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Um manual de boas práticas para apoio a alunos

do Espetro do Autismo (PEA) no Ensino Superior

Manual de Boas Práticas para


Guia 3

profissionais que apoiam alunos


autistas dentro ou fora de
Instituições de Ensino Superior
Marc Fabri
Penny C.S. Andrews
Heta K. Pukki
Introdução

Sobre o autismo

1em
100
O autismo é uma perturbação do desenvolvimento ao longo da vida, que afeta
a forma como a pessoa comunica e se relaciona com outras pessoas, e com o
mundo que a rodeia. O Autismo é um espectro, o que significa que afeta diferentes
pessoas de formas diferentes. Uma proporção significativa de pessoas autistas
possui capacidades intelectuais na média ou acima da média e são academicamente
pessoas pertencem competentes, embora alguns deles tenham uma dificuldade de aprendizagem
ao Espetro do adicional.
Autismo
O autismo pode levar a modos de pensar e de se comportar que parecem
desnecessariamente rígidos ou repetitivos, dificuldades na compreensão das
interações sociais, dificuldades na concentração e no processamento de informação 01
de forma típica.

Por outro lado, muitas pessoas autistas têm capacidades específicas, tais como
conseguirem manter-se extremamente concentrados, adotar pontos de vista não
convencionais na resolução de problemas ou detetar erros que outros podem ignorar.
Os pontos fortes das pessoas autistas como profissionais em certos campos são
cada vez mais reconhecidos pelas empresas em todo o mundo.

Uma nota sobre a linguagem


Escolhemos usar os termos “estudantes autistas”
e “estudantes no espectro autista”. Isso é baseado
em pesquisas recentes (Kenny et al., 2016) que
mostram que a maioria dos adultos autistas
preferem essa linguagem de “identidade primeiro”
à terminologia de “pessoa primeiro” usada
frequentemente por profissionais de autismo (por
exemplo, “estudantes com autismo”). As pessoas
autistas envolvidas no projeto Autism & Uni
também preferem esta terminologia.
Fonte: NHS, Brugha et al (2012
Introdução Introdução

Sobre Autism&Uni Desafios enfrentados por estudantes autistas

Autism&Uni é um projeto financiado pela UE com parceiros O ambiente social e físico Desafios sobre a avaliação
em cinco países. O nosso objetivo é apoiar o maior numero de • Dificuldade em compreender as regras (mesmo quando dominam a
jovens adultos no espetro do autismo a ter acesso ao Ensino
sociais, não escritas, ao interagir com matéria)
tutores e colegas de estudo
• Dificuldade em interpretar corretamente
Superior (ES) e a conduzir a transição com sucesso. • Dificuldade em tolerar o barulho de fundo, tarefas ambíguas e perguntas abertas
a iluminação, multidões ou outros aspetos
• Falta de compreensão sobre a razão pela
sensoriais do ambiente universitário
Para conhecer as necessidade e aspirações dos estudantes qual determinada tarefa tem mesmo que
• Lidar com o isolamento social que muitas ser executada
autistas, e definir as boas práticas atuais, realizamos uma vezes surge quando integramos um novo
• Dificuldade no planeamento do estudo
pesquisa através de questionário, conversamos com os ambiente
e revisões
alunos sobre as suas experiências, revimos a literatura de • Incerteza quanto ao tempo que tem de
pesquisa e profissional e traçamos o regime educacional e a Falta de apoio adequado
despender em determinada tarefa
legislação acerca de crianças e jovens autistas na Europa. A • Falta de acesso ao apoio adequado desde
nossa pesquisa demonstrou que há muitos desafios para os o inicio A transição para a vida adulta
estudantes autistas que querem entrar e ter sucesso no ES. • Foco nos “défices” do autismo em vez exige mais esforço do que
das mais-valias que estes estudantes
02 podem trazer para um aluno regular 03
• Falta de coerência em adaptações • Ir para longe de casa pela primeira vez
razoáveis, serviços específicos para o • Gestão do tempo e estabelecimento de
autismo e apoio personalizado rotinas
• Desconhecimento em como defender-se
eficazmente a si próprio
Expectativas irreais do
estudante
• Como é realmente o estudo na
universidade ”O qu
e me
• Qual é realmente o conteúdo do curso po der
impe d ia ter
i do d
• O desempenho com o mesmo nível de
Diagn e des
is tir ?
dificuldade que no ensino secundário
ós tico
. Auto -
• Interesses e dedicação dos colegas
perce
pção.
Supor
adequ te
(ex-alu
ad o.”
no , Países
Baixos)

Website do projeto: www.autism-uni.org


Introdução

Desafios enfrentados por estudantes autistas Índice

Sem dúvida, muitos destes são desafios para qualquer novo aluno. Mas enquanto Introdução.....................................................................................................................................01
a maioria pode adaptar-se razoavelmente rápido e usufruir do apoio dos seus - Sobre o autismo....................................................................................................................01
amigos, para os alunos autistas, esses desafios podem levar rapidamente ao
- Sobre o Autismo&Uni...........................................................................................................02
aumento da ansiedade, maior isolamento, depressão e, eventualmente, desistir
completamente do curso. - Desafios que os alunos autistas encontram .....................................................................03
Sobre este manual........................................................................................................................07
Isto é claramente uma enorme perda para a sociedade e economia europeia, pois
Manual de Boas Práticas para profissionais que apoiam alunos
muitos alunos autistas têm capacidades particulares para oferecer, por exemplo,
autistas dentro ou fora de instituções de Ensino Superior.......................................................11
grande dedicação e foco nos temas de estudo escolhidos, atenção aos detalhes,
adesão às regras, uma ética de trabalho elevada e uma propensão para pensar - Enquadramento.....................................................................................................................11
racional e logicamente. - Porque existe este problema?.............................................................................................13
- O que podemos fazer para solucioná-lo?...........................................................................13

Adquira o nosso conjunto de ferramentas - Conclusões............................................................................................................................16


- Propostas de ação................................................................................................................18
grátis online Estudos de caso e links úteis......................................................................................................23
O projeto Autism&Uni apoia estudantes durante este período crítico de transição Agradecimentos............................................................................................................................26
através de um conjunto de ferramentas (toolkit) online. O toolkit está disponível Referências...................................................................................................................................28
04 em várias línguas e pode ser adaptado às necessidades especificas de uma 05
universidade, ambiente e estrutura de apoio.

