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Promovendo o Desenvolvimento
Econômico Local através do
Planejamento Estratégico
Volume 2: O Manual
Série: Desenvolvimento Econômico Local
Promovendo o Desenvolvimento
Econômico Local através do
Planejamento Estratégico
Volume 2: O Manual
iv
Prólogo
v
sionais do desenvolvimento econômico local ofereceram suas idéias e experi-
ências para tornar este documento final rico em conteúdo, robusto em
métodos e amplamente aplicável. Muitos merecem nosso agradecimento pela
conclusão desta série de treinamento: às agências de financiamento: a Agên-
cia Canadense Internacional de Desenvolvimento (CIDA) e o Programa Holan-
dês de Parceria, aos membros colaboradores da “mesa redonda virtual”, às
dezenas de treinadores e membros de governo local, setor privado e sociedade
civil. Sua sabedoria e pragmatismo permeiam os documentos desta série. Os
devidos agradecimentos também devem ir a Gulelat Kebede e à equipe da
Sucursal de Treinamento e Capacitação (TCBB) de UN-Habitat, que guiaram
e contribuíram para o projeto, encaminhando-o a um bom termo Deve-se um
agradecimento final ao autor principal William Trousdale de EcoPlan Inter-
national, Inc. (EPI), assim como aos vários co-autores que aceitaram o desafio
de articular esta inovadora série de treinamento.
vi
Prefácio
vii
dade civil. A importância da série repousa em sua contribuição para a
promoção do compartilhamento de conhecimento.
A Série de Treinamento de DEL usa estudos de caso e exemplos do
mundo real para encorajar a evolução do aprendizado em ação. O sucesso
primordial e a realização desses resultados, no entanto, dependem da criati-
vidade dos estabelecimentos locais e dos atores autoridades locais, institui-
ções de treinamento, operadores do setor informal, empresas e organizações
da sociedade civil para adaptação das ferramentas às realidades locais, e do
uso desta série como documento vivo, enriquecendo-a com novas compreen-
sões, conhecimento e experiências.
Gulelat Kebede
Coordenador do Projeto de DEL
da Subdivisão de Treinamento e
Capacitação, UN-Habitat
viii
Agradecimentos
ix
agradecimentos à nossa organização parceira, a Associação de Governo Local
de Zambia, e as contribuições significativas de Dan Longwe, Maurice Mbolela
e Coronel Kenneth Kabungo. Os testes de campo foram consideravelmente
facilitados pela assistência de Josephine Muchelemba e Pierre-Paul Perron,
na Unidade de Apoio a Projeto CIDA em Lusaka. Entretanto, a substância
veio dos participantes da Zâmbia e do Zimbábue, pelo que agradecemos de
coração Josephine Chimbwali,
Mbwainga Mbwainga, Daniel Mapulanga, Patrick Katoti, Godfrey
Musonda, Lilo Marohn, Mpataji Namumba, Ephraim Belemu, Joyce Chimbila,
Ronald Daka, Prof.Peter Lolojih, Joseph Zulu, Morgen Gomo, Jonathan
Simbeya e Gerrit McGowan, por seu apoio técnico.
As Filipinas foram o último local de teste de campo da Série de
Treinamento de DEL. Contamos com a parceria do Instituto Urbano
Canadense para desenvolver os testes de campo nas Filipinas. O
profissionalismo e a dedicação de Francis Gentoral e seu pessoal em Iloilo,
Filipinas, trouxe compreensão e êxito a este trabalho. Os treinadores EPI
John Ingram e Glen Hearns conferiram vida aos materiais. Como sempre,
foram os 40 participantes do Conselho de Desenvolvimento Metropolitano de
Iloilo e a província de Guimaras que fizeram desta uma experiência válida e
de contribuições relevantes.
Reconhecemos o trabalho desenvolvido anteriormente por EcoPlan
International, Inc. , manual em co-autoria com Karen Peachey, que foi parte
dos trabalhos de projeto internacional completados com o Instituto Urbano
Canadense, com o auxílio financeiro da Agência Canadense de
Desenvolvimento Internacional. Esta série de treinamento para o
desenvolvimento local é um aperfeiçoamento desse trabalho anterior.
Tampouco é possível minimizar a importância da pesquisa e das contribuições
de Lisa Kon Kam King, Maria Olascoaga, Daphne Powell, Samantha
Andersen, Darren Cole, Sanjay Coelho, Jason Emmert, Johm Ingram e Aaron
Burgbusch Agradecemos também as contribuições de Heather Conn para a
edição.
Finalmente, gostaríamos de agradecer especialmente a Agência
Canadense de Desenvolvimento Internacional (CIDA). Seu apoio contribuiu
para o desenvolvimento do manual original. CIDA também participou
ativamente no processo de Mesa Redonda Virtual e apoiou os testes de campo
deste manual.
William Trousdale
Autor Principal
x
Sumário
Apresentação................................................................................................. v
Prefácio........................................................................................................ vii
Agradecimentos........................................................................................... ix
Compreendendo os ícones......................................................................... xii
Introdução.....................................................................................................1
Sobre o Manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Propósito e Resultados do Manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Filosofia do Manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
A quem se destina o Manual? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Referências................................................................................................182
Glossário de termos-chave........................................................................187
Links para organizações externas............................................................193
xi
Entendendo os ícones
xii
Glossário
O Desenvolvimento Econômico Local (DEL) tem linguagem e terminologia
próprias, e muitos dos termos em torno do DEL requerem interpretação e
negociação quando aplicados em diferentes cenários institucionais. Posto
que alguns desses termos não constituem consenso, incluiu-se um glossário
com as palavras mais empregadas no DEL na parte final deste documento.
xiii
Introdução
Objetivos
UU Avançar na organização, administração e liderança do governo e setor
privado.
UU Promover e apoiar empresas existentes.
UU Criar novas empresas em Luque.
UU Reconquistar e promover a reputação de Luque como cidade bem
sucedida.
UU Promover Luque como destino turístico atraente
UU Atrair novas empresas de fora de Luque.
1 William Trousdale, EPI EcoPlan International, Inc. O autor principal deste manual ofereceu apoio facilitador para o projeto.
1
Referência de caso 1: (continuação)
reflexão, foram identificadas 22 ações, agrupadas como estratégia de “cinco
pilares”, apresentadas a seguir:
A Oficina III foi então organizada para avaliar essas ações e opções de
estratégia. Primeiramente, devido ao tempo e recursos limitados (e evitar
2
Referência de caso 1: (continuação)
"listas de desejos” que não levam a “lugar algum”), foram separadas pelo
que podia ser feito em curto prazo; o que estava dentro das capacidades
e limites de Luque (ex.: organizacional, governança, financeiro), e o que
podia ser usado como um projeto piloto visível para manter o ritmo certo.
Finalmente, a partir dos resultados da simples priorização dos objetivos do
dia anterior, uma avaliação básica das 22 ações resultou em acordo sobre
duas das ações para imediata implementação (ver Ferramenta 6b):
UU Criar uma secretaria multisetorial de Desenvolvimento Econômico; e
UU Criar um folheto sobre desenvolvimento econômico para a cooperação
empresarial local e para a atração de novas empresas (um projeto de
baixo custo e de muita visibilidade).
Prioridade de ação 1:
Criar uma secretaria multisetorial de Desenvolvimento Econômico
Quem? Quando? Período Fundos?
Como? Tarefas
Responsabilidades de tempo Financiamento
Representação mista Primária ou Organizado em meados O município concorda
(ver análise das partes de Janeiro em dividir os custos
principal
interessadas) mediante contribuições
Primeira reunião dos membros (UIP,
Máximo de 15 O município
(Forças Vivas) (conselheiros): Quinta- FEPRINCO, ONGs, MIC,
membros. CEPAE)
feira às 19h na sede da
Começar com uma Secundária prefeitura
campanha promocional
de Luque - Comerciantes locais
(Prioridade 2, o folheto - Associação de
sobre desenvolvimento profissionais
econômico).
Conselheiros
(nove indivíduos foram
nomeados para iniciar
a ação)
3
Sobre o manual
Manuais de UN-Habitat
Propósitos
Os propósitos deste manual são:
1. Oferecer um ponto de partida para a criação de uma estratégia de
desenvolvimento econômico local;
2. Fornecer as bases para a compreensão e a condução do
planejamento estratégico e para a implementação do DEL;
4
3. Encorajar a capacitação do governo local e das partes interessadas
e ou cidadãos, o empoderamento e a independência das áreas
locais através do DEL;
4. Promover um processo inclusivo, participativo que integre
um planejamento estratégico, participação da área local,
sustentabilidade e tomadas de decisões adequadas ao
desenvolvimento econômico local, e
5. Fornecer conexões com outras oportunidades de treinamento e
implementação que possam oferecer assistência ao distrito, cidade
ou área local com desenvolvimento econômico.
Resultados
São três os resultados-chave que se devem ter como objetivo, ainda que se
possam antecipar muitos outros:
1. Capacitação – Uma melhor compreensão do desenvolvimento
econômico local para uma melhor atuação;
2. Uma estratégia redigida – Um plano de ação articulado para a
condução do desenvolvimento econômico local em uma área local
(ilha, bacia hidrográfica, distrito, cidade ou bairro), e
3. Implementação – Uma oportunidade significativamente maior de
implementação in situ das ações de desenvolvimento econômico
local, resultantes de maior capacidade, comprometimento das
partes interessadas, e plano de ação realista.
Filosofia do Manual
Há várias teorias, perspectivas e maneiras de levar adiante o desenvolvi-
mento econômico local. Este manual é modesto, na medida em que não tenta
lidar abrangentemente com um corpo tão extenso de informações. O objetivo
aqui é mais elementar. É fornecer os conceitos básicos por trás do desenvol-
vimento econômico local bem sucedido e propiciar a construção de um lugar
para que indivíduos e organizações iniciem o processo de planejamento. Isso
é feito pelo recorte da complexidade em partes administráveis.
O conceito básico de desenvolvimento expressado ao longo deste manual
é o de sustentabilidade, que vem a ser a busca de uma mudança positiva que
seja socialmente justa, economicamente vibrante, ambientalmente correta e
politicamente confiável. Este manual apóia a crença de que o progresso das
frentes citadas pode ser mais bem encaminhado em sistemas democráticos
de produção e distribuição baseados no mercado, onde as instituições de
governança sejam capazes e legítimas. Acreditamos que o manual oferece
as melhores oportunidades de melhoria da qualidade de vida de cada um,
inclusive (e especialmente) dos pobres.
Os passos de planejamento descritos neste manual foram desenhados
para apoiar a sustentabilidade mediante a sugestão de um processo
participativo e inclusivo, cujo alicerce seja a capacitação. Ao trabalhar com
5
todos os membros da sociedade em nível local, esperamos que a estratégia de
desenvolvimento local gerada conquiste o apoio de parceiros-chave, promova
ações coordenadas, responda aos valores locais (ex.: comunidade e meio
ambiente) e ajude a combater a pobreza.
6
utilizar os estudos de caso para determinar os pontos-chave e promover uma
compreensão de cada módulo de treinamento. Depois, os profissionais no
campo de ação, que incluem funcionários municipais, consultores e líderes
locais, podem encontrar exemplos do que foi feito em outras comunidades.
