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José Paulo Netto
O QUE É
MARXISMO
editora brasiliense
Copyright & by José Paulo Netto, 1985
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9” eslição, 1994
2 reimpressão, 2009
ÍNDICE
de que se valem.
A esse penssmento conservador, tão marcante-
mente influenciado pelos movimentos epidérmicos
cia sociedade burguesa, devemos a constituição e o
florescimento das chamadas ciências sociais, disci-
plinas particulares e autônomas que, nas suas espe-
cializações e procedimentos, reproduzem as cristali-
zações e as divisões que existem na superfície da
sociedade.
É supérfluo observar que o desenvolvimento
dessa matriz positivista (bem como das suas ulte-
riores inflexões, como o funcionalismo, o estrutu-
ral-funcionalismo, o neopositivismo estrito, o estru-
turalismo), tendo sempre, franca ou veladamente,
Marx como interlocutor, não excluiu a continui-
dade e a renovação das tendências místicas e mito-
logizantes que se abrigavam na gênese do pensa-
mento conservador. Aparentemente contrapostas,
a matriz positivista e essas posturas irracionalistas
dão-se as mãos para prover a sociedade burguesa
de legitimações ideológicas.
Assim, ao contrário do que asseguram muitos
estudiosos, o século 19 não está “superado”: as
principais matrizes intelectuais nele emergentes
estão mais vivas e atuantes que nunca — num pólo,
a inaugurada por Marx; noutro, a estabelecida pelo
positivismo. E talvez não seja falso supor que isto
não se modificará substancialmente antes que o
processo histórico remova definitivamente da cena
o mundo burguês.
UMA TEORIA
DA SOCIEDADE BURGUESA
,
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52 José Pato Nerto
G UVE TE MIRD
Nun ae RONRE e made TROISIEME
TANP
LEBE
MS DIE DRITIE
Área de interesse:
PELA crer APR tire