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ESTATÍSTICA -ERE 2020-02

Curso Técnico de Segurança do Trabalho


Profa. Gislene Santiago

CAPÍTULO 2. APRESENTAÇÃO DOS DADOS

Dado um conjunto de dados o modo de condensação ou apresentação das informações pode ser na
forma de tabelas ou de gráficos que facilitam a visualização do fenômeno, permitem a comparação
com outros elementos ou, ainda, fazer previsões.

2.1. APRESENTAÇÃO DE DADOS EM TABELAS


Uma tabela é um meio bastante eficiente de mostrar dados levantados, o que facilita a compreensão
e interpretação desses dados. Além disso, auxilia o entendimento global e relacionamento entre as
variáveis representadas. As tabelas devem ser construídas de acordo com as normas técnicas do
IBGE.
As partes principais de uma tabela compreendem:
 Título: aponta o assunto, época e local da ocorrência.
 Corpo: conjunto das informações que aparecem no sentido horizontal e vertical.
 Cabeçalho: explica o conteúdo das colunas.
 Coluna indicadora: detalha as linhas.
 Linhas: retas imaginárias que facilitam a leitura, no sentido horizontal, de dados que se
inscrevem nos seus cruzamentos com as colunas.
 Casa ou Célula: espaço destinado a um só número.
 Elementos complementares:
o Fonte: Indicação da entidade responsável pelo fornecimento dos dados ou pela sua
elaboração.
o Notas: Informações de natureza geral destinadas a conceituar ou esclarecer o conteúdo
das tabelas ou a indicar a metodologia adotada no levantamento ou na elaboração dos
dados.
o Chamadas: Informações de natureza específica sobre determinada parte da tabela,
destinada a conceituar ou a esclarecer dados.
De acordo com as normas da Fundação IBGE, nas casas ou células devemos colocar:
 Um traço horizontal (-) quando o valor é zero;
 Três pontos (...) quando não temos os dados;

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 Um ponto de interrogação (?) quando temos dúvida quando à exatidão de determinado valor;
 Zero (0) quando o valor é muito pequeno para ser expresso pela unidade utilizada.

2.1.2. CLASSIFICAÇÃO SÉRIES ESTATÍSTICAS


As séries estatísticas consistem na apresentação das informações (variáveis estatísticas) em formas
de tabelas, objetivando sintetizar os dados estatísticos observados e tornando-os mais
compreensivos.
 Série temporal, cronológica, evolutiva ou histórica – É a série estatística em que os dados
são observados segundo a época de ocorrência. O tempo é variável e o fato e o local fixos.

 Série geográfica ou de localização– É a série estatística em que os dados são observados


segundo a localidade de ocorrência. O local varia e o tempo e o fato são fixos.

 Série Específica– Os dados são agrupados segundo a modalidade de ocorrência. Fato


variável, tempo e local fixos.

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 Série Mista– É uma combinação de duas ou mais dos 3 tipos das séries anteriores.

2.2. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS SÉRIES ESTATÍSTICAS


A representação gráfica das séries estatísticas permite obter conclusões sobre a evolução do
fenômeno ou sobre como se relacionam os valores da série. Existem diversos tipos de gráficos,
sendo que a escolha do mais apropriado para cada situação depende de vários fatores, como o
objetivo da pesquisa ou até mesmo as particularidades das informações a serem apresentadas.
Contudo, os elementos simplicidade, clareza e veracidade devem ser considerados na elaboração de
um gráfico. Os principais tipos de gráficos são:

2.2.1. GRÁFICO DE COLUNAS (OU BARRAS VERTICAIS)


É a representação de uma série estatística por meio de retângulos, dispostos verticalmente (em
colunas). Esses retângulos têm a mesma base e as alturas são proporcionais aos respectivos dados.
Podemos representar duas ou mais categorias de informações.
Exemplos:

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Execução orçamentária do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) (2000-2018)

