência


emocional é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento geral do ser
humano e possibilitam a compreensão do outro, melhorando a compreensão dos
eventos que levariam o indivíduo a se tornar um celibato involuntário e por sua vez
ter uma melhor relação com o outro e consigo mesmo, propomos meios de
desenvolvimento da inteligência emocional e das relações sociais através das
plataformas de jogos online, especificamente O jogo League of Legends (LOL).
Objetivo Geral: Trabalhar as relações sociais por intermédio dos jogos online

Objetivo específico: Averiguar possíveis inadequações sociais ou inabilidades


socioafetivas, por meio de observação e aplicação do teste “Escala de desregulação
emocional infanto-juvenil (EDEIJ).

Metodologia: Efetuar inscrições para o Campeonato local de League of Legends,


através de um formulário que deverá inserir os dados do participante, assim como
que qual terá seu nick criado e mantido em anonimato e será informado que esse
sigilo é de extrema importância para que todos possam jogar livremente, sem que
haja nenhum tipo de constrangimento durante a fase pós partida.

1. Esses participantes irão utilizar os computadores que serão ofertados pela


escola, com equipamento adequado para que o jogo possa ser executado
normalmente.
2. Todos os participantes deverão estar 30 minutos antes de suas partidas
iniciarem para compartilharem experiências, dicas e possíveis estratégias
para seus companheiros. Assim como poderão livremente abordar temas
aleatórios.
3. Após a finalização das partidas, todos serão encaminhados para o refeitório
para efetuar um lanche e serão após esse evento dirigidos até suas casas.
4. Sobre o campeonato, não haverá processo de exclusão de nenhum
participante, no qual a cada partida, todos os participantes, baseados no KDA
(diferença entre execuções e mortes) e no seu desempenho final ofertado
pelo jogo (D,B,A, S e S+), ofertará uma pontuação específica.
5. Serão realizados encontros todos os finais de semana, no qual serão
ofertados a possibilidade de efetuarem 2 jogos, por cada encontro.
6. O Chat será monitorado pelos administradores do projeto, para coletar
informações comportamentais das relações deles.
7. Os encontros duraram todo o semestre, totalizando 16 meeting para os jogos
e 4 para passeios e conversas sobre relações interpessoais.
8. No início e no final do projeto será aplicado o teste EDEIJ, para levantamento
de possíveis situações problemas e direcionamentos caso haja a
necessidade.
9. Após o final do semestre, será oferecido um kit google play, com gift card do
LOL de 50 reais, mais caneca e camiseta com a estampa do personagem
favorito. E para quem obteve mais pontos, será ofertado os mesmos prêmios,
contudo obterá um gift card no valor de 100 reais.

CONCLUSÃO

A misoginia, que advém dessa sociedade capitalista-patriarcal, produz


incansavelmente explicações para que a mulher permaneça no seu papel submisso
e incapaz, este contexto social fortalece a ambientalização e existência deste
movimento. Segundo Amato (2022), eles não são um grupo homogêneo e se
subdividem em organizações que variam nas nuances de suas ideologias e alvos de
seu ódio: incels (celibatários involuntários), homens de bem, homens sanctos,
fathers for justice, movimento pelos direitos dos homens, para ficarmos em alguns
exemplos. Apesar de conterem suas particularidades, podemos dizer que o ódio às
mulheres é o foco principal de todas as suas questões sociais e emocionais, o que
coloca em dúvida sua masculinidade e seu propósito neste sistema social.

Isso é decorrente pois os homens que se inserem nesses grupos se baseiam


numa normativa heterossualizada, como norteador do dever do homem, quanto até
mesmo no que diz respeito a sua virgindade. Esta última se liga a uma
masculinidade frustrada, o que os fazem se posicionar abaixo na hierarquia entre os
homens, o que justifica para eles a opressão e culpa que recai sobre as mulheres.

Segundo Amato, a impossibilidade de se inserir dentro desse ideal


imaginado, se baseia no fato de que as construções culturais no qual esses homens
se inserem usam de processos misóginos para se apropriar de uma ideia de
sexualidade livre, no qual o homem tem o direito ao acesso ao corpo das mulheres
e ao fazê-lo tornaria concreto os ideais e sua supremacia. Acarretando inúmeras
problemáticas, como depressão, discursos de ódio, misoginia, suicídio,
assassinatos, agressões etc. O que nos leva a pensar sobre os meios que os
psicólogos possam operar, para que tais eventos não venham a participar dos
discursos e da maneira que uma sociedade se compreende e se expressa, já que
segundo Ribeiro (2022), o sentimento de rejeição, a ausência de inteligência
emocional, assim como a dificuldade de estabelecer vínculos é justamente o fator
que propicia o surgimento do Celibato involuntário.

Conforme Franco, Roazzi e Santos (2020) os componentes que medem


a inteligência emocional relacionam-se com diferentes variáveis importantes
em contexto escolar (idade e dados socioeconômicos, entre outros) e
explicam uma parte do rendimento acadêmico e da retenção escolar. Existem
ainda estímulos que disparam certas emoções, que podem ser demonstrados tanto
do ambiente físico como o mental, gerando a necessidade de compreendê-los para
que possa-se compreender suas consequências. E dependendo de como o
indivíduo lida com algum fato, como a rejeição por exemplo, dependendo das
habilidades sociais e de sua inteligência emocional, apresentar diferentes
comportamentos para cada situação, ou até mesmo para a mesma.

Isso se deve ao fato que a inteligência emocional tem como característica a


habilidade de perceber e controlar as emoções individuais e do entorno. Quando se
alcança o controle de suas emoções, o modo com que o indivíduo permite com que
tais sentimentos ou pensamentos fluem, possibilitam uma melhor inserção do
mundo e um melhor posicionamento frente às adversidades, trazendo melhorias nas
relações afetivas, conjugais, profissionais e sociais. (Dos Santos, 2022)

Dos Santos (2022) ainda alia o desenvolvimento de competências


cognitivas e emocionais como a melhor forma de promover seres humanos mais
íntegros, menos discriminatórios, que são capazes de se compreender melhor a si e
aos outros estando aptos para estabelecer relações mais positivas.

E que por sua vez ao agregar com experiências positivas como é o caso do
projeto educativo por meio de jogos online, podemos ofertar atributos que os nossos
jovens poderão utilizar para sua vida futura, aumentando suas chances de
efetividade em diversas áreas, como trabalho, relacionamentos, amizades, entre
outros. Nesse ínterim, a inteligência emocional tem um papel importante nos
processos educacionais, tornando o indivíduo capaz de lidar com as influências do
mundo globalizado e com as constantes mudanças que ocorrem em um curto
espaço de tempo (Ribeiro, 2022)
REFERÊNCIAS

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