Visite http://www.autism-uni.org/toolkits para saber mais.

Website do projeto: www.autism-uni.org Project website: www.autism-uni.org


Sobre este manual
“Na esco la
eu era
secundária
ic u la r iz a do pelos
ri d
s. Isso não
meus pare
Nós desenvolvemos este manual com a ajuda de alunos autistas, dos seus pais,
,
e c e n a u n iversi dade tutores da universidade, professores e equipa de apoio ao autismo. Este manual
acont o legas me
sintetiza as nossas conclusões e destaca as melhores práticas, particularmente em
m e u s c
onde os
respeito.”
países parceiros do projeto, Reino Unido, Finlândia, Holanda, Polónia e Espanha. Todas
tra ta m co m as citações são de inquéritos e entrevistas que realizamos nestes países em 2014.
a)
(aluno, Espanh

Algumas instituições de ensino superior Europeias já forneceram associações


dos seguintes serviços e adequações (estes são apenas exemplos):

Planos de avaliação e de apoio pelo Envolvimento extra pelos conselheiros de


gabinete de ensino especial e apoio ao estudo, incluíndo tempo extra atribuído ao
aluno da universidade planeamento e transmissão de informações
sobre as necessidades do aluno para o
Tempo extra e uma sala separada nos pessoal docente.
exames
Sessões individuais ou em grupo com 07
Autorização para o uso de computadores consultores especializados em autismo
portáteis para realizar os exames escritos
Alternativas ou regime especial para
Clarificação dos termos ambíguos por um trabalhos de grupo e apresentações orais
assistente nos exames e nas tarefas de
estudo Mapas, direções escritas e outros apoios
para ajudar a encontrar locais de estudo
Propinas reduzidas
Todos os slides da aula fornecidos
Regime especial no alojamento de antecipadamente
estudantes
• Autorização para gravar as aulas
Software de apoio em todos os
computadores da universidade, ou para uso • Lugares destinados, computadores etc. em
individual auditórios e salas de aula

Tutoria ou acompanhamento personalizado

No entanto, o conhecimento da melhor forma de apoio a alunos autistas não é


consistente em toda a Europa e muitas vezes varia dentro de um país. Existem bolsas
de melhores práticas, e este manual pretende destaca-las e promove-las afim de
melhorar as perspetivas e o número de alunos do espectro do autismo no Ensino
Superior.

Website do projeto: www.autism-uni.org


Sobre este manual Sobre este manual

Como usar este manual Como usar este manual

Porque reconhecemos que um só formato pode não se aplicar a todos, criamos três Cada manual centra-se em “Conclusões” – perceções, ideias e instruções para fazer
manuais destinados a grupos específicos de pessoas que estão envolvidas no apoio uma mudança positiva e boas práticas para compartilhar com os colegas, assim
a alunos autistas, que estão longe da família, na Universidade. como “Propostas de ação”- ação direta, que pode tomar imediatamente e sem a
ajuda de outros.
Alguns dos exemplos das melhores práticas podem não ser diretamente aplicáveis
Manual 1: Manual 2: Manual 3: no seu país ou organização. Onde isto acontece, pode ser ainda possível identificar
Para diretores e professores Para os professores e Para profissionais que um principio básico que pode ser incluído na sua prática profissional.
catedráticos em instituições tutores do Ensino Superior apoiam alunos autistas,
de ensino superior dentro ou fora de institui- Alunos autistas que recebem apoio adequado atempadamente prosperam no
ções de Ensino Superior ensino superior. As suas capacidades e conhecimentos são reconhecidos e têm
acesso a aulas e bibliotecas para apoiar os seus interesses especiais e outras
oportunidades que lhes permitam crescer e desenvolver. Seguir este guia irá ajudá-lo
a auxiliar os alunos a aproveitar ao máximo o tempo que estão a viver e a estudar na
Universidade.
Um manual de boas práticas para apoio a alunos Um manual de boas práticas para apoio a alunos Um manual de boas práticas para apoio a alunos
do Espetro do Autismo (PEA) no Ensino Superior do Espetro do Autismo (PEA) no Ensino Superior do Espetro do Autismo (PEA) no Ensino Superior

Práticas recomendadas Boas Práticas para Manual de Boas Práticas para


Se quiser obter algum dos outros manuais desta coleção, por favor visite
Guia 1

Guia 2

Guia 3
para diretores e professores profissionais que apoiam alunos
professores e tutores autistas dentro ou fora de
catedráticos de Instituições do Ensino Superior Instituições de Ensino Superior www.autism-uni.org/bestpractice
de Ensino Superior Marc Fabri
Penny C.S. Andrews
Heta K. Pukki
Marc Fabri
Penny C.S. Andrews
Heta K. Pukki
Marc Fabri
Penny C.S. Andrews

08 09
Heta K. Pukki

“Na e
sco la
secun
dária
eu er
Este manual destina-se Este manual é para docentes Este manual é para especia-
ri d icu a
a diretores e professes em instituições de ensino listas que apoiam diretamente lariza
meus d o pelos
pares
catedráticos em universidades e superior. Partilhamos consigo alunos autistas. Como parte de
acont . Isso
não
instituições de ensino superior, dicas práticas baseadas em uma equipa de suporte ao ensi-
ece n
onde a uni
v
fornecendo informações e evidências da pesquisa que no especial dentro de uma ins-
os m e ersi da
evidências que ajudem a realizamos para que possa tituição de ensino superior ou,
us co de,
tratam legas
me
desenvolver políticas e práticas tornar a sua aprendizagem como parte de uma equipa de
co m r
que beneficiarão os alunos e práticas de ensino mais uma organização independente espeit
autistas e irão melhorar a acessíveis e apoiá-lo a criar que presta esses serviços. Va- o.”
(aluno,
experiência do aluno na sua melhores relacionamentos com mos partilhar ideias das nossas Espanh
a)
instituição. alunos autistas. pesquisas de boas práticas em
toda a Europa que irá ajudá-lo
a melhorar as experiências do
aluno, o envolvimento com as
informações e os serviços e a
desenvolver os seus conheci-
mentos.

