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GESTÃO DA MANUTENÇÃO

FREDINEY MONTEIRO SERRÃO 1


TUTOR (ORIENTADOR) ELENILDO BARROS DA SILVA 2

RESUMO

Sempre que se fala em manutenção, tem-se a impressão que deve existir muita
dificuldade na implantação de um processo de Gestão da Manutenção. Essa
perspectiva se prende ao fato, principalmente, de que a nomenclatura usada por
diversos setores nem sempre é a mesma para significar a mesma coisa. Diante das
considerações anteriores, a questão que orienta este trabalho é: que estratégias
podem ser adotadas pelas gerências de manutenção para auferir ganho econômico
e tecnológico na contratação de serviços de manutenção? Objetivo geral identificar
as estratégias potenciais das gerências de manutenção. Enquanto os objetivos
específicos são: Caracterizar o processo de gerência de manutenção; analisar a
influência da qualificação de pessoal na gerência de manutenção de uma empresa e
analisar a relação entre capacitação e tecnológica na gerência de manutenção. O
presente estudo utiliza na pesquisa uma abordagem bibliográfica, com uma
buscativa em artigos da internet, realizando assim, uma abordagem dos textos
publicados em língua portuguesa, cuja atemática ressalta a gestão de manutenção.

Palavras-chave: Gestão. Manutenção. Prevenção.

1 INTRODUÇÃO
Segundo Tavares (1998), a história da manutenção acompanha o
desenvolvimento técnico industrial da humanidade. No fim do século XIX, com a
mecanização das indústrias, surgiu a necessidade dos primeiros reparos. Até 1914,
a manutenção tinha importância secundária e era executada pelo mesmo efetivo de
operação.
Sempre que se fala em manutenção, tem-se a impressão que deve existir
muita dificuldade na implantação de um processo de Gestão da Manutenção. Essa
perspectiva se prende ao fato, principalmente, de que a nomenclatura usada por
diversos setores nem sempre é a mesma para significar a mesma coisa.

1
Acadêmico Frediney Monteiro Serrão do curso de engenharia mecânica do Centro Universitário
Anhanguera.
2
Orientador Elenildo Barros da Silva. Docente do curso de engenharia mecânica do Centro
Universitário Anhanguera.
Com o advento da primeira guerra mundial e a implantação da produção em
série, as fábricas passaram a estabelecer programas mínimos de produção e, em
consequência, sentiram necessidade de criar equipes que pudessem efetuar reparos
em máquinas operatrizes no menor tempo possível. Assim surgiu um órgão
subordinado à operação, cujo objetivo básico era de execução da manutenção, hoje
conhecida como manutenção.
Diante das considerações anteriores, a questão que orienta este trabalho é:
que estratégias podem ser adotadas pelas gerências de manutenção para auferir
ganho econômico e tecnológico na contratação de serviços de manutenção?
Objetivo geral identificar as estratégias potenciais das gerências de
manutenção. Enquanto os objetivos específicos são: Caracterizar o processo de
gerência de manutenção; analisar a influência da qualificação de pessoal na
gerência de manutenção de uma empresa e analisar a relação entre capacitação e
tecnológica na gerência de manutenção.
O presente estudo utiliza na pesquisa uma abordagem bibliográfica, com uma
buscativa em artigos da internet, realizando assim, uma abordagem dos textos
publicados em língua portuguesa, cuja atemática ressalta a gestão de manutenção.

