Você está na página 1de 27

Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

CAMILO Sobreira de SANTANA


GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA SOCIAL - SSPDS

SANDRO Luciano CARON de Moraes - DPF


SECRETÁRIO DA SSPDS

ACADEMIA ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DO CEARÁ – AESP|CE

Antônio CLAIRTON Alves de Abreu – CEL PM


DIRETOR-GERAL DA AESP|CE

NARTAN da Costa Andrade - DPC


DIRETOR DE PLANEJAMENTO E GESTÃO INTERNA DA AESP|CE

HUMBERTO Rodrigues Dias – CEL BM


COORDENADOR DE ENSINO E INSTRUÇÃO DA AESP|CE

José ROBERTO de Moura Correia – TC PM


COORDENADOR ACADÊMICO PEDAGÓGICO DA AESP|CE

Francisca ADEIRLA Freitas da Silva – CAP PM


SECRETÁRIA ACADÊMICA DA AESP|CE

ALANA Dutra do Carmo


ORIENTADORA DA CÉLULA DE ENSINO A DISTÂNCIA DA AESP|CE

CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS POLICIAIS MILITARES - CFSD PM

DISICPLINA
Legislação Institucional

CONTEUDISTA
Marcelo Ribeiro Abreu

FORMATAÇÃO
JOELSON Pimentel da Silva – 1º SGT PM

• 2022 •

2
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

SUMÁRIO

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL .......................................................................................................................................................... 4


INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................. 4
1. ESTATUTO DOS MILITARES ESTADUAIS DO CEARÁ ...................................................................................................................... 4
2. LEI DE PROMOÇÕES .................................................................................................................................................................. 13
3. LEI ESTADUAL Nº 16.009/2016 (D.O. 09.05.16) - Altera o Art. 217 da Lei N.º 13.729, de 11.01.06, instituindo a INDENIZAÇÃO
DE REFORÇO AO SERVIÇO OPERACIONAL – IRSO. ........................................................................................................................ 19
4. LEI ESTADUAL Nº 15.217/2012 (LEI DE ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA PMCE)- DECRETO Nº 32.794/2019 (ALTERA A ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DA PMCE – DOE Nº 035/2019) ........................................................................................................................ 20
5. DECRETO Nº 30.550/2011 (PERÍCIA MÉDICA DO MILITAR – DOECE Nº 103/2011) ................................................................... 21
6. LEI ESTADUAL Nº 14.629/2010 (CRIAÇÃO DA AESP) ................................................................................................................. 24
7. LEI ESTADUAL Nº 14.367/2009 (REGRAS PARA FINANCIAMENTO DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO) ...................................... 26
REFERÊNCIA .................................................................................................................................................................................. 27

3
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL VI - transferência para a reserva remunerada, a


pedido, ou reforma;
INTRODUÇÃO VII - férias obrigatórias, afastamentos temporários do
serviço e licenças, nos termos desta Lei;
A presente apostila tem por objetivo proporcionar o VIII - exoneração a pedido;
conhecimento necessário quanto à legislação militar aos IX - porte de arma, quando oficial em serviço ativo ou
futuros militares estaduais para o exercício do cargo e em inatividade, salvo por medida administrativa
função, capacitando o futuro militar para o trato acautelatória de interesse social, aplicada pelo Comandante-
administrativo da Legislação Institucional regente da Geral, inativação proveniente de alienação mental,
carreira, entendendo o alcance e amplitude dos direitos e condenação que desaconselhe o porte ou por processo
deveres inerentes ao cargo, devendo fomentar a cultura regular, observada a legislação aplicável;
jurídica necessária ao desempenho das funções propter X - porte de arma, quando praça, em serviço ativo ou
officium da carreira de militar estadual, além de conhecer a em inatividade, observadas as restrições impostas no inciso
estrutura legal dos Órgãos administrativos e a respectiva anterior, a regulamentação a ser baixada pelo Comandante-
legislação regente, em especial a própria PMCE e AESP. Geral e a legislação aplicável;
Que essa apostila seja bem aproveitada e de muito XI - assistência jurídica gratuita e oficial do Estado,
valor para a preparação dos neófitos militares estaduais. quando o ato for praticado no legítimo exercício da missão;
Além disso, desejamos bons estudos, pois conhecimento XII - livre acesso, quando em serviço ou em razão
compartilhado nada mais é do que SABEDORIA! deste, aos locais sujeitos à fiscalização policial militar ou
bombeiro militar;
1. ESTATUTO DOS MILITARES ESTADUAIS DO CEARÁ XIII - seguro de vida e invalidez em razão da atividade
de risco que desempenha;
A Lei nº 13.729, de 11 de janeiro de 2006, publicada XIV - assistência médico-hospitalar, através do
no DOE Nº 010, de 13/01/06, instituiu o novo estatuto dos Hospital da Polícia Militar;
militares estaduais com a finalidade de regula a situação, XV - tratamento especial, quanto à educação de seus
direitos, prerrogativas, deveres e obrigações dos militares dependentes, para os militares estaduais do serviço ativo,
estaduais. através dos Colégios da Polícia Militar e do Corpo de
O referido Diploma Normativo estabeleceu que são Bombeiros;
militares estaduais do Ceará os membros das Corporações XVI - recompensas ou prêmios, instituídos por lei;
Militares do Estado, instituições organizadas com base na XVII - auxílio funeral, conforme previsto em lei;
hierarquia e disciplina, forças auxiliares e reserva do Exército, XVIII - fardamento ou valor correspondente,
subordinadas ao Governador do Estado e vinculadas constituindo-se no conjunto de uniformes fornecidos, pelo
operacionalmente à Secretaria da Segurança Pública e menos uma vez ao ano, ao Cabo e Soldado na ativa, bem
Defesa Social. como aos Cadetes e Alunos-Soldados, e, em casos especiais,
A condição jurídica dos militares estaduais é definida aos demais militares estaduais;
pelos dispositivos constitucionais que lhes forem aplicáveis, XIX - transporte ou valor correspondente, assim
por este Estatuto e pela legislação estadual que lhes entendido como os meios fornecidos ao militar estadual para
outorguem direitos e prerrogativas e lhes imponham deveres seu deslocamento, por interesse do serviço, quando o
e obrigações. deslocamento implicar em mudança de sede ou de moradia,
O cidadão que ingressar na Corporação Militar compreendendo também as passagens para seus
Estadual, prestará compromisso de honra, no qual afirmará dependentes e a transição das respectivas bagagens, de
aceitação consciente das obrigações e dos deveres militares residência a residência;
e manifestará a sua firme disposição de bem cumpri-los. XX - décimo terceiro salário;
Caso não cumpra será devidamente apurado através XXI - salário-família, pago em razão do número de
do devido processo legal através do Código Disciplinar da dependentes, nas mesmas condições e no mesmo valor dos
Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do segurados do Regime Geral de Previdência Social, na
Ceará que dispõe sobre o comportamento ético-disciplinar proporção do número de filhos ou equiparados de qualquer
dos militares estaduais, estabelecendo os procedimentos condição de até 14 (quatorze) anos ou inválidos;
para apuração da responsabilidade administrativo-disciplinar, XXII - fica assegurado ao Militar Estadual da ativa,
dentre outras providências. quando fardado e mediante a apresentação de sua
identidade militar, acesso gratuito aos transportes
SÃO DIREITOS DOS MILITARES ESTADUAIS: rodoviários coletivos intermunicipais, ficando estabelecida a
cota máxima de 2 (dois) militares por veículo;
I - uso das designações hierárquicas; XXIII - isenção de pagamento da taxa de inscrição em
II - ocupação de cargo na forma desta Lei; qualquer concurso público para ingresso na Administração
III - percepção de remuneração; Pública Estadual, Direta, Indireta e Fundacional;
IV - constituição de pensão de acordo com a XXIV - assistência psicossocial pelo Hospital da Polícia
legislação vigente; Militar;
V - promoção, na conformidade desta Lei;

4
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

DIREITO A ELEIÇÃO PERÍODOS DE AFASTAMENTO TOTAL DO SERVIÇO

O militar estadual alistável é elegível, atendidas as Os militares estaduais têm direito, aos seguintes
seguintes condições: períodos de afastamento total do serviço, obedecidas as
I - se contar menos de 10 (dez) anos de serviço, disposições legais e regulamentares, por motivo de:
deverá afastar-se definitivamente da atividade militar I - núpcias: 8 (oito) dias;
estadual a partir do registro de sua candidatura na Justiça II - luto: 8 (oito) dias, por motivo de falecimento de
Eleitoral, apresentada pelo Partido e autorizada pelo pais, irmão, cônjuge, companheiro(a), filhos e sogros;
candidato, com prejuízo automático, imediato e definitivo do III - instalação: até 10 (dez) dias;
provimento do cargo, de promoção e da percepção da IV - trânsito: até 30 (trinta) dias.
remuneração; Parágrafo único. O afastamento do serviço por motivo
II - se contar 10 (dez) ou mais anos de serviço, será de núpcias ou luto será concedido, no primeiro caso, se
agregado por ato do Comandante-Geral, sem perda da solicitado por antecipação à data do evento, e, no segundo
percepção da remuneração e, se eleito, passará caso, tão logo a autoridade a que estiver subordinado o
automaticamente, no ato da diplomação, para a reserva militar estadual tome conhecimento, de acordo com portaria
remunerada, com proventos proporcionais ao tempo de do Comandante-Geral. As férias e outros afastamentos são
contribuição; concedidos sem prejuízo da remuneração prevista na
III - se suplente, ao assumir o cargo eletivo será legislação específica e computados como tempo de efetivo
inativado na forma do inciso anterior. serviço e/ou contribuição para todos os efeitos legais.

DA REMUNERAÇÃO DAS LICENÇAS E DAS DISPENSAS DE SERVIÇO

A remuneração dos militares estaduais compreende Licença é a autorização para o afastamento total do
vencimentos ou subsídio fixado em parcela única, na forma serviço, em caráter temporário, concedida ao militar
do art.39, §4º da Constituição Federal, e proventos, estadual, obedecidas as disposições legais e regulamentares.
indenizações e outros direitos, sendo devida em bases A licença pode ser:
estabelecidas em lei específica e, em nenhuma hipótese, I - à gestante, por 120 (cento e vinte) dias;
poderão exceder o teto remuneratório constitucionalmente II - paternidade, por 10 (dez) dias;
previsto. O militar estadual ao ser matriculado nos cursos III - para tratar de interesse particular;
regulares previstos nesta Lei, exceto os de formação, e desde IV - para tratar da saúde de dependente, na forma
que esteja no exercício de cargo ou função gratificada por desta Lei;
período superior a 6 (seis) meses, não perderá o direito à V - para tratar da saúde própria;
percepção do benefício correspondente. O valor do subsídio VI - à adotante: a) por 120 (cento e vinte) dias se a
ou dos vencimentos é igual para o militar estadual da ativa, criança tiver até 1 (um) ano de idade; b) por 60 (sessenta)
da reserva ou reformado, de um mesmo grau hierárquico, dias se a criança tiver entre 1 (um) e 4 (quatro) anos de
exceto nos casos previstos em Lei. idade; c) por 30 (trinta) dias se a criança tiver de 4 (quatro) a
8 (oito) anos de idade.
DAS FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOS A licença à gestante será concedida, mediante
TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO inspeção médica, a partir do 8º mês de gestação, salvo
prescrição em contrário. A prorrogação da licença será
As férias traduzem o afastamento total do serviço, assegurada à militar estadual, mediante requerimento
concedidas anualmente, de acordo com portaria do efetivado até o final do terceiro mês após o parto, e
Comandante-Geral, de gozo obrigatório após a concessão, concedida imediatamente após a fruição da licença-
remuneradas com um terço a mais da remuneração normal, maternidade de que trata o art. 7º, inciso XVIII da
sendo atribuídas ao militar estadual para descanso, a partir Constituição Federal. (Acrescido pelo art. 2º da Lei
do último mês do ano a que se referem ou durante o ano Complementar no 159/2016).
seguinte, devendo o gozo ocorrer nesse período. Durante o período de prorrogação da licença-
A concessão e o gozo de férias não sofrerão nenhuma maternidade, a militar estadual terá direito à sua
restrição, salvo: remuneração, vedado o exercício de qualquer atividade
I - para cumprimento de punição disciplinar de remunerada pela beneficiária, não podendo também a
natureza grave ou prisão provisória; criança ser mantida em creches ou organização similar, sob
II - por necessidade do serviço, identificada por ato do penada perda do direito do benefício e consequente
Comandante-Geral, conforme conveniência e oportunidade apuração da responsabilidade funcional. (Acrescido pelo art.
da Administração, garantida ao militar estadual nova data de 2o da Lei Complementar no 159/2016).
reinício do gozo das férias interrompidas. Vale destacar a Portaria n° 812/2017-GS, publicada no
As férias a que se refere este artigo poderão ser DOE/CE n° 137, de 21/07/2017 em relação ao mencionado
divididas em 2 (dois) períodos iguais. O direito destacado afastamento, senão vejamos, in verbis:
neste artigo estende-se aos militares que estão nos cursos de
formação para ingresso na Corporação.

