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ENFERMAGEM CLÍNICA

MÉDICA E CIRÚRGICA

1º MÓDULO

Professora e Enfermeira Claudia de Souza Lisbôa


 Glossário de termos técnicos

 Patologias: etiologia, sinais e sintomas, exames diagnósticos, tratamento clínico e cirúrgico nos sistemas.

 Assistência de enfermagem nas patologias dos sistemas:


 Cardiocirculatório
 Respiratório
 Gastrointestinal
 Nefrourinário
 Neurológico
 Osteoarticular
 Endócrino
 Hematopoiético
 Linfático

 Dietas específicas para as patologias

 Cuidados de Enfermagem no pré e pós-operatório – imediato, mediato e tardio.


 Alterações fisiológicas e complicações no pós-operatório:
 Alterações Hemodinâmicas
 Dor:
- Sinais e sintomas.
- Cuidados de enfermagem.

BASES TECNOLÓGICAS
 Doença: falta ou perturbação da saúde, moléstia, mal,
enfermidade.

Conceitos de doença aguda, crônica e


crônico-degenerativa:

 Aguda - situação que se instala abruptamente produz


sinais e sintomas logo após a exposição à causa, em um
período determinado para sua recuperação. Pode ser
decorrente de processos crônicos (complicações e/ou
sintomas) e/ou infecciosos;
 Crônica - são problemas de longo prazo, devidos a distúrbio
ou acúmulo de distúrbios irreversíveis, ou estado patológico
latente, apresenta evolução prolongada e sua resolução
ocorre de maneira parcial;
 Crônico-degenerativa - são situações de evolução lenta e
gradual, geralmente assintomáticas, e não têm causa e/ou
tratamento definidos.
CONCEITOS
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

 A assistência de enfermagem objetiva o controle dos


fatores desencadeantes devendo ressaltar a questão social
e ambiental.
 As prioridades epidemiológicas que hoje demandam
assistência clínica ambulatorial e/ou hospitalar são as
doenças do aparelho cardiocirculatório e respiratório,
neoplasias, doenças reumáticas não-infecciosas, disfunções
renais e cirrose hepática dentre outras.
 Portanto, independentemente da patologia, em cada
cliente que se cuida faz-se necessário atentar para o fato
de que o mesmo está inserido num meio social particular,
tem um modo de trabalhar e de se relacionar com o meio
ambiente e as pessoas que estão ao seu redor, bem como
consigo mesmo, o que determina formas de adoecer e
morrer peculiares.
DOENÇAS CARDIOCIRCULATÓRIAS

ORIGEM:
 Congênita, ou seja, a pessoa já nasce com a doença,
como a deficiência na formação de válvulas cardíacas;
 Infecciosa produzida por bactérias que acometem as
vias aéreas superiores, por doenças reumáticas
infecciosas ou crônico-degenerativas, que não
apresentam uma causa definida e, conseqüentemente,
não têm cura, mas podem ser controladas.
ANAMNESE:
 A história familiar, a idade, o sexo e a raça,
associados a fatores de risco relacionados ao estilo
de vida das pessoas, como dieta rica em sal,
gordura, carboidratos, uso do álcool, do fumo e de
outras drogas, bem como o estresse da vida
moderna, poderão propiciar o aparecimento de
doenças crônico-degenerativas como: hipertensão
arterial, angina do peito, infarto agudo do
miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência
vascular periférica, entre outras.

 O avanço da tecnologia cirúrgica tem possibilitado


reverter às disfunções circulatórias de origem
congênita, garantindo ao indivíduo uma qualidade
de vida sem seqüelas, ou seja, sem as conseqüências
decorrentes da doença.
 A base da formação das doenças crônico-
degenerativas, ligadas às disfunções circulatórias,
tem como ponto inicial as alterações dos vasos
sangüíneos. Com o envelhecimento, por exemplo, as
artérias vão perdendo sua elasticidade, tornando-se
mais endurecidas  dando o endurecimento
precoce das artérias (arteriosclerose) e também
propiciando a deposição de placas de gorduras
em seu interior (ateromas) causando a
aterosclerose  levando à oclusão parcial ou total
das artérias e até o seu rompimento.
FIGURA CORAÇÃO NORMAL
HIPERTENSÃO ARTERIAL
 Ao estudar a anatomia e fisiologia do sistema
cardiovascular, pode-se entender que o coração
bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por
meio das artérias  o sangue é “empurrado” contra a
parede dos vasos sangüíneos esta tensão, que é
gerada na parede das artérias, é denominada pressão
arterial, que é o resultado da contração do coração a
cada batimento e da contração dos vasos quando o
sangue por eles passa  esta pressão é necessária
para que o sangue consiga chegar aos locais mais
distantes, como, por exemplo, a extremidade dos pés.
Os números de uma medida de pressão arterial
representam o valor da pressão calibrada em
milímetros de mercúrio (mmHg):

 O primeiro número, ou o de maior valor, é chamado


de pressão arterial sistólica ou máxima, que é a
pressão do sangue nos vasos quando o coração se
contrai (sístole) para impulsionar o sangue para o
resto do corpo;
 O segundo número, ou o de menor valor, é chamado
de pressão arterial diastólica ou mínima.
Nesse caso, o coração encontra-se na fase de
relaxamento (diástole).
O local mais comum de verificação da pressão arterial
é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria
braquial. O equipamento utilizado é o
esfigmomanômetro e, para auscultar os batimentos,
usa-se o estetoscópio.

 A pressão normal em repouso situa-se entre os 100 e


140mmHg para a sistólica e entre 60 e 90mmHg para
a diastólica.

 Segundo a OMS, define-se como hipertensão a


pressão sanguínea de valor igual ou superior a
140/90 mmHg.
FATORES DE RISCO
 Dieta rica em sal, gordura, obesidade, tabagismo,
estresse, alguns medicamentos, sedentarismo, dentre
outros.

 Esta elevação anormal pode causar lesões em


diferentes órgãos do corpo humano, sendo a
hipertensão arterial um dos principais fatores
associados ao desenvolvimento de doenças
cardiovasculares, como a insuficiência coronariana,
insuficiência cardíaca, insuficiência renal e acidente
vascular cerebral.
CLASSIFICAÇÃO

 Hipertensão primária: cerca de 90 a 95% dos


casos são classificados como hipertensão
primária, o que significa que a elevada pressão
sanguínea não tem causa médica identificável.

 Hipertensão secundária: os restantes 5 a 10% dos


casos são motivados por outros transtornos que
afetam os rins, artérias, coração ou o sistema
endócrino.
DIAGNÓSTICO
 Através da medida da pressão arterial, porém uma
medida isolada não é suficiente, sendo recomendado
duas ou mais medidas em momentos diferentes,
quando da suspeita de hipertensão arterial.
 As medidas devem ser obtidas em ambos os braços,
com a pessoa nas posições - sentada e deitada.
GRAU DE HIPERTENSÃO
 Hipertenso grau I (leve) seja controlado
mediante uma dieta equilibrada, com diminuição
da ingestão de sal, com a prática de atividade física
regular, controle do peso corporal, abandono do
consumo de cigarros, álcool e outras drogas, quando
for o caso.

 Hipertenso grau II e III (moderado e grave),


além do controle dos fatores de risco modificáveis,
necessitará da utilização de medicamentos para o
resto da vida.
GRUPOS DE MEDICAMENTOS UTILIZADOS
NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO

 Diuréticos;
 Betabloqueadores;

 Inibidores da enzima conversora de angiotensina e


Bloqueadores de cálcio.

