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Não nos preocupávamos e amávamos bomba : Arma do Juízo Final e Guerra Fria na Era
Atômica
GUARULHOS/2020
2
Sumário
Resumo..............................................................................................................................................
Introdução e Justificativa..................................................................................................................
Hipóteses e Objetivos.......................................................................................................................
Cronograma ...........................................................................................................................
Anexos...............................................................................................................................................
Referências Bibliográficas.................................................................................................................
3
Resumo
O filme "Dr Strangelove or How I Stop Worryng and love the bomb " nos traz evidências
importantes do que foi o período da Modernidade, mais especificamente com em relação a Era
Atômica e sua implicações na Guerra Fria, e nele , temos alguns artifícios do que é o uso da
tecnologia, e quais são os caminhos no mundo pós II Guerra, pois cada vez mais a capacidade de
auto destruição se fez presente.
Temos então um mundo instrumentalizado nas formas racionalizadas de resolver seus
problemas e questões uma burocracia que continua incrustada nas relações sociais, políticas e
econômicas e o que a primeira vista pode parecer absurdo, na realidade fez parte de algumas
especificidades da Era Atômica.
O filme é dirigido pelo visionário diretor de cinema Stanley Kubrick, lançado em 1964
pela Paramount Pictures, tendo no elenco as atuações principais de Peter Sellers e George S.
Scott. Kubrick foi um diretor único na História do cinema, pois conseguia traduzir em seus
filmes muito do tempo em que foi produzido , assim nos revelando algumas faces daquele
passado.
O cinema como alicerce para estudarmos a História dá a oportunidade para nós no
historiadores, de olharmos por outro ângulo e desta forma será possível analisar os paralelos
com a realidade e o que esse filme em especial nos revela sobre a Modernidade, Tecnologia e
Era Atômica.
Introdução e Justificativa
O Período da Era Atômica começou no tempo em que a Humanidade descobriu a
tecnologia da fissão e fusão do átomo nuclear e chegou ao seu ápice em construção de
armamentos a partir desta tecnologia.
Como bem colocou Einstein, o inventor da equação E = mc² a bomba atômica mudou
tudo, exceto a natureza do Homem.1 E a natureza do Homem muito nos interessa neste projeto,
pois o estudo da Era Atômica se dá justamente a partir do que a cultura e a sociedade daquela
época, principalmente a década de 1960, produziu com tamanha mudança na realidade.
Nosso objeto em questão é o filme de 1964, “Dr Strangelove or How I Stopped Worryng
and Love the Bomb”, do visionário diretor de cinema, o estadunidense e nova-iorquino, Stanley
1HENRIKENSEN, Margot . “A Dr. Strangelove’s America: society and culture in the atomic age , copyright 1997,
by the Regents of the University of Califórnia.
4
Kubrick. Kubrick marcou a História do Cinema, traduzindo em suas obras de muitas maneiras
diferentes o espírito de seu tempo, de seu tempo vivido.
É o caso de Dr. Strangelove ser uma dessas obras que assimilam o tempo em que foi
feita, pois a partir do livro “Red Alert” de Peter Bryant, Kubrick escreveu o roteiro juntamente
com Terry Southern e filmou um longa metragem em preto e branco que captou a Era Atômica .
O filme ainda consegue ser especial por diversos aspectos, entre eles, a comédia. Rir da realidade
parecia ser o único caminho de se contar aquela história macabra de um possível holocausto
atômico.
