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O ECUMENISMO E O$ BATISTAS Dr. ANIBAL PEREIRA REIS EX-PADRE um BRADO DE ALERTA Dey ale) PERIGO DO MESMO AUTOR: — CRISTO? SIM! PADRE? NAO!!! (34 Edigdo) UM PADRE LIBERTO DA ESCRAVIDAO DO PAPA (24 Edicio — esgotado) O PAPA ESCRAVIZARA OS CRISTAOS? (2." Edigio — esgotado) A SENHORA APARECIDA, outro conto do vigirio (3" Edisio) A SENHORA DE FATIMA, outro conto do vigirlo (2* Edlgio) ESTE PADRE ESCAPOU DAS GARRAS DO PAPA!!! 0 VATICANO E A BiBLIA PODER-SE-A CONFIAR NOS PADRES? AOS “ORISTAOS” QUE NAO CREEM NA DIVINDADE DE CRISTO ESSAS BIBLIAS CATOLICAS!!! RENTE, LEIA A BIBLIA © ECUMENISMO: SEUS OBJETIVOS K SEUS METODOS A BIBLIA TRAIDA ae EDICOES “CAMINHO DE DAMASCO” ‘CAIXA POSTAL 11.755 01000 — SAO PAULO INDICE Pego a Palavral ........0.e0ceecs eas state rants As Razies porque Pego a Palavra e Quero ser ouvido ........ O Mais Potente Petardo do Arsenal Pontificio ........ sees Objetivo Concentracionario do Eeumenismo .............++5 Os Batistas perante o Vaticanocentrismo Os Batistas Brasileiros na Mira do Ecumenismo A Meta Diabéliea do Ecumenismo gs “E agora niio é mais facil Evangelizar Sugestées Praticas de um areebispo e a amarga experiéncia de um Pastor 0 Sorriso do Jacaré ¢ o Abrago de Harada A Convengio Batista Brasileira Enredada pela Agio Ecumenis- tizante Apéndice: Para os Batistas de Hoje .........0:00eeee ees 13 16 20 25 33 37 41 48 oe | PECO A PALAVRA! INUTIL SOLICITA-LA numa das reunides das mossas essembléias conveneionais. Negar-m’a-io como a quero e preciso. Essa circunstaneia, porém, 6 providencial! Verba volant, scripta manent! As palavras voam, desyanecem- se. Diluem-se como soido. E ja se definiu a meméria como a facul- dade de esquecer. O escrito permanece e pode ser, pela leitura, relembrado a qualquer momento. NINGUEM ME MOLESTE! TRAGO NO CORPO AS MARCAS DO SENHOR JESUS CRISTO. Niio é figura de retérica! ‘Trago-as mesmo e come troféus, Antes de deixar o sacerdécio romano, no palécio de um bispo, fui seviciado. Torturado. Surrado. Espancado, Aleijado!!! Despo- jedo do maior e mais inefavel direito humano. . . Pelo clero tenho sido vilipendiado, injuriado, difamado, calunia- do... Por éle levade a TRIBUNAIS ¢ enxovalhado com deniincias falsas... O meu sofrimento por causa do Evangelho me confere uma auto- ridade incomum, impar, excepcional, para, nesta hora de comodismos, pedir a palavra a fim de dizer aos batistas do Brasil o que devem saber. Se depois quiserem prosseguir pelo atalho tomado, estarei isento de quaisquer compromissos. Eximir-me-ei, outrossim, da responsabilidade mesmo perante os que nfo Jerem estas paginas porque existe a ignorancia culposn a onerar sub grave. ee & Ao padre que se afasta do sacerdécio em vista do casamento, se submisso a hierarquia clerical, os bispos amparam com bons cargos. Ao padre que assume essa atitude por se converter a Jesus Cristo, o tratamento é diferente, Com os primeiros a prépria imprensa se preocupa em seus noti- cidrios. E para com os outros a sociedade reserva o maior desprézo. Transforma-os numa verdadeira abjecio.. . Abjecio inclusive para muitos evangélicos comprometides com 9 mundo. Reconhego valor positive nas medidas de prudéncia adotadas com relagio a mim no inicio do meu ministério, Assim fizeram com Paulo Apéstolo (At. 9:13-14). “E, quando Saulo chegou a Jerusalém, pro- curava ajuntar-se aos discipulos, mas todos o temiam, nao crendo que fosse diseipulo (At. 9:26). Paulo, todavia, teve um Barnabé (At. 9:27). Deus, ao querer experimentar-me, deixou-me sem um Barnabé. . . Mas, Ele sabe como sofri,.. Como tenho sofrido! Qs meus anos de ministério, porém, credenciam-me 4 absoluta eonfianga. E aquela atitude anterior de reserva, hoje ja mao se jus- tifica, E verdade que os ex-padres vindos para o nosso meio sempre foram suburbanizados, (Por que motivos? Justos é que nio sao!) Se fésse o contrario, o Dr. Giégia Martins teria sido muito melhor aproveitado para a Causa, Quem podera deslustrar o seu valor? Além de haver pronunciado muitas séries de conferéncias no territério brasileiro, onde encontra- mos tantos convertidos pela sua instrumentalidade, & frente da Pri- meira Igreja Batista do Bris, em S. Paulo, em 17 anos, levou-a a 6 organizar mais de vinte outras igrejas, Ao seu tempo, quem féz seme- Thante? E por que no o aproveitaram melhor? Diz-se que a Histéria é a Mestra da Vida. Sera que a Historia luminosa de Giégia Martins se reduzin & insignificdncia de uma foto- grafia na parede de uma das salas do templo da sua tltima igreja ¢ da Junta do Estado de S. Paulo? Ela nao nos oferece ligdes? * ok Nao almejo nenhum pésto na ctipula denominacional. Longe de mim a pretensio de participar de qualquer easta de privilegiados. Como padre reeusei os dois convites vindos diretamente de Roma para ser bispo €, por varias vézes, as oportunidades de receber titulos hono- rificos. Estou fartissime de politica eclesidstica. E sei que nos redutos evangélicos ela é muito pior do que entre o clero catélico romano. MINHA UNICA E ILIMITADA AMBICAO FE PREGAR 0 EVANGELHO PARA A SALVACAO DOS PECADORES. Em 1971, nas campanhas em que preguei, Deus me abencoou com mais de seis mil decisées, Qual outro missiondrio do Evangelho assim tio aben- goado? Sinto, porém, o desprézo por parte de instituigSes corrompidas e igrejas comprometidas com a sociedade que néo querem desagradar. . , Comprometidas com a amizade de bispos romanos os quais nfo querem melindrar... Comprometidas com a onda ecumenista, . . Receiam abrir-me suas portas para pregur o Evangelho.,, “Des- conhecem” a minha literatura. Atiram ao siléncio as minhas cir- culares, , . Tadas me sie conhecidas. Desejo-lhes retérno ao bom caminho. Do contrario, prognostico-lhes derrocada total quando, para serem sin- ceras — se pelo menos [hes sobrar um resquicio désse sentimento — deverao arranear dos seus frontespicios o letreiro “Igreja Batista” para colocar em seu lugar éste outro: “Clube Social...” “eu 8 A sevicia do clero ou o desprézo de alguns evangélicos.,, A vio- léneia dos padres ou a viruléncia de certos pastéres, .. O enxovalha- 7 mento ou o siléneio,.. Nada disso far-me-4 perder a perspectiva do evangelismo, Mas tudo isso aumenta emi meu intimo a capacidade de sacrificio e de combatividade. E ativa a minha ousadia para pregar o Evangelho doa em quem doer... E acende na minha alma o fas- cinio contagiante de uma fé inquebrantavel no poder do Evangelho. SAO PAULO, na oportunidade da instalacdo da 54.4 Assembléia da CONVENCAO BATISTA BRASI- LEIRA, aos 19 de Janeiro de 1972. AS RAZOES PORQUE PECO A PALAVRA E QUERO SER OUVIDO PRIMEIRA: A Determinagio de Deus. Aeomodar-me por receio de desagradar alguém seria trair minha consciéneia ¢ a fidelidade devida por mim a Soberana Vontade de Deus. Se Jesus Cristo é 0 meu Senhor, cumpre-me submeter-me a Sua orientagio impostergavel, SEGUNDA: A convicedo que me vinculou a uma Igreja Batista, Convertido em 8 de novembro de 1961, afastei-me do ministério eclesidstico romano em 12 de maic de 1965. Trés anos ¢ meio apés! Prenderam-me ao catolicismo por todo ésse tempo varios motivos, dentre os quais o desejo de reformar a religiio do meu sacerdécio. Falava-se muito em “aggiornamento”, atualizagio, ¢ em retérno as fontes a serem empreendides pelo Concilio Ecuménico Vaticano I, euja preparagio se intensificava e se apressava, Pereebendo posterior- mente a inviabilidade désses propésitos como eu os concebia e nio suportanto mais a situagdo que me obrigava a praticar, como sacerdote, as fungGes nas quais nao cria, em consciéncia senti-me na necessidade de retirar-me. Mas para onde ir? A que grupo religioso ligar-me? 9 oe Nessa cireunstincia fui examinar em livros catdlicos eseritos para combaté-las, as doutrinas distintivas de cada denominagie evangélica e protestante. Ao estudar as doutrinas caracteristieas das Igrejas Batistas, veri- fiquei a sua concordincia com o Néyo Testamento mdxime quanto 4 eclesiologia ¢ a tealogia da salvagao. Pelo fato de, em minhas idas a Santos, Estado de 8. Paulo, ao celebrar missas na catedral romana situada na Praca José Bonificio, haver notado o templo da Primeira Igreja Batista daquela cidade, loca- lizado na mesma Praga, resolvi, destituido de qualquer apresentagio, procurar o sew pastor. Em certa noite dos meados de novembro de 1964, fui procurd-lo deseonhecendo-Ihe inclusive o nome. ‘Ao invés de fezer-me éle perguntas, quem as {@x fui eu. Queria cetlificar-sme das doutrinas e praticas adotadas por aquela Igreja a ver se concerdavam com aquilo que eu entendia como batista. E ao cons- tatar essa identidade, num culto de domingo, atendi ao apélo, fazendo minha publica decisao por Cristo e 15 dias apés submeti-me ao batismo biblico. Durante os trés anos ¢ meio permanecidos no exercicio do sacer- décio eatdlico depois de minha conversio, que, alids se deu exclusiva- mente pelo exame das Sagradas Fscrituras, estudei-as com afinco. Devo ressaltar quatro aspectos muito importantes que, dentre outres, me chamaram a atengao as Igrejas Batistas: 1° — O seu espirito eclesial ao reconhecer na Igreja Invisivel o Corpo de Cristo, de que fazem parte todos os salvos e que se mate- rializa ou se torna visivel, para atender as reclamos de nossa persona- lidade composta também de matéria, em Igrejas locais. Organizam-se estas como repiblicas auténomas, independentes ¢ demoeraticas, 2° — O batismo de erentes ¢ por imersio. 