Importante: A prescrição do medicamento depende


da idade, das doenças associadas, do custo, dos
efeitos colaterais, da experiência clínica e da
organização do serviço de saúde.
TRATAMENTO NÃO-MEDICAMENTOSO

 Objetivo principal a prevenção de complicações (lesões


de órgão alvo), pois é muito comum um portador de
hipertensão deixar de lado o tratamento por achar
que está curado, voltando então a níveis pressóricos
altos  este é um erro básico, e uma boa orientação
visa conscientizar o hipertenso de que, embora não
haja cura, um controle adequado de sua pressão
arterial é suficiente para prevenir lesão de órgão-
alvo (é aquele em que, preferencialmente, ocorrem
lesões de artérias, tais como: olhos, cérebro, coração,
rins e membros inferiores).
SINAIS E SINTOMAS

 O principal sinal da doença é uma elevação persitente


da pressão arterial.
 A hipertensão arterial, por si só, não costuma causar
sintomas, por isso, é conhecida como a "matadora
silenciosa".
 Sintomas como dor de cabeça, mal estar, tonturas
e sangramento nasal não apresentam uma boa
correlação com níveis elevados da pressão
arterial muitas vezes, o diagnóstico de
hipertensão arterial é realizado apenas na
vigência de complicações cardiovasculares.
MUITAS PESSOAS PODEM APRESENTAR

 Dor no peito;
 Cefaléia occipital (é a dor de cabeça localizada na
região da “nuca”) e matinal;
 Edema nos membros superiores e inferiores ao final
do dia;
 Escotomas (são alterações visuais referidas
popularmente por “estrelinhas” ou “pontos
luminosos”);
 Irritabilidade;

 Cansaço aos esforços;

 Tonturas e dispnéia.
O PAPEL DA ENFERMAGEM
 Orientação ao cliente e seus familiares, quanto à
importância da mudança de hábitos de vida, de modo que
se possam controlar os fatores de risco modificáveis, tais
como: estresse; glicose e colesterol alto, sedentarismo,
obesidade, consumo excessivo de sal, álcool, fumo e
drogas ilícitas.
 Participar de programas educacionais e de assistência
ao hipertenso, possibilitando um controle adequado apenas
em nível ambulatorial, diminuindo o índice de
hospitalização e prevenindo as complicações cardíacas.
 Orientar a fazer atividade física regular, como
caminhadas em locais adequados para fortalecer as
artérias, ajudando o sangue venoso a retornar ao coração,
aliviando o estresse e melhorando a atividade cardíaca.
 Hoje, quando um hipertenso chega a hospitalizar-se, o
motivo mais comum é a elevação súbita da pressão arterial
(crise hipertensiva), ou as manifestações de lesões crônicas
decorrentes da hipertensão não-controlada.
Dia 26 de abril é o Dia Nacional de Combate à
Hipertensão Arterial.

A principal medida para diminuir a pressão


arterial é reduzir o consumo de sódio da
alimentação  Muitas vezes a pressão alta é
atrelada ao sal, mas na verdade é o sódio que é
o responsável  Em 5 g de sal, são 2g de sódio.
TRABALHO

DIETA PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS
NO CADERNO PARA VISTAR
ARRITMIAS CARDÍACAS
 As arritmias são distúrbios da freqüência e do ritmo
cardíacos causados por alterações no sistema de condução
do coração.
 Podem ocorrer em pessoas com o coração normal ou ainda
como resposta a outras doenças, distúrbios eletrolíticos
ou intoxicação medicamentosa.

Frequência cardíaca normal: varia de acordo com a


idade - quanto menor a idade, maior a freqüência.
No adulto, pode oscilar entre 60 a 100 batimentos por
minuto (bpm).
As arritmias de freqüência podem apresentar-se como:
 Taquicardia - acima de 100 bpm,
 Bradicardia - abaixo de 60 bpm,
 Fibrilação e flutter atrial - freqüência igual ou acima de
300 bpm.
Manifestações Clínicas

 Dor no peito;
 Palpitações;

 Falta de ar;

 Desmaio;

 Alteração do pulso e do eletrocardiograma (ECG),


podendo chegar à hipotensão, insuficiência
cardíaca e choque.
Alguns tipos comuns de arritmias cardíacas
incluem:
 Disfunção do nó sinusal: geralmente produz uma frequência cardíaca
baixa bradicardia ou inferior a 50 batimentos por minuto. Não se sabe
o porquê deste acontecimento. A doença do nó sinusal também pode ser
devido à doença arterial coronariana, hipotireoidismo, doença hepática
grave, hipotermia, ou outras condições de febre tifóide ( bactéria
Salmonella typhi é também conhecida como bacilo de Elberth podendo
levar a vasodilatação sistêmica, choque séptico e, em casos mais graves,
óbito.
 Taquiarritmias supraventriculares: diversas causas de
batimentos cardíacos rápidos  taquicardia que se originam nas
áreas que estão acima dos ventrículos.

 Fibrilação atrial: esta é uma arritmia supraventricular que


produz uma taquicardia irregular, durante o qual os
átrios vibram ou “fibrilam” em vez de baterem normalmente.
Durante este tipo de fibrilação atrial, os sinais de
batimentos cardíacos começam em diferentes áreas dos átrios, e
não no nó sinusal, batimentos irregulares esporádicos para os
ventrículos e produz uma resposta rápida, irregular, de 80 a 160
batimentos por minuto.
O batimento cardíaco desordenado da fibrilação atrial não
consegue bombear sangue eficiente para o coração. Isso faz com
que o sangue se acumule nas câmaras do coração e aumente o
risco de coágulos de sangue.
Os principais fatores de risco da fibrilação atrial é a idade, a
doença arterial coronariana, doença reumática do coração
(causada pela febre reumática), pressão arterial alta, diabetes e
hipertireoidismo (excesso de hormônios da tireóide).
 Fibrilação ventricular: a fibrilação ventricular é
considerada uma emergência cardíaca. Este tipo de
fibrilação pode ser causado por ataques cardíacos
(infarto) do músculo do coração, acidentes elétricos
ou afogamento.
Tratamento:
 Antiarrítmicos; Cardioversão elétrica e Implantação de Marca
Passo.

Ações de Enfermagem:
 Transmitir segurança à pessoa que apresenta arritmia,
estabelecendo diálogo, possibilitando à mesma expor seus
sentimentos de impotência e insegurança, a fim de diminuir sua
ansiedade;
 Proporcionar sono e repouso adequados, garantindo ambiente
livre de ruídos;
 Monitorizar sinais vitais;
 Oferecer oxigênio, se necessário, para reduzir a hipóxia causada
pela arritmia;
 Observar os cuidados com a administração de antiarrítmicos
(verificação de pulso antes e pós a dosagem prescrita);
 Orientar a família e a pessoa acometida sobre os procedimentos
a serem realizados; e, quando a alta for dada,
 Destacar a importância do controle do estresse, de se evitar o
uso do fumo e reduzir a ingestão de cafeína (café, chá mate, chá
preto, refrigerantes a base de cola).
MEIO DIAGNÓSTICO
 Eletrocardiograma (ECG)  registra a atividade
elétrica do coração, permitindo diagnosticar uma vasta
gama de distúrbios cardíacos.
Eletrodos são conectados aos pulsos, tornozelos e peito.
São ativados 02 eletrodos de cada vez.
Cada registro representa a atividade elétrica de uma
região do coração. Orientar a pessoa a ficar relaxada e
imóvel para poder acalmar.