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“O maior desafio é avaliar as
capacidades de um aluno quando os Manual de Boas Práticas para
estudos não vão bem e não possui profissionais que apoiam alunos
uma vida estruturada e identificar as autistas dentro ou fora de
dificuldades e conflitos nas interações instituições de Ensino Superior
sociais entre o aluno e os membros da
equipa.”
(Conselheiro de alunos, Finlândia)

Enquadramento
“Ainda me sinto envergonhado de
falar sobre as minhas limitações à Diagnóstico e Divulgação
maioria das pessoas, uma vez que não Há evidências de que alguns alunos sabem que são autistas, mas optam por não
divulgar (Baines, 2012; Davidson and Henderson, 2010; Huws and Jones, 2008).
correspondo à imagem estereotipada Isto pode ser por uma variedade de razões, incluindo não quererem ser identificados
como tendo necessidades especiais, acharem que não têm direito a apoio ou por
que têm de uma mulher autista. Só o querer integrar-se com os seus pares. Além disso, um grande número de alunos 11
sabem os meus amigos mais íntimos do espectro do autismo, ainda não foram diagnosticados no momento em que
começam a universidade, sobretudo as raparigas e alunos que não têm o género
ou os meus chefes no trabalho.” definido.
(antiga aluna, Reino Unido) No Reino Unido e na Holanda, de 0.3-0.4% dos alunos universitários declara uma
condição de espectro do autismo. Noutros países, os dados não puderam ser
recolhidos ou os números são ainda menores.
Fontes: HESA (2013), Broek et al (2012)

nada
“Não d igo
co legas,
aos meus
quero que
porque não
econceito
nenhum pr e
ie o m o d o co mo m
influenc “tipo
ro ser um
vêem. Prefi um
”, do que
mis terioso
autis ta.”
Baixos)
(aluno, Países
Manual de Boas Práticas para profissionais que apoiam alunos Manual de Boas Práticas para profissionais que apoiam alunos
autistas dentro ou fora de instituições de Ensino Superior autistas dentro ou fora de instituições de Ensino Superior

ção de oportunidades”, de modo a permitir aos


Além dos estereótipos Porque existe este alunos reforçarem os seus pontos fortes, amplia-

Os participantes no projeto Autism&Uni apoios são demasiado condescendentes e não


problema? rem os seus interesses e criarem mecanismos
que aumentem a sua confiança e os ajudem a
expressaram preocupação por não querem ser elogiados só por terem boas notas aproveitar ao máximo a experiência universitária.
Os conselheiros têm de poder ver para além do
corresponderem ao perfil típico que as pessoas ou por terem alguns amigos. Também não Isto ajudará também os alunos autistas a conse-
apoio social e económico para poder abarcar
esperam encontrar num aluno autista – por querem ser comparados com outros alunos guirem obter notas mais altas e talvez continuar
toda a experiência universitária. É importante ter
exemplo, esse é o caso das mulheres, dos autistas, seja de forma positiva ou negativa, pois os seus estudos a nível de pós-graduação e a
em consideração que os mentores e conselhei-
alunos que têm facilidade em expressar-se, dos querem ser considerados como indivíduos com partilhar as suas aspirações. O apoio recebido
ros especializados em autismo, mesmo quando
que parecem não ter dificuldades ou dos que os seus próprios direitos. tem de adequar-se tanto às dificuldades como às
são nomeados ou financiados pela universidade,
se identificam como lésbicas, homossexuais, ambições de cada aluno.
Dislexia
não costumam ter uma compreensão global do
bissexuais ou transgénero (LGBT). Tensão muscular
contexto universitário, desconhecendo quase
Dispraxia É uma boa prática supervisionar e reavaliar. As
Isto reflecte o modo como os alunos que não Problemas de visão
completamente o plano de estudos do aluno, as situações mudam e alguns alunos requerem
12 10 disciplinas que estuda e a própria faculdade onde apoio adicional numa etapa posterior, como por
correspondem a estereótipos são por vezes 12 9
tratados pelos membros da faculdade e pelos Enxaquecas
estuda. exemplo quando estão a preparar uma tese.
colegas e como o autismo é retratado na 14 Se por um lado devem ser oferecidas, sempre Também é de boa prática ter centros de ava-
literatura de apoio. 44 que possível, medidas gerais de apoio por parte
101 liação com práticas de avaliação uniformes e
alunos de todos os professores, como video-gravações que garantam algum tipo de especialização em
A literatura que descreve os alunos autistas 14
afirma muitas vezes que o autismo e as TDA ou das aulas e palestras, material audio-visual dado autismo. A centralização e a uniformização são
dificuldades de aprendizagem que se lhe
TDAH por antecipado, etc., para que todos os alunos aspetos fundamentais para os serviços de avalia-
18 possam tirar partido das lições, os alunos que ção se cada país estiver interessado em oferecer
associam, bem como os problemas de saúde 42
mental, são os únicos impedimentos que Problemas
participaram nas pesquisas sentem muitas vezes apoio geral a todos os alunos do Ensino Superior
12 afetam o sucesso dos autistas a nível do Ensino
digestivos ou
intestinais Depressão
que, quando lhes oferecem apoio, este raramente e não só a um grupo selecto. 13
Superior. No entanto, os alunos autistas podem é individualizado.
Ansiedade Dar informação e serviços a alunos “não-tradicio-
ser afetados por vários fatores que afetam o seu Software especializado, apontamentos por es- nais” pode colocar estes alunos numa posição
quotidiano na universidade. crito, aulas de apoio, tempo extra nos exames e esteriotipada: com problemas físicos, dificulda-
Muitos alunos autistas são muito várias outras medidas de apoio não são sempre o des de aprendizagem específicas, amadurecimen-
Pesquisa sobre outros problemas que afetam que o aluno necessita e este pode sentir-se obri- to, internacionais, LGBT, pertencentes a minorias
empreendedores se têm um bom sistema de os alunos autistas. Cada aluno podia escolher
apoio e nem todos são jovens solitários e sem gado a aceitar, temendo não receber outro tipo de étnicas, alunos em part time, à distância, com
mais de uma comorbilidade. apoio mais tarde, se não aceitar o que lhe está a
amigos – os alunos que responderam aos poucos meios económicos, etc. É importante
nossos questionários consideram que alguns ser oferecido. que as páginas de Internet, os folhetos e outros
materiais publicitários mostrem a diversidade em
todos estes grupos para que os alunos possam
O que podemos fazer encontrar, aceder e identificar-se com os serviços