7
Visão geral
Objetivos de aprendizagem
UU Compreender o desenvolvimento econômico como parte de um processo
mais amplo de planejamento estratégico de área local
UU Compreender a necessidade de uma abordagem proativa ou estratégica
para o planejamento do DEL
2 Comparar definições alternativas (mas semelhantes), visitar os sítios do Banco Mundial e da OIT (Link de Consulta sobre Treinamento 2),
entre outros.
Antes de 1960
UU Políticas nacionais
UU Intervenções diretas
UU Empresas controladas pelo estado
1960-1990
UU Envolvimento limitado das partes
interessadas
UU Incentivos e promoção
UU Infra-estrutura “pesada”
Processo visionário
Ajustar e modificar
Oficina de meio dia a vários
À medida que houver meses. Requer mais tempo
melhoria no aprendizado, se houver ampla participação
deverão ser incorporadas pública.
modificações.
Monitorar e avaliar
Questões e objetivos
A estrutura inicial de M&A
pode levar 1 dia oficina para Os objetivos iniciais podem
definir quem, quê, onde. ser formulados em uma ofi-
Deve-se fixar uma data para cina de um dia. No entanto,
avaliação completa isso costuma requerer várias
(ex.: 3 anos) reuniões ao longo do tempo.
5 Keeney, R. 1992.
6 para informações e exemplos de ERPs, ver Estratégias de Redução da Pobreza do Banco Mundial e o site:
http://www.worldbank.org/poverty/strategies/
8 Essas vantagens incluem habitação adequada, segurança de posse de terras, água potável, saneamento, ambiente limpo, saúde, educação
e nutrição, emprego e segurança pública, e mobilidade. Para mais informações: Campanha global sobre Governança Urbana de UN-Habitat.
www.unhabitat.org/campaigns/governance/
9 Ver, por exemplo, Edralin, Josefa S., ed. 1996. Local Governance and Local Economic Development: Capacity Building. Case Studies in Asia
and Latin America.
10 Cornell, S., J. Kalt, 1995.
Uma motivação, sempre presente, faz com que os governos locais minem
uns aos outros numa busca competitiva por investimentos. No livre
mercado existem mecanismos e oportunidades que permitem que os
governos locais atuem guiados por essa motivação. Normalmente, não
há as mesmas motivações ou mecanismos para incentivar a cooperação,
tanto formal como informalmente. Os mecanismos formais podem ser o
estabelecimento de corpos, que representam preocupações coletivas dos
governos locais, e que eventualmente acabam inserindo esses corpos na
legislação (institucionalização de corpos cooperativos no governo local). Os
mecanismos informais podem simplesmente incluir conferências bianuais
ou encontros de governos locais. Em ambos os casos, são necessários
organização e esforço para pô-los em prática.
A “economia total”
Compreender a “economia total” é um passo importante no
desenvolvimento de uma estratégia de DEL. Normalmente, a economia é
vista exclusivamente através das lentes da economia formal, como mostra a
Figura 2. Isso porque a economia formal é mensurável (recibos de impostos,
licenças e alvarás para empresas, números relativos ao emprego e outras
estatísticas oficiais), fácil de ser monitorada e costuma contar com partes
interessadas mais poderosas. Entretanto, a economia formal é apenas
uma parte de uma “economia total”, interligada, que inclui a economia
informal – os que trabalham em atividades econômicas produtivas que não
são mensuradas formalmente (a seção seguinte apresenta mais detalhes
acerca da economia informal). A falta de integração implica oportunidades
perdidas para o desenvolvimento e a redução da pobreza, já que muitos dos
mais pobres operam nesse setor. Aspectos de mercado e de não-mercado são
então combinados com graus variáveis de legalidade para contribuir para um
Mercado Não-Mercado
Legal*
Informada Não-Informada Informada e Informada e
não-informada não-informada
–– –– –– ––
Permitido, atividades Pequena escala, Trabalho voluntário Absorção da poluição
empresariais troca e câmbio
tributadas Aspectos ambientais
Não-legal* The formal A economia economia da economia
economy informal Aspectos sociais
da economia
13 Conceito expandido a partir de: Hawken, P., A Lovins, e L.H. Lovins, 1999.
Planejamento
Plano corporativo Outros planos
fundiário /comunitário Plano estratégico do
e organizacional e funções locais
oficial zoneamento Desenvolvimento
papéis, responsabilidades, meio ambiente, saúde,
desenvolvimento de Econômico Local
previsão orçamentária segurança, obras públicas
regulamentações
v i s ão g e r a l • r edução de po b r eza e d e l 27
A pobreza é causada por muitos fatores, e atribuir o problema à
globalização pode ser visto como a exteriorização de um problema e a
limitação das opções disponíveis. Assim como a economia não é um jogo
no qual sempre se perde para que a outra parte ganhe, vemos o alívio da
pobreza como uma espécie de desafio para a incorporação dos mais pobres no
processo de desenvolvimento. Este manual incentiva uma visão pragmática
na abordagem da globalização e da redução da pobreza através de pesquisa
de mercados, comércio justo, compartilhamento de informações e governos
sensíveis, que incorporem o planejamento participativo no processo de
tomada de decisão.
v i s ão g e r a l • r edução de po b r eza e d e l 29
Referência de caso 5: Desenvolvimento de empresas para redu-
ção da pobreza e do desemprego, Togo
No Togo, a pobreza levou a formas mais criativas de desenvolvimento de
oportunidades de emprego. AVEBETO, uma agência não-governamental,
está trabalhando para lidar com a situação de desemprego preconizando
e treinando jovens a se tornarem empreendedores. Os estudantes são
encorajados a participarem de dinâmicas de grupo sobre várias idéias de
negócios, e a iniciar uma empresa antes do final do treinamento. Entre
1988 e 1998, aproximadamente dez mil recém-formados de cursos
superiores foram treinados e aproximadamente 70% dentre eles hoje
gerenciam suas próprias empresas. Esse programa foi reproduzido em
outros países da África.
Fonte: Base de Dados de Melhores Práticas de UN-Habitat:
http://www.bestpractices.org /
O principal programa de treinamento do SEED é o programa “Comece e Aperfeiçoe seu Negócio” (SIYB).
É uma iniciativa de treinamento de gestão cujo centro de atenção repousa sobre o início e o aperfeiço-
amento de pequenas empresas como uma estratégica para a criação de mais e melhores empregos em
economias em desenvolvimento e de transição.
Visite o site da OIT: www. ilo.org
Exemplos de empregos da economia informal incluem: engraxates,
guardadores de automóveis, vendedores de lanches, puxadores de jinriquixá,
vendedores ambulantes de todo tipo, pequenos artesãos, trabalhadores da
construção civil, empregadas domésticas e agricultores e pescadores urbanos.
Alguns empregos informais podem ser considerados socialmente prejudiciais
16 Grande parte das informações desta seção estão baseadas no Manual de Curso (ver Link de Consulta para Treinamento 4) da organização
Internacional do Trabalho(OIT).
v i s ão g e r a l • r edução de po b r eza e d e l 31
Link de consulta para treinamento 4
O objetivo desse guia de 2001 é aumentar a conscientização dos atores locais (agentes da autoridade
local, organizações da área local, associações dos setores informal e formal) do importante papel
desempenhado pela economia informal. Também busca melhorar o desempenho de pequenas empresas
informais e de sua capacidade de oferecer empregos decentes. O guia do curso pode ser encontrado em:
http://www.ilo.org/seed/ppp
Visite também: Trabalho decente e a economia informal. OIT, 2002. http://www.ilo.org/infeco
Crianças e DEL
Crianças, meninos e meninas menores de 18 anos, podem requerer aten-
ção especial em uma estratégia de DEL. Ainda que não se reconheça seu
impacto econômico, formam parte significativa dos empreendedores e força
de trabalho em países em desenvolvimento, e mais de 50% da população
em alguns países (ver Link de Consulta para Treinamento 5). A Organização
Internacional do Trabalho estima que mais de 250 milhões de crianças traba-
lhem no mundo. Dirigem micro empresas (ex.: são vendedores ambulantes,
engraxates, guias turísticos), e trabalham no setor privado em fábricas, lojas
e fazendas. Contribuem para a sobrevivência de suas famílias e ao cres-
cimento econômico de seus países e, no entanto, costumam ser invisíveis
aos olhos das agências de desenvolvimento e governos que desejem apoiar
o setor privado. Algumas organizações internacionais, inclusive a Agência
de Desenvolvimento Internacional Canadense17, alegam que tentar banir
totalmente o trabalho infantil não reflete a realidade de vida em países em
desenvolvimento. Preferivelmente, ao encorajar o desenvolvimento econô-
mico local, as partes interessa-
das deveriam atentar para as
Link de consulta para treinamento 5
formas potencialmente prejudi-
ciais, perigosas e exploradoras Crianças, jovens e o emprego
de trabalho infantil.
As Nações Unidas, a OIT e o Banco Mundial estão
A conscientização da necessi- trabalhando sobre recursos relacionados à infância e
dade de lidar, de forma inte- juventude.
grada, com a pobreza, os
Visite o sítio da ONU: www.un.org/youth
sem-teto, o desemprego, a falta
de serviços básicos e a exclu- Visite o sítio do Banco Mundial:
www.worldbank.org/childrenandyouth
são de mulheres e crianças são
encorajadores, e as oportunida- Visite o sítio da OIT: www.ilo.org
des no DEL são significativas.
Referência de Caso 7:
Estratégia de emprego de jovens, Palestina
Na Faixa ocidental, severas restrições de mobilidade provocaram
desemprego e pobreza, que chegaram a atingir 70% da população. Isso
afetou profundamente a juventude, que compreende 70% da população.
O programa IT4YOUTH adotou um modelo integrado para introduzir
tecnologia de informação baseada no computador para os jovens da
Faixa ocidental, usando intervenções baseadas tanto na escola como
em comunidade para melhorar a capacitação e o emprego. Com 300
computadores instalados em 14 escolas, o programa conseguiu formar
anualmente mais de 4.000 jovens palestinos em tecnologia de informação.
O programa ajudou a engajar os jovens na tecnologia através de técnicas de
ensino ativas sobre os fundamentos do computador, habilidades requeridas
pela Internet e aplicações avançadas de computador.
Fonte: Base de Dados de Melhores Práticas de UN-Habitat:
http://www.bestpractices.org/
Mulheres e DEL
Um foco em mulheres no DEL pode oferecer benefícios significativos à eco-
nomia local e, mais importante, à estrutura social geral da comunidade.
As pesquisas demonstraram que as mulheres estão mais propensas que os
homens a gastar as economias no bem-estar de suas crianças e famílias (ex.:
comida, educação).19 Além disso, a incorporação das mulheres (ou o foco
nas mulheres) no DEL é importante porque elas desempenham um papel
de maior peso na economia de mercado ao mesmo tempo em que lidam com
desafios únicos. A participação das mulheres na força de trabalho remune-
rada, tanto na economia formal como na informal, cresceu dramaticamente
ao longo dos últimos 40 anos.
18 Visite o sítio das Nações Unidas www.un.org, e o site da OIT :www.ilo.org.
19 OIT, 1995.
20 Kantor, P. 2000.
21 OIT, 1995.
22 Relatório de Trabalho do Banco Mundial, 2001.
Encontrando um equilíbrio
Com um foco renovado em nível local, as estratégias de DEL podem contribuir
para alcançar um crescimento econômico mais eficiente e coordenado, ao
mesmo tempo em que se trabalha para proteger os recursos ambientais e
promover valores sociais e culturais. O planejamento estratégico participativo
encaminha o DEL para esse equilíbrio, buscando soluções vencedoras
de longo prazo, lutando por melhor compartilhamento das informações e
promovendo maior transparência (ver Figura 4 abaixo). Isso não significa que
a tomada de decisão em DEL seja fácil. Por um lado, devem-se identificar
as prioridades e fazer as devidas concessões. Por outro lado, entretanto,
ferramentas que podem contribuir nessas áreas, levarão a escolhas mais
informadas e a um desenvolvimento sustentável mais equilibrado.