 Marca Passo  é um aparelho acionado por bateria e


que aplica estímulos elétricos através de cabos com
eletrodos que estão em contato com o coração. Ele é usado
para controlar falhas nos batimentos cardíacos.
ANGINA

 “Angina pectoris” ou ainda “Angina do peito” é a


síndrome clínica caracterizada por crises de dor,
queimação ou sensação de pressão na região do tórax.

 É causada pela obstrução transitória das coronárias


 a causa da dor é o fornecimento inadequado de
sangue ao coração, resultando no suprimento
insuficiente de oxigênio e de nutrientes para o
miocárdio.
O termo deriva do grego ankhon ("estrangular") e do latim pectus
("peito"), e pode, portanto, ser traduzido como "um estrangulamento do
peito“.
PRINCIPAIS QUEIXAS

 Desconforto no peito, o desconforto é habitualmente


descrito como pressão, peso, aperto, ardor, ou sensação
de choque.
 A dor de angina pode ser localizada principalmente no
centro do peito, costas, pescoço, queixo ou ombros. A
irradiação da dor ocorre, tipicamente, para os braços
(esquerdo principalmente), ombros e pescoço.
 A angina é normalmente ativada por excesso de stress
emocional, esforço físico, depois de uma refeição farta,
e temperaturas baixas.
 A dor pode ser acompanhada por suores e náuseas em
alguns casos. Normalmente dura cerca de 01 a 05
minutos, e é acalmada pelo descanso ou medicação
específica.
FATORES DE RISCO
 Histórico familiar de doenças cardíacas prematuras;
 Tabagismo;

 Diabetes;

 Colesterol Alto;

 Hipertensão Arterial;

 Obesidade;

 Sedentarismo;

 Esforço físico;

 Ingestão de refeição copiosa;

 Exposição ao frio e

 Situações estressantes.
DIAGNÓSTICO E FORMAS DE TRATAMENTO
 Eletrocardiograma;
 Hollter;
 Cintilografia Miocárdica e/ou Cateterismo Cardíaco.

Importante  Em pacientes com angina ocasional que não têm


dores no peito, um eletrocardiograma é tipicamente normal, a não
ser que existam problemas cardíacos no passado. Durante a dor
podem ser observadas modificações do eletrocardiograma.

Para detectar estas variações podem ser feitos eletrocardiogramas


enquanto o paciente corre numa esteira chamado de teste
ergométrico.

Formas de tratamento:
 Tratamento Clínico;
 Angioplastia Coronariana e
 Cirurgia de Revascularização Miocárdica.
Formas de tratamento:
 Tratamento Clínico;
 Angioplastia Coronariana e
 Cirurgia de Revascularização Miocárdica.

 Aumentar a oferta de oxigênio ao miocárdio, utilizando-se da


nitroglicerina, e controlando os fatores de risco (fumo, obesidade,
hipertensão arterial, hipercolesterolemia e hiperglicemia).
 Os nitratos ainda são a principal medida terapêutica no tratamento
da angina do peito, por produzirem dilatação das coronárias com o
conseqüente aumento do fluxo sangüíneo ao miocárdio.
 A nitroglicerina administrada por via sublingual alivia a dor
anginosa em até 3 minutos, devendo ser observadas as seguintes
orientações:
 O usuário deve ter sempre o medicamento consigo esse medicamento deve
ser conservado em recipiente escuro e fechado, pois sua ação é alterada na
presença de luz;
 Ao usar o medicamento, manter a língua imóvel e não deglutir a saliva;
 Para evitar as crises de angina, utilizar nitroglicerina antes de qualquer
atividade intensa, como, por exemplo, as relações sexuais  efeitos
indesejáveis podem surgir, tais como: rubor, cefaléia, hipotensão e
taquicardia.
....................Se as crises de angina persistirem, apesar
da medicação e do controle dos fatores de risco, ou se
for constatado que a obstrução nas artérias coronárias
é muito grave, poderá ser indicada, Angioplastia
Coronariana, ou a Cirurgia de Revascularização.
 Cirurgia de Revascularização do Miocárdio:
uma veia, a safena é retirada da perna e colocada
sobre a artéria do coração que está entupida,
ultrapassando o local do bloqueio, como se fosse uma
ponte - é o que se chama de ponte de safena.

 Angioplastia Coronariana: consiste em “esmagar”


a placa de ateroma (é o acúmulo de gordura na
parede do vaso, obstruindo a passagem do
sangue), dilatando a coronária, através de um
procedimento com um cateter especial, com um balão
na ponta.
AÇÕES DE ENFERMAGEM
NÍVEL AMBULATORIAL OU DURANTE A ALTA HOSPITALAR

 Manter-se em repouso ao início da dor;


 Participar de um programa diário de atividades físicas que não
produzam desconfortos torácico, falta de ar e/ou fadiga indevidas;
 Alternar as atividades diárias com períodos de repouso;
 Fracionar as alimentações em menores porções e maior freqüência,
evitando esforço físico durante 02 horas após as refeições;
 Evitar ingestão excessiva de cafeína (café e bebidas com cola), que
pode fazer subir a frequência cardíaca;
 Não usar comprimidos para emagrecer, descongestionantes nasais ou
quaisquer outros medicamentos vendidos sem prescrição médica e
que podem aumentar os batimentos cardíacos;
 Evitar o fumo, o que eleva a frequência cardíaca, a pressão arterial e
diminui os níveis sangüíneos de oxigênio;
 Utilizar roupas adequadas às variações de temperatura;
 Reorganizar os seus hábitos de vida, a fim de reduzir a frequência e a
gravidade dos ataques de angina, bem como prevenir-se de outras
complicações.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
A incidência de infarto ainda é maior nos homens acima
de 40 anos porém, mulheres no climatério que utilizam
anticoncepcional e fumam apresentam uma mortalidade
maior ao ter infarto.

O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma situação


grave que pode ser confundida com sintomas mais
corriqueiros, tais como:
 Flatulência;

 Dor muscular;

 Tensões.
 É causado pelo estreitamento de uma artéria
coronária pela aterosclerose, ou pela obstrução total
de uma coronária por êmbolo ou trombo, ocasionando
a necrose de áreas do miocárdio.

 A redução do fluxo sangüíneo também pode ser


resultante de choque ou hemorragias  vale lembrar
que na Angina o suprimento de sangue é
reduzido temporariamente, provocando a dor,
enquanto no IAM ocorre uma interrupção
abrupta do fluxo de sangue para o miocárdio.
A dor torácica é o principal sintoma associado
ao IAM. É descrita como uma dor súbita, subesternal,
constante e constritiva, que pode ou não se irradiar para
várias partes do corpo, como a mandíbula, costas, pescoço e
membros superiores (especialmente a face interna do
membro superior esquerdo).
Muitas vezes, a dor é acompanhada de:
 Taquipnéia aumento do número de incursões
respiratórias;
 Taquisfigmia frequência da pulsação aumentada;
 Palidez;
 Sudorese fria e pegajosa;
 Tonteira;
 Confusão mental;
 Náusea e vômito.
A qualidade, localização e intensidade da dor associada ao
IAM pode ser semelhante à dor provocada pela angina.
AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS

 A dor do IAM é mais intensa;


 Não é necessariamente produzida por esforço
físico e não é aliviada por nitroglicerina e
repouso.
 A dor decorrente do IAM quase sempre vem
acompanhada da sensação de “morte iminente”.
FATORES DE RISCO
 Diabetes
 Tabagismo
 Colesterol elevado
 Obesidade
 Hipertensão arterial
 História familiar de doença coronária
 Idade
 Sexo masculino
 Estado pós menopausa (em particular se em idade
inferior a 45 anos)
 Diagnóstico do infarto do miocárdio geralmente se
baseia na história da doença atual, no
eletrocardiograma e nos níveis séricos (sangüíneos)
das enzimas cardíacas.