5
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

6
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Nos termos do art. 11 do Dec. nº 30.550, de Para fins de que dispõe esta Seção, no tocante à
24.05.2011 a militar é isenta de perícia médica, in verbis: concessão de licenças e dispensas de serviços, o militar que
“Art. 11º São isentas de perícia médica os casos de: I. não se apresentar no primeiro dia útil após o prazo previsto
servidora civil ou militar gestante § 1º. A comprovação da de encerramento da citada autorização, incorrerá nas
licença será feita junto à área de Recursos Humanos do situações de ausência e deserção conforme disposto na
Órgão/Entidade/Corporação, através do atestado do médico legislação aplicável.
assistente e registro de nascimento da criança ou a certidão
de óbito. No caso de adoção, a comprovação será através de DAS RECOMPENSAS
sentença judicial e registro de nascimento”.
Por tratar-se de ato discricionário da Administração, a As recompensas constituem reconhecimento dos
prorrogação da licença maternidade há que ser examinada bons serviços prestados pelos militares estaduais e serão
caso a caso observando critérios, vez que, a prorrogação de concedidas de acordo com as normas regulamentares da
que se cuida deve ser analisada, no caso concreto, com base Corporação. São recompensas militares estaduais, além das
em juízo de conveniência e oportunidade da Administração. previstas em outras leis: prêmios de honra ao mérito,
A licença-paternidade será iniciada na data do condecorações por serviços prestados, elogios, dispensas do
nascimento do filho. serviço, conforme dispuser a legislação.
A licença para tratar de interesse particular é a
autorização para afastamento total do serviço por até 2 DAS PRERROGATIVAS
(dois) anos, contínuos ou não, concedida ao militar estadual
com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço que a requerer As prerrogativas dos militares estaduais são
com essa finalidade, implicando em prejuízo da constituídas pelas honras, dignidades e distinções devidas
remuneração, da contagem do tempo de serviço e/ou aos graus hierárquicos e cargos que lhes estão afetos.
contribuição e da antigüidade no posto ou na graduação. São prerrogativas dos militares estaduais:
As licenças para tratar de interesse particular, de I - uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias,
saúde de dependente e para tratamento de saúde própria, divisas, emblemas, agildas e peças complementares das
serão regulamentadas por portaria do Comandante-Geral, no respectivas Corporações, correspondentes ao posto ou à
prazo de 120 (cento e vinte) dias, observado o disposto nesta graduação;
Lei. II - honras, tratamentos e sinais de respeito que lhes
A licença-maternidade só será concedida à adotante sejam assegurados em leis e regulamentos;
ou guardiã mediante apresentação do respectivo termo III - cumprimento de pena de prisão ou detenção,
judicial. mesmo após o trânsito em julgado da sentença, somente em
As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou Organização Militar da Corporação a que pertence, e cujo
nas seguintes condições: comandante, chefe ou diretor tenha precedência hierárquica
I - em caso de mobilização, estado de guerra, estado sobre o militar;
de defesa ou estado de sítio; IV - julgamento por crimes militares, em foro especial,
II - em caso de decretação de estado ou situação de na conformidade das normas constitucionais e legais
emergência ou calamidade pública; aplicáveis.
III - para cumprimento de sentença que importe em O militar estadual só poderá ser preso em caso de
restrição da liberdade individual; flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da
IV - para cumprimento de punição disciplinar, autoridade judiciária competente ou de autoridade militar
conforme determinado pelo Comandante-Geral; estadual competente, nos casos de transgressão disciplinar
V - em caso de prisão em flagrante ou de decretação ou de crime propriamente militar, definidos em lei.
de prisão por autoridade judiciária, a juízo desta;
VI - em caso de indiciação em inquérito policial DO USO DOS UNIFORMES
militar, recebimento de denúncia ou pronúncia criminal, a
juízo da autoridade competente. Os uniformes das Corporações Militares Estaduais,
com seus distintivos, insígnias, divisas, emblemas, agildas e
AS DISPENSAS DO SERVIÇO peças complementares são privativos dos militares estaduais
e representam o símbolo da autoridade militar, com as
São autorizações concedidas aos militares estaduais prerrogativas a esta inerentes. Constituem crimes previstos
para afastamento total do serviço, em caráter temporário. na legislação específica o desrespeito ao disposto no caput
As dispensas do serviço podem ser concedidas aos deste artigo, bem como uso por quem a eles não tiver
militares estaduais: direito. O militar estadual fardado tem as obrigações
I - para desconto em férias já publicadas e não correspondentes ao uniforme que usa e aos distintivos,
gozadas no todo ou em parte; insígnias, divisas, emblemas, agildas e peças
II - em decorrência de prescrição médica. complementares que ostenta. O uso dos uniformes com os
Parágrafo único. As dispensas do serviço serão seus distintivos, insígnias, emblemas e agildas, bem como os
concedidas com a remuneração integral e computadas como modelos, descrição, composição e peças acessórias, são
tempo de efetivo serviço e/ ou contribuição militar. estabelecidos nas normas específicas de cada Corporação

7
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Militar Estadual. É proibido ao militar estadual o uso dos deserção, quando Oficial ou Praça com estabilidade
uniformes e acréscimos de que trata esta subseção, na forma assegurada, mesmo tendo se apresentado voluntariamente,
prevista no Código Disciplinar e nas situações abaixo: até sentença transitada em julgado do crime de deserção; h)
I - em manifestação de caráter político-partidário; ter sido condenado a pena restritiva de liberdade superior a
II - no estrangeiro, quando em atividade não 6 (seis) meses e enquanto durar a execução, excluído o
relacionada com a missão policial militar ou bombeiro período de suspensão condicional da pena; i) tomar posse
militar, salvo quando expressamente determinado e em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não
autorizado; eletiva inclusive da administração indireta; j) ter sido
III - na inatividade, salvo para comparecer as condenado à pena de suspensão do exercício do cargo ou
solenidades militares estaduais, cerimônias cívico- função.
comemorativas das grandes datas nacionais ou estaduais ou A agregação do militar estadual que tenha 10 (dez)
a atos sociais solenes, quando devidamente autorizado pelo ou mais anos de serviço, candidato a cargo eletivo, é contada
Comandante-Geral. a partir da data do registro da candidatura na Justiça
Os militares estaduais na inatividade, cuja conduta Eleitoral até: I - 48 (quarenta e oito) horas após a divulgação
possa ser considerada ofensiva à dignidade da classe, do resultado do pleito, se não houver sido eleito; II - a data
poderão ser, temporariamente, proibidos de usar uniformes da diplomação; III - o regresso antecipado à Corporação
por decisão do Comandante-Geral, conforme estabelece o Militar Estadual, com a perda da qualidade de candidato.
Código Disciplinar. É vedado a qualquer civil ou organizações O militar estadual agregado fica sujeito às obrigações
civis o uso de uniforme ou a ostentação de distintivos, disciplinares concernentes às suas relações com os outros
insígnias, agildas ou emblemas, iguais ou semelhantes, que militares e autoridades civis.
possam ser confundidos com os adotados para os militares O militar estadual não será agregado, sob nenhuma
estaduais. hipótese, fora das condições especificadas neste artigo,
São responsáveis pela infração das disposições deste mormente para fins de geração de vagas a serem
artigo, além dos indivíduos que a tenham cometido, os preenchidas para efeito de promoção, e, em especial,
diretores ou chefes de repartições, organizações de qualquer quando se encontrar em uma das seguintes situações:
natureza, firmas ou empregadores, empresas, institutos ou I - for designado, em boletim interno ou por qualquer
departamentos que tenham adotado ou consentido sejam outro meio oficial, para o exercício de encargo, incumbência,
usados uniformes ou ostentados distintivos, insígnias, agildas serviço, atividade ou função no âmbito de sua Corporação,
ou emblemas, iguais ou que possam ser confundidos com os administrativa ou operacional: a) não constante no
adotados para os militares estaduais. respectivo Quadro de Organização e Distribuição; b) prevista
para militar estadual de posto ou graduação inferior ou
DA AGREGAÇÃO superior ao seu grau hierárquico; c) prevista para militar
estadual pertencente a outro quadro ou qualificação.
A agregação é a situação na qual o militar estadual II - estiver freqüentando curso de interesse da
em serviço ativo deixa de ocupar vaga na escala hierárquica Corporação, dentro ou fora do Estado;
do seu Quadro, nela permanecendo sem número. III - estiver temporariamente sem cargo ou função
O militar estadual deve ser agregado quando: militar, aguardando nomeação ou designação; IV - enquanto
o Oficial superar 90 (noventa) dias do pedido permanecer na condição de excedente, salvo quando
de reserva remunerada, quando também será dispensado enquadrado em uma das hipóteses previstas no §1º deste
do serviço ativo até a publicação do ato de reserva; artigo;
estiver aguardando transferência para a inatividade, V - for denunciado em processo-crime pelo Ministério
decisão acerca de demissão ou exclusão, por ter sido Público.
enquadrado em qualquer dos requisitos que as motivam, A agregação se faz por ato do Comandante-Geral,
após transcorridos mais de 90 (noventa) dias de tramitação devendo ser publicada em Boletim Interno da Corporação
administrativa regular do processo, ficando afastado de toda até 10 (dez) dias, contados do conhecimento oficial do fato
e qualquer atividade a partir da agregação; que a motivou, recebendo o agregado a abreviatura “AG”.
for afastado temporariamente do serviço ativo por A agregação de militar para ocupar cargo ou função
motivo de: a) ter sido julgado incapaz temporariamente, fora da Estrutura Organizacional das Corporações Militares
após um ano contínuo de tratamento de saúde; b) ter sido deve obedecer também ao que for estabelecido em Decreto
julgado, por junta médica da Corporação, definitivamente do Chefe do Poder Executivo.
incapaz para o serviço ativo militar, enquanto tramita o A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar
processo de reforma, ficando, a partir da agregação, manterão atualizada a relação nominal de todos os seus
recolhendo para o SUPSEC como se estivesse aposentado; c) militares, agregados ou não, no exercício de cargo ou função
ter ultrapassado um ano contínuo de licença para em órgão não pertencente à estrutura da Corporação. A
tratamento de saúde própria; d) ter ultrapassado 6 (seis) relação nominal será semestralmente publicada no Diário
meses contínuos de licença para tratar de interesse Oficial do Estado e no Boletim Interno da Corporação e
particular ou de saúde de dependente; e) ter sido deverá especificar a data de apresentação do serviço e a
considerado oficialmente extraviado; f) houver transcorrido natureza da função ou cargo exercido.
o prazo de graça e caracterizado o crime de deserção; g)

8
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

DA REVERSÃO DO DESLIGAMENTO DO SERVIÇO ATIVO

Reversão é o ato pelo qual o militar estadual O desligamento do serviço ativo de Corporação
agregado, ou inativado, retorna ao respectivo Quadro ou Militar Estadual é feito em conseqüência de: I - transferência
serviço ativo, quando cessado o motivo que deu causa à para a reserva remunerada; II - reforma; III - exoneração, a
agregação ou quando reconduzido da inatividade para o pedido; IV - demissão; V - perda de posto e patente do oficial
serviço temporário, na forma desta Lei. Compete ao e da graduação da praça; VI - expulsão; VII - deserção; VIII -
Comandante–Geral efetivar o ato de reversão de que trata falecimento; IX – desaparecimento; X – extravio.
este artigo, devendo ser publicado no Boletim Interno da O desligamento do serviço ativo será processado após
Corporação até 10 (dez) dias, contados do conhecimento a expedição de ato do Governador do Estado e deverá ser
oficial do fato que a motivou. A reversão da inatividade para feito quando da publicação em Diário Oficial do ato
o serviço ativo temporário é ato da competência do correspondente.
Governador do Estado ou de autoridade por ele designada. A
qualquer tempo, cessadas as razões, poderá ser determinada DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA
a reversão do militar estadual agregado, exceto nos casos
previstos nas alíneas “f,” “g”, “h” e “j” do inciso III do §1º do A passagem do militar estadual à situação da
art.172. inatividade, mediante transferência para a reserva
remunerada, se efetua: a pedido; “ex officio”.
DO EXCEDENTE A transferência para a reserva remunerada, a pedido,
será concedida, mediante requerimento do militar estadual
Excedente é a situação transitória na qual, que conte com 53 (cinqüenta e três) anos de idade e 30
automaticamente, ingressa o militar estadual que: (trinta) anos de contribuição, dos quais no mínimo 25 (vinte
I - sendo o mais moderno na escala hierárquica do e cinco) anos de contribuição militar estadual ao Sistema
seu Quadro ou Qualificação, ultrapasse o efetivo fixado em Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e
Lei, quando: Militares, dos Agentes Públicos e Membros de Poder do
a) tiver cessado o motivo que determinou a sua Estado do Ceará – SUSPEC.
agregação ou a de outro militar estadual mais antigo do Não será concedida transferência para a reserva
mesmo posto ou graduação; remunerada, a pedido, ao militar estadual que: I - estiver
b) em virtude de promoção sua ou de outro militar respondendo a processo na instância penal ou penal militar,
estadual em ressarcimento de preterição; a Conselho de Justificação ou Conselho de Disciplina ou
c) tendo cessado o motivo que determinou sua processo regular; II - estiver cumprindo pena de qualquer
reforma por incapacidade definitiva, retorne à atividade. O natureza.
militar estadual cuja situação é a de excedente ocupará a RESERVA EX OFFICIO
mesma posição relativa em antiguidade que lhe cabe na
escala hierárquica, com a abreviatura “EXC” e receberá o A transferência ex officio para a reserva remunerada
número que lhe competir em conseqüência da primeira vaga verificar-se-á sempre que o militar estadual incidir em um
que se verificar. dos seguintes casos:
O militar estadual, cuja situação é a de excedente, é I – atingir a idade limite de 60 (sessenta) anos;
considerado como em efetivo serviço para todos os efeitos e (redação dada pelo art. 26 da Lei nº 15.797, de 25.05.2015)
concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de II - Atingir ou vier ultrapassar: a) 35 (trinta e cinco)
condições e sem nenhuma restrição, a qualquer cargo ou anos de contribuição, com no mínimo 25 (vinte e cinco) anos
função militar estadual, bem como à promoção. de contribuição militar estadual ao Sistema Único de
Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares,
DO AUSENTE dos Agentes Públicos e Membros de Poder do Estado do
Ceará – SUSPEC;
É considerado ausente o militar estadual que por mais III - ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento,
de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas: I - deixar de contínuo ou não, agregado em virtude de ter sido
comparecer a sua Organização Militar Estadual, sem empossado em cargo, emprego ou função pública civil
comunicar qualquer motivo de impedimento; II - ausentar- temporária não eletiva;
se, sem licença, da Organização Militar Estadual onde serve IV - se eleito, for diplomado em cargo eletivo, ou se,
ou local onde deve permanecer. Decorrido o prazo na condição de suplente, vier a ser empossado.
mencionado no artigo anterior, serão observadas as V - for oficial abrangido pela quota compulsória.
formalidades previstas em lei. VI – o Coronel Comandante-Geral que for substituído
na chefia da Corporação por Coronel promovido pelo
Governador do Estado; (redação dada pelo art. 26 da Lei nº
15.797, de 25.05.2015).
VII – o Coronel que possuir 30 (trinta) anos de efetiva
contribuição e 5 (cinco) anos no posto respectivo,
excetuando-se aquele que ocupar o cargo de Comandante-

9
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Geral, os cargos de provimento em comissão de SITUAÇÕES DE INCIDÊNCIA


