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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 15508-1

Segunda edição
25.09.2018

Turismo de aventura — Parque de arvorismo


Parte 1: Requisitos das instalações físicas
Adventure tourism — High rope courses
Part 1: Project and construction requirements
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ICS 03.200; 97.220.99 ISBN 978-85-07-07684-1

Número de referência
ABNT NBR 15508-1:2018
22 páginas

© ABNT 2018
ABNT NBR 15508-1:2018
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ABNT NBR 15508-1:2018

Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
Introdução............................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................5
4.1 Local de implementação do parque..................................................................................5
4.2 Características do local em ambiente natural..................................................................6
4.3 Características do local em ambiente construído...........................................................6
5 Arranjo geral e planejamento do parque de arvorismo...................................................6
6 Estruturas de suporte.........................................................................................................7
6.1 Generalidades......................................................................................................................7
6.2 Estrutura de suporte artificial............................................................................................8
6.3 Estrutura de suporte natural..............................................................................................8
6.3.1 Avaliação da resistência das árvores...............................................................................8
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6.3.2 Diagnóstico arborícola.......................................................................................................8


6.3.3 Proteção da árvore e do sistema de raízes.......................................................................9
6.3.4 Rochas...............................................................................................................................10
7 Requisitos de segurança..................................................................................................10
7.1 Generalidades....................................................................................................................10
7.2 Espaços livres e espaços de queda................................................................................10
7.3 Sistemas de proteção contra quedas em altura............................................................. 11
7.4 Progressão horizontal...................................................................................................... 11
7.5 Progressão inclinada........................................................................................................ 11
7.6 Progressão vertical...........................................................................................................12
7.7 Força máxima de parada e desaceleração máxima admissível....................................12
7.8 Cargas nominais e dimensionamento das estruturas portantes.................................12
7.9 Linha de vida.....................................................................................................................12
7.9.1 Generalidades....................................................................................................................12
7.9.2 Cálculo da carga nominal na linha de vida.....................................................................14
7.9.3 Dimensionamento da linha de vida e suas fixações......................................................14
8 Plataformas........................................................................................................................14
9 Obstáculos.........................................................................................................................14
9.1 Tipos de obstáculos..........................................................................................................14
9.2 Dimensionamento e disposições construtivas..............................................................15
9.3 Pêndulos............................................................................................................................15
9.4 Tirolesa...............................................................................................................................15
9.5 Obstáculos similares à tirolesa.......................................................................................16
10 Sinalizações.......................................................................................................................16
10.1 Generalidades....................................................................................................................16
10.2 Caminhada em solo..........................................................................................................16

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ABNT NBR 15508-1:2018

10.3 Controle de acesso...........................................................................................................16


10.4 Informações gerais sobre o percurso.............................................................................16
10.5 Nível de progressão dos percursos................................................................................16
11 Controles, inspeção e manutenção.................................................................................17
12 Comissionamento.............................................................................................................17
13 Documentação do projeto construtivo...........................................................................18
Anexo A (normativo) Informações mínimas sobre as regras de utilização do(s) percurso(s) de
arvorismo...........................................................................................................................19
Anexo B (informativo) Exemplo de cálculo da resistência das árvores de suporte dos
obstáculos.........................................................................................................................20
B.1 Cálculo de esforço máximo admissível por árvore.......................................................20
B.2 Aplicação numérica..........................................................................................................20
Bibliografia..........................................................................................................................................22
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ABNT NBR 15508-1:2018

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB),
dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais
(ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas
no tema objeto da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados
à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras
datas para exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 15508-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-054), pela Comissão
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de Estudo de Turismo com atividades de Arvorismo (CE-054:003:011). O Projeto circulou em Consulta


Nacional conforme Edital nº 07, de 03.07.2018 a 03.09.2018.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 15508-1:2011), a qual foi
tecnicamente revisada.

A ABNT NBR 15508, sob o título geral “Turismo de aventura – Parque de arvorismo”, contém as
seguintes partes:

—— Parte 1: Requisitos das instalações físicas;

—— Parte 2: Requisitos de operação.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This part of ABNT NBR 15508 Standard specifies requirements to project, construction, mounting,
tests, inspection, maintenance and dismounting of high ropes courses with touristic finality.

This part of ABNT NBR 15508 Standard comprehends high rope courses with circuits installed in trees.

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ABNT NBR 15508-1:2018

Introdução

A segurança no turismo de aventura envolve pessoas (tanto participantes quanto prestadores de


serviços de atividade de turismo de aventura), equipamentos, procedimentos e as próprias empresas
prestadoras dos serviços, inclusive as organizações públicas.

As organizações envolvidas com as atividades de turismo de aventura vêm procurando sistematizar


e controlar as atividades de turismo de aventura, que são oferecidas como produtos turísticos,
por meio de uma sequência de serviços e ações planejadas, inclusive incorporando práticas de gestão
da qualidade e gestão de riscos, de maneira a fornecer atividades de turismo de aventura de forma
responsável e segura.

Por si só, estas iniciativas de sistematização e controle podem não ser suficientes para proporcionar
a uma organização a garantia de que os produtos turísticos que oferece mantenham seu desem-
penho em termos de qualidade e segurança.

A gestão de serviços turísticos contém características especiais devido à sua natureza concomitante
de produção e consumo. De um modo geral, ao mesmo tempo em que o produto é produzido
é também consumido, sendo importante considerar a qualidade da experiência do participante.
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Para isso, é essencial assegurar que todos os aspectos de segurança relacionados à atividade
de turismo de aventura sejam planejados e estejam sendo implementados.

Assim, a concepção das normas de produto turístico para as atividades de turismo de aventura pode
ser uma referência inovadora para todas as organizações envolvidas com a prestação de serviços que
incluam atividades de turismo de aventura, ou seja, estas Normas podem ser utilizadas por operadoras
e por aqueles que recebem os turistas nos destinos, que devem também estar envolvidos no esforço
da segurança nas atividades de turismo de aventura.

A elaboração desta Norma organiza de forma sistemática os elementos presentes na concepção,


construção e implantação de parques de arvorismo, de maneira que uma organização possa
estabelecer parâmetros de controle da qualidade e segurança, incluindo os cuidados com as questões
ambientais relacionadas à construção de um parque de arvorismo.

As atividades de turismo de aventura que envolvem arvorismo oferecem um nível de risco elevado,
e suas instalações físicas devem ser construídas de forma planejada e controlada. Com uma oferta
crescente deste tipo de atividade no País, é oportuno que seja elaborada uma norma de requisitos
para as instalações físicas de parques de arvorismo.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15508-1:2018

Turismo de aventura — Parque de arvorismo


Parte 1: Requisitos das instalações físicas

1 Escopo
1.1 Esta Parte da ABNT NBR 15508 especifica os requisitos para projeto, construção, montagem,
ensaios, inspeção, manutenção e desmontagem de parques de arvorismo com finalidade turística.

