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Epidemiologia - Da - Obesidade 2020 - Maria Laura Da Costa
Epidemiologia - Da - Obesidade 2020 - Maria Laura Da Costa
•Definição
•Distribuição e tendência secular no Brasil
•Causas
•Prevenção/controle
Obesidade: definição conceitual
Adultos Crianças
• IMC ≥ 30.0 kg/m² • IMC específico para idade e sexo
• IMC-para-idade ≥ percentil 95 ou ≥ +2 DP
escore z
WHO, 2000
Obesidade: definição operacional
Classificação:
• ENDEF1974/75 (IBGE)
55.000 domicílios, todo o país, antropometria de todos residentes
• PNSN 1989 (IBGE)
14.455 domicílios, todo o país, antropometria de todos residentes
• POF 2002/03 (IBGE)
48.000 domicílios, todo o país, antropometria de todos residentes*
• POF 2008/09 (IBGE)
55.000 domicílios, todo o país, antropometria de todos residentes
• PNS 2013 (IBGE)
81.767 domicílios, todo o país, antropometria de todos os adultos*
OBESIDADE NO BRASIL
Fontes de dados
Inquéritos antropométricos em pesquisas nacionais sobre
saúde e nutrição
70
60 56,9
50
40
%
30 20,8
20
10
0
Obesidade (IMC ≥ 30 Excesso de peso
kg/m²) (IMC ≥ 25 kg/m²)
HOMENS MULHERES
70
60 55,5 58,2
50
% 40
30 24,4
20 16,8
10
0
IMC >= 30 kg/m2 IMC >= 25 kg/m2
Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Saúde, 2014
Prevalência de obesidade em adultos (≥ 18 anos) brasileiros idade
Pesquisa Nacional de Saúde 2013
30
24,8
25
21,8
% IMC ≥ 30 kg/m²
20 17,8
15
11
10
0
HOMENS HOMENS MULHERES MULHERES
URBANO RURAL URBANO RURAL
Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Saúde, 2014
Prevalência de obesidade em adultos (≥ 18 anos)
segundo Grandes Regiões
Pesquisa Nacional de Saúde 2013
30
26,2 26,5
24,8
25
21,5
% IMC ≥ 30 kg/m²
19,9 20,1
20 18,8
17,4
14,9
15 14
10
30
24,8
25
21,8
% IMC ≥ 30 kg/m²
20 17,8
15
11
10
0
HOMENS HOMENS MULHERES MULHERES
URBANO RURAL URBANO RURAL
30 29.0
25.1
25 22.5
22.1
20 18.5
16.3 17.2
15.1
15
10
0
0-7 8-10 11-14 15+ 0-7 8-10 11-14 15+
Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Saúde, 2014
Tendência secular da prevalência (%) de obesidade em
adultos (≥ 20 anos)
Brasil 1975-2013
%
Fonte: ENDEF 1975, PNSN 1989, POF 2003, POF 2009 e PNS 2013
Prevalência (%) de obesidade em adultos (≥ 20 anos)
Brasil, Eua e México
Meninos Meninas
70
60
50
% 40
30 21,7 19,7
20
10 5,8 4
0
Obesidade Excesso de peso
IMC-para-idade ≥ +1 escore-z para excesso de peso e +2 escores-z para obesidade (OMS) IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009
Tendência secular da prevalência (%) de
excesso de peso em adolescentes brasileiros
segundo sexo 1974-2009
Meninos Meninas
20 17.3
16.3
13.2 12.5
11.8
10
5.7 6.0
2.4
0
Excesso de peso Excesso de peso
Meninos Meninas
70
60
50
% 40 34,8 32
30
20 16,6
11,8
10
0
Obesidade Excesso de peso
IMC-para-idade ≥ +1 escore-z para excesso de peso e +2 escores-z para obesidade (OMS) IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009
Tendência secular da prevalência (%) excesso de peso e obesidade
em crianças de 5-9 anos segundo gênero
Brasil 1975-2008-2009
40
Masculino Feminino
30 26.6
24.4
20
% 20
15
10
7.3
5
0
Peso-para-altura > + 2z no padrão OMS 2006
PNDS 2006
Prevalência de excesso de peso-para-altura em crianças
menores de 5 anos segundo regiões do País.
Brasil 2006
% 20
15
9.4
10
7 7.1 7.5
6.2
5
0
NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-
OESTE
PNDS 2006
Prevalência de excesso de peso-para-altura em crianças
menores de 5 anos segundo escolaridade materna
Brasil 2006
% 20
15
9.4
10
6.8 7.2 7.2
0
0-3 4-7 8-11 12+ anos de
escolaridade
PNDS 2006
Tendência temporal da prevalência de excesso de peso-
para-altura em crianças menores de 5 anos
Brasil 1996-2006
% 20
15
NS
10
7.3 7.4
0 0
0
1996 2006
Homens Mulheres
Percentual de indivíduos com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²) no conjunto
da população adulta (≥ 18 anos) das capitais dos estados brasileiros e
do Distrito Federal, por sexo e idade. Vigitel, 2019.