Subcomandante-Geral da Polícia Militar, de Comandante-
Geral Adjunto do Corpo de Bombeiros Militar, de Diretores A reforma será aplicada ao militar estadual que: I –
de Planejamento e Gestão Interna das Corporações Militares, atingir a idade limite de 65 (sessenta e cinco) anos;” (NR)
de Chefe da Casa Militar e de Assessor Executivo da Casa (redação dada pelo art. 26 da Lei nº 15.797, de 25.05.2015) II
Militar. (NR dada pela Lei nº 16.863, 15 de abril de 2019 – - for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo,
DOE de 16.04.2019). caso em que fica o militar inativo obrigado a realizar
VIII - o Major QOA que possuir 30 (trinta) anos de avaliação por junta médica da Corporação a cada 2 (dois)
efetiva contribuição e 3 (três) anos no posto respectivo. anos, para atestar que sua invalidez permanece irreversível,
(inciso incluído por força do art. 26 da Lei nº 15.797, de respeitados os limites de idade expostos no inciso I do
25.05.2015). art.182. III - for condenado à pena de reforma, prevista no
Enquanto permanecer no exercício de cargo civil Código Penal Militar, por sentença passada em julgado; IV -
temporário, não-eletivo, de que trata o inciso II deste artigo sendo Oficial, tiver determinado o órgão de Segunda
o militar estadual: I - tem assegurado a opção entre os Instância da Justiça Militar Estadual, em julgamento,
vencimentos do cargo civil e os do posto ou da graduação; II efetuado em consequência do Conselho de Justificação a que
- somente poderá ser promovido por antiguidade; III - terá foi submetido; V - sendo Praça com estabilidade assegurada,
seu tempo de serviço computado apenas para a promoção for para tal indicado ao respectivo Comandante-Geral, em
de que trata o inciso anterior e para a inatividade. julgamento de Conselho de Disciplina.
O militar estadual na reserva remunerada poderá ser
revertido ao serviço ativo, ex officio, quando da vigência de IDADE-LIMITE DO MILITAR REVERTIDO
Estado de Guerra, Estado do Sítio, Estado de Defesa, em caso
de Mobilização ou de interesse da Segurança Pública. Excetua-se das “idades-limites” o militar estadual
enquanto revertido da inatividade para o desempenho de
REVERSÃO VOLUNTÁRIA AO SERVIÇO ATIVO – serviço ativo temporário, conforme disposto em lei
CONHECIMENTO TÉCNICO ESPECIALIZADO específica, cuja reforma somente será aplicada ao ser
novamente conduzido à inatividade por ter cessado o motivo
Por aceitação voluntária, o militar estadual da reserva de sua reversão ou ao atingir a idade-limite de 70 (setenta)
remunerada poderá ser designado para o serviço ativo, em anos.
caráter transitório, por ato do Governador do Estado, desde
que aprovado nos exames laboratoriais e em inspeção APLICABILIDADE DO INSTITUTO DA READAPTAÇÃO
médica de saúde aos quais será previamente submetido,
quando se fizer necessário o aproveitamento de Antes de se decidir pela aplicação da reforma, deverá
conhecimentos técnicos e especializados do militar estadual. ser julgada a possibilidade de aproveitamento ou
O militar estadual designado nos termos deste artigo terá os readaptação do militar estadual em outra atividade ou
direitos e deveres dos da ativa de igual situação hierárquica, incumbência do serviço ativo compatível com a redução de
exceto quanto à promoção, a que não concorrerá. A sua capacidade.
designação de que trata este artigo terá a duração necessária O militar estadual da reserva remunerada, ao passar à
ao cumprimento da atividade que a motivou, sendo condição de reformado, manterá todos os direitos e
computado esse tempo de serviço do militar. garantias asseguradas na condição anterior.

REVERSÃO VOLUNTÁRIA AO SERVIÇO ATIVO – SITUAÇÕES QUE GERAM INCAPACIDADE DEFINITIVA


SEGURANÇA PATRIMONIAL
A incapacidade definitiva pode sobrevir em
Por aceitação voluntária, o militar estadual da reserva conseqüência de: I - ferimento recebido na preservação da
remunerada poderá ser designado para o serviço ativo, em ordem pública ou no legítimo exercício da atuação militar
caráter transitório, por ato do Governador do Estado, desde estadual, mesmo não estando em serviço, visando à
que aprovado nos exames laboratoriais e em inspeção proteção do patrimônio ou à segurança pessoal ou de
médica de saúde aos quais será previamente submetido, terceiros em situação de risco, infortúnio ou de calamidade,
para prestar serviço de segurança patrimonial de próprios do bem como em razão de enfermidade contraída nessa
Estado, conforme dispuser a lei específica, sendo computado situação ou que nela tenha sua causa eficiente; II - acidente
esse tempo de serviço do militar. em objeto de serviço; III - doença, moléstia ou enfermidade
adquirida, com relação de causa e efeito inerente às
DA REFORMA condições de serviço; IV - tuberculose ativa, alienação
MODO DE PASSAGEM À INATIVIDADE mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, mal de
A passagem do militar estadual à situação de Parkinson, mal de Alzeheimer, pênfigo, espondiloartrose
inatividade, mediante reforma, se efetua ex officio. anquilosante, nefropatia grave, síndrome da
imunodeficiência adquirida deficiência e outras moléstias
que a lei indicar com base nas conclusões da medicina

10
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

especializada; V - acidente ou doença, moléstia ou EXONERAÇÃO À PEDIDO – CAUSAS DE SUSPENSÃO


enfermidade, sem relação de causa e efeito com o serviço. DO DIREITO
Os casos I, II e III serão provocados por atestado de
origem ou inquérito sanitário de origem, sendo os termos do O direito à exoneração, a pedido, pode ser suspenso
acidente, baixa ao hospital, prontuários de tratamento nas na vigência de Estado de Guerra, Estado de Sítio, Estado de
enfermarias e hospitais, laudo médico, perícia médica e os Defesa, calamidade pública, perturbação da ordem interna
registros de baixa, utilizados como meios subsidiários para ou em caso de mobilização.
esclarecer a situação.
EXONERAÇÃO À PEDIDO – REINGRESSO MEDIANTE
ACIDENTE EM OBJETO DE SERVIÇO NOVO CONCURSO

Considera-se acidente em objeto de serviço aquele O militar estadual exonerado, a pedido, somente
ocorrido no exercício de atividades profissionais inerentes ao poderá novamente ingressar na Polícia Militar ou no Corpo
serviço policial militar ou bombeiro militar ou ocorrido no de Bombeiros Militar, mediante a aprovação em novo
trajeto casa-trabalho-casa. concurso público e desde que, na data da inscrição, preencha
todos os requisitos constantes desta Lei, de sua
REFORMA ADMINISTRATIVO-DISCIPLINAR regulamentação e do edital respectivo.

Será aplicada ao militar estadual, mediante processo EXONERAÇÃO À PEDIDO – FATORES IMPEDITIVOS
regular, conforme disposto no Código Disciplinar da Polícia
Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará. Não será concedida a exoneração, a pedido, ao militar
estadual que: I - estiver respondendo a Conselho de
DEMISSÃO Justificação, Conselho de Disciplina ou Processo
Administrativo-Disciplinar; II - estiver cumprindo pena de
A demissão do militar estadual se efetua ex officio. qualquer natureza.

EXONERAÇÃO POSSE EM CARGO OU EMPREGO PÚBLICO CIVIL


PERMANENTE - DEMISSÃO EX OFFICIO
A exoneração a pedido será concedida mediante
requerimento do interessado: I - sem indenização aos cofres O militar estadual da ativa que tomar posse em cargo
públicos, quando contar com mais de 5 (cinco) anos de ou emprego público civil permanente será imediatamente,
oficialato no QOPM ou no QOBM da respectiva Corporação mediante demissão ex officio, por esse motivo, transferido
Militar Estadual, ou 3 (três) anos, quando se tratar de Oficiais para a reserva, sem qualquer remuneração ou indenização.
de outros quadros; II - sem indenização aos cofres públicos,
quando contar com mais de 3 (três) anos de graduado na DEMISSÃO E DA EXPULSÃO POR MOTIVO
respectiva Corporação Militar Estadual; III - com indenização DISCIPLINAR – REGULAMENTAÇÃO
das despesas relativas a sua preparação e formação, quando
contar com menos de 5 (cinco) anos de oficialato ou 3 (três) Além do disposto na Lei, a demissão e a expulsão do
anos de graduado. militar estadual, ex officio, por motivo disciplinar, é regulada
pelo Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo
EXONERAÇÃO À PEDIDO – INDENIZAÇÃO DAS de Bombeiros Militar do Ceará.
DESPESAS O militar estadual que houver perdido o posto e a
patente ou a graduação, não terá direito a qualquer
No caso do militar estadual estar realizando ou haver remuneração ou indenização, e terá a sua situação militar
concluído qualquer curso ou estágio de duração superior a 6 definida pela Lei do Serviço Militar.
(seis) meses e inferior ou igual a 18 (dezoito) meses, por
conta do Estado, e não tendo decorrido mais de 3 (três) anos DEMISSÃO EX OFFICIO POR PERDA DA
do seu término, a exoneração somente será concedida NACIONALIDADE BRASILEIRA
mediante indenização de todas as despesas correspondentes
ao referido curso ou estágio ou então o militar estar O militar estadual da ativa que perder a
realizando ou haver concluído curso ou estágio de duração nacionalidade brasileira será submetido a processo judicial
superior a 18 (dezoito) meses, por conta do Estado, aplicar- ou regular para fins de demissão ex officio, por
se-á o disposto no parágrafo anterior, se não houver incompatibilidade com a legislação vigente.
decorrido mais de 5 (cinco) anos de seu término.
O militar estadual exonerado, a pedido, não terá
direito a qualquer remuneração, sendo a sua situação militar
definida pela Lei do Serviço Militar.

11
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

DA DESERÇÃO REAPARECIMENTO DO EXTRAVIADO OU DO


DESAPARECIDO: CONSEQUENCIAS
A deserção do militar estadual acarreta interrupção
do serviço com a conseqüente perda da remuneração. O O reaparecimento do militar estadual extraviado ou
militar estadual desertor que for capturado, ou que se desaparecido, já desligado do serviço ativo, resulta em sua
apresentar voluntariamente, será submetido à inspeção de reinclusão e nova agregação, enquanto se apura as causas
saúde e aguardará a solução do processo. que deram origem ao seu afastamento. O militar estadual
Compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar reaparecido será submetido a Conselho de Justificação, a
o militar estadual desertor, cabendo ao tribunal competente Conselho de Disciplina ou a Processo Administrativo-
decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da Disciplinar.
graduação das Praças.
DIREITOS RELATIVOS À PENSÃO DOS BENEFICIÁRIOS
FALECIMENTO - EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO DO DESAPARECIDO OU EXTRAVIADO

O falecimento do militar estadual da ativa acarreta o Lei específica, de iniciativa privativa do Governador
desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data do Estado, estabelecerá os direitos relativos à pensão,
da ocorrência do óbito. destinada a amparar os beneficiários do militar estadual
desaparecido ou extraviado.
DESAPARECIDO - DEFINIÇÃO
SINDICALIZAÇÃO E GREVE – PROIBIÇÃO
É considerado desaparecido o militar estadual da
ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em viagem, Ao militar estadual são proibidas a sindicalização e a
em operações policiais militares ou bombeiros militares ou greve. A Constituição Federal de 1998 proíbe
em caso de calamidade pública, tiver paradeiro ignorado por expressamente que os Policiais Militares,
mais de 8 (oito) dias. A situação de desaparecido só será Bombeiros Militares e militares das Forças Armadas
considerada quando não houver indício de deserção. façam greve (art. 142, 3º, IV c/c art. 42, § 1º).

EXTRAVIO DE MILITAR - DEFINIÇÃO PARTICIPAÇÃO EM ASSOCIAÇÕES NÃO SINDICAIS OU


POLÍTICO-PARTIDÁRIAS
O militar estadual que, na forma do artigo anterior,
permanecer desaparecido por mais de 30 (trinta) dias, será O militar estadual poderá fazer parte de associações
considerado oficialmente extraviado. sem qualquer natureza sindical ou político-partidária, desde
que não haja prejuízo do exercício do respectivo cargo ou
EXTRAVIO DE MILITAR - CONSEQUENCIA função militar que ocupe na ativa, salvo aqueles que estejam
amparados pelo art. 169 combinado com o art. 176, § 13, da
O extravio do militar estadual da ativa acarreta Constituição do Estado do Ceará. (Mudou de parágrafo único
interrupção do serviço militar estadual com o conseqüente para §1º pelo art. 32 da Lei n° 13.768, de 04.05.06). O militar
afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data em estadual poderá fazer parte de associações, sem qualquer
que o mesmo for oficialmente considerado extraviado. natureza sindical ou político-partidária, desde que não haja
prejuízo para o exercício do respectivo cargo ou função
EXTRAVIO DE MILITAR – PRAZO PARA militar que ocupe na ativa. (NR) (§ acrescentado pelo art. 32
DESLIGAMENTO da Lei n° 13.768, de 04.05.06).
O desligamento do serviço ativo será feito 6 (seis)
meses após a agregação por motivo de extravio. DISPENSA DE FUNÇÕES PARA DIRIGENTE MÁXIMO
DE ASSOCIAÇÕES
SITUAÇÕES EQUIPARÁVEIS AO FALECIMENTO
O militar estadual da ativa quando investido em
Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, cargo ou função singular de dirigente máximo de associação
calamidade pública ou outros acidentes oficialmente que congregue o maior número de oficiais, de subtenentes e
reconhecidos, o extravio ou o desaparecimento do militar sargentos ou de cabos e soldados, distintamente
estadual da ativa será considerado como falecimento, para considerados e pré-definidos por eleições internas, poderá
fins deste Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazos ficar dispensado de suas funções para dedicar-se à direção
máximos de possível sobrevivência ou quando se dêem por da entidade. (NR) (§ acrescentado pelo art. 32 da Lei n°
encerradas as providências de salvamento. 13.768, de 04.05.06).

12
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

PROIBIÇÃO DE FILIAÇÃODE MILITAR DA ATIVA A 2. LEI DE PROMOÇÕES


PARTIDO POLÍTICO
Com o advento da Lei nº 15.797, de 25 de maio de
O militar estadual, enquanto em serviço ativo, não 2015 (Lei de Promoções dos Militares Estaduais do Ceará), o
pode estar filiado a partido político. cenário de ascensão profissional na Instituição foi de grande
relevância e de valorização dos profissionais das corporações
SERVIÇO MILITAR - REGIME DE TEMPO E militares, buscando a motivação dos que cumprem o dever,
COMPENSAÇÃO reconhecendo a importância de sua atuação para a
sociedade. Esta lei regulamentada pelo Decreto Estadual nº
Os militares estaduais são submetidos a regime de 31.804, de 20 de outubro de 2015, e posta em prática no dia
tempo integral de serviço, inerente à natureza da atividade 24 de dezembro de 2015, estabelece os critérios de
militar estadual, inteiramente devotada às finalidades e promoção, além de uma série de direitos, deveres e regras,
missões fundamentais das Corporações Militares estaduais, dentro de um arcabouço jurídico importante e fundamental
sendo compensados através de sua remuneração normal. garantindo a ascensão nas carreiras dos militares estaduais.

