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Santos X Caixa X Itaú Contestação Do Denunciado
Santos X Caixa X Itaú Contestação Do Denunciado
Janeiro.
CONTESTAÇÃO
aos termos da Ação Ordinária de Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais com
Pedido de Antecipação de Tutela que é denunciado, sendo Ré e denunciante a Caixa Econômica
Federal (“CEF”), e parte Autora SANTOS CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL RJ EIRELI
(“Requerente” ou “Santos Consultoria”), o que faz pelos motivos de fato e de direito que passa a
expor.
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1. SÍNTESE PROCESSUAL.
Alegou que “entre os documentos encaminhados pelo Banco ITAÚ está o Boletim
de Ocorrência emitido pela delegacia de Polícia Civil/Sul – Belo Horizonte/MG, sobre número
2020-049547857-001, em anexo, onde o sr. Lai Evangelista Monção narra que foi envolvido em
um suposto golpe, onde o empréstimo requerido junto ao Banco PAN, era repassado à Autora,
através do Instrumento Particular de Negociação de Dívida, sendo certo que a Autora receberia
os recursos do empréstimo junto ao Banco PAN, e se responsabilizaria pelo pagamento integral
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das parcelas. Em razão de tal comunicação, a CAIXA realizou o bloqueio da conta. Importa
destacar que o Banco ITAU ainda solicitou à CAIXA a devolução de outras TED´s”. Sustentou
ainda não estarem presentes os requisitos autorizados para fins de concessão da tutela de
urgência pretendida pela Requerente.
Ao final, a CEF requereu (a) fosse “oficiada a autoridade policial, para que
esclareça a situação dos inquéritos”; (b) “intimação do Itaú para integrar o feito”; (c)
indeferimento da petição inicial; e (d) o julgamento improcedente da demanda.
Em 03/09/2021 a CEF apresentou sua contestação por meio da qual (a) replicou
suas alegações fáticas já trazidas na manifestação apresentada a respeito do pedido de
concessão de tutela de urgência pretendido pela Requerente; (b) requereu inclusão do Itaú na
lide por meio de sua denunciação sob o argumento de que “parte dos valores foram transferidos
ao banco Itaú. Assim, considerando os termos do art. 884 do CC, é o Banco Itaú quem tem a
responsabilidade em eventualmente devolver os referidos valores”; (c) a inépcia da petição inicial,
especificamente em relação à circunstância de o valor do dano moral pleiteado pela Requerente
não ter sido formulado em valor certo, nos termos do art. 322 do CPC; (d) a rejeição do pedido
de condenação ao pagamento de indenização a título de danos morais, visto que “não há na
narrativa autoral qualquer fato que indique já ter sofrido mácula em sua honra, ou seja, não há
sequer a indicação do prejuízo de ordem moral a ser reparado”.
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Intimada em 19/01/22 a apresentar Réplica, a Requerente assim procedeu em
21/02/22, oportunidade em que reiterou, em síntese, as alegações constantes em sua inicial e
juntou documentos relativos a movimentações financeiras envolvendo a sua conta bancária
junto à CEF de modo a demonstrar a sua regularidade. Em nova manifestação apresentada nos
autos em 25/02/22, a CEF (a) requereu ao juízo que fosse apreciado seu pedido de denunciação
do Itaú à lide, bem como reiterou os pedidos de que (b) fosse oficiada à autoridade policial para
que esclareça a situação dos inquéritos decorrentes dos boletins de ocorrência que constam nos
autos e (c) na eventualidade de indeferida a denunciação da lide do Itaú, que este fosse
intimado para prestar esclarecimentos nos autos.
OBRIGAÇÃO DECORRENTE DE LEI OU DE CONTRATO QUE ESTABELEÇA O DEVER DO ITAÚ ARCAR COM
Como o Itaú foi denunciado à lide pela CEF, cabe, inicialmente, contestar a
denunciação feita, tendo em vista que, como se verá, deve ser rejeitada por este r. Juízo.
O Código de Processo Civil estabelece duas hipóteses apenas para que seja
admitida a denunciação da lide conforme se lê do art. 125 e seus incisos:
“Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - Ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao
denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - Àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva,
o prejuízo de quem for vencido no processo”.
Logo de início se verifica ser inaplicável a hipótese do inciso I do art. 125 aos autos
na medida de que não se trata de ação proposta com base em relação de compra e venda
envolvendo o domínio de bens, e sim, avaliação da legalidade do ato consistente no bloqueio da
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conta bancária da Requerente junto à CEF sob o fundado receio dos valores movimentados
terem sua origem em fraudes financeiras cometidas pela Requerente.