1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15508 abrange parques de arvorismo com percursos instalados
em árvores ou em estruturas artificiais.

1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15508 se aplica a qualquer organização que construa parques
de arvorismo e que deseje:

 a) aumentar a satisfação e segurança do participante por meio da aplicação efetiva desta Norma,
incluindo processos para controle e melhoria contínua da construção, montagem, ensaios, inspe-
ção, manutenção e desmontagem do parque de arvorismo e da garantia da conformidade com
os requisitos do participante e requisitos regulamentares aplicáveis;
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 b) demonstrar a capacidade do parque de arvorismo de assegurar, conforme os requisitos de cons-


trução, montagem, ensaios, inspeção, manutenção e desmontagem de suas instalações físicas,
a prática das atividades de arvorismo de forma segura e que atenda aos requisitos de segurança
do participante e requisitos regulamentares aplicáveis;

 c) buscar a certificação do parque de arvorismo, com relação às suas instalações físicas, segundo
esta Norma, por uma organização externa; ou

 d) realizar uma autoavaliação da conformidade com esta Norma.

NOTA 1 Os requisitos de operação para os parques de arvorismo estão contemplados na ABNT NBR 15508-2.

NOTA 2 Os requisitos para a operação das tirolesas instaladas com cordas estão contemplados na
ABNT NBR 15501.

1.4 Esta Parte da ABNT NBR 15508 não se aplica às práticas realizadas no contexto das entidades
de administração esportiva e realizadas por esportistas independentes, não caracterizando prática
comercial turística.

1.5 Para a aplicação desta Parte considera-se como demais pessoal envolvido na operação as
pessoas da organização ou fornecedores terceiros, entre eles o pessoal de montagem, manutenção
e desmontagem, recepcionistas, fotógrafos, gerentes, gestores de Unidades de Conservação (UC),
guarda-parques, entre outros.

2 Referências normativas
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 7190:1997, Projeto de estruturas de madeira

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ABNT NBR 15508-1:2018

ABNT NBR 15501, Turismo de aventura – Técnicas verticais – Requisitos para produto

ABNT NBR 15508-2:2011, Turismo de aventura – Parques de arvorismo – Parte 2: Requisitos de operação

ABNT NBR ISO 2408, Cabos de aço para uso geral – Requisitos mínimos

EN 353-1, Personal protective equipment against falls from a height – Part 1: Guided type fall arresters
including a rigid anchor line

EN 353-2, Personal protective equipment against falls from a height – Part 2: Guided type fall arresters
including a flexible anchor line

EN 354, Personal protective equipment against falls from a height – Lanyards

EN 360, Personal protective equipment against falls from a height – Retractable type fall arresters

EN 565, Mountaineering equipment – Tape – Safety requirements and test methods

EN 566, Mountaineering equipment – Slings – Safety requirements and test methods

EN 567, Mountaineering equipment – Rope clamps – Safety requirements and test methods
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EN 813, Personal protective equipment for prevention of falls from a height – Sit harnesses

EN 892, Mountaineering equipment – Dynamic mountaineering ropes – Safety requirements and test methods

EN 958, Mountaineering equipment – Energy absorbing systems for use in klettersteig (via ferrata)
climbing – Safety requirements and test methods

EN 1891, Personal protective equipment for the prevention of falls from a height – Low stretch
kernmantel ropes

EN 12277, Mountaineering equipment – Harnesses – Safety requirements and test method

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
altura máxima da queda
altura da maior queda que o participante, ligado à linha de vida pelo seu autosseguro, pode sofrer
no percurso
3.2
anelamento
técnica silvicultural de eliminação de árvores para restauração natural, que consiste na retirada
de uma porção externa da seção transversal onde se encontra o floema, impedindo assim a condução
de seiva elaborada para as raízes da planta
3.3
arvorismo
locomoção por percursos em altura, instalados em árvores ou em outras estruturas
[ABNT NBR 15500:2014, 2.1]

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ABNT NBR 15508-1:2018

3.4
autosseguro
dispositivo de segurança, conectado ao ponto de fixação da cadeirinha e conectável a um ponto de segu-
rança, confeccionado de cordas ou fitas, com uma ou mais pontas e mosquetões nas extremidades

NOTA 1 O autosseguro de uma ponta é chamado de simples e o de duas pontas é chamado de duplo.

NOTA 2 As pontas podem ter comprimentos diferentes.

NOTA 3 O autosseguro pode ter capacidade de absorção de impacto.

[ABNT NBR 15500:2014, 2.6]

3.5
dispositivos antiquedas
dispositivos de segurança para proteção contra a queda em altura em progressão vertical, sistemas
manuais, mecânicos ou estruturais

3.6
estrutura de suporte
estrutura natural ou artificial onde são fixados as plataformas e os obstáculos ou passarelas
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EXEMPLO Estruturas naturais: árvores, falésias, blocos de rocha

Estruturas artificiais: postes de madeira, postes metálicos

3.7
fator de queda
quociente entre a altura total da queda e o comprimento do dispositivo ou sistema que efetivamente
segurou a queda

3.8
infraestrutura de apoio
área destinada à recepção e ao atendimento aos participantes e demais usuários

3.9
linha de vida
dispositivo de segurança de proteção contra a queda em altura ao qual o participante é conectado
pelo autosseguro durante a progressão

NOTA A linha de vida pode ser fracionada ou contínua.

3.10
obstáculo
espaço de progressão entre duas plataformas

NOTA Normalmente o obstáculo conta com arranjos ou dispositivos que causam alguma dificuldade
na progressão.

3.11
percurso acrobático
tipo de percurso de arvorismo com obstáculos de diversos níveis de dificuldade

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ABNT NBR 15508-1:2018

3.12
percurso contemplativo
tipo de percurso de arvorismo com passarelas dotadas de sistema de proteção coletivo em altura,
destinado à contemplação

3.13
percurso em arvorismo
conjunto de obstáculos ou passarelas interligados por plataformas, que pode ser dividido ou não em seções

[ABNT NBR 15500:2014, 2.26]

3.14
percurso fixo
tipo de percurso permanente

3.15
percurso temporário
percurso itinerante
tipo de percurso montado para operação turística de curta duração e em seguida desmontado
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3.16
plataforma
base, normalmente montada em altura, fixada em estruturas de suporte natural ou artificial

3.17
seção
trecho compreendido entre a saída do solo, as plataformas, o conjunto de obstáculos e o retorno ao solo

3.18
seção de treinamento
área destinada ao treinamento dos participantes nas técnicas e procedimentos necessários para
a operação correta e segura do percurso

3.19
sistema de proteção coletivo em altura
arranjos e dispositivos construtivos com a finalidade de garantir a segurança dos usuários

EXEMPLO Passarelas, guarda-corpos, corrimãos e redes.