3° — O apégo & Biblia como Palavra de Deus. As Igrejas Ba- tistas aceitam a Biblia, nio apenas como contendo a Palavra de Deus, mas coma Palavra de Deus, a Fonte Plena, Completa e Uniea da Reve. lacéo Divina, a dispensar quaisquer outras fontes rotuladas com titulos pomposos como tradigio patristica ou magistério eclesidstico. 4.° — A énfase dada 4 soterologia, ou seja, ao plano de salvagio do peeador exclusivamente pela fé em Cristo, o Unico ¢ Todo-Sufi- eiente Salvador. 10 Absolutamente fora da minha vinculagjo a uma Igreja Batista © aventureirismo, o oportunismo e o acaso. E ninguém me ESTOU NUMA IGREJA BATISTA POR ABSOLUTA CONVICEAD. Suponho que s6 éste fato me daria autoridade suficiente para tratar de assunto, objeto déste pequeno livre. TERCEIRA: O mew crédito diante das Igrejas Batistas. Eis 0 outro fator sumamente importante porque pego a palavra @ quero ser ouvide. O meu crédito lastreado num ministério de varios anos. Vividos e vividos! Ao dar os primeiros passos no sentido de deixar o ministério sacer- dotal romano, foram-me oferecidas excelentes oportunidades de traba- Iho porque além de ser formado om teologia por uma faculdade da Pontificia Universidade Catélica de S. Paulo, fiz o curso de Ciéncias Juridieas e de Psicologia em escolas superiores. A todos recusei, inclu- sive um pastorado local de dois anos, a fim de atender o chamado do Senhor para o ministério de pregador ambulante do Evangelho. Ne- nhum outro interésse e nenhuma outra preocupagio me envolvem senfio ade ir, qual cigano do Evangelho, de cidade em cidade, proclamando que SO CRISTO SALVA O PECADOR! No cumprimento désse ministério tenho renuneiado o conférte justo e humana da permanéneia no lar, enfrentade duras perseguipdes gastado cnergias em longas viagens, arriscado minha saide jé comba- lida por uma dificuldade cardiaca congénita. Sinto-me, porém, com- pensado — e altamente compensado! — com os frutos de milhares e milhares de conversées através désse ministério totalmente submisso ao Espirito do Senhor, inteiramente consagrado i gléria de Jesus ¢ absolutamente voltado e votado para a selvagio das almas. Jamais pleiteei posigdes de mando ou de direcio em nenhum de- partamento denominacional. Desiludido de téda e qualquer politica eelesidstica, nunca ambicionei a tutela de qualquer pésto. Jamais o amparo financeiro de qualquer érgio da Convengio Batista Brasileira veio ao encontro das minhas necessidades materiais. Sinto-me cabalmente capacitade para expender esta mensagem ao pove hatista do Brasil numa hora de tanta confusio religiosa a estontear os imaturos ¢ sentimentaldides. i QUARTA: © mew passado de sacerdote romano. Quinze anos e meio de sacerdécio ocupando virios cargos de cle- vada importancia, apés haver feito todo o curso do semindrio onde o estudo é levado a sério. Por dentro, pelo estudo e pela experiéneia, conhego o catolicisma romano: suas doutrinas, suas praticas, seus métodos, seus objetivos, sua politica, sua organizacio, suas taticas e suas manhas. * * & Todos ésses motivos me oferecem autoridade para transmitir esta mensagem. Esorita com ardor caracteristico de um apaixonado pela Causa que abragou, de modo algum, ela eseapa da realidade objetiva dos fatos. Ela deve, por isso, ser analisada & luz désses sinais, Esta mensagem 6 um clamor. Clamor angustiante de quem as- siste o terrivel envolvimento de que é vitima o povo batista. Ela deve, entio, ser ouvida com a mesma sinceridade com que foi eserita. E, outrossim, uma séria adverténcia! Deve, portanto, ser meditada e acatada antes que seja tarde de- mais. De uma coisa estou seguro. Acata-la-fio e acautelar-se-do os AJUI- ZADOS, Eos fatos se encarregario de nos dar razio diante dos insensatos autosuficientes, 12 O MAIS POTENTE PETARDO DO ARSENAL PONTIFICIO SE O Vaticano é um prodigioso laboratério de alquimia em eujas retortas, a passe de magica, se criam dogmas e preceitos, trans- formou-se também num verdadeiro ¢ fabuloso paiol a armazenar as armas mais cruéis. De seu labirinto sairam os instrumentos da Inqui- sigio, célebre pela perversidade. Nesta época, porém, quando se generalizou a estupidex humana porque a maioria, supostamente esclarecida pelos noticidrios resumidos da imprensa “dirigida”, quer falar e discorrer sabre todos os assuntos sem entendem nada de nada, a hierarquia clerical tem na BOMBA D — A BOMBA DA DESINFORMACAO — seu mais potente petardo. O catolicismo romano se beneficia formidavelmente dessa bomba super-potentissima, capaz de demolir tada e qualquer barreira levantada para lhe interceptar as pretenses. A sua espetacular réde de emissoras — ja ascende a mais de 200 — espalhada por todo o Pais, se encarrega de servir-lhe ao oportu- nismo, atirando a fantastica BOMBA D em tédas as areas ambicionadas por sua ganancia pantagruélica. Os crentes desinformados sobre os reais objetivos do ECUME- NISMO e de suas titicas prestam-Ihe um servigo valiosissimo, Trans- formam-se em seus instrumentos para derribar os obstdculos e abrir- Ihe o caminho livre e desimpedido. 13 — FR an Promovem-se is vézes estudos sdbre doutrinas herétieas: russelita, sabatista, astrologia, rosa-cruz... Sébre catolicismo, nada! Quando esta doutrina é a base de tédas as outras. A hierarquia romana aprecia sobremodo &ste nosso desinterésse em conhecer-The a teologia. Desinformados, os crentes se prestario com mais eficiéncia 4a suas manhas, O romanismo niio cede em seus dogmas, mas as suas tdtieas mudam e sio CAMALEONICAMENTE aplicadas de acérde com as cireuns- tancias. Por isso hd pessoas que afirmam ser o catolicismo na Holanda, por exemplo, bem diferente do catolicismo na Italia. Engano! Eo mesmo. Em cada regifio éle se amolda 4s circunstincias para melhor se impor. Ha uns anos pasgados um missiondrio norte-amerieano me infor- mava ser © romanismo em sua terra totalmente diverso em relagiio ao posto em pratica aqui no Brasil. Que o eatolicismo Id nfo é tio gros- seiro nem gupersticioso. Dizia-me que 1d nos Estados Unidos também © catolicismo sofre a influéncia da Biblia (777), de sorte que jamais le vira uma procissio nas ruas de sua cidade e nem uma imagem & beira das estradas. Meses depois aquéle missiondrio foi passar um ano em sua patria e, ao voltar, fui proeuré-lo. Nunea visitei aquela nagio. Sei, contudo, qual o interésse do Vaticano sébre ela. Sei quais as suas manhas para se infiltrar ¢ depois minar a vida religiosa daquele povo. De regresso, aquéle irmio me contou, estarrecido, as novidades encontrada em sua terra. Ele viu procissées nas ruas da sua cidade, cuja populagio ja acha normal. Vin nichos iluminados com imagens nos terragos de muitas residéncias. Viu “nossa senhoras” & beira das estradas, Viu flamulas e imagens de “sao Cristovdo” (e j4 estd cas sado!) em automéveis. Minha gente, o catolicismo nio muda, Eo mesmo. A sua apa- rente diferenga de regio para regife 6 por simples manha. Ele nao é influenciado. Nem influenciavel! As vézes so submete tempoririamente para se infiltrar, minar dominar. Exemplo disto — e desgragadamente exemplo bem frisante — esté nos Estados Unidos! 14 © romanismo sabe aproveitar-se da simplicidade alheia o da desin- formagao para envolver e permear os ambientes visados pela sua ga- nancia. Jamais a BOMBA D — a da desinformacao — foi utilizada como hoje ¢ com os mais espetaculares e surpreendentes resultados. Generalizou-se, sob a explosio dessa bomba D, a impressio de que o Concilio Eeuménico Vaticano If assumin a incumbéncia da re- forma das estruturas eclesidsticas cedigas, moldando-as & conjuntura atual, bem como a reformulagio de sua dogmatiea objetivando eseoi- marse de certas teses por frea de circunstancias assimiladas, contrarias as Eserituras. A BOMBA D, langada nos redutos batistas, explodiu causando rombos enormes por onde, em aluyide, penetram as lavas medonhas do ecumenocentrismo, E se URGENTEMENTE nao erguermos comportas que barrem essa inundagio, dentro de pouquissimo tempo, constituirnos-emos em irrisio ¢ escdrnio para a nuvem de testemunhas da Fé alcandorada pelos nossos antepassados. Se depois da leitura destas paginas, os hatistas brasileiros continua- vem atordoados pelo tonitroar da BOMBA D, ASSUMIRAO TODA A RESPONSABILIDADE DA MAIS VILIPENDIOSA TRAIGAO PER- PETRADA CONTRA O EVANGELHO, 15 OBJETIVO CONCENTRACIONARIO DO ECUMENISMO IMPOSSIVEL ENFOCAR-SE 0 assunto sem se levar em conta a grande linha diviséria entre 0 Evangelho e o paganismo. Enquanto o Evangelho requer para a slvagio do pecador exelu- sivamente a sua fé, a sua confianea, em Jesus Cristo, como UNICO E TODO-SUFICIENTE SALVADOR, cujos méritos decorrentes do Seu Sacrificio na Cruz sio de valor infinito, o paganismo ensina a neces- sidade das “boas obras”. Entre o catolicismo e o paganismo a diferenga consiste apenas no aspecto da nomenclatura. ; Com efeito, o catolicismo exige, acrescidas & fé em Cristo, as obras: esmolas, peniténcia, ritos, sacramentos, devogGes, igreja, guarda de certos dias etc. Nega, evidentemente, a Todo-Suficiéncia do Sacri- ficio de Cristo, porquanto exige-lhes as achégas de ritos cabalisticos (sacramentos), da cooperagio de outros personagens (santos), da ajuda de Maria, da interferéncia da hierarquia clerical, do fogo acrisolador do purgatério, do poder das indulgéneias e do concurso do proprio Fecsamr. ome tia rence ie Como decorréncia ldgica désse principio basilar cujas raizes histé- ricas se fincam na manifestagio dos judaizantes (At. 15:1,5; GL. 2:11- 14), a teologia catélica recusa a seguranga eterna de salvaga 16 Aquela vida eterna prometida por Cristo, segundo essa dogmatica, é transitéria porque o pecador perde-la-d com os seus pecados “mortais”. E, outrossim, intermitente, pois, se perdida, readquitirse- modiante 9 sacramento da confissio. Ocorrendo, ainda a sua perda, a reconquista se efetivard pelo mesmo proceso sacramental. Uma espécie de gan- gorra! Nesse caso, lagicamente, a salvagio depende do préprio pecador. O nome de Jesus Cristo serve simente para pretextar 0 nome de cristianismo. O catolicismo, por conseguinte, ¢ o préprio antievangelho naseido com os judaizantes ¢ estendido séculos em fora. 0 catolicismo adultera o Evangelho. O catolicismo abastarda o Evangelho. 