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Disciplina:

História da
Moda
Profa. Me. Carolina Carpinelli Caetano
Prévia 4 – Entrega em 02/04

Ler o capítulo 2 intitulado A Moda de Cem


Anos do livro O império do Efêmero de Gilles
Kipovetsky. Pags. 79 a 116.

Fichamento. Individual, por escrito.


MÓDULO G  EXERCÍCIO INTERDISCIPLINAR

• OBJETIVO DO TRABALHO: Identificar características e influências


históricas no vestuário através da observação em espaços urbanos.
Local a ser definido pelo grupo.

• Coolhunting: Método de pesquisa que observa hábitos, costumes,


gostos e interesses da sociedade traduzindo‐se em sinais para,
posteriormente, compreender a mente humana e desenvolver
prospeções de comportamento e inovação para o sector da moda.
MÓDULO G  EXERCÍCIO INTERDISCIPLINAR

FORMATO:

Grupo de 4 pessoas;
Trabalho escrito – Normas da ABNT + Apresentação do seminário
(salvar o arquivo em PDF e PPT), contendo:

 Sobre o local;
 Fotografias dos looks;
 Comparação visual;
 Texto explicativo - Identificação das influências históricas encontradas
nos looks.
IDADE CONTEMPORÂNEA:

Século XX - Anos 10 aos anos 90


A moda dos cem anos
Anos 10
• Os anos de 1914 a 1918 foram marcados pelo
conflito da Primeira Guerra Mundial. Os tempos
mudaram.
• A presença do homem na guerra fez com que as
mulheres de diversas classes sociais passassem a
atuar em diversos setores antes masculinos:
Anos 10

“(...) da área de saúde aos transportes e da agricultura à


indústria, inclusive a bélica. Foi o começo da emancipação
feminina, uma necessidade durante a guerra e, depois
dela, um hábito”

(BRAGA, 2007, p.70)


Anos 10
• A moda sofreu uma série de transformações neste período.

• Paul Poiret foi responsável pela grande mudança no


vestuário feminino: o fim dos espartilhos.

• Os tempos eram outros e seria impossível para as mulheres,


agora trabalhando, manterem os antigos hábitos da silhueta
ampulheta. A necessidade de mudança estava latente e
Poiret a captou e deixou seu nome marcado na história da
moda.
Anos 10
• Em 1918 termina a guerra e algumas novidades se
consolidam. A mulher solteira não mais dependia de marido
para sustentá-la, conseguiu adquirir sua emancipação com a
independência financeira.
 Saia afunilada
 Encurtamento das saias e vestidos, que subiram até a altura das
canelas
Meias finas
Criações de Paul Poiret
Os excessos e demonstrações de riqueza se
faziam presentes pelo gosto exótico
apresentado no Design dos objetos, das
roupas, nas coleções ou viagens.

A admiração pelo Oriente introduz muitas


dessas formas exóticas e aponta para
constantes renovações.

Paul Poiret é o estilista que provoca uma das


maiores mudanças no terreno da moda ao
libertar as mulheres do Espartilho e
desenvolver a técnica do Moulage.
Os grandes representantes desse período de
intensas renovações são:

Charles Frederic Worth


Jeanne Lanvin
Charles Redfern
Jean Patou
Jeanne Paquin
Madeleine Vionnet
Jacques Doucet
Gabrielle Chanel
Paul Poiret
Elsa Schiaparelli
Mariano Fortuny
Anos 20

• Esta década foi denominada de “Anos Loucos”, em função


do caráter revolucionário do período e da grande inovação
vivenciada.

• Na moda, as propostas surgidas no final dos anos 10, foram


confirmadas e consolidadas.

 Linhas funcionais, práticas e simples;


 Silhueta tubular;
 Androginia para as mulheres.
Anos 20

• A cintura estava deslocada para baixo, chegando


à altura dos quadris, os seios eram achatados com
o auxilio de faixas e a cintura não mais parecia em
curva.

• Dança: Os vestidos e saias encurtaram ainda mais


para poderem dar conta dos ritmos do Charleston,
do Foxtrot e do Jazz, chegando à altura dos joelhos.
Anos 20

• A novidade do encurtamento das saias fez


fortalecerem o uso das meias de seda, que eram
claras para gerar o efeito de “cor de pele”.

• Art Déco
Anos 20

• Um interessante fenômeno ocorrido ao longo dos anos 20


foi o de a roupa deixar, ao menos de forma tão evidente, de
manifestar diferenciações sociais.