3.20
tirolesa (em arvorismo)
linha aérea tensionada que liga dois pontos afastados na horizontal ou em desnível, onde o parti-
cipante conectado a ela desliza entre um ponto e outro, utilizando procedimentos e equipamentos
específicos

NOTA No arvorismo, a tirolesa pode ser considerada um dos obstáculos ou o próprio percurso, caso o
percurso tenha somente este obstáculo.

[ABNT NBR 15500:2014, 2.36]

3.21
fornecedor terceiro
organização externa ou indivíduo que presta serviços ao fornecedor da atividade de turismo de aventura (3.25)

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3.22
competência
capacidade de aplicar conhecimentos e habilidades para alcançar os resultados pretendidos

3.23
participante
pessoa que faz parte das atividades de turismo de aventura (3.25), porém não é membro da equipe
de líderes

NOTA 1 Um cliente também pode ser chamado de “participante” ou similar.

NOTA 2 Uma equipe de líderes compreende diversos líderes.

3.24
líder
condutor
pessoa competente que assume a responsabilidade pelos participantes (3.23) e que é capaz de liderar
e supervisionar uma atividade designada

3.25
atividades de turismo de aventura
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atividade de aventura para fins turísticos que envolve um grau de instrução ou de liderança, além
de um elemento de risco deliberadamente aceito

NOTA Um elemento de risco aceito significa que o participante tem um entendimento mínimo sobre
o risco envolvido.

3.26
prestador de serviços de atividade de turismo de aventura
indivíduo ou organização que tem a responsabilidade global por todos os aspectos do fornecimento
das atividades de turismo de aventura (3.25)

NOTA As atividades de turismo de aventura (3.25) podem ser fornecidas gratuitamente ou em troca de
pagamento.

3.27
segurança
estado em que o risco de dano às pessoas ou lesão é limitado a um nível aceitável

3.28
autorresgate
aplicação de técnicas pelo próprio grupo para resolver situações adversas sem intervenções externas

4 Requisitos
4.1 Local de implementação do parque

O local de implementação do parque de arvorismo deve:

 a) possuir infraestrutura de apoio ao participante, oferecendo área de recepção adequada, insta-
lações sanitárias e, eventualmente, local ou outro recurso para atendimento a emergências,
se o plano de atendimento a emergências, conforme estabelecido na ABNT NBR 15508-2,
assim o requerer;

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 b) apresentar área e altura livre condizentes com o desenho do percurso, não apresentando qual-
quer aparato, fechamento lateral ou obstrução que represente risco ao participante e líderes
no espaço de sua progressão ou em caso de queda;

 c) permitir a evacuação segura do participante e líderes do parque de arvorismo em situações


adversas;

O estabelecimento do local de implementação deve ser feito de maneira que os acessos e elementos
na circunvizinhança do parque não ocasionem riscos adicionais para os líderes, participantes,
espectadores e demais pessoal envolvido na operação.

Os parques de arvorismo podem ter percursos fixos ou temporários.

4.2 Características do local em ambiente natural

A seleção do local deve respeitar a legislação ambiental vigente e considerar os potenciais impactos
ambientais negativos.

O terreno do local deve ter a capacidade de suporte necessária para resistir aos requisitos da imple-
mentação, funcionamento e desmontagem do parque de arvorismo. Recomenda-se que a instalação
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do percurso evite áreas de risco, como, por exemplo, terrenos instáveis.

Recomenda-se que:

—— a arquitetura das construções seja adequada ao entorno físico;

—— a volumetria seja harmônica com o entorno e não descaracterize o ambiente natural;

—— sejam mantidas as características do relevo local;

—— sejam adotadas medidas para diminuir o impacto visual da infraestrutura de suporte.

4.3 Características do local em ambiente construído

A construção deve estar de acordo com as normas e legislações pertinentes.

Recomenda-se que a arquitetura seja harmônica com o ambiente.

5 Arranjo geral e planejamento do parque de arvorismo


O parque de arvorismo deve ser projetado levando em consideração as condições de topografia,
fauna e flora do local, provocando o mínimo possível de alterações.

No caso da presença de linhas de energia, o arranjo deve levar em consideração a regulamentação


e as Normas Brasileiras pertinentes, de modo que não haja interferências nem perigos adicionais.

Deve ser feito um planejamento dos obstáculos levando em conta o público-alvo, o grau de dificuldade,
as possibilidades de contemplação da paisagem e do meio ambiente e os requisitos de segurança.

O grau de dificuldade de uma seção de percurso é no mínimo aquele do obstáculo mais difícil que o
participante deve obrigatoriamente atravessar na própria seção do percurso. É possível um percurso
dispor de trechos com graus de dificuldades diferentes, desde que existam derivações que permitam
que os participantes evitem trechos com um ou vários obstáculos com maior grau de dificuldade.

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ABNT NBR 15508-1:2018

O planejamento do percurso deve levar em conta a necessidade de resgatar um participante em


qualquer trecho no tempo mais curto possível, bem como o acesso para inspeção e manutenção das
diversas estruturas (plataformas, obstáculos, fixações). Devem ser previstas plataformas designadas
para serem áreas de escape em situações de emergência. Estas saídas devem ser claramente
identificáveis.

O projeto de implantação do parque de arvorismo deve minimizar os potenciais impactos negativos


durante sua construção, bem como durante a desmontagem, assim como quando houver obras de
reparo, ampliações ou outros tipos de alterações. Recomenda-se que, quando se utilizar madeira na
montagem dos percursos de arvorismo, estas sejam adquiridas de fontes controladas, para minimizar
os impactos ambientais negativos.

Devem ser tomadas medidas para:

—— minimizar alterações significativas na paisagem local provocadas pelas implantações dos per-
cursos e pelos movimentos de terra;

—— minimizar a impermeabilização do solo;

—— minimizar a remoção de vegetação nativa;


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—— evitar a interrupção da movimentação e a reprodução da vida silvestre;

—— implementar um programa para proteger a vegetação nativa, conservar os ecossistemas,


nascentes e cursos d’água e para conservar os solos;

—— não utilizar materiais derivados de espécies ameaçadas na construção, acabamento ou deco-


ração do parque de arvorismo;

—— monitorar e mitigar a erosão;

—— assegurar uma destinação final adequada aos resíduos não aproveitados na construção.

De uma maneira geral, a instalação e a exploração dos percursos podem causar modificações
no meio ambiente. Convém, portanto, referenciar a legislação em vigor.