 Prognóstico: É a previsão das condições de saúde


futura do paciente, tendo em vista a sua patologia
para o IAM depende da extensão da lesão
miocárdica.

 Tratamento pode ser: clínico ou cirúrgico,


dependendo da extensão e da área acometida.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
 Proporcionar um ambiente adequado para o repouso
físico e mental;
 Fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e
sedativo) e ansiolíticos prescritos para alívio da dor e
diminuição da ansiedade;
 Prevenir complicações, observando sinais vitais, estado
de consciência, alimentação adequada, eliminações
urinária e intestinal e administração de trombolíticos
prescritos;
 Auxiliar nos exames complementares, como
eletrocardiograma, dosagem das enzimas no sangue,
ecocardiograma;
 Atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o
cliente possa dar continuidade ao uso dos medicamentos;
 Controlar os fatores de risco, facilitando, assim, o ajuste
interpessoal, minimizando seus medos e ansiedades;
 Repassar tais informações também à família.
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DO INFARTO

 As arritmias fatais quaisquer desvios do ritmo


cardíaco;
 Choque cardiogênico  caracteriza- se por pressão
arterial sistólica inferior a 90 mmHg, inquietude,
confusão mental, apatia que pode evoluir para o coma,
pele fria, pegajosa, acinzentada ou cianótica, taquicardia
e oligúria ou anúria que são a diminuição e a ausência
da produção de urina;
 Edema agudo de pulmão e
 Morte súbita.

 Importante: A equipe de enfermagem deve manter uma


via venosa permanente (venóclise), a fim de minimizar o
sofrimento decorrente de punções freqüentes, bem como
garantir uma via de acesso imediata em caso de
emergência.
EDEMA AGUDO DO PULMÃO (EAP)

O Edema Agudo de Pulmão (EAP) é um quadro clínico crítico,


decorrente da incapacidade do ventrículo esquerdo em bombear
o sangue pela válvula aórtica, causando um acúmulo de líquido
nos pulmões.
 O Edema Agudo de Pulmão é uma emergência
médica, caracterizada por um acúmulo anormal de
líquidos no interstício e nos alvéolos pulmonares
(congestão pulmonar) . O interstício é o espaço que
separa os capilares pulmonares (pequenos vasos) dos
alvéolos  os alvéolos são pequenos compartimentos
dos pulmões, aonde ocorrem as trocas gasosas (o gás
carbônico do sangue é substituído pelo oxigênio).
PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES PREDISPÕEM O
APARECIMENTO DO EAP

 Insuficiência coronariana aguda (Angina e IAM);


 Crise hipertensiva;

 Arritmias cardíacas;

 Infecções;

 Anemia,

 Hiper-hidratação e

 Intoxicação digitálica.
SINAIS E SINTOMAS DO
EDEMA AGUDO DE PULMÃO

 Dispnéia;
 Tosse  produzindo um escarro espumoso e
tingido muitas vezes de sangue;
 Taquicardia;

 Pele cianótica, fria, úmida;

 Inquietação;

 Ansiedade e medo.
AÇÕES DE ENFERMAGEM
 Manutenção de seu conforto, colocando-o em posição elevada 45º para
diminuir o retorno venoso e propiciar uma máxima expansão pulmonar;
 Monitorização dos sinais vitais;
 Administração de oxigenoterapia e de medicações (opiáceos, diuréticos e
digitálicos);
 Manutenção de via venosa pérvia com gotejamento mínimo, evitando
sobrecarga volêmica;
 Monitorização do fluxo urinário.

Medidas Gerais:
 O paciente em Edema Agudo de Pulmão deverá se manter sentado no leito.
Um acesso venoso para infusão de líquidos , deverá ser imediatamente
instalado. Um cateter nasal de oxigênio costuma ser instalado.
 Em casos muito graves (Insuficiência Respiratória Grave), a entubação
endotraqueal com respirador artificial , poderá ser necessária poderá se
optar também por garrotear os membros inferiores para diminuir o retorno
venoso para o coração e, conseqüentemente, a congestão pulmonar.
DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO

1. Endocardite
2. Miocardite
3. Doença Reumática
1. ENDOCARDITE

 É um processo infeccioso do endocárdio


(membrana que envolve as cavidades e as
válvulas cardíacas), causado por uma invasão
direta de bactérias e de outros microorganismos
provenientes de uma contaminação da corrente
sanguínea.
 Com a endocardite, crescem bactérias nos
músculos e nas válvulas cardíacas  quando
causada por um agente infeccioso como uma
bactéria ou fungo, chama-se endocardite
infecciosa.
A ENDOCARDITE BACTERIANA PODE SER
DECORRENTE:

 Intervenções odontológicas (extrações dentárias);


 Do sistema geniturinário (colocação e retirada de sondas);
 Do sistema gastrointestinal (endoscopia digestiva alta) e
 Do sistema respiratório (entubação orotraqueal).

Bactérias circulando no sangue: embora as bactérias


normalmente não estejam presentes no sangue, uma lesão
da pele, da mucosa oral ou das gengivas (mesmo uma
lesão em decorrência de uma atividade normal, como
escovar os dentes), podem permitir que um pequeno
número de bactérias invadam a corrente sangüínea.
 Certos procedimentos cirúrgicos, odontológicos e médicos,
também podem facilitar a entrada de bactérias na
corrente sangüínea.
 Por exemplo, o uso de linhas intravenosas (para a
infusão de soros ou medicamentos), a cistoscopia
(inserção de um tubo que permite a visualização do
interior da bexiga) e a colonoscopia (inserção de um tubo
para visualização do interior intestino grosso) também
podem levar a passagem de bactérias para o sangue.
 Em pessoas com válvulas cardíacas normais, a presença
de bactérias no sangue não costuma acarretar qualquer
dano, pois os glóbulos brancos de defesa, chamados de
leucócitos, normalmente destroem essas bactérias.
 Entretanto, em pacientes com doenças das válvulas
cardíacas, as bactérias poderão se alojar no
endocárdio e, posteriormente, começarem a
se multiplicar.
SINAIS E SINTOMAS
 Agrupados de acordo com a sua origem, ou seja, decorrentes de
infecção sistêmica (febre, calafrios, mal-estar geral, fadiga,
fraqueza, anorexia);
 Relacionados à lesão intravascular (dispnéia, dor torácica,
extremidades frias e úmidas, petéquias e hemorragias);
 Características de reação imunológica:
(1) Dor nas articulações;
(2) Proteinúria  é a perda exacerbada de proteína pela urina,
especialmente a albumina que é uma proteína presente no
plasma sanguíneo, fabricada pelo fígado  resultante do
metabolismo de alimentos protéicos, como carnes, ovos, leites e
seus derivados;
(3) Hematúria  é a presença de sangue na urina  como definição
mais exata a presença de cinco ou mais eritrócitos (hemácias) por
campo na análise microscópica do sedimento urinário, e deve ser
confirmada em pelo menos duas amostras de urina  é um sinal
de várias doenças dos rins e do trato urinário, podendo ser
benigna a letal.
COMPLICAÇÕES