Apoio académico vs apoio social para solucioná-lo? e informações adequados.

ição
As necessidades dos alunos autistas devem ser
“A [institu
Os alunos e as suas famílias disseram-nos que sentiam que o apoio social está demasiado cuidadosamente avaliadas. Seria ideal ter espe-
de ca ri d ade
separado do apoio académico. Alguns alunos autistas recebem apoio da universidade para cialistas e instituições especializadas a participar sta s] não
para auti
end ia e
me co mpre
os estudos, mas isso não os ajuda com os desafios que se lhes deparam e que não estão na avaliação. No entanto, quando se estão a
dentemente
condescen
diretamente relacionados com a aprendizagem. Do mesmo modo, alguns alunos autistas avaliar essas necessidades, por vezes estas con-
eu devia
d izia que
centram-se demasiado nas incapacidades e nos
vos menos
recebem aulas de apoio para a sua condição de autistas, mas as pessoas que os apoiam
pontos fracos que um aluno pode ter. ter objecti da
por causa
não compreendem o seu trabalho académico ou como a faculdade funciona, especialmente
ambiciosos .”
minha TDA
no caso de alunos de pós-graduação que não têm problemas “básicos” nos estudos (como O propósito desta avaliação do aluno tem de
erros ortográficos, de pontuação, gramaticais ou estruturais). ser mais abrangente – é também uma “avalia- Reino Unido)
(antigo aluno,

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autistas dentro ou fora de instituições de Ensino Superior autistas dentro ou fora de instituições de Ensino Superior

A importância de um Entrar mais cedo


apoio oportuno Muitas universidades europeias encorajam os
alunos internacionais ou de intercâmbio a chegar
uma semana antes dos outros alunos para
As pesquisas do Autism&Uni incluíram alunos que Polaco, os alunos devem começar a falar com poderem familiarizar-se com a faculdade e com a
tinham abandonado a universidade e alunos que um provedor do aluno ou coordenador quando se sua nova cidade. Algumas universidades, como a
terminaram os seus cursos com êxito. Um apoio inscrevem para a universidade e devem apresentar University of Sheffield (UK), também encorajam Orientação de
oportuno, ou a falta dele, foi o fator determinante
para estes alunos.
pedidos formais para adaptações. Ao mesmo
tempo devem contactar as autoridades estatais ou
os alunos autistas que estudam fora de casa a
vir para a universidade ao mesmo tempo que os pares
locais para obter serviços e benefícios especiais. alunos internacionais, para poderem aclimatar-se
Muitas vezes os alunos autistas não recebem antes da chegada do resto dos alunos. Este início A Universidad de Las Palmas de
qualquer apoio quando começam os seus estudos. “escalonado” é melhor do que pedir aos alunos
Mesmo quando a faculdade, outras organizações, Gran Canaria (Espanha) oferece um
autistas que passem parte das férias de Verão esquema de orientação de pares
o governo local ou central lhes oferece apoio e eles numa residência de adaptação.
Durante os estudos, recebeu apoio para alunos autistas de Engenharia
podem provar a sua elegibilidade, podem não ter
tido ajuda para pedir esse apoio ou podem nem
relacionado com o autismo? Os alunos que foram às residências de (Tobajas et al., 2014). Cada aluno tem
saber que ele existe. Verão apreciaram os programas oferecidos, dois mentores no seu departamento a
mas a nossa pesquisa mostra que isso não quem podem recorrer para pedir ajuda
É uma boa prática encorajar os alunos a solicitar solucionou muitos dos problemas com que durante a transição à universidade
esses apoios muito antes de entrarem para a se deparam os autistas, como a convivência
universidade, para que esse apoio possa ser ou durante o ano lectivo. Também
com os companheiros de casa (até mesmo recebem apoio semanal. O projeto
aplicado a partir do momento em que os alunos nas residências não há interação com os
comecem os seus estudos. funciona com êxito há 10 anos e o
14 futuros companheiros), a socialização com os
pessoal académico oferece informação 15
colegas de curso e a vida quotidiana quando a
O apoio deve ser abrangentemente difundido 39% 47% 14% universidade está na sua época mais ocupada. e apoio individual específico. Os
a todos os alunos, explicando tudo o que está mentores são alunos muito motivados
disponível e quem pode solicitá-lo. Muitas vezes Sim Não, ainda não Não, tinha sido As residências envolvem também um grupo
tinha sido diagnosticado muito limitado de alunos, ao passo que entrar que já estão em fases mais avançadas
os conselheiros podem ajudar os alunos com os
formulários de inscrição para obter esses apoios,
diagnosticado mas não recebi mais cedo, especialmente quando é oferecida dos cursos e que mostraram interesse
apoio
mas isso só sucede se os alunos sabem que a todos os alunos que possam necessitar de em ajudar alunos do espectro autista.
podem recorrer a conselheiros e que os alunos tempo para habituar-se à faculdade, é uma opção Têm reuniões individuais periódicas e
autistas podem receber apoios adequados. mais abrangente. de grupo, supervisionadas.
Para quem recebeu apoio, quando
É muito importante começar o processo com começou a recebê-lo? Ver também a nossa informação sobre Os alunos que participaram neste
bastante antecedência quando o sistema de Projeto Universal para a Aprendizagem esquema mostraram melhoras
Ensino Superior não oferece um sistema de (PUA) na página 21. a nível académico e valorizam-
Antes de começar o curso
avaliação. Se os documentos do aluno não estão no favoravelmente. Há esquemas
em ordem quando chega a altura de começar os 21%
de orientação de pares noutras
estudos, pode haver demoras porque os serviços Na primeira semana de aulas universidades, mas o esquema em
de saúde costumam ser lentos a proceder às
14% Las Palmas é interessante porque
uito a
“Demorei m
avaliações. Essas demoras também se podem
ir une os alunos em grupos de trabalho
gem para
ganhar cora s de apo io.
dever a que essas instituições estão sempre mais No primeiro mês do curso
grupo
por curso e elimina a divisão entre
a um dos
ocupadas nessa época de inicio do ano letivo.
asiado
7%
o fu i, já era dem compreensão académica e social que
Q u a n d do e não
stava cansa
tarde, já e
No Reino Unido e nos Países Baixos, os
ersidade,
Antes de acabar o primeiro semestre costuma estar presente noutros tipos
uar na univ
quis contin
alunos podem pedir apoio quando escolhem a
li dar de apoio.
conseguia
10%
universidade e o curso que querem estudar – porque não e n ã o me
ti d iano
co m o quo
mesmo se depois decidem mudar de universidade. Depois do primeiro semestre
z .”
Nos sistemas de Ensino Superior Finlandês e 48% sentia feli
Reino Unido)
(antigo aluno,