2 DESENVOLVIMENTO
GESTÃO DE MANUTENÇÃO
A execução dos serviços de manutenção passa por várias etapas, da
elaboração dos planos de manutenção, passando pelas inspeções, pela
análise-diagnóstico, pela providência de recursos para execução e programação dos
serviços, até a execução propriamente dita (COSTA; PEIXOTO; DIAS, 2006). Se
nesta etapa ocorrer falha ou a execução ficar abaixo da qualidade esperada, seja na
especificação técnica do resultado esperado ou na duração do serviço, não se perde
somente a execução, mas todos os recursos humanos, financeiros e materiais
investidos nas etapas anteriores.
Autores como Slack et al. (2002) observam que o termo manutenção é usado
para abordar a forma pela qual as organizações tentam evitar as falhas, cuidando
das suas instalações físicas. A visão clássica da manutenção é o reparo de itens
danificados.
Não são poucas as evidências de que a terceirização tem sido largamente
adotada pelas organizações desde o final da década de 1990 no Brasil. Sob o
argumento de competir em condições mais vantajosas, transferir a outras empresas
serviços não essenciais no negócio tem se tornado tão comum que termos como
“terceirizado” e “terceiro”, por exemplo, foram incorporados ao vocabulário
organizacional, tanto na esfera privada quanto na pública (KING, 2005).
Visando à redução de custos e à competitividade, as organizações passaram
a centralizar os seus recursos nas atividades básicas e que agregam valor ao seu
negócio e repassar a terceiros a execução de serviços complementares, mas não
menos importantes. Nesse contexto, a manutenção, antes vista por algumas
organizações como um mal necessário, foi incorporada pela estratégia
organizacional, principalmente pela constatação de que proporciona menor tempo e
menor custo de produção ao evitar a parada para manutenção corretiva (ANTUNES
JUNIOR, 1998). Esta visão demanda que esta área seja profissionalizada em termos
de gestão, o que pressupõe das gerências de manutenção um domínio dos custos
envolvidos (BELMONTE et al., 2005; MACEDO; MARÇAL; PILATI, 2007).
No Brasil, em 2003, o custo da manutenção representou 4,27% do
faturamento das empresas, isto é, algo em torno de US$19,26 bilhões, contra uma
média mundial de aproximadamente 4,12% (ABRAMAN, 2004). O custo da
manutenção em relação ao faturamento das empresas continua representando uma
parcela significativa de sua receita. Isto tem levado as organizações a adotarem
algumas estratégias de manutenção como a aquisição de novas tecnologias,
ferramentas e técnicas preditivas e terceirização dos serviços (ABRAMAN, 2003).
Por essa perspectiva limitada, as atividades de manutenção estariam
restritas a tarefas reativas de ações de reparo. Contudo, numa visão mais recente o
objetivo da manutenção é manter o item funcionando de acordo com as condições
de projeto, ou restaurá-lo para aquelas condições, observando as necessidades
físicas necessárias para o pleno desenvolvimento da produção. Obviamente, este
conceito permite uma ampliação de visão porque inclui agora uma abordagem
proativa, que vai desde serviços rotineiros e inspeções periódicas até a reposição
preventiva e monitoramento das condições.
Dependendo do modelo de organização as tarefas de manutenção podem
ser praticadas por diversos departamentos. Há muitas definições e conceitos para o
termo “manutenção”. Em grande parte, são focados os aspectos de prevenção e
recuperação de falhas, a crença que o aumento da produção depende de mais e
melhores equipamentos, remota à época da Revolução Industrial. Segundo Tavares
(1999), no fim do século XIX, com a mecanização das indústrias, surgiu a
necessidade dos primeiros reparos.
Formalmente, a definição de manutenção é a combinação de ações técnicas,
administrativas e de supervisão, com o objetivo de manter ou recolocar um item em
um estado no qual possa desempenhar uma função requerida, ou seja, fazer o que
for preciso para assegurar que um equipamento ou máquina opere dentro de
condições mínimas de requerimentos e especificações ABNT (1994).
Kardec e Nascif (2001) relatam que por volta de 1950, com o desenvolvimento
da indústria para atender aos esforços pós-guerra, esta passou a depender cada vez
mais das máquinas, que começaram a se multiplicar e modificar em tipo, quantidade
e complexidade. Desse modo, prevenir a eventual paralisação das máquinas
tornou-se cada vez mais relevante.
Ainda de acordo com Tavares (op. cit.), foi observado que o tempo gasto para
diagnosticar as falhas era maior do que o despendido na execução do reparo.
Nascia então a Engenharia de Manutenção, a qual era formada por equipes de
especialistas que receberam os encargos de planejar e controlar a manutenção além
de analisar as causas e efeitos das falhas. Segundo alguns autores, nesse período,
começou a ser estruturado o conceito de “manutenção preventiva”.

2.1 Metodologia
A presente pesquisa caracteriza-se como exploratória; descritiva e
explicativa. É exploratória por constituir-se na busca de conhecimentos na área de
estudo sobre a gestão da manutenção Industrial, pesquisa, observação, análise,
classificação e interpretação dos fatos coletados e, ainda é descritiva porque se
pretendeu expor uma das características das metodologias da gestão da
manutenção industrial (VERGARA 2005).

No que diz respeito aos meios, Vergara (2005), qualifica a pesquisa como
documental, bibliográfica e de campo. Bibliográfica, porque para a fundamentação
teórico-metodológica do trabalho realizou-se uma investigação com base nas
publicações dos artigos, livros, revistas, jornais e redes eletrônicas dos conceitos
aplicados na gestão da manutenção.

