Sobre o autismo
1em
100
O autismo é uma perturbação do desenvolvimento ao longo da vida, que afeta
a forma como a pessoa comunica e se relaciona com outras pessoas, e com o
mundo que a rodeia. O Autismo é um espectro, o que significa que afeta diferentes
pessoas de formas diferentes. Uma proporção significativa de pessoas autistas
possui capacidades intelectuais na média ou acima da média e são academicamente
pessoas pertencem competentes, embora alguns deles tenham uma dificuldade de aprendizagem
ao Espetro do adicional.
Autismo
O autismo pode levar a modos de pensar e de se comportar que parecem
desnecessariamente rígidos ou repetitivos, dificuldades na compreensão das
interações sociais, dificuldades na concentração e no processamento de informação 01
de forma típica.
Por outro lado, muitas pessoas autistas têm capacidades específicas, tais como
conseguirem manter-se extremamente concentrados, adotar pontos de vista não
convencionais na resolução de problemas ou detetar erros que outros podem ignorar.
Os pontos fortes das pessoas autistas como profissionais em certos campos são
cada vez mais reconhecidos pelas empresas em todo o mundo.
Autism&Uni é um projeto financiado pela UE com parceiros O ambiente social e físico Desafios sobre a avaliação
em cinco países. O nosso objetivo é apoiar o maior numero de • Dificuldade em compreender as regras (mesmo quando dominam a
jovens adultos no espetro do autismo a ter acesso ao Ensino
sociais, não escritas, ao interagir com matéria)
tutores e colegas de estudo
• Dificuldade em interpretar corretamente
Superior (ES) e a conduzir a transição com sucesso. • Dificuldade em tolerar o barulho de fundo, tarefas ambíguas e perguntas abertas
a iluminação, multidões ou outros aspetos
• Falta de compreensão sobre a razão pela
sensoriais do ambiente universitário
Para conhecer as necessidade e aspirações dos estudantes qual determinada tarefa tem mesmo que
• Lidar com o isolamento social que muitas ser executada
autistas, e definir as boas práticas atuais, realizamos uma vezes surge quando integramos um novo
• Dificuldade no planeamento do estudo
pesquisa através de questionário, conversamos com os ambiente
e revisões
alunos sobre as suas experiências, revimos a literatura de • Incerteza quanto ao tempo que tem de
pesquisa e profissional e traçamos o regime educacional e a Falta de apoio adequado
despender em determinada tarefa
legislação acerca de crianças e jovens autistas na Europa. A • Falta de acesso ao apoio adequado desde
nossa pesquisa demonstrou que há muitos desafios para os o inicio A transição para a vida adulta
estudantes autistas que querem entrar e ter sucesso no ES. • Foco nos “défices” do autismo em vez exige mais esforço do que
das mais-valias que estes estudantes
02 podem trazer para um aluno regular 03
• Falta de coerência em adaptações • Ir para longe de casa pela primeira vez
razoáveis, serviços específicos para o • Gestão do tempo e estabelecimento de
autismo e apoio personalizado rotinas
• Desconhecimento em como defender-se
eficazmente a si próprio
Expectativas irreais do
estudante
• Como é realmente o estudo na
universidade ”O qu
e me
• Qual é realmente o conteúdo do curso po der
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• O desempenho com o mesmo nível de
Diagn e des
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dificuldade que no ensino secundário
ós tico
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• Interesses e dedicação dos colegas
perce
pção.
Supor
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ad o.”
no , Países
Baixos)
Sem dúvida, muitos destes são desafios para qualquer novo aluno. Mas enquanto Introdução.....................................................................................................................................01
a maioria pode adaptar-se razoavelmente rápido e usufruir do apoio dos seus - Sobre o autismo....................................................................................................................01
amigos, para os alunos autistas, esses desafios podem levar rapidamente ao
- Sobre o Autismo&Uni...........................................................................................................02
aumento da ansiedade, maior isolamento, depressão e, eventualmente, desistir
completamente do curso. - Desafios que os alunos autistas encontram .....................................................................03
Sobre este manual........................................................................................................................07
Isto é claramente uma enorme perda para a sociedade e economia europeia, pois
Manual de Boas Práticas para profissionais que apoiam alunos
muitos alunos autistas têm capacidades particulares para oferecer, por exemplo,
autistas dentro ou fora de instituções de Ensino Superior.......................................................11
grande dedicação e foco nos temas de estudo escolhidos, atenção aos detalhes,
adesão às regras, uma ética de trabalho elevada e uma propensão para pensar - Enquadramento.....................................................................................................................11
racional e logicamente. - Porque existe este problema?.............................................................................................13
- O que podemos fazer para solucioná-lo?...........................................................................13
Porque reconhecemos que um só formato pode não se aplicar a todos, criamos três Cada manual centra-se em “Conclusões” – perceções, ideias e instruções para fazer
manuais destinados a grupos específicos de pessoas que estão envolvidas no apoio uma mudança positiva e boas práticas para compartilhar com os colegas, assim
a alunos autistas, que estão longe da família, na Universidade. como “Propostas de ação”- ação direta, que pode tomar imediatamente e sem a
ajuda de outros.