Website do projeto: www.autism-uni.org Website do projeto: www.autism-uni.org


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autistas dentro ou fora de instituições de Ensino Superior autistas dentro ou fora de instituições de Ensino Superior

Conclusões Se trabalha numa Se trabalha fora


(boas práticas a adotar e partilhar) instituição do das instituições do
Ensino Superior: Ensino Superior:
Centradas em alterações estratégicas a nível Defenda práticas de avaliação acessíveis e Desenvolva uma boa relação com as
universitário que necessitam de apoio de gestão uniformes na instituição, de modo a garantir instituições do Ensino Superior, por
um trato igualitário para todos os alunos exemplo convocando reuniões habituais
da rede de apoio incluindo o pessoal das
Animar os alunos autistas a pedirem apoio Quando se redigem pedidos oficiais de
Use a sua experiência em relação às faculdades. Se o pessoal académico não
e obter uma avaliação o mais cedo possível; alterações ou serviços, deve aproveitar-
preferências e requisitos dos alunos tiver disponibilidade, certifique-se de que
ser proativos na comunicação sobre os se a oportunidade para re-avaliar a
autistas para melhorar a acessibilidade recebem a informação sobre as decisões
apoios disponíveis para os alunos situação, caso as intervenções sugeridas
geral à sua instituição: tomadas que afectam os alunos
não estejam disponíveis ou não estejam
Garantir que a avaliação cobre tanto os a funcionar como seria de esperar
crie informação que possa ser enviada aos Ofereça ações de treino para
desafios como os aspectos positivos do
novos alunos em relação aos processos de melhorar as aptidões e técnicas do
autismo. Se a avaliação é feita de modo Desenvolver práticas gerais para rever
apoio e de recebimento na universidade pessoal do Ensino Superior
externo ou por profissionais médicos, devemos regularmente as necessidades de apoio,
considerar uma avaliação educativa adicional: usando meios acessíveis como sondagens crie informação com texto e imagens e
rápidas; incluir os comentários de alunos, Aja como defensor independente dos
instruções sobre como chegar aos vários
académicos, pessoal de apoio e também dos alunos autistas quando não houver apoio
avaliar defeitos, desafios, e a necessidade edifícios da universidade e esforce-se para
pais, uma vez que o stresse na universidade suficiente dentro da universidade
de as oferecer soluções tecnológicas ou de que isto se torne numa prática habitual
serviços de apoio que estes requeiram. pode revelar-se em casa e não na faculdade
16 negocie com a administração das 17
animar os alunos a compreender os Garantir que os alunos compreendam que faculdades a criação de espaços tranquilos
aspectos positivos do autismo (os não têm de trabalhar unicamente com o nos edifícios e espaços universitários
aspetos específicos do seu caso) na pessoal de apoio que lhes foi facultado – as
sua vida académica e não só, e os sugira que este tipo de ações
relações entre pessoas nem sempre funcionam seja incluído na estratégia de
seus pontos fortes individuais. bem, até mesmo a nível profissional acessibilidade da sua instituição
avaliar as estratégias individuais de
superação, os pontos fortes e interesses. Animar os alunos a colaborar para reunir Estabeleça uma rede de pessoal de apoio para
informação que possa ser transmitida os alunos autistas para além das equipas
Garantir que os esquemas de apoio que aos professores e leitores, tornando de acessibilidade e dos serviços estudantis,
essa informação específica ao seu caso “Deveria h
envolvem mentores, colegas, conselheiros, tentando abarcar o maior número possível aver um
e relevante para os seus estudos maior inte
anotadores e assistentes sejam consistentes, de departamentos, para oferecer um apoio rcâmbio d
informaçã e
i.e. que seja a mesma pessoa, à mesma unido que se antecipe às necessidades, o entre [o
de apo io a p e ss oal
hora e no mesmo lugar, visto que isto Se observamos que o apoio oferecido a em vez de reagir face às mesmas os autistas
académico e os
s] para qu
reduz a ansiedade dos alunos um aluno se divide em vários serviços e
estejam m e os tutore
é difícil de gerir, garantir que há um só elhor info s
possam en rmados e
indivíduo ou organização, claramente tender alg
Quando se avaliam as necessidades problemas uns dos
identificado, encarregue de coordenar e co m que se
dos alunos ou se tomam decisões em d iariamen deparam
atualizar todos os serviços oferecidos te os alun
relação aos sistemas de apoio, deve ser os do
espectro a
considerada a possível sobreposição entre utista.”
o sistema do Ensino Superior e as ajudas (aluno, Países
Baixos)
externas, bem como as áreas que não são
abrangidas por nenhuma organização

