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Os proprietários das sesmarias eram chamados de sesmeiros e podiam dividir as suas terras como
herança ou vendendo-as. A partilha dessas terras contribuiu em muito para o desenvolvimento do
povoamento da região do vale do Piabanha com o surgimento de várias roças, sítios e fazendas.
Um pedido de concessão de sesmaria era feito primeiramente ao Governador da Capitania, o
Donatário, que em seguida encaminhava o processo para a Câmara Municipal do local. A Câmara
Municipal verificava a disponibilidade das terras que eram solicitadas e dava um prazo de 30 dias para
contestações de posseiros ou de limites.
B) Na “Serra Acima do Inhorimim” ou “Sertão dos Índios Coroados”, como era chamada no início
a futura região de Petrópolis, os pedidos de concessão de sesmaria eram encaminhados a
Câmara Municipal da Vila de Nossa Senhora da Piedade de Magé, a que estava subordinado o
território.
Não havendo nenhum empecilho por parte da autoridade municipal, era ouvido o Provedor da Coroa,
responsável por verificar se o pedido atendia aos interesses da Coroa e se o requerente era pessoa que
possuía cargo oficial e apoiava obras de caridades, principalmente as patrocinadas pela Ordem de
Cristo, se tinha família e por fim se possuía escravos, item essencial para o trabalho braçal. Depois, era
feita a mediação da sesmaria requerida.
O Governador produzia, em nome do Rei de Portugal, a Carta Foral, documento de doação das terras.
Porém, o sesmeiro só viria a ter posse definitiva após dois anos, por meio da Carta Régia, que
confirmava a doação mediante a constatação da Provedoria da Coroa sobre o bom aproveitamento das
terras
As primeiras sesmarias distribuídas no “sertão de serra acima do Inhomirim” pelo governo português
datam de 1686, e foram dadas a algumas pessoas que, no momento, se destacavam na vida política e na
segurança da Colônia. Mas devido à presença dos índios Coroados e das dificuldades de subir a serra,
somente com o Caminho Novo e com a concessão de novas glebas a sesmeiros, a atividade econômica
desenvolveu a região. Quando Petrópolis foi fundada 130 anos depois, já havia um grande número de
fazendas e alguma atividade industrial entre a baía da Guanabara e Vila Rica, conforme descreve o Barão
de Langsdorff no primeiro volume de seus diários. Assim, o trânsito pelo Caminho Novo era muito grande.
O Padre Correia criava gado mais para corte do que para o aproveitamento de leite. Como o clima era propício, havia o
cultivo de cravos, figos, jabuticabas, uvas, pêssegos, marmelos, milho, maçãs e outras frutas de origem européia. Mas a
principal atividade do Padre Correia era cultivo de milho e a fabricação de ferraduras para atender à enorme demanda
exigida pelas dezenas de tropas diárias que pernoitavam na Fazenda. Lá também existiam muitos escravos. O Padre
Correia foi um dos grandes senhores de terra da região petropolitana. D. Pedro I esteve na fazenda em março de 1822 e
retornou várias vezes, passando a ter grande admiração por aquele local. O Padre Correia faleceu em 1824, com 65 anos,
de morte repentina, provavelmente problemas cardíacos, tendo Da. Arcângela Joaquina da Silva, sua irmã, herdado a
fazenda.
D. Pedro I ainda adquiriu outras propriedades no entorno, no Alto da Serra, em Quitandinha e no Retiro, ampliando a
área de sua fazenda. Ele poderia afinal realizar seu sonho de 1822, construindo um Palácio de Verão. Como enfrentava
dificuldades políticas na capital, desejando que reinasse paz entre a Nação e o Trono, passou a chamar o seu Córrego
Seco de Fazenda da Concórdia, onde pretendia construir um palácio. Encarregou o arquiteto real Pedro José Pezerat e
o engenheiro francês Pierre Taulois de um projeto que denominou Palácio da Concórdia, simbolizando a
harmonia que tanto desejava entre a Nação e o ramo brasileiro da Casa dos Bragança. Mas a obra não foi realizada,
pois no dia 07 de abril de 1831, o Imperador foi obrigado a abdicar para retornar a Portugal. O projeto do palácio e o
orçamento da obra constam dos arquivos do Museu Imperial, infelizmente sem referência quanto ao local da obra.
PETRÓPOLIS CIDADE
Como todo povoado colonial, a cidade nasceu de um curato em 1845, subordinado a São José do Rio Preto e, um ano
depois, foi criada a Paróquia de São Pedro de Alcântara, vinculada à Vila da Estrela. Em 1857, onze anos após, foi elevado
a município e cidade, sem passar pela condição de vila, o que era, na ocasião, inédito.
Mas o Imperador não desejava essa mudança de status para sua Petrópolis, pois sabia que nessa condição haveria uma
administração municipal interferindo nas suas relações com a cidade. O Coronel Amaro Emílio da Veiga, deputado na
Assembléia Provincial, depois de duas tentativas sem sucesso por interferência do próprio Imperador, conseguiu aprovar o
seu projeto “...elevando a povoação de Petrópolis à categoria de cidade, revogando-se as leis em contrário.” D. Pedro II
ficou enfurecido e retaliou, determinando que o Cel. Veiga retornasse ao Exército, impedindo que ele assumisse a
presidência da Assembléia Legislativa de Petrópolis, para a qual tinha sido o candidato mais votado nas primeiras eleições
municipais. Desgostoso, o Cel. Veiga pediu a reforma do Exército, afastando-se da vida pública, mas continuou morando
em Petrópolis até falecer, alguns anos depois. Hoje, ele dá nome a uma importante rua da cidade.
Paulo Barbosa e Koeler elaboraram um plano para fundar o que ele denominou “Povoação-Palácio de Petrópolis”,
que compreendia a doação de terras da fazenda imperial a colonos livres, que iriam não só levantar a nova povoação,
mas, também, seriam produtores agrícolas. Assim nasceu Petrópolis, com a mentalidade de substituir o trabalho
escravo pelo trabalho livre.