ESCALA DE SERVIÇO E FOLGA CONCEITO DE PROMOÇÃO

Em períodos de normalidade da vida social, em que A promoção, direito do militar estadual, consiste na
não haja necessidade específica de atuação dos militares em elevação na carreira, tendo por objetivo o estímulo ao
missões de mais demorada duração e de mais denso constante aprimoramento funcional com resultado no al-
emprego, os militares estaduais observarão a escala normal cance dos graus hierárquicos superiores nas corporações
de serviço, alternada com períodos de folga, estabelecida militares.
pelo Comando-Geral.
Observado o interesse da otimização da segurança DATA DAS PROMOÇÕES REGULARES DOS MILITARES
pública e defesa social do Estado, em períodos de ESTADUAIS
normalidade poderá voluntariamente o militar da ativa, a
critério discricionário da Administração, inscrever-se junto à Com o advento da nova legislação temos somente um
Corporação respectiva para desempenhar atividade em dia para as promoções anuais na PMCE que é o dia 24 de
caráter suplementar a título de reforço ao serviço dezembro, conforme estabelece o art. 12, da lei nº
operacional, durante parte do seu período de folga, 15.797/2015, bem como art. 2º, do decreto nº 31.804/2015,
guardando um intervalo de descanso de, pelo menos, 12 com fechamento das alterações para o dia 30 de setembro,
(doze) horas após sua jornada regular. (Redação dada pela considerando, apenas para fins de interstício, o tempo no
Lei nº 16.009, 05 de maio de 2016). O militar fará jus à posto ou na graduação que o militar estadual possuirá na
Indenização de Reforço ao Serviço Operacional – IRSO, em data da promoção anual.
retribuição ao serviço executado além do expediente, escala Obs.: Vale ressaltar que a falta do policial militar na
ou jornada normal à qual estiver submetido, sendo devida Perícia Médica, no dia e horário, pré-agendados ocasionará
por hora de trabalho executado. (Redação dada pela Lei nº sua inaptidão para as promoções. Tal inaptidão está
16.009, 05 de maio de 2016) estabelecida no inc. XII, do art. 7º, da Lei de Promoções, bem
como no art. 8º, do Decreto Estadual nº 31.804/2015.
ADIDO - DEFINIÇÃO
PLANEJAMENTO E OBJETIVO DAS PROMOÇÕES
O militar estadual que, embora efetivo e classificado
no Quadro de Organização e Distribuição de uma Serão planejadas as promoções observando as pe-
Organização Policial Militar ou Bombeiro Militar, venha a culiaridades de cada posto e cada graduação e objetivando
exercer atividade funcional em outra Organização Militar, assegurar um fluxo regular e equilibrado nas carreiras de
ficará na situação de adido. oficial e de praça.

MODALIDADES

As promoções ocorrerão nas seguintes modalidades: I


- antiguidade; II - merecimento; III - post mortem; IV-
bravura; V- requerida. As promoções nas modalidades post
mortem, bravura e requerida são consideradas promoções
extraordinárias, conforme inteligência do art. 13 do Decreto
nº 31.804/2015: “Art.13. As promoções extraordinárias serão
concedidas na forma dos §§3º a 5º, art.3º, e art.23, da Lei
nº15.797/2015.”

13
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE militar interessado contar com, pelo menos, 30 (trinta) anos
de contribuição, dos quais 25 (vinte e cinco) anos ao SUPSEC,
A promoção por antiguidade baseia-se na observado também disposto nos arts.7º e 23, da Lei
precedência hierárquica do militar estadual sobre os demais nº15.797/2015.
de igual posto ou graduação, observados os demais A promoção requerida independerá de prazo para sua
requisitos estabelecidos nesta Lei. solicitação e será decidida pela respectiva Comissão de
Promoção, no máximo, 60 (sessenta) dias após protocolizada
PROMOÇÃO POR MERECIMENTO no setor competente, devendo o ato de promoção retroagir
à data da decisão.
A promoção por merecimento tem por fundamento A Comissão de Promoção, se manifestará sobre a
os valores funcionais agregados pelo militar no decorrer da promoção requerida e, sendo favorável ao pedido, tramitará
carreira e que o destaquem na atuação funcional, prefe- o ato de ascensão. Publicada a promoção requerida, o setor
rencialmente no posto ou graduação ocupado por ocasião da de pessoal da Corporação, automaticamente, iniciará o
disputa pela promoção, sendo essa aferição promovida por processo de reserva remunerada ex officio do militar, ficando
comissão específica de promoção, nos termos desta Lei. este afastado, de imediato, do exercício funcional.
Quando se tratar de promoção requerida aos postos
PROMOÇÃO POR POST MORTEM – CASOS DE de Coronel, Major QOAPM e Major QOABM, o Tenente-
INCIDÊNCIA Coronel e os Capitães QOAPM e QOABM, o requerimento da
promoção deverá ser apresentado, na forma estabelecido na
Ocorrerá nas seguintes situações: I – quando o militar legislação. Finalizado o prazo o militar que não ingressou
estadual falecer em razão do desempenho da atividade com o requerimento para a promoção requerida deverá
militar estadual, ou em acidente em serviço ou em aguardar nova divulgação da lista de Tenentes-Coronéis e
consequência de doença, moléstia ou enfermidade que nele Capitães QOAPM e QOABM para as promoções aos postos
tenha sua causa imediata, conforme aferição de comissão de de Coronel, Major QOAPM e Major QOABM.
meritoriedade designada pelo Comandante-Geral; II – No caso de não haver sido preenchido o quantitativo
quando o militar fazia jus à promoção em vida, não sendo previsto, os demais Tenentes-Coronéis e Capitães QOAPM e
esta efetivada a tempo, em razão do seu óbito. QOABM interessados, desde que possuidores,
respectivamente, dos Cursos Superiores de Polícia ou
PROMOÇÃO POR BRAVURA – CASOS DE INCIDÊNCIA Bombeiro (CSP ou CSB) ou de Aperfeiçoamento de Oficiais
do Quadro Administrativo CAO/QOA, ou cursos regulares
A promoção por bravura, a ser aferida por comissão equivalentes, poderão ingressar com requerimento para
de meritoriedade designada pelo Comandante-Geral, resulta completar o referido limite, obedecida, em qualquer caso, a
de ato, ou atos, não comuns de coragem e audácia, que, ordem de precedência hierárquica, no prazo de 15 (quinze)
ultrapassando os limites normais do cumprimento do dever, dias após a finalização do período mencionado na legislação.
representem feitos de notório mérito, em operação ou ação Ultrapassados os prazos previstos neste artigo, quanto às
inerente à missão institucional da corporação militar em promoções requeridas aos postos de Coronel e Major
serviço ou de folga. QOAPM e QOABM, os interessados não terão mais direito
Obs.: Tanto na promoção post mortem como por àquele benefício, o qual se renovará no semestre
bravura, deverá o respectivo Coronel Comandante-Geral subsequente.
instaurar o procedimento administrativo, designando
Comissão composta por 03 (três) oficiais, presidida por COMPETÊNCIA PARA EFETIVAR PROMOÇÃO
militar estadual superior ao interessado, com o intuito de
constatar o devido mérito. A Comissão referida no parágrafo A promoção do oficial se dará por ato do Governador
antecedente terá o prazo de 40 (quarenta) dias para do Estado, já a da praça por ato do Comandante-Geral.
apresentar relatório, com o seu parecer. Finalizado o
procedimento, deverá ser ele submetido à apreciação da ACESSO DO PRAÇA À CARREIRA DE OFICIAL E
Comissão de Promoção, à qual incumbe manifestar-se sobre REQUISITOS PARA INGRESSO NO CHO
o caso, com decisão final do Coronel Comandante-Geral.
A passagem da praça para o quadro de oficiais acon-
PROMOÇÃO REQUERIDA tecerá por acesso, exigindo-se a conclusão, com aprovei-
tamento, de Curso de Habilitação de Oficiais – CHO, cujo
A promoção requerida alcançará o militar estadual ingresso se dará metade por antiguidade e a outra metade
que completar 30 (trinta) anos de contribuição, sendo, no por prévia aprovação por seleção interna, supervisionada
mínimo, 25 (vinte e cinco) anos como de contribuição como pela Academia Estadual de Segurança Pública, para os in-
militar ao SUPSEC, e consistirá na sua elevação, a pedido, ao tegrantes do QOAPM e QOABM.
grau imediatamente superior, observadas as condições
estabelecidas nesta Lei.
A promoção requerida se dará via requerimento
dirigido ao respectivo Coronel Comandante-Geral, devendo o

14
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

CHO – EXIGÊNCIA DE CURSO SUPERIOR CURSO OBRIGATÓRIO PARA INGRESSO NO QAG

Para fins de concorrer à seleção para ingresso no O curso obrigatório de que trata o inciso II, disposto
Curso de Habilitação de Oficiais, exigir-se-á do candidato no caput deste artigo, a ser concluído, com aproveitamento,
diploma em curso de nível superior, devidamente até a data de encerramento das alterações, é o que pos-
reconhecido, à exceção das praças beneficiadas com a sibilita o acesso e a promoção do oficial e da praça aos
previsão do art. 225 da Lei nº13.729, de 13 de janeiro de sucessivos postos e graduações de carreira, nas seguintes
2006. condições:
a) para promoção e acesso ao posto de 2.º Tenente:
INGRESSO NO QAG - REQUISITOS Curso de Formação de Oficiais – CFO para os integrantes do
QOPM e QOBM, respectivamente na Polícia Militar e Corpo
Para fins de promoção por antiguidade e mereci- de Bombeiros Militar; Curso de Formação de Oficiais
mento, deve o militar figurar no Quadro de Acesso Geral, Complementares – CFOC para os integrantes do QOCPM e
cujo ingresso requer o preenchimento dos seguintes re- QOCBM, respectivamente na Polícia Militar e Corpo de
quisitos, cumulativamente: I - interstício no posto ou na Bombeiros Militar; e Curso de Habilitação de Oficiais – CHO,
graduação de referência; II - curso obrigatório estabelecido para os integrantes do QOAPM e QOABM, por meio de
em lei; III - serviço arregimentado; IV - mérito. seleção interna, todos sob coordenação da Corporação
Militar Estadual, e realizados pela Academia Estadual de
CONCEITO DE INTERSTÍCIO E SEUS LAPSOS Segurança Pública; (Lei nº 17.478, 17 de maio de 2021).
TEMPORAIS b) para promoção ao posto de Major QOPM, QOBM,
QOCPM e QOCBM: Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais –
§1º O interstício de que trata o inciso I deste artigo, a CAO ou curso regular equivalente realizado em Corporação
ser completado até a data em que efetivada a promoção, é o Militar Estadual, supervisionado pela Academia Estadual de
tempo mínimo de efetivo serviço considerado em cada posto Segurança Pública, quando realizado no Estado; (Lei nº
ou graduação, descontado o tempo não computável, da 17.478, 17 de maio de 2021)
seguinte forma: c) para promoção ao posto de Major QOAPM e
I – para oficiais:a) para o posto de 1º Tenente – 5 QOABM: Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais do Quadro
(cinco) anos no posto de 2º Tenente; b) para o posto de 1º Administrativo-CAO/QOA, ou curso regular equivalente rea-
Tenente QOAPM e QOABM – 3 (três) anos no posto de 2º lizado em Corporação Militar Estadual, supervisionado pela
Tenente QOAPM e QOABM; c) para o posto de Capitão – 5 Academia Estadual de Segurança Pública, quando realizado
(cinco) anos no posto de 1º Tenente; d) para o posto de no Estado;
Capitão QOAPM e QOABM – 2 (dois) anos no posto de 1º d) para promoção ao posto Coronel QOPM, QOBM,
Tenente QOAPM e QOABM; e) para o posto de Major – 6 QOCPM e QOCBM: Curso Superior de Polícia – CSP, ou Curso
(seis) anos no posto de Capitão; f) para o posto de Major Superior de Bombeiro – CSB, ou curso regular equivalente
QOAPM e QOABM – 2 (dois) anos no posto de Capitão realizado em Corporação Militar Estadual, supervisionado
QOAPM e QOABM; g) para o posto de Tenente-Coronel – 5 pela Academia Estadual de Segurança Pública, quando
(cinco) anos no posto de Major; h) para o posto de Coronel – realizado no Estado; (NR Lei nº 17.478, 17 de maio de 2021).
3 (três) anos no posto de Tenente-Coronel;
O militar estadual que se julgar prejudicado em ato II – PARA PRAÇAS:
referente ao Quadro de Acesso Geral ou Lista por
Merecimento, poderá ingressar com recurso, no prazo de 15 a) para promoção ao cargo de Soldado: Curso de
(quinze) dias, a contar da data da divulgação do respectivo Formação de Soldados, sob coordenação da Corporação
ato. Militar Estadual, realizado pela Academia Estadual de
O recurso a que se refere este artigo será dirigido ao Segurança Pública. (NR Lei nº 17.478, 17 de maio de 2021).
Presidente da respectiva Comissão de Promoção, o qual b) para promoção à graduação de 3º Sargento: Curso
deverá solucioná-lo no prazo de 60 (sessenta) dias, de Habilitação de Sargentos, ou curso regular equivalente
encerrando-se a instância administrativa. realizado em Corporação Militar Estadual, supervisionado
II – para praças: a) para a graduação de Cabo – 7 pela Academia Estadual de Segurança Pública, quando
(sete) anos na graduação de Soldado; b) para a graduação de realizado no Estado;
3º Sargento – 5 (cinco) anos na graduação de Cabo; c) para a c) para promoção à graduação de Subtenente: Curso
graduação de 2º Sargento – 3 (três) anos na graduação de 3º de Habilitação a Subtenentes, ou curso regular equivalente
Sargento; d) para a graduação de 1º Sargento – 3 (três) anos realizado em Corporação Militar Estadual, supervisionado
na graduação de 2º Sargento; e) para a graduação de pela Academia Estadual de Segurança Pública, quando
Subtenente – 4 (quatro) anos na graduação de 1º Sargento. realizado no Estado.