Alguns dos exemplos das melhores práticas podem não ser diretamente aplicáveis
Manual 1: Manual 2: Manual 3: no seu país ou organização. Onde isto acontece, pode ser ainda possível identificar
Para diretores e professores Para os professores e Para profissionais que um principio básico que pode ser incluído na sua prática profissional.
catedráticos em instituições tutores do Ensino Superior apoiam alunos autistas,
de ensino superior dentro ou fora de institui- Alunos autistas que recebem apoio adequado atempadamente prosperam no
ções de Ensino Superior ensino superior. As suas capacidades e conhecimentos são reconhecidos e têm
acesso a aulas e bibliotecas para apoiar os seus interesses especiais e outras
oportunidades que lhes permitam crescer e desenvolver. Seguir este guia irá ajudá-lo
a auxiliar os alunos a aproveitar ao máximo o tempo que estão a viver e a estudar na
Universidade.
Um manual de boas práticas para apoio a alunos Um manual de boas práticas para apoio a alunos Um manual de boas práticas para apoio a alunos
do Espetro do Autismo (PEA) no Ensino Superior do Espetro do Autismo (PEA) no Ensino Superior do Espetro do Autismo (PEA) no Ensino Superior
Guia 2
Guia 3
para diretores e professores profissionais que apoiam alunos
professores e tutores autistas dentro ou fora de
catedráticos de Instituições do Ensino Superior Instituições de Ensino Superior www.autism-uni.org/bestpractice
de Ensino Superior Marc Fabri
Penny C.S. Andrews
Heta K. Pukki
Marc Fabri
Penny C.S. Andrews
Heta K. Pukki
Marc Fabri
Penny C.S. Andrews
08 09
Heta K. Pukki
“Na e
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Este manual destina-se Este manual é para docentes Este manual é para especia-
ri d icu a
a diretores e professes em instituições de ensino listas que apoiam diretamente lariza
meus d o pelos
pares
catedráticos em universidades e superior. Partilhamos consigo alunos autistas. Como parte de
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instituições de ensino superior, dicas práticas baseadas em uma equipa de suporte ao ensi-
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onde a uni
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fornecendo informações e evidências da pesquisa que no especial dentro de uma ins-
os m e ersi da
evidências que ajudem a realizamos para que possa tituição de ensino superior ou,
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desenvolver políticas e práticas tornar a sua aprendizagem como parte de uma equipa de
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que beneficiarão os alunos e práticas de ensino mais uma organização independente espeit
autistas e irão melhorar a acessíveis e apoiá-lo a criar que presta esses serviços. Va- o.”
(aluno,
experiência do aluno na sua melhores relacionamentos com mos partilhar ideias das nossas Espanh
a)
instituição. alunos autistas. pesquisas de boas práticas em
toda a Europa que irá ajudá-lo
a melhorar as experiências do
aluno, o envolvimento com as
informações e os serviços e a
desenvolver os seus conheci-
mentos.
Enquadramento
“Ainda me sinto envergonhado de
falar sobre as minhas limitações à Diagnóstico e Divulgação
maioria das pessoas, uma vez que não Há evidências de que alguns alunos sabem que são autistas, mas optam por não
divulgar (Baines, 2012; Davidson and Henderson, 2010; Huws and Jones, 2008).
correspondo à imagem estereotipada Isto pode ser por uma variedade de razões, incluindo não quererem ser identificados
como tendo necessidades especiais, acharem que não têm direito a apoio ou por
que têm de uma mulher autista. Só o querer integrar-se com os seus pares. Além disso, um grande número de alunos 11
sabem os meus amigos mais íntimos do espectro do autismo, ainda não foram diagnosticados no momento em que
começam a universidade, sobretudo as raparigas e alunos que não têm o género
ou os meus chefes no trabalho.” definido.
(antiga aluna, Reino Unido) No Reino Unido e na Holanda, de 0.3-0.4% dos alunos universitários declara uma
condição de espectro do autismo. Noutros países, os dados não puderam ser
recolhidos ou os números são ainda menores.