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2.2.2. GRÁFICO DE BARRAS
É semelhante ao gráfico de colunas, porém os retângulos são dispostos horizontalmente. Os
retângulos têm a mesma altura e os comprimentos são proporcionais aos respectivos dados.
Podemos representar duas ou mais categorias de informações.
Exemplos:
Avanço da educação à distancia – Ensino superior no Brasil de 2008 a 2018

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Proporção de inquiridos por meio de acesso e tipo de atividade desenvolvida na internet

Fonte: ICP-ANACOM
2.2.3. GRÁFICO DE SETORES (OU DE PIZZA)
É a representação gráfica de uma série estatística, em círculos, por meios de setores. É utilizado
principalmente quando se pretende comparar cada valor da série com o total. Para construí-lo,
divide-se o círculo em setores, cujas áreas serão proporcionadas aos valores da série. Essa divisão
poderá ser obtida pela solução da regra de três.
Exemplos:

Fonte: PNAD/IBGE, 28 ago. 2020. Gráfico: UàE.

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Orçamento Federal Executado (Pago) em 2020 = R$ 3,535,TRILHÃO

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2.2.4. GRÁFICO DE LINHAS
Sua construção é feita colocando-se no eixo vertical (y) a mensuração da variável em estudo e na
abscissa (x), as unidades da variável numa ordem crescente. Este tipo de gráfico é utilizado, em
geral, para representar a evolução dos valores de uma variável no decorrer do tempo, permitindo
representar séries longas.
Exemplos:

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2.2.5. GRÁFICO DE ÁREA

Os gráficos de áreas são usados para mostrar como cada categoria contribui com um total
cumulativo ao longo do tempo. Poucos gráficos são tão eficientes na representação de relações de
série de tempo como os gráficos de área. O componente de área do gráfico representa o volume ou
proporção do todo no espaço entre o eixo e o ponto de dados.

Exemplos

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2.2.6. CARTOGRAMA:
É a representação por intermédio de uma carta geográfica. Este gráfico é empregado quando o
objetivo é o de figurar os dados estatísticos diretamente relacionados com áreas geográficas ou
políticas.
Exemplos:

Contingente de imigrantes no Brasil de acordo com o seu país de origem – 2007/2014

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Mortes por Milhão – Coronavírus no Brasil 24 de maio de 2021

Fonte: Ministério da saúde

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2.2.7. PICTOGRAMA OU GRÁFICO PICTÓRICO
É um gráfico construído a partir de figuras ou conjunto de figuras representativas da intensidade ou
das modalidades do fenômeno. Essas figuras simbolizam fatos estatísticos, ao mesmo tempo em que
indicam as proporcionalidades. Por ser representado por figuras, torna-se atraente e sugestivo, por
isso, é largamente utilizado em publicidade. Os símbolos devem explicar-se por si próprios, eles
comparam quantidades aproximadas e não detalhes minuciosos. As quantidades maiores são
indicadas por meio de um número de símbolos e não por um símbolo maior.
Exemplos:

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Fonte ONU – 2018
2.2.8. HISTOGRAMA
Um histograma consiste em um gráfico de barras que demonstra uma distribuição de frequências,
onde a base de cada uma das barras representa uma classe, e a altura a quantidade ou frequência
absoluta com que o valor da classe ocorre. Ao mesmo tempo, pode ser utilizado como um indicador
de dispersão de processos. Tem como objetivo ilustrar como uma determinada amostra de dados ou
população está distribuída, dispondo as informações de modo a facilitar a visualização da
distribuição dos dados. Ao mesmo tempo, ressalta a localização do valor central e da distribuição
dos dados em torno deste valor central.
Possui dois eixos com funções diferentes, onde o eixo horizontal é dividido em pequenos
intervalos, demonstrando valores assumidos pela variável de interesse. Já o eixo vertical é
proporcional à frequência de observações da amostra onde os valores pertencem aquela classe ou
intervalo. Exemplos:
Histograma – avaliação do pós venda

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Análise da evolução da pandemia de COVID-19 no estado do Pará

Fonte: UFPA - junho 2020

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