No dia 16 de março de 1843, o Imperador, que estava com dezoito anos e recém-casado com Da. Teresa Cristina,
assinou o Decreto Imperial nº 155, que arrendava as terras da fazenda do Córrego Seco ao Major Koeler para a
fundação da “Povoação-Palácio de Petrópolis”, incluindo as seguintes exigências:
O Major Koeler fez a planta geral da povoação-palácio, o projeto do Palácio Imperial e, em janeiro de 1845, colocou
na Bolsa de Valores as ações da Companhia de Petrópolis, criada por ele, para a execução de seus planos e projetos.
As ações da Companhia foram vendidas em quatro meses e dois meses após, a 29 de junho, começaram a chegar os
imigrantes alemães para se instalarem e começar o trabalho. Com recursos financeiros e mão-de-obra livre, a
construção da povoação-palácio estava assegurada. Além disso, os governos provinciais de Caldas Vianna, em 1843, e
Aureliano Coutinho, em 1845, deram integral apoio ao plano traçado pelo Mordomo Imperial e por Koeler.
O palácio de verão era uma tradição das monarquias européias. A Casa de Bragança, em Portugal, veraneava no Paço
Real e no Palácio da Pena, ambos em Sintra. No Brasil, desde de Dom João VI, a Família Imperial passava seus
verões no Convento Jesuíta de Sta Cruz, no Rio de Janeiro, tentando, sem muito sucesso, se livrar do calor do clima de
São Cristóvão. Dom Pedro II não tinha muita simpatia nem pelo Convento, nem pela Fazenda de Sta. Cruz. Em 1850,
Dom Afonso, primeiro filho do Imperador, tinha dois anos e a Família Imperial estava desde o Natal em Sta Cruz,
quando, sem motivo aparente, o menino apareceu morto no seu berço. O monarca ficou desolado e tomou horror pelo
Convento, decidindo nunca mais ali voltar, passando a se interessar pelo projeto do seu mordomo. Ele conheceu a
Serra da Estrela em 1844, quando esteve na Fábrica de Pólvora. Em 1845, esteve hospedado com a imperatriz na casa-
grande do Córrego Seco, especialmente preparada desde outubro de 1843 para recebê-lo.
O mordomo Paulo Barbosa, com seu espírito liberal e ecumênico, era contra a escravidão e prestou relevantes serviços ao
Império. A sua participação na fundação de Petrópolis foi decisiva quando mobilizou o seu companheiro de arma, o
engenheiro Major Júlio Frederico Köeler.
Além disso, foi Ministro Plenipotenciário na Rússia, na Alemanha, na Áustria e na França, onde, em 1851, foi demitido de
sua função diplomática. Retornou ao Brasil a chamado de D. Pedro II, em 1854, novamente como Mordomo da Casa
Imperial, falecendo em 1868.
Ainda jovem, ingressou no Exército prussiano, chegando a alferes. Em 1828, foi contratado para servir no Exército
Imperial, depois de prestar rigorosos exames perante a Academia Militar do Rio de Janeiro. Casou-se, em 1830, na
catedral de Niterói, com D. Maria do Carmo Rebelo de Lamare.
Afastado do Exército por questões políticas quando foram demitidos todos os oficiais estrangeiros não naturalizados,
Köeler foi contratado como engenheiro civil na Província do Rio de Janeiro. Em 1831, já naturalizado cidadão brasileiro,
retornou ao Exército e, nos doze anos seguintes, realizou importantes obras públicas na província, uma delas a construção
da Estrada Normal da Estrela, que dava acesso a Petrópolis. Em 1843, arrendou a Fazenda Imperial e iniciou o seu
trabalho na região.
O plano urbanístico para Petrópolis era complexo porque a cidade deveria ser levantada entre montanhas, aproveitando o
curso dos rios. Ele inverteu o antigo estilo colonial português de construir as casas com o fundo para os rios que eram
utilizados apenas como esgoto, como na maioria das nossas cidades. Passou a aproveitar os cursos de água para traçar
pelas suas margens as avenidas e as ruas que davam acesso aos bairros. Outro aspecto relevante no plano foi a
preocupação com a preservação da natureza, determinada pelo seu código de posturas municipais.
Köeler faleceu num trágico acidente durante um torneio de tiro ao alvo, na Chácara da Terra Santa, de sua propriedade.
Sua curta administração frente à colônia de Petrópolis foi decisiva para o que foi realizado nos anos posteriores.
3 - Evolução do povoado: a colonização germânica; povoadores de outras etnias; os
serviços, o artesanato, o comércio e a indústria; formação administrativa e judiciária. A
passagem de povoado à cidade em 1857. A criação da Câmara Municipal.
Em 1837, aportou no Rio de Janeiro o navio Justine com 238 imigrantes alemães em viagem para a Austrália. Devido aos
maus tratos sofridos a bordo, eles resolveram não seguir viagem, permanecendo no Rio de Janeiro. O Mj Koeler soube da
ocorrência e se entendeu com a Sociedade Colonizadora do Rio de Janeiro para trazer os imigrantes para trabalhar na
abertura da Estrada Normal da Estrela, pagando uma indenização ao capitão do navio. Assim, foi dada permissão aos
colonos de desembarcarem no Rio de Janeiro. Estes, sob as ordens de Koeler, estiveram primeiramente trabalhando no
Meio da Serra, depois foram para o Itamarati.
A segunda leva de colonos foi planejada pelos presidentes da província João Caldas Viana e Aureliano Coutinho para
trabalhar em obras na província, mas eles acabaram em Petrópolis, locando no terreno do plano urbanístico traçado por
Koeler. Foram 600 casais de colonos alemães contratados em 1844, exigindo-se que fossem artífices e artesãos com
experiência.
Treze navios deixaram Dunquerque com 2.338 imigrantes, o primeiro deles chegando ao porto de Niterói em 13 de junho
e o último em 7 de novembro de 1845, sendo os imigrantes alojados em barracões ao lado da igreja matriz. Acertados os
trâmites legais, eles foram transferidos para o Arsenal de Guerra do Rio, onde se acha hoje instalado o Museu Histórico
Nacional, ficando por lá alguns dias e, então, seguiram viagem pela baía da Guanabara e pelo rio Inhomirim até o Porto da
Estrela. De lá, para o Córrego Seco, foram a pé ou a cavalo, com escalas na Fábrica de Pólvora e no Meio da Serra, onde
existiam ranchos para os viajantes.