Figura 4: Buscando Desenvolvimento Econômico Local
equilibrado
• Legislação complexa • Rendas baixas e instáveis
• Burocracia pesada • Raras oportunidades
• Corrupção Institucional Econômico de trabalho
• Falta de qualificação
• Falta de governança
• Ambiente restritivo para
transparente
atividade empresarial
• Pouca ou nenhuma • Acesso limitado a crédito
participação • Limitações no acesso
• Fraca interação a mercados
com a sociedade
Desenvolvimento
Econômico Local
equilibrado
• Desigualdades de
• Falta de água, eletricidade
gênero
• Comunicação insuficiente
• Crime e insegurança • Sistemas de transporte
• Instalações de saúde caóticos
inadequadas Social Ambiental
• Meio ambiente insalubre
• Oportunidades de educação (ar, água, poluição)
insuficientes etc. • Habitat carregado
6. Integra, trabalha em Isso é o cerne de um processo de DEL: entre pessoas (ex.: parcerias),
integrações espaciais (ex.: urbano-rural) e setores (ex.: saúde, meio
rede e interliga ambiente, lei e justiça, educação).
7. Incorpora
Todos os gestores e parceiros devem ser capazes de ver como as
confiabilidade e decisões são tomadas e devem assumir responsabilidades.
transparência
Adapta ferramentas, processos e resultados à cultura local. Combina
8. Incorpora cultura governança e cultura para obter legitimidade, respeito e aceitação.
9. Obtém resultados Um processo de DEL deve dispor de meios para mudar rapidamente
de idéias abstratas e princípios a mudanças visíveis nas vidas das
visíveis e faz projetos pessoas. Resultados rapidamente visíveis ajudam a manter o ritmo e
de demonstração o interesse no processo, mostrando ação efetiva.
10. Compreende Perceber as limitações da economia local, buscar maneiras de
se atacar a economia regional e compreender as oportunidades
mercados e ameaças da economia global. Colocar estas informações à
Questões substantivas
23 Adaptado de contribuição de parceiro, Banco Mundial LED Primer 2003, KPEL, 2002, e Hawken, P. et al. 1999.
14. Incorpora capital Embora tenha um valor de mercado pequeno ou nulo, o capital
natural é essencial para um DEL bem sucedido (ex.: purificação de
natural água fornecida por uma bacia de drenagem).
18. Estanca perdas Procura formas de manter o ativo recirculando na economia local
/ aumenta (ex.: financia mais investimentos), e maximiza recursos locais
multiplicadores (agrega valor aos produtos locais).
20. Atrai novas empresas Procura novas empresas que possam contribuir com a economia
local (ex.: fornecer capital ou tecnologia necessários) e são compatí-
compatíveis veis com os valores locais.
Visão geral
Para que um processo tenha sucesso, deve conter uma idéia clara do que vai
acontecer, a capacidade organizacional para alcançá-lo, o envolvimento das
partes interessadas-chave e meticulosa compreensão da situação.
On d e e s ta mos a g or a ? 41
Passo 1: Início
Objetivos de aprendizagem
UU Compreender por que o pré-planejamento e a organização são
importantes e como fazê-lo
UU Compreender o papel da definição da questão de planejamento e da
definição do alcance do problema
o nd e e s ta mos a g or a ? • passo 1 : i ní ci o 43
UU político (voto, jurisdições administrativas e de tomada de decisão);
UU sócio-cultural (sistemas de valores/crenças compartilhados, relações
entre partes interessadas)
UU de comunicação e ambiente construído (bairros, redes de comunicação,
padrões de construção, transporte), e
UU biogeográfico (topografia, bacias hidrográficas).
Posto que o processo do desenvolvimento estratégico é semelhante em
todos os níveis, o senso comum baseado nesses critérios é o melhor guia
para a definição do “local”.24 Essas áreas podem ser uma província de base
territorial, distrito, cidade ou bairro. Para muitos processos de DEL, as
jurisdições políticas em nível governamental são as mais apropriadas para
se conduzir o planejamento, posto que o governo local costuma ser um ator
principal no processo e carrega consigo a confiabilidade e a legitimidade de
um corpo eleito democraticamente. Entretanto, as comunidades formadas
por causas comuns, setores (ex.: turismo, agricultura, varejo) ou redes
sociais também podem desejar iniciar processos de DEL atrelados ou que
transcendem limites políticos predeterminados, ou estratégias de DEL em
curso.
Apesar de DEL ser, por definição, uma atividade local, no mundo de hoje,
o desenvolvimento local não pode ser amplamente examinado ou tratado
enquanto um sistema fechado. Com a maior especialização e a integração
da economia, a distinção entre rural e urbano e local e regional está cada
vez menos clara, já que o fornecimento de serviços básicos, movimento do
trabalho e acesso a mercados para compra de bens e serviços tornam-se
mais interconectados. Portanto, independentemente do que se definiu como
“local”, o contexto mais amplo precisa ser examinado. Depois de definida a
área local, expanda seu grupo central na medida do necessário.
24 A OIT usa o termo “território” quando o DEL é discutido em geral , sem a especificidade de país. Um território bem definido favorece uma
visão comum acerca da realização dos objetivos de desenvolvimento.
o nd e e s ta mos a g or a ? • passo 1 : i ní ci o 45
Exemplo 1: Diagrama de fluxo hipotético
para um processo de DEL de um ano
Prefeitura
decide desenvolver
um processo de DEL MÊS 1
Início e anúncio
Desenvolvimento do plano:
Para onde
reuniões de portas abertas, MÊSES 3-10
queremos ir?
oficinas, pesquisa
Implementação,
Chegamos?
monitoração de conformidade
o nd e e s ta mos a g or a ? • passo 1 : i ní ci o 47
Finalmente, antecipar a interação entre os atores do processo, o
facilitador e os especialistas, as partes interessadas e o público. Esses atores
e as informações, que trazem ao processo, tendem a variar. Espera-se que
os facilitadores e especialistas estruturem os grandes volumes de dados
e atividades oriundas da participação pública de forma concisa, precisa e
administrável. Isso ajudará a facilitar o processo, esclarecendo as questões-
chave, e mantendo o interesse e a aquisição de transparência em um nível
elevado (ver Figura 5 na próxima página).
o nd e e s ta mos a g or a ? • passo 1 : i ní ci o 49
Passo 1: (continuação)
televisão local). Esse grupo desempenharia o papel de catalisador local
para a mudança. Receberam treinamento mais específico a respeito de
planejamento participativo estratégico e desenvolvimento econômico local
e se tornaram responsáveis pelo "planejamento do plano".
o nd e e s ta mos a g or a ? • passo 1 : i ní ci o 51
Passo 1: NOTAS DO USUÁRIO... (continuação)
Objetivos de aprendizagem
UU Compreender por que a participação no planejamento é crítica para a
realização de objetivos para o desenvolvimento econômico local.
UU Compreender como a participação pode ser integrada no processo de
planejamento
Melhor planejamento
De forma simples, envolver as partes interessadas da área local e os mem-
bros no planejamento para o desenvolvimento econômico desde o início no
processo, proporciona resultados melhores e mais duráveis. Reunir pessoas
e interesses, tanto de dentro como de fora da área local, implica considerar
os diferentes valores de cada grupo. Mesmo se valores conflitantes e contra-
ditórios são inevitáveis, um processo bem estruturado pode resultar em um
acordo consensual a respeito de uma estratégia comum.
Consenso e processo
Ainda que o consenso seja um resultado desejável, transformá-lo numa
condição do processo pode limitar seu progresso, oferecendo um poder de
veto a todos os participantes.
Pode ser mais conveniente considerar opções de estratégia para superar
os obstáculos do caminho (ex.: concordar em discordar, votar), assim como
definições alternativas de consenso (ver Ferramenta 6c).
Promovendo a implementação
Se, por um lado, pode parecer que leva muito tempo envolver a área local
ou partes interessadas, envolver pessoas em uma capacidade significativa
criará um senso de propriedade sobre o esforço de planejamento. Esse senso
de propriedade é fundamental para a obtenção do apoio inicial e sustentado
para a implementação. Devido a sua natureza complexa, o planejamento do
desenvolvimento econômico tenderá ao sucesso quando as partes interessa-
das e os residentes locais forem convidados a se “apropriarem” de uma parte
do plano.
DEL pode ser usado como uma ferramenta para a paz encorajando as partes interessadas em situações
de pós-conflito a trabalharem juntas em benefício mútuo. Visite o site da OIT: www.ilo.org
E veja: Di Meglio, Roberto; A. Lazarte; Gasser, Martin; Salzano, Carmela. 2003. Desenvolvimento
Econômico Local em Situações de Pós-Crise – Guia Operacional OIT, Genebra.
29 Salzano, Carmela. 2002. Aplicação da Abordagem Ampla de DEL - O caso da Croácia. Setembro. OIT, Genebra.
Visite o sítio da OIT: www.ilo.org Visite o Instituto Urbano Canadense, Projeto Bósnia: www.canurb.com
Maior participação
Comum para a promoção de melhores Consulta significativa ao pública
decisões e boa governança, quando diante longo do processo.
de decisões complexas, de alto risco e de Busca conselho Envolvimento
interesses múltiplos substancioso e/ou
acordo direto baseado
nas partes Reuniões do grupo de
partes interessadas.
Série de eventos abertos ao público ou aos interessadas
Oficinas com partes
grupos alvo de partes interessadas. Comitê ou
interessadas. Busca Contribuição comissão consultiva
de contribuições ou
conselhos esclarecidos substanciosa de Reuniões de portas abertas com
todos os níveis da os grupos focais
Oportunidade única para a reação
pública – busca-se conselhos ou Educação Reuniões de informação
contribuições Sessões informais
mínimos Envolvimento
mínimo Pesquisas
30 Adaptado de: UN-Habitat, 2001. Ferramentas para apoiar tomadas de decisão urbanas participativas.
Grupo central
UU Administra os esforços de planejamento
UU Oferece apoio ao processo
UU Oferece assistência com estruturação objetiva, coleta de dados,
desenvolvimento alternativo
UU Faz os relatórios e estabelece a ligação entre o grupo de partes
interessadas e o município
UU Integra o planejamento de decisões das partes interessadas com
processos formais de planejamento
O desenho do projeto
O desenho do projeto, diferentemente do discurso substancial, é um elemento
crítico de um processo de DEL bem sucedido. O desenho do projeto implica
a criação de um conjunto básico de regras acordadas, necessárias para uma
comunicação efetiva e eficiente entre os participantes do grupo de partes
interessadas. Um facilitador especializado deve ser capaz de contribuir para
o desenvolvimento e a implementação dessas regras. Algumas das questões-
chave são: confidencialidade, protocolos de comunicação, transparência do
processo e regras para se entrar e deixar o processo.
32 UN-Habitat, 2001.
9.00 – 10.30 Síntese dos resultados do Dia 1: lista de problemas e oportunidades agrupados.