Observa-se, portanto, que pelo inciso II do art. 125 do CPC, aquele que se permite
denunciar para que ingresse a lide ostenta a posição de garantidor frente àquele de quem se
reclama serem devidos valores, seja por decorrência de lei ou contrato, como ocorre no citado
exemplo da relação existente entre segurado e segurador.
Portanto, resta evidente que a hipótese dos autos não autoriza a denunciação da
CEF do Itaú à lide, já que não se trata de lide que versa sobre transferência de domínio (art. 125,
I), tampouco existe lei ou negócio jurídico firmado entre CEF e Itaú no sentido de que este
atuaria como seu garantidor frente a danos que a CEF venha a ser condenada a reparar. Neste
sentido é o entendimento do C.STJ:
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Manual de Direito Processual Civil. 18 ª edição revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Thomson Reuters Brasil,
2019, p.541.
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Nota-se, por outro lado, da narrativa utilizada pela CEF para formular seu pedido
de denunciação da lide que, em dezembro de 2020, teria recebido pedido de parte do Itaú para
que fossem devolvidos valores relativos a uma TED enviada para a conta 3105-003-2520-1. A
comunicação estaria acompanhada de boletim de ocorrência “onde o sr. Lai Evangelista Monção
narra que foi envolvido em um suposto golpe, onde o empréstimo requerido junto ao Banco PAN,
era repassado à Autora, através do Instrumento Particular de Negociação de Dívida, sendo certo
que a Autora receberia os recursos do empréstimo junto ao Banco PAN, e se responsabilizaria
pelo pagamento integral das parcelas. Em razão de tal comunicação, a CAIXA realizou o bloqueio
da conta”. (grifo nosso).
Claro está, repita-se, que diante da incoerente narrativa apresentada pela CEF,
bem como por não ter realizado prova neste sentido, de que inexiste qualquer obrigação
proveniente de lei ou contrato entre ela e o Itaú que imponha a este o dever de arcar com
indenização devida por ela em caso de eventual condenação em ação judicial, como requer o
art. 125, II do CPC. Fato que evidencia a inexistência desta relação entre CEF e Itaú é a de que a
CEF, intimada por este il. juízo a justificar com base no art. 125 do CPC por qual razão a
denunciação do Itaú seria cabível, ter restado silente. Naturalmente não faltariam argumentos a
serem apresentados se houvesse qualquer obrigação decorrente de lei ou contrato que
impusesse ao Itaú arcar com os danos a que a CEF fosse responsabilizada, o que efetivamente
não existe.
Por outro lado, também resta evidente que a CEF pretende, pura e
simplesmente, transferir a responsabilidade ao Itaú por ter decidido, por própria contra, realizar
o bloqueio da conta da Requerente, imputando-lhe eventuais prejuízos decorrentes deste ato.
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Nota-se, com efeito, que a CEF sequer invoca qualquer autorização legal que a permitiria realizar
o bloqueio da conta corrente da Requerente e eximi-la de responsabilidade, limitando-se, por
outro lado, a apresentar alegações que atribuiriam, em tese, responsabilidade ao Itaú,
argumentação que não se coaduna para efeito de deferir a denunciação da lide conforme
tranquila orientação da jurisprudência do C.STJ:
Além do que já foi exposto, será visto a seguir que valores que foram repatriados
não ficaram com o Itaú, tendo sido naturalmente destinados aos correntistas que formularam as
reclamações. Desta forma, é absolutamente equivocado o fundamento da CEF para denunciação
da lide, qual seja, o suposto enriquecimento sem causa do Itaú, na medida em que esta
instituição financeira não foi a destinatária final de quaisquer valores reclamados pela parte
Autora na inicial. Sendo este o fundamento da denunciação, caberia à CEF denunciar à lide cada
um dos consumidores lesados, pois, a prevalecer a lógica da Litisdenunciante, seriam eles que
terão obtido “enriquecimento indevido”.
Assim, seja (a) porque não há imposição por lei ou contrato que obrigue o Itaú a
atuar como garantidor de indenizações a que a CEF venha a ser condenada a pagar em ações
judiciais, fato sobre qual o ônus da prova, com efeito, competia à CEF demonstrar e não se fez,
(b) bem como restar clara a intenção da CEF de ver atribuída integral responsabilidade ao Itaú
pelo bloqueio que ela realizou por vontade própria da conta corrente da Requerente, o que não
se confunde com direito de regresso, resta inequivocamente demonstrado o não preenchimento
de qualquer hipótese legal de denunciação da lide, motivo pelo qual deve ser rejeitada a
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denunciação da lide realizada pela CEF em relação ao Itaú, prosseguindo-se esta ação tão
somente em face da CEF.