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Propostas de ação
(o que pode fazer já)

m
Anime os alunos a avaliare
odo
o apoio que recebem de m
Faça com que o aluno regular, deixando claro qu
e Se um aluno opta
por não
participe em todas as isso não os fará perder es
se renovar os serviç
bre os em anos
discussões e decisões so apoio se a sua opinião fo
r posteriores, desc
ubra porquê.
.
os requisites académicos desfavorável.
o
Comunicar com o aluno nã
a
é só uma boa prática, é um Trabalhe activamente com
necessidade. o pessoal académico para
que aprendam que trabalh
ar
18 melhor com os alunos au
tistas 19
também ajudará a melho
rar a
experiência de todos os al
unos
em geral. Seja consciente de que os alunos
autistas podem considerar a
terminologia usada imprecisa,
insultuosa ou desanimadora, e
Apoie ou inicie a prá que as preferências podem variar
tica dependendo do indivíduo, do país
de recolher dados so
bre o ou da região. Tenha em atenção
número de alunos a
o e o apoio utistas, os o tom utilizado recorrendo a
Examine de forma crítica a informaçã apoios que recebem
oferecidos aos alunos autistas e compar
e-as com e as suas “desafio” em vez de “dificuldade”,
outras opiniões sobre a uti “limitação” ou “diferença” em vez
as guias de boas práticas oferecidas por mesmos, especialm
lidade dos
instituições do Ensino Superior ou por
outros países. ente se de “deficiência”, “características
Faça revisões regulares com opiniões
de alunos e de ainda ninguém o fe autistas” ou “condição de autista”
z.
recém-licenciados, incluindo os alunos
que já deixaram em vez de “distúrbio autista”,
de receber os serviços de apoio. “apoio” em vez de “tratamento”.

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Manual de Boas Práticas para profissionais que apoiam alunos Manual de Boas Práticas para profissionais que apoiam alunos
autistas dentro ou fora de instituições de Ensino Superior autistas dentro ou fora de instituições de Ensino Superior

Se trabalha numa instituição Projeto Universal para a Aprendizagem


do Ensino Superior: (UDL)

Esteja preparado para poder O conceito de Projeto Universal surgiu no campo da arquitetura para enfatizar o design
fornecer dados exactos à que permite uma ampla gama de utilizadores, incluindo os que têm alguma incapacidade.
administração da sua instituição O Projeto Universal para a Aprendizagem consiste em envolver e apoiar diversos grupos
sobre os seus alunos para poder de estudantes, independentemente da sua origem, estatuto ou incapacidade/diagnóstico.
ão sobre
Peça para receber formaç demonstrar a necessidade de Um erro comum é que o Projeto Universal promove uma abordagem de “tamanho
tistas no
como apoiar os alunos au tomar medidas e os efeitos único”, mas isso não é caso. O que realmente significa é a disponibilidade de opções:
r.
âmbito do Ensino Superio positivos das mesmas. oferecer aos alunos oportunidades múltiplas e variadas de participar na aprendizagem e
demonstrar a sua compreensão.
O PUA favorece estratégias educacionais que são concebidas proactivamente para
suportar múltiplos caminhos na aprendizagem, em vez de se concentrar em alterar
retroativamente o material existente para que se adeque às necessidades de um grupo
específico.
Se não estiver disponível uma
formação adequada, faça um Um exemplo de projeto proativo está em dar a TODOS os alunos opções de como podem
Discuta os requisito
s das apresentar trabalhos, de acordo com as suas capacidades de comunicação e preferências.
pedido oficial ao departamento formações com ou
20 tros membros Um exemplo de projeto retroativo é a prática de fazer adaptações ainda que ligeiras aos 21
correspondente dentro da sua da faculdade, como
por exemplo materiais de aprendizagem existentes e às condições de exame.
instituição ou a uma organização professores e leitore
s que Fontes: Bublitz et al (2015), CAST (2011)
externa especializada no espectro trabalhem com alun
os autistas.
autista, para que se possa criar Se já recebeu form
ação, partilhe
essa formação. esses conhecimento
s com os seus
colegas.

Se trabalha fora
das instituições do Ofereça activamente os seus serviços ao
Ensino Superior: pessoal do Ensino Superior e explique
aos diversos membros da faculdade
que aprender a trabalhar melhor com
os alunos autistas também ajudará a
melhorar a experiência universitária de
todos os alunos em geral.

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Estudos de Caso e links úteis Visit our project website for


more information
Recolhemos estudos de caso de apoio ao autismo de vários
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países europeus. Estes são exemplos de melhores práticas,
por exemplo, onde uma organização consegue algo para além
do que todos estão a fazer.

Finlândia
Portugal
Estudo de caso
Estudo de caso Omapolku ry / Omavoima presta serviços sobre a eficácia das intervenções no
de aconselhamento e coaching individual sistema finlandês e avance para uma prática
O PIN - Progresso Infantil é um Centro para implementação de programas e metodologias
e de grupo a adolescentes e adultos com verdadeiramente baseada em evidências, o
as Perturbações do Desenvolvimento ao de intervenção capazes de fornecer uma 23
várias condições neurológicas, incluindo que poderia ajudar outras organizações a
longo do ciclo de vida que presta serviços resposta às necessidades sentidas.
estudantes autistas. Esses serviços apoiam tomar decisões sobre a tentativa de modelos
de avaliação especializados, utilizando
Contacto o desenvolvimento de competências de vida de serviços similares.
instrumentos validados pela comunidade
Pedro Rodrigues, Psicólogo clínico, Núcleo independente, gestão de vida, planeamento
cientifica internacional, aconselhamento Contacto
das Perturbações do Espetro do Autismo e de estudos e negociação de transições, como
individual e de grupo a crianças, Heidi Multanen, Consultor responsável pelos
Défices Cognitivos a mudança de curso.
adolescentes e adultos com diferentes serviços da Omavoima
condições neurodesenvolvimentais (e.g., http://pin.com.pt
A organização fornece informações sobre o www.omavoima.info
Perturbações do Espetro do Autismo, PHDA, autismo para os funcionários da universidade
Dificuldades Específicas de Aprendizagem, Links úteis responsáveis por escrever recomendações Links úteis
etc.). para adaptações e defende alunos individuais
1. PIN - Progresso Infantil
para os ajudar a fazer adaptações adequadas 1. Autismi- ja Aspergerliitto ry
O PIN visa a melhoria do bem estar http://pin.com.pt
e planos de aprendizagem personalizados. www.autismiliitto.fi
da pessoa com uma perturbação do 2. Esteetön opiskelu korkea-asteen
desenvolvimento, da compreensão da sua Ao contrário de muitas organizações oppilaitoksissa (ESOK)
condição, unidos em torno do ideal de servir finlandesas, Omavoima regista www.esok.fi
as famílias na luta contra a discriminação sistematicamente o número dos clientes 3. Kansaneläkelaitos, Oma Väylä –hanke
sentida. autistas que recebem cada tipo de serviço, www.kela.fi/omavayla
recolhe o feedback sobre os resultados 4. Omapolku ry, Omavoima neuropsykiatriset
O PIN presta um serviço especializado de
experienciados utilizando questionários ohjaus- ja valmennuspalvelut
consultoria na área da educação ao longo
concebidos para este fim específico e www.omapolku.fi/omavoima
dos diferentes níveis de ensino. O objectivo
organiza reuniões de acompanhamento 5 Otus - säätiö, Korkeakoulujen
destes serviços visa otimizar a integração
com antigos clientes para monitorizar o seu saavutettavuus -selvitys 2016
da pessoa com uma perturbações do
bem-estar. Isto permite que a organização www.otus.fi/index.php/julkaisut/kaikki-
desenvolvimento e colaborar activamente
acumule evidências muito necessárias julkaisut
com os mais variados intervenientes na