De acordo com Kubrick :
O filme mantém o mesmo clima de suspense. Mas, por mais
que eu trabalhasse nele, mais me intrigava os aspectos
cômicos...a comédia pode ser mais realista que o drama porque
ela leva em conta o bizarro. 2
Segundo o outro diretor igualmente visionário, Martin Scorsese coloca que: “artistas do
calibre de Kubrick tem mentes brilhantes e dinâmicas para imaginar o mundo em movimento,
para compreender não apenas de onde ele vem, mas para onde ele vai.”3
Ainda sobre Kubrick ter o talento de captar seu tempo muito bem, o crítico francês
Michel Ciment aponta que :
Mas o que 2001 e Dr. Fantástico também demonstram é que a
pura racionalidade pode culminar no irracional. Tanto o
cientista alemão como o computador HAL 9000 mergulham na
loucura e no delírio. Mais uma vez, paixão e razão se entregam
a uma luta implacável, luta fecunda para o artista se
acreditarmos em Freud, para quem “há na loucura não apenas
um método, mas também um fragmento de verdade histórica”.4
E é mais no sentido de entender essa camada histórica do filme que estamos em busca
neste projeto. A narrativa de Dr. Strangelove discorre em torno de um General, o General Ripper,
que decide acionar o Plano R de sua base militar (figura 1, anexos) por conta de uma suposta
invasão dos comunistas. Os comunistas teriam infectado a água e assim causando impotência
sexual no homens. Logo, Ripper decide começar uma Guerra Nuclear contra a União Soviética.
2Encarte. “Dr Strangelove: Or How I Stopped Worrying and Love the Bomb”. Direção : Stanley Kubrick .
Columbia Pictures. 2012, 1 DVD.
3 CIMENT, Michel. “Kubrick”. São Paulo, Ubu Editora, 2017.
4 Idem. Pág 49
5
Enquanto isso há outros dois núcleos na história, o do avião B-52 (figura 2, anexos) que recebe a
ordem do Plano R de ataque, e os homens na sala de guerra (figura 3, anexos) tentando
descobrir o que fazer para o mundo não acabar. Só havia um detalhe qu todos não sabiam: a
U.R.S.S tinha uma arma do juízo final (the doomsday machine) a ser acionada automaticamente
caso fossem atacados pelos Yankees.
O filme possui atuações memoráveis que não seria o mesmo sem esses atores. Peter
Sellers interpreta três personagens, o Presdiente Merkin Muffley (figura 4, anexos), O Lionel
Mandrake (figura 5, anexos) e o Dr. Strangelove (figura 6, anexos). George C. Scott interpreta o
super caricato General Turgidson (figura 7, anexos), e é muito interessante o quanto esse
personagem fala sem ao menos dizer algo, suas feições entre algumas cenas e cortes de câmera
dizem tudo. Sterling Hayden interpreta o General Ripper(figura 8, anexos), que possui uma
feição mais dura, como um homem robusto militar. E Peter Bull interpreta o super estereotipado
embaixador soviético, Alexei de Sadesky (figura 9, anexos). Em uma das sequências finais do
filme é possível ver Peter Bull rindo da atuação de Peter Sellers como Dr. Fantástico, e Kubrick
não corta este detalhe do filme. E no avião B-52, Slim Pickens interpreta o Major Kong.
Dr Strangelove or How I Stopped Worryng and Love the Bomb foi lançado em 1964
depois que Kubrick comprou os direitos do livro Red Alert de Peter Bryant e percebeu como era
insano fazer um filmes daquele com um tom mais sério, por isso preferiu a comédia. Após o
filme ser lançado, para as pessoas que o viram, ficou difícil levar a sério o Comando Aéreo
Estratégico dos E.U.A de maneira tão caricata e escrachada que são as personagens do filme. 5
Segundo o documentarista Paul Lashman, depois de 30 anos do lançamento do filme, ele
junto com uma equipe da BBC, investigaram por dois anos as personagens do filme, como eram
na realidade o Comando Aéreo Estratégico dos E.U.A nos anos 50 e 60. Vários dos elementos do
filme, como a ideia de que os militares se rebelariam e fariam um ataque nuclear pareciam ser
muitos próximos da realidade. Segundo Lashman, essas ideias causaram espanto quando o filme
foi lançado, mas depois de um tempo muitas elas faziam sentido e estavam certas. 6
Curtis LeMay, que foi General da Força Aérea dos Estados Unidos, segundo Lashman,
também chegou a fazer um teste para ver se era possível provocar uma guerra com os russos. Os
oficiais que trabalhavam com o sucessor de LeMay, o General Tommy Power, disseram que ele