Muitos dos colonos que deixaram Dunquerque não chegaram a Petrópolis em conseqüência do mau passadio a bordo e do
surto de febres nos depósitos. Outros, especialmente crianças, não resistiram à penosa subida da serra e foram enterrados
pelo caminho. O diplomata belga, Auguste Ponthoz, em seu livro “Avaliação sobre o Brasil”, afirma que 252 imigrantes
morreram, sendo 56 nos portos ou na viagem para Petrópolis.
Vieram muito mais alemães católicos do que protestantes. No dia 19 de outubro de 1845, na praça Koblenz, dia de São
Pedro de Alcântara, num altar ornamentado com flores silvestres, o Padre Luís Gonçalves Dias Correia celebrou uma
missa para os católicos e o pastor Frederico Ave-Lallemant professou um culto para os protestantes. O Presidente da
Província, Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho, compareceu a essa solenidade, tendo feito um grande elogio ao
trabalho dos colonos.
Foram muitas as dificuldades iniciais. Logo que aqui chegaram, foi necessária a compra de 200 cabras para alimentar as
crianças, já que suas mães não tinham leite, devido às agruras da viagem. Köeler planejou uma colônia agrícola em
Petrópolis sem estudo prévio da geologia do terreno, o que resultou no fracasso do empreendimento. Os colonos abriram
estradas, derrubaram matas para a construção de residências e semearam suas hortas para consumo e foram utilizados nas
obras públicas, retificando os rios, drenando os lodaçais e construindo os prédios da povoação.
Para tornar mais fácil a adaptação dos colonos alemães à nova terra, Koeler nomeou os quarteirões de Petrópolis com o
nome de suas regiões de origem, como Mosela, Palatinato, Renânia, Nassau, Bingen, Ingelheim, Simeria, Castelânia,
Westphalia. Ele também homenageou a Família Imperial em dois quarteirões, Vila Imperial e Vila Teresa. Em 1854, Otto
Reimarus, que continuou o trabalho de Koeler, criou os quarteirões de Darmstadt, Woerstadt, Worms e outros. Também
prestou homenagem às várias nacionalidades de imigrantes de Petrópolis, nomeando outros quarteirões: Quarteirão
Francês, Quarteirão Suíço, Quarteirão Inglês e mais tarde o Quarteirão Italiano. Para os brasileiros que ajudaram a construr
Petrópolis, dedicou o Quarteirão Brasileiro e o Quarteirão Mineiro.
Hoje, os descendentes dos colonos estão por toda a cidade e seus nomes de família podem ser encontrados no Obelisco do
centro da cidade, nos guias telefônicos e dão nomes a ruas e praças. O progresso dos colonos alemães dinamizou
Petrópolis, contribuindo para o seu desenvolvimento. O seu trabalho e a sua lembrança fazem parte da cidade.
A presença francesa em Petrópolis pode ser reconhecida na criação do Quarteirão Francês, registrado
na planta urbanística de Koeler, compreendida hoje pelas ruas 13 de maio até a Avenida Ipiranga.
Outras localidades também merecem destaque: Cremerie, Morin, Bataillard, frutos da contribuição
valiosa de imigrantes franceses.
João Batista Binot, que se dedicou à floricultura, instalando-se com uma chácara no quarteirão
Nassau;
Dr. Napoleão Thouzet, médico, que instalou a 1 ª casa de saúde particular de Petrópolis e prestou
relevantes serviços à população local durante uma epidemia de cólera;
Dr. Tomás Charbonier, médico, que financiou a construção de um grande prédio na Rua do
Imperador, onde, em 1847, se instalou o Hotel Bragança;
Pe. Nicolau Germain, vigário da paróquia de São Pedro de Alcântara, que promoveu a criação do
Asilo e do Colégio Santa Isabel;
Antônio João Morin, que se estabeleceu com grande pastagem de animais de
montaria para aluguel na região do Palatinado.
Eugênio Bataillard, que se estabeleceu em um sítio entre a Mosela e o Quarteirão Brasileiro, onde
cultivava morangos e uvas, das quais fazia vinho de grande fama. Produzia deliciosos vinhos e
laticínios e sua fama era tão grande que foi várias vezes visitado pelo próprio Imperador D. Pedro II.
A Casa da Educação de Meninas e o Colégio Notre Dame de Sion foram importantes
estabelecimentos educacionais franceses para Petrópolis.
Casal Charbonnier, proprietários do Hotel Bragança. Frequentado pela Família Imperial, o corpo
diplomático e toda sociedade de verão para assistirem a concertos, companhias de teatros e grandes
bailes.
OBS: Parque Cremerie Em 1875, o francês Jules Buisson fundou o Cremerie Buisson, uma fábrica
de queijos e manteiga, cujos produtos tornaram-se rapidamente conhecidos em todo o Brasil pela
excelente qualidade.
d) Os italianos - trabalharam na Companhia Petropolitana de Tecidos, formando uma comunidade com vida
própria, quase independente da cidade. Aos poucos foram se aproximando de outros grupos. Atuaram também em
panificação, distribuição de jornais e diversas outras.
De origem italiana, D. Tereza Cristina foi uma protetora discreta, porém constante dos imigrantes
italianos. A contribuição dos imigrantes italianos foi muito significativa para o desenvolvimento
Os primeiros chegados a Petrópolis instalaram-se no Quarteirão Siméria e Renânia Superior e na
antiga Fazenda Quitandinha, atual Bairro Independência. Mais tarde, formaram o chamado
Quarteirão Italiano, hoje, Alto Independência. Inicialmente dedicaram-se à comercialização do
carvão vegetal.
Um grande número de italianos se instalou no centro comercial de Petrópolis com hotéis, confeitarias,
restaurantes, bancas de jornais, entre outros.
Com a fundação da Fábrica de Tecidos Petropolitana, em Cascatinha, pelo cubano Bernardo
Caymari, foram contratados numerosos operários italianos. As fábricas de tecido consolidaram a
vocação petropolitana para a indústria têxtil e foram diretamente responsáveis pelo boom da
imigração italiana. Para se ter ideia, apenas a Fabrica Cometa chegou a empregar 6 mil
operários, a maioria italianos.
Alguns imigrantes que aqui chegaram trouxeram na bagagem muito conhecimento sobre
arquitetura e decoração.