 Lesão da Válvula Mitral, levando à Insuficiência


Cardíaca Congestiva (ICC);
 Embolia pulmonar e

 Abscessos cerebrais.
TRATAMENTO

 Antibioticoterapia e
 Correção cirúrgica da válvula lesada.
AÇÕES DE ENFERMAGEM

 Alívio da dor, a enfermagem deve manter o cliente de


forma mais confortável possível, favorecendo o sono e
repouso adequados.
 O controle da febre deve ser feito através de medidas
de resfriamento corporal (compressas e bolsas frias) e
administração de líquidos e antitérmicos.
 Para controlar a função cardíaca, é necessário avaliar
o pulso, observar sinais de fadiga, dispnéia e
inquietação.
 À medida que a pessoa melhorar deve ser iniciado um
programa de atividade física progressiva, o que
requer controle da pressão arterial, pulso e a
observação de vertigem e de fraqueza.
2. MIOCARDITE
 A miocardite é a inflamação da parede muscular  miocárdio das
câmaras inferiores e maiores do coração (ventrículos) .
 Doença potencialmente grave e , muitas vezes, fatal como a
Miocardite Fulminante.
 As miocardites podem ter inúmeras causas : vírus, bactérias,
medicamentos , doenças auto-imunes.
 As miocardites podem ser reversíveis ou evoluírem para um
quadro de Miocardiopatia Dilatada  geralmente, as miocardites
manifestam-se com sintomas de insuficiência cardíaca , com um
início súbito.
Processo infeccioso de origem:
 Viral (caxumba, gripe, rubéola);
 Parasitária (Doença de Chagas);
 Radiativa (radioterapia) ou por agentes tóxicos (chumbo) ;
 Outras drogas (lítio, cocaína).
 Nota: as pessoas mais susceptíveis são as que apresentam
infecções sistêmicas agudas, as tratadas com medicamentos
imunossupressores ou portadores de endocardite infecciosa.
A miocardite pode apresentar-se de formas aguda ou
crônica, tendo como complicações:
 Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC);

 Hipertrofia do ventrículo e

 Arritmias graves e letais.

Principais manifestações clínicas são:


 Fadiga,

 Dispnéia,

 Palpitações,

 Dor torácica e

 Arritmias, podendo até ocorrer ausência de sintomas.


AÇÕES DE ENFERMAGEM

 Controlar os sinais vitais, como pulso, temperatura,


para avaliar a evolução da doença;
 Observar sinais de toxicidade digitálica (arritmia,
anorexia, náusea, vômitos, bradicardia, cefaléia e mal
estar), pois essas pessoas são sensíveis aos
medicamentos digitálicos;
 Estimular o uso de meia elástica e a prática de
exercícios passivos para diminuir o risco de embolias
decorrentes de trombose venosa;
 Orientar no sentido de evitar esportes competitivos e
consumo de álcool.
Importante: No Brasil, a Doença de Chagas é uma
das principais causas de miocardite decorrente
da lesão provocada no miocárdio pelo parasita
Trypanosoma cruzi.
3. DOENÇA REUMÁTICA

É um processo inflamatório difuso que acomete:


 Articulações;

 Tecido subcutâneo;

 Sistema nervoso central;

 Pele;

 Coração  podendo atingir todas as faixas


etárias.
 É de grande importância epidemiológica, pois
está relacionado às condições de vida da população 
O grupo social mais afetado é o que tem problemas de
moradia, vivendo em pequenos espaços, portanto,
mais exposto às infecções por Streptococcus.
 O mecanismo fisiopatológico constitui-se de uma
resposta auto-imune que ocorre em nível celular. O
antígeno estreptocócico combina-se com células
receptoras existentes nos tecidos e nas articulações,
sendo a principal complicação as lesões cardíacas
graves e permanentes, como a Lesão da Válvula
Mitral.
SINAIS E SINTOMAS
Fase Aguda da doença reumática são:
 Febre;
 Dor articular;
 Eritema marginado (hiperemia crescente principalmente
no tórax com centros claros, podendo desaparecer em
minutos ou horas);
 Nódulos subcutâneos (tumores pequenos, firmes e
indolores que se localizam nas articulações dos joelhos,
cotovelos e dedos);
 Coréia (movimentos involuntários, repentinos e
irregulares);
 Dor abdominal;
 Fraqueza;
 Mal-estar;
 Perda de peso e Anorexia.
Diagnóstico:
 Exames laboratoriais como cultura de material
obtido da garganta;
 Exames de sangue para confirmação da presença da
bactéria.

Tratamento:
 Combater a bactéria com antibioticoterapia,

 Tratar do quadro inflamatório e, se necessário,


utilizar corticoterapia  nesse período, recomenda-
se repouso no leito até o desaparecimento dos sinais
de inflamação.
 A prevenção de novos surtos deve ser feita através
do uso de antibioticoterapia por toda a vida.
 Importante: no coração, o processo inflamatório
ocorre como manifestação tardia causada pela
bactéria Streptococcus Bhemolyticus, oriundo de
uma infecção das vias aéreas superiores,
especialmente da garganta.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DOENÇAS REUMÁTICAS?
 Osteoartrose;
 Raquialgias (dores na coluna vertebral);
 Doenças reumáticas periarticulares, incluindo as lesões
musculoesqueléticas ligadas ao trabalho;
 Osteoporose;
 Fibromialgia;
 Artropatias microcristalinas;
 Artrite reumatóide;
 Espondilartropatias;
 Doenças reumáticas sistémicas;
 Artrites idiopáticas (com causa desconhecida) juvenis.
Todas estas doenças constam do Programa Nacional Contra as
Doenças Reumáticas – Circular Normativa n.º 12/DGCG de
02.07.2004.
QUESTIONÁRIO DISFUNÇÕES
CARDIOVASCULARES

 O que você entende por doença?


 Qual a diferença, Doença Aguda para Doença Crônica?
 O que é pressão arterial diastólica ou mínima?
 O que é pressão arterial sistólica ou máxima?
 Segundo a OMS quais são os valores que definem uma
Hipertensão Arterial?
 Quais são os fatores de riscos de uma Hipertensão Arterial?
 Quais os grupos de medicamentos utilizados no tratamento
da hipertensão arterial?
 Quais os sinais e sintomas que uma pessoa pode
aparesentar em uma Hipertensão Arterial?
 Cite 05(cinco) cuidados de enfermagem para Hipertensão
Arterial?
 O que você entende por Angina Pectoris?
 Cite 05(cincoi) fatores de riscos de uma Angina?
 O que você entende por IAM?
 Cite 05(cinco) fatores de riscos de IAM?

 Qual a diferença que há numa Angina para o IAM no


que diz respeito ao fluxo sanguíneo?
 Quais os meios diagnóstico para IAM?

