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FACULDADE E ESCOLA TÉCNICA DAMA


CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM TURMA XXVI

CHAIANE ANDRIELI KATH

ESQUIZOFRENIA E A ENFERMAGEM

CANOINHAS,
2021
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1. INTRODUÇÃO

A Esquizofrenia tem sido definida por alguns autores como uma psicose crônica
que se assemelham e se sobrepõem. Apresenta origem multifatorial onde os fatores
genéticos e ambientais parecem estar associados a um aumento no risco de
desenvolver a doença. No ano de 1911, Eugen Bleuler. criou o termo "esquizofrenia"
(esquizo = divisão, phrenia = mente) substituindo o termo demência precoce na
literatura e conceituando o termo para indicar a presença de uma cisma entre
pensamento, emoção e comportamento nos pacientes afetados” (SILVA, 2006,
p.183)
É também denominada como transtorno esquizofrênico, que engloba um grupo
de doenças que apresentam distorções de pensamento variados, considerada uma
perturbação crónica, que começa tipicamente na adolescência ou no início da idade
adulta, caracterizando-se por distorções fundamentais do pensamento, da
percepção e por emoções impróprias (WORLD HEALTH REPORT, 2001).
Os sintomas da esquizofrenia são muito característicos da doença, podendo
trazer alguns prejuízos cognitivos para o indivíduo durante o curso da doença,
embora não se comprove a diminuição de inteligência. Ressalta-se ainda que as
alterações afetivas tem sido as mais imprevisíveis, assim como a presença de
alucinações e delírios.
Neste estudo pode-se verificar que a fisiopatologia da esquizofrenia ainda é
muito interpretativa, podendo elencar algumas teorias, tais como: genética, distúrbio
do neurodesenvolvimento, alterações estruturais e psicológicas, entre outras.
Os sinais e sintomas da doença se apresentam, na maioria das vezes, antes da
vida adulta ou em sua primeira fase, podendo ser positivo, negativo ou acontecer
juntos.
Esse projeto tem a pretensão de ampliar o olhar acerca da Esquizofrenia,
destacando suas características e principais tratamentos utilizados hoje, além de
relatar as observações realizadas no CAPS do Município de Três Barras -SC no
mês de dezembro, onde aconteceu o estágio supervisionado em Enfermagem e
realizou-se a entrevista com um paciente esquizofrênico, o qual permitiu conhecer
de modo mais profundo aspectos relevantes e reais de uma pessoa esquizofrênica.
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Diante dessa constatação, esta revisão buscou a atualização sobre os


prejuízos cognitivos encontrados na esquizofrenia e possíveis estratégias de
reabilitação destes indivíduos.

1.1 OBJETIVO GERAL

 Prestar assistência de enfermagem ao portador de Esquizofrenia

1.2 Objetivos específicos:

-Conhecer a atual estrutura da assistência psiquiátrica (CAPS);


-Observar a participação da família no cuidado dos portadores de esquizofrenia e
desenvolver atividades culturais e observar a qual obtém o melhor resultado;
-Propiciar atividades culturais e sociais com os pacientes;
-Compreender melhor a patologia;
-Auxiliar e promover novas atividades que influenciem na melhoria da qualidade de
vida dos pacientes portadores de uma patologia.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONCEITUANDO A ESQUIZOFRENIA

De acordo com Silveira & Braga (2005), as investigações acerca da doença


mental tiveram seu início na Grécia antiga com os filósofos Sócrates e Platão, os
quais destacaram a existência de uma forma de loucura, tida como divina utilizavam
a palavra Manikê para caracterizá-la.

os sintomas característicos da Esquizofrenia envolvem um conjunto de


disfunções cognitivas e emocionais que incluem percepção, pensamento
indutivo, linguagem e comunicação, comportamento, afeto, fluência e
produção de pensamento e do discurso, capacidade hedónica vontade e
impulsos, e atenção (DSM-IV-TR, 2006, p.299).Não achei nas referencias??

Silva (2006) considera a Esquizofrenia um transtorno cerebral grave, crônico,


permanente, disfuncional e debilitante, sendo considerada uma psicopatologia, ou
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seja, uma forma de psicose na qual seus sintomas afetam o pensamento, as


emoções e o comportamento do indivíduo.
Para os autores as principais características da esquizofrenia são
alucinações e delírios, transtornos de pensamento e da fala, perturbação das
emoções e do afeto, além de déficits cognitivos.
A Esquizofrenia apresenta normalmente seus primeiros sinais e sintomas
durante a adolescência ou no início da idade adulta, porém, já foi descrita em
crianças e adolescentes no início do século XIX segundo Nardi et al (2015), os quais
destacam que por muito tempo, a Esquizofrenia em crianças e adolescentes era
categorizada como autismo, porém hoje ocupa uma categoria distinta e específica.