Antônio Januzzi, que projetou prédios de luxo a partir de 1890. Entre seus projetos estão: Palácio Rio
Negro, o Palácio Sérgio Fadel, atual sede da Prefeitura e o Palácio Itaboraí, no Valparaíso, uma
construção cujo estilo remete à Renascença italiana.
O Palácio Quitandinha foi encomendado pelo milionário Joaquim Rolla em 1944. O projeto sugeria
uma construção bastante excêntrica: um hotel-cassino de luxo, com fachada em estilo normando e
decoração interior hollywoodiana. A ideia era tão desafiadora que vários arquitetos a recusaram.
O Theatro D. Pedro II também foi um empreendimento de italianos. Idealizado por Giovanni
D'Ângelo, o teatro é uma combinação de diversos estilos graças à elaborada criação de Francesco de
Carolis, e da consultoria prestada por Roberto Caburi.
O antigo Palace Hotel, fundado em 1914, e que hoje abriga a Universidade Católica de Petrópolis, foi
obra de outro imigrante, VittorioFalconi.
Henrique Carpenter fundou o Hotel Inglês, frequentado pela alta sociedade dos primeiros tempos de
Petrópolis;.
Tomás Land desenvolveu a Empresa de Diligências da Serra;
Jorge Beresford foi proprietário do Hotel Beresford, localizado onde hoje fica o Palácio do Grão Pará.
f) Outras nacionalidades:
O suíço Otto Reimaurus, coronel de engenharia, contribui com inúmeros desenhos e gravuras
retratando locais e aspectos da vida urbana na Vila Imperial. O dono do Hotel Suíço chamava-se
Francisco Chifelle e sua propriedade nas proximidades onde hoje é a Rua João Caetano deu origem ao
Quarteirão Suíço.
O belga Alfredo Gand foi o primeiro na indústria de malhas com sua fábrica, em 1853.
Imigrantes de outras origens juntaram-se a estes mais tarde. Libaneses, israelitas e cubanos, espanhóis,
japoneses aqui se fixaram em atividades agropecuárias, industriais e comerciais e também contribuíram
para o progresso de Petrópolis
Na prática, começou em 1530, com a chegada dos portugueses com o objetivo de colonizar — ou
seja, ocupar — o território. Os africanos trazidos como escravos se incorporaram a essa ocupação.
A partir de 1808, com a vinda da família real portuguesa, há um segundo momento, quando
vieram suíços e alemães. Porém, oficialmente, ela só pode ser considerada a partir da
independência, em 1822, pois a legislação portuguesa proibia a entrada de estrangeiros no país.
Entremeados a esses períodos, houve fluxos de entradas de espanhóis, judeus da península Ibérica,
holandeses e franceses. Vale lembrar também que, após a abolição da escravatura no Brasil (1888),
muitos fazendeiros não quiseram empregar e pagar salários aos exescravos, preferindo assim o
imigrante europeu como mão de obra.
Nesse contexto, o governo brasileiro incentivou e chegou a criarcampanhas para trazer imigrantes
europeus para o Brasil.
3.3 - formação
administrativa e judiciária. A passagem de povoado à cidade em 1857. A
criação da Câmara Municipal.
Com a Proclamação da República em 1889, que resultou no banimento e no exílio da Família Imperial, temia-se que a
cidade fosse ameaçada por retaliações republicanas e perdesse o seu prestígio. Mas isso não aconteceu.
A) As funções administrativas - passaram a ser exercidas por intendentes nomeados pelo governador do estado até
1892, quando Petrópolis passou a ser governada pela sua Câmara, situação que perdurou até 1916,
1916 foi criada a Prefeitura Municipal, tendo Oswaldo Cruz como seu primeiro prefeito, nomeado por Nilo Peçanha,
então Presidente do Estado do Rio de Janeiro.
Internamente, tentando se alinhar com as novas idéias e apagar as lembranças da Monarquia, os políticos começaram a
mudar os nomes das ruas, substituindo os antigos nomes imperiais pelos seus novos valores:
4.2 - sede de verão do governo - A temporada de verão na Serra da Estrela durava até seis meses, de
novembro a maio, quando então a tutela imperial era transferida para Petrópolis.
Desde 1848, somente nos anos difíceis da Guerra do Paraguai, a vilegiatura serrana do imperador foi interrompida.
Nos dois últimos anos do Império, sua saúde se deteriorou com a diabetes, a ponto de ele se retirar de um espetáculo a
que assistia no Hotel Bragança. Os médicos e sua família procuraram mantê-lo em Petrópolis.
Com o Imperador na cidade, ela se tornava a capital do Império e centro da atenção nacional. Proclamada a República,
foi em Petrópolis que ele recebeu a notícia de seu exílio.
4.3 - Evolução urbana e social - A cidade se desenvolvia rapidamente, com forte tendência aristocrática, por
força da presença do Imperador e de sua corte nas temporadas do verão petropolitano. Nobres, políticos, diplomatas,
grandes senhores e toda sua “entourage”, ricos negociantes e a intelectualidade da época se transferia para Petrópolis,
durante um semestre a cada ano. Palacetes eram construídos para morada dessa gente abonada. Quem não tinha moradia se
hospedava em hotéis e casas de família. E a cidade assumia um aspecto elegante. Muitos desses palacetes hoje fazem parte
do patrimônio arquitetônico do Centro Histórico da cidade, cuja preservação é imprescindível para o desenvolvimento
turístico e cultural de Petrópolis.
A) Sem perder suas características de veraneio, a cidade se modernizava, acompanhando a tendência geral da segunda
metade dos anos 1800. Alguns sinais dessa modernidade são descritos a seguir.
O renomado ensino de respeitados colégios como o Kopke, o Calógeras, o de Frederico Stroele, o NS de Sion, o Santa
Isabel e as escolas de educadoras francesas, como as de Mme Dienes, Mme Taulois e Mme Geslin.
A construção do Hospital Santa Teresa, inaugurado em 1876, com participação ativa de Dom Pedro II.
Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, criou a a linha de barcos a vapor
B) FERROVIA - A estrada de ferro que ligava Petrópolis ao Rio de Janeiro. Essa viagem começava no Cais dos
Mineiros do Rio e ia até o Porto de Mauá, no fundo da Baía da Guanabara, em pequenos vapores muito confortáveis,
com orquestra e sala de refeições; do Porto de Mauá até a Raiz da Serra usava-se a primeira estrada de ferro do Brasil,
em 1854, e daí, em diligências até Petrópolis pela Estrada Normal da Estrela. Em 1883, foi inaugurada a Estrada de
Ferro do Príncipe Grão-Pará, vencendo a Serra da Estrela em cremalheira, notável obra de engenharia na época, que
substituía as diligências serra acima.
Hotéis para veranistas e visitantes ilustres foram inaugurados. O Hotel Bragança, que funcionou por quase 80 anos e
foi derrubado para a abertura da rua Alencar Lima tinha noventa e dois quartos, salões de festas, de bailes e um teatro.
Mas havia outros, como o Hotel Suíço, o João Meyer, ponto de reunião de colonos, o Hotel Europa, que hospedou o
Imperador Maximiliano do México, em 1848, e o Orleans, onde hoje funciona a Universidade Católica de Petrópolis,
na Rua Barão do Amazonas.
C) A expansão industrial - A indústria de tecidos encontrou fatores favoráveis na cidade, como o clima
úmido, a energia hidráulica e a mão-de-obra qualificada. A Imperial Fábrica de São Pedro de Alcântara, a Companhia
Petropolitana, a Aurora, a Werner, a Santa Helena, a Da. Isabel e a Cometa faziam de Petrópolis o mais importante
polo têxtil do país.
D) Estradas de rodagens - A construção de modernas estradas de rodagem facilitavam o acesso à cidade. Entre
elas, a Estrada para Paty do Alferes, a Estrada Normal da Estrela, que vinha do Porto da Estrela até Petrópolis (1843),
e a União e Indústria, que ia de Petrópolis para Juiz de Fora (1856).
Assim, com sua animada vida social, Petrópolis competia com o Rio de Janeiro durante todo um semestre por ano, levando
a grande vantagem de oferecer um clima ameno aos seus visitantes. Em conseqüência, a cidade ostentava um grande
número de primeiros lugares no Brasil, como a Estrada Normal da Estrela, a primeira estrada de rodagem de montanha, a
União e Indústria, a primeira estrada macadamizada, a primeira cidade totalmente planejada antes de ser iniciada a sua
construção e o primeiro trem a subir uma montanha.
5 - Tempos de República:
5.1 - O exílio da Família Imperial. – Na sua viagem para o exílio, ao passar diante da última terra brasileira
que veriam, os membros da Família Imperial decidiram enviar um pombo com uma mensagem assinada por todos.
Um criado escolheu um dos pombos mais vigorosos, que lhe pareceu capaz de transpor a distância que os separava
da costa. D. Luiz de Orleans e Bragança, que tinha então 11 anos de idade, relatou depois, no livro “Sob o Cruzeiro
do Sul”, as suas lembranças do episódio: “Um pouco além de Cabo Frio – lembro-me como se fosse hoje – meu
avô, querendo dar ao Brasil uma prova do seu inalterável amor, fez-nos soltar um pombo, em cujas asas ele próprio
havia amarrado uma última mensagem. À vista da terra ainda próxima, a ave largou o voo; mas um longo cativeiro
lhe havia sem dúvida alquebrado as forças. Depois de haver lutado alguns momentos contra o vento, esmoreceu e
vimo-lo cair nas ondas”. O bilhete dizia: Saudades da Pátria.
Quando Petrópolis deixou de ser capital do Estado, pensou-se novamente que a cidade perderia seu prestígio e ficaria
esquecida. Ao contrário, por muitos anos, o desenvolvimento foi mantido, ao lado da sua vocação turística. Quando surgia
uma epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro, muitas pessoas se mudavam para Petrópolis, que estava livre desses
males pela salubridade do clima.
A Fazenda do Córrego Seco foi deixada como herança de d.Pedro I para seu filho, d. Pedro II, que nela
construiria sua residência favorita de verão. A construção do belo prédio neoclássico, onde funciona
atualmente o Museu Imperial, teve início em 1845 e foi concluída em 1862.
A construção da casa ocorreu após uma aposta que ele fez com amigos, de que seria capaz de erguer a construção em um
pequeno espaço do morro do Encanto. Ganhou a aposta levando para casa a caixa de uísque.
O genial inventor brasileiro chamou-a de “A Encantada” como homenagem à rua do Encanto, onde está edificada, na altura
do número 22. Ali passava longas temporadas até sua morte em 1932, ocorrida em Guarujá, São Paulo.
Na "Encantada” Alberto Santos=Dumont escreveu seu segundo livro “O que eu vi, O que nós veremos” onde comenta os
seus inventos aeronáuticos, em complemento á obra “Os Meus Balões”.
6 - Evolução político-econômica:
A indústria de tecidos encontrou fatores favoráveis na cidade, como o clima úmido, a energia hidráulica e a mão-de-
obra qualificada. A Imperial Fábrica de São Pedro de Alcântara, a Companhia Petropolitana, a Aurora, a Werner, a
Santa Helena, a Da. Isabel e a Cometa faziam de Petrópolis o mais importante polo têxtil do país.
A construção de modernas estradas de rodagem facilitavam o acesso à cidade. Entre elas, a Estrada para Paty do
Alferes, a Estrada Normal da Estrela, que vinha do Porto da Estrela até Petrópolis (1843), e a União e Indústria, que ia
de Petrópolis para Juiz de Fora (1856).
A partir de 1960, a cidade não conseguiu os grandes investimentos de que necessitava para se modernizar e poder
enfrentar a crescente concorrência comercial e industrial. Houve então a grande mudança de rumo na vida do
petropolitano e da sua cidade, que se voltou cada vez mais para a sua tradição histórica, para a urbanização e
arquitetura que ficaram de seu passado e para a beleza e preservação da sua natureza. A cada dia, novas mansões e
palácios abriam suas portas para visitação. A Prefeitura de Petrópolis planejou e organizou o setor de turismo e cultura
e uma extensa rede de facilidades foi sendo oferecida ao turista, como informações, eventos, pousadas e hotéis,
restaurantes e outras atrações cheias de requinte e particularidades, capazes de atrair o interesse do visitante.