• Isto se deu por conta de o novo estilo feminino ter sido


aceito por mulheres de todas as classes sociais. Assim, o que
marcava a diferença era basicamente o preço das roupas e a
qualidade delas.

• Inclusive a Alta Costura foi bastante simplificada,


favorecendo o funcionalismo e a liberdade de movimentos.
Anos 20

• Pó-de-arroz, batom vermelho em forma de coração e


acentuação dos cílios.
Anos 20

• Cabelos à la garçonne (à maneira dos meninos): muito


curtos e contribuíam para complementar a aparência
andrógina.
Anos 20

• Chapéu Cloche:

em formato de sino
com pequenas abas.
Anos 20
• Foi a década da estilista Coco Chanel, traduzindo o
traje masculino para o feminino com muito
sucesso, sem que se perdesse a feminilidade. Cria
trajes tricotados e o tão aclamado “pretinho
básico”. Vem com sua nova moda de blazers, capas,
cardigans, cortes retos, colares compridos, boinas e
cabelos curtos.

• Outro nome importante foi o de Jean Patou,


estilista francês, que criou a moda sportswear.
Gabrielle Chanel
Gabrielle Chanel (1883-1971) abriu sua
primeira loja, chamada de Casa Chanel, ou Chanel
Moldes, no ano de 1909, em Paris. Ela começou
com a criação e a produção de chapéus e, depois,
decidiu tomar o rumo do vestuário. A estilista tinha
um traço simplista, e utilizava elementos
masculinos na criação de suas peças, o que atraiu e
encantou o mundo feminino de Paris. Na década de
1920 ampliou suas lojas e iniciou a criação de
roupas esportivas para mulheres. Teve seu auge na
década de 1930 e, durante a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), trabalhou como enfermeira.
A estilista revolucionou não só a moda, mas o
comportamento feminino da época, tornando-se
uma lenda e um dos grandes nomes da moda ainda
nos dias de hoje. Faleceu em 1971, trabalhando em
sua nova coleção, porém sua marca parece imortal.
Gabrielle Chanel
Curiosidade: Dizem que, certa vez,
encontrando Chanel em um dos seus
empobrecidos pretinhos básico, o insolente
Poiret perguntou: “Por quem está de luto,
mademoiselle?” E ela, mais insolente ainda
responde: “Por você, monsieur!”
Apesar do surgimento do que
hoje chamamos de “pretinho
básico” ser de 1926, ano em que a
revista “Vogue” publicou uma "Uma mulher precisa de
ilustração do vestido criado por apenas duas coisas na
Chanel - o primeiro entre vários vida: um vestido preto e
que a estilista iria criar ao longo um homem que a
de sua carreira. Foi apenas nos ame." Chanel
anos 60 e início dos 70 que o
pretinho tornou-se realmente
famoso quando com elegância e
feminilidade a atriz Audrey
Hepburn, no filme “Bonequinha
de Luxo”, de 1961,usou um
pretinho básico assinado pelo
estilista francês Hubert Givenchy.
Madeleine Vionnet (1876-1975)
inaugurou sua maison em 1912, após
diversas outras experiências de trabalho
durante mais de dez anos. Ela utilizava uma
boneca para a criação de suas peças, em
seguida, passava o resultado para a escala
normal. Dessa forma, fazia um grande
estudo em relação à modelagem, ao corte e
ao caimento. Contribuiu muito com as
técnicas de modelagem e costura da Alta-
Costura.

Madeleine Vionnet
Jean Patou
Jean Patou (1880-1936) foi um dos
maiores estilistas do século XX. Logo após o
término da Primeira Guerra Mundial abriu sua
primeira maison chamada Parry e fez um
imediato sucesso, inclusive entre atrizes
famosas da época. “Pureza de linhas, motivos
geométricos, poder-se-ia dizer até cubistas,
preocupação com a funcionalidade e ao
mesmo tempo grande luxo. Muitas dessas
roupas adaptam-se à recente paixão pela vida
ao ar livre e vão prefigurar de maneira
particular a roupa esporte” (BAUDOT, 2008, p.
70). O estilista também teve uma significativa
repercussão internacional, sendo símbolo de
elegância e trabalhando inovações na malharia
e na moda praia.
Anos 20
No final da década surgiram as franjas e em alguns momentos
uma assimetria vista nos comprimentos das saias – uma
diferença entre a parte da frente e a parte de trás.

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