As alucinações auditivas se apresentam em, aproximadamente, 80% dos


casos descritos […]. As alucinações visuais ocorrem, geralmente, em
crianças que apresentam alucinações auditivas e são menos frequentes
com as alucinações táteis […], assim como as gustativas e olfativas.
(NARDI et al, 2015, p. 212)

O diagnóstico dessa psicopatologia utiliza os critérios do DSM 5 – Manual


Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (AMERICAN PSYCHIATRIC
ASSOCIATION, 2015). Nele o paciente precisa apresentar dois ou mais sintomas
por uma quantidade significativa de tempo durante o período de um mês, dos quais
destacam-se: 1. Delírios, 2. Alucinações, 3. Discurso desorganizado, 4.
Comportamento grosseiramente desorganizado e 5. Sintomas negativos (expressão
emocional diminuída ou avolia).
De acordo com Silva (2006) Kraepelin e Bleuler identificaram a existência de
um déficit cognitivo generalizado, com múltiplos déficits neuropsicológicos nos
pacientes com esquizofrenia, os quais foram encontrados por meio de vários testes
de raciocínio, velocidade psicomotora, memória de aprendizagem e habilidades
motoras, sensoriais e perceptuais, além de alterações cognitivas seletivas como
déficits em atenção, memória e resolução de problemas.
Existe uma subtipificação para a Esquizofrenia, dependendo do curso e da
resposta ao tratamento, dos quais destacam-se: a esquizofrenia paranoide, a
esquizofrenia indiferenciada, a esquizofrenia desorganizada, a esquizofrenia residual
e a esquizofrenia catatônica.
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Os três primeiros subtipos clássicos (demência paranóide, hebefrenia e


catatonia) eram descritos como doenças separadas até que Kraepelin as
reuniu sob o nome de demência precoce. Juntamente com a esquizofrenia
simples, introduzida por Bleuler, os subtipos paranóide, hebefrênico e
catatônico de Kraepelin formaram o grupo de esquizofrenias de Bleuler”
(SILVA, 2006, p.264).

Landeira et al (2007) apud Silva (2006) ver o ano do autor Landeira, o autor
mais novo é o que deve ser citado e não está nas referencias te ressaltam que
apesar das causas da Esquizofrenia serem ainda desconhecidas e acometer de 0,2
a 2% da população, sua etiologia é heterogênea, com estudos que defendem a
participação tanto genética, quanto do ambiente.
Na teoria genética a esquizofrenia é tratada como uma desordem hereditária
que ocorre devido à concordância da carga genética entre parentes de primeiro
grau, ou seja, quanto mais próximo o grau de parentesco, maior o risco de
desenvolver a doença. Nesse contexto, Silva (2006) destaca que essa teoria
considera a Esquizofrenia um distúrbio do neurodesenvolvimento, e que ocorre em
eventos de nascimento precoce, má nutrição do feto (redução no suprimento de
oxigênio, iodo, glicose e ferro) e em partos prematuros, causando prejuízo no
desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC) do bebê.
Existe ainda a teoria das alterações estruturais, a qual relaciona a
esquizofrenia com indivíduos que possuem cérebros mais leves e menores que
aqueles não acometidos por essa patologia.
Por fim, tem—se a teoria psicológica e que se refere ao conceito de emoção
expressa (EE) no ambiente familiar, e a influência de “eventos estressores
psicossociais” podendo apresentar pioras sintomatológicas diante de estresses
como perda de familiares, mudança de moradia, exames escolares, etc. Dentre os
sintomas, destacam-se as alucinações; delírio, agitação psicomotora; insônia;
transtorno de pensamento e logorreia; perturbações das emoções e do afeto e
agressividade. Esses sintomas quando associados geram características presentes
nos tipos de esquizofrenia, e que serão descritos abaixo para melhor compreensão.