6.3 - O Hotel Quitandinha, O suntuoso Hotel-Cassino Quitandinha, aberto em 1944, se tornou conhecido em todo o
país e atraiu o jet-set internacional para Petrópolis. Orson Welles, Errol Flynn e outros nele se hospedaram. Com a
proibição legal do jogo em 1946, o hotel perdeu o esplendor, mas até hoje seu prédio, conhecido como Palácio
Quitandinha, é atração na cidade.
6.4 - O complexo hoteleiro - Hotéis para veranistas e visitantes ilustres foram inaugurados.
O Hotel Bragança, que funcionou por quase 80 anos e foi derrubado para a abertura da rua Alencar Lima tinha
noventa e dois quartos, salões de festas, de bailes e um teatro.
o Hotel Suíço, o João Meyer, ponto de reunião de colonos,
o Hotel Europa, que hospedou o Imperador Maximiliano do México, em 1848,
e o Orleans, onde hoje funciona a Universidade Católica de Petrópolis, na Rua Barão do Amazonas.
6.5 - os palacetes, A cidade se desenvolvia rapidamente, com forte tendência aristocrática, por força da presença do
Imperador e de sua corte nas temporadas do verão petropolitano. Nobres, políticos, diplomatas, grandes senhores e
toda sua “entourage”, ricos negociantes e a intelectualidade da época se transferia para Petrópolis, durante um
semestre a cada ano. Palacetes eram construídos para morada dessa gente abonada. Quem não tinha moradia se
hospedava em hotéis e casas de família. E a cidade assumia um aspecto elegante. Muitos desses palacetes hoje fazem
parte do patrimônio arquitetônico do Centro Histórico da cidade, cuja preservação é imprescindível para o
desenvolvimento turístico e cultural de Petrópolis.
6.6 a vida nos bairros. Mas o protocolo da serra era simples, podendo o Imperador ser encontrado circulando pela
cidade de vitória ou mesmo a pé. Eventualmente, entrava na sala de aula de uma escola e passava a fazer perguntas
aos espantados alunos. Carolina Nabuco contava que sua mãe viu certa vez a princesa Isabel saindo de sua casa, em
frente à Catedral, recomendando ao Conde d’Eu: “Gaston, não esqueça a chave do portão!”
Sem perder suas características de veraneio, a cidade se modernizava, acompanhando a tendência geral da segunda
metade dos anos 1800. Alguns sinais dessa modernidade são descritos a seguir.
6.7 A II Guerra Mundial e a presença dos pracinhas petropolitanos: honra e glória.
7 – 1 - A Cultura, as Artes, o Esporte, o Pensamento:
1.1 - as agremiações culturais e esportivas,
1.2 - o cinema e o pioneirismo petropolitano;
1.3 - a imprensa, os monumentos;
2.1 - O Barão do Rio Branco e o “Trata do de Petrópolis” - o estado do Acre já pertenceu à nossa
vizinha latino-americana, Bolívia. Essa situação só mudou depois que um acordo entre o Brasil e a
Bolívia foi feito e foi assinado um tratado que ficou conhecido depois como: o Tratado de Petrópolis
De 1894 a 1903, o Ministério das Relações Exteriores praticamente funcionou em Petrópolis, decidindo questões
vitais como a assinatura do Tratado de Petrópolis. No dia 17 de novembro de 1903, assinaram o Tratado de
Petrópolis, pelo qual o Brasil compra o Acre daBolívia por dois milhões de libras esterlinas.
2.2 - Raul de Leoni, o poeta; Nascido dia 30 de outubro 1895 em Petropolis e falecido no dia 21 de
novembro d e1926 foi mum dos maiores poetas da época ele movimentou-se entre as neoparnasianismo
e principalmente do simbolismo.
2.3 - Peter Brian Medawar, Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1960, era brasileiro, nascido no
Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, onde viveu até os 14 anos de idade ao lado de seus pais, que
permaneceram na cidade por 40 anos, sempre morando na rua João Caetano, no bairro do Caxambu.
2.4 - - Antônio Cardoso Fontes, o cientista de Manguinhos. Antônio Cardoso Fontes nasceu em 1879, em
Petrópolis. Aos 18 anos, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, concluindo o
curso em 1902. Ingressou em Manguinhos em seus primórdios como pesquisador assistente. Defendeu,
em 1903, a tese de doutorado, sob a orientação do mestre Oswaldo Cruz, intitulada "Vacinação e
soroterapia antipestosas". Em 1904, Cruz o indica para ser inspetor-sanitário dos Serviços de Profilaxia
da Febre Amarela e Peste. Em 1906, foi para o Maranhão a fim de debelar a febre amarela em São Luís
e organizar os serviços de saúde pública da região
Construção em estilo neogótico francês. No seu interior destaca-se o Mausoléu onde estão
os restos mortais da Família Imperial (dom Pedro II, dona Teresa Cristina, Princesa Isabel e
Conde D`Eu, seu primogênito D. Pedro de Alcântara e sua esposa D. Elisabeth) e também podem
ser vistas esculturas de Jean Magrou, Bertozzi, vitrais e pinturas de Carlos Oswald. O altar gótico
contém relíquias de São Magno, Santa Aurélia e Santa Tecla, trazidas de Roma pelo Cardeal D.
Sebastião Leme. As portas principais pesam 2.400 kg cada .
a) As pontiagudas torres laterais e as janelas ogivais da Catedral de São Pedro de Alcântara, em
Petrópolis (RJ), são típicas do gótico francês e alemão. No interior, belos vitrais retratam imagens de
santos, de Cristo e da Sagrada Família.
No seu interior existem obras esculpidas em mármore de Carrara, destacando- se a Capela Imperial
que está situada àdireita na entrada principal da Catedral, em mármore, ônix e bronze onde está o
sepulcro com relíquias dos Santos Mártires, São Magno, Santa Aurélia e Santa Thecla.