15
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

OBRIGATORIEDADE DO OFERECIMENTO DE CURSO CONCEITO DE SERVIÇO ARREGIMENTADO E LAPSOS


TEMPORAIS
O Estado deverá oferecer o curso obrigatório de que
trata o inciso II do caput, em tempo hábil, evitando prejuízo O serviço arregimentado de que trata a legislação,
às promoções regulares. corresponde ao tempo mínimo necessário a ser de-
sempenhado pelo militar no exercício efetivo de função de
REQUISITOS PARA INGRESSO NO CHS E NO CHST natureza ou de interesse militar estadual, especificamente na
atividade-fim da Corporação, caracterizada como de
Para o ingresso no Curso de Habilitação de Sargentos execução programática ou equivalente, nas unidades de
– CHS, e no Curso de Habilitação a Subtenentes - CHST, ou Grandes Comandos, Batalhões, Companhias, Pelotões e
equivalente, será observado o critério de antiguidade, sendo Destacamentos, definidas em legislação própria, da seguinte
exigidos do militar exames médicos e laboratoriais, incluindo forma:
o toxicológico, custeados pelo Estado.
I – PARA OFICIAIS:
REQUISITOS PARA INGRESSO NO CAO, CAO/QOA,
CSP E CSB a) para a promoção ao posto de 1º Tenente: 4
(quatro) anos no posto anterior;
Para o ingresso no CAO, no CAO/QOA, no CSP e no b) para a promoção ao posto de 1º Tenente QOAPM e
CSB, ou equivalente, será observado o critério de antigui- QOABM: 2 (dois) anos no posto anterior;
dade, sendo exigidos do militar exames médicos e labo- c) para a promoção ao posto de Capitão: 4 (quatro)
ratoriais, incluindo o toxicológico, custeados pelo Estado. anos no posto anterior;
d) para a promoção ao posto de Capitão QOAPM e
EXAME TOXICOLÓGICO – RESULTADO POSITIVO QOABM: 1 (um) ano no posto anterior;
e) para a promoção ao posto de Major: 5 (cinco) anos
Caso o laudo médico a que se refere à legislação dê no posto anterior;
resultado positivo para o uso de drogas ilícitas, o militar será f) para a promoção ao posto de Major QOAPM e
impedido de realizar o curso correspondente, devendo ser QOABM: 1 (um) ano no posto anterior;
encaminhado para tratamento. g) para a promoção ao posto de Tenente–Coronel: 4
(quatro) anos no posto anterior;
DESISTÊNCIA OU NÃO APROVEITAMENTO EM CURSO h) para a promoção ao posto de Coronel: 2 (dois) anos
OBRIGATÓRIO no posto anterior;

A partir da publicação desta Lei, o militar que, por 3 II – PARA PRAÇAS:


(três) vezes for indicado, e não aceitar, ou aceitando, desistir
ou não concluir com aproveitamento os cursos necessários para a promoção à graduação de Cabo: 6 (seis) anos
para promoção de carreira, ficará impedido de realizá-los e, na graduação anterior;
consequentemente, não mais poderá ingressar em Quadro b) para a promoção à graduação de 3º Sargento: 4
de Acesso Geral, assim permanecendo, de forma definitiva, (quatro) anos na graduação anterior;
no cargo em que se encontrar até completar condições para c) para a promoção à graduação de 2º Sargento: 2
a inatividade. (dois) anos na graduação anterior;
d) para a promoção à graduação de 1º Sargento: 2
EXCEÇÃO A POSSE DOS CURSOS OBRIGATÓRIOS (dois) anos na graduação anterior;
e) para a promoção à graduação de Subtenente: 3
Não se aplica aos oficiais integrantes dos Quadros de (três) anos na graduação anterior
Saúde e Capelão da Polícia Militar e Complementar do Corpo No tempo arregimentado não se computará:
de Bombeiros. Os cursos obrigatórios para promoção ao I - o período de licença para tratamento de saúde
posto de Major QOPM e QOBM (Curso de Aperfeiçoamento própria do militar, salvo quando se tratar de enfermidade
de Oficiais - CAO ou curso regular equivalente realizado em motivada pelo serviço, no pleno desempenho da atividade
Corporação Militar Estadual, supervisionado pela Academia militar estadual, devidamente justificada em procedimento
Estadual de Segurança Pública, quando realizado no Estado) administrativo, a cargo da Corporação;
e para promoção ao posto Coronel QOPM e QOBM (Curso II - o período em que o militar estiver trabalhando na
Superior de Polícia- CSP, ou Curso Superior de Bombeiro – situação de apto para serviços leves, salvo quando se tratar
CSB, ou curso regular equivalente realizado em Corporação de enfermidade motivada pelo serviço, no pleno desempe-
Militar Estadual, supervisionado pela Academia Estadual de nho da atividade militar estadual, devidamente justificada
Segurança Pública, quando realizado no Estado). em procedimento administrativo, a cargo da Corporação;
III - os afastamentos por atestado, salvo quando se
tratar de enfermidade motivada pelo serviço, no pleno
desempenho da atividade militar estadual, devidamente
justificada em procedimento administrativo, a cargo da

16
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Corporação; VII - for condenado à pena de suspensão do exercício


IV - o período de Licença para Tratamento de do posto, graduação, cargo ou função, prevista no Código Pe-
Interesse Particular. nal Militar, durante o prazo de sua suspensão ou de outras
O período passado pelo policial-militar em cargo ou disposições legais;
função de natureza civil temporário somente poderá ser VIII - for considerado desaparecido, extraviado ou
computado como tempo de serviço para promoção por desertor;
antigüidade e transferência para a inatividade. IX - houver sido punido disciplinarmente, nos últimos
12 (doze) meses que antecedem a data de fechamento das
SITUAÇÕES DE EQUIVALÊNCIA À ATIVIDADE-FIM alterações para a promoção, com, pelo menos, uma custó-
PARA ARREGIMENTAÇÃO dia, ou 2 (duas) permanências disciplinares, ou 4 (quatro)
repreensões; ou ainda 2 (duas) repreensões e 1 (uma) per-
Enquadra-se como atividade-fim, para o disposto no manência disciplinar;
§9º, o serviço exercido pelo militar estadual junto aos órgãos X - para as praças, ter, no mínimo, comportamento
administrativos da sua própria corporação, à Secretaria de “BOM”;
Segurança Pública, à Casa Militar, à Defesa Civil, à XI - houver ultrapassado, por motivo de gozo de
Controladoria-Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança licença para tratamento de saúde de dependente,
Pública e Sistema Penitenciário do Estado, ou a outros legalmente reconhecido, prazo superior a 6 (seis) meses
órgãos aos quais esteja cedido, para o desempenho de ininterruptos;
atividade de interesse militar estadual, inclusive nas XII - encontrar-se inabilitado em exames de saúde,
entidades associativas. segundo a Coordenadoria de Perícias Médicas da Secretaria
do Planejamento e Gestão;
TEMPO OBRIGATÓRIO EM SERVIÇO OPERACIONAL A Coordenadoria da Perícia Médica/SEPLAG definirá
os exames necessários à aferição da aptidão física do militar,
O militar estadual que for nomeado ao posto de 2º o qual deverá se encarregar de comparecer àquele setor,
Tenente ou de 1º Tenente ou ao cargo de Soldado, nos qua- anualmente, para fins de inspeção, observada a data de
dros QOPM e QOBM, deverá, obrigatoriamente, permanecer fechamento das alterações como limite.
todo o período de interstício exigido para promoção ao XIII - for nele incluído indevidamente;
posto ou à graduação imediata exercendo suas funções em XIV - por algum motivo já houver sido promovido;
unidade eminentemente operacional, junto a Batalhão, XV - vier a falecer;
Companhia e Pelotão, na Capital, na Região Metropolitana XVI - for afastado do serviço ativo da respectiva
ou no interior do Estado. Corporação, por estar aguardando reserva remunerada, a
pedido, por mais de 90 (noventa) dias;
CASOS DE IMPEDIMENTOS E EXCLUSÃO DO QAG XVII - encontrar-se, nos 12 (doze) meses anteriores ao
fechamento das alterações para a promoção, afastado ou
O oficial ou a praça não poderá constar no Quadro de com restrições ao desempenho da atividade-fim da Corpo-
Acesso Geral, ou deste será excluído, quando: ração Militar por período superior a 3 (três) meses contínuos
I - for preso provisoriamente, enquanto a prisão não ou não, excetuando-se:
for revogada ou relaxada; a) enfermidades contraídas em objeto de serviço
II - for recebida a denúncia em processo-crime, devidamente comprovadas por Atestado de Origem ou por
enquanto a sentença final não transitar em julgado, salvo Inquérito Sanitário de Origem;
quando o fato ocorrer no exercício de missão de natureza ou b) licença Maternidade ou licença para Tratamento de
interesse militar estadual, ainda que durante a folga do Saúde relacionada a efeitos da gestação;
militar, e não envolver suposta prática de improbidade c) licenças para Tratamento de Saúde decorrentes de
administrativa ou crime hediondo; intervenções cirúrgicas diversas ou doenças crônicas em
III - estiver submetido a Conselho de Justificação, a processos de agudização;
Conselho de Disciplina ou a Processo Administrativo Discipli-
nar, mesmo que este esteja sobrestado, até decisão final do SITUAÇÃO DE PROMOÇÃO EXCLUSIVAMENTE POR
Tribunal ou autoridade competente; ANTIGUIDADE
IV - for condenado em processo-crime, enquanto
durar o cumprimento da pena, inclusive no caso de O militar que, por ocasião da elaboração do Quadro
suspensão condicional da pena e de livramento condicional, de Acesso Geral, encontrar-se no exercício de cargo público
não se computando o tempo acrescido à pena original para civil temporário, não eletivo, inclusive da Administração
fins de sua suspensão condicional; Indireta, ou que estiver à disposição de órgão ou entidade
V - encontrar-se submetido à suspensão condicional federal, estadual ou municipal, para exercer cargo ou função
do processo, até decisão judicial definitiva de extinção do be- de natureza estritamente civil, só poderá concorrer por
nefício; antiguidade.
VI - for Licenciado para Tratar de Interesse Particular -
LTIP;

17
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

PROMOÇÃO DE MILITAR COM RESULTADO POSITIVO aferição da pontuação prevista na legislação que sempre
EM EXAME TOXICOLÓGICO ocorrerá após a avaliação de saúde, sem a qual não poderá o
militar se submeter ao Teste de Aptidão Física. Será de
Quando obtiver resultado positivo para o consumo de responsabilidade do interessado a devida comprovação das
drogas ilícitas em laudo de exame toxicológico, o militar pontuações previstas na legislação, junto à autoridade a que
poderá voltar a concorrer regularmente nas promoções estiver imediatamente subordinado, para elaboração da
subsequentes, uma vez concluído tratamento clínico folha de alteração, no caso de praças, e junto à respectiva
psicossocial com laudo favorável. Comissão de Promoção, no caso de oficiais, até a data do
encerramento das alterações, sob pena de não serem
PONTUAÇÃO MÍNIMA PARA INGRESSO NO QAG computadas no período correspondente.

Para figurar o militar no Quadro de Acesso Geral, DO PROCEDIMENTO DA PROMOÇÃO


além das condições previstas nesta Lei, deverá demonstrar PERCENTUAL DE MILITARES A SEREM PROMOVIDOS
mérito mínimo no desempenho da função, alcançando, as-
sim, em avaliação a ser realizada pela Corporação, no mo- Elaborado o Quadro de Acesso Geral, serão promo-
mento da organização do respectivo Quadro, pontuação vidos 60% (sessenta por cento) dos militares incluídos na
igual ou superior a 2.500 (dois mil e quinhentos). relação de habilitados para graduação ou posto, dos quais
metade ascenderá por antiguidade e a outra metade por
AVALIAÇÃO DE MÉRITO merecimento. O militar estadual ingresso em Quadro de
Acesso Geral por 2 (duas) vezes, que não conseguir ascender,
Os critérios para a avaliação prevista no caput serão será automaticamente, na promoção seguinte, promovido ao
objetivos, segundo definição em decreto. Para cada posto ou à graduação subsequente, bastando que, nesta
promoção por merecimento, o militar somente poderá próxima promoção, figure em Quadro de Acesso Geral,
utilizar uma dentre as titulações previstas na legislação, observado o percentual estabelecido na legislação.
vedada a utilização do mesmo curso por mais de uma vez. O
trabalho relevante a que faz alusão a legislação, será aquele INDEPENDÊNCIA DE PROMOÇÃO À EXISTÊNCIA DE
com conteúdo voltado ao interesse institucional, assim VAGAS
reconhecido previamente por ato do Coronel Comandante-
Geral. A relação de Locais de Difícil Provimento será As promoções de que trata esta Lei, à exceção dos
publicada em boletim interno, no mês de outubro, a ser postos de Coronel e Major QOA, independerão de vagas e
considerada para a promoção referente ao ano subsequente, ocorrerão com observância ao percentual previsto na
e levará em consideração a dificuldade do Coronel legislação.
Comandante-Geral em realizar nomeações, designações ou
lotações dentro da respectiva Corporação. A Ficha de QUANTIDADE MÍNIMA DE SOLDADOS NA
Avaliação Funcional de Oficiais Militares Estaduais, será CORPORAÇÃO
preenchida pela autoridade militar a que esteve subordinado
o respectivo avaliado por maior período do referido Nas promoções da praça Soldado, deverá ser observa-
semestre, devendo ser dado ciência da pontuação concedida do o número mínimo de permanência na citada graduação
ao interessado, com a devida certificação. Caso o Oficial de 40% (quarenta por cento) do efetivo de Soldado existente
avaliado encontre-se à disposição da Secretária da Segurança na Corporação respectiva.
Pública e Defesa Social ou da Controladoria Geral de
Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública de Segurança TRANSFERÊNCIA DO POSTO OU GRADUAÇÃO
Penitenciária e sistema Penitenciário, cabe ao respectivo
Titular da Pasta a efetivação da pontuação. Caso integre as Efetuadas as promoções, o posto ou a graduação do
Companhias de Policiamento de Guarda, a pontuação será militar promovido será transformado para o posto ou a gra-
conferida pelo Chefe da Casa Militar. Nos demais casos não duação que passar a ocupar.
contemplados na legislação, a pontuação será realizada pelo
Comandante-Geral Adjunto da Corporação. ANUIDADE DAS PROMOÇÕES E DATA DAS
Discordando da pontuação obtida, poderá o avaliado ALTERAÇÕES
ingressar com recurso, no prazo de 05 (cinco) dias, a contar
da ciência da referida nota, dirigido à Comissão de Promoção As promoções serão anuais, para as quais se levarão
de Oficiais, a qual, uma vez provido o recurso, efetivará a em consideração as alterações ocorridas na vida funcional do
pontuação, podendo, para tanto, diligenciar junto ao local, oficial ou praça, e acontecerão nas datas e segundo
ou locais, de exercício funcional do interessado. processamento estabelecidos em decreto. A promoção
O Coronel Comandante-Geral designará anualmente anual, a que se refere o art.12, da Lei nº15.797/ 2015, será na
Comissões formadas por Oficiais e Praças, presididas por data de 24 de dezembro, com fechamento das alterações
militar estadual com precedência hierárquica em relação aos para o dia 30 de setembro, considerando, apenas para fins
avaliados, desde que habilitados na área de Educação Física de interstício, o tempo no posto ou na graduação que o
e que não estejam concorrendo às promoções, para fins de militar estadual possuirá na data da promoção anual.