2.2 TIPOS DE ESQUIZOFRENIA E CARACTERÍSTICA


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De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais


(DSM V, 2014) Não achei nas referencias?? existe uma classificação diferenciada para
identificar a Esquizofrenia enquanto componente dos Transtornos do Espectro da
Esquizofrenia e demais Transtornos Psicóticos, o qual sugere a avaliação deste
conforme a presença/ausência de cinco sintomas críticos, tais como:

a.delírios, b. alucinações, c. discurso desorganizado, d. comportamento


grosseiramente desorganizado ou catatônico, e. sintomas negativos (i.
e., expressão emocional diminuída ou avolia). É preciso que pelo
menos dois desses sintomas estejam presentes pelo período de um
mês, e pelo menos um deles deve ser, necessariamente, a, b ou c
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014)

Segundo as Diretrizes de conduta Médico-Pericial em Transtornos Mentais


(2007) Não achei nas referencias?? existe uma classificação dos pacientes em grupos e
subtipos de esquizofrenia. Ressalta que em um mesmo paciente, o subtipo pode
mudar no decorrer do tempo. Neste subgrupo serão descritos os seguintes
transtornos:

● F20.0 Esquizofrenia paranoide: tipo mais comum de esquizofrenia,


possui o delírio perquiritório e de grandeza. Muito comum as alucinações
auditivas, mas todas as outras estão presentes;
● F20.1 Esquizofrenia hebefrênica: manifestação mais abrupta, o
comportamento é pueril e bizarro: paciente se agita corporalmente,
movimento do corpo e fala. Perda da realidade e delírios não estruturados;
● F20.2 Esquizofrenia catatônica: tipo menos frequente de
esquizofrenia, traz uma disfunção motora para a pessoa, dificultando-a de
se movimentar e também gera diminuição da fala;
● F20.3 Esquizofrenia indiferenciada: quando há vários sinais ou
sintomas relacionados ao transtorno esquizofrênico, mas não se enquadra
em um diagnóstico;
● F20.4 Depressão pós-esquizofrênica: comum a pessoa após a fase
aguda e ou de crise passar por curto ou longo período de depressão o que
caracteriza sua definição;
● F20.5 Esquizofrenia residual: é uma esquizofrenia crônica que
existentes a anos. Apresenta comportamento excêntrico, pensamentos não
lógicos e inapropriados, e acompanha muito tempo a pessoa;
● F20.6 Esquizofrenia simples: empobrecimento aparente do
pensamento e dos afetos, isolamento social e familiar. (BRASIL, 2007,
p.24). Não achei nas referencias??

Pode-se dizer que a definição objetiva e uniformização dos sintomas, bem


como os critérios de diagnósticos para esquizofrenia contribuíram para a
identificação de anormalidades biológicas da doença, tornando possível uma
classificação mais precisa de diferentes subtipos da esquizofrenia, os quais
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consideram as características de curso, prognóstico, substrato patogênico e a


resposta a tratamento.
Silva (2006, p.263) define a Esquizofrenia como “uma psicose crônica
idiopática, aparentando ser um conjunto de diferentes doenças com sintomas que se
assemelham e se sobrepõem”.
Ressalta que a mesma tem origem multifatorial e que os fatores genéticos e
ambientais podem estar associados a um aumento no risco de desenvolver a
doença, observando ainda alterações significativas nos processos cognitivos.
Incluem a velocidade de processamento, a memória de trabalho, memória e
aprendizagem verbal e visual, raciocínio e resolução de problemas, cognição social
e atenção.
Buscando um consenso para avaliar os déficits cognitivos na esquizofrenia,
especialistas envolvidos com o desenvolvimento do projeto MATRICS
(Measurement and Treatment Research to Improve Cognition in Schizophrenia)
analisaram estudos, cruzaram informações e concluíram que as funções cognitivas
mais afetadas pela doença a serem consideradas na avaliação neuropsicológica de
pacientes com esquizofrenia são:

⮚ velocidade de processamento: rapidez em que são executadas tarefas


simples e que demanda o funcionamento dos processos cognitivos;
⮚ memória e aprendizagem verbal e visual: capacidade de aprender e
recordar informações verbais e visuais;
⮚ raciocínio e resolução de problemas: capacidade de raciocinar em
atividades novas utilizando conhecimentos previamente adquiridos;
⮚ memória de trabalho: capacidade de retenção e manipulação de
informações para utilização imediata;
⮚ atenção: habilidade de manter a atenção focada em uma atividade.
⮚ cognição social: capacidade de identificar, manipular e adequar o
comportamento a um determinado contexto, a partir da detecção de
informações provenientes do ambiente em questão. (NUECHTERLEIN et al.,
2004)

De acordo com Keefe e Eesley (2013) as funções cognitivas são as primeiras


áreas a apresentarem déficit, antes mesmo dos sintomas psicóticos aparecerem.
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Ressaltam que a identificação dos prejuízos nessas áreas é fundamental para a


estruturação de um programa de reabilitação.