No local existem pertences e fragmentos de sítios caros a D. Pedro II, como por exemplo a cruz
central, que é de granito preto da Tijuca. No centro da capela está a lápide de mármore de Carrara,
pesando quase três toneladas, com as estátuas jacentes do Imperador D. Pedro II e Dona Teresa
Cristina. Ao fundo, nas laterais, as estátuas jacentes da Princesa Isabel e do Conde D’Eu
Em frente à Capela Imperial encontra-se o batistério com a pia batismal proveniente da antiga Igreja
Matriz (1848). O padroeiro da igreja é São Pedro de Alcântara, venerado como protetor da
monarquia, instituído por D. Pedro I como patrono do Império Brasileiro. Sua festa é celebrada no
dia 19 de outubro e não deve ser confundida com a de São Pedro Apóstolo, festejado no dia 29 de
junho.
8.2 - Capela Imperial e seu significado - A Cripta Imperial, localizada no Parque da Independência, bairro
do Ipiranga, São Paulo, guarda os restos mortais do Imperador Dom Pedro I, da sua primeira esposa, a
Imperatriz Leopoldina e da segunda esposa, Dona Amélia de Leuchtenber
Mata Atlântica encontra-se, infelizmente, em processo de extinção. Isto ocorre desde a chegada dos portugueses
ao Brasil (1500), quando se iniciou a extração do pau-brasil, importante árvore da Mata Atlântica. Atualmente, a
especulação imobiliária, o corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os principais fatores responsáveis
pela extinção desta mata.
As principais características da Mata Atlântica são:
- presença de árvores de médio e grande porte formando uma floresta fechada e densa;
- rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais;
- árvores de grande porte que formam um microclima na mata, gerando sombra e umidade.
- fauna rica, com presença de diversas espécies de mamíferos, anfíbios, aves, insetos, peixes e répteis.
Exemplos de vegetação da Mata Atlântica: Palmeiras, Bromélias, begônias, orquídeas, cipós e briófitas
Pau-brasil, jacarandá, peroba, jequitibá-rosa, cedro, Tapiriria, Andira, Ananas, Figueiras.
Exemplos de espécies animais da Mata Atlântica: Mico-leão, Tatu, dourado, canastra, Bugio, Arara-azul
pequena
UM POUCO DE HISTÓRIA! - Quando os portugueses chegaram ao Brasil, a Mata Atlântica ocupava
15% do território: media 13 milhões de km2 e se estendia por toda a costa atlântica, em larguras diferentes.
Na região Sudeste, avançava pelo interior do país, próximo às atuais fronteiras da Argentina e do Paraguai.
Com tanta abundância de floresta, os portugueses logo começaram a explorá-la. Foi aí que se desenvolveu
o primeiro ciclo econômico da colônia: a exploração do pau-brasil, que dava origem a uma espécie de tinta
vermelha. Foi por causa dessa atividade tão importante que o país recebeu seu nome. Hoje, a situação da
Mata Atlântica mudou muito.
Ela está pequenininha, com menos de 8% da sua cobertura inicial. De acordo com dados do INPE –
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais –, nos últimos 20 anos, sumiram do mapa quase 16mil km2 da
mata, o que corresponde a um terço do estado do Rio de Janeiro!
A Evolução da Forma Urbana - A evolução urbana em Petrópolis ocorreu atendendo diretamente aos interesses das
classes dominantes, sendo que, em um primeiro momento, atendeu diretamente aos interesses pessoais do Imperador
(Pedroso,2014). O sistema de divisão de “prazos”, como eram denominados os lotes na época pelo Major Köeler,
reproduzia a hierarquização observada no palácio. Segundo Morlei (2008), esta categorização dos espaços refletia as
classes sociais da época. As dimensões e localização destes “prazos” variavam de acordo com três classes
estabelecidas por Köeler. Sua ocupação, no regime foreiro, buscou atender aos anseios do Imperador que pode
delinear uma vizinhança a seu gosto.” (Schwarcz, 1998).
a) O Palácio Sérgio Fadel - Uma das mais antigas edificações da Avenida. Foi construída por
Joaquim Antônio d’Araújo e Silva, o Visconde Silva, em 1872. Em maio de 1903 foi arrematada em
leilão público pelo empresário carioca Cândido Gafreé. Quatro anos mais tarde foi vendida a
Eduardo Guinle. Consta desta época, 1907, sua primeira descrição registrada em cartório. Em
janeiro de 1934, o imóvel foi vendido. Nos dias de hoje funciona como sede da Prefeitura
Municipal de Petrópolis.
b) o Palacete Mauá - No princípio da Av. Barão do Rio Branco, esquina da Rua Piabanha, bem em frente à
Praça da Confluência está situado o palacete que pertenceu ao Barão de Mauá. O casarão feito em estilo
neoclassico, e foi construido entre 1852 e 1854. Possui ao seu redor grades de ferro, e muro de alvenaria,
e um jardim com espécies raras da flora, como palmeiras, arvores frutíferas, etc...
c) o Fórum – O prédio do antigo Fórum da comarca de Petrópolis foi inaugurado em 4 de agosto de
1859, em estilo neoclássico, e transferido em 30 de dezembro de 1894 para o Palácio da Justiça
no prédio que fica na rua 15 de Novembro, atual rua do Imperador. Além do Fórum, o prédio
já abrigou a Delegacia, o quartel do Corpo de Bombeiros, a coletoria estadual e o quartel de
Polícia Militar. Hoje sedia o campus do CEFET/RJ - Centro Federal de Educação Tecnológica
Celso Suckow da Fonseca.
d) a Casa da Princesa Isabel - Construída por seu primeiro dono, o barão de Pilar, fazendeiro e negociante,
membro da primeira diretoria do Banco do Brasil, em 1853 [1], é de estilo neoclássico. Em 1874 foi alugada
ao Conde d’Eu, que a comprou em 1876. Nela nasceram os dois primeiros filhos da Princesa Isabel. A
casa foi palco da última foto da família Imperial em terras brasileiras. Na residência se encontrava D.
Pedro II quando tomou conhecimento do movimento militar que instituiu a República. [2]
Após a proclamação da república brasileira (1889), passou a ser ocupada pelas delegações diplomáticas e
pela Nunciatura Apostólica. Posteriormente, abrigou estabelecimentos de ensino.