18
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Após aprovação pelas Comissões de Promoção de FUNÇÃO E ENCARGO DO CORONEL COMANDANTE-


Oficiais e Praças, em sessão conjunta, o Calendário de GERAL
processamento das promoções anuais será publicado em
Boletim do Comando Geral pelo Coronel Comandante-Geral, Promovido a Coronel Comandante-Geral, o oficial se
até 1º de setembro de cada ano. Neste calendário é encarregará da chefia da Corporação respectiva, desem-
disponibilizado ao público interno da Instituição todo o penhando as atribuições segundo previsão em legislação
cronograma de datas tais como: publicação de Quadro de específica.
Acesso Geral – QAG, quantitativo de vagas dos concorrentes,
e outras informações importantes no processamento das DA PROMOÇÃO EM RESSARCIMENTO DE
promoções anuais, conforme art. 3º, do Decreto nº PRETERIÇÃO
31.804/2015. Todas as alterações referentes à vida funcional HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA DA PROMOÇÃO EM
do policial militar devem constar na sua ficha individual, tais RESSARCIMENTO DE PRETERIÇÃO
como: cancelamento de punições, medalhas e comendas
recebidas, cursos realizados, entre outras informações A promoção em ressarcimento de preterição somente
concernentes a ascensão profissional. Atentando, tanto a será admitida nas seguintes hipóteses excepcionais:
OPM onde o PM é lotado como o próprio interessado para o I - obtenção de decisão favorável em recurso
encerramento das alterações que é o dia 30 de setembro. interposto ou comprovação, ex officio, de erro
Muitos policiais militares que completam o interstício administrativo, após análise da respectiva comissão
somente no dia da promoção, ou seja, no dia 24 de processante ou, se for o caso, da Procuradoria-Geral do
dezembro, concorrerão normalmente as promoções e Estado;
obtendo êxito na modalidade antiguidade ou merecimento II - cessação da situação de desaparecido ou
serão promovidos regularmente. extraviado;
Deverão constar, obrigatoriamente, no Calendário III - absolvição, impronúncia ou absolvição sumária,
mencionado no caput, as datas e prazos para organização e na forma da legislação processual penal vigente;
divulgação do Quadro de Acesso Geral, Inspeção de Saúde, IV - ocorrência de prescrição da pretensão punitiva
Exame Toxicológico, e Apuração do Quantitativo de relativa a delito que lhe é imputado, devidamente
Promoções. reconhecida pela autoridade judiciária competente;
V - reconhecimento da procedência da justificação em
PROCEDIMENTO PARA PROMOÇÃO A CEL E MAJ Conselhos de Justificação e Disciplina e Processo Admi-
QOA nistrativo Disciplinar.

O disposto nesta Seção não se aplica à promoção aos 3. LEI ESTADUAL Nº 16.009/2016 (D.O. 09.05.16) - Altera o
postos de Coronel e de Major QOA. Art. 217 da Lei N.º 13.729, de 11.01.06, instituindo a
INDENIZAÇÃO DE REFORÇO AO SERVIÇO OPERACIONAL –
PROCESSAMENTO DAS PROMOÇÕES POR IRSO.
MERECIMENTO
A mencionada legislação estabelece que observado o
Elaborado o Quadro de Acesso Geral e estabelecido o interesse da otimização da segurança pública e defesa social
quantitativo mínimo de promoções, para cada posto ou do Estado, em períodos de normalidade, conforme definido
graduação, observando o percentual estabelecido na no parágrafo anterior, poderá voluntariamente o militar da
legislação, metade dos militares aptos será promovida por ativa, a critério discricionário da Administração, inscrever-se
ANTIGUIDADE, aferindo-se dentre os demais a ordem de junto à Corporação respectiva para desempenhar atividade
classificação para promoção por MERECIMENTO. em caráter suplementar a título de reforço ao serviço
operacional, durante parte do seu período de folga,
DA PROMOÇÃO A CORONEL COMANDANTE-GERAL guardando um intervalo de descanso de, pelo menos, 12
FORMA E REQUISITOS PARA PROMOÇÃO AO POSTO (doze) horas após sua jornada regular.
DE CORONEL COMANDANTE-GERAL O militar fará jus à Indenização de Reforço ao Serviço
Operacional – IRSO, em retribuição ao serviço executado
A promoção a Coronel Comandante-Geral das Cor- além do expediente, escala ou jornada normal à qual estiver
porações militares se dará exclusivamente por escolha do submetido, sendo devida por hora de trabalho executado. O
Governador do Estado, a incidir entre os coronéis com mais valor da hora será reajustado de acordo com as revisões
de 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição militar, gerais, sem integrar a remuneração do militar sob qualquer
com relevantes serviços prestados à atividade. título ou fundamento. O militar que, indicado dentre os
inscritos para participar da escala especial, faltar ao serviço
sem motivo justificável se sujeitará a procedimento
disciplinar.
Não participará do reforço ao serviço operacional o
militar quando estiver nas seguintes situações: I –
denunciado em processo-crime, enquanto a sentença final

19
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

não transitar em julgado, salvo quando o fato ocorrer no BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia), 6º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia), 8º BPM (1ª e
exercício de missão de natureza ou interesse militar estadual, 2ª Cia), 16º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia), 17º BPM (1ª e 2ª Cia),
ainda que durante o período de folga, e não envolver 18º BPM (1ª e 2ª Cia), 19º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia), 20º BPM
suposta prática de improbidade administrativa ou crime (1ª, 2ª e 3ª Cia), 21º BPM (1ªe 2ª Cia), 22º BPM (1ª e 2ª
hediondo; II – respondendo a procedimento administrativo Cia).
disciplinar, mesmo que este esteja sobrestado, salvo quando 3. O Comando de Policiamento Metropolitano - 2º
o fato ocorrer no exercício de missão de natureza ou CRPM e seus respectivos batalhões de área, senão vejamos:
interesse militar estadual; III – afastado do serviço por 12º BPM (1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Cia), 14º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia),
motivo saúde, férias ou licença, na forma deste Estatuto; IV – 15º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia).
cumprindo sanções disciplinares. 4. O Comando de Policiamento do Interior Região
A prioridade na escolha do militar que irá participar Norte – 3º CRPM e seus respectivos batalhões de área,
do serviço observará, caso o número de inscritos supere a senão vejamos: 3º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia), 4º BPM (1ª, 2ª, 3ª
demanda para o serviço operacional especial, o critério da e 4ª Cia), 7º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia), 11º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia),
antiguidade. O desempenho pelo militar de atividade de 4º BPM (1ª, 2ª, 3ª e 4ª Cia).
reforço ao serviço operacional com fundamento em 5. O Comando de Policiamento do Interior Região Sul
convênio celebrado entre o Estado e a União, município ou – 4º CRPM e seus respectivos batalhões de área, senão
órgão ou entidade da Administração direta e indireta dos vejamos: 1º BPM (1ª, 2ª, 3ª e 4ª Cia), 2º BPM (1ª, 2ª, 3ª, 4ª
Poderes, enseja o pagamento da indenização, de cujo valor e 5ª Cia), 9º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia), 10º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia),
será ressarcido o erário estadual pelo convenente. 13º BPM (1ª, 2ª e 3ª Cia).
As atividades serão disciplinadas por decreto, o qual 6. O Comando de Policiamento Especializado – CPE e
deverá estabelecer condições, requisitos, critérios e limites a suas respectivas OPMs, senão vejamos:1. Regimento de
serem observados em relação à Indenização por Reforço do Polícia Montada (RPMONT) - (1º e 2º Esquadrão); 2. Batalhão
Serviço Operacional, inclusive quanto aos tipos de serviços de Polícia do Meio Ambiente (BPMA) - (1ª, 2ª e 3ª Cia); 3.
em que serão empregados os militares estaduais durante as Batalhão de Policiamento Turístico (BPTUR) - (1ª, 2ª, 3ª e 4ª
escalas especiais e ao limite de despesas com a concessão da Cia); 4. Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e Rodoviário
Indenização, ficando o planejamento e a administração da Estadual (BPRE) - (1ª e 2ª Cia);
execução das atividades a cargo dos Comandantes-Gerais das 7. Batalhão de Polícia de Guarda Externa dos
Corporações Militares. Presídios, Estabelecimentos Penais e Centros Educacionais
Fica autorizado o Estado a celebrar com a União, (BPGEP) - (1ª, 2ª, 3ª e 4ª Cia).
município, órgão ou entidade da Administração direta e 8. O Comando de Policiamento de Choque
indireta dos Poderes convênio objetivando a execução de (CPChoque) e suas respectivas OPMs, senão vejamos: 1º
atividades operacionais específicas relacionadas à segurança BPCHOQUE - (1ª, 2ª e 3ªCia); 2º BPCHOQUE - (1ª, 2ª e
pública, em reforço ao serviço operacional já executado, e 3ªCia); 3º BPCHOQUE - (1ª e 2ª Cia); 4º BPCHOQUE - (1ª, 2ª,
para suprir demanda estabelecida no convênio celebrado, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª Cia).
conforme disciplina a ser prevista em decreto. 9. O Comando de Policiamento de Rondas de Ações
Intensivas e Ostensivas e suas respectivas OPMs, senão
4. LEI ESTADUAL Nº 15.217/2012 (LEI DE ORGANIZAÇÃO vejamos: 1º BPRAIO (1ª e 2ª Cia); 2º BPRAIO (1ª, 2ª, 3ª e 4ª
BÁSICA DA PMCE)- DECRETO Nº 32.794/2019 (ALTERA A Cia); 3º BPRAIO (1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª Cia).
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA PMCE – DOE Nº 10. O Quartel do Comando Geral e suas respectivas
035/2019) cias (Companhia de Policiamento de Guarda, Companhia de
Policiamento de Guarda, Companhia de Policiamento de
A estrutura organizacional da Polícia Militar do Ceará Guarda, Companhia de Comando e Serviço).
(PMCE) passa a ser a seguinte: 11. O Batalhão de Segurança Patrimonial (BSP) - (1ª e
2ª Cia);
I - DIREÇÃO SUPERIOR - Comandante-Geral e 12. Presídio Militar.
Subcomandante-Geral;
II - GERÊNCIA SUPERIOR - Diretoria de Planejamento V - ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO INSTRUMENTAL
e Gestão Interna;
III - ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR - 1. Coordenadoria de Desenvolvimento Institucional e
Assessoria do Gabinete do Comando-Geral, Assessoria Planejamento (Célula de Desenvolvimento Institucional,
Jurídica, Assessoria de Comunicação, Assessoria de Polícia Célula de Planejamento);
Comunitária, Assessoria de Inteligência Policial Militar, 2. Comando Logístico (Célula de Gestão Patrimonial,
Ouvidoria. Célula de Motomecanização, Célula de Material Bélico,
Célula de Suprimentos).
IV - ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA 3. Coordenadoria Administrativo-Financeira (Célula
Financeira).
1. A Coordenadoria Geral de Operações – CGO; 4. Coordenadoria de Gestão de Pessoas (Célula de
2. O Comando de Policiamento da Capital – 1º CRPM Controle de Pessoal, Célula de Pensão Previdenciária, Célula
e seus respectivos batalhões de área, senão vejamos: 5º da Folha de Pagamento).

20
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

5. Coordenadoria dos Colégios da Polícia Militar - 1º 5. DECRETO Nº 30.550/2011 (PERÍCIA MÉDICA DO MILITAR –
Colégio da Polícia Militar (Fortaleza);2º Colégio da Polícia DOECE Nº 103/2011)
Militar (Maracanaú); 3º Colégio da Polícia Militar (Sobral); 4º
Colégio da Polícia Militar (Juazeiro do Norte). A referida norma, institui o regulamento o adequado
6. Coordenadoria de Saúde, Assistência, Social e funcionamento da perícia médica dos militares estaduais e
Religiosa (Célula do Centro Odontológico da Polícia Militar, dos Servidores Públicos. O disposto no respectivo
Célula de Assistência Social). regulamento não se aplica aos servidores regidos pela
7. Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar (Célula Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sujeitos à perícia
de Atividades Judiciárias Militares, Célula de Polícia Judiciária médica do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.
Militar). Considera-se perícia médica, todo e qualquer ato realizado
8. Célula de Tecnologia da Informação e por profissional da área médica para fins de posse, exercício,
Comunicação. licenças médicas, readaptações e aposentadoria ou reforma
9. Célula de Compras. por invalidez ou incapacidade.
10. Célula de Contratos e Convênios. Compete privativamente aos ocupantes do cargo de
Perito Médico da Coordenadoria de Perícia Médica - COPEM
Obedecida à legislação própria e os parâmetros o exercício das atividades médico-periciais inerentes ao
estabelecidos neste Decreto, as competências das unidades Regime Próprio de Previdência Social de que trata a Lei
orgânicas da Polícia Militar do Ceará (PMCE) serão fixadas Complementar nº12, de 23 de junho de 1999 e aplicação das
em Regulamento, a ser aprovado por Decreto do Chefe do Leis nº9.826, de 14 de maio de 1974 e nº13.729, de janeiro
Poder Executivo. de 2006. A perícia tem como público alvo o militar e o
As atribuições e demais especificidades da estrutura servidor estadual e demais cidadão onde toda e qualquer
Organizacional da Polícia Militar serão estabelecidas por inspeção de saúde realizada haverá seriedade, escrúpulos e
meio de Portaria do Coronel Comandante-Geral. isenção de ânimos por parte dos membros da junta.
O Subcomandante-Geral e o Diretor de Planejamento Os componentes da junta deverão investigar a fundo
e Gestão Interna acumularão as funções de Chefia do Estado a efetiva procedência da doença informada ou alegada pelo
Maior Geral e a de Subchefia do Estado Maior Geral, servidor civil ou militar interessado, mesmo que apoiado em
respectivamente. atestado ou laudo médico particular, sempre que a natureza
Os Comandos Regionais serão assim distribuídos: I- 1º da enfermidade permitir fraude, que possibilite o
Comando Regional de Polícia Militar – 1º CRPM, sediado no afastamento gracioso do serviço ativo, sob pena de
município de Fortaleza; II- 2º Comando Regional de Polícia responsabilidade penal, administrativa e civil, em
Militar – 2º CRPM, sediado na Região Metropolitana de conformidade com a legislação vigente.
Fortaleza; III- 3º Comando Regional de Polícia Militar – 3º Fica impedido de compor a junta e atuar como perito
CRPM, sediado na Região Norte do Interior do Estado do o médico que seja parente consangüíneo ou afim, até o
Ceará; IV- 4º Comando Regional de Polícia Militar – 4º CRPM, terceiro grau, do interessado/examinado ou tenha atuado
sediado na Região Sul do Interior do Estado do Ceará. como assistente do paciente.
Parágrafo único. Os limites territoriais e as atribuições de Aos membros da junta é assegurada independência,
cada Comando Regional, bem como de cada Batalhão e do ponto de vista técnico para proferir seus julgamentos,
Companhia de Polícia Militar, serão estabelecidos por meio com base em conclusões resultantes de dados obtidos em
de Portaria do Comandante-Geral. exames clínicos e subsidiados e motivados por sua
A Coordenadoria Geral de Operações será exercida consciência e experiência profissional.
exclusivamente por oficial do serviço ativo, ocupante do Os trabalhos da junta terão sempre o grau de sigilo
posto de Coronel QOPM, o qual possuirá precedência compatível com a ética profissional, estando o manuseio e os
funcional sobre os demais Coronéis da Corporação, assentamentos de súmulas adequadamente protegidas,
excetuando-se o Diretor Geral de Planejamento Interno, o ademais, utilizar-se-á a classificação internacional de
Subcomandante Geral e o Coronel Comandante-Geral. doenças (CID 10), vigente.
O 1º Batalhão de Polícia de Choque, além de suas Os pareceres da junta objetivam orientar as
atribuições previstas na legislação de regência, ficará autoridades a que se destinarem para a tomada das decisões
responsável pela segurança pessoal do Secretário da pertinentes, devendo, por este motivo ser redigida de
Segurança Pública e Defesa Social, Secretário Executivo da maneira clara e objetiva, evitando interpretações dúbias.
Segurança Pública e Defesa Social, Coronel Comandante-
Geral da Polícia Militar do Ceará, Subcomandante-Geral da DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Polícia Militar do Ceará e do Diretor de Planejamento e
Gestão Interna da Polícia Militar do Ceará. A Coordenadoria da Perícia Médica - COPEM
Ficam criados o Alto Comando da Polícia Militar do funcionará através de um Coordenador, das juntas médicas e
Ceará e o Estado Maior Geral da Polícia Militar do Ceará, de apoio administrativo. As juntas médicas serão
com composição e atribuições estabelecidas por Portaria do constituídas de 02 (dois) peritos, no caso de Servidor Civil ou
Coronel Comandante-Geral, na forma de encargo, consoante cidadão, e composta de 03 (três) peritos no caso de Policial
o art. 41, da Lei nº 13.729, de 11 de janeiro de 2006. Militar e Bombeiro Militar. A composição das juntas será
mista, constituída por peritos civis e militares, bem como