Fontes: HESA (2013), Broek et al (2012)
nada
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Baixos)
(aluno, Países
Manual de Boas Práticas para profissionais que apoiam alunos Manual de Boas Práticas para profissionais que apoiam alunos
autistas dentro ou fora de instituições de Ensino Superior autistas dentro ou fora de instituições de Ensino Superior
ição
As necessidades dos alunos autistas devem ser
“A [institu
Os alunos e as suas famílias disseram-nos que sentiam que o apoio social está demasiado cuidadosamente avaliadas. Seria ideal ter espe-
de ca ri d ade
separado do apoio académico. Alguns alunos autistas recebem apoio da universidade para cialistas e instituições especializadas a participar sta s] não
para auti
end ia e
me co mpre
os estudos, mas isso não os ajuda com os desafios que se lhes deparam e que não estão na avaliação. No entanto, quando se estão a
dentemente
condescen
diretamente relacionados com a aprendizagem. Do mesmo modo, alguns alunos autistas avaliar essas necessidades, por vezes estas con-
eu devia
d izia que
centram-se demasiado nas incapacidades e nos
vos menos
recebem aulas de apoio para a sua condição de autistas, mas as pessoas que os apoiam
pontos fracos que um aluno pode ter. ter objecti da
por causa
não compreendem o seu trabalho académico ou como a faculdade funciona, especialmente
ambiciosos .”
minha TDA
no caso de alunos de pós-graduação que não têm problemas “básicos” nos estudos (como O propósito desta avaliação do aluno tem de
erros ortográficos, de pontuação, gramaticais ou estruturais). ser mais abrangente – é também uma “avalia- Reino Unido)
(antigo aluno,
Propostas de ação
(o que pode fazer já)
m
Anime os alunos a avaliare
odo
o apoio que recebem de m
Faça com que o aluno regular, deixando claro qu
e Se um aluno opta
por não
participe em todas as isso não os fará perder es
se renovar os serviç
bre os em anos
discussões e decisões so apoio se a sua opinião fo
r posteriores, desc
ubra porquê.
.
os requisites académicos desfavorável.
o
Comunicar com o aluno nã
a
é só uma boa prática, é um Trabalhe activamente com
necessidade. o pessoal académico para
que aprendam que trabalh
ar
18 melhor com os alunos au
tistas 19
também ajudará a melho
rar a
experiência de todos os al
unos
em geral. Seja consciente de que os alunos
autistas podem considerar a
terminologia usada imprecisa,
insultuosa ou desanimadora, e
Apoie ou inicie a prá que as preferências podem variar
tica dependendo do indivíduo, do país
de recolher dados so
bre o ou da região. Tenha em atenção
número de alunos a
o e o apoio utistas, os o tom utilizado recorrendo a
Examine de forma crítica a informaçã apoios que recebem
oferecidos aos alunos autistas e compar
e-as com e as suas “desafio” em vez de “dificuldade”,
outras opiniões sobre a uti “limitação” ou “diferença” em vez
as guias de boas práticas oferecidas por mesmos, especialm
lidade dos
instituições do Ensino Superior ou por
outros países. ente se de “deficiência”, “características
Faça revisões regulares com opiniões
de alunos e de ainda ninguém o fe autistas” ou “condição de autista”
z.
recém-licenciados, incluindo os alunos
que já deixaram em vez de “distúrbio autista”,
de receber os serviços de apoio. “apoio” em vez de “tratamento”.
Esteja preparado para poder O conceito de Projeto Universal surgiu no campo da arquitetura para enfatizar o design
fornecer dados exactos à que permite uma ampla gama de utilizadores, incluindo os que têm alguma incapacidade.
administração da sua instituição O Projeto Universal para a Aprendizagem consiste em envolver e apoiar diversos grupos
sobre os seus alunos para poder de estudantes, independentemente da sua origem, estatuto ou incapacidade/diagnóstico.
ão sobre
Peça para receber formaç demonstrar a necessidade de Um erro comum é que o Projeto Universal promove uma abordagem de “tamanho
tistas no
como apoiar os alunos au tomar medidas e os efeitos único”, mas isso não é caso. O que realmente significa é a disponibilidade de opções:
r.
âmbito do Ensino Superio positivos das mesmas. oferecer aos alunos oportunidades múltiplas e variadas de participar na aprendizagem e
demonstrar a sua compreensão.
O PUA favorece estratégias educacionais que são concebidas proactivamente para
suportar múltiplos caminhos na aprendizagem, em vez de se concentrar em alterar
retroativamente o material existente para que se adeque às necessidades de um grupo
específico.