4.1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

Como citado acima, as alterações cognitivas são amplas e merecem uma


atenção especial no seu processo avaliativo e também no plano da reabilitação, o
qual pode empregar as técnicas utilizadas na abordagem analítico-comportamental,
fomentando os processos de neuroplasticidade e basear-se na aprendizagem de
novos comportamentos.
Assim, a Análise do Comportamento sugere a realização de uma avaliação de
cada indivíduo, através da elaboração de um programa individual e que atenda às
limitações daquele indivíduo.
De acordo com Skinner (1990), o comportamento precisa ser entendido a
partir da história da espécie do indivíduo (filogênese), de sua história de vida
(ontogênese), a da cultura no qual está inserido, sendo esses os níveis de seleção e
variação do seu comportamento. Portanto, devem ser analisados devido as variáveis
ambientais que o transforma e é transformado por elas (SKINNER, 1990).
Ressalta-se que princípio importante o conceito de aprendizagem é um dos
princípios na análise do comportamento complexo, pois envolve diversos outros
princípios, devendo ser estudado de forma a se investigar o que o determina, uma
vez que compreender o que é aprendizagem, é analisar de que forma ocorre a
modificação do comportamento.
Para isso, torna-se necessário que se observem os antecedentes (estímulo),
o próprio comportamento (resposta) e as consequências que se seguem à ação do
organismo. Esses fatores e as relações envolvidas são fatores determinantes para a
análise de um determinado comportamento (CATANIA, 1999).
A partir dessas observações, Skinner (2006) definiu o conceito de
comportamento operante, o qual considera as contingências envolvidas (estímulo -
resposta - consequência), e constrói o modelo de seleção por consequências, em
9

que uma resposta é modelada e selecionada a partir das interações ocorridas entre
indivíduo e ambiente.
Borges (2009) explica que um comportamento é funcional quando este ocorre
porque existe uma razão de estar ali, podendo ser investigado a partir da análise dos
níveis de variação e seleção e das contingências envolvidas. Ou seja, as respostas
são selecionadas de acordo com as consequências que produzem.
Na abordagem analítico-comportamental, o comportamento é visto enquanto
uma relação, atribuindo as causas do comportamento a fatores internos, definido por
Baum (2007, p. 53) como "prática de invocar ficções mentais para explicar o
comportamento". Em relação a essa questão, Skinner (1990, p.1206) aponta que "o
cérebro é uma parte do corpo e o que ele faz, é parte do que o corpo faz, e portanto,
deve ser explicado".
A compreensão acerca do comportamento é um dos processos sobre os
quais o Sistema Nervoso atua. Assim, "[...] compreender como o sistema nervoso
modula nossas funções cognitivas, comportamentais, motivacionais e emocionais"
torna-se fundamental para a análise do comportamento. (COSENZA et al, 2008, p.
16).
Kandel (1998) explica que tudo o que é chamado de "mente", é o que ocorre
no cérebro e embora os indivíduos nasçam com uma carga genética a ser expressa,
só aparece a partir das interações com o ambiente, que seleciona o que será
desenvolvido a partir de processos de aprendizagem.
Ou seja, o que é realizado com frequência pelo organismo, o cérebro
interpreta como importante e realiza a conexão sináptica, já o que é pouco realizado,
tem sua conexão reduzida.
Dessa forma, pode-se perceber que o ambiente, as relações e o
comportamento modificam a expressão genética, sendo determinantes as formas de
interações do indivíduo com o seu meio para a formação das conexões neurais,
influenciando no seu comportamento.
Assim, tais princípios mostram que os conceitos dos transtornos
psicopatológicos se diferenciam para a abordagem, uma vez que os transtornos
psiquiátricos precisam ser analisados como os outros comportamentos, pois alguns
seguem as mesmas regras de ocorrência, manutenção e funcionamento, onde a
avaliação funcional se faz extremamente necessária, uma vez que é a partir da
interação que as conexões cerebrais se modificam.
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Portanto, o que determina se um comportamento é normal ou não são


fatores e regras sociais, porém, a ocorrência do mesmo dependerá da história de
vida, filogênese e da cultura em que o indivíduo está inserido. (VILAS BOAS et al,
2009). Dessa forma, as contingências mantenedoras dos comportamentos de uma
pessoa com esquizofrenia precisam ser analisadas para que o tratamento seja
devidamente realizado.