Homens Mulheres
30
24.7 25.2
25 23.8 23.7 24
22.7
21.9
20 19.4 19.2
18
15
10.3
10
7.3
0
18-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65+
Percentual de indivíduos com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²) no conjunto
da população adulta (≥ 18 anos) das capitais dos estados brasileiros e
do Distrito Federal, por sexo e escolaridade. Vigitel, 2019.
30 Homens Mulheres
26.5
25
21.6 21.4
20 19
18.3
15.8
15
10
0
0a8 9 a 11 12+
Tendência secular da prevalência (%) de obesidade
em adultos
Capitais dos 26 estados brasileiros e DF: 2006-2019
% +0.6 pp/ano
20.3
19.8
20
18.9 18.9 18.9
17.9
18 17.4 17.5
16.0
16 15.1
14.3
13.7
14 13.3
11.8
12
10
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Alimentação
Tipos de processamento que aumentam a duração dos alimentos
e que facilitam a preparação de comidas
Alimentação
feita de
produtos
prontos para
consumo
O processamento de alimentos que elimina
a necessidade de preparar alimentos e comidas
Ultraproces- Preparação de
Produção de Alimentos
Alimentos samento alimentos
alimentos ultraprocessados
in natura de alimentos (cozinha)
(Agricultura)
(Indústria)
Ultraproces- Preparação de
Produção de Alimentos
Alimentos samento alimentos
alimentos ultraprocessados
in natura de alimentos (cozinha)
(Agricultura)
(Indústria)
É um depois do outro!
O nome já diz tudo. Sem Parar é simplesmente irresistivel.
http://www.nestle.com.br/site/marcas/sem_parar.aspx
Alimentos ultraprocessados associados com maiores
ganho de peso e risco de sobrepeso e obesidade
(Fernanda e Euri vão explorar esses estudos nas próxima aulas)
A causa da causa...
• Década de 1980: políticas econômicas e os acordos comerciais neoliberais
favoreceram a ascensão fenomenal das transnacionais de alimentos
ultraprocessados:
• desregulamentaram a indústria
• promoveram o fluxo de capital
• abriram os países ao investimento estrangeiro, permitiram que as transnacionais
assumissem as empresas nacionais
• restringiram os governos nacionais de introduzir políticas estatutárias para limitar o seu
consumo
Colombia (2005) 16
Brasil (2009) 18
Chile (2010) 29
Mexico (2012) 30
Australia (2011-12) 42
Canada (2004) 47
UK (2008-14) 57
USA (2009-14) 58
Input de
Alimentação
energia
Balanço energético
Depósito
de
gordura
Atividade Output de
física energia
Determinantes do acúmulo de gordura
A Alimentação
Input de
energia
M
Balanço energético
B
I Depósito
de
E gordura
N
Atividade Output de
T física energia
E
Determinantes do acúmulo de gordura
-
A Input de
Alimentação
M energia
Balanço energético
B
I Depósito
LEPTOGÊNICO de
E gordura
N
T Atividade Output de
física energia
E
+
Determinantes do acúmulo de gordura
+
A Input de
Alimentação
M energia
Balanço energético
B
I Depósito
OBESOGÊNICO de
E gordura
N
T Atividade Output de
física energia
E
-
Determinantes do acúmulo de gordura
A Alimentação
Input de
energia
M
Balanço energético
Natureza
B
I Depósito
Economia
de
E gordura
Cultura
N
Atividade Output de
Sociedade T física energia
E
Determinantes do acúmulo de gordura
A Alimentação
Input de
energia
M
Balanço energético
Natureza
B
I Depósito
Economia
de
E gordura
Cultura
N
Atividade Output de
Sociedade T física energia
E
Determinantes do acúmulo de gordura
A Alimentação
Input de
energia
M
Balanço energético
Natureza
B
I Sistema Depósito
Economia involuntário de
E gordura
Cultura
N
Atividade Output de
Sociedade T física energia
E
Ações para o controle da obesidade
A Alimentação
Input de
energia
M
Balanço energético
Natureza
B
I Sistema Depósito
Economia Autorregulação
voluntária involuntário de
E gordura
Cultura
N
Atividade Output de
História T física energia
E
Determinantes do acúmulo de gordura
A Alimentação
Input de
energia
M
Balanço energético
Natureza
B
I Autorregulação Depósito
Economia Autorregulação
voluntária involuntária de
E gordura
Cultura
N
Atividade Output de
História T física energia
E
Ações para o controle da obesidade
Ações sobre a autorregulação voluntária do
balanço energético.
Swinburn et al 2019
É preciso repensar o foco das ações de enfretamento da obesidade a
partir de uma visão ampliada de saúde, que leve em conta não
apenas a utilidade da alimentação saudável ou seu caráter preventivo,
mas também a relação com os modos de viver e com a integração
das pessoas com o seu meio ambiente, na perspectiva do
desenvolvimento humano sustentável.