21
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

será temporária e obedecerá a sistema de rodízios definido Coordenador que nomeará uma junta recursal composta por
pelo Sistema de Agendamento. três médicos peritos, para decisão final. No entanto se
houver divergência de entendimento entre os membros da
DA COMPETÊNCIA junta que o fato fique registrado. Das decisões das juntas
médicas caberão recurso para a junta recursal mediante a
Compete a Perícia Médica realizar perícia nos solicitação do interessado. A solicitação de junta recursal
servidores civis e dos militares do Estado do Ceará para fins será analisada pela Coordenadoria de Perícia Médica para
de: avaliar capacidade laborativa (física e mental), concessão verificação da pertinência da mesma.
de licença tratamento de saúde, concessão de licença por A reformulação de pareceres expedidos pelas juntas
doença em pessoa da família, licença gestante, readaptação, médicas acerca do estado de saúde do inspecionado
reabilitação profissional, aposentadoria por invalidez, motivada por agravamento ou reversão do seu quadro
reforma por invalidez, reversão, isenção de imposto de clínico deverá ser fundamentada em exames, tratamentos
renda, promoção e cursos dos militares, aptidão para corretivos, avaliações especializadas e outros.
exclusão, isenção de previdência, resgate de seguros, outros Quando se tratar de enfermidade ou patologia
definidos em lei. Também realizar perícia nos dependentes suscetível de tratamento médico ou cirúrgico, a invalidez
dos servidores civis e dos militares do Estado do Ceará para somente será declarada após constatada a ineficácia do
fins de comprovação de invalidez dos dependentes, para fins tratamento realizado em clínica especializada e não for o
de concessão de benefícios previdenciários, ingresso no caso de readaptação. A concessão de aposentadoria ou
serviço público, interdição, curatela, imposto de renda e reforma por invalidez deverá ser consubstanciada no Manual
servidores de outro ente, quando em trânsito no Estado do sobre a Saúde Física e Mental do Servidor Público Civil da
Ceará. União.
São isentas de perícia médica os casos de: servidora
civil ou militar gestante e adoção. A comprovação da licença LICENÇA MÉDICA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE
será feita junto à área de Recursos Humanos do
Órgão/Entidade/Corporação, através do atestado do médico As consultas dos servidores para a Perícia Médica
assistente e registro de nascimento da criança ou a certidão deverão ser agendadas, previamente. Para a concessão da
de óbito. No caso de adoção, a comprovação será através de licença médica se faz necessário à apresentação dos
sentença judicial e registro de nascimento. Em relação ao seguintes documentos: cédula de identidade, CPF, ofício de
nati-morto ou aborto não provocado ou previsto em Lei, se encaminhamento expedido pelo órgão/entidade/
faz necessária a perícia médica. corporação/lotação, relatório emitido pelo médico assistente
informando o início e o diagnóstico da doença, exames.
DO FUNCIONAMENTO, DIAGNÓSTICO E PARECERES É competência exclusiva da junta médica, determinar
DA PERÍCIA MÉDICA o tempo necessário de licença, com base no diagnóstico
emitido pelo médico assistente, os exames apresentados e
O inspecionado que necessitar de afastamento levando em consideração as atividades desenvolvidas pelo
superior a 72 horas será encaminhado à perícia médica, servidor civil ou militar.
através da área de recursos humanos do seu O servidor civil ou militar terá o prazo máximo de 72
órgão/entidade/corporação/lotação. O cidadão que (setenta e duas) horas após ter recebido o relatório do seu
necessitar dos serviços da perícia médica deverá fazer o médico assistente para realizar seu agendamento junto à
agendamento. No caso de parecer médico solicitado por Perícia Médica e informar ao órgão de
cidadãos para fins de interdição ou curatela, estes serviços origem/corporação/lotação. A Perícia Médica poderá
serão prestados pelo posto da Perícia Médica localizado no requisitar exames complementares e pareceres
Fórum Clóvis Beviláqua. especializados para subsidiar os laudos periciais. Os exames
eventualmente necessários para realização da perícia médica
DOS DIAGNÓSTICOS E PARECERES DA JUNTA MÉDICA serão de responsabilidade do interessado. Quando o servido
estiver impossibilitado de comparecer à Perícia Médica,
A responsabilidade diagnóstica cabe ao especialista, deverá fazer a solicitação à Coordenadoria de Perícia Médica
entretanto a do parecer sobre a capacidade laborativa de perícia domiciliar.A solicitação será avaliada pela
pertence aos membros da junta médica não podendo estes Coordenadoria de Perícia Médica que enviará médico perito
se abster nem abdicar de seu pronunciamento. in loco, quando constatada a procedência do pleito.
Quando for necessário, a junta médica poderá A licença Médica para afastamento do servidor civil
solicitar exames complementares ou avaliações ou militar não poderá ser concedida por período superior a
especializadas do inspecionado. Os pareceres e exames sessenta (60) dias. Havendo necessidade de prorrogação, a
complementares subsidiários conforme “caput” terão grau mesma não poderá exceder a 60 dias e deverá ser avaliada e
de sigilo e serão arquivados no prontuário do inspecionado homologada por junta médica. Nova licença concedida num
na junta médica. interstício inferior a sessenta (60) dias, será considerada
Os pareceres da junta médica serão tomados de como prorrogação se a patologia for a mesma.
acordo com a opinião da maioria de seus membros. No caso
de empate, os pareceres divergentes serão encaminhados ao

22
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

Fica a Secretaria do Planejamento e Gestão DA READAPTAÇÃO DE FUNÇÃO


responsável em celebrar convênios junto a órgãos públicos
para elaborar pareceres necessários às decisões periciais. As A readaptação consiste na prescrição do servidor civil
perícias médicas não homologadas pela junta médica, nos ou militar em atividades compatíveis com a sua capacidade
termos deste regulamento, serão encaminhadas para o seu laborativa reduzida, provisória ou definitiva por motivo de
órgão/ entidade/corporação, no prazo máximo de 24 horas, doenças que impossibilitem ou desaconselhem o exercício
para fins de conhecimento e se for o caso, descontar como das atividades físicas e operacionais. A Perícia Médica
falta não justificada no serviço. O militar ou servidor civil poderá conceder readaptação de função, temporária ou
que, em licença de tratamento de saúde seja flagrado definitiva, levando em consideração a patologia do servidor
realizando atividades ou outros trabalhos não condizentes civil ou militar e a sua capacidade laboral, podendo ocorrer
com o seu estado de saúde, terá sua licença de tratamento mudança de função de acordo com a sua incapacidade.
de saúde suspensa e responderá processo administrativo. O
militar ou servidor civil com período de licença ininterrupta DA AVALIAÇÃO MÉDICA PARA O INGRESSO
de 12 (doze) meses, ao solicitar nova licença, deverá antes
ser avaliado pela equipe de assistente social. A perícia médica para fins de posse em cargo, posto
O inspecionado que se negar realizar tratamento ou graduação no Serviço Público do Estado do Ceará serão
médico específico como meio indicado de cura ou para realizadas pela Coordenadoria de Perícia Médica.
prevenir ou remover incapacidade física, deverá declarar tal O órgão/entidade/corporação deverá solicitar no
fato por escrito cabendo à junta médica emitir documento prazo mínimo de trinta (30) dias, de antecedência à
informando o tratamento e notificando ao Coordenadoria de Perícia Médica formação de junta para
órgão/entidade/corporação a recusa do inspecionado para avaliar os concursados informando o quantitativo. Deverá ser
que este tome as providências cabíveis. encaminhada pelo órgão/entidade/corporação responsável
É facultado ao servidor civil ou militar desistir do gozo pelo processo de seleção a relação dos concursados, no
de licença para tratamento de saúde ou readaptação desde prazo mínimo de 30 dias para agendamento da Perícia. A
que encaminhado pelo profissional responsável pelo seu Coordenadoria de Perícia Médica poderá requisitar médicos
tratamento, portando documentos afirmando sua aptidão e de outros órgãos/instituições do Estado para compor juntas
após ser submetido a nova perícia comprove-se tal fato. de admissão, conforme seja necessidade e a urgência da
convocação.
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA Em razão da especificidade das atribuições do cargo,
DA FAMÍLIA posto ou graduação, será necessário, para fins de posse, a
realização de exames específicos, a fim de se constatar se o
Para fins de concessão, a licença para acompanhar candidato está apto ou não para o exercício das atribuições
familiares de militar/servidor civil em tratamento de saúde, próprias do cargo, posto ou graduação.
deverá ser agendada previamente. O servidor civil ou militar Os exames médico-periciais referidos no “caput”
poderá solicitar licença, por motivo de doença em pessoa da deverão constar no próprio edital do concurso público,
família, nos termos da legislação vigente. Somente um sendo indicados, necessariamente, pela Coordenação de
membro da família poderá solicitar a referida licença. A Perícia Médica. Antes de realizar a perícia médica
pessoa da família, a quem se atribui a doença, será admissional, o concursado será obrigado a preencher o
submetida à perícia médica. Formulário sobre Antecedentes Clínico/ Cirúrgico, Anexo I
A junta para proferir o parecer final sobre o pedido de deste regulamento.
licença, deverá levar em consideração, além dos aspectos O órgão/entidade/corporação/lotação que está
médicos, os de natureza social, devendo por tanto ter o admitindo novos militares/servidores deverá enviar cópia do
parecer da assistente social. Diário Oficial que publicou o Edital do Concurso, destacando
O servidor civil ou militar licenciado fica obrigado a a página que discrimina os exames admissionais exigidos e
reassumir o exercício quando não subsistir a doença na prazos, bem como se os exames exigidos têm caráter
pessoa da família ou quando da perícia médica ficar eliminatório.
comprovada a cessação dos motivos que determinaram a A emissão dos laudos, pareceres e relatórios médicos
licença. serão consubstanciados na legislação vigente. Cabe à
Coordenadoria de Perícia Médica: I. apresentar relatórios
ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA/PREVIDENCIÁRIA gerenciais dos serviços prestados; II. acompanhar, fiscalizar e
orientar a observância das disposições legais, das normas,
O atendimento da Perícia Médica para fins de Isenção dos comunicados e das instruções expedidas relativas à
de Imposto de Renda de servidor civil, militar ou de outros perícia médica; III. promover mensalmente auditoria em no
interessados, deverá ser previamente agendado. O mínimo 5% das perícias médicas realizadas.
interessado deverá comparecer à Perícia Médica, munido Constatadas irregularidades, a equipe fará relatório e
dos seguintes documentos: cópia de Identidade, CPF, encaminhará ao órgão/entidade/corporação/lotação para as
relatório do médico assistente e exames médicos que providências cabíveis.
comprovem a doença.