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Países Baixos Polónia Espanha Reino Unido

Estudo de Caso Estudo de Caso Estudo de Caso Estudo de Caso


Handicap+Studie é o centro Holandês na van- Jaś i Małgosia (JiM) fornecem assistência de A Autismo Burgos oferece um programa para A Universidade de Sheffield emprega alunos
guarda do apoio aos alunos com incapacida- alta qualidade para pessoas com autismo e alunos autistas, que fornece um guia com- deficientes para ser “Campeões de incapaci-
de. A organização é um ponto de atendimento outras incapacidades. A organização realiza pleto com passos específicos para apoiar o dade”, que são pagos para falar sobre o apoio
e informação para instituições educacionais. campanhas de sensibilização para o autismo. acesso à universidade e ajudar os alunos no disponível para o estudo de nível universitário
Eles formam professores e terapeutas em seu primeiro ano a lidar com todos os aspetos numa variedade de eventos para alunos atuais
A sua missão é permitir que os alunos com toda a Polónia e organizam grupos de apoio desta experiência. O processo inclui aconse- e potenciais alunos, tanto em escolas locais
incapacidade participem com sucesso no en- para o pais. Há também o Centro de Terapia lhamento de orientação, adaptação ao teste como dentro da Universidade. Os Campeões
sino superior que escolherem. Os consultores JiM, que cuida de cerca de mil jovens com de entrada na universidade, colaboração com de Incapacidade também fornecem apoio na
identificam o que é importante para os alunos autismo, bem como outras perturbações do o serviço universitário para alunos com ne- transição para novos alunos autistas através
e traduzem as suas dúvidas em apoio e opor- desenvolvimento. Os serviços da JiM são cessidades educativas especiais, informações de um esquema de orientação e um evento de
tunidades para obter sucesso no estudo. fornecidos gratuitamente. sobre bolsas de estudo e apoio académico. transição de um dia na Universidade.
A oferta principal do Handicap+Studie’s é o O JiM é único na cidade central Polaca de O aluno recebe um programa personalizado Isto dá aos alunos a oportunidade de respon-
suporte a rotas de aprendizagem alternativas, Łódź, onde é difícil encontrar serviços de nos primeiros sias do curso, a atribuição de der a quaisquer dúvidas ou preocupações que
seguindo ideias do Projeto Universal para a confiança para diagnóstico de autismo e apoio um assistente pessoal, ajuda para estabelecer tenham por contacto com os alunos atuais
Aprendizagem. Os alunos são vistos como profissional para alunos e suas famílias – o um horário, encontrar apoio dentro do con- (bem como funcionários) antes do início do
indivíduos. As suas diferenças são levadas em JiM é um único ponto de contacto para todos texto universitário, tomar uma decisão sobre semestre de ensino. Embora nem todos os alu-
conta e eles podem, por isso, seguir o caminho esses serviços altamente valorizado. a comunicação do seu diagnóstico aos seus nos autistas possam querer passar tempo com
de aprendizagem que melhor lhes convier. pares, visitas ao campus universitário e muito outros alunos autistas, muitos acham útil co-
24 mais. nhecer outros que estão a começar a universi- 25
dade ao mesmo tempo e também aqueles que
estão mais avançados nos estudos e com bons
resultados a fim de reunir informações sobre
como enfrentar e prosperar na Universidade.

Contacto Contacto Contacto Contacto


Eline Thijssen, Consultant Marta Charbicka María Merino Gayle McKay,
Nelleke den Boer, Advisor and Trainer Director of the Children’s Therapy Centre Psychologist Disability Transition Officer
www.handicap-studie.nl www.jim.org www.autismoburgos.org www.sheffield.ac.uk/disability

Links úteis Links úteis Links úteis Links úteis


1. Handicap+Studie 1. Fundacja Jaś i Małgosia w Łodzi 1. Confederación Autismo España 1. National Autistic Society
www.handicap-studie.nl www.jim.org/fundacja www.autismo.org.es www.autism.org.uk
2. Nederlandse Vereniging voor Autisme 2. Fundacja Synapsis w Warszawie 2. Federación Autismo Castilla y León 2. ASD Wales
www.autisme.nl synapsis.org.pl www.autismocastillayleon.com www.asdinfowales.co.uk
3. STUMASS – Wonen voor studenten 3. Stowarzyszenie Dalej Razem w 3. Autismo Burgos 3. Scottish Autism
met ASS Zielonej Górze www.autismoburgos.es www.scottishautism.org
www.stumass.nl www.dalejrazem.pl 4. Asociación Española de Profesionales del 4. Autism Northern Ireland
4. Landelijk Netwerk Autisme 4. Stowarzyszenie Uczymy się żyć Autismo (AETAPI) www.autismni.org
www.landelijknetwerkautisme.nl razem w Opolu www.aetapi.org 5. Autism West Midlands
www.autyzmopole.pl www.autismwestmidlands.org.uk
5. Navicula - Centrum diagnozy i terapii
autyzmu w Łodzi
www.navicula.pl

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Agradecimentos Agradecimentos