De acordo com Aliaga e Gunderson (2002), pode-se entender a pesquisa


quantitativa como a “explicação de fenômenos por meio da coleta de dados
numéricos que serão analisados através de métodos matemáticos (em particular, os
estatísticos)”. Nota-se então, que esse tipo de pesquisa busca uma precisão dos
resultados, a fim de evitar equívocos na análise e interpretação dos dados, gerando
maior segurança em relação às inferências obtidas. Sua aplicação é frequente em
estudos descritivos, os quais procuram relações entre variáveis, buscando descobrir
características de um fenômeno (RICHARDSON, 2008).

2.1 Resultados e Discussão


A revisão integrativa consiste na análise de pesquisas relevantes, que
possam contribuir no desenvolvimento do trabalho, principalmente ofertando
informações crucial para as questões problemáticas propostas neste trabalho.

A presente pesquisa, ao coletar os dados, irá fazer uma tabulação com os


artigos selecionados que irão compor os resultados como forma de facilitar a análise
dos dados e dessa forma realizar a discussão da pesquisa.

A pesquisa realizada através de bibliografia, faz uma buscativa com autores


que abordam a temática do estudo, citando os autores, seus respectivos nomes,
anos de publicação e páginas de livros, evitando assim o “plágio”, que corresponde
a crime. A teoria é um embasamento para a pesquisa, sendo fundamental na sua
construção.

Na pesquisa bibliográfica, os riscos que descrição dos resultados que se


espera obter com o estudo ao seu término, incluindo a garantia, por parte do
pesquisador, de que estes serão divulgados para os participantes da pesquisa e
instituições de onde os dados foram coletados.
Em um passado não muito distante a função manutenção somente era
lembrada na ocorrência de falhas de equipamentos e que gerassem impactos
diretos no processo, ou seja, lembra-se da manutenção apenas durante parada do
processo e muito pouco na sua estabilidade.
A condução dos negócios requer uma mudança profunda de mentalidade e
de posturas. A função manutenção moderna deve estar sustentada por uma visão
de futuro e regida por processos de gestão orientados a melhoria contínua,
produtividade e competitividade.

3 CONCLUSÃO
Fica patente e indiscutível a necessidade de implantação de sistemas de
gestão da manutenção nas organizações que querem gerir seus negócios, numa
visão holística e estratégica.
A gestão da manutenção passa de mera coadjuvante no cenário empresarial
para um setor responsável pela redução de falhas ou queda no desempenho nos
mais variados processos manufatureiros, de comércio ou serviço.
Garantindo a disponibilidade de equipamentos ou processos e instalações
com confiabilidade, segurança e custos adequados, a organização estará otimizando
processos, auferindo maiores lucros, consequentemente garantindo a sua
sobrevivência.
A responsabilidade da Gestão da Manutenção passa, pois, a ser um setor
partícipe direto do processo, por conseguinte passa a propiciar condições de evitar
todas as falhas não previstas, transformando-se na geradora de tranqüilidade,
minimizando as necessidades de manutenção emergencial.

REFERÊNCIAS

ABRAMAN. Revista manutenção. n. 93, jul./ago. 2003.

ANTUNES JUNIOR, J. A V. Manutenção produtiva total: uma análise crítica a


partir de sua inserção no sistema toyota de produção. In: ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, XVIII, 1998, Niterói. Anais... Niterói:
ABEPRO, 1998.

BELMONTE, D. L.; SCANDELARI, L.; MARÇAL, R. F. M.; KOVALESKI, J. L. Gestão


da manutenção auxiliada pela gestão do conhecimento. In: ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, XXV, 2005, Porto Alegre. Anais...
Porto Alegre: ABEPRO, 2005.

COSTA, H. L. A.; PEIXOTO, J. A. A.; DIAS, L. M. M. Medir e avaliar desempenho


no processo de gestão da manutenção industrial: um estudo de caso. In:
ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, XXVI, 2006,
Fortaleza. Anais... Fortaleza: ABEPRO, 2006.
KING, W. R. Outsourcing becomes more complex. Information System
Management, Abingdon, v. 22, n. 2, p. 89-90, Spring 2005.

KARDEC, A; FLORES, J.; SEIXAS, E. Gestão estratégica e indicadores de


desempenho. Rio de Janeiro: Qualitymark: ABRAMAN, 2002.

TAVARES, L. A.. Administração moderna de manutenção. Rio de Janeiro: Novo


Polo Publicações, 1999.

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