Atualmente, ali funciona a Companhia Imobiliária de Petrópolis, pertencente a alguns príncipes de Orléans
e Bragança, mais precisamente o ramo de Petrópolis, que são descendentes da família Imperial brasileira,
cuja direção estava sob o comando do príncipe D. Pedro Gastão de Orleans e Bragança até fins do século
XX.
e) a casario da Avenida Koeler - Situada em uma das mais emblemáticas avenidas de Petrópolis e,
certamente uma das mais bonitas e charmosas de todo o Brasil, o casarão da Av. Koeller nº 187
transformou suas salas em uma galeria de arte com a exposição Coragem e Fé que conta a
história da colonização Germânica em Petrópolis.
f) o Teatro Municipal - No conjunto arquitetônico do Centro Histórico de Petrópolis, o Theatro D. Pedro se destaca pela
fachada art-déco e interior eclético, misturando os estilos geométrico, mitológico e futurista. A obra foi assinada pelo
construtor Francisco de Carolis e pelo arquiteto Roberto Caburi, e a decoração e pintura internas, realizadas por Carlos
Schaefer. O filho de João D´Angelo, Donato, ainda menino, contribuiu para a idealização do logotipo: as letras TDP, cujo
risco, passado a estuque e pintado, figuram ainda hoje na boca de cena do teatro.
O teatro mantém uma exposição permanente, Arte, vida e espetáculo. O público também pode ver um filme sobre a
trajetória do espaço, com curiosidades sobre a movimentação artístico-cultural do início do séc. XX até a atualidade. É
possível agendamento de grupos. Moradores de Petrópolis têm entrada franca, com apresentação de RG e comprovante de
residência.
No início dos anos 70, a instituição tornou-se cartão postal da cidade com a inauguração do Relógio das Flores, em
frente ao Conjunto Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra, na Rua Barão do Amazonas. O espaço, criado por ocasião
das solenidades de comemoração do Sesquicentenário da Independência, seria, mais tarde, um dos principais pontos
de visitação turística da região.
b) Colégios Santa Isabel - O Padre Nicolau Germaine, francês,trouxe para Petrópolis as Irmãs de Caridade,
vindas do Rio de Janeiro , tendo á frente a Irmã Maret. Alugaram um chalet na rua D. Januária e assim
iniciaram a educação e a catequese de crianças necessitadas. Surgiu assim o Colégio Santa Isabel e em
poucos meses já contava com 100 aluna
c) - Santa Catarina: - Colégio de Santa Catarina foi fundado em 03 de fevereiro de 1944, com o nome de
Externato Santa Catarina. Desde o início vem seguindo a pedagogia da Bem-aventurada Savina Petrilli, através de
suas seguidoras, as Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena. No correr do tempo vem sendo progressivo o seu
crescimento, priorizando recursos inovadores para oferecer o melhor aos seus estudantes.
f) O IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e sua missão depreservar e cuidar de
todos os bens culturais,
O Iphan zela pelo cumprimento dos marcos legais, efetivando a gestão do Patrimônio Cultural
Brasileiro e dos bens reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio da Humanidade.
Cabe ao Iphan proteger e promover os bens culturais do País, assegurando sua permanência e
usufruto para as gerações presentes e futuras. Foi fundado em 1937
9.2 - Turismo:
A.1 ) A gastronomia também contribuiu para fazer de Petrópolis um dos 65 municípios indutores do
Turismo Regional, e para que o Ministério do Turismo escolhesse o município para ser um dos quatro
do país a lançar o Programa “Caminhos do Sabor”.
Siméria - Altitude: 900 metros.Desnível: 850 metros. Acesso: 66 km do Rio, 10 minutos do centro de
Petrópolis em direção ao bairro da Siméria, em estrada calçada até a rampa
Parque São Vicente: Altitude: 750 metros. Desnível: 720 metros. cesso: a uma hora do Rio pela rodovia
RioPetrópolis, segunda entrada à esquerda depois da entrada de Petrópolis (Restaurante do Alemão);
Morin: - Altitude: 1450 metros Desnível: 1450 metros Quadrante: N, NW. Acesso: 66 km do Rio, 10
minutos do centro de Petrópolis em direção ao bairro do Morin (Lagoinha),
CANYONING - O canyoning tem origem franco-espanhola, pois surgiu quando um grupo procurava
cavernas nos cânions dos Pireneus - cadeia de montanhas no norte da Espanha e no sul da França. A
atividade foi introduzida no Brasil em 1990.
O trekking - está entre as atividades mais procuradas e há opções para atletas de todos os níveis - a
caminhada que leva à cachoeira Véu da Noite, com 42 metros de queda e dura uma hora e meia;
enquanto a que termina na Pedra do Açu, a 2.200 metros de altitude, exige cinco horas nas trilhas. As
turmas do rapel e do canyoning também marcam presença nas cachoeiras do parque. Todas as
atividades devem ser praticadas com o acompanhamento de guias.
A.3) Trilhas e Caminhadas Ecológicas - Montanhismo: confira 7 trilhas para fazer em Petrópolis,
das mais fáceis às mais difíceis
#1 Meu Castelo (Castelinho) / Pedra do Cortiço. / Seio de Vênus. .../ Morro do Cobiçado. ...
Pico do Alcobaça. ./ 6 Travessia Cobiçado x Ventania. .../ Travessia Petrópolis x Teresópolis
(Açú)
B) APA; Turista e os tipos de turismo; Um projeto urbanístico preocupado com o meio ambiente;
Problemas Ambientais e ocupação desordenada; Petrópolis e eu Mercado Turístico; Pontos Turísticos
de Petrópolis.
10 - Geografia de Petrópolis: Localização, altitude, clima, fauna, flora, população, principais acidentes
geográficos: elevações, rios, avenidas e ruas no traçado da primeira cidade planejada do Brasil. 11
- A evolução dos Meios de Transportes; Bondes em Petrópolis; Ônibus e automóveis em Petrópolis;
Regras de Trânsito; Os tipos de sinalização de trânsito; Trânsito: De mulas e carroças para carros;
Principais Normas de Trânsito para Pedestres; Normas de Comportamento e responsabilidade dos
motoristas no trânsito; Atenção Ciclista; Lei Seca; Trânsito: fiscalização eletrônica e velocidade;
Trânsito e Cidadania: Acessibilidade; Acidentes de Trânsito; Transporte Coletivo: Atitudes para um
trânsito mais humano; Semana Nacional de Educação para o Trânsito; Problemas com o Trânsito:
Congestionamento x Transporte público