2.3 REABILITAÇÃO E ESQUIZOFRENIA

A reabilitação de um indivíduo esquizofrênico segundo Haase et al (2008)


precisa atuar nos processos cognitivos, comportamento e perspectiva emocional do
paciente, devendo ser desenvolvida baseada nas potencialidades do sujeito através
de estratégias que compensem os comprometimentos apresentados, priorizando o
desenvolvimento de novas conexões através da neuroplasticidade.
Para isso torna-se necessário uma avaliação neuropsicológica identificando o
que está preservado e o que precisa ser melhorado, no sentido de contribuir para a
funcionalidade do indivíduo no seu cotidiano e na sua qualidade de vida.
A neuroplasticidade trata-se de um processo no qual a reabilitação está
ancorada na capacidade de desenvolvimento, regeneração das conexões neuronais
devido a uma lesão buscando preservar a funcionalidade do organismo (HAASE et
al, 2012).
Os autores explicam que a recuperação funcional do sujeito esquizofrênico
está relacionada a fatores que favorecem a reorganização dos circuitos pós-lesão
cerebral, sendo estes:
a) diasquise: perda da função de áreas distantes da região lesionada, onde existe
um desequilíbrio nos processos de excitação dos neurônios, existindo uma
depressão funcional;
b) reorganização funcional: refere-se a capacidade de manter um comportamento
adaptativo devido à ampliação de circuitos neurais;
c) modificação da conectividade sináptica: alteração de neurônios não afetados
substituindo as conexões anteriormente realizadas com outros neurônios;
d) alteração da estimulação sensorial: visa manter o equilíbrio através da
capacidade de regulação da excitabilidade e conectividade dos neurônios;
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e) regulação inter-hemisférica: está relacionada a possibilidade que um hemisfério


possui em equilibrar a função perdida pelo outro (HAASE et al, 2012).
No entanto, alguns fatores acabam desfavorecendo a neuroplasticidade, tais
como o estresse e as variações nos níveis de atenção do indivíduo que, caso esteja
com sono ou desmotivado, tem a recuperação neuronal prejudicada (MUSZKAT;
MELLO, 2012). Não achei nas referencias??
Outros fatores são apontados por Haase e Lacerda (2004) ao afirmarem que
para o processo de reabilitação ser eficaz, dependerá da localização da lesão, da
idade, nível de comprometimento, etc.
Por sua vez, Pontes e Elkis (2013) desatacam que no modelo de reabilitação
baseado na aprendizagem, o fato de as funções cognitivas estarem afetadas pode
influenciar de forma negativa o tratamento, comprometendo a obtenção de novas
habilidades pelo indivíduo.
No entanto, segundo Skinner (2007) o comportamento passa por processos
de aprendizagem e pela a capacidade de reorganização cerebral, sendo possível
pensar em estratégias de reabilitação a partir da Análise do Comportamento.
Nesse contexto, Pontes e Hübner (2008) discorrem sobre técnicas
comportamentais utilizadas em processos de reabilitação. As autoras, destacam a
importância da Avaliação Funcional e da relação entre terapeuta e paciente,
explicando como um programa de reabilitação deve ser elaborado e levar em
consideração os seguintes princípios na construção desse programa:
1. Especificar e escolher o comportamento a ser trabalhado;
2. Identificar os objetivos do tratamento;
3. Observar e criar um padrão do comportamento a ser modificado;
4. Identificar o que é motivador para o paciente;
5. Explicar o plano de tratamento para que qualquer pessoa seja capaz de executá-
lo;
6. Observar as evoluções de acordo com o que foi planejado;
7. Realizar avaliações do processo;
8. Modificar o que achar necessário;
9. Refletir e orientar a generalização dos comportamentos adquiridos para além da
reabilitação.
Porém, cada programa deve ser montado de acordo com a especificidade do
problema e a história de vida de cada indivíduo e, portanto, as formas de reabilitação
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também. No entanto, não se exclui a necessidade e importância do tratamento e


acompanhamento psiquiátrico e possíveis intervenções medicamentosas,
contribuindo no trabalho em equipe Multi Interdisciplinar.
McGlynn (1990) Não achei nas referencias??analisou seis comportamentos-alvo
utilizados em programas de reabilitação, sendo eles: o comportamento social
inapropriado, atenção e motivação, inabilidade em reconhecer os déficits, memória,
linguagem e discurso e distúrbios motores.
A autora verificou que os mais severos déficits não prejudicam a capacidade
de aprendizagem, destacando como fundamental o trabalho com a generalização,
ou seja, o novo comportamento na vida prática do indivíduo, assim como a relação
terapeuta e paciente.
De acordo com McGlynn (1990), um programa de reabilitação com pacientes
esquizofrênicos, a partir da abordagem analítico-comportamental, deverá seguir os
seguintes passos:
⮚ Avaliação neuropsicológica para identificar as áreas cerebrais
prejudicadas e preservadas;
⮚ Avaliação funcional dos comportamentos alvo do paciente;
⮚ Selecionar o comportamento alvo;
⮚ Elaboração do programa de reabilitação e técnicas comportamentais a
serem realizadas;
⮚ Aplicação do programa;
⮚ Planejamento da generalização;
⮚ Avaliação dos resultados.