0 catolicismo altera o Evangelho. 0 catolicismo degenera © Evangelho. © catolicismo carrompe o Evangelho. 0 catolicismo envilece o Evangelho. Deturpa-o! Avilta-o!!! © catolicismo anula o Evangelho!!! POR ISSO, O CATOLICO NAO & CRISTAQ!!! Nenhum pecador jamais poderd encontrar no catolicismo a sal- vagaée. Para o catélico Cristo de nada aproveita (GL. 5:2). Pois bem, tédas as seitas, embora masearadas de cristianismo, a0 requererem o concurso de adendas fé em Cristo para que alguém se salve (???), fazem parte do catolicismo. Este catolicismo se divide em intimeras seitas: a igreja romana, a igreja grega ortodoxa, a igreja ortodoxa russa, a igreja anglicana, a igreja Juterana, a igreja catéliea argentina, a igreja catdlica venezne- lana, a igreja catdlica polonésa, a igreja catdlica japonésa, a igreja eatdlica de Antioquia e muitas outras. No Brasil, além da romana, ha ainda a igreja eatélica brasileira, a igreja catdlica restaurada, a igreja catélica livre, a igreja catéliea unida, a igroja catélica americana. Para melhores esclarecimentos reportamos os nossos leitores a0 cae pitulo IT do nosso livra: O ECUMENISMO: SEUS OBJETIVOS E SEUS METODOS. O catolicismo € tio insidioso que tem seitas inclusive nos grandes grupos do protestantismo histérico e até entre o3 evangelicas, pois entre os prdprios batistas ha uma ala que reconhece a possibilidade da perda da salvagéo por parte do crente. Ora, se éste pode perder a salvacio, insistamos, € porque essa salvagio depende do coneurso do préprio 17 pecador. Ei salvagio pelas obras! Esta doutrina é antievangéliea! eatolicismo!!! * kk De tédas as seitas catélicas a mais importante pelo seu nimero de adeptos, pelas maiores areas de sua influéneia, pelo seu fabuloso poder econémico-financeiro, pelo seu poderio politico, pela sua estrutura cle- rical é 0 catolicismo romano, cuja sede central se constitui num pais soberano ¢ independente: 0 Vaticano. Ao pretender a revivescéneia das idéias e sentimentos do Imperia- lismo Eeuménico de Roma, o eatolicismo romano corrompe e desvirtua © conceito da eelesiologia neo-testamentaria, transformando o papa — o seu César Augusto — em fundamento visivel da sua unidade ecumé- nica. Sébre éste assunto de teor histérico, o capitulo II do nosso livro O PAPA ESCRAVIZARA O$ CRISTAOS? revela identidade entre os dois imperialismos ecuménicos: 0 romano e 0 pontificio. Considera-se » papa ou sumo pontifice 0 vigdrio de Cristo reves- tido com caracteristieos podéres (govérno, jurisdigio © magistério) & com o dom da infalibilidade. Como césar de uma hierocracia, a mais importante da terra em virtude do seu poderio politico-financeiro ¢ na petulancia de ser o sucedéneo da organizagio do Império Romano, PLETEIA O PAPA A UNIDADE ORGANICA DE TODAS AS OUTRAS SEITAS CATO- LICAS SOB A SUA AUTORIDADE. O ECUMENISMO TEM COMO TAREFA MOBILIZAR TODOS 0S EXPEDIENTES EM VISTA DESSE OBJETIVO UNIONISTA. 0 cardeal Ernesto Ruffini, na assembléia de 18 de novembro de 1963 do Coneilio Vaticano IT, assim definiu — e muito bem — o ecumenismo: “UM APOSTOLADO ESPECIAL PARA A OBTEN- CAO DA UNIDADE SOB A AUTORIDADE DO PAPA”, O primordial intento do ecumenismo ‘é levar as areas catolicas distantes da comunhio romana a se renderem ao olimpo do Vaticano, o papa, o CENTRUM UNITATIS (0 centro da unidade). De grande valia ¢ a leitura dos nossos livros sébre o assunto: O PAPA ESCRAVIZARA OS CRISTAOS? e 0 ECUMENISMO: SEUS OBJETIVOS E SEUS METODOS. Néles, com farta documentagio, demonstramos o intento concentraciondrio do Vaticano ao propor aos 18 catélicos dissidentes de Roma se integrem na sua comunhao por reco- nhecer no papa o centro polarizador da unidade ecuménica. “O RO- MANO PONTIFICE, COMO SUCESSOR DE PEDRO, E O PER- PETUO E VISIVEL PRINCIPIO E FUNDAMENTO DA UNIDADE QUER DOS BISPOS QUER DA MULTIDAO DOS FIEIS” (Consti- tuigao Dogmatica Lumen Gentium, § 23). * & # Supdem os desavisados e os queimados pela BOMBA D haver vérios ccumenismos, inclusive um entre os evangélicos e protestantes encampado pelo Consilio Mundial de Igrejas. Engano! Téda a ago ecuménica — TAMBEM A EMPREENDIDA NAS AREAS PROTESTANTES — se encaminha inexoravelmente para o vaticanocentrismo. Prova-o a propria curta histéria do movimento ecumenista entre os protestantes (cf. o eapitula XV do livro 0 PAPA ESCRAVIZARA OS CRISTAOS? ¢ o capitulo III de O ECUMENISMO: SEUS OBJE- TIVOS E SEUS METODOS). Prova-o o proprio Consilio Mundial de Igrejas por meio do 2° Relatério do Grupo Misto de Trabalho, composto de protestantes ¢ caté- licos, 20 enfatizar repetidamente que “o movimento ecuménico & tinico”, Alids, o seoretézio geral désse Consilio, Carson Blake, ao saudar Paulo VI quando de sua vista, em 10 de junho de 1969, & sede dessa instituigao ecumenista, declarou: “a visita de yossa santidade é signi- ficativa, pois proclama a téda a Tgreja e ao mundo todo que o movi- mento ecuménico avanga a passos cada vez mais largos e conscientes em diregio da unidade da Igreja”. Mediante fatos e documentos, nos capitulos III e VII do livro 0 ECUMENISMO: SEUS OBJETIVOS E SEUS METODOS, de nossa layra, demonstramos que A MARCHA DO CONS{LIO MUNDIAL DE IGREJAS PARA ROMA E INTERCEPTAVEL HAJA VISTA SER UNICO 0 MOVIMENTO ECUMENICO QUANTO A SUA META VATICANOCENTRISTA. 19 OS BATISTAS PERANTE O VATICANOCENTRISMO E DO conhecimento dos batistas brasileiros a atitude oficial da CONVENCAO BATISTA BRASILEIRA quanto ao objetivo vaticano- centrista do ecumenismo. Na sua 50.* Assembléia Anual, celebrada em janeiro de 1968 na cidade de Fortaleza, votou-se uma longa mogio antiecumenista. No Conclave de janeiro de 1969, reunido em Niterdi, o seu ora- dor oficial, Dr. Ebenézer Gomes Cavalcanti apresentou a tese: OS BA- TISTAS E 0 ECUMENISMO, posteriormente enfeixada em livro edito- rado sob o mesmo titulo pela Casa Publicadora Batista, arrematada com a seguinte conclusio: “Os batistas do Brasil, fiéis & Biblia e coerentes com sua firme posi¢io doutrindria e intransigentes na manutengio de seus principios, recusam participar das atividades diretas ou indiretas do movimento ecuménico pré-unidade crista”. Segundo a MENSAGEM DOS BATISTAS PARA O MUNDO ATUAL, do Dr. J. Reis Pereira, inserida nos Anais da 52.* Assembléia, acontecida de 21 a 28 de janeiro de 1970, “A primeira tomada de posigao da 52." Assembléia da Convengao Batista Brasileira foi contra © movimento ecumenista. Por mais de uma vez e pela palavra de dezenas de oradores, a Assembléia manifestou-se contra éssc movi- mento que, sob a aparéncia de amor cristio ¢ boa vontade evangélica conduz, entretanto, para o desfiguramento do Cristianismo de Jesus 20 Cristo. Do que se ouviu nesta Assembléia, podemos deduzir, sem pos sibilidade de duvida, que os batistas brasileiros sio contra o ecume- nismo”. Com efeito o batista rejeita 0 ccumenismo quanto 4 sua pretensio unionista, concentracionaria, por muitas, profundas ¢ intransponiveis razées. Ressaltaremos apenas duas, entre as tantas, de ordem dow trindria, PRIMEIRA: A de aspecto soterolégico. Os batistas admitem intransigentemente a sola fide. A salvagio provéem exclusivamente pela fé em CRISTO, UNICO E TODO-SUFI- CIENTE SALVADOR. Segundo as Escrituras, como Unico Salvador, Jesus Cristo pres- cinde de adendas, de achegas, de aditamentos, de suplementos, de algo mais, a0 Seu Sacrificio de valor infinito. Suacrificio, portanto, Irrepe- tivel. Irrenovavel!!! Desaprovam o ecumenismo concentraciondrio porque recusam o antievangelho! SEGUNDA: A de ordem eclesioldgica. Absurdo aceitar o concentracionarismo ecumenista por quem reco- nhece a organizacio eclesial neo-testamentiria. Da IGREJA UNI- VERSAL INVISIVEL — o Corpo de Cristo — fazem parte todos os salvos por Cristo. E somente os salvos. Como povo de Deus, enquanto peregrinos neste mundo, éles se congregam em igrejas, que & seme- Thanga de repiblicas, sio auténomas ¢ independentes entre si, ¢ se go- vernam por si mesmas em regime democratico, A unio com Deus, portanto, é que produz a verdadeira unidade espiritual entre os salvos pela fé em Cristo Jesus, Ele, a Unica Religiao, é 0 Unico Centro Magnético a atrair e a unir todos os cristios! “Todos vs sois um em Cristo-Jesus”! procla- mava Paulo (Gl. 3:28). E éstes, enlagados espiritualmente na imensa unidade da Familia dos