Discussão e acordo, grupos são formados com base em interesses
10.30 – 11.00 Coffee break
11:00 – 12.30 Como chegaremos lá?
Desenvolvendo estratégias baseadas na solução dos principais problemas de
prioridade e explorando as principais oportunidades de prioridade - trabalho em
grupo
12.30 – 14.00 Almoço
14.00 – 15.00 Continuação de: Desenvolvendo estratégias baseadas...
15.00 – 15.30 Coffee break
15.30 – 16.30 Apresentação plenária
17.00 – 20.30 Time de treinadores sintetiza as idéias do grupo para o dia seguinte
Objetivos de aprendizagem
UU Compreender o propósito de uma análise de situação
UU Ser capaz de conduzir uma análise de situação
34 Nota: Os valores dos especialistas podem influenciar a representação de fatos; portanto, a compreensão dos métodos de pesquisa, opiniões
e suposições de especialistas é importante.
35 Para um guia de procedimentos a respeito de técnicas de análise econômica mais avançadas ve r:: Hustedde. J.H, Ron Shaffer e Glen
Pulver. 1993.
A análise da cadeia de valores globais oferece uma maneira direta de compreender a interação de
empresas locais na economia mundial, incluindo a economia informal e questões de governança. Dois
recursos úteis estão disponíveis gratuitamente:
Guia para pesquisa de cadeia de valores, ver: www.ids.ac.uk/ids/global/valchn
Manual para pesquisa de cadeia de valores acerca de trabalhadores autônomos na indústria do
vestuário, ver: www.ids.ac.uk/ids/global/weigo.html
Exemplo 2:
Análise de gênero37
Conduzir uma análise formal de gênero como parte de uma análise de situação
também é recomendável. Concentrar-se nas mulheres no DEL é importante,
pois elas têm um papel cada vez mais importante no mercado econômico, ao
mesmo tempo em que enfrentam muitos desafios que são únicos. É sugerido
que um plano de DEL também considere pesquisas que indiquem que as
mulheres são mais vulneráveis à exploração, sexual ou de outra natureza, no
local de trabalho, que carecem de autoconfiança, o que pode atrapalhar na
obtenção de empregos altamente remunerados ou expansão empresarial; e que
as mulheres não têm acesso a financiamento, educação, e formação. Abaixo,
estão as perguntas fundamentais a serem incluídas na análise de gênero e a
descrição de como realizá-la para o DEL (ver Ferramenta 3g):
Análise SWOT
A análise SWOT talvez seja o componente mais importante da fase de
avaliação. Uma análise de SWOT busca identificar os Pontos Fortes, Pontos
Fracos, Oportunidades e Ameaças da área local. Pode ser completada por
meio de uma pesquisa ou oficina estruturada com o grupo das partes
Pontos fortes
UU Quais são os recursos mais fortes da área local (natural, social/
cultural, humano/social, financeiro)?
UU Quais são as oportunidades econômicas primordiais da área local?
UU Com apoio, promoção ou investimento, que recursos poderiam tornar-
se mais fortes?
UU Que organizações, instituições, e indivíduos criam a sociedade civil na
área local?
Oportunidades
UU Que oportunidade está disponível para maximizar, melhorar ou apoiar
os pontos fortes existentes que foram identificados?
UU Que melhorias ou apoio podem ajudar a lidar com os pontos fracos
identificados?
UU Que oportunidades externas à área local podem ser identificadas para
cada categoria?
Ameaças
UU O que ameaça os pontos fortes identificados?
UU O que ameaça a viabilidade de oportunidades identificadas? e
UU Que pontos fracos ameaçam piorar e sob quais circunstâncias?
TIPO DE MUDANÇA
EXEMPLOS IMPACTO LOCAL
OU TENDÊNCIA
Tendências externas sociais, • Instabilidade política • de investimentos locais
demográficas, políticas,ou crescente
• Diminuição do financiamento
econômicas amplas • Dívida crescente do governo pelo governo local
• Execução local de políticas
Políticas externas
• Políticas meio-ambientais e reabilitação industrial do
Fonte: Estratégia do Município de Viti Para O Desenvolvimento Econômico Municipal (2003-2006)38 Mais
exemplos da análise SWOT como parte da série completa de estratégias DEL podem ser encontrados no
sítio da Web do Banco Mundial sobre Desenvolvimento Econômico Local 39
3. Revisar e identificar lacunas nas informações, e fazer arranjos para reunir mais dados se
alguma categoria necessitar de mais atualização/análise.
5. Sintetizar informações.
38 39
Passo 3: Avaliação da situação de Horezu
Um time de especialistas, liderados por um professor universitário do
Departamento de Urbanismo da Universidade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de Bucareste, foi contratado para trabalhar com o FDPL e
a cidade de Horezu para produzir uma avaliação da situação, completando
as Tarefas 1-3 abaixo. Entretanto, devido às restrições de recursos, a análise
de perdas econômicas, mercados e cadeia de fornecimento não foram
realizados, assim como tampouco se avaliaram as questões relativas a
gênero e meios de vida. Os resultados foram compilados em um relatório e
compartilhados previamente com os membros do Grupo de Parceria para a
conferência de planejamento. Um sumário dos resultados foi apresentado
durante o Dia 1 da conferência de planejamento para a contextualização.
Tarefa 1: Coletar e revisar as pesquisas e análises
já concluídas
A coleta de dados é o primeiro passo de
uma análise para ajudar o governo local a
desenvolver estratégias econômicas locais de
forma participativa. Além de consultar dados e
documentos em diferentes instituições públicas,
a coleta de dados foi planejada como um
processo participativo para envolver membros
da comunidade, perguntando suas idéias e
percepções sobre os problemas e oportunidades
que a cidade enfrenta.
Tarefa 2: Criar um perfil econômico da área local; continua...
38 A completa Estratégia do Município de Viti para o Desenvolvimento Econômico Municipal (2003-2006) está disponível para consulta no sítio
DELTA: http://www.deltakosova.org/
39 Desenvolvimento Econômico Local do Banco Mundial: http://www.worldbank.org/urban/led/
Oportunidades Ameaças
Desenvolver o turismo associado ao mosteiro O declínio da indústria de mineração local
Organizar eventos/existência de museus (O O ambiente político - a influência dos políticos
Horezu Cock, O mosteiro de Hurez) em determinadas decisões tomadas pela câmara
A existência de programas dirigidos por Mudanças freqüentes e contraditórias na
Ministérios Nacionais legislação
A existência na região de Valcea de firmas Capitalização de recursos naturais existentes fora
produtoras de alimentos naturais (ex: SANOVITA) do mercado local, sem benefícios à comunidade
Visão Geral
Projetar a visão de “Onde queremos chegar" é um dos exercícios mais ins-
piradores e motivadores do processo de planejamento estratégico. Dando
fundamento ao processo visionário com informações resultantes da avalia-
ção de situação, comunidades podem sonhar com o alcançável. Em seguida,
desenvolver os objetivos representa uma tradução da exposição da visão em
pa r a on d e qu e r e mos ir ? 95
Passo 4: Previsão
Objetivos de aprendizagem
UU Compreender o processo visionário estratégico
UU Ser capaz de realizar um processo visionário estratégico
Cronograma da visão
Quando se desenvolve uma visão, é essencial perguntar: “Como queremos
que a economia local seja no futuro?” O cronograma para este futuro preci-
sará ser específico para guiar o processo. Em geral, cronogramas de 3, 5 e 10
anos são escolhidos para manter uma visão realista e permitir que sucessos
sejam medidos. Estes também podem refletir restrições práticas impostas ao
plano (ex: mandatos políticos). Cronogramas curtos podem ser úteis, pois
é importante conseguir resultados tangíveis e lidar com as necessidades
urgentes.
Entretanto, restringir o período tende também a buscar recompensas e
limita a habilidade de se fazerem investimentos de longo prazo ou realizar
mudanças estruturais e institucionais. Certamente, períodos longos ou
curtos podem ser planejados, dependendo do nível de transformação ou
desenvolvimento esperado. Geralmente, uma abordagem de fases é um
bom caminho para lidar com o desenvolvimento econômico local, tanto com
visões de curto como de longo prazo. Se bem realizada, a estratégia de DEL
se institucionalizará e sobreviverá às mudanças de burocratas, políticos e de
líderes locais (institucionalização é discutida no Passo 8).
Objetivos de aprendizagem
UU Compreender como definir objetivos realistas
UU Compreender como estruturar o uso esses objetivos
Compreender os objetivos42
Reduzir a pobreza
Como a redução da pobreza é um objetivo da economia local, esta precisará
ser atacada em ampla escala. Como discutido na visão geral, a pobreza é um
desafio nacional de muitos países, e exige uma solução nacional. Ações, para
que o governo local pondere a respeito, estão funcionando cooperativamente
para lidar com problemas locais e funcionando efetivamente junto às admi-
nistrações regionais e nacionais em uma política nacional coesa. Trabalhar
com a população carente para organizar e participar na criação de soluções
de seus problemas pode, freqüentemente, ser a ação local mais eficiente.
Uma abordagem mais coordenada em nível local pode ser a ação que produza
emprego adequado especialmente para a população carente. Saúde, serviços
sociais, educação, treinamento e assistência em programas de colocação
devem ser incorporados em qualquer plano de redução da pobreza (ver Ação
1: Política e regulação do governo local; Ação 3: Projetos de demonstração;
Ação 13: Desenvolvimento de micro e pequenas empresas; Ação 16: APLs;
44 Ver também Emprendedorismo e Desenvolvimento de Estratégias PME para o Município de Prijedor e Zenica, Bósnia e Herzegovina, dispo-
nível no sítio Web sobre DEL do Banco Mundial : http://www.worldbank.org/urban/led
45 Exemplos adicionais de vários programas DEL e tipos de projetos que estimulam a diversidade e resiliência econômica local estão disponí-
veis no Programa de DEL do Banco Mundial e Opções de Projeto: http://www.worldbank.org/urban/led/implementing.html
46 Ver Fisher e Ury, 1983. Getting to Yes: Negotiating Agreement Without Giving In.
47 Ver Keeney, 1992. Value Focused Thinking.
Abordagem A:
Abordagem recomendada:
Separar os meios dos fins
Facilitador: Vejo que a questão dos caminhões de lixo foi identificada. Por
favor, elaborem.
Participante: O problema é que o governo local não comprará mais
caminhões de lixo e precisamos de mais caminhões, diria que pelo menos de
mais três.
Facilitador: Porque isto é importante?
Participante: O lixo está todo esparramado á beira do caminho do centro da
Agrupados e reformulados
Comentários dos participantes
como objetivo
“Nós precisamos de mais caminhões de lixo. A coleta de Melhorar a gestão dos
lixo é deficiente. O lixão é horrível; Cheira mal e polui.Não resíduos
há reciclagem!" sólidos
Péssima imagem da cidade. O centro da cidade é feio e Atrair pessoas e empresas
não é seguro. Não há um lugar para socializar no centro da para o centro da cidade
cidade.
As empresas locais não conhecem as últimas tecnologias. Melhorar empreendimentos
Precisamos de formação profissional de jovens em empre- locais e técnicas industriais
endedorismo empresarial. A produção de animal é baixa. (treinamento)
Não há informações para visitantes. Não há informações Melhorar informação e
sobre as oportunidades de mercado. Não há informações comunicação
para investidores potenciais. Muito poucas conexões para
internet
Valorização deficiente dos recursos naturais locais, fazendas Valorizar os recursos naturais
e florestas. Os turistas vão embora rapidamente sem gastar locais
muito dinheiro. Os festivais e eventos se concentram ape-
nas na população local e os turistas não são convidados..”