Vale lembrar que no tratamento da esquizofrenia diversas atividades podem


ser introduzidas, tais como a Arteterapia, Atividades Físicas e Orientações ao
paciente e à família, uma vez que a relação familiar do indivíduo esquizofrênico
precisa estar no plano terapêutico singular, sendo devidamente avaliada para que
as intervenções seja realizadas.

5.3 ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS

Hoje a Ciência não mede esforços para encontrar antipsicóticos com menores
efeitos extrapiramidais, ou seja, que acabam comprometendo o sistema neuronal, e
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está relacionado no controle do tônus e da postura, porém que também sejam


eficazes no tratamento dos sintomas negativos da esquizofrenia, tais como
Clozapina, Risperidona, Olanzapina, Quetiapina, Ziprasidona e mais recentemente o
Aripiprazol.
O desenvolvimento da Clozapina pode ser considerado um avanço nesses
esforços, uma vez que “a substância já estava disponível em alguns países da
Europa desde o começo da década de 1970, sendo o primeiro antipsicótico que
tratou os sintomas da esquizofrenia de forma efetiva com apenas um risco mínimo
de induzir efeitos colaterais motores extrapiramidais” (SILVA, 2006, p.273).
Essa substância tem mudado as opiniões em relação à eficácia clínica e aos
efeitos colaterais dos fármacos. Seu reconhecimento vem influenciando de forma
notável o desenvolvimento de novos antipsicóticos, uma vez que a Clozapina
apresentou uma eficácia antipsicótica excelente sem bloquear os receptores de
dopamina D2 nigrostriatais (SILVA, 2006).
Assim, a Clozapina tem apresentado resultado igual ou superior aos
antipsicóticos clássicos em relação a melhora dos sintomas positivos da
esquizofrenia, porém, mostra alguns efeitos em sintomas negativos. Silva (2006)
verificou que 60% dos pacientes que não respondem a neurolépticos típicos podem
apresentar melhora com o seu uso, no entanto, o aparecimento eventual de
agranulocitose tem sido o maior problema em relação ao seu uso.
Para Graeff & Guimarães (1999) esse quadro possui origem controversa,
talvez com componentes alérgicos, caracteriza- se pela redução acentuada do
número de neutrófilos, tornando o paciente susceptível a infecções graves e
portanto, a monitorização do uso dessa substância através de hemogramas
regulares faz-se necessária.
6. O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA

As intervenções de enfermagem se fazem necessárias e relevantes, podendo


facilitar o tratamento da pessoa que vivencia a doença, auxiliando na redução dos
sinais e sintomas e contribuindo para sua ressocialização.
Nesse contexto, ressalta-se que a pessoa com o transtorno esquizofrênico
possui uma desorganização de pensamento, e, portanto, tem sua rotina de vida
alterada, sendo tratado pela sociedade com austeridade. Dessa forma, torna-se
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necessário que algumas atitudes sejam observadas e realizadas pelos profissionais


que atuam diretamente ou indiretamente com essas pessoas:
● Comunicação comprometida;
● Estratégias de adaptação da pessoa e da família;
● Compreensão sobre os recursos terapêuticos;
● Conhecer os papéis existentes na família;
● Promover o envolvimento familiar;
● Avaliar a comunicação, relação e a interação da família com o
paciente.