6 Estruturas de suporte
6.1 Generalidades

As estruturas de suporte em um percurso de arvorismo devem suportar as seguintes cargas:

—— o peso próprio da plataforma;

—— as cargas dos obstáculos fixados na própria estrutura de suporte;

—— a carga máxima correspondente ao número de participantes e líderes permitidos por plataforma


e nos obstáculos adjacentes, acrescida de um líder adicional (para considerar a eventualidade
de um resgate);

—— a força de impacto da queda do participante conectado à linha de vida; e


—— os esforços longitudinais e transversais provocados pelas cargas descritas acima.

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ABNT NBR 15508-1:2018

A soma destas cargas deve ser majorada por um coeficiente de segurança igual ou superior a 2.

Observando-se a existência de esforços excessivos, provocados pelo momento na base das estru-
turas de suporte, devem ser utilizados tirantes ou outros dispositivos que trabalhem no sentido de anular
ou diminuir este esforço. Estes tirantes devem ser independentes dos cabos dos obstáculos, de modo
a assegurar a estabilidade das estruturas de suporte.

6.2 Estrutura de suporte artificial

A estrutura de suporte artificial deve ser devidamente dimensionada e fixada para resistir à carga
determinada em 6.1.

A instalação de plataformas e cabos em estruturas de suporte artificial pode admitir diversos sistemas
de fixação, conforme as características do material adotado.

6.3 Estrutura de suporte natural

6.3.1 Avaliação da resistência das árvores

A resistência das árvores pode ser aferida por cálculo. Os cálculos devem ser baseados na resistência
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da madeira seca. Para tal, deve-se utilizar a ABNT NBR 7190:1997, Anexo E, que apresenta valores
médios usuais de resistência e rigidez de algumas madeiras nativas e de florestamento.

Um exemplo de cálculo da resistência das árvores utilizadas como estrutura de suporte para plataformas
é dado no Anexo B.

Para a árvore ser aceita como estrutura de suporte para percursos de arvorismo, ela deve ter capa-
cidade de resistência para suportar as cargas estabelecidas em 6.1.

Para realizar a estimativa da resistência da árvore, as modificações do seu diâmetro devem ser
levadas em conta.

No caso da árvore apresentar uma anomalia de estrutura entre o ponto de fixação da plataforma e a
base, a descontinuidade deve ser levada em conta na estimativa da resistência da árvore.

6.3.2 Diagnóstico arborícola

6.3.2.1 Um diagnóstico arborícola deve ser realizado para determinar o estado fisiológico, mecânico
e de risco das árvores de suporte utilizadas. O diagnóstico deve conter no mínimo as seguintes informações:

 a) descrição geral do local:

—— tipo de floresta;

—— características topográficas;

—— características do solo;

—— características hidrológicas;

—— características climáticas;

—— recomendações sobre o manejo do local;

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 b) descrição das árvores:

—— identificação física e localização desta identificação em planta geral do local;

—— espécie;

—— situação da estrutura radicular;

—— diâmetro na altura do peito (DAP) a 1,3 m de altura e suas variações ao longo do tronco;

—— retilineidade do tronco;

—— estimativa da altura total;

—— estrutura da copa;

—— grau de inclinação;

—— avaliação e descrição do estado fisiológico (presença de brocas, fungos, defeitos no tronco,


entre outros);
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—— avaliação e descrição do estado mecânico; e

—— recomendações para prevenir defeitos ou doenças na árvore.

Devem ainda ser avaliados os aspectos ecológicos, respeitando-se a existência de epífitas ou outros
seres vivos que utilizem a árvore como habitat.

6.3.2.2 A frequência mínima de realização do diagnóstico deve ser a seguinte:

 a) um primeiro diagnóstico deve ser realizado para avaliação e escolha das árvores, no máximo
de 12 meses antes da instalação do percurso. É recomendado que o diagnóstico seja efetuado
antes da poda das árvores e da implantação dos equipamentos;

 b) um diagnóstico anual, a partir da abertura, salvo se houver justificativa técnica documentada
recomendar outra periodicidade, para permitir avaliar as modificações da floresta e as evoluções
das árvores de suporte.

Em função dos resultados do diagnóstico, ações devem ser implementadas para correção de problemas
identificados.

6.3.3 Proteção da árvore e do sistema de raízes

A organização responsável pela instalação de parques de arvorismo deve adotar medidas para
proteger as árvores e seus sistemas de raízes, conforme estabelecido a seguir:

 a) proteção das árvores:

—— os sistemas de fixação das plataformas, das linhas de vida e dos obstáculos devem ser
concebidos de maneira a limitar a agressão contra as árvores;

—— os cabos, as plataformas e suas proteções não podem estrangular a árvore em todos os


pontos de sua circunferência, para prevenir anelamento;

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ABNT NBR 15508-1:2018

—— os cabos não podem estar em contato com o tronco das árvores. Para este fim, devem ser
utilizadas proteções (como, por exemplo, calços de madeira, calços de borracha, entre outros)
entre o cabo e o tronco das árvores;

—— medidas devem ser tomadas para que os cabos não comprometam o desenvolvimento
natural das árvores, como, por exemplo, mediante o remanejamento dos pontos de fixação.
Recomenda-se que a organização responsável pelo parque de arvorismo estabeleça o prazo
de avaliação quanto aos potenciais impactos ambientais negativos do sistema arborícola
onde esteja instalado o referido parque, bem como registre o prazo desta avaliação;

 b) Proteção do sistema de raízes:

—— a caminhada no solo dos líderes, participantes, espectadores e demais pessoal envolvido


na operação nos arredores da base das árvores deve ser limitada, de maneira a garantir
a manutenção das condições do sistema de raízes (como, por exemplo, mediante a delimi-
tação das trilhas, entre outros).

6.3.4 Rochas

As rochas utilizadas como estrutura de suporte no percurso de arvorismo devem apresentar carac-
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terísticas de resistência mecânica adequadas para a fixação de chumbadores ou outros dispositivos


construtivos que resistam às solicitações resultantes das cargas estabelecidas em 6.1.

7 Requisitos de segurança
7.1 Generalidades

Os parques de arvorismo devem ser projetados de forma que os participantes consigam realizar
sua progressão com segurança, atendendo suas diferentes necessidades ou características, como,
por exemplo, operação em parques de arvorismo para adultos ou crianças, biotipo do participante,
operações em período noturno, entre outras características. A organização responsável pelo parque
de arvorismo deve registrar qual tipo de percurso está montado para os participantes.

Para parques de arvorismo construídos para atender a participantes deficientes ou com mobilidade
reduzida, podem ser necessários requisitos não abrangidos por esta Norma.

