ITURAMA/MG.
Enzo Gabriel Silva, menor impúbere, neste ato representado por sua genitora, Joana
Silva, brasileira, solteira, auxiliar geral, inscrita sob o CPF n. 369.544.328-00,
residentes e domiciliados na Rua da Esperança, nº. 111, Bairro Centro, Iturama/MG,
38210-000, telefones nº (34) 8988-7452, por seus procuradores e advogados, com
escritório profissional situado à Avenida da Justiça, n. 585, Centro, em Iturama/MG,
conforme instrumento de mandato em anexo, vem, respeitosamente, à elevada presença
de Vossa Excelência, propor a presente
Em face de João da Silva, brasileiro, solteiro, ajudante de pedreiro, inscrito sob o CPF
n. 888.666.333—85, domiciliado na Rua da Boa Saudade, n. 878, Centro, Iturama/MG,
pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I. DA JUSTIÇA GRATUITA
III – DO DIREITO
“Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos
pais, conjunta ou separadamente. ”
Conforme preceitua o artigo 1609 do mesmo diploma legal, o reconhecimento dos
filhos havidos fora do casamento é irrevogável e poderá ocorrer: no registro do
nascimento; por escritura pública ou escrito particular, devendo ser arquivado em
cartório; por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; por manifestação
direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto
único e principal do ato que o contém.
Ainda, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.069/90) expressa em seus artigos 26
e 27 a extensão ao direito de personalidade, in verbis:
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I – dirigir-lhes a criação e educação;
II – tê-los em sua companhia e guarda; (...)
Consoante o sistema do Código Civil, os alimentos compreendem os recursos
necessários à sobrevivência, não só à alimentação propriamente dita, como a habitação,
vestuário, tratamento médico e dentário, assim como a instrução e educação, quando se
trata de menor. Nesse sentido, fez o Legislador pátrio consignar, no § 1º, do art. 1.694,
do Código Civil, que: “Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades e
dos recursos da pessoa obrigada”.
Da mesma forma, o fato do requerido não participar com a manutenção necessária da
requerente, comete o crime de abandono material previsto no artigo 244 do Código
Penal. In verbis:
Em que pese a presente demanda para satisfazer o interesse do autor, convém salientar
que esta não pode esperar pelo provimento jurisdicional, tendo em vista que suas
necessidades são perenes e urgentes.
Com isso, a concessão da tutela de urgência para que o autor tenha sua satisfação
atendida é medida que se impõe, sob pena de ter sérios prejuízos, como material e
educacional. Nesse sentido, o art. 300 do Novo Código de Processo Civil, é expresso ao
afirmar que:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso,
exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra
parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
Desta forma, a requerente requer a tutela provisória de urgência sem a oitiva prévia da
parte contrária, conforme art. 9º, parágrafo único, inc. I, do CPC. In verbis:
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja
previamente ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
V – DOS PEDIDOS