filhos de Deus (II Pd. 1:4) — a IGREJA ESPIRITUAL E INVISIVEL — na aspiracio de gozar da Face de Deus ¢ sentir a presenga amordvel do Salvador (Mt. 18:20), de fo- mentar o amor fraterno (At, 2:42,44,46) ¢ multiplicar o mimero dos salvos (At. 8:1; Gl. 1:22 e I Ts, 2:14) se agrupavam em comuni- 21 dades locais, democraticas e independentes entre si, denominadas de IGREJAS (At. 15:41; 16:5; Rm, 16:4,16; I Cor. 7:17; 11:16; 14: 38,34; 16:1,19; IL Cor. 8:18,19,23,24; 11:8,28; 12:13; Gl. 1:2,22; I Ts, 1:4; Apoc, 1:4,11,28; 2:7,11,17,23,29; 3:6,13,22; 22:16). Congregados em igrejas, os salvos se unem no amor de Jesus Cristo, pois a autonomia das igrejas nao monta harreiras entre éles, como as diversas ¢ muitas familias constituidas pelos liames de sangue nio dividem a sociedade, mas a compéem. Todas as igrejas se enten- dem e cooperam mittuamente por se subordinarem ao seu UNICO LiDER, JESUS CRISTO! Na vivénein eclesial, que nfo se eircunsereve apenas aos atos de culto, mas se derrama em todas as suas atividades, os salvos devem se emular no cumprimento do “amai-yos uns aos outros”. As dissensées acontecidas provém da nossa miséria humana ¢ nfo por qualquer falha do plano eclesial neo-testamentario, Alids, as dis- aensdes no seio dos imperialismos religiosos atrelados & autoridade de um papa, ou de um patriarca, sio muito mais sérias porque prove- nientes de ambigdes politicas. Unidos a Cristo pela graca salvifica e, por isso, unidos entre si pelo amor, eujo protétipo é a unidade entre o Pai e o Filho, os salvos, congregados nas assembléias locais, testemunham perante o mundo. Um em Cristo, os salvos tém a incumbéncia de revelar em ati- tudes o seu amor mituo para que o mundo creia que Jesus é 0 enviado do Pai (Jo. 17:21). “Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a y6s, que também uns aos outros vois ameis. Nisto todos conhe- cerfio que sois Meus diseipulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo, 13:34-35). A unidade estabelecida por Cristo acontece na estrutura espiritual da Sua Igreja por ter ela o préprio Cristo como cabega ¢ fundamento (Ef. 5:23; I Gor. 3:11), Fora de Cristo nenhum nome podera aglutinar os salvos! Nem um soberano religioso identificado com os podéres e as riquezas da terra. Em Cristo o amor sobrepuja tédas as arestas e vence tédas as barreiras, ultrapassa tédas as distancias e supera todos os desnivelamen- tos sociais. Em Cristo — e somente em Cristo — 0 amor promove o inefavel relacionamento de todos os salvos porque nfle crentes. 22 Em Cristo — e somente em Cristo porque, pelo amor, nFle os salvos esto — se efetiva por parte do Pai o atendimento de Sua suplica: “Pai Santo, guarda em Teu Nome aquéles que Me deste, para que sejam um, assim como nés” (Jo. 17:11). Guardados no Nome Santo do Pai — e nfo no nome de um impe- riulismo religioso — é que os salvos se congregam naquela unidade estabelecida pela amoravel atragio do Salvador. A causa exemplar dessa unidade, alias, é a propria unidade espi- ritual, indefectivel e eterna, entre o Pai e o Filho. “Para que tedos sejam um, como Tu, 6 Pai, O és em Mim, e Eu em Ti; que também ELES SEJAM UM EM NOS: Eu néles, e Tu em Mim, para que éles sejam perfeitos em unidade...” (Jo. 17:21 e 23). se & Estes principios eclesiolégicos sempre com insisténcia lembrados acautelarao os batistas DIGNOS DESTE NOME quando convidados para reunides ecuménicas de oracio pro unitate. A vista da eclesiologia neo-testamentaria essas reunides se consti- tuem em ridiculo, pois nao se pode pedir a Deus uma coisa que con- trarie frontalmente a Sua Vontade ¢ o Seu Plano eclesial. Eo que se diré da presenca de pastéres batistas em reunides de oragio pro unitate como ocorreu na Guanabara ainda em 1971? Foram rezar pela fusio de tédas as igrejas numa sé Grande © Uniea Igreja Universal Visivel debaixo da autoridade do papa: centrum unitatis. Foram implorar pela autoeracia papal!!! Nao é 0 cimulo da quadradice? Da pratrazex? _* & Inviavel, 4 luz das suas doutrinas, a aceitagaio por parte dos ha- tistas do ecumenismo enquanio marcha para o vaticanocentrismo. A imiscibilidade, no caso, ¢ decorréncia Iogica, racional, de seus prin- cipios. Na sustentagiio dos seus principios caracteristicos — consentaneos, repita-se, com o Névo Testamento e com téda a Biblia! — em suas assembléias nacionais, éles t@m votado mogées anticcumenistas. NA PRATICA, TODAVIA, OS BATISTAS BRASILEIROS DES- GRACADAMENTE COMPROMETEM-SE COM A AGAO ECUME- 23 NICA. ACEITAM E FAZEM, QUAIS INOCENTES UTEIS, A JO- GADA ECUMENISTA. oe # Perdocm-me! Ali no lugar de INOCENTES UTEIS quase que coloquei QUINTA-COLUNAS. e a & Neste sentido ¢ que éste livro se constitui num brado de alerta. E a clarinada de um atalaia convocado e posta por Deus sdbre as mu- talhas dos nossos arraiais a avisar o eminente perigo ameacador. Altas horas da noite, o toque de alerta do clarim assusta. Tnco- moda. Traz-nos sobressaltos.. . Quando tantos tacteam nas trevas ecumenistizantes éste brado ineomoda-los-i. Mas que, despertos de sua inconseiéncia e do engado, possam servir a Causa de ganhar almas para o Santo Reino de Deus Se isto ocorrer, embora censurado pelos autosuficientes halofos —- essas censuras, alids, dada a sua origem, constituem-se-me em reconfor- tante estimulo! — dar-me-ei por recompensado e feliz por haver cum- prido meu dever. EEE OS BATISTAS BRASILEIROS NA MIRA DO ECUMENISMO OS LUMINOSOS exemplos dos cristos primitives quanto a0 cum- primento da gloriosa COMISSAO: IDE, PREGAT, , ,, incitava 4 comba- tividade evangelizante os batistas, cujo passado alteia numa torrente de heroismo na refrega de ganher almas para Cristo. eo Em prodigios de audacia, aquéles diseipulos encheram Jerusalém do Evangelho (At. 5:28). Tangidos pela perseguigao, alastraram a Mensagem Salvifica por téda a parte (At. 8:4). O sofrimento aticava-lhes a ousadia. Enrijecia-lhes a eapacidade de sacrificio. Acicatava-lhes o entusiasmo, . A Igreja de Antioquia, a primeira da gentilidade, esbraseada em sonhos de galardées diante da acutilante Empreitada Soberana, se ante- cipou a enviar a outras paragens Saulo de Tarso e Barnabé, os seus amissiondrias. Ler e meditar Atos dos Apéstolos, aplicando 4 nossa vida os seus exemplos, é manter acesa a flama do ativismo evangelistico, + 8 ow O exemplo de Paulo é a atracao! Sua vida é uma gloriosa epopéia épica na pregacio do Evangelho ¢ se torna para os diseipulos de todos os tempos em faseinante estimulo, Militante intimorato, missionaério por antonomasia, levou a Men- sagem Salvifica aos mais distantes rincées. Chipre. Perga de Panfilia. Antioquia da Pisidia, Ieénio, Listra. Derbe, Cilicia. Frigia. Gala- cia, Troas. Filipos. Tessalénica. Beréia, Atenas. Corinto. Efeso. Grécia. Agoitada, préso, apedrejado, naufragado, perseguido, seviciado, injuriado, nada o esmorece. Prega em tédas as circunstineias e em todos os lugares. Nas sinagogas. Nas pragas piblicas. A margem dos ries, No acrépago. Nas estradas. No bijo dos navios. E a sua voz ressoa até no fundo de uma cadeia a bradar o Evangelho a um carcereiro aflito: “Cré no Senhor Jesus Cristo e serds salvo...” (At. 16:31). =e ie Tadas as regides do mundo naqueles primirdios ouvem o Evan- gelho. Nem o orgulho de Roma, a scberha capital do Império Ecumé- nico impede de que éle ressoa entre as suas colinas. Carentes dos atuais recursos mecinicos de divulgagio ¢ dos meios tgenicos de locomogiio, aquéles nossos irmios em Cristo, possuiam o ardor missionirio estimulado e revitalizado pelos sofrimentos. Quando alguém em oragio agradece a Deus a liberdade que go- zamos nia respondo Amém por que sinto a necessidade urgente de sermos sacudidos pela perseguicio. sk om Foram se promovendo i gloria aquéles diseipulos primitives e multidées de outros continuaram a imponente incumbéncia de pregar o Evangelho as geragies que se sueediam ao longo da Histéria. Sempre ¢ sempre a pregagio do Evangelho foi fecundada pelas perseguigées, . . Sempre e sempre a violéncia tentou obstacularthe o avango, . Produziu sempre e sempre efcito contririo porque a violéncia sempre sempre atigou e escandiu o animo séfrego dos discipulos. 26 eee A Inquisigao, de sinistra meméria, com as suas masmorras, 05 seus cadafalsos, os seus cutelos, suas fogueiras, seus torniquetes sacrificou centenas de milhares que hoje se constituem na espléndida nuvem de testemunhas a prolongar aquela nuvem mencionada em Hb. 11. © cumprimento da Grande Comissiio é um cireulo vitorioso de valentia ¢ de lutas, de bravura e de violéncias, de opressées e sofri- mentos,.. De grandeza na conquista de almas para Jesus Cristo!!! a a] A Histéria dos Batistas é uma torrente herdiea de sanguel Sangue generoso que fecundou o seu estupendo ministério evangelizante de langos séeulas Qs seus missiondrios escalaram montanhas, transpuseram rios, embrenharam-se pelas florestas, arrostaram téda a sorte de sacrificios 40 penctrarem regides indspitas, crusaram, os sertées, sobrepujaram onfermidades endémicas e tropicais, afrontaram o poder clerical manca- munado muitas vézes com os podéres civ’ De rijo combateram a idolatria e a fetigaria,,, Rejeitaram a tatiea cimoda de se anunciar doutrinas sem colocar sob a luz da Biblia os erros religiosos. Pro- eederam a exemplo de Paulo, o maior missionirio néo 86 pela ampli- tude de sua jornada, mas também o sobretudo pela sua intrepidez em trazer 4 luz do Evangelho, 0s erros para profligé-los. Quantos crentes preteridos! Quantos espezinhados! Quantos trans- feridos! ‘Quantes erentes tiveram de se mudar de cidade porque o comércio nada Ihes vendia! Quantes crentes viram os seus justos interésses postergados! Quantos crentes desrespeitados em suas merecidas reivindicagoes! Quantos crentes humilhados ao verem as portas das escolas fecha- das para os seus filhos! Quanta md vontade, quanta dilagio, quanto escdrnio sofreram naquele tempo os nossos irmos em Cristo! Quantes templos batistas incendiados, destruidos, apedrejados! A nossa curta histéria no Brasil é uma esteira de lutas, de sofri- mentos, de sangue,,, Ja é uma esteira de heroismos!!! ‘Os crentes mais antigos nos relatam ainda as peripécias das per- seguigées e as atas das primeiras igrejas nos transmitem informes sdbre gloriosas aventuras. 