 Cite 05(cinco) cuidados de enfermagem para Infarto


Agudo do Miocardio?
 Defina as Terminologias:

 Cefaléia occipital; Escotomas; Taquicardia;

 Bradicardia; Placa de ateroma; Aterosclerose;

 Taquipnéia; Taquisfigmia.
CLÍNICA MÉDICA CIRÚRGICA

DISFUNÇÕES RESPIRATÓRIAS
 A principal função dos pulmões é promover a troca
gasosa contínua entre o ar inspirado e o sangue da
circulação pulmonar, fornecendo oxigênio (O2) e
removendo o dióxido de carbono (CO2). A vida
depende da realização contínua e eficiente desse
processo, mesmo em condições alteradas por doenças
ou por ambiente desfavorável.
Anatomia
 Vias Aéreas Superiores: nariz/boca - faringe - laringe
 Traquéia
 Brônquios
 Bronquíolos
 Terminais
 Respiratórios
 Ductos e sacos alveolares
O ato de respirar mantém um padrão regular e
ininterrupto  varia de 12 a 20 respirações por
minuto (rpm), no adulto.
O ar entra pelo nariz, onde é purificado e aquecido 
passa pela faringe, laringe e segue pela traquéia,
brônquios e bronquíolos  os brônquios e bronquíolos
são revestidos de cílios que realizam o movimento de
varredura, retirando, assim, muco e substâncias
estranhas ao pulmão  o ar chega então aos alvéolos,
havendo aí a troca gasosa entre oxigênio e gás
carbônico.
Os pulmões, em número de dois, ocupam a caixa
torácica  existem ainda músculos que auxiliam nos
movimentos respiratórios também chamados de
músculos acessórios da respiração: o diafragma, os
intercostais e o esternocleidomastóide.
Doenças respiratórias mais incidentes em
nosso meio de origem:

 Infecciosa;
 Neoplásica;

 Crônico degenerativo (Doença Pulmonar Obstrutiva


Crônica – DPOC).
Causas
 Disfunção pulmonar

 Enfisema;
 Asma;
 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC;
 Pneumonia;
 Hemotórax;
 Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo –
SARA;
 A tosse é um mecanismo fisiológico de limpeza das
vias aéreas, portanto não deve ser abolida.

 Atualmente, a vacina que previne a gripe é


uma grande aliada no controle destas
afecções, especialmente nos idosos que são
mais susceptíveis.
1.0 – ENFISEMA

 O enfisema é caracterizado pela perda da


elasticidade do tecido pulmonar, destruição das
estruturas e dos capilares que, respectivamente,
suportam e nutre os alvéolos  o resultado é que
as pequenas vias aéreas colaboram durante a
exalação do ar, levando a uma forma obstrutiva de
doença pulmonar: o ar entra nos pulmões e não
sai.
Os sintomas incluem:
 A falta de ar, hipoventilação e peito expandido 
assim que o enfisema avança, podem-se observar
deformidades nas unhas, decorrentes da hipóxia,
baixa concentração de oxigênio.
 As pessoas que sofrem de enfisema podem
hiperventilar para manter os níveis sanguíneos de
oxigênio adequados  a hiperventilação explica o
porquê de os pacientes com enfisema não
aparentarem cianose, coloração azul-arroxeada da
pele.
Fatores de Risco
 O fumo e a poluição ambiental  a asma, a
tuberculose e o envelhecimento favorecem o
surgimento do enfisema em consequência da
fibrose e perda da elasticidade pulmonar 
essa doença caracteriza-se por evolução lenta e
gradual  na fase tardia, o paciente apresenta
cansaço aos esforços rotineiros, tosse produtiva,
desconforto relacionado com a menor capacidade de
respirar (dispnéia), uso abusivo da musculatura
acessória, definindo o tórax em barril
agitação/sonolência, dificuldade de concentração,
tremor das mãos e anorexia com perda de peso.
 As complicações frequentes do Enfisema:
 Pneumotórax, que é o acúmulo de ar no espaço
intrapleural alterando a mecânica respiratória e
as trocas gasosas;
 Insuficiência Respiratória Aguda.

 Diagnóstico  através de testes da função


pulmonar pode determinar várias características e
capacidades dos pulmões.
 Esses testes incluem:
Espirometria: é a aferição da capacidade respiratória
dos pulmões, através de um instrumento denominado
espirômetro  o qual mede o ar inalado e exalado dos
pulmões.
Esses testes incluem:
 Gasometria Arterial 

é um exame invasivo que


mede as concentrações de oxigênio,
a ventilação e
o estado ácido-básico.
 Oximetria de Pulso  através de um dispositivo
médico de nome oxímetro de pulso que mede
indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue de
um paciente  um método muito simples, e não
invasivo, de se monitorar a porcentagem de
hemoglobina que está saturada de oxigênio.

 Raios-X.
VALORES NORMAIS DE SATURAÇÃO EM %

 Quando o sangue é oxigenado até o nível arterial


normal de 97% de saturação, cerca de 19 ml de
oxigênio estarão fixados à hemoglobina e conforme o
sangue perde oxigênio para os tecidos e a saturação
da hemoglobina cai a 70%, a quantidade de oxigênio
que permanece fixada ao sangue ainda é da ordem
de 14 ml para cada 100 ml de sangue.
 Assim sendo, a cada 100 ml de sangue que passam
pelos tecidos, normalmente, libertam cerca de 5 ml
de oxigênio para as células.
Cuidados de Enfermagem

 Administrar bronco dilatador (aminofilina, efedrina)


conforme prescrição médica.
 Administrar fluidificantes (xaropes, iodeto de potássio)
conforme prescrição médica.
 Administrar antibioticoterapia (penicilina, ampicilina,
tetracilinas).
 Administrar oxigenoterapia  a administração de oxigênio
à pessoa com enfisema só poderá ser feita sob estrita
prescrição, pois o fornecimento acima do permitido pode
inibir o centro respiratório.
 Administrar inalação conforme prescrição médica.
 Verificar sinais vitais.
 Realizar higiene bucal.
 Auxiliar se necessário, na deambulação.
 Manter ambiente calmo e arejado.
 Orientar a expelir secreções, anotar na papeleta aspecto
das secreções e qualquer alteração do quadro.
2.0 – ASMA BRÔNQUICA / BRONQUITE
 O sentido etimológico da palavra asma advém do
grego e significa ofegante; dificuldade na respiração.
(Nunes, L., 2003)
 Na verdade, a asma brônquica, é uma das formas
mais comuns de inflamação crônica dos brônquios
(bronquite), pois acomete cerca de 5% da população
em geral (chegando a 10% nas crianças)
 Consiste na obstrução dos bronquíolos, em
decorrência do brônquio espasmo (estreitamento dos
brônquios), associada ao
edema das mucosas e
à produção excessiva de muco
(catarro).
Os principais sintomas: tosse seca, dispnéia e
sibilo  estas manifestações ocorrem em crises de
duração variável, podendo ser de minutos, horas e
até de dias.