A esquizofrenia ainda é uma barreira para muitos pacientes que se tentam


reabilitar e também um problema muito real para os familiares. Mesmo com as
profundas mudanças pelas quais a família está passando e tratamentos hoje, muitas
famílias ainda vivenciam sentimentos de responsabilização, culpa, revolta, tristeza,
medo e frustração. a mesma forma, que a pessoa com esquizofrenia sofre duas
vezes, pela doença e pelo preconceito, a família também sofre duas
Considerando a complexidade, o intenso sofrimento e os inúmeros prejuízos
trazidos pela Esquizofrenia nos diversos aspectos da vida da pessoa esquizofrênica,
tornando-se fundamental um novo olhar para os portadores deste transtorno,
acolhendo e valorizando o sofrimento destes, além de auxiliá-los na descoberta de
novos sentidos para a convivência com o transtorno perante a sociedade.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo possui como base uma pesquisa bibliográfica e documental, de


caráter qualitativo, pois está fundamentada em livros, artigos, leis e observações
realizadas durante o estágio supervisionado em Enfermagem no CAPS, os quais
subsidiaram a discussão do tema proposto, tendo sido evidenciado a relevância da
temática abordada.
Para isso, foram pesquisados assuntos relacionados ao tema em livros de
referência das áreas, sendo utilizado enquanto critério de inclusão a relevância e
contribuição científica dos autores em Análise do Comportamento, Neuropsicologia e
Esquizofrenia.
Para Severino (2007) a pesquisa bibliográfica pode ser definida como:
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[...] um registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em


documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utilizam-se dados de
categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente
registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O
pesquisador trabalha a partir de contribuições dos autores dos estudos
analíticos constantes dos textos (SEVERINO, 2007, p.122).

A coleta de dados pode ser considerada um dos momentos mais importantes


da realização de uma pesquisa, pois é durante esta fase que o pesquisador obtém
as informações necessárias para o desenvolvimento do estudo. Assim, realizou-se
uma entrevista com um paciente esquizofrênico, o qual nos permitiu realizar uma
análise mais profunda acerca da Esquizofrenia e demais considerações acerca
desta doença.
Escrever onde será feito
Quando?
Descrever as ações que foram feitas
Escrever quais as atividades que serão feitas no modulo 2

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O período de estágio teve início 24/11/2021 e finalizou-se em 29/11/2021,


onde foram realizadas diversas atividades de observação e entrevista, realizada com
um paciente do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no Município de Três
Barras-SC.
No dia vinte e quatro de novembro teve início as observações no CAPS, onde
foi possível conhecer a equipe que atua neste local. Após as apresentações, a
técnica de enfermagem Luciane mostrou a unidade inteira, onde teve-se o primeiro
contato com os pacientes que ali estavam e que realizavam seus trabalhos e
consultas.
Nos foi passado ainda o funcionamento dos medicamentos, as tabelas
utilizadas para melhor organizar a hora de medicar os pacientes. Na sequência,
realizou-se o acompanhamento nas visitas e medicações com as técnicas, as quais
mostraram-se atenciosas e responsáveis com os pacientes visitados.
16

O primeiro paciente tratava-se de um rapaz ex usuário em drogas, o qual na


sua última internação, retornou com um grau de retardo mental. A equipe foi
recebida pela sua mãe e sua irmã que estavam fazendo fogo no fogão a lenha em
uma casa muito simples. Ao fazer o fogo, esqueceram uma bacia em cima e que
começou a pegar fogo.
As questões de higiene são precárias, sendo informada que o paciente já
estava há mais de três meses sem tomar banho. As técnicas de enfermagem que
antes da última internação o paciente fugia quando avistava o micro-ônibus do
CAPS chegando para medicá-lo, tendo que ir atrás dele para conseguir medicá-lo.
No dia seguinte o paciente foi ao CAPS convidado pelas enfermeiras para
tomar um banho, cortar seu cabelo e fazer sua barba.
A outra visita aconteceu no dia 29 do mesmo mês, onde fomos apresentados
a um paciente com 58 anos de idade, morador de São João dos Cavalheiros,
solteiro e que possui o diagnóstico de esquizofrenia e depressão.
Em conversa com o paciente questionamos se o mesmo aceitaria realizar
uma entrevista e o mesmo aceitou prontamente e disse que ficaria feliz em ajudar
alguém.
Segue em anexo a entrevista com um paciente esquizofrênico do CAPS do
Município de Três Barras\SC.

Colocar em anexo depois das referencias

Anexo 1

1.O que é a esquizofrenia para o senhor?

Paciente: “Não tenho conhecimento aprofundado sobre a doença”

2. Quais foram as causas que levaram o senhor a descobrir a doença?

Paciente: “Eu morei nos Estados Unidos, entrei em uma depressão por excesso
de trabalho. Trabalhava muito e em uma consulta o médico me informou que
além da depressão eu também sofria de Esquizofrenia .Até nesse momento eu
nunca havia tido nem um surto”.

3. Quais foram os principais sintomas que levaram o senhor a ser


diagnosticado com Esquizofrenia?
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Paciente: “Eu sempre fui uma pessoa que não procurava fazer amizades,
sempre gostei de ficar isolado dentro de minha casa”.