5 Stanley Kubrick : A Life in Pictures , 2001, Jan Harlan , Warner Bros Pictures.
6 Ibidem.
6
era um psicopata. E tudo isso para o documentarista, todo esse tom da Força Aérea dos E.U.A já
estava posto em questão no filme de Kubrick. 7
Eric Hobsbawm em “A Era dos Extremos” traz todas essas nuances que fizeram parte
tanto da Era Atômica quanto do conflito da Guerra Fria em si. É interessante que o historiador
use de um pensamento de Hobbes do que é a guerra para começar a introduzir o assunto : “a
guerra consiste não só na batalha, ou no ato de lutar : mas num período de tempo em que a
vontade de disputar é suficientemente conhecida.”8 Essa era atmosfera da Guerra Fria, a vontade
era suficientemente conhecida, e não apenas a vontade mas como os instrumentos para, os
armamentos nucleares . O ápice dessa atmosfera foi na Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962,
quando o fim do mundo estava a beira de explodir.
A crise dos mísseis cubanos de 1962, um exercício de força
desse tipo inteiramente supérfluo, por alguns dias deixou o
mundo à beira de uma guerra desnecessária, e na verdade o
susto trouxe à razão por algum tempo até mesmo aos mais altos
formuladores de decisões.9
O mesmo mundo da Guerra Fria e da Era Atômica trazia consigo essa realidade, de
corrida armamentista, o nascer da MAD ( mutually assured destruction), corrida espacial, medo
do apocalipse nuclear e da aniquilação da vida na Terra. Os dois lados, E.U.A e U.R.S.S.,
segundo Hobsbawm, viram se em uma corrida armamentista insana para a destruição mútua, e os
envolvidos precisavam justamente não perceber aquela insanidade.10
Todas essas nuances estão colocadas em Dr. Strangelove, tanto nas falas das personagens,
quanto em seus atos, na maneira a qual é filmada e montada a história e toda a sua narrativa
específica de um filme totalmente imerso neste momento histórico. Esse momento então nos leva
a procurar entender mais a respeito da Modernidade.
Dr Strangelove também é um filme de que captura de maneira muito pertinente o que foi
a relação das forças armadas e a crise nuclear e como um Estado e seu aparelho lidam com os
problemas em suas mãos, e mais a fundo podemos perceber como elementos da Modernidade,
que o sociólogo Zygmunt Bauman aponta, estão presentes no longa metragem : a burocracia
7 Ibidem.
8HOBSBAWM, Eric. “Era dos Extremos: o breve século XX 1914-1991”. São Paulo : Companhia das Letras,
1995.Pg 224
9 Ibidem. Pág 227
10 Ibidem. Pag 233
7
14 Ibidem. Pág 31
15Dr Strangelove : or How I Stopped Worrying and Love the Bomb, Stanley Kubrick, 1964, Columbia Pictures , em
00:33:01 min.
9
16 VIRILIO , Paul . “Guerra e Cinema : a logística da percepção”. São Paulo : Boitempo , 2005.
17Dr Strangelove : or How I Stopped Worrying and Love the Bomb, Stanley Kubrick, 1964, Columbia Pictures , em
00:50:12 min.
18 CIMENT, Michel . “Kubrick” . São Paulo , Ubu Editora , 2017.
10
É provocativo o modo o qual Kubrick coloca essa paixão pela morte na história de seu
filme. Pois desde a sequência de abertura temos aviões literalmente se acoplando uns aos outros
como uma imagem de sugestão sexual. O General Turgidson tem que abandonar sua secretária
em um cenário de romance e de sexo também, para ir fazer parte dessa resolução apocalíptica. E
claro o motivo de impotência sexual por conta do General Ripper. Todas essas cenas e
sequências se articulam demostrando essa paixão pela morte e poder maior desses homens, e
Kubrick vai colocando na tela de maneira subliminar e entrelinhas.