Existem dois tipos:

 Bronquite aguda  que geralmente é causada por


vírus ou bactérias e que duram diversos dias até
semanas.
 Bronquite crônica  com duração de anos, não
necessariamente causada por uma infecção, e
geralmente faz parte de uma síndrome chamada
DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).
Sinais e Sintomas de Bronquite
 Tosse;
 Expectoração;
 Falta de ar;
 Sibilos  é um ruído característica de doenças
pulmonares semelhante a um assobio agudo;
 Cianose;
 Inchaço nas extremidades do corpo graças à piora do
trabalho cardíaco;
 Febre quando a bronquite crônica estiver associada a
uma infecção respiratória;
 Cansaço;
 Falta de apetite;
 Catarro mucóide  na maioria das vezes muco claro
ou branco, purulento se tiver alguma infecção.
Fatores desencadeantes

 Alérgenos (poeira domiciliar, ácaros, poluição


ambiental, pêlos de animais e alguns alimentos);
 Infecções respiratórias;
 Fatores emocionais;
 Atividade física intensa;
 Medicamentos;
 Hereditariedade;
 Alterações climáticas.
Diagnóstico

 Examinar o doente  o médico pode notar roncos e


outras alterações na ausculta do tórax com o
estetoscópio.
 A história clínica irá definir se o caso é agudo ou
crônico e o médico poderá também solicitar exames
complementares.
Exames Complementares:
 Radiografia do tórax para concluir se a doença se agravou para
pneumonia.
 Exame do escarro para a identificação do microorganismo
envolvido.
 Análise do sangue poderá identificar que sinalizem infecção viral
ou bacteriana  hemocultura
 Espirometria  que mede a capacidade e função pulmonar 
conhecido como Prova de Função Pulmonar ou Prova Ventilatória.
 A Bronquite Crônica

Caracteriza-se pelo aumento das glândulas


produtoras de muco dos brônquios, manifestando-se
por tosse matinal, com excesso de secreção espessa,
esbranquiçada e viscosa  muitas vezes é
confundida com o estado gripal, porém se diferencia
pela sua duração que pode se estender até dois
meses (gripe mal curada).
Complicações da Bronquite Crônica
 Infecção Pulmonar;

 Insuficiência Cardíaca;

 Enfisema Pulmonar.
Cuidados de Enfermagem para Bronquite ou Asma Brônquica

 Envolvimento dos familiares em todas as etapas dos serviços a serem


prestados;
 Controlar os fatores de risco;
 Orientar o uso de medicações como broncodilatadores, mucolíticos e
corticóides conforme prescrição médica;
 Monitorar a função respiratória: através do controle dos sinais vitais;
 Avaliar a coloração e temperatura da pele, da mucosa e do nível de
consciência;
 Oxigenoterapia: administrar oxigênio conforme orientações do
enfermeiro e/ou médico;
 Fluidificação e expectoração de secreções: através da hidratação, do
estímulo de tosse e nebulização;
 Orientar quanto à importância de manter atividade física regular
(caminhadas e natação);
 Evitar ambientes fechados;
 Agasalhar-se adequadamente e manter nutrição adequada;
 Exercícios respiratórios: orientar quanto à importância da realização
freqüente dos exercícios e sua finalidade.
ALERGIA À PROTEÍNA DO OVO
 Os alimentos considerados vilões ao desencadeio de alergia
são: leite e derivados, trigo, clara de ovo, produtos a base
de soja, frutos do mar, frutas cítricas, em especial o tomate,
entre outros. Esses alimentos, por apresentarem maior teor
alergênico, devem ter seu consumo evitado por crianças
menores de 01 ano, pois, essa faixa etária não está com o
seu sistema digestivo bem desenvolvido e esses alimentos
podem gerar problemas maiores devidos suas
características.
 Às vezes a alergia aparece em forma de manchas, vômitos,
diarréias e até mesmo podem ocorrer dificuldades na
respiração. Os sintomas variam de uma pessoa para outra e
muitas vezes são confundidos com outras doenças e
indisposições intestinais. A alergia alimentar, se não
diagnosticada e tratada, pode evoluir com o tempo e
acarretar em graves problemas e complicações.
 O ovo é o segundo alimento que mais causa alergia
no Brasil, perdendo apenas para o leite. Os alimentos
frequentemente envolvidos na alergia são os que
possuem alto teor de proteínas.
 A alergia é uma reação do sistema imunológico, que
cria anticorpos contra proteínas e passa a atacá-las
quando ingeridas. Atua diretamente nos mastócitos,
provocando a liberação de histamina, o que provoca
os sintomas alérgicos.
 Herança genética, idade, hábitos alimentares,
hereditariedade, exposição ao alimento,
permeabilidade gastrointestinal e fatores ambientais
são alguns dos motivos que podem levar o indivíduo a
desenvolver alergia alimentar.
 A maioria dos alimentos pode desencadear uma resposta
alérgica, mas, a preparação, o cozimento e a ação do ácido
digestivo e das enzimas destroem este potencial. Os
alimentos frequentemente envolvidos na alergia são os que
possuem alto teor de proteínas. A proteína causadora de
alergias encontrada no ovo é a albumina presente na clara,
mas como é impossível separá-la da gema é necessário retirar
os ovos totalmente da dieta, inclusive os alimentos em que ele
aparece em pequenas quantidades.
 O ovo de galinha é um excelente exemplo de produto bem
protegido por seus parâmetros intrínsecos. Externamente,
um ovo fresco apresenta três estruturas, as quais impedem a
entrada de microrganismos de modos diferentes: a membrana
cerosa externa, a casca e a membrana interna da casca.
Internamente, a lisozima está presente na clara, que também
contém avidina, que forma um complexo com a biotina,
tornando essa vitamina indisponível para os microrganismos.
A conalbumina forma um complexo com o ferro, suprimindo a
sua utilização pelos microrganismos.
 A ovoflavoproteína retém riboflavina (vitamina B2), já a
ovotransferrina parece ser a substância inibitória da
clara do ovo que inibe a Salmonella Enteritidis. Por outro
lado, os nutrientes contidos na gema e o seu pH (cerca de
6,8) fazem com que ela seja uma excelente fonte para o
crescimento da maioria dos microrganismos.
 Os sintomas começam a aparecer de trinta minutos à
uma hora de ingestão. Na pele, aparecem placas
vermelhas que coçam; falta de ar; tontura; alterações dos
vasos sanguíneos; edema de mucosas (lábios, pálpebras e
glote); pode levar a uma queda rápida da pressão arterial,
constrição dos brônquios pulmonares e choque
anafilático.
 Pessoas alérgicas a albumina devem evitar produtos que
contenham as seguintes substâncias descritas nos
rótulos: Albumina, Ovomucóide, Ovoalbumina e
Lisozima.
3.0 – PNEUMONIA
É a inflamação do parênquima
pulmonar, associada ao
aumento acentuado dos
líquidos intersticial e alveolar.

Causas:
 Microorganismos (bactérias, vírus, fungos e protozoários);
 Broncoaspiração que ocorre por aspiração de alimentos
líquidos ou vômitos;
 Inalação de substâncias tóxicas ou cáusticas, fumaças,
poeiras ou gases.
Fisiopatologia

As bactérias chegam aos pulmões pelas vias aéreas ou,


no caso de bacteremia, através do sangue  se
instalam, se reproduzem, lesam o tecido e são atacadas
e fagocitadas pelos polimorfonucleares  os polimorfos
morrem após a fagocitose, liberando substâncias
tóxicas às bactérias e que também lesam o tecido
pulmonar  a mistura das células lesadas, bactérias e
polimorfonucleares mortos é que forma a purulência do
escarro na pneumonia.
Fatores de Riscos
 Ambientes aglomerados e mal ventilados;
 Desnutrição;
 Tabagismo;
 Imobilidade no leito;
 Risco para broncoaspiração: hérnia de hiato,
posicionamento incorreto da sonda nasogástrica ou
posicionamento no leito do paciente menor que 30
graus;
 Indivíduos imunossuprimidos;
 Condições que diminuam movimento ciliar e reflexo
de tosse;
 Falta de assepsia no ambiente hospitalar.
Principais manifestações da pneumonia são:
 Febre alta (38ºC),
 Calafrios,
 Mal-estar,
 Tosse curta e incessante.