Agrupados e reformulados
Comentários dos participantes
como objetivo
“Precisamos de microcrédito para os pobres, micro e Melhorar acesso a financia-
pequenas empresas. Nós devemos examinar cooperativas mentos
financeiras. Nós precisamos de acesso a capital e crédito”
O governo é ineficiente e corrupto (baixa eficiência de Melhorar a administração
governança). Baixa arrecadação, o governo local não do governo local e a
tem dinheiro para melhorar serviços ou infra-estruturas. governança
Precisamos somente de uma instância para licenças. Reduzir
taxas de licenças! Regulação complicada.
Há muitos vendedores ambulantes. Precisamos lidar com as Reduzir a pobreza local
necessidades dos pobres. Não há trabalho suficiente para
os pobres. Os pobres não têm qualificação
Não há cooperativas agrícolas. Cerâmica e artesanato não Melhorar as organizações da
funcionam bem juntos. Os empreendimentos relacionados área local
ao turismo não coordenam esforços. Não sabemos do que
os artistas precisam. Não há um consenso entre eles. “E
o
Licença Melhorar eficiência Que sistemas
l
e caro que detém empresarial)
Empresarial do da licença empre- funcionam em
p
novas empresas Número de novas
Governo sarial outras jurisdições?
e força os licenças empresa-
m
empreendedores à riais (registros do
e
informalidade
x
governo )
E
“Reservatório” para possíveis ações relacionadas resultantes do brainstorming para uso no Passo 6
UU conceito “one-stop shop”
UU reduzir taxas de licença
Arrecadação do
Pesados sobre notas fiscais
a colocação em
funcionamento de Simplificar Nível de satisfação
Impostos Nenhum
novas empresas Impostos das empresas
Indicadores devem
UU Estar claramente ligados a um objetivo;
UU Esclarecer a escala e impacto das ações;
UU Indicar o conteúdo e direção para uma futura ação;
UU Usar informação que possa ser obtida em um período de tempo
definido pelo plano (pesquisa, estatística, pareceres técnicos); e
UU Ser suficientemente receptivo para ser capaz de medir o progresso em
um período de tempo.
S Específico
Cada objetivo tem um Mensurável
Alcançável
indicador SMART? Relevante
T Baseado no tempo
Por exemplo, uma parte interessada pode propor um objetivo:
“Deter a globalização”. Isto é, na verdade uma objetivo (e
não uma direção preferencial)., não é realista em nível local, e
Os objetivos consideram as é arrasador. Um objetivo melhor é: “Reduzir os efeitos nega-
restrições e oportunidades tivos locais da globalização” ou “Tirar proveito dos mercados
em crescimento para apoiar empresas locais”. Os objetivos de
relevantes e identificadas apoio poderiam definir isto e ser esclarecidos por indicadores
na análise da situação? como ”reduzir a desigualdade de renda”, medidas por níveis
de renda familiar. Muitas ações podem estar envolvidas, da
reforma do código tributário ao treinamento destinado aos
pobres.
Passo 5: Objetivos
Tarefa 1: Identificar questões fundamentais
(preocupações, problemas, desafios oportunidades)
A maior parte da tarde do Dia 1 da conferência
de planejamento foi utilizada em uma avaliação
geral das questões fundamentais. Um exercício de
problema e oportunidade foi usado nos grupos
de discussão, cujos participantes identificaram os
problemas que são obstáculos para a realização de
sua visão assim como oportunidades que podem
ser usadas para realizá-la. Os resultados foram
PROBLEMAS OPORTUNIDADES
1. Serviços turísticos insuficientes e apenas 1. Horezu está bem posicionada em uma região
parcialmente de boa qualidade atrativa : meio ambiente, cultura,história.
2. Treinamento insuficiente de funcionários 2. Existência de eventos culturais famosos (feira
trabalhando com turismo (relacionamento com anual de cerâmica) e visita de turistas a Horezu.
o cliente, limpeza, marketing)
3. Imagem urbana pouco atrativa. Campanhas 3. Potencial para criação de parques nacionais ou
especiais do Ministério do Turismo áreas protegidas
4. Potencial para criação de parques nacionais ou
áreas protegidas
PROBLEMAS OPORTUNIDADES
1. Pequeno número de associações devido a 1. Experiência positiva com escolas / clubes
falta de cultura, e confiança e comunicação Infantis em campanhas de limpeza da cidade e
deficiente outros lugares.
2. Falta de espírito cívico/ mentalidade conserva- 2. Iniciativas do governo local com escolas.
dora, resistência contra o novo, resignação
3. Falta de clubes esportivos 3. Estudantes de arquitetura puderam trabalhar
em projetos para o centro da cidade.
4. Falta de espaços públicos para reuniões ou 4. Eventos sociais que reúnem pessoas na cidade.
encontros, e espaços culturais para eventos
PROBLEMAS OPORTUNIDADES
1. Falta de serviços públicos de arrecadação e 1. Existência de alguns espaços de produção e
beneficiamento para produtos (leite, carne, produtos alimentícios e especialidades locais
cogumelos, frutas)
2. Baixa produtividade de raças animais 2. Existência de feiras de produtos tradicionais na
Romênia e no exterior
3. Pomares antigos e de baixa produtividade 3. Florestas como recurso econômico de material
para pequenas indústria e artesanatos tradicio-
nais
4. Pastos de baixa qualidade e manutenção 4. Criação de abelhas como profissão com
deficiente uma tradição estabelecida, especialização e
mercados bem estabelecidos
5. Acesso difícil para crédito agrícola 5. Legislação que estimule a formação de associa-
ções de fazendeiros e trabalhadores agrícolas
6. Perdas de mercados tradicionais 6. Tradição de artesanatos diversificados e valioso
PROBLEMAS OPORTUNIDADES
1. Execução deficiente da legislação existente 1. O papel territorial da cidade (serviços adminis-
relacionada à proteção do meio ambiente, trativos para a micro-região, educação, justiça,
tradição histórica e limpeza da cidade saúde)
2. Cooperação insuficiente com governos locais 2. Existência de terras bem servidas disponíveis no
em comunidades vizinhas município (eletricidade, água)
3. Má qualidade das estradas (manutenção 3. Má qualidade das estradas (manutenção
deficiente da qualidade das vias, tornando-as deficiente da qualidade das vias, tornando-as
basicamente inadequadas para o uso público) basicamente inadequadas para o uso público)
4. Falta de informação relacionada a programas 4. Locais de produção disponíveis
de financiamento
5. Má qualidade de limpeza e serviços de gestão 5. Existência de programas do governo para
de resíduos modernizar infra-estrutura
6. Falta de transparência em atividades do 6. Existência de programas nacionais e interna-
governo local cionais de capacitação para governos locais e
serviços públicos
7. Capacidade limitada para conceber e imple- 7. Governo local aberto à mudanças e desenvolvi-
mentar projetos mento
Visão Geral
"Chegar lá" é, em última análise, a verdadeira finalidade do processo de pla-
nejamento estratégico. Avaliar possíveis estratégias e detalhar planos de ação
são atividades específicas que permitirão às comunidades compreender seus
objetivos apesar da implementação.
Objetivos de aprendizagem
UU ompreender como usar os objetivos para desenvolver opções
C
estratégicas
UU er capaz de avaliar e escolher estratégias que melhor satisfaçam os
S
objetivos
Projetar as estratégias
Identificar estratégias é o cerne da questão do planejamento de DEL.
Estratégias são diferentes maneiras de compreender a visão e objetivos do
DEL. Este talvez seja o ponto mais tangível do processo de planejamento –
onde pensadores e agentes se conectam, onde passos específicos de ação são
prefigurados e onde os mais promissores são escolhidos. É válido notar que
as pessoas provavelmente refletirão em termos tanto de ações específicas
quanto de estratégias (um grupo de ações trabalhando conjuntamente), e não
farão distinção entre os dois. Realizar esta distinção, entretanto, permitirá
combinações mais criativas das ações para serem transformadas em opções
de estratégia. Como em todos os passos, a concepção e seleção das estratégias
devem respeitar tradições locais e processos culturais, como também ser de
longo prazo e consistentes com outros planos (ex: planos de gestão ambiental
e de orçamentos de capital).
Governo local
Ação 1 Políticas e Governos locais devem estar comprometidos, de alguma forma, no
regulação planejamento do desenvolvimento econômico local. Mecanismos
de políticas e regulação podem influir nas atividades comerciais
locais, tais como infra-estrutura, impostos e regulação fundiária,
edificações e atividades Criação de empresas e “ambientes facilita-
dores” para empreendedores dependem de políticas e regulações
claras e estáveis.
Ações iniciais
Ação 2. Partes Uma vez acordado o plano, é necessário contar com mecanismos
interessadas organizacionais para implementá-lo. Para assumir a liderança é
grupos de necessário contar com uma agência já estabelecida identificada
com as necessidades individuais ou fundar uma organização de
implementação
implementação. Opções para a institucionalização do DEL incluem
o estabelecimento de um Conselho de Empresas Locais ou uma
Agência de Desenvolvimento Local, formados por instituições públi-
cas e privadas, representantes das esferas política e econômica e
pela sociedade civil.
Ação 3 Projetos de Projetos piloto ou de demonstração são projetos de pequena
demonstração escala ou ciclos curtos, ou projetos testes que preparam a forma
de repetição ou expansão e que mantêm o ritmo certo do processo
de DEL.
Ação 4. Pesquisa e Cada ação identificada implica requerimentos de informações adi-
análise cionais (análise de factibilidade). O processo de DEL também pode
identificar brechas de dados-chave que geram gastos de tempo e
dinheiro em pesquisa adicional (ex. mercados e oportunidades, a
cadeia de fornecimento, oportunidades de processamento de valor
agregado, substituição de importações, operações de salvamento,
remanufatura, testes de conceito/análise de factibilidade)
Ação 5. Viagens de Considerar a verdadeira possibilidade ajuda a integrar conceitos
estudos e idéias à realidade. Ter líderes em estratégias de DEL visitando
outras comunidades ou locações, onde têm lugar ações de DEL,
50 50 projetos adicionais podem ser encontrados no sítio Web de Desenvolvimento Econômico do banco Mundial:
http://www.worldbank.org/html/fpd/urban/led/implementing.html
Finanças
(ver tam- Cooperativas Instituições de crédito e cooperativas financeiras locais.
bém Ação financeiras
21)
Ação 24 Microcrédito Microcrédito é a concessão de pequenos empréstimos a empreen-
dedores que não dispõem de recursos para pedir empréstimos nos
bancos tradicionais.
Ação 25 Moeda local ou Moeda local, ou sistemas monetários locais, é um tipo de sistema
sistemas mone- monetário paralelo local pelo qual uma área organiza e administra
tários locais um sistema de trocas de bens e serviços produzidos localmente,
usando uma moeda sem juros cuja circulação é restrita a uma área
geográfica determinada ou a um grupo social específico. A moeda
local circula paralelamente à moeda nacional corrente no país.
Avaliação inicial
uma vez que as ações estão agrupadas, refinar as estratégias e considerar:
Cronograma
UU Há uma ordem para as ações? Algumas ações precisam acontecer
antes de outras?