Caso o parque de arvorismo seja projetado para operar com participantes deficientes ou com
mobilidade reduzida, ele deve ser planejado considerando características específicas, incluindo dispo-
sições construtivas que contemplem as necessidades de segurança que levem em consideração
este tipo de participante, adicionais ao prescrito em 7.3. Este planejamento deve ser documentado.
Ainda assim, a operação destes percursos pode requerer profissionais, competências, procedimentos,
dispositivos, equipamentos, condições específicas e disposições construtivas diferentes dos previstos
nesta parte da ABNT NBR 15508. As medidas adotadas devem ser validadas, justificadas tecnicamente
e documentadas.

7.2 Espaços livres e espaços de queda

Os espaços livres e os espaços de queda devem oferecer segurança aos participantes e, assim, não
podem conter qualquer obstáculo não protegido com o qual o participante possa colidir quando de sua
progressão ou sua queda, excetuando-se os elementos componentes do obstáculo e as plataformas
situadas na saída e na chegada do obstáculo.

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ABNT NBR 15508-1:2018

No momento da queda, o participante deve poder deslizar sem se chocar com outro participante,
e com elementos do obstáculo ou da plataforma.

No caso em que exista a possibilidade de o participante colidir com um objeto existente na proxi-
midade de um obstáculo (como, por exemplo, na árvore), convém instalar uma proteção adaptada
(como, por exemplo, um colchão ou placa de borracha sobre uma parte do tronco da árvore).

7.3 Sistemas de proteção contra quedas em altura

A organização responsável pelo parque de arvorismo deve implementar um sistema de proteção


contra quedas em altura, inclusive em operação, onde o participante conclua sua progressão do obstá-
culo em ambiente aquático (como, por exemplo, lagoas ou rios), quando os participantes estiverem
com os pés acima de 0,60 m de altura do solo ou da superfície do corpo d’água.

Nestes sistemas de proteção, em caso de ser considerada a água como amortecedor de queda,
o participante deve utilizar colete de flutuação, independentemente da profundidade.

Estes sistemas de proteção devem ser:

 a) coletivos, consistindo em dispositivos como guarda-corpo e balaustrada, rede, colchão de recepção
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ou amortecedores de queda adaptados à altura de queda potencial;

 b) individuais, devendo neste caso, o participante estar equipado com uma cadeirinha tipo C
(a qual deve atender à EN 12277 ou à EN 813), conectada a um autosseguro (que atenda à
EN 354 ou que seja confeccionado com corda dinâmica, tipo simples, com diâmetro mínimo
de 9 mm, que atenda à EN 892, ou fita que atenda à EN 565 ou à EN 566, de acordo com
as respectivas características do material utilizado), o qual deve ser conectado ao dispositivo
de segurança adequado ao tipo de progressão utilizado.

7.4 Progressão horizontal

Na progressão horizontal, o sistema de proteção contra quedas de altura deve ser a linha de vida,
exceto nos percursos contemplativos providos de sistema coletivo de segurança em altura
(como, por exemplo, passarelas com guarda-corpo).

7.5 Progressão inclinada

A inclinação da linha de vida deve garantir a segurança do participante.

Deve haver dispositivos construtivos, equipamentos ou procedimentos, em linhas de vida inclinadas,


que permitam a parada do movimento quando em queda, antes que a velocidade atinja um valor que
possa criar risco de ferir o participante, como, por exemplo:

—— cabo extra com roldana bloqueadora;

—— linha de vida com pontos de bloqueio;

—— trava-quedas que atenda à EN 353-1; ou

—— procedimentos que garantam a parada do participante após a sua queda. Neste caso, este pro-
cedimento deve ser previamente documentado antes da operação.

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ABNT NBR 15508-1:2018

7.6 Progressão vertical

Devem ser utilizados dispositivos ou procedimentos para proteção contra queda em progressão
vertical, entre eles os sistemas mecânicos, sistemas manuais autônomos ou com o auxílio do líder,
como, por exemplo:

—— equipamentos blocantes que atendam à EN 567;

—— trava-quedas retrátil que atendam à EN 360;

—— segurança com corda de cima (top rope), utilizando-se corda estática (ou semiestática) tipo A
que atenda à EN 1891, ou corda dinâmica tipo simples que atenda à EN 892;

—— nós blocantes;

—— alças de segurança tipo via ferrata, com a utilização de autosseguro com dispositivos de absorção
de energia que atendam à EN 958.

7.7 Força máxima de parada e desaceleração máxima admissível


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Os dispositivos de proteção contra quedas em altura devem ser concebidos de tal forma que,
no momento da queda, o participante ou líder seja submetido a uma desaceleração máxima absoluta
de 6 g = 60 m/s2, em que g é a aceleração da gravidade (aproximadamente 10 m/s2). Desta maneira,
a desaceleração máxima resulta em uma força máxima de parada Fmáx < 6 g M, onde M é a massa
do participante ou do líder, em quilogramas (kg), e Fmáx é a força máxima de parada, em Newtons (N).

Por exemplo: para um participante com massa M = 100 kg, a força máxima de parada é Fmáx < 6 kN
ou Fmáx < 6 000 N.

7.8 Cargas nominais e dimensionamento das estruturas portantes


As cargas nominais a considerar no dimensionamento das estruturas portantes, exceto as linhas
de vida, isto é, plataformas, obstáculos e suas fixações e outras estruturas, são o seu próprio peso
e o peso do número de participantes e líderes permitidos simultaneamente na estrutura, mais um
líder (considerando uma situação de resgate) e também a carga resultante dos esforços empregados
na sua montagem, como, por exemplo, o tracionamento em cabos.

As estruturas portantes devem ser dimensionadas para suportar as cargas nominais, majoradas por
um fator de segurança igual ou superior a 2.

Eventuais arranjos construtivos ou técnicas específicas podem requerer o uso de coeficientes de


redução da capacidade resistente dos materiais (como, por exemplo, no caso do uso de clipes na
fixação de cabos).

Chama-se a atenção para a extrema importância da manutenção na estabilidade e segurança das


estruturas portantes, em particular nas linhas de vida e tirolesas.

7.9 Linha de vida


7.9.1 Generalidades

7.9.1.1 A linha de vida deve ser instalada utilizando cabo de aço que atenda aos requisitos da
ABNT NBR ISO 2408 e deve ser claramente identificada em relação a outros cabos (como, por exemplo,
com ajuda de código de cores). No caso de serem usados cabos encapados, deve ser possível
a inspeção visual das suas condições.

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ABNT NBR 15508-1:2018

7.9.1.2 A linha de vida deve ser instalada de maneira que não permita que o participante tenha fator
de queda igual ou superior a 1,4. Recomenda-se instalar a linha de vida em altura acima do nível do
ombro do participante.