Se não estiver disponível uma
formação adequada, faça um Um exemplo de projeto proativo está em dar a TODOS os alunos opções de como podem
Discuta os requisito
s das apresentar trabalhos, de acordo com as suas capacidades de comunicação e preferências.
pedido oficial ao departamento formações com ou
20 tros membros Um exemplo de projeto retroativo é a prática de fazer adaptações ainda que ligeiras aos 21
correspondente dentro da sua da faculdade, como
por exemplo materiais de aprendizagem existentes e às condições de exame.
instituição ou a uma organização professores e leitore
s que Fontes: Bublitz et al (2015), CAST (2011)
externa especializada no espectro trabalhem com alun
os autistas.
autista, para que se possa criar Se já recebeu form
ação, partilhe
essa formação. esses conhecimento
s com os seus
colegas.
Se trabalha fora
das instituições do Ofereça activamente os seus serviços ao
Ensino Superior: pessoal do Ensino Superior e explique
aos diversos membros da faculdade
que aprender a trabalhar melhor com
os alunos autistas também ajudará a
melhorar a experiência universitária de
todos os alunos em geral.
Finlândia
Portugal
Estudo de caso
Estudo de caso Omapolku ry / Omavoima presta serviços sobre a eficácia das intervenções no
de aconselhamento e coaching individual sistema finlandês e avance para uma prática
O PIN - Progresso Infantil é um Centro para implementação de programas e metodologias
e de grupo a adolescentes e adultos com verdadeiramente baseada em evidências, o
as Perturbações do Desenvolvimento ao de intervenção capazes de fornecer uma 23
várias condições neurológicas, incluindo que poderia ajudar outras organizações a
longo do ciclo de vida que presta serviços resposta às necessidades sentidas.
estudantes autistas. Esses serviços apoiam tomar decisões sobre a tentativa de modelos
de avaliação especializados, utilizando
Contacto o desenvolvimento de competências de vida de serviços similares.
instrumentos validados pela comunidade
Pedro Rodrigues, Psicólogo clínico, Núcleo independente, gestão de vida, planeamento
cientifica internacional, aconselhamento Contacto
das Perturbações do Espetro do Autismo e de estudos e negociação de transições, como
individual e de grupo a crianças, Heidi Multanen, Consultor responsável pelos
Défices Cognitivos a mudança de curso.
adolescentes e adultos com diferentes serviços da Omavoima
condições neurodesenvolvimentais (e.g., http://pin.com.pt
A organização fornece informações sobre o www.omavoima.info
Perturbações do Espetro do Autismo, PHDA, autismo para os funcionários da universidade
Dificuldades Específicas de Aprendizagem, Links úteis responsáveis por escrever recomendações Links úteis
etc.). para adaptações e defende alunos individuais
1. PIN - Progresso Infantil
para os ajudar a fazer adaptações adequadas 1. Autismi- ja Aspergerliitto ry
O PIN visa a melhoria do bem estar http://pin.com.pt
e planos de aprendizagem personalizados. www.autismiliitto.fi
da pessoa com uma perturbação do 2. Esteetön opiskelu korkea-asteen
desenvolvimento, da compreensão da sua Ao contrário de muitas organizações oppilaitoksissa (ESOK)
condição, unidos em torno do ideal de servir finlandesas, Omavoima regista www.esok.fi
as famílias na luta contra a discriminação sistematicamente o número dos clientes 3. Kansaneläkelaitos, Oma Väylä –hanke
sentida. autistas que recebem cada tipo de serviço, www.kela.fi/omavayla
recolhe o feedback sobre os resultados 4. Omapolku ry, Omavoima neuropsykiatriset
O PIN presta um serviço especializado de
experienciados utilizando questionários ohjaus- ja valmennuspalvelut
consultoria na área da educação ao longo
concebidos para este fim específico e www.omapolku.fi/omavoima
dos diferentes níveis de ensino. O objectivo
organiza reuniões de acompanhamento 5 Otus - säätiö, Korkeakoulujen
destes serviços visa otimizar a integração
com antigos clientes para monitorizar o seu saavutettavuus -selvitys 2016
da pessoa com uma perturbações do
bem-estar. Isto permite que a organização www.otus.fi/index.php/julkaisut/kaikki-
desenvolvimento e colaborar activamente
acumule evidências muito necessárias julkaisut
com os mais variados intervenientes na
Keskuspuisto Vocational
College, Helsínquia Finlândia
Antti Aavikko, Jan-Mikael Fredriksson, Daria Modrzejewska, Amanda Szukalska, Paul Quantock, Natasha Stash,
Alejandro Montes García, María Merino, Miguel Lancho, Christian García, Roy Houtkamp, Harriet Cannon, Kate
Dean, Kate Myers, Matt Tucker, Danny Gallacher, Steven Chamberlain, Diane McClymont
O projeto Autism&Uni (AUTHEW) foi financiado com apoio da Comissão Europeia. Esta publicação reflete
apenas os pontos de vista dos autores, e a Comissão não pode ser responsabilizada por qualquer utilização
que possa ser feita das informações nele contidas.
© Autism&Uni 2017