UU Algumas ações são mutuamente excludentes ou isto é uma questão
relativa ao fato de quando as ações são feitas (ex; se você realizar uma
ação, isto significa necessariamente que você não pode realizar outra)?
Objetivos múltiplos
UU Estas ações podem ser designadas para contribuir com outros objetivos
(ex: diversidade econômica, redução da pobreza, oportunidades de
trabalho digno, e sustentabilidade ambiental)?
UU Qual é o custo de oportunidade se a ação não for implementada?
UU A ação melhorará a qualidade de desenvolvimento, tornando a área
local melhor, e não somente maior (quantidade de desenvolvimento)?
Avaliação avançada
Neste ponto do processo, é possível e muito provável que mais de uma estra-
tégia esteja sendo considerada. Podem-se distinguir as estratégias de com-
petição, incluindo projetos de competição ou ação mutuamente excludentes.
Neste momento, as partes interessadas do grupo de parceria de DEL devem
ter uma idéia muito clara das conseqüências de cada opção de estratégia,
para tomar boas decisões sobre qual estratégia buscar ou buscar primeira-
mente.
Para avaliar as opções de estratégia, o grupo de parceria de DEL deve
usar os objetivos e indicadores, desenvolvidos no passo 5, como critério de
avaliação
As opções de estratégia devem ser avaliadas com base no efeito que
51 Uma boa referência para aprender sobre técnicas alternativas de avaliação mais detalhadamente é: Hammond, J.S., R. Keeney e H. Raiffa,
Smart Choices. 1999 Harvard Business School Press.
Opções de
Opção de
estratégia
Opção de Opção de Opção de estratégia X Ver
Objetivos estratégia A estratégia B estratégia C Tarefa 4(Agrupar o
estratégicos melhor de BeC)
Menos de 15% Menos de 8% a 10%
Aprox. 30% das Menos de
(tendência (tendência
famílias vivem 5%(tendência
estabilizada) das estabilizada) das
Reduzir pobreza abaixo do nível de estabilizada) das
famílias vivem famílias vivem
pobreza tendendo a famílias vivem abaixo
abaixo do nível de abaixo do nível de
piorar. do nível de pobreza
pobreza pobreza
Moderado-Alto
Moderado Alto Governo capaz de
Melhorar a
Governo capaz de Governo capaz de propiciar serviços
arrecadação fiscal Moderado
propiciar serviços propiciar serviços básicos e suporte
do governo
básicos mínimos. básicos mínimos. apoio empresarial e
social
Minimizar impactos
Impactos baixos Impactos baixos Impactos baixos Impactos baixos
ambientais adversos
Reavaliar restrições
UU Quais são as restrições fundamentais?
UU Como estas restrições afetaram as opções de estratégia concebidas?
UU As restrições limitaram ou modificaras as decisões?
Informação
UU Mais informações realmente modificam a decisão?
UU O que é uma informação crítica?
UU Uma alternativa pode ser concebida para lidar com lacunas-chave dos
dados e incertezas?
Custos
UU Quais ações você escolheria com um orçamento limitado?
• Por exemplo, cinco projetos menos caros de infra-estrutura leve
(ex: treinamento) mais beneficiais para os objetivos da área local
do que um projeto caro de melhoria de capital (ex: uma nova
estrada)?
UU Alternativas de financiamento podem ser encontradas?
Capacidade
UU Há uma capacidade organizacional e conhecimento para implementar
as opções de estratégia?
UU Se não, a capacitação está incluída na opção de estratégia revisada?
Cronograma
UU Urgência - Uma ação precisa ocorrer imediatamente? Há uma específica
Objetivos de aprendizagem
UU Compreender como planejar uma implementação bem sucedida
UU Estabelecer diretrizes para escrever o documento do Plano Estratégico
Capítulo 5: Chegamos?
Finalmente, o documento de planejamento estratégico de DEL descreve o
processo para avaliação e atualização periódica.
Redação da proposta54
Depois que as peças estão colocadas, pode ser prudente e necessário abor-
dar os financiadores (bancos, agências do governo, doadores internacionais,
agências financiadoras) para obter os recursos financeiros necessários, tais
como subsídios ou empréstimos. O financiamento pode ser disponibilizado
em qualquer etapa da implementação do projeto, do apoio técnico ao pro-
cesso até projetos de capital. As propostas redigidas para pequenos projetos
podem ser completadas rapidamente, enquanto que as grandes propostas
(ex.: dirigidas ao governo) podem representar grandes empreitadas. Em cada
caso, é importante planejar com antecedência e aumentar as chances de
obtenção dos fundos requisitados. Grande parte das informações necessárias
para redigir sua proposta deve estar disponível no plano estratégico ou de
trabalho já efetuado durante o processo de planejamento estratégico. A infor-
mação pode simplesmente precisar ser reorganizada e reescrita. O primeiro
passo básico antes de redigir sua proposta ou pedido seria:
UU definir seu projeto;
UU identificar as fontes de financiamento corretas e conferir os critérios
necessários para outorga;
UU contatar os financiadores;
UU conhecer as diretrizes da proposta;
54 Adaptado de Centro de Serviços Empresariais Canadá-Yukon : http://www.cbsc.org/yukon/english/main.cfm
Esse sítio útil também possui informações para pequenas empresas sobre Abertura, Marketing, Exportação, Financiamento, Impostos,
Importação, Guia de Negócios, Propriedade Intelectual, Inovação, Comércio Eletrônico, Empreendedores Nativos, Mulheres Empreendedoras,
Jovens Empreendedores, Regulação, Administração, assim como possui um Planejador de Negócios Interativo e um Planejador de
Exportação Interativo.
Passo 7: Revisar
Plano de ação
Confirmar consenso das partes interessadas sobre as ações a serem tomadas.
Objetivos de aprendizagem
UU Aprender técnicas para colocar o plano em ação
UU Compreender o papel do desenvolvimento organizacional e da
institucionalização
Dando continuidade
Nesse ponto do processo, já se redigiu um documento de estratégia para
o Desenvolvimento Econômico Local. Aqui, todos os recursos necessários
devem ser comprometidos e deve-se definir um caminho de ação claro.
Colocar em ação os planos para o desenvolvimento econômico que foram
cuidadosamente desenhados é o passo mais direto e importante no ciclo de
desenvolvimento econômico local. Entretanto, cuidado! Aqui, as estratégias
de DEL costumam ser desviadas.
Desenvolver o plano não significa o fim do processo. Na maioria das
vezes, depois que os planos foram produzidos, os participantes e os líderes
são levados erroneamente a crer que terminaram o processo. É precisamente
essa falta de acompanhamento que frustrou tantos participantes e tornou
tantos cidadãos e residentes cínicos. A resultante fraca implementação tem
outras causas comuns:
UU uma falta de vontade política de agir;
UU mudanças na liderança política ou organizacional prévia à
implementação;
UU os recursos comprometidos não estão disponíveis, e
UU a gestão da crise supera os planos de desenvolvimento econômico de
55 UN-Habitat, 1999. Institucionalização da Gestão do Planejamento Ambiental (EPM) Programa Processo Sustentável Para as Cidades .
56 Ver o site da OIT : www.ilo.org; e o site do Banco Mundial: http://www.worldbank.org/urban/led/7_leda.html "O papel das Agências de
Desenvolvimento Econômico Local”.
57 Ver Boekel van, Geert; Logtestijn van, Marjon. 2002. Aplicação da Abordagem Ampla de DEL - O caso de Moçambique. OIT Genebra.
Metas
As metas são finalidades específicas e bem definidas, geralmente relacio-
nadas com um objetivo e um indicador. Por exemplo, um objetivo pode ser
“promover as empresas locais”, e uma meta relacionada poderia ser “a publi-
cação de três folhetos de marketing da área local até o dia 1º de Dezembro
de cada ano”.
As metas não são boas ferramentas decisórias, porque não há espaço para
efetuar compensações entre os objetivos. Podem levar a uma fraca tomada
de decisão se o foco está centrado em alcançar a meta independentemente
dos múltiplos objetivos que o processo persegue. Entretanto, as pesquisas
mostram que as metas são boas para motivar indivíduos (ex.: cotas de
vendas) e grupos, e são uma boa ferramenta administrativa de curto prazo,
onde as variáveis são mais controláveis. Com freqüência, as recompensas
estão associadas ao alcance de uma meta ou resultado específico. A
contrapartida, no entanto, é que não atingir metas pode trazer à tona um
sentimento de fracasso.
Uma boa administração permite que as metas sejam relaxadas quando
se atingem melhores resultados. Por exemplo, um centro de recursos
empresariais pode levar 24 meses para ser construído em vez dos 18 meses
previstos na meta, mas o atraso permitiu uma consulta apropriada junto da
área comercial local com respeito às instalações e serviços, e a construção de
um produto melhor e mais útil. Em outro caso, o projeto pode progredir mais
lentamente do que o esperado, mas os custos sociais ou ambientais podem
ter sido reduzidos.
Exemplo13: Metas
Referência Referência
Meta 2000 Meta 2010
1980 1990
Crianças vivendo acima no
88% 84% 92% 100%
nível de pobreza
Emprego total na
manufatura de produtos 37% 50% 58% 64%
de valor agregado
Consistência e coordenação
Garantir que os projetos de DEL sejam consistentes com as demais ativida-
des, prioridades locais, planos e processos na área local é fundamental para
uma boa gestão da implementação. Isso inclui integração com outros depar-
tamentos governamentais e com todas as partes interessadas.
Visão Geral
Perguntar: “Como sabemos quando chegamos lá?” é fundamental para um
planejamento de sucesso. Responder a essa pergunta requer que os planos
implementados sejam monitorados e avaliados. As informações coletadas e a
análise conduzida durante este processo podem indicar uma necessidade de
ajustar planos de ação, ou pode sugerir uma modificação dos objetivos para
manter o desenvolvimento econômico na direção de uma visão mais ampla.
Chegamos?
c he g a mos ? 163
Passo 9: Monitorar e avaliar
Objetivos de aprendizagem
UU Compreender o significado de monitoração e avaliação, e por que são
importantes
UU Compreender como monitorar e avaliar o desempenho
Introdução
Monitoração e Avaliação (M&A) devem ser consideradas a cada passo
do processo, e não como elementos específicos “a mais” que possam ser
conduzidos somente no final do processo. Para cada passo do processo de DEL,
há objetivos e resultados, o que significa que há oportunidades para M&A.
Monitoração e Avaliação podem ser conduzidas como ações participativas,
e podem se beneficiar de apoio especializado. Um exemplo simples é que
vale a pena monitorar uma oficina perguntando ao grupo se sentem que o
grupo está no caminho certo. No final da oficina, é conveniente pedir que os
participantes preencham um formulário de avaliação do evento.
M&A não são conduzidas para descobrirem falhas e para criticar,
o que poderia prejudicar a ação (ex.: governo ou agência financiadora
poderia parar o programa). É um veículo de confiabilidade, além de ser uma
ferramenta administrativa para melhoria do processo, programas, políticas
e projetos. M&A devem ser usadas como forma de fomentar o aprendizado e
a capacitação ao longo de todas as etapas de DEL. Este ponto é importante.
A monitoração acaba sendo simplesmente algo relacionado à conformidade:
estamos fazendo o que dissemos que faríamos? Ou simplesmente resultados:
estamos obtendo os resultados esperados? Porque a aprendizagem é um
objetivo central, não se pode deixar de fora a seguinte questão: Que podemos
aprender com a monitoração, e como isso pode ajudar-nos a tomar decisões
da próxima vez?