27 + # Notabilizou-se, porém, o surto evangélico ocorrido na década de 50 ¢ inicio da de 60, causando sérias preoeupagdes aos hierarcas vati- canos instalados na América Latina a servigo de sua seita. Em 1955, na oportunidade do Congreso Euearistico Internacional, celebrado no Rio de Janeiro, reuniram-se para confabular ¢ adatar medidas repres- coras, Em resultado, uma onda de violéneia contra os evangélicos ¢, de maneira especial, contra os hatistas varreu 0 nosso Continente, sobre- tudo em cidades interioranas. Qual o evangélico brasileiro que nio se recorda de alguma perseguicio no perinda de 1955 a 1962? Eu pré- prio, quando vigitio em Guaratinguetd, em prinefpios de 1961, aca- tando ordens superiores, comandei uma obra de vandalismo contra um templo evangélico. en * Em virtude da faléncia do romanismo na Europa — © como exemplo citamos a Italia, onde o papa com todo o seu poder politico ¢ financeiro, e apesar de ser a sua seita a religifo oficial, viu-se frustrado em seus esforgos de barrar a implantagao do divéreio — 0 olimpo do Vaticano, com insacidvel cobiga e grande esperanga, olha para 0 Conti- nente Latino Americano ¢, de maneira especial e particular, para o Brasil. < 2 Por ser reputado o Brasil como a maior nagio catélica do mundo e em vista de sua impressionante explosio demogriifiea, prognostica © papa ser 0 catolicismo em nosso Pais o lider do catolicismo mundial. E se recusar essa incumbéncia ficard o catolicismo sem lideranga no Ocidente*. . : ; ; Reconhece-se malograda a hicrarquia vaticana em suas tentativas pela violéncia de subjugar os erentes. Frustrdncos Ihes foram os mé- todos inquisitorinis. Por outro lado, nem o comunisme lhe causa sobressaltos como o surto evangélico no Brasil. iw Sente-se na urgéncia de reprimir a audacia dos crentes em pregar o Evangelho. i ; Como padre trabalhei cito anos no Recife, Pernambuco. Tive oportunidade de assistir as reunides anuais dos bispos romanos do Nor- © © Capitulo XVII do nosso livro O ECUMENISMO; SEUS OBJETIVOS E SEUS METODOS trata extensamente déste assunto. 28 jj cc ncnn ee eEnnETEnnEASEERIIIEIEIRIEI=E EERIE deste. Assistia-as em Natal, no Recife, em Salvador, em Joao Pessoa, em S, Luis, em Campina Grande e em Fortaleza. Em tédas elas, como um refrio de preoeupagées, vinha & baila o problema criado pelo desen- volvimento dos batistas. O trabalho déles era responsivel pelas noites insones dos ordindrios* nordestinos. 0 sr. Anténio de Almeida Morais Junior, ordindrio da arquidio- cese romana do Recife, naquela Gpoca, se exaltava em gestos histéricos por Ihe ser impossivel a forga para reprimir o desenvolvimento batista na Grande Recife. O velho cardeal Alvaro Silva, de Salvador, por seu turno, resmungava impropérios porque “ésses bodes” proliferavam no interior baiano. Naquele tempo houve uma polémica por um jornal da Capital Pernambucana entre o Dr. Munguba Sobrinho, pastor da Igreja Batista da Capunga, um dos eminentes obreiros désto Pais, e o Dr. Antonio Pimentel, catélico fervoroso, Sabem quem eserevia as arengas assina- das por Pimentel? O sr. Morais Jtinior! Quantas vézes fui eu mesmo ao jornal levd-las,.. O advogado carola era simples testa-de-ferro, atras de cujo nome se escondia o arcebispo fogoso. As denominagées evangélicas ligadas ao Protestantismo histérico foram e sio sempre mansinhas. Creseem vegetativamente pelo batismo dos filhos dos membros de suas igrejas ec “jamais se deram ao incd- modo de conquistar adeptos”. Nunca tiraram o sone dos ordindrios! ‘Os batistas, além de se caracterizarem pelo “sectarismo”, conforme a hierarquia romana e o Consilio Mundial de Igrejas cognominam o evangelismo, tem em secu meio os PADRES APOSTATAS para maior desespéro clerical. Em que pésem as poucas oportunidades que a Convengao Batista Brasileira lhes tem oferecido e 0 pouco que ela tem aproveitado déles, sdmente a sua presenga em nosso meio ja atormenta os hierarcas roma- nistas povoando-lhes as noites de pesadelos. Morava no Recife, quando andou por 14 certa feita o Pastor Gidia Martins, Como o nosso amantissimo ordindrie Morais Junior pra- guejou! Para o episeopado brasileiro e sobretudo do Nordeste, onde o tra- balho batista mais se incrementava, o nome batista se apresentava como um terror. * Longe de ser desrespeitoso o térmo ordindrio. © a expressiio cand nica para designar o bispo diocesano, 29 © problema adquiriu dimensées alarmantes que chegou a ser con- siderado atentamente pela CELAM (Conferéncia Episcopal Latino. Americana). Em suas reunides — muitas das quais assisti — os prelados nor- destinos examinavam o “problema” sob todos os fngulos ¢, ansiosos, discutiam possiveis solugoes. Foi nesta atmosfera de apreensdes que o Concilio Ecuménico Vati- cano II deflagrou 0 movimento eeumenista. O papa € o individuo mais inteligente do mundo. Diabdlicamente inteligente! © que a violéneia da Inquisigio nie conseguiu, eonsegui-loiria a viruléncia da blandicia. As perseguig6es no passada incentivaram, estimularam, acicataram, incitaram os erentes ao ativismo evangelistico (proselitismo ou secta- tismo, conforme os hierareas vaticanos ¢ o Consilio Mundial de Igre- jas). A blandicia, o sorriso, a amisade, a fraternidade, @ politica da boa vizinhanga nos moldes ecumenistas, afrouxaram, amaciaram, aba- nanaram. os batistas. 08 BATISTAS NAO PREOCUPAM MAIS 0S BISPOS ROMA- NOS NO BRASIL, SOBRETUDO OS DO NORDESTE. O sr. Eugénio Sales, anteriormente ercebispo dos catélicos em Natal, Rio Grande do Norte, onde o conheci, foi escolhido a dedo ¢ mandado para Salvador com a missio especifica de ecumenistizar os batistas do Estado Baiano. E conseguiu! Na Bahia, os batistas hoje, com rarissimas honrosissimas exee- gGes, estiio acomodados. Venceu-os o eardeal Engenio Sales. Eo seu sucesso credenciou-o a merecer da parte da santa sé irrestrita con- fianga para completar a tarefa ccumenistizante dos batistas da Guana- bara para onde foi recentemente transferido. Se fasse o caso, dar-lhe-ia parahéns pelo éxito na Bahia ¢, antecipadamente, parshenizé-lo-ia pelo sucesso futuro na Guanabara, a menos que os meus irmios pela {6 em Cristo ¢ pelas convicgses batistas se decidam a acordar... Prognostico com muita mazoa, alids, feliz resultado das investidas ccumenistizantes do cardeal Sales no Rio de Janeiro porque os batistas guanabarinos, em grande parte, ja esto contaminados pelo virus ecume- nista e também porque, insensibilizados ¢ encegueirados, recusario aten- der os apelos de quem conhece por dentro a3 manhas e artimanhas cle- ricais ¢ tem paixio pelo ministério evangelistico. 30 ae eee ee errr ee en ee —— | COM MUITA TRISTEZA RECONHECO SER MAIS FACIL ey OS INCREDULOS DO QUE APELAR PARA OS ee 8 Ja no cendrio latino-americano, embora haja havide a Campanha de Evangelizagio das Américas, os batistas so consideradas causes pelos hierareas romanos, pois, bafejades pelas aragens ecumenistizantes, deixaram de ser “AQUELES PROSELISTISTAS” e a CELAM, em suas OR coe nem mais os menciona, ) . OUTROSSIM, NO BRASIL HAJA ACONTECIDO EM 1965 A CAMPANHA NACIONAL DE EVANGELIZACAO, RICA DE PROGRAMAS, ORGANOGRAMAS E IMPRESSOS, OS BATIS- TAS BRASILEIROS TAMBEM DEIXARAM DE ALARMAR AS puEes ROMANISTAS. ABRANDARAM-NOS AQUELAS ARA- O frade Boaventura Kloppenburg, teélogo do Coneilio Vatieano IL e radicado ha Jongos anos entre nds, em um seu artigo divulgado pela Revista Eclesiistica Brasileira (exemplar de setembro de 1966) mani- festa a trangililidade por parte dos bispos romanistas instalados em nosso Pais porque os hatistas se arrefeceram e o seu crescimento 3€ assemelha ao dos prebisterianos. I pouco mais do que vegetativo, nota o frade. 2 “Qs pentecostais”, observa Kloppenburg, “constituem atual- mente trés quartos do protestantismo no Brasil”. FE, apds lembrar que em 1930 éles somavam apenas 9,59 dos evangélicos no Brasil, em 1966 sio 75%, afirma: “Enquanto as igrejas tradicionais, com auxilio de centenas de missionarios ¢ milhdes de dolares, cresceram de 300.000 pe cen: os Loateslieas com a ajuda de poucos missionarios ¢ uitas vézes sem nenhuma assisténcia financei cl ri am 8.000.000". financeira, cresceram de 100.000 Estarrecido e ENVERGONHADO transcrevo essas observagies do frade tedlogo com o intuito de demonstrar a minha assertiva de que os batistss no Brasil j4 deixam a hierarquia romanista dormir o sono da tranqiiilidade. O frade Claudio Hummes, subsecretdrio nacional do Departamento de Ecumenismo da CNBB (Conferéncia Nacional dos Bispos do Brasil), em seu artigo: O Ecumenismo no Brasil, publicado no Boletim Infor- mativo dessa Conferéncia dos Bispos, Nacionais Informam (n.