Segundo Hobsbawm, James Forrestal, Secretário de Defesa dos Estados Unidos na
administração Truman, foi louco o suficiente para suicidar-se porque via a chegada dos russos na
janela do seu hospital, tamanha a paranoia.19 Essa realidade rima muito com o General Ripper
que não aguenta todo o peso que ele mesmo cria em seus ombros e se suicida no banheiro de sua
sala na base militar (figura14, anexos), sem ao menos dizer o código para impedir a missão dos
aviões B-52. Antes de entrar no banheiro Ripper diz para Mandrake : “Eu acredito em uma vida
depois dessa, e eu sei que terei que responder por o que eu fiz, e eu acho que eu posso.”20 . Esse
é o tom da despedida de Ripper, super punitiva perante a alguma figura de Deus.
A historiadora Margot Henriksenfez um trabalho muito contundente estudando a Era
Atômica em sua obra : “Dr. Strabgelove’s America: Society and Culture in the Atomic Age” ,
onde temos um diagnóstico desse momento na sociedade estadunidense.
Dentre os vários pontos que Henriksen aborda, é muito enriquecedor para essa pesquisa o
modo como ela coloca o filme neste universo da Era Atômica , e não só o longa de Kubrick, mas
também diversas produções culturais daquela sociedade. A autora fala de uma “culture of
dissent” da época :
The culture of dissent suggested that living comfortably with
the bomb carried a disruptive and dehumanizing cost. Seeking
consensus and conformity for the purposes of security
threatened to destroy any sense of democratic community, and
deadening emotions informer to enjoy the safety provided by
atomic defenses menaced the human capacity to feel anything
at all. The culture of dissent, by braking convention and relying
on nontraditional forms of expression and bizarre characters,
19HOBSBAWM, Eric. “A Era dos Extremos : o Breve Século XX 1914-1991”- São Paulo : Companhia das Letras,
1995. Pág 232.
20Dr Strangelove : or How I Stopped Worrying and Love the Bomb, Stanley Kubrick, 1964, Columbia Pictures , em
01:01:00 min .
11
21 HENRIKSEN, Margot. “Dr. Strangelove’s America: Society and Culture in the Atomic Age”- copyright 1997, by
the Regents of the University of California. Pág 86.
12
24 FERRO , Marc . “Cinema e História” - Rio de Janeiro , Paz e Terá . 1992. Pág 77
25 Idem , pág 87 .
14
verdade histórica já dada, e neste projeto, analisaremos o filme para entender o que ele pode nos
dizer sobre o tempo estudado, e não para ilustrar uma ideia já pré concebida.
Se existe, portanto, uma contra-história possível por meio do
cinema, em Ferro ela parece se manifestar primeiramente no
seu trabalho com as fontes “tradicionais” para, então, deslocar-
se para o cinema. Como dissemos, o autor se preocupa com a
veracidade da fonte e com a busca do documento autêntico.
Idealiza o alcance de uma realidade, numa perspectivava que
tem como eixo o fato histórico, reinterpretado.”26
Então para nós que pretendemos estudar o cinema como nossa fonte, não podemos perder
de vista o caráter pioneiro do qual Ferro representou, mas também ter no horizonte que como
Morettin colocou, é necessário construir o cinema com a História, e só assim ele poderá ser
empregado como fonte. 27
“Para que possamos recuperar o significado de uma obra
cinematográfica, as questões que presidem o seu exame devem
emergir de sua própria análise. A indicação do que é relevante
para a resposta de nossas questões em relação ao chamado
contexto somente pode ser alcançado depois de feito o caminho
acima citado, o que significa aceitar todo e qualquer detalhe. O
relevante ou irrelevante não é um dado que a priori podemos
estabelecer na análise fílmica a partir de nossos conhecimentos
anteriores. Com este movimento, evitamos o emprego da
história como pano de fundo, na medida em que o filme não
está a iluminar a bibliografia selecionada, ao mesmo tempo em
que não isolamos a obra de seu contexto, pois partimos das
perguntas postas pela obra para interrogá-lo.”28
Michéle Lagny, historiadora também estudiosa do cinema nos dá a noção de como o
filme também pode nos contribuir como valor representativo de um tempo, no caso da nossa
pesquisa, ver como Dr Strangelove coloca uma maneira latente de se pensar a Guerra Fria, a
tecnologia nuclear, e como também expressa características da Modernidade.