Na medida em que se busca conformidade, resultados e aprendizagem, a
monitoração empodera os participantes na execução de um melhor trabalho,
ajudando a promover parcerias de implementação enquanto os parceiros
trabalham juntos no processo. Quando conduzidas de forma regular, M&A
constituem uma ferramenta administrativa proativa que oferece informações
confiáveis e válidas para o ajuste e a modificação das estratégias de DEL (ver
Passo 10).
O processo de M&A deve ser colaborativo, envolvendo as partes
interessadas e os parceiros (incluindo as agências financiadoras) para
promover a aprendizagem e fornecer melhores resultados. As informações
geradas a partir de M&A são de muita valia para todos os participantes.59
59 Um guia rápido de referência sobre Monitoração e Avaliação de DEL está disponível no sítio do banco Mundial:
http://www.worldbank.org/urban/led/
Monitoração
De forma estrita, monitoração significa “observar” ou “controlar o desem-
penho”. A monitoração é um processo contínuo de coleta de informações,
usando indicadores para avaliar o processo ou projeto. Uma monitoração
regular permite a identificação oportuna de êxitos e fracassos. Há duas for-
mas comuns de monitoração, e este passo aborda a segunda, chamada de
monitoração de impacto:
UU Uma monitoração de conformidade garante que o que foi acordado seja
efetivamente feito (ex.: a prefeitura melhorará a estrada X).
UU Uma monitoração de impacto avalia o impacto das ações em relação
com os objetivos (ex.: a melhoria da estrada X beneficiou o transporte
de bens dentro e fora do assentamento irregular, resultando em dez
novos empregos relacionados à circulação).
Avaliação
A avaliação usa as informações da monitoração para analisar o processo,
programas e projetos para determinar se há oportunidades de mudanças e
melhorias. A avaliação, assim como a monitoração, deve promover a apren-
dizagem. Na fase de implementação de uma estratégia de DEL, a avaliação é
usada para determinar se as ações estão de acordo com os objetivos estraté-
gicos, de alguma forma, eficientemente ou efetivamente.
M&A não foram incorporadas ao desenho do Se não desde o início, incluir M&A no processo o
projeto desde o início. quanto antes.
As agências de implementação são inexperientes, Tratar M&A como um processo de aprendizagem
cometem erros e querem que essas informações e capacitação, e não como um processo de
sejam controladas e escondidas. julgamento.
Os políticos não querem que o público conheça os Um bom programa de M&A deve prevenir possíveis
fracassos, apenas os êxitos. falhas antes que se tornem demasiado importantes
– e as falhas são geralmente reveladas de qualquer
forma.
É muito caro, complexo e difícil obter todas as Usar reuniões/oficinas regulares, informações
informações. disponíveis ou simples técnicas de pesquisa (ex.:
pesquisas de satisfação empresarial, pesquisas
sobre economia informal).
Mensurabilidade
Os indicadores podem mensurar uma variedade de produtos, cada qual inte-
grado a objetivos. As medições da monitoração podem ser mais extensivas
do que aquelas da tomada de decisão, já que mais informações podem ser
necessárias para dissipar ou diminuir incertezas a respeito dos impactos do
projeto identificados no processo de planejamento. Alguns dos produtos para
medição são:
UU Resultados: conseqüências concretas e tangíveis das atividades de
desenvolvimento econômico (ex.: quantidade de pessoas treinadas).
Isso é igual à conformidade.
UU Resultados: efeitos ou impactos de curto prazo que possam ser
atribuídos, pelo menos parcialmente, às atividades de desenvolvimento
econômico (ex.: maior adoção de novas práticas de agricultura urbana).
Isso é igual a resultados.
UU Impactos: mudanças gerais na área local observáveis no longo prazo
(ex.: redução da pobreza). Os impactos são influenciados por muitos
fatores externos ao projeto.
UU Alcance: o escopo de quem é influenciado pelas atividades
de desenvolvimento econômico (ex.: envolvimento de grupos
tradicionalmente marginalizados).
• Quantidade de novas
Diversificar a economia empresas estabelecidas
• Emissão de novas licenças
Avaliação
A maioria do que foi dito a respeito de monitoração também vale para a ava-
liação. Na verdade, essas tarefas são o mesmo.
Tarefa 1 Prepare o plano e a estrutura de avaliação (usando objetivos
do projeto e indicadores);
Tarefa 2 Determine quem estará envolvido;
Tarefa 3 Definir quando avaliar, e
Tarefa 4 Determine a documentação e o protocolo de relatórios.
Entretanto, há algumas diferenças. A avaliação não é um processo
contínuo, mas ocorre em pontos estratégicos durante o processo de
implementação (ex.: com fases do projeto; no final do período de planejamento,
no final de um plano de cinco anos, ou anos depois da implementação do
plano).
A avaliação anos depois do final de um determinado projeto pode
proporcionar conhecimento sobre os resultados de longo prazo do projeto,
tais como a sustentabilidade de novas instituições, ou o uso continuado de
novas práticas. Esse é particularmente o caso para projetos que requerem
longos períodos de tempo para que certos benefícios sejam observáveis.
Adequação e eficácia
UU O plano de ação foi implementado satisfatoriamente?
UU Os recursos para levar adiante o plano de ação foram suficientes?
UU O plano de ação atingiu adequadamente os objetivos formalizados?
UU A liderança e as capacidades dos indivíduos e organizações foram
suficientes?
UU As parecerias e redes formadas no processo de DEL serão sustentadas
e reforçadas?
UU Os impactos negativos, tanto os previstos como os imprevistos, foram
trabalhados adequadamente?
UU Os resultados poderão ser sustentados?
Eficácia
UU Os recursos poderiam ter sido empregados diferentemente, ou
substituídos, para produzir mais/melhores resultados dentro dos
custos previstos?
UU Os mesmos resultados poderiam ter sido obtidos com menos dinheiro
ou esforços?
UU Um plano de opção estratégica poderia ter produzido os mesmos ou
melhores resultados a um custo inferior?
UU Os recursos foram administrados da forma mais eficiente possível para
alcançar os objetivos?
Revisão contextual
UU As circunstâncias mudaram? As prioridades mudaram?
UU O SWOT ainda é válido?
UU As novas informações introduzidas produziram mudanças?
UU Quais foram os impactos previstos? Quais as mudanças necessárias
para abordá-los?
Relatórios e comunicação
Assim como na monitoração, os resultados da avaliação devem ser comu-
nicados tanto às partes interessadas como à comunidade em geral. Como
parte do processo de confecção de relatórios, um mecanismo inclusivo de
respostas da área local, será importante para ajudar a direcionar os esforços
com vistas a ajustar ou repensar o plano de desenvolvimento econômico. Os
principais elementos tipicamente incluídos em um relatório de avaliação são
os seguintes:
Sumário
Chegamos?
Boothroyd, P. and Davis, H.C. 1993. “The Meaning of Local Area Economic
Development.” Journal of Planning Education and Research 12(3),
230-240. Cincinnati: University of Cincinnati.
City of York. 1995 (June). Our Economy, Our Future: Final Report. York,
Ontario: Local Area Economic Development Advisory Committee.
Cornell, Stephen and Kalt, Joseph. 1995. What Can Tribes do? Strategies
and Institutions in American Indian Economic Development. Los
Angeles: University of California.
Re fe r ê n c ia s 177
Di Meglio, Roberto; A. Lazarte; Gasser, Martin; Salzano, Carmela. 2003.
Local Economic Development in Post-Crisis Situations – Operational
Guide. January. ILO: Geneva.
Edralin, Josefa S., ed. Local Governance and Local Economic Development:
Capacity Building. Case Studies in Asia and Latin America, UNCRD
Research Report Series, No. 17. Nagoya, Japão: Centro das Nações
Unidas para o Desenvolvimento Regional, 1996.
Fisher, Roger and William Ury. 1983. Getting to Yes: Negotiating Agreement
Without Giving In. New York. Penguin Books.
Fritz, Robert. The Path of Least Resistance: Learning to Become the Creative
Force in Your Own Life. 1989. New York: Ballantine Books, 1989.
Hawken, P., A Lovins, and L.H. Lovins, 1999. Natural Capitalism. Little
Brown and Company Boston.
Hustedde. J.H., Ron Shaffer and Glen Pulver. 1993. Local Area Economic
Analysis: A How To Manual. Ames, Iowa: Iowa State University
Printing Press.
Lewis, Mike and Frank Green. 1992. Strategic Planning for the Local area
Economic Development Practitioner. Vancouver, British Columbia:
Westcoast Development Group.
Re fe r ê n c ia s 179
McSweeney, Eric. circa 1996. CUI Guide to Economic Development &
Strategic Economic Planning. Canadian Urban Institute.
Skarlicki, Daniel. Socio Economic Planning Model: Tools for Native Local Area
Economic Planning. Alberta: First Nations Resource Council.
Ação
Uma única atividade como parte de uma opção estratégica. Exemplo:
“Fornecer infra-estrutura para o mercado da economia Informal”.
Plano de ação
Um plano que visa resultados, com tempo demarcado e atores específicos,
negociado entre as partes interessadas dentro de uma estrutura de estratégia
previamente acordada.
Comunidade
As pessoas que vivem em uma determinada área com uma história comum
ou interesses socioculturais, econômicos e/ou políticos comuns.
Efeito multiplicador
Manutenção dos ativos que são atraídos para a área local, circulando local-
mente através do desenvolvimento do setor não-básico é conhecida como
efeito multiplicador. Quanto mais baixo for o multiplicador, mais cedo o
dinheiro deixa a área local, resultando em poucos empregos e menos salá-
rios. Por exemplo, quando um turista estrangeiro se hospeda em hotel local e
gasta determinada quantia de dinheiro (turismo é um setor não-básico) é do
interesse das áreas locais abastecer o hotel com mercadorias e serviços, tais
como arte local e serviços de lavanderia.
Estratégia futura
Uma forma de continuidade da vida do projeto de DEL, após o projeto inicial
de ter sido suspenso. É, algumas vezes, descrita como uma saída ou uma
estratégia de sucessão. Isto deve ser estabelecido no início de todos os proje-
tos que provavelmente precisarão de capital para seu andamento ou recursos
de receita após o período inicial do estabelecimento do projeto.
Governança
Governança não é governo. Governança é um conceito que reconhece o poder
tanto dentro como fora da autoridade formal e das instituições do governo.
Governança é a habilidade de coordenar e promover políticas, projetos e
programas que representem com credibilidade uma ampla variedade de inte-
resses (ex.: o governo, o setor privado e a sociedade civil). O envolvimento
público, o desenvolvimento institucional, a transparência nos processos deci-
sórios, a representação de interesses, resolução de conflitos, limites de auto-
ridade e confiabilidade da liderança são questões relativas à governança.
Globalização (econômica)
A rápida dispersão de mercados ao redor do mundo e a coincidente expan-
são das relações econômicas, integração e interdependência entre países. A
globalização econômica está sendo fomentada pela liberalização comercial (o
aumento da circulação de mercadorias) e liberalização financeira (a circula-
ção expandida de capital).
Globalização (social)
A rápida dispersão de idéias e valores ao redor do mundo e a coincidente
expansão das relações sociais. A globalização social está sendo alavancada
principalmente pela internet e também pelo avanço das comunicações e pelas
viagens internacionais.