Sobre os autores Parceiros do projeto Autism&Uni

Keskuspuisto Vocational
College, Helsínquia Finlândia

Leeds Beckett University, Reino Unido


TFEI, Reino Unido
Dr Marc Fabri, Penny Andrews, Heta Pukki, The Academy of Humanities
Leeds Beckett Leeds Beckett Keskuspuisto Vocational and Economics in Łódź, Polónia
University, University, College,
Reino Unido Reino Unido Helsínquia, Finlandia
26 27
Marc é o líder do projeto Penny é Assistente de Pesquisa O trabalho de Heta para o
Autism&Uni e é Professor e para Autism&Uni e candidata a Autism&Uni centrou-se na
Investigador em Tecnologia Doutoramento na Universidade disseminação e diferenças em Technical University
de Assistência. O seu foco de de Sheffield, investigando redes contextos culturais e sistemas Eindhoven, Países Baixos
pesquisa é sobre métodos de sociais académicas. Também de serviço. Tem um diploma
design participativo, avaliação é escritora, artista, intérprete, em educação especial e outro Autismo Burgos,
da experiência do utilizador velocista e bibliotecária em biologia. A Hera identifica- Espanha
facilitando a mudança positiva qualificada. Foi diagnosticada se como autista e tem estado
de comportamento. com autismo enquanto era envolvida na área do autismo
estudante. há dezoito anos como escritora,
tradutora, colaboradora de
projetos e ativista em ONGs.

Agradecemos às seguintes pessoas pelas suas contribuições e comentários úteis:

Antti Aavikko, Jan-Mikael Fredriksson, Daria Modrzejewska, Amanda Szukalska, Paul Quantock, Natasha Stash,
Alejandro Montes García, María Merino, Miguel Lancho, Christian García, Roy Houtkamp, Harriet Cannon, Kate
Dean, Kate Myers, Matt Tucker, Danny Gallacher, Steven Chamberlain, Diane McClymont

O projeto Autism&Uni (AUTHEW) foi financiado com apoio da Comissão Europeia. Esta publicação reflete
apenas os pontos de vista dos autores, e a Comissão não pode ser responsabilizada por qualquer utilização
que possa ser feita das informações nele contidas.

Website do projeto: www.autism-uni.org Website do projeto: www.autism-uni.org


Referências

“Eu desisti da minha primeira universidade.


Baines, A.D., 2012. Positioning, strategizing,
and charming: how students with autism
Kenny, L., Hattersley, C., Molins B., Buckley,
B., Povey, C., Pellicano, E., 2015. How
Não conseguia descobrir onde tinha
construct identities in relation to disability.
Disability & Society 27, 547–561. doi:10.108
Should We Describe Autism? Perspectives
from the UK Autism Community. IMFAR
que estar ou o que era esperado
0/09687599.2012.662825 conference, Salt Lake City, US fazer. Socialmente era muito difícil
Broek, A. van den, Muskens, M.,
Winkels, J., 2012. Studeren met een
Madriaga, M., 2010. “I avoid pubs and the
student union like the plague”: Students with
e eu não tinha amigos de verdade,
functiebeperking 2012. De relatie tussen Asperger Syndrome and their negotiation of só um monte de pessoas que se
studievoortgang, studieuitval en het gebruik university spaces. Children’s Geographies 8,
van voorzieningen. Eindmeting onderzoek 39–50. doi:10.1080/14733280903500166 aproveitaram de mim. Eu lutei bastante
‘Studeren met een functiebeperking’.
Onderzoek in opdracht van Ministerie van Morris, C., 2011. The Aspect project: e acabei por ter um colapso grave.
OCW Working together to enhance the learning

Bublitz, D., Wong, V., Donachie, A., Brooks,


experiences of students with Asperger
syndrome at the University of Brighton, in:
Eu não estava pronto para a universidade
P.J., Gillespie-Lynch, K. 2015. Applying
Universal Design to build supports for
Partnerships: Articles from the Learning and
Teaching Conference 2010. University of
na altura. Não conseguia viver de forma
college students with autism spectrum Brighton Press. independente sem me colocar em risco.
disorder,in Roberta V. Nata (Ed.), Progress in
Education, vol 36, Nova Publishing, 1-24 Ratcliffe, R., 2014. Helping students with
Asperger’s prepare for university life. The
Foi horrível, mesmo eu sendo muito
28
CAST, 2011. Universal Design for Learning Guardian, UK, http://www.theguardian.com/ inteligente, o lado social e a organização
Guidelines version 2.0. Wakefield, MA. education/2014/sep/09/students-aspergers-
Retrieved from http://www.udlcenter.org/ ready-university-life necessários ultrapassavam-me.
aboutudl/udlguidelines/downloads
Davidson, J., Henderson, V.L., 2010.
The NHS Information Centre, Community
and Mental Health Team, Brugha, T. et al, A minha segunda tentativa na
“Coming out” on the spectrum:
autism, identity and disclosure. Social
2012. Estimating the prevalence of autism
spectrum conditions in adults: extending
universidade correu muito melhor.
& Cultural Geography 11, 155–170.
doi:10.1080/14649360903525240
the 2007 Adult Psychiatric Morbidity Survey.
Leeds: NHS Information Centre for Health
Acelerei o meu diploma em 2 anos e
HESA, 2013. Table 14 - First year UK
and Social Care um indivíduo excepcional mostrou-
domiciled HE students by level of study, sex,
mode of study and disability 2012/13.
Tobajas, F., De Armas, V., Cabello, M.D.,
Grijalvo, F., 2014. Supporting students with
me o que era uma verdadeira amizade,
Huws, J.C., Jones, R.S.P., 2008. Diagnosis,
special needs at university through peer pela primeira vez na minha vida.”
mentoring, in: Global Engineering Education
disclosure, and having autism: An Conference (EDUCON), 2014 IEEE. IEEE, pp.
(antigo aluno, Reino Unido)
interpretative phenomenological analysis 701–705.
of the perceptions of young people
with autism. Journal of Intellectual and
Developmental Disability 33, 99–107.
doi:10.1080/13668250802010394

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Funding ref 539031-LLP-1-2013-1-UK-ERASMUS-ESIN

© Autism&Uni 2017

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