“Podemos assim nos perguntar qual valor representativo real
podemos atribuir a um filme: em que medida os apetites de
poder, os fantasmas ou os medos de alguns não promovem uma
26MORETTIN ,Eduardo Victorio . “O cinema como fonte histórica na obra de Marc Ferro” . In: História:
Questões & Debates, Curitiba, n. 38, p. 11-42, 2003. Editora UFPR . P . 27
27 Idem , p 40 .
28 Idem , p 39 .
15
29LAGNY , MICHÉLE . “O cinema como fonte de História” . In : NÓVOA , Jorge , FRESSATO , Soleni,
FEIGELSON , Kristian . “Cinematógrafo : um olhar sobre a História” - EDUFBA/Editora UNESP. - Salvador , São
Paulo , 2009.
30 Idem.
31VALIM, Alexandre Busko. “História e Cinema” . In : CARDOSO, Ciro Flamrion; VAINFAS , Ronaldo. “Novos
Domínios da História”- Rio de Janeiro : Elsevier, 2012.
32Encarte.
“Dr Strangelove: Or How I Stopped Worrying and Love the Bomb”. Direção : Stanley Kubrick .
Columbia Pictures. 2012, 1 DVD.
16
Leitura e X X
fichamento
da
bibliografia
identificada
no projeto
Análise e X
descrição das
cenas e
sequencias
pontuais do
filme
Reuniões X X X X X
periódicas
com o
orientador
Confecção X X X X
dos capítulos
da
Monografia
33 Ficha Técnica Dr. Fantástico (1964). Entreteses, 24 de maio de 2019 . Disponível em https://entreterse.com.br/
ficha-tecnica-dr-fantastico-1964-27316/. Acesso em: 30 de jul. de 2020.
17
Revisão Final X
da
Monografia
Anexos
Bibliografia
FERRO, Marc . “Cinema e História”. Rio de Janeiro , Paz e Terra , 1992
LINDLEY , Dan . “What I Learned Since I Stopped Worryng And Studied The Movie : A
Teaching Guide to Stanley Kubrick´s Dr. Strangelove” - September 2009 - PSOnline.
HOBSBAWM, Eric.“Era dos Extremos: o breve século XX 1914-1991”- São Paulo:
Companhia das Letras , 1995.
BAUMAN, Zigmunt. “Modernidade e Holocasuto”. Ed Zahar , 1991.
21
VIRILIO, Paul. “Guerra e Cinema : a logística da percepção”. São Paulo : Boitempo , 2005.
CIMENT, Michel . “Kubrick” . São Paulo , Ubu Editora , 2017.
MORETTIN ,Eduardo Victorio . “O cinema como fonte histórica na obra de Marc Ferro” .
In: História: Questões & Debates, Curitiba, n. 38, p. 11-42, 2003. Editora UFPR.
LAGNY, Michèle . “O cinema como fonte de História” . In : NÓVOA , Jorge , FRESSATO ,
Soleni, FEIGELSON , Kristian. “Cinematógrafo : um olhar sobre a História” - EDUFBA/Editora
UNESP. - Salvador , São Paulo , 2009.
VALIM, Alexandre Busko . “História e Cinema” . In: Novos Domínios da História,
organizadores : Ciro Flamarion Cardo e Ronaldo Vainfas ,Rio de Janeiro , Elsevier, 2012.
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by Henriksen, Margot A - Berkeley : University of California Press , 1997
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