3. MÉRITO.
3.1. A INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 186, 187 E 927, DO
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Divulga relação de operações e situações que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei
nº 9.613, de 3 de março de 1998, passíveis de comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf).
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Com efeito, ao ser cientificada dos possíveis golpes perpetrados pela Requerente,
com o recebimento de depósitos inusitados em sua conta bancária, a CEF procedeu
corretamente ao bloqueio da conta bancária da Requerente com abrigo da lei, já que se
verificou que os valores por ela recebidos na conta bancária da Requerente tinham como origem
possível esquema de fraude financeira envolvendo pessoas físicas enganadas pela Requerente.
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Ademais, outras evidências apontam de que se trata de efetivo esquema
arquitetado para lesar pessoas por meio de fraudes financeiras, pois da leitura dos Boletins de
Ocorrência juntados aos autos, percebe-se que o modus operandi da Requerente para obtenção
dos valores decorrentes do empréstimo é idêntico em todos os casos.
Neste sentido, apenas perante este E.TJ-RJ, foi possível identificar a propositura
das seguintes ações envolvendo os fatos acima narrados contra a Requerente a evidenciar a
ilicitude das operações da Requerente, sem se falar em outras ações que certamente tramitam
em segredo de justiça contra a Requerente em razão da exposição de dados bancários das
partes:
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5097556-36.2022.8.13.0024; 5004491-75.2022.8.13.0027; 5001013-84.2022.8.13.0245; 5000238-
73.2022.8.13.0567; 5022390-23.2021.8.13.0027; 5182283-59.2021.8.13.0024; 5176296-42.2021.8.13.0024;
5175390-52.2021.8.13.0024; 5018853-19.2021.8.13.0027; 5027675-35.2021.8.13.0079; 5010065-
83.2021.8.13.0231; 5003517-75.2021.8.13.0317; 5130302-88.2021.8.13.0024; 5128474-57.2021.8.13.0024;
5117557-76.2021.8.13.0024; 5018934-06.2021.8.13.0079; 5097516-88.2021.8.13.0024; 5084967-
46.2021.8.13.0024; 5082787-57.2021.8.13.0024; 5003807-20.2021.8.13.0114; 5006285-68.2021.8.13.0027;
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esquema criminoso. Inclusive, dentre as ações movidas contra a Requerente se encontra ação
anulatória de negócio jurídico proposta pelo Sr. Lai Evangelista Moncao autuada sob o n.º
5014654-60.2021.8.13.0044, a qual foi julgada procedente, determinando-se a anulação do
contrato e devolução dos valores repassados à Requerente (Doc. Anexo).
Vale mencionar ainda que o il. juízo da 35ª Vara Cível de Belo Horizonte
fundamentou seu entendimento quanto à existência de vício de consentimento na celebração
do contrato entre o Sr. Lai Evangelista e a Requerente nas circunstâncias de existirem (a)
diversas ações propostas em face da Requerente perante a comarca de Belo Horizonte, e,
especialmente, pelo fato de (b) o Ministério Público do Estado do Ceará ter oferecido denúncia
(Doc. Anexo) em face de diversas pessoas sob a imputação do crime de estelionato, a qual resta
autuada sob o n.º 0239368-55.2021.8.06.0001 e culminou até o momento na expedição de
mandado de prisão preventiva de diversas pessoas, inclusive do sócio da Requerida Ítalo Bruno
Durão de Oliveira (Doc. Anexo).
Nesse quadro, com amparo nas disposições da Carta Circular n.º 3542/2012
emitida pela Banco Central do Brasil que tem como finalidade divulgar relação de operações e
situações que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº
9.613/1998 (Lei relativa à lavagem de dinheiro e ocultação de valores), especialmente o disposto
no art. 1.º, I, c4 que se amolda perfeitamente à situação narrada em diversos Boletins de
Ocorrência e ações judicias proposta em face da Requerente, é inquestionável que o bloqueio da
pela CEF da conta bancária da Requerente ocorreu dentro dos quadrantes legais.