7.9.1.3 As linhas de vida podem ser de três tipos:

 a) linha de vida fracionada (ou descontínua): trechos de cabos interligando duas plataformas.
Em cada uma deve existir uma alça de segurança (com um material equivalente, em termos de
resistência e padrões de segurança, ao autosseguro ou à linha de vida) a que o participante deve
ser conectado enquanto é feita a troca das conexões de um trecho da linha de vida para outro
e, neste caso, a estrutura construtiva deve prever a utilização de autosseguro duplo que atenda
à EN 354 ou que seja confeccionado com: corda dinâmica tipo simples, com diâmetro mínimo
de 9 mm (que atenda à EN 892), ou fita (que atenda à EN 565 ou à EN 566), de acordo com as
respectivas características do material utilizado;

 b) linha de vida contínua: cabo contínuo interligando todas as plataformas do percurso ou seção,
no qual os participantes utilizem dispositivo específico que permita a passagem em cada plataforma
de interligação sem serem efetuadas manobras de desconexão e conexão, permanecendo os
participantes conectados à linha de vida durante todo o percurso; a estrutura construtiva deve
prever a utilização de autosseguro duplo que atenda à EN 354 ou que seja confeccionado com
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corda dinâmica tipo simples, com diâmetro mínimo de 9 mm (que atenda à EN 892), ou fita (que
atenda à EN 565 ou à EN 566), de acordo com as respectivas características do material utilizado;

 c) linha de vida mista: consiste em percursos com trechos de linhas de vida contínuas e fracionadas.
Neste caso, quando existir interrupção da linha de vida em algum ponto, deve existir uma alça
de segurança (com um material equivalente, em termos de resistência e padrões de segurança,
ao autosseguro ou à linha de vida) identificada, a que o participante ou líder se conecta enquanto
faz a troca das conexões de um dos trechos da linha de vida para o outro e, neste caso, a
estrutura construtiva deve prever a utilização de autosseguro duplo que atenda à EN 354,
ou que seja confeccionado com: corda dinâmica tipo simples, com diâmetro mínimo de 9 mm
(que atenda à EN 892), ou fita (que atenda à EN 565 ou à EN 566), de acordo com as respectivas
características do material utilizado.

7.9.1.4 No sistema de linha de vida contínuo, qualquer equipamento que tenha função de:

—— interligar uma seção com a outra;

—— promover a progressão do participante conectado ao cabo de linha de vida;

—— transposição de obstáculos;

—— reduzir a velocidade nestas situações com o uso de peças ou equipamentos que evitem que o
participante escorregue para evitar que ele deslize para frente ou para trás (com a linha de vida
inclinada).

Estes equipamentos, como por exemplo, trilhos, vagões, elos, conectores, conjunto de roldanas com
vagão, devem atender às normas nacionais, estrangeiras ou internacionais específicas.

7.9.1.5 No caso do uso de outros equipamentos na linha de vida contínua, a organização responsável
pela construção do parque de arvorismo deve apresentar:

—— ensaio de tração, que deve ser registrado; e

—— relatório técnico.

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ABNT NBR 15508-1:2018

7.9.1.6 Estes ensaios e o respectivo relatório técnico devem ser elaborados por profissional legal-
mente habilitado.

7.9.2 Cálculo da carga nominal na linha de vida

A carga nominal na linha de vida a ser considerada deve incluir o seu próprio peso, a carga resultante
dos esforços empregados na sua montagem (tracionamento, por exemplo) e a carga estabelecida
nesta Seção.

Deve ser estabelecida a massa máxima (“M”) do(s) participante(s) autorizada para o percurso.
Esta massa “M” é a que deve ser considerada no cálculo da carga nominal.

A carga nominal a ser considerada é a força máxima de parada (Fmáx) desenvolvida por pessoa(s) de
massa “M” caindo da altura máxima de queda livre sobre a linha de vida, estando esta carregada em
seu meio de “n × M” (onde “n” significa o número máximo previsto de participantes simultaneamente
no obstáculo). O valor de “n” a ser utilizado deve ser pelo menos igual a 2, de maneira a prever a
possibilidade de um participante ser socorrido por um líder (quando a progressão for de um participante
somente). Deve ser registrado, portanto, o valor de “n” a ser utilizado no cálculo da carga nominal
da linha de vida (considerando o número da “M” simultaneamente nesta linha de vida), acrescida
também da “M” do líder que tiver que acessar tal linha, para eventual resgate durante a operação.
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A altura máxima de queda livre é determinada pela altura que se mede enquanto a linha de vida
é carregada estaticamente em seu meio de “n × M” (“n” significa o número máximo previsto de
participantes simultaneamente no obstáculo).

7.9.3 Dimensionamento da linha de vida e suas fixações

A linha de vida e as suas fixações devem resistir ao menos a duas vezes a tensão aplicada pela
carga nominal (ver 7.9.2), aumentada do coeficiente de redução correspondente à técnica de fixação
utilizada (como, por exemplo, coeficiente de 1,2, quando são utilizados clipes).

8 Plataformas
A plataforma deve atender aos seguintes requisitos:

 a) estar fixa e estável;

 b) suportar a carga nominal majorada pelos coeficientes de segurança, calculada de acordo com 7.8;

 c) ter superfície de circulação de no mínimo 0,45 m de largura.

9 Obstáculos
9.1 Tipos de obstáculos

Podem existir diversos tipos de obstáculos, como:

 a) pontes (balanços, pontes de escadas, redes, entre outros);

 b) pêndulos;

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ABNT NBR 15508-1:2018

 c) obstáculos que envolvem ascensão ou descensão vertical (escadas, redes, paredes de esca-
ladas, contrapeso, mastro de bombeiros, entre outros);

 d) tirolesas.

Podem existir outros tipos de obstáculos de acordo com novas tecnologias ou desenhos específicos
de cada percurso de arvorismo.

9.2 Dimensionamento e disposições construtivas

Deve ser estabelecido o número máximo de participantes por obstáculo de acordo com o uso preten-
dido e com as condições de segurança da progressão.

Os obstáculos e suas fixações, exceto as tirolesas e os pêndulos, devem suportar a carga nominal
majorada pelos coeficientes de segurança, calculados de acordo com 7.8.

Nos obstáculos em que o participante não tenha controle da velocidade em sua progressão, devem ser
adotadas medidas construtivas ou dispositivos que proporcionem progressão e desaceleração seguras.

Os obstáculos não podem possuir elementos que ofereçam perigo aos participantes durante a pro-
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gressão ou em uma queda, como, por exemplo, ângulos penetrantes, quinas “vivas”, extremidades
de cabos ou parafusos desprotegidos.

9.3 Pêndulos

Os pêndulos devem ser calculados como linhas de vida, conforme 7.9.3.

9.4 Tirolesa

Os cabos devem atender aos requisitos da ABNT NBR ISO 2408 e, preferencialmente, devem ter
diâmetro (ou bitola) de no mínimo 3/8.