4. Como é a sua vida após receber o diagnóstico de Esquizofrenia?

Paciente: “Não posso trabalhar pois tenho os surtos. Já fazem 2 anos que faço
tratamento e acompanhamento no CAPS. No último surto a enfermeira
responsável estava comigo. Vivo há mais de 10 anos sozinho, não tenho renda e
após o diagnóstico, depois de 10 anos sozinho meu irmão me veio me ajudar.
Construiu a casa aonde eu moro hoje”.

5. Quais os remédios que o senhor toma para esse transtorno?

Paciente: “Eu tomo Olamzapina duas vezes ao dia ( de manhã e à noite),


Bibirideno três vezes ao dia (de manhã, a tarde e a noite) e Fernegan quando
vou dormir”.

6.O que desencadeia as crises na sua opinião?

Paciente: “Solidão e principalmente ser contrariado”.

7.Uma pessoa com Esquizofrenia consegue levar uma vida normal na sua
opinião?

Paciente: “Sim eu levo um excelente tratamento, tenho uma vida normal, vou ao
banco, no mercado, cortar meu cabelo sozinho e posso dizer que sou
independente após começar meu tratamento”.

Nos informaram que no dia três de junho de 2018, o paciente teve seu último
surto, onde a Policia Militar foi acionada para o atendimento, pois o mesmo estava
descontrolado e não deixava ninguém chegar perto. Os policiais tiveram que contê-
lo para então encaminhá-lo para a ala psiquiátrica do Hospital de Referência
Fundação Hospitalar Três Barras e desde então ele faz o acompanhamento no
CAPS.
O paciente nos informou ainda que tem formação em Pedagogia e que já
trabalhou de padeiro, motoboy e em uma lanchonete na época em que morava nos
Estados Unidos, porém só foi diagnosticado com a doença quando retornou ao
Brasil.
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Nesse contexto, destaca-se o papel do Prestador de Cuidados Informais


(PCIs), uma vez que cuidar de quem cuida deve ser uma preocupação de todos os
profissionais de saúde, em especial dos Enfermeiros, onde sua intervenção deve
estar centrada no equilíbrio da relação cuidador/cuidado.
Ressalta-se, portanto, que o cuidado informal abrange amigos, vizinhos ou
outros grupos de pessoas, não renumerados pelos cuidados que prestam,
assumindo assim o papel de cuidador informal, ou seja, aquela pessoa responsável
pelos cuidados à pessoa com esquizofrenia dependente, experienciando situações
que se repercutem na sua qualidade de vida.

5 CONCLUSÃO

Pode-se concluir que a Esquizofrenia se trata de um transtorno psiquiátrico


que tem início na vida do indivíduo muito cedo e apresenta diversas defasagens
cognitivas, iniciadas antes mesmo dos sintomas aparecerem, sendo identificadas
como características deste distúrbio: a atenção; a memória e a aprendizagem verbal
e visual; o raciocínio; a velocidade de processamento; a memória de trabalho e a
cognição social.
Assim, verificou-se que a Análise do Comportamento visa identificar por meio
de uma avaliação funcional as causas para determinado comportamento que vem
ocorrendo e, com base em algumas informações são traçadas as possíveis formas
de intervenção para modificar o repertório do sujeito e desta forma oportunizar ao
mesmo uma melhor qualidade de vida e funcionalidade.
O estágio supervisionado , bem como a escolha pela temática nos permitiu
ampliar nossos conhecimentos e olhar de maneira diferenciada para o indivíduo
esquizofrênico, percebendo através das vivências que cada pessoa possui sua
individualidade, onde ao observar as relações envolvidas em sua forma de se
comportar em relação ao ambiente, comportamentos, suas relações com outras
pessoas e sua vida em sociedade pode-se compreender que estas são passíveis de
intervenção, aprendizagem e melhora na sua qualidade de vida .
Assim, ao utilizar de técnicas como modelagem, pareamento, esquemas de
reforçamento, entre outras, conclui-se que as estratégias de reabilitação na
Esquizofrenia são fundamentais, pois ao realizar uma avaliação individual de cada
paciente, pode-se elaborar um programa personalizado e adaptado às limitações
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daquele indivíduo, considerando suas competências preservadas e suas reais


necessidades.
Por fim, vale ressaltar que, além da aplicação das técnicas, a generalização
dos comportamentos precisa ser programada, pois possibilitará a adaptação
funcional do indivíduo em seu cotidiano, bem como o acompanhamento psiquiátrico.

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