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Art. 1º As operações ou as situações descritas a seguir, considerando as partes envolvidas, os valores, a frequência,
as formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico ou legal, podem configurar
indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, passíveis de comunicação ao
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf): I - situações relacionadas com operações em espécie em
moeda nacional (....) c) aumentos substanciais no volume de depósitos em espécie de qualquer pessoa natural ou
jurídica, sem causa aparente, nos casos em que tais depósitos forem posteriormente transferidos, dentro de curto
período de tempo, a destino não relacionado com o cliente”.
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Por fim, contudo não menos importante, deve-se entender que a conduta de
bloqueio de valores constantes em conta bancária por parte de instituições financeiras, diante
de evidências contundentes de prática ilícita como as que envolvem a atuação da Requerente, é
medida que busca salvaguardar os direitos e interesses das pessoas que foram vítimas de golpes
financeiros. Como é notório neste tipo de ilícito, quando não há atuação tempestiva por parte
das instituições financeiras, é difícil que as vítimas tenham êxito em recuperar os valores que
delas foram subtraídos, pois ou já foram integralmente ocultados ou consumidos. Portanto, o
bloqueio de valores na hipótese dos autos, como acertadamente realizou a CEF, permitirá que
todas as pessoas lesadas pela Requerente consigam reaver os valores que lhes são de direito.
Trata-se, em última instância, de lícita conduta a tutelar os direitos de vítimas de práticas
irregulares.
Desse modo, fica evidenciada a ausência de ato ilícito a ser atribuído à CEF, muito
menos ao Itaú ao solicitar a repatriação dos valores em virtude da referida situação narrada, o
que afasta de plano a imputação de responsabilidade civil por ausência de pressupostos
necessários consistente na existência de ato ilícito, nos termos previstos no art. 186, 187 e 927
do CC/02.
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Para que haja a violação dos direitos da personalidade da pessoa jurídica, exige-se
demonstração de que determinado evento resultou em abalo de sua reputação perante o
mercado, denegrindo-se seu nome e imagem, provas que a Requerente, entretanto, não trouxe
aos autos, em inobservância ao seu ônus probatório.
Por outro lado, a única prova que a Requerente efetivamente produziu por
ocasião de sua Réplica se trata de atestado médico em nome do sócio da Requerente que,
segundo narrado, “passou a ter humor deprimido; humor irritável; interesse diminuído de prazer
em quase todas as atividades (anedonia); distúrbio do sono (insônia ou hipersonia) (...)” e, para
fins de tratamento, toma diversos medicamentos.
Contudo, a Requerente não faz prova de que a condição médica de seu sócio
detém qualquer relação com a situação vivida pela Requerente. E ainda que houvesse qualquer
relação, é imperioso destacar que o sócio da Requerente não é parte nestes autos, e por
decorrência do princípio da autonomia da personalidade jurídica entre sócios e empresa, todo e
qualquer dano passível de indenização nestes autos somente envolve a Requerente, a qual, com
efeito, não fez provas de que teve seus direitos da personalidade abalados em decorrência do
bloqueio realizado pela CEF. A propósito, confira-se o entendimento do Superior Tribunal de
Justiça sobre o tema:
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alegando sua existência a partir do cometimento do ato ilícito pelo ofensor (in re ipsa).
Precedentes. [...]
14. Recurso especial desprovido”. (grifo nosso).
(STJ, REsp 1822640/SC, 3ª T., j. 12.11.2019, Rel. Ministra Nancy Andrighi).
3.3. SUBSIDIARIAMENTE. O ITAÚ SOMENTE PODE SER CONDENADO À DEVOLUÇÃO DOS VALORES
4. CONCLUSÃO.
(I) Seja rejeitada a denunciação da lide proposta pela CEF conta o Itaú, visto que
a hipótese dos autos não se enquadra em quaisquer das hipóteses previstas pelo
art. 125 do CPC, devendo esta ação ter seu prosseguimento tão somente em face
da CEF;
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(IV) Na eventualidade de se entender pela obrigação de restituição dos valores
existentes ao tempo do bloqueio da conta bancária da Requerente, seja limitada a
indenização a ser imposta ao Itaú ao montante dos valores que foram
efetivamente repassados a ele por parte da CEF;
(VI) Seja oficiado ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro para que tome
ciência da pluralidade de boletins de ocorrência envolvendo a Requerente, bem
como da ação penal proposta pelo Ministério Público do Ceará em face do sócio
da Requerente sob a imputação de cometimento de crime de estelionato para
fins de instrução de medidas penais que entender cabíveis.
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 14 de julho de 2022.
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