Grupo de trabalho
Um grupo de trabalho é um pequeno grupo de representantes das partes
interessadas e especialistas que se unem para conduzir uma questão mul-
tifacetada de interesse comum. Os membros possuem informações comple-
mentares, políticas e instrumentos e recursos de implementação, que são
reunidos e usados na colaboração dentro de uma estrutura de processo
participativo.
Indicadores
Medidas de desempenho que propiciam definições operacionais aos compo-
nentes multidimensionais dos objetivos de DEL e ajudam na comunicação.
(Ver também medidas de Desempenho).
Partes interessadas
Indivíduos ou grupos que têm um interesse e estão envolvidos ou são
afetados por uma política ou plano projetado pelo governo, a comunidade
ou empresa. No contexto de tomadores de decisão participativos, esta
expressão é aplicada a grupos, organizações, (formais ou informais, públicas
ou privadas) e indivíduos que têm um “interesse” importante no processo
de administração urbana e governança independentemente do que o
referido “interesse” possa ser. Grupos de Trabalho são formados em geral
com partes interessadas e especialistas em negociação estratégica de uma
questão específica, planejamento de ações, implementação de demonstração,
projetos, etc.
Participação
O envolvimento ativo de diferentes partes interessadas em um processo de
planejamento que permita um espectro de vozes que serão incluídas no plano
final.
Perdas econômicas
O ativo circulante numa área local, gasto novamente fora da área local por
residentes e empresas locais, produzindo, portanto, perda de dinheiro.
Metas
A specific, well-defined end. Example: “Reduce the number of families living
in poverty (under the poverty line) by 50 per cent by 2010.”
Questões
Preocupações relacionadas ou afetadas por uma decisão ou plano.
Questão de planejamento
A questão que determina o propósito do exercício de planejamento. Está
geralmente ligada ao evento desencadeador.
Sociedade civil
Um termo usado para distinguir o terceiro setor da sociedade, diferente do
mercado ou da economia, e do estado ou governo. Em última instância,
trata-se de cultura, mercado e estado relacionados entre si. A sociedade civil
refere-se a um conjunto de instituições, organizações e grupos situados entre
o estado, o mundo empresarial, e tribo (em alguns casos), a família e o indiví-
duo. Refere-se especificamente a formas de participação social e engajamento
e aos valores e padrões culturais a eles associados. Costuma incluir orga-
nizações voluntárias e sem fins lucrativos (ex.: ONGs e OSCs), instituições
filantrópicas e movimentos sociais e políticos.
Treinamento empresarial
Programas que oferecem orientação e instrução sobre os fundamentos do
desenvolvimento econômico, como contabilidade e marketing, permitindo
que as empresas melhorem suas chances de sucesso.
Valor
O valor relativo, a utilidade ou importância de alguma coisa para um indivíduo.
Lin ks pa r a or g a n iz a ç õe s e xt e r n a s 187
188 o m a n u al • P r omov e n d o d e l at r av é s d o Planej amento Estr atég i co
Links para organizações
externas
Fundação Bertelsmann
http://www.bertelsmann-stiftung.de/
A Fundação Bertelsmann é politicamente independente, e guia-se pelo princí-
pio que a empresa privada pode contribuir para uma sociedade mais humani-
tária e sustentável. Implementa projetos nas áreas de Assuntos Econômicos e
Sociais, Relações Internacionais e Democracia e Sociedade Civil. Atualmente,
a Fundação Bertelsmann em conjunto com o Banco Mundial colabora com
a iniciativa Cidades de Mudança, que oferece aos municípios locais do leste
europeu uma plataforma para o desenvolvimento de novos conceitos de gestão
Lin ks pa r a or g a n iz a ç õe s e xt e r n a s 189
para a administração local. Os municípios participantes elaboram estratégias
nos âmbitos do DEL ou Políticas Ambientais e Gestão de Resíduos Sólidos.
Aliança de Cidades
http://www.citiesalliance.org/
Foi criada a fim de fomentar novas ferramentas, abordagens práticas e
compartilhamento de conhecimento para a promoção do DEL e para atacar
diretamente a pobreza urbana. Suas atividades apóiam a implementação da
Agenda Habitat. É uma aliança global de cidades e seus parceiros de desen-
volvimento, comprometidos para melhorar as condições de vida dos pobres
das áreas urbanas.
Lin ks pa r a or g a n iz a ç õe s e xt e r n a s 191
EDAC (Associação de desenvolvedores econômicos do Canadá)
http://www.edac.ca/
A EDAC é organização nacional formada por, e destinada aos profissionais do
desenvolvimento econômico local e nacional. A EDAC oferece seminários edu-
cacionais, uma rede nacional para técnicas, estratégias e estudos de caso e
uma rede de trabalho em nível internacional, federal e provincial. O sítio ofe-
rece uma variedade de recursos que incluem informações sobre as Melhores
Práticas do DEL, Desenvolvimento Profissional e Boletins Informativos.
EcoTrust Canadá
Sua missão é promover a emergência de uma economia de conservação nas
selvas temperadas da costa da Columbia Britânica. Seu objetivo é transfor-
mar uma economia baseada na extração de recursos em escala industrial,
em uma economia de conservação, com uso de recursos justo e sustentável.
Atuam como um catalisador e agente para criar as instituições necessárias
para criar uma visão, informar e financiar a economia de conservação, apoiar
os empreendedores conservacionistas e conservar e restaurar as paisagens
e os cursos d’água necessários para sua saúde. Possuem programas de
Serviços de Informação e Desenvolvimento Econômico, e oferecem ferramen-
tas e recursos àqueles que promovem uma mudança positiva no cruzamento
dos campos de conservação do ecossistema, oportunidades econômicas e
vitalidade comunitária. Em parceria com Ecotrust, de Portland, Oregon, tra-
balham na totalidade da região de floresta que se estende do sul do Alaska
ao norte da Califórnia.
União Européia
http://europa.eu.int/
Enquanto sítio oficial da União Européia (UE) contém ampla informação
e direcionamento sobre as políticas da UE relacionadas com o desenvolvi-
mento econômico e regeneração regional e local. O sítio contém links para
sítios oficiais da UE sobre Políticas Regionais incluindo Interreg III, Fundos
estruturais e Reforma de Fundos estruturais, Regras Aplicáveis à Ajuda Aos
Estados e ações da UE em prol do Desenvolvimento Regional.
Fundação Ford
http://www.fordfound.org/
É uma organização independente, filantrópica, que trabalha para reforçar os
valores democráticos, reduzir a pobreza e a injustiça, promover a cooperação
internacional e maior realização humana. Atua principalmente através da
alocação de subvenções ou empréstimos para formação e reforço de redes
e organizações. A unidade de desenvolvimento econômico da Fundação pro-
cura efetuar melhorias econômicas duráveis nas vidas dos desfavorecidos,
mediante esforços direcionados à seguridade econômica e desenvolvimento
financeiro e ao desenvolvimento da força de trabalho.
Lin ks pa r a or g a n iz a ç õe s e xt e r n a s 193
Fundação para o desenvolvimento sustentável
Apóia os esforços de organizações comunitárias de desenvolvimento que tra-
balhem para a melhoria de suas comunidades, meio ambientes e as oportuni-
dades econômicas ao seu redor. Acreditam que o desenvolvimento econômico
começa com o desenvolvimento comunitário e só é sustentável se advindo de,
ou apoiado por, membros da própria comunidade.
Fundação Maquipucuna
Foi fundada em 1988 como organização sem fins lucrativos, dedicada à
conservação da biodiversidade e do uso sustentável de recursos naturais do
Equador. Promove a participação das comunidades locais em seus progra-
mas.
Lin ks pa r a or g a n iz a ç õe s e xt e r n a s 195
É uma associação destinada aos profissionais do desenvolvimento econô-
mico. Examina questões relativas ao desenvolvimento econômico regional
e local, destaca as melhores práticas e organiza formação profissional em
desenvolvimento econômico.
Lin ks pa r a or g a n iz a ç õe s e xt e r n a s 197
Fundado em 1976, trata-se de um fórum ativo para os países do Sahel perten-
centes ao Comitê Inter-Estados de Luta contra a Seca no Sahel. O programa
ECOLOC, iniciativa conjunta entre o Programa Municipal de Desenvolvimento
e o Clube do Sahel, visa reavivar as economias locais da África Ocidental. O
guia ECOLOC oferece informações e estudos de caso sobre o DEL na África
Ocidental.
Instituto Urbano
É uma organização sem fins lucrativos de pesquisa sobre políticas, estabe-
lecida em Washington, em 1968. Seus objetivos são estimular o pensamento
sobre os problemas da sociedade e os esforços para resolvê-los; melhorar as
decisões governamentais e sua implementação, e aumentar a consciência dos
cidadãos a respeito de escolhas públicas importantes. Ao deixar a política
para outros, o instituo traz três ingredientes fundamentais para os debates
públicos sobre as iniciativas de políticas internas: dados precisos, análises
cuidadosas e objetivas e perspectiva. O sítio contém informações de pesquisas
sobre construção e economia de áreas locais.
Banco Mundial
www.worldbank.org/urban/led
A missão do grupo é a luta contra a pobreza e a melhoria dos padrões de vida
das pessoas no mundo em desenvolvimento. É um banco de desenvolvimento
que oferece empréstimos, consultoria política, serviços de assistência técnica
e compartilhamento de conhecimento para países de baixa e média renda
para a redução da pobreza. O Banco Mundial promove o DEL para criar
empregos e empoderar os pobres a fim de que tirem proveito das oportuni-
dades locais. O sítio contém um leque de recursos que incluem: Manual de
DEL; Guia de Referência Rápida para o DEL, Estudos de Caso de DEL; pro-
cessos de planejamento e outros recursos de DEL. O sítio é continuamente
atualizado com novos materiais e informações. Em conjunto com a Fundação
Bertelsmann, o Banco Mundial oferece assistência a municípios da Europa
Oriental com Planejamento Estratégico para o DEL, detalhes que podem ser
encontrados no sítio de Cidades de Mudança. O Grupo desenvolve um grande
volume de trabalho que, ainda que aplicável em nível nacional, também se
mostra relevante para áreas locais. Mais informações disponíveis no sítio do
Banco Mundial..
Sem instituições locais fortes e pessoais motivado, a descentralização e a
reforma dos assentamentos humanos não atingirão os resultados de de-
senvolvimento esperados. No entanto, muitas autoridades locais e organi-
zações da sociedade civil carecem dos recursos humanos necessários para
satisfazer as necessidades mais urgentes. Treinamento e capacitação tor-
nam-se elementos nos quais é fundamental investir para uma futura sus-
tentabilidade das nossas cidades. A sucursal de Treinamento e
Capacitação (TCBB) da UN-Habitat oferece apoio a instituições de treina-
mento nacionais para capacitá-las na implementação de programas inova-
dores, centrados na governança local e o desenvolvimento sustentável de
assentamentos humanos. As atividades típicas incluem avaliação de neces-
sidades de treinamento, desenvolvimento de manuais, formação de forma-
dores e avaliação de impacto. Os produtos TCBB têm sido adaptados com
sucesso e traduzidos para mais de 20 idiomas.
ISBN 978-92-113-1961-3
HS/962/07P
Promovendo o Desenvolvimento Econômico Local Através
de Planejamento Estratégico - Volume 2. O Manual
ISBN (Series): 978-92-113-1930-9