° 53, 31 nn nnn nnn sea UE En EISEN ESSE i i iilidade dos prolados bra- 12 quinzena de abril de 1968), para a tranqiiilided ; Sileivos, inclui os batistas entre os grupos evangélicas de creseimento Vegelativo e retiradhes © apédo de secidrias ou proselitistas, isto 6, ati- i lizago. . ie Teen te misericérdia de mim! E me coneeda energia € es ee ey paciéncia para continuar advertindo os meus irmios batistas! 32, A META DIABOLICA DO ECUMENISMO O INTENTO vaticanocentrista, isto, a unifio de tadas as seitas ca- tlieas dissidentes da comunhio romana A antoridade do papa, o olimpo do Vaticano, é uma decorréneia natural da tese antievangélica da sal- vagio pelas obras. Ea velha experiéncia sincretista tantas vézes prati- eada no decurso da histéria do eatolicismo a se repetir. Ser ceumenista, no caso, longe de ser uma noyidade ou um gesto prafrentista. E sintoma de anacronismo, Cedicismo. Cheira a naftalina dos gavetdes das mu- mificadas sacristias vaticanas. Se o Evangelho 6 sempre a Bon Nova, a Eterna Novidade, ¢ 0 erente em Jesus Cristo, conheceder da Biblia, no é sé atual e atualizado, mas contemporaneo do futuro, o antievangelho (At. 15:1,5; Gl, 2: 11-14) 6 velharia, areaismo, FE gerontismo! Insaciivel em suas ambigdes doministas, atavismo congénito de sua procedéneia do Império Romano, tudo empreende o romanismo no sentido de ampliar as suas nefandas glérias e de expandir os scus proveitos, Ameagado pelo surto evangélico, sente-se na urgéneia urgentis- sima de reprimir a auddcia dos crentes em pregar o Evangelho puro ¢ simples de Jesus Cristo. Abaluartados pelo fascinio do Salvador, os crentes ativam o seu ministério evangelistico na proporgio direta das perseguigées contra éles movidas, Quanto mais atormentados pela vio- Téncia mais acicatados em seus énimos por anunciar as Boas Novas de Salvagio. 33 Se a Histéria dos Batistas é um glorioso e épico “rastro de sangue”, é, outrossim, a cstuante ¢ notavel odisscia do cumprimento da Grande Comissio. Ineficazes e intempestivos no panorama atual do mundo os pro- cessos inquisitoriais da forga, embora a hierarquia clerical reconheea a sta viabilidade em casos especiais em determinadas regides, como evorreu em 1969 na Joealidade de Santa Rosa ao norte do Estado de Minas Gerais. E-Ihe rendoso, envergando a mascara da fraternidade — “todos somos irmios — aproximar-se cordialmente dos evang¢licos. Com sor- risos e palinadinhas amigdveis em suas costas, torna-se mais facil ar- refecer-Ihes o impeto evangelizante, afrouxar-lhes a ousadia missiondria. Se ECUMENISMO significa UNIONISMO quanto aos catélicos de tédas as seitas, ECUMENISTIZAR expressa a guerra gentil a so- lapar de manso, sob as aparéneias de fraternidade, as nossas energias evangelisticas. ECUMENISTIZAR OS EVANGELICOS ATIVISTAS, COMBA- TIVOS, SIGNIFICA COARCTAR-LHES 0 EMPENHO, 0 ARDOR, DE GANHAR ALMAS PARA CRISTO. Ecumenistizar signifiea acanhar-lhes a missio & vista popular por- que se gencralizou a idéia de que “o santo padre disse que somos todos irmaos, Ninguém mais precisa mudar de religiao, Todos somos filhos do mesmo Deus. Os catélicos também possuem ¢ ja Iéem a Biblia. O padre prega a Biblia. O vigdrio é muito amigo do pastor”. E quejandas... Ecumenistizar significa minimizar, pasteurizar, miniaturizar, li- mitar, restringir, rarefazer, atenuar, apoucar, acanhar, acalmar a vee- méncia evangelizante. Ecumenistizar significa encurralar, confinar, enclaustrar, entocar, encafunar, encantoar, acorrilhar, acuar os crentes debaixo dos telhados dos seus templos. ECUMENISTIZAR SIGNIFICA TIRAR DOS CRENTES A VI- SAO MISSIONARIA! Ecumenistizar significa o mais disfargado, 0 mais subrepticio, o mais diabélico BOICOTE & agio evangelis Ecumenistizar adota como métode a blandicia. A insidia. A mei- guice fingida. O afago hipécrita. 34 Ecumenistizar, por tudo isso, quer dizer cilada. ‘Traigio. Per. fidia, Emboscada, Ardil. Estratagema. Tatica. Asticin. Trama. E a aproximagio amigavel, cordata, afavel, cardial, jesuita* com o in- tuito de cercear, amaciar, afrouxar o impeto evangelizante dos crentes. So as fogueiras da Inquisi¢ao nfo os descorogoaram, a aproxima- so ecumenistizante, “fraterna”, sorridente, emhotar-lhes- o animo, pressagia o pontifice hierofante. H4 de esmaecer-Thes a eoragem. HA de entibiar-lhes o ardor. Ha de afrouxardhes o impeto. Ha de abo- balos. Hi de enled-los. Ha de abanand-los. Ha de aquietidlos. Hii de abonangé-los. HA de aplicd-los. Ha de serené-los. E, surprésos com a mudanca de trato, ha de estupidificé-tos, . , Nareotizi-los!!! © plano ecumenistizante deu certo. Seus resultados positives su- peram todos os bons augtirios e as mais otimistas previsdes da aristo- eracia clerical, ___E, com efeito, num passado mui préximo aplicado, ja produz far- lissima seara de frutos a enriquecer mais ainda os latifiindios pone tifieios, Quantas igrejas, pastéres e crentes comprometides! Contagindos pelo virus ecumenistizante... E, em conseqiiéncia, acamodados. Con- formadas. Amaciados. Abemolados. Abrandecidos. Aviltados. Aca- chados. Acachapados. F acapachados nos interésses do negro impe- rizlisme religioso do Vaticano. Diz-se que jamais na histéria houve tanta oportunidade para se evangelizar... Que jamais o povo foi tao accessivel. Mas nfo se evangeliza. .. A asticia ecumenistizonte € tio venenosa, tio insidiosa, que a sua vilima se torna cega, Entorpecida. Insensibilizada. Estuporada. Abobalhada! Estupidifieada!!! Tao tudo isso que, com as melhores da intengdes — e de boas jntengées o inferno esta forrado e assoalhado — cai, com o mais esfu- ® Jesuita, canforme os bons dicionaristas, como Silveira Bueno, Buarque de Holanda, significa hipocrisia, asticia, traigio. 35 Os giante entusiasmo, na panfesta ecumenistizante. Sobe a ribalta ecumé- nica suponde aproveitar uma excepcional oportunidade de evangelizar. Boneco-de-engonco, cara apalermada pelas afabilidades jesuiticns do clero, qual autémato, carnavalesco arlequim, entra na teatrada ecumenista de marionetes cujos corddes os hierarcas vaticanos manejam com rara habilidade sem jamais se embaragar. “E AGORA NAO E MAIS FACIL EVANGELIZAR?” QUE PERGUNTA de basbaque! A agiio ecumenista é tio insidiosa, tio encapada, tio enfloreada, tao ardilosa, tio subterftigia, tio manhosa, tio encapugada, tio disfar- gada, tao dissimulada, tio embugada que pessoas dotadas do desejo sincero de cumprir a Grande Comissdo, mas ingénuas, descuidadas € irrefletidas eaem nessa esparrela. O mais grave, porém, 6 que, présas na arapuca, se tornam ence- gueiradas ¢ envenenadas. E dificilmente se libertam da pegonha ecume- nistizante . Ecumenistizadas, apegam-se ao seu ponto de vista que nio hd argu- mentes capazes de convencélas do légro em que cairam, quais insen- satas mariposas, castigadas pela propria lampada que as seduziu. Nem a experiéncia dolorosa do fracasso do seu ministério! Parece ser irrever- sivel essa estupidificaggo complicada com a agravante do orgulho... QUEM ACEITA OS ACENOS ECUMENISTAS E ECUMENIS- 1 TIZANTES PERDE O INTERESSE POR EVANGELIZAR. Quando aauite se limita a aplaudir um desenvolvimento pouco mais do que vegetative de sua igreja.,. Esse movimento deve cumprir a sua destinagio: deflagrado para embaragar @ desenvolvimento evangelistieo vai fazendo o seu trabalho. de sapa entre os crentes ao aplacar-Thes o elan de ganhar almas para a6 i 37 Cristo, ¢ entre 0 povo ao levd-lo 4 indiferenga diante do Evangelho. O erente embeigado, enfeitigado, envolvido por essa onda renuncia o alto privilégio de pregar o Evangelho genuino. Enxovalha-se tanto que acaba aceitando um evangelho corrompido. E o seu interésse se desenvolve em outras atividades. Aliis, & muito mais facil constatar-se a presenca de interésses outros entre os batistas ecumenistdides. Quantos estiio 4 cata de sine euras em fungées publicas... E outros preparando terreno com vistas a disputa politica de cargos eletivos,,, Para si ou para parentes... Encontramos, porém, entre nés a prova provada de que nesta era ecumenistizante as nossas igrejas e os nossos pastéres marginalizaram a primordialidade da evangelizagio. Templos suntuosos, congressos retumbantes, corais maviosos, cultos pomposos, passeatas embandeiradas, grandes concentragies (onde os batistas mio sabem sequer guardar siléncio e ouvidor os oradores ¢ se comportam pior do que os mundanos nos seus comicios politicos de vésperas de eleigio), organizagdes espléndidas, tudo sio demonstragées da nossa fuga & enorme responsabilidade de estender entre os homens o Reino de Deus. Tudo isso nos mantém cereados numa terrivel € labirintiea teia de enganos e nos torna climplices da maior e mais dia- bélica barreira levantada contra a nossa primordialissima tarefa. Embora os templos sejam suntuosos, retumbantes os congressos, mariosos os corais, pomposes os eultos, embandeiradas as passeatas, as nossas igrejas ecumenistizadas, estio imobilizadas pela paralisia, negli- gentes numa criminosa frouxidio,., Estio mortas!!! E mortas jé entram no estado de putrefagio do mundenismo. . . Porque ao deixar