Dependendo da gravidade da pneumonia, outros


sintomas podem aparecer, tais como:
 Cianose em lábios e leito ungueal (parte abaixo das
unhas das mãos e dos pés, estão expostos a infecções);
 Ansiedade;
 Confusão mental;
 Taquidispnéia;
 Taquisfigmia;
 Rubor facial;
 Dor pleurítica e estertores (roncos).
 Principal complicação da pneumonia: é o
acúmulo de líquido no parênquima pulmonar ou
derrame pleural.
 Tratamento é a base de antibióticos, devendo-se
evitar o uso de xaropes contra a tosse.
 Exames complementares mais utilizados é a
radiografia de tórax e a cultura do escarro (catarro).
Ações de enfermagem

 Incentivar a tosse;
 Fornecer nebulização periódica e a drenagem postural
conforme indicado;
 Realizar mudanças de decúbito com intervalos
regulares;
 Avaliar diariamente características do escarro e do
padrão respiratório;
 Fornecer oxigenoterapia quando indicado;
 Verificar sinais vitais;
 Estimular a ingestão hídrica e alimentação adequada;
 Proporcionar repouso necessário;
 Evitar a exposição de alérgenos e ao fumo;
 Administrar medicação (antibióticos, analgésicos,
antitérmicos) prescrita;
 Incentivar exercícios respiratórios gradativos, de acordo
com a condição física do cliente.
Prevenção
 A prevenção inclui vacinação, medidas ambientais.
Vacinação
 Vacinação é eficaz para prevenir certos tipos de
pneumonias bacterianas e virais em crianças e adultos.
 Vacinas contra a gripe são modestamente eficazes contra
influenza A e B.
 O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)
recomenda que todos que tem seis meses de idade ou
mais se vacinarem anualmente.
 Vacinações contra a Haemophilus influenzae e
Streptococcus pneumoniae têm boas evidências para apoio
do seu uso.
 Vacinação de crianças e adultos contra a Streptococcus
pneumoniae, leva a uma diminuição da incidência destas
infecções pois muitos adultos adquirem infecções das
crianças.
4.0 – INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

 O termo Insuficiência Respiratória, em medicina, é


usado para descrever a troca inadequada de gases pelo
sistema respiratório, resultando numa incapacidade de
manter os níveis de oxigênio e dióxido de carbono
arterial dentro dos níveis normais.
 Uma quebra na oxigenação é conhecida como
hipoxemia.
 Um aumento dos níveis arteriais de dióxido de
carbono denomina-se hipercapnia.
 A Insuficiência Respiratória é uma condição
caracterizada pela incapacidade do sistema respiratório
em fornecer oxigênio necessário para manter o
metabolismo, ou quando não consegue eliminar a
quantidade suficiente de dióxido de carbono.
A Insuficiência Respiratória Aguda pode ser uma
complicação da DPOC, ou ser causada em pessoas
com pulmões normais em conseqüência dos
distúrbios do sistema nervoso:
 Overdose de drogas ilícitas;
 Lesões cerebrais;
 Pneumonia;
 Anestesia;
 Procedimentos cirúrgicos (destacando-se o pós-
operatório imediato).
Sinais e Sintomas que caracterizam esta
complicação são:
 Dispnéia;
 Taquipnéia;
 Cianose;
 Cefaléia;
 Taquicardia;
 Arritmia cardíaca;
 Ansiedade;
 Inquietação e confusão mental;
 Crepitações;
 Sibilos;
 Hipoxemia.
Cuidados de Enfermagem
 Monitoramento da função respiratória: através do controle
dos sinais vitais, avaliação da coloração e temperatura da
pele e mucosa e do nível de consciência;
 Oxigenoterapia: colocar à disposição os materiais para
instituir a ventilação mecânica que poderá ocorrer por
exaustão respiratória e/ou alterações metabólicas
(desequilíbrio dos níveis de oxigênio/dióxido de carbono);
 Alívio da ansiedade e medo: fazer companhia,
proporcionando segurança e conforto;
 Umidificação e fluidificação de secreções: promover a
fluidificação e limpeza das vias aéreas, utilizando técnicas
assépticas se necessário aspiração de secreção de vias
aéreas.
 Mudança de decúbito: promover a mudança de decúbito em
intervalos regulares, atentando para conforto físico.
5.0 – CÂNCER DE PULMÃO

O Câncer de Pulmão consiste numa doença maligna


que acomete os pulmões, podendo ter origem primaria
nos pulmões ou secundária como as metástases de
outros tumores  o câncer pulmonar está muito
ligado ao tabagismo ou inalação de substâncias tóxicas.
 Os principais sintomas são a tosse, dor torácica e
escarro com sangue  sintomas gerais como
emagrecimento, falta de apetite, mal estar e dores
nas pernas são comuns  em casos iniciais, o câncer
pulmonar é assintomático, podendo ser encontrado
somente em exames de rotina.

 O primeiro exame a ser realizado na detecção do


câncer de pulmão é o RX de tórax  em casos
especiais somente a tomografia computadorizada de
tórax poderá sugerir o diagnóstico  após, a
endoscopia respiratória e o exame de escarro são os
exames mais indicados.
 O tratamento depende do estágio em que o tumor foi
diagnosticado  em casos iniciais, com tumores
pequenos, a cirurgia é o tratamento de escolha 
caso não seja possível este procedimento, está
indicada a quimioterapia e/ou radioterapia.
QUESTIONÁRIO DISFUNÇÕES
RESPIRATÓRIAS
 Quais são as causas de uma Disfunção Pulmonar ?
 O que você entende por Enfisema Pulmonar e quais são os
sintomas e os fatores de riscos?
 Quais são os meios de diagnósticos para se detectar um
Enfisema Pulmonar?
 Cite 05 (cinco) cuidados de enfermagem para Enfisema
Pulmonar?
 Qual a diferença da Bronquite Aguda para a Bronquite
Crônica?
 Cite 05(cinco) sinais e sintomas de Bronquite?
 Cite 05(cinco) fatores desencadeantes de Bronquite?
 Quais são as complicações da Bronquite Crônica?
 Cite 05 (cinco) cuidados de enfermagem para Bronquite?
 Quais são as causas e os fatores de riscos desencadeantes da
Pneumonia?
 Quais são os principais sintomas da pneumonia?
 Qual a principal complicação da pneumonia?
 Porque ocorre o risco de broncoaspiração na
Pneumonia?
 Cite 05 (cinco) ações de enfermagem para pacientes
com Pneumonia?
 O que você entende por Insuficiência Respiratória?
 O que corresponde hipoxemia e hipercapnia na
Insuficiência Respiratória?
 Quais são os sinais e sintomas que caracterizam uma
Insuficiência Respiratória?
 Cite 05 (cinco) cuidados de enfermagem na
Insuficiência Respiratória?
 Defina os termos técnicos abaixo:
 Sibilos; Catarro mucóide; Alérgenos
 Hemoptise; Taquisfigmia; Dispnéia

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