A instalação da tirolesa não pode permitir que o participante seja o responsável por sua desace-
leração, frenagem ou pausa.

Quando a velocidade de chegada exigir frenagem, deve existir sistema de frenagem redundante,
o qual necessariamente não pode requerer intervenção humana.

A organização deve assegurar que haja disposições, dispositivos construtivos (como, por exemplo,
solos amortecedores, redes, colchões e dispositivo com corda dinâmica tipo simples, que atenda
à EN 892 ou mola), ou procedimentos de segurança que minimizem os riscos de ferir o participante.

A velocidade de chegada da tirolesa deve ser coerente com o nível de dificuldade do percurso em
questão.

Recomenda-se que, na instalação da tirolesa, o cabo de aço seja instalado de forma que o participante
não tenha como tocá-lo com suas mãos durante a sua progressão.

Admitem-se os seguintes tipos de tirolesas:

 a) tirolesa simples: deve ser instalada com um cabo de aço que sirva ao mesmo tempo de cabo de
progressão e de linha de vida. O cabo de aço deve ser projetado como uma linha de vida, calculado
conforme 7.9.3. Esta tirolesa simples deve ter comprimento menor que 300 m de extensão;

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 b) tirolesa com linha de vida: deve ser instalada com dois ou mais cabos de aço, sendo que um
deles deve funcionar como linha de vida. A linha de vida deve atender aos requisitos de 7.9.3,
e o conjunto de cabos de aço deve ser dimensionado de acordo com 9.2. Esta tirolesa com linha
de vida pode ser instalada com qualquer comprimento.

NOTA Recomenda-se que a carga seja dividida de forma a equalizar os pesos exercidos nos cabos de aço.

9.5 Obstáculos similares à tirolesa

Podem existir obstáculos com técnicas similares à tirolesa, utilizando dispositivos de deslocamento
adicionais, como, por exemplo, um cesto. Nestes casos, independentemente da forma de progressão,
o participante deve estar conectado a uma linha de vida exclusiva, e estes outros dispositivos devem
ter sistema para conexão independente.

10 Sinalizações
10.1 Generalidades

Pode ser conveniente, para contribuir com a segurança dos participantes, estabelecer esquemas
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de sinalização ao longo dos percursos de arvorismo.

10.2 Caminhada em solo

Convém que informações e sinalização específica permitam orientar os participantes ou outras


pessoas na caminhada no solo e afastá-los de zonas de risco (como, por exemplo, chegada de tirolesas,
salto pendular, área de finalização de progressão de obstáculos, entre outros).

10.3 Controle de acesso

Deve haver sinalização sobre a obrigatoriedade de uso de equipamentos individuais e de estar sob
supervisão de líderes para a progressão no percurso. A sinalização deve ser instalada no início
de cada seção do percurso.

Recomenda-se que, em parques de arvorismo com fluxo de participantes estrangeiros, seja utilizada
sinalização em idiomas que atendam a este público.

10.4 Informações gerais sobre o percurso

As plataformas designadas para serem áreas de escape em situações de emergência devem estar
claramente assinaladas.

Recomenda-se que um esquema de sinalização indicando o traçado, o nível de dificuldade dos diversos
obstáculos e as principais medidas de segurança esteja disponível no parque de arvorismo.

10.5 Nível de progressão dos percursos

Se for adotada uma classificação do nível de progressão para os percursos, recomenda-se que o nível
seja identificado de maneira simples (código de cor, código numérico, entre outros).

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ABNT NBR 15508-1:2018

11 Controles, inspeção e manutenção


O responsável pela construção do parque de arvorismo deve fornecer um manual de inspeção e
manutenção, que deve conter no mínimo:

—— inspeções a serem efetuadas;

—— indicação dos pontos de inspeção, métodos e periodicidade;

—— planejamento das manutenções;

—— procedimentos de manutenção;

—— competências requeridas para aplicar os diferentes procedimentos de inspeção e de manutenção.

Sistematicamente, deve haver uma inspeção dos obstáculos, sistemas de ancoragens, estruturas
de suporte e outras montagens utilizadas. A periodicidade deve ser estabelecida de acordo com as
condições de uso, clima e características geológicas.

Inspeções (periódicas ou pontuais) e manutenções (preventivas ou corretivas) específicas devem


ser efetuadas de acordo com as orientações ou recomendações dos fabricantes e fornecedores
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de equipamentos ou materiais.

Os resultados das inspeções e as manutenções efetuadas devem ser registrados.

É recomendável que, em obstáculos específicos, como, por exemplo, tirolesas, a frequência de


inspeções seja maior, de acordo com os riscos envolvidos.

No caso de cabos de aço e outros elementos críticos das estruturas portantes e linhas de vida, deve-se
estabelecer um plano de inspeção que inclua claramente os parâmetros a serem controlados e os
respectivos critérios de aceitação ou necessidade de intervenção, como, por exemplo, a substituição
de elementos (cabos, grampos, entre outros).

NOTA Recomenda-se seguir as orientações dos fabricantes destes equipamentos ou materiais.

O planejamento das inspeções deve incluir a realização de inspeções, que consistem na inspeção
visual do percurso, efetuada por um líder, de forma presencial, exatamente antes do início da
operação, diariamente, quando o parque de arvorismo tiver operação. Para os efeitos desta inspeção
de segurança com o objetivo de prevenção de incidentes, não podem ser utilizadas tecnologias de
inspeção por meio de equipamentos tecnológicos remotos com acompanhamento à distância, como,
por exemplo, o uso de drones com câmeras de vídeo.

Pelo menos uma vez por semestre deve ser efetuada uma inspeção completa do parque de arvorismo
e dos seus elementos construtivos.

12 Comissionamento
Deve ser efetuada uma verificação geral do(s) percurso(s) antes da entrega do parque de arvorismo
ou da colocação em uso de modificações significativas introduzidas.

A verificação deve abordar o atendimento às especificações do projeto, funcionamento efetivo de


todos os obstáculos, realização de simulações de resgates e operacionalidade de todos os acessos,
em particular as vias de fuga e plataformas.

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ABNT NBR 15508-1:2018

Pode ser conveniente verificar as catenárias das linhas de vida e das tirolesas, submetendo-as às
cargas de serviço, e ainda às flechas dos obstáculos críticos do ponto de vista da segurança.

Dependendo da dimensão e dos esforços previstos em determinados obstáculos (como, por exemplo,
tirolesas muito extensas ou com início em grande altura) ou mesmo no percurso inteiro, pode ser
necessário realizar provas de carga e testes de funcionamento antes da entrada em operação.