de ser evangelistica a igreja deixa de ser evan- gélica. Deixando de ser evangéliea poderd ser tudo... Clube social... Ou sociedade filantrépica... Menos Igreja de Jesus Cristo! Blandiflua, para coonestar um cristianismo adulterado, corrupto e corruptor, enleado pelo antievangelho e ctimplice na perda eterna das almas, blandiflua essa igreja advoga ridiculos programas assistenciais aos necessitados 4 sombra dos “alimentos para a paz”, dos favores de algum politiqueiro disposto a distribuir pequenos empregos e de algu- mas miserdveis csmolas acs famintos. Uma incontestivel demonstragio de que esta época ecumenisti- sada dificulta terrivelmente a conquista de almas para o Reino, estd 38 no fracasso da nossa Campanha Nacional de Evangelizagio, nao obstan- te os triunfalistas, mesmo contra a realidade objetiva dos fatos, a considerem yitoriosa, quando nem sequer despertou na maioria abso- ludissima dos batistas qualquer interésse pela evangelizagio, Propunha-se a Campanha dobrar o ntimero das batistas brasileiros: 1 +1 = 500.000. Dos 250.000 existentes desejava-se atingir o meio milhao, Ainda depois da Campanha das Américas estamos mui distantes désse alve. E quando 14 chegaremos? Pelas estatisticas elaboradas, alias sob um inconsistente triunfa- lismo, os hatistas brasileiros tem diminuido de 1965 para ca a sua porcentagem de crescimento em relagio ao passado. E ainda a luz dessas estatisticas (otimistas além da realidade — aceitando-as com elevadissima dose de boa vontade para nao ser des- mancha prazeres, apesar de incluirem elas o3 contados em FANTASMAS rois de membros — o nosso crescimento (inferior & porcentagem do erescimento no passado) se constitui num estarrecedor escAndalo diante da explosio populacional quase goométriea experimentada pelo Brasil. Efetivamente, essa nossa situagio demonstra apodictiea, absoluta, irrefragavel, irrefutdvel e incontestavelmente a assertiva de que o ana- luviio ecumenistizante esta barrando, sufocando ¢ impedindo o desen- yolvimento do Reino de Deus em nosso Pais. Recordemos! Dois sfio os fatéres do sucesso da empreitada ecume- nista: PRIMEIRO; 0 bloqueio das almas no terrivel indiferentismo. “Todos somos irmios. Temos a Biblia também. Deus é um sé. Todos os ca- minhos conduzem ao céu. Os padres também pregam a Biblia. As grandes transformagdes (que conto do vigdrio!) da igreja catélica (?) esto aproximando-a da Biblia”. SEGUNDO: O amaciamento, o enfrouxecimento, o abananamento, o abemolamento dos crentes. Diante dessa tremenda avyeriguagio quais as medidas que os ba- tistas no Brasil iro tomar? Embalados em um pueril e anacrénico triunfalisme em suas As sembléias nacionais ou regionais, em seus congressos, em seu retiros espirituais continuarao nas diseussées infinddveis sébre assuntos secun- darios e na busca promocional de “ilustres” vaidades? 39 Insuficientes as mogées antiecumenistas acatadas por unanimidade em nossas Assembléias. E mister encarar-se o problema ecumenisti- zante nas suas verdadeiras e terriveis dimensdes a fim de se tomarem medidas objetivas, coneretas e suficientes que nos livrem e imunizem désse virus satiinico se quisermos cumprir o nosso dever e continuar a nossa histéria assinalada pela presenga do espirito evangelistico. 40 SUGESTOES PRATICAS DE UM ARCEBISPO E A AMARGA EXPERIENCIA DE UM PASTOR ABANDONEI 0 sacerdécio romano em maio de 1965 e presen- ciei muitas confabulagées entre o clero visando a pritica dos lances ecumenistas. Em julho de 1964 participei de um retiro espiritual dos padres do arcebispado de Ribeirio Préto, Estado de Sio Paulo, a euja juris- di eclesidstica estava sujeito. Ao final désse exercicio, o nosso ordi- nario, hoje cardeal em Roma, o sr. Agnelo Rossi, promoven um dia de estudos sébre aplicagdes priticas da agdo ecumenista, assunto palpi- tante e de maximo interésse para o clero. OQ hierarca forneceu-nos muitas “instrugdes de efeitos positives surpreendentes”. Dentre tantas, salientou-nos que os padres vigdries de pardquias onde houvesse alguma igreja protestante (?) deveriam fazer tudo por se tornarem amicissimos dos crentes, mas sobretudo dos pastéres e que demonstrassem piiblica ¢ rasgadamente essa amizade, E, enfeitado por um sorriso malicioso, apresentou o resultado: ai o povo concluiré que tudo é @ mesma coist ¢ quando alguém fér abardada por um pro- testante logo se saird com a explicagio de que tudo é a mesma coisa haja vista a estreita amizade entre o “seu” vigdrio e a pastor. Sugeriu-nos ainda o prelado procurdssemos prestigiar o pastor promovendo-lhe a participagiio ativa na diretoria de alguma sociedade 41 recreativa ou beneficente da paréquia. Lembrou-nos a étima oportu- nidade de eertas festas, como as de formatura de estudantes, recomen- dando-nos conviddssemos o ministre protestante a compor © cendrio do paleo. E comentava o nosso amantissimo ordinario: “os pastéres em geral siio pessoas simples e sentir-se-io envaidecidos numa solenidade quando forem saudados entro us autoridades eclesidsticas”. Sentir-se-d notdvel a comboiar o sacerdote, , , Sugeriu-nos 0 hierarca procurdssemos visitar o pastor em sua casa ¢ o convidassemos para refeigées em nossa prépria, Que nos prontifi- edssemos a ajudi-lo em tudo e dispondo-nos com insisténcia a Ihe em- prestar objetos, como bancos, quando necessdrios ¢ que atendéssemos prontamente seus convites e de maneira especial os relatives a cultos religiosos. ie Tédas essas sugestées ecumenizantes do arcebispo visavam esta meta: levar o povo & conclusio de que tndo é a mesma coisa e assim “os catdlioes estariam imunizados do insidioso proselitisma protes- tante”. Muitos pastires batistas — reconhego-os sinceros em sua boa fé —— supéem ser ja tempo de se acabarem as rixas entre ministros de religides diferentes. Entre pessoas educadas, com nivel escolar supe- rior, fiea muito bem a cordialidade. Devem-se tratar como cavalheiros. Que candura! Cavalheirismo, sim! E quando o cavalheirismo pie em cheque a fidelidade a Jesus Cristo ¢ 4 Sua Vontade? Cavalheirismo! Como sinénimo de subserviéneia? De ingenui- dade? De cumplicidede? De parceria na trama eeumenistizante? Porventura Jesus foi cavalheiro com os fariseus? Com os sacerdo- tes? Serio expresses cavalheizas as suas objurgatérins registradas no capitulo 23 de Mateus? Tera sido cavalheiro Paulo Apdéstolo na presenga dos judaizantes? Foi de eavalheiro a sua conduta na assembléia de Jerusalém? Sera de cavalheiro o chamar de “bestas” os abversirios efesinos? (I Cor. 15:32). tee Por tras désse “eavalheirismo” deslanchado pela onda ecumenista existe por parte do clero interésse de neutralizar a autoridade dos erentes diante do povo. .. E por parte dos pastéres que o aceitam, existe ou ignorincia — 9 que € quase inconcebivel — ou muito propésito es- 42 cuso... Como ocorreu com certo pastor ecumenisticamente cavalheiro que pretendeu preparar o terreninho a ver se conseguiaum carguinho numa assembléia legislativa, Outro, em idéntiva situagio, maneirava o ambiente para prestigiar um mano na busea de votes numa eampanha eleitoral. Sohremodo apreciam os erentes verem a presenga de sacerdates em cultos evangélicos. Véem nesse gosto uma predisposigio, uma abertura para e Evan- gelho, ou um ensejo para que ougam a pregagao da Palavra de Deus. Tudo isso é utopia! A comparéneia do clérigo aos nossos eultos envolye um outro mo tive, std fazendo o jégo ecumenista e ecumenistizante! Os ingénuos teimosos — pascacios! — insistem que ouvindo po- derd algum déles se converter. Sim! A fé é pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10:17). Mas, como ouvi-la? Com aquela predisposigio de quem é sin- cero na busea da salvagio e no desejo de atender a Vontade de Deus. Se pelo fato de se ouvir a Palayra de Deus ja se accitasse a Cristo, quem nio seria crente nestes brasis? Tantos clérigos tém ouvido a mensagem do Evangelho ¢ quantos a aceitaram? OQ ex-padre Rohden traduziu dos originais o Novo Testamento e é espirita. Aqui no Brasil quais sio os padres eonvertidos durante ésse pe- viedo de assanhamento ¢ arreganhamento ecumenista? Dizem que os padres freqtientadores dos nossos cultos ou “amigos” dos crentes sio QUASE crentes... No Recife, seguindo as circunstén- cias Iocnis e¢ do meu trabalho, fui um padre quase-crente, Em Guara- tingueta, neutro ambiente e¢ enfrentando outro panorama, persegui os evangélicos com extrema violéncia. E perante o Evangelho QUASE quer dizer NAO! Ninguém se iluda mais! Os sacerdotes se apresentam em nossos eultos cumprindo o programa da agio ecumenistizante. 3 & Qual, porém o comportamento do pastor quando da presenga de um clérigo ao culto de sua igreja? 43 a ee ee a ea A DO BOM SENSO!!! © servo de Deus nao tem o dircito de ser um PAPALVO. Lamentavelmente no mercado das qualificagdes de muitos falta ésse bom senso. Um dos grandes instrumentos que todo pastor deveria possuir ¢ usi-lo diuturnamente & o desconfiémetro. E um mirifico remédio que sempre deveria tomar em doses macicas é SIMANCOL. Sahedor dos propésites da cilada, deve tratar o reverendo como a outro qualquer pecador, sem anunciar-lhe sequer a presenga. E na apresentagio da mensagem, nfio se impressionando, fazé-lo com fideli- dade & imspiragao do Espirito Santo e lealdade com a intcireza doutri- naria da Biblia. Q pastor cauteloso, antecipadamente, orienta o seu rebanho no sentido de nao se impressionar quando isto ocorrer. Ninguém deve dar especial atengio ao sacerdote para enfatizar a seu comparecimento. Téda vez que vejo um elérigo presente vem-me a lerabranga a observagio bibliea a relatar a tentagio e queda dos primeiros palz: “Ora, a serpente era mais astuta que tédas as alimérias do campo” (Cn. 3:1). E ao se referir aos judaizantes, Paulo prevenia os co- rintios, lembrando-lhes a astucia da serpente (IL Cor. 11:3). 