A verificação para o comissionamento deve ser realizada sob responsabilidade do construtor do


parque de arvorismo ou responsável por eventuais modificações. A verificação deve ser registrada.

13 Documentação do projeto construtivo


A documentação do projeto construtivo deve conter:

—— documento que demonstre a conformidade do(s) percurso(s) aos requisitos desta Parte da
ABNT NBR 15508;

—— licenças ou permissões, quando pertinente;


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—— croquis ilustrativos dos percursos e obstáculos;

—— plano detalhado dos percursos com os diferentes obstáculos, incluindo a especificação do grau
de dificuldade;

—— documento especificando as regras de utilização dos percursos (conforme descrito no Anexo A);

—— descrição do público-alvo;

—— detalhes dos sistemas de fixação, quando pertinente;

—— manual de inspeção e manutenção do parque de arvorismo;

—— características do local [topográficas, arquitetônicas e arbóreas (quando aplicável), inclusive


necessidades de infraestrutura de apoio];

—— diagnóstico arborícola das árvores-suporte, efetuado há menos de um ano (quando for utilizada
árvore como estrutura de suporte);

—— especificação dos diferentes materiais utilizados, incluindo evidências da sua conformidade; e

—— memória de cálculo das estruturas de suporte e obstáculos.

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Anexo A
(normativo)

Informações mínimas sobre as regras de utilização do(s) percurso(s) de arvorismo

O responsável pela construção ou eventuais futuras atualizações ou alterações do(s) percurso(s)


de arvorismo deve elaborar e fornecer à organização responsável pela operação do parque
de arvorismo um documento contendo no mínimo as seguintes informações:

 a) utilização do percurso de arvorismo, incluindo plataformas e obstáculos, com detalhamento sobre
as respectivas formas de progressão;

 b) atendimento à legislação pertinente do turismo de aventura, na oferta de atividades em parque


de arvorismo, inclusive regras de visitação em Unidades de Conservação (UC), quanto aplicável;

 c) limites de carga máxima para utilização do(s) obstáculo(s) em cada percurso de arvorismo;
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 d) quantidade máxima de pessoas permitidas por obstáculo e por plataforma;

 e) planejamento de atendimento a emergências (PAE), conforme ABNT NBR 15508-2:2018, 11.4,
incluindo áreas de escape em situações de emergência;

NOTA Uma fonte de consulta pode ser o Guia de Implementação da Norma Técnica
ABNT NBR ISO 21101 – Sistemas de gestão da segurança.

 f) condições climáticas de operação;

 g) vestimenta adequada e cuidados específicos;

 h) descrição, quantidades e características de equipamentos a serem utilizados nos percursos


de arvorismo pelos líderes e participantes;

 i) público-alvo do percurso, como, por exemplo, percurso para o público infantil.

Como informação adicional, podem ser dadas orientações como, por exemplo, a compleição física
sugerida do participante (peso e altura).

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Anexo B
(informativo)

Exemplo de cálculo da resistência das árvores de suporte dos obstáculos

B.1 Cálculo de esforço máximo admissível por árvore


Considera-se que a capacidade de flexão da árvore (Qi) seja o esforço máximo admissível que a
árvore pode suportar. Qi é calculado da seguinte forma:

σmπφ03
Qi =
32h
onde

h é a altura da ancoragem considerada ou da fixação da plataforma;


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ϕ0 é o diâmetro na base da árvore suporte (DAP – diâmetro na altura do peito, medida a 1,30 m
de altura);

σm é a tensão admissível em função da composição da árvore.

NOTA ϕh pode ser o diâmetro na ancoragem ou no ponto de fixação da plataforma.

No caso em que ϕh < 2/3 ϕ0, a equação de cálculo é modificada para:

σmπ
Qi = [(φh − φ0 )(h − z ) + φ0h ]3
32h (h − z )
3

onde

z é a altura em que a resistência máxima é exercida sobre o suporte:


φ0 h
z=h−
2 (φh − φ0 )

Os valores de σm estão na ABNT NBR 7190:1997, Tabelas E.1, E.2 e E.3.

As resistências de cálculo devem ser minoradas por um coeficiente de segurança 2, de acordo com 6.1.

B.2 Aplicação numérica


Ancoragem da linha de vida:

 a) diâmetro na base da árvore de suporte (medir a 1,30 m de altura): 0,45 m;

 b) diâmetro na ancoragem: 0,42 m;

 c) altura da ancoragem da linha de vida: 4 m;

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ABNT NBR 15508-1:2018

 d) composição da árvore: sucupira (diclotropis spp) (σm = 95,2 MPa, ou seja, σm = 95 200 kN/m2,
dado retirado da ABNT NBR 7190:1997, Tabela E.2).
σmπφ03 95 200 × 3,14 × 0, 453
Tem-se então: Qi = = = 212, 9 kN
32h 32 × 4

Considera-se que a resistência da árvore desuporte é satisfatória se este valor de Qi for superior
ao esforço gerado pela queda do participante (dinâmico e estático), aumentado, evidentemente,
pelo peso próprio do obstáculo e multiplicado pelo fator de segurança 2.
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Bibliografia

[1]  Associação Brasileira de Normas Técnicas – Guia de Implementação da Norma Técnica


ABNT NBR ISO 21101: Sistemas de gestão da segurança, ABNT e Sebrae, 2016.

[2]  Association Française de Normalisation (AFNOR) – XP S 52-902-2 – Parcours acrobatiques


en hauteur – Partie 1: Exigences de construction, 2003.

[3]  Ministério do Meio Ambiente – Programa Parques do Brasil – Conduta consciente em ambientes
naturais.

[4]  Ministério do Meio Ambiente – Relatório Promoção e Ordenamento da Visitação em Unidades


de Conservação, 2005.

[5]  Ministério do Meio Ambiente – Relatório Diretrizes para Planejamento e Gestão de Visitação
em Unidades de Conservação, 2005.

[6]  Ministério do Turismo – Ecoturismo: Orientações básicas – Secretaria Nacional de Políticas de


Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #344805@405535# (Pedido 847357 Impresso: 11/10/2022)

Turismo – 2ª Edição, 2011

[7]  Ministério do Turismo – Livro Programa Aventura Segura: Concepção, Metodologia e


Resultados, 2011

[8]  Ministério do Turismo – Manual de Criação e Organização de Grupos Voluntários de Busca


e Salvamento de Turismo de Aventura, 2005.

[9]  Ministério do Turismo – Relatório de Impactos do Programa Aventura Segura, 2011

[10]  Ministério do Turismo – Relatório Diagnóstico de Regulamentação, Normalização e Certificação


em Turismo de Aventura, 2005.

[11]  Ministério do Turismo – Turismo de aventura: Orientações básicas – Secretaria Nacional de


Políticas de Turismo – 2ª Edição, 2011

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