4 8 A minha terceira série de conferéneias evangelisticas ocorren em uma Igreja Batista em Sao Paulo, cujo pastor era doutor em teologia, formado numa faculdade dos Estados Unidos, professor emérito ¢ aplaudido, reputado grande teslogo em nosso meio... Todo engalanado de efes © erres,. , Numa das noites apareceu um bispo, Um bispo da “Igreja” Caté- liea Apostélica Brasileira, meu ex-eolega de semindrio, Resolven o pastor colocd-lo na plataforma ao lado do puilpito. Alids, foi um exotico enfeite naquela pantomima, pois o prelado (e pelado de quaisquer predicados morais) se encontrava todo ajaezado com 0% arreios episcopais. Recém-chegado para o meio balista, resolvi conservar-me retraido e obser¥ar o desenrolat dos acontecimentos. Alias, é€ uma arte o saber-se rir por dentro quando o ambiente nos inibe, ,, Concluido o apélo, o pastor, eminente lider batista, respeitdvel por todos os titulos, concedeu a palavra ao “ilustre” visitante. E durante 44 a verborréia a Prelado pelado de quaisquer predicados morais, 0 nos: 50 irmao ¢ colega cochichava-me: ésse homem ja 6 crente: esta tido; veja como éle fala... 22 222 aeeees Apes 0 eulto, 0 “nobre” personagem inflado de satisfagio pelas Sena oes babosas de entusiasmo por parte dos membros daquela pct bid wm instante de atengo para um assunto pessoal, ‘Todo pressuroso e desvelado, o pastor no: levou i- nete, deixando-nos a sés. a : eee Sabem o que o bispo quase-crente queria? Foi me convidar para it para a Igreja Brasileira! “Voos no meio dessa gentinha? Isso nfo Ihe dé futuro, Somos amigos de longa data, desde nossa juventude. Dar-lhe-ei grandes oportunidades na Igreja Brasileira...” ee & Agora a amarga experiéncia de outro pastor metido a pral A atualiznde, Mas, um coitado, FE dos bem druadtades ce cle Porque ser ecumenistéide, ecumeniaco, é ser muito quadrada. E 0 climulo da burrice. E ser tremendamente pratrazex,., -A Biblis chama ésse conluio de PROSTITUICAO. Ser ecumenista, ecumenistizante, ecumeniaco, ecumenistéide é ser amancebado, acomadrado, abarregado com a idalatria, os idélatras e o antievangelho. Pois bem, ha pouco dirigi uma série de pregagdes evangelisticas num dos subiirbios da Grande 5S, Paulo. ae ai 5 Ao chegar ao sibado 3 noite, encontrei o templo regurgitante & ® povo turbulento com a noticia da vinda do vigério a convite da es pasa do pastor da Igreja. Este, pretendendo transformar em ribalta ecuménica a plataforma do pulpito, ji havia pasto uma cadeira de alto espaldar destinada ao clérigo. Repeli essa idéia colocando o simplério pastor num dilema: ou tirar de 1d a cadeira ou a minha retirada. Em vista de minha inflexivel decisio, julgou de melhor alvitre colocar a cadeira embaixo. Efetivamente, poucos minutos antes do inicio do culto chegou 0 reverendo acompanhade de grande comitiva de paroquianos, todos mui cordiais. 45 Foi aquela azifama para instala-los todos nos primeiros assentos a0 lade do pareco. Enquanto tudo isto se processava, a espésa do pastor, camo recep- cionista, posta a porta do templo, a informar a todos o seu éxito em levé-lo, saltitante, apontava o vigério come o seu convidado especial. O pastor de cara apalermada ¢ encegueirado, apesar de minhas adverténcias, com voz cheia de célida adulagdo, apresentou o clérigo, que, com palavras repassadas de clogios © agradecimentos, de pé e acenendo com a mao para a assisténcia, retribuiu o palanfrorio entre sorrisos simpaticos de ecumenista profissional. “Labios Hisonjeiros ¢ coragio dobrado!!!” (SL. 12:12). Naquela noite Deus me deu uma mensagem candente. Investi duro e firme contra a idolatria. Ao fazer o apélo houve muitas decisées. Téda a comitiva do sacer- dote se manifestou. E o proprio vigdrio passe de pé e foi & frente. ‘A madame do pastor nao cabia em si de jubilosa, O extravasa- mento de sua euforia contagiava os irmios circunstantes. “O vigdrio se convertez. Tedos os seus acompanhantes também, A Palavra de Deus 6 como o martelo a esmiucar a penha. Acabou-se a paréquia eatélica do nosso bairro”. Alguns membros da Igreja, que haviam presenciado a minha manifestagio de intransigéncia, vitoriosos, me olhavam com ares de censura e desdém. Cumprimentei todos os decididos, inclusive o vigdrio @ sua ca- ferva, enquanto os conselheiros anotavam os nomes ¢€ enderégos de todos. Apés orar, entreguei o piilpito ao pastor daquela Igreja Batista a fim de proceder o encerramento do culto. Enxuguei ligrimas de tristeza ao ouvir as palavras finais do pas- tor, que, traindo o Evangelho, acabava de colocar a sua Igreja, a reboque da onda ecumenista. ‘Ao me despedir déle, informou-me que o vigirio queria uma entrevista com éle e pediu-me que o acompanhasse no dia seguinte & easa paroquial. Escusei-me. “Desde que o reverendo se converteu ¢ precisa de orientagio, sex melhor que o irmio vd sbzinho. E, depois, caso julgue de mister, poderei ir também”, disse-lhe eu, sabendo ja qual seria o desfecho daquela patuscada. 46 Tempos depois, encontramo- i j i ELis ae a ‘mos e perguntei ao pastor sdbre 0 vi- “Nem queira saber", contou-me. “Logo na segunda-feira fui & casa paroquial. padre me colocou num labirinto de sofismas, Fiquei apalermado! No fim, disse-me palavras asperas. E, apds duas toa de tortura moral, retirci-me. Quase erro o caminho de casa”, “E. quantos decididos freqiientam a Igreja?”, perguntet-the. Nenhum! Apesar de muito visitados, todos se dizem cristios porque também eréem em Cristo, mas preferem continuar ao lado do 30” vigario”. 0 pastor, desmoralizado no bairro tem o seu ministério arruinado. O melhor a fazer seria mudar-se de li. E que faga bom proveito da licio. 47 O SORRISO DO JACARE E O ABRACO DE HARADA DE CERTA feita um casal em “Iua-de-mel” decidiu gozar as suas delicias na Amazo' Seria uma “Iua-de-mel” diferente, Sensa- tional! Dar-lTheeia fartissima reserva de acontecimentos para rechear versa com os amigos. z " OuLernn os dois anbiabes fazer sortida pelas florestas. As mar- gens de um igarapé, boquiabertos, encontraram muitos jacarés em banho de sol naquela manha ensolarada no eéu de um azul profundo. Jacaré-ngu. Jacaré-curud. Jacaré-de-eulos. Jacaré-de-papo-amarelo. Uma aglomeracio de jacarés. Uma jacarezada! Um déles afastara-se do aconchego dos seus semelhantes. O jovem maridinho, no desejo de documentar a sua aventura, regolven foto- ro cendrio jacareniano. ; Sa Sorriam-lhe sorrisos largos os jacarés... Sorrisos convidativos a amizade, . : O rapaz, atraido por tanta cordialidade jacareense, resolveu tirar uma foto sensacional. Originalissimal Exétical!! ‘ _ Um instantineo de sua amada esposinha a cavalo no jacaré sepa rado dn muttidto caso, & {orga do hibito, Montada no jacaré, A eet vida ¢ saltitante de felicidade pela proeza insélita, a joven anuiu & proposta, Encorajava.a o amplo sorriso do jacaré. 48 Cavalgou num garbo de valente amazonas. Ao bater a chapa fotografica, o rapaz constatou haver-se termi- nado o filme. Agastado por Ihe faltar experiéncia com a maqui recém-adquirida na “zona franca”, recolheu-se 4 sombra de frondosa arvore altaneira para a operagéo da troca. A sua amada, em gritinhos de menina corajosa, incitava @ pressa o principe dos seus améres mui lerdo na substituigio do filme. E o jacaré sorrindo... Sorrindo largo... O siléneio bruseo da méga fé-lo um pouco apreensive. “De certo se cansou de gritar ou esté extasiada na contemplagiio da exuberante natureza”. Manobra concluida, volta-se num repente o mégo para colhér a mais espetacular foto instantanea. Cadé a jovem espésa? Desaparecera dos lombos do jnearé... O jacaré a engulira! Mas continuava com o seu sorriso largo ¢ amigo... ‘O ecumenismo transforma em realidade a fibula do jacaré! Os sacerdotes emboscados no ecumenismo sorriem fraternos ¢ louva- minheiros aos crentes,,. Para tragé-los nos meandros de seus inte- résses, see Em Belém do Pard, o areebispo romano, Alberto Ramos, andou eonvocando encontros com pastéres protestantes © evangélicos em seu proprio paldcio. Foram quase todos e, para sumo agrado de s. exeia. ld estavam os batistas caracterizados em passado recente pela sua intran- sigéncia doutrinaria. Em outubro de 1967, atendendo um honroso convite, fui pregar naquela cidade durante uma grande campanhada de evangelizagao pro- movida pelas igrejas batistas locais. A propaganda foi yasta, mas de agua-doce, Estiraram-se faixas sébre as vias publicas a ostentar o lema: CRISTO, A UNICA ESPE- RANCA, E a politica da boa vizinhanga religiosa se distinguia nessas faixas com a eruz em vermelho ao lado daquele distico. Soube posteriormente que alguns responsiveis pela campanha ma- nifestaram sua opinifio contréria a que fosse pregador um ex-sacerdote romano porque éle poderia atacar o clero © o tempo disso jd passou, 49 tng eng ee BE EEE

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