23
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

6. LEI ESTADUAL Nº 14.629/2010 (CRIAÇÃO DA AESP) IX - assegurar o pluralismo de idéias através da plena
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
Fica criada, no âmbito do Poder Executivo Estadual, a conhecimento produzido;
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – X - aplicar-se ao estudo da realidade brasileira, no
AESP/CE, órgão vinculado à Secretaria da Segurança Pública âmbito da segurança pública e colaborar no
e Defesa Social – SSPDS/CE, destinada a realizar, direta ou desenvolvimento do País e do Nordeste, em particular,
indiretamente mediante convênio ou contrato, a unificação e articulando-se com os poderes públicos e a iniciativa privada;
execução, com exclusividade, das atividades de ensino das XI - promover, direta e indiretamente, o levantamento
instituições que compõem o Sistema de Segurança Pública e de habilitações e informações do estado disciplinar dos
Defesa Social do Estado, a saber: a Polícia Civil, a Polícia servidores inscritos em processos seletivos da AESP/CE e das
Militar, o Corpo de Bombeiros Militar e a Perícia Forense. organizações vinculadas;
Atendendo as políticas governamentais, a AESP/CE XII - assessorar o setor competente da Secretaria da
poderá ministrar cursos para instituições nacionais ou Segurança Pública e Defesa Social nas atividades de
estrangeiras. investigação social dos candidatos de concursos públicos
A Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – para o provimento de cargos das organizações vinculadas.
AESP/CE, terá por sede a cidade de Fortaleza e por finalidade
promover a formação inicial, continuada, pós-graduação, A AESP/CE oferecerá cursos de extensão, pós-
pesquisa e extensão dos profissionais da segurança pública, graduação lato sensu e stricto sensu, com o objetivo de
inclusive os da defesa civil estadual, com as seguintes atender às demandas das instituições que integram o
incumbências, entre outras atribuições: Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Estado e da
I - formar o pessoal por meio de cursos específicos, comunidade. Incluirá no seu planejamento anual o
direta ou indiretamente, relacionados com a segurança desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a
pública e defesa social, inclusive curso de formação de distância, voltadas para a área de segurança pública e defesa
praças e oficiais das organizações militares; social, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de
II - qualificar os recursos humanos das organizações educação continuada a serem implantados, inclusive com a
vinculadas, de forma integrada e complementar, para instalação de telecentros de acordo com a conveniência da
propiciar a inovação técnica e científica e a manutenção ou Academia. Assessora os órgãos vinculados no que se refere à
aprimoramento dos aspectos funcionais e organizacionais parte de instrução prática, técnica e operacional, destinada a
positivos necessários ao desenvolvimento da segurança ambientar os profissionais da segurança pública e defesa
pública e defesa social do Estado; social do Estado objetivando consolidar a aprendizagem, o
III - promover ações de ensino, formação, desenvolvimento e habilidades, resguardando a doutrina e
capacitação, aperfeiçoamento, especialização e extensão, os preceitos técnicos e operacionais dos segmentos civis e
focadas, principalmente, no desenvolvimento de militares.
competências dos profissionais de segurança pública e Poderá contar, de acordo com a necessidade de
defesa social, por meio de ações de capacitação; cobertura ou expansão técnico-educacional da Segurança
IV - elaborar planos, estudos e pesquisas, em Pública do Estado, com unidades avançadas de treinamento,
consonância com as diretrizes da Secretaria de Segurança em caráter regional, no Interior do Estado, e com unidade
Pública e Defesa Social, visando ao estabelecimento de escolar avançada de treinamento especializado, na Capital
doutrina orientadora em alto nível das atividades de ou Região Metropolitana de Fortaleza, para atender,
segurança pública e defesa social do Estado; excepcionalmente, ao contexto de natureza operacional da
V - promover a difusão de matéria doutrinária, segurança pública que usa aeronaves de asas rotativas.
legislação, jurisprudência e estudos sobre a evolução dos Nos projetos e programação dos cursos a serem
serviços e técnicas de segurança pública; oferecidos e ministrados pela AESP/CE, serão observados em
VI - assessorar o Secretário e o Secretário Adjunto da seus conteúdos, além de outros princípios, a integração,
Segurança Pública e Defesa Social na elaboração e definição abrangência, articulação, continuidade, universalidade,
de políticas e ações do interesse da Pasta; especificidade e ainda:
VII - propor, articular e implementar intercâmbio de
conhecimentos com as organizações congêneres, nacionais e I - os direitos humanos e a cidadania, como
estrangeiras, objetivando ao aperfeiçoamento e à referências ética e normativo-legais para a vida prática do
especialização dos profissionais de segurança pública; cidadão, o respeito à pessoa e a compreensão entre os seres
VIII - elaborar estudos de viabilidade e propor humanos, em face da justiça social;
contratos, convênios e instrumentos afins com órgãos e II - as atividades formativas, como processos
entidades congêneres, públicos ou privados, nacionais ou implementados pelo Poder Público em articulação com a
internacionais, tendo em vista o assessoramento, o sociedade civil, visando à formação e à capacitação
planejamento e a execução de atividades de ensino, continuada, humana e profissional das diferentes ações
treinamento e desenvolvimento profissional ou as que sociais envolvidas na execução das políticas públicas de
ofereçam produtos e serviços de interesse da Secretaria da segurança e defesa social;
Segurança Pública e Defesa Social do Ceará;

24
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

III - a educação em segurança pública e defesa social, IX - fixar o número de vagas de acordo com a
como um processo aberto, complexo e diversificado, que capacidade institucional e as exigências do seu meio;
reflete, desafia e provoca transformações na concepção e X - criar, expedir e arquivar documentos relativos ao
execução das Políticas Públicas de Segurança e Defesa Social, processo de ensino;
contribuindo para a construção de paradigmas culturais e XI - assessorar no planejamento e execução de
estruturais de formação da cidadania; concursos públicos para provimentos de cargos junto às
IV - os processos educativos de interação como vinculadas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
espaços de encontro, de busca de motivações, de escuta das do Estado, a própria Secretaria da Segurança Pública e
contribuições diferenciadas, sustentadas pela ética da Defesa Social e a Secretaria do Planejamento e Gestão do
tolerância e da argumentação, estimulando a capacidade Estado – SEPLAG.
reflexiva, a autonomia dos sujeitos e a elaboração de novos
desafios voltados à construção democrática de saberes A AESP/CE será dirigida por um Diretor-Geral,
renovados, numa visão que ultrapassa a abordagem assessorado pelo Conselho de Ensino da Segurança Pública e
pedagógica tradicional de mera transmissão de Defesa Social do Ceará – CONESP, órgão colegiado de caráter
conhecimentos; normativo, consultivo e deliberativo da Academia. (Nova
V - a prática operacional de caráter policial (civil e redação dada pela Lei n.º 15.809, de 10.07.15)
militar), pericial, bombeirístico e de defesa civil, O Conselho de Ensino da Segurança Pública e Defesa
desenvolvida inclusive por meio de aplicação de cenários e Social do Ceará - CONESP, presidido pelo Diretor-Geral da
simulações e com base da análise estratégica e planejamento AESP/CE, terá sua composição e funcionamento definidos
operacional, como recurso didático para o desenvolvimento em Regimento Interno próprio.
de habilidades relacionadas, direta e indiretamente, com o O dirigente máximo de cada vinculada da Secretaria
campo de atuação profissional objetivando maximizar a da Segurança Pública e Defesa Social indicará ao Secretário
eficiência da segurança pública. de Segurança Pública e Defesa Social um representante para
compor o Conselho de Ensino da Segurança Pública e Defesa
As ações formativas serão submetidas a processos de Social do Ceará – CONESP/CE. (Nova redação dada pela Lei
avaliação sistemática, realizados segundo os princípios n.º 15.809, de 10.07.15)
previstos neste artigo e em regulamento, as quais deverão Os servidores da área da segurança pública e defesa
concretizar o compromisso com a qualidade, em social do Estado designados para atuarem nas áreas fim e
consonância com os critérios de excelência. meio da Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará –
A natureza do corpo docente da AESP/CE, bem como AESP/CE, exercerão suas atribuições no regime horário da
sua organização e vantagens financeiras, serão definidas em Academia.
legislação própria. Os policiais civis e peritos forenses designados, na
Até que por outra forma se disciplinem, continuam forma prevista no caput deste artigo permanecerão lotados
em vigor, à data desta Lei, os sistemas de magistério em seus órgãos, com exercício na Academia Estadual de
relacionados com as atuais organizações de ensino existentes Segurança Pública do Ceará – AESP/CE, durante o prazo de
no âmbito da segurança pública do Estado. designação, sem prejuízo de sua remuneração, e na atividade
A AESP/CE terá autonomia didático-científica, que designada, estarão no exercício de suas funções de natureza
consiste em: policial-civil ou pericial ou de interesse policial-civil ou
pericial.
I - definir seu Plano de Desenvolvimento Institucional Os policiais militares e bombeiros militares
– PDI; designados, na forma prevista no caput deste
II - construir suas Diretrizes Gerais de Ensino, Pesquisa artigo permanecerão lotados em suas organizações, com
e Extensão - DEPE; exercício na Academia Estadual de Segurança Pública,
III - definir o Regime Escolar - RE; durante o prazo de designação, sem prejuízo de sua
IV - criar, organizar e modificar ações de capacitação remuneração, e, na atividade designada, estarão no exercício
conforme o que for previsto no Plano Anual de Capacitação, de suas funções de natureza policial-militar ou bombeiro-
fixando os respectivos currículos e atendendo a exigências militar ou de interesse policial-militar ou bombeiro-militar.
econômicas, sociais e culturais, bem como, a Matriz Fica criado, no âmbito do Poder Executivo Estadual, e
Curricular Nacional para a formação em segurança pública inserido na estrutura da AESP/CE, o cargo de Direção e
estabelecida pelo Ministério da Justiça; Assessoramento Superior, de provimento em comissão, de
V - estabelecer as modalidades de cursos e ensino das Diretor-Geral da Academia Estadual de Segurança Pública.
diferentes ações de capacitação, bem como os programas de O padrão remuneratório do cargo de direção e
pesquisa e de extensão; assessoramento superior do Diretor-Geral da Academia
VI - assessorar sobre os critérios e normas de seleção Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP/CE, é
do corpo discente, de curso de formação inicial e progressão correspondente aos atribuídos aos Comandantes-Gerais da
funcional; Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do
VII - criar critérios e normas de seleção do corpo Estado do Ceará e ao do Perito-Geral da PEFOCE, conforme
discente das demais ações de capacitação; indicado no anexo I desta Lei.
VIII - selecionar corpo docente da AESP/CE;

25
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

A Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará- 7. LEI ESTADUAL Nº 14.367/2009 (REGRAS PARA
ASPEC/CE, dentro da premissa de que as organizações da FINANCIAMENTO DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO)
segurança pública, principalmente as militares, pelas suas
características, fundamenta-se nos princípios referentes à A referida norma estabelece regras para o
hierarquia, a disciplina e a ética, que são normas básicas que financiamento de cursos de pós-graduação “LATO-SENSU”
devem estar sempre presentes em todas as suas atividades, (especialização) e “STRICTO SENSU” (mestrado, doutorado e
estabelecerá por meio de Regime Escolar, entre outros, os pós-doutorado), no âmbito do Poder Executivo Estadual.
valores profissionais, regras de comportamento, formas de O financiamento de cursos de pós-graduação “lato-
tratamento, de precedência e de utilização das dependências sensu” (Especialização) e “stricto-sensu” (Mestrado,
da Academia pelos profissionais da segurança pública Doutorado e Pós-Doutorado) reger-se-á por esta Lei.
estadual, civis e militares, que terão subordinação funcional Para fins de conceituação dos cursos de pós-
e regimentalmente acadêmica com a AESP/CE. graduação de que trata este artigo, adotar-se-ão as
Caberá a AESP/CE elaborar e atualizar suas Diretrizes definições estabelecidas pela Lei das Diretrizes e Bases da
Gerais de Ensino, Pesquisa e Extensão, de caráter plurianual, Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
a critério do Diretor-Geral, e submetê-las à aprovação do 1996.
Conselho de Ensino da Segurança Pública e Defesa Social do Os cursos de pós-graduação, de que trata este artigo,
Ceará – CONESP/AESP/CE a que se refere o art. 7º desta Lei. destinam-se aos servidores/militares, detentores de cargo ou
A AESP/CE, pelas suas características de função efetiva, e os empregados públicos, excluindo-se os
estabelecimento de ensino e instrução de segurança pública ocupantes, exclusivamente, de cargos de provimento em
ancorado nos princípios da hierarquia e da disciplina, bases comissão.
institucionais indispensáveis, notadamente no contexto das Fica o Poder Executivo autorizado a custear, mediante
organizações militares do Estado, disporá de uma guarda Indenização, as despesas com cursos de pós-graduação “lato-
especialmente constituída, em sistema de rodízio periódico, sensu” (Especialização) e “stricto-sensu” (Mestrado,
pela Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar. Doutorado e Pós-Doutorado), dentro ou fora do Estado ou
Para apoiar as atividades-fim da AESP/CE, a Polícia País, não podendo a mensalidade ultrapassar o limite de:
Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar terão I - R$ 229,00 (duzentos e vinte e nove reais) para
em suas estruturas organizacionais, respectivamente, uma curso de especialização;
Delegacia Modelo, uma Companhia de Guarda e uma Seção II - R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais) para curso
de Bombeiros, que, além disso, poderão ter atuação regular de mestrado;
na segurança pública. III - R$ 1.675,00 (um mil, seiscentos e setenta e cinco
O efetivo do corpo de guarda da AESP/CE será reais) para curso de doutorado;
oriundo da Companhia de Guarda da PMCE e da Seção de IV - R$ 2.860,00 (dois mil, oitocentos e sessenta reais)
Bombeiros do CBMCE. para cursos realizados no exterior.
A segurança física, o controle de acesso e a prestação Cabe ao servidor/militar ou empregado público a
de continências regulamentares, entre outras atribuições responsabilidade pelo pagamento complementar da
próprias, bem como o sistema de revezamento de que trata mensalidade e da taxa de matrícula, bem como de taxas
o caput deste artigo, a organização e o funcionamento da adicionais cobradas em virtude de atraso na liquidação do
guarda da AESP/CE serão disciplinados em parte específica débito.
do Regulamento-Geral da Academia com aprovação Com a finalidade de incentivar a participação de
compartilhada com os Comandos-Gerais das Organizações servidores/militares ou empregados públicos estaduais nos
Militares Estaduais. cursos de pós-graduação e Pós-Doutorado, as despesas
Os recursos orçamentários da AESP/CE serão efetuadas pelo servidor para esse fim, poderão ser
provenientes de dotações orçamentárias, atribuídas pelas indenizadas pelo Poder Público Estadual, desde que
Leis Orçamentárias Anuais e de outras fontes federal, prevaleça o interesse público na qualificação do servidor, e
municipais e internacionais, além de subvenção de entidades que o curso seja compatível com o desempenho de sua
públicas ou privadas. função.
A Indenização prevista no caput deste artigo
restringe-se à missão de estudos, conforme disposto nesta
Lei, não podendo, portanto, sob qualquer hipótese, ser
caracterizada como salário, vencimento, remuneração ou
complementação salarial, de qualquer natureza.
O prazo de duração do Auxílio Financeiro na
modalidade de Indenização será de:
I - 48 (quarenta e oito) meses, no máximo, para os
cursos de Doutorado e Pós-Doutorado;
II - 24 (vinte e quatro) meses, no máximo, para os
cursos de Mestrado;
III - 12 (doze) meses, no máximo, para os cursos de
pós-graduação “lato sensu”.

26
Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL

São beneficiários do Auxílio Financeiro na modalidade O financiamento de cursos de pós-graduação “lato


de Indenização os servidores/militares ou empregados sensu” e “stricto sensu”, destinam-se ao custeio parcial dos
públicos ocupantes de cargo/função ou emprego público, do limites estabelecidos no art. 2º da lei, e correrão pelo
Quadro permanente do Poder Executivo. orçamento de cada setorial, respeitadas as limitações
Fica proibido o benefício previsto nesta Lei, orçamentárias, obedecendo ao percentual de 50%
cumulativamente, com qualquer outro com o mesmo fim. (cinquenta por cento) dos valores previstos na mencionada
O pagamento do Auxílio Financeiro na modalidade lei.
Indenização será efetuado diretamente na folha de Não estão submetidos à regra do parágrafo anterior
pagamento do servidor/militar ou empregado público o financiamento de cursos de pós-graduação “stricto sensu”
estadual, mensalmente, em até 5 (cinco) dias após a (Mestrado) na área de Planejamento e Políticas Públicas,
apresentação ao Órgão/Entidade de efetivo exercício, do que forem realizados no Estado do Ceará, concedidos aos
comprovante de quitação do pagamento e da declaração de servidores da Secretaria da Educação, os quais poderão ser
assiduidade, emitida pela instituição de ensino. custeados até o limite estabelecido nos incisos II, do art. 2º,
O servidor, militar ou empregado público estadual da Lei nº 14.367, de 10 de junho de 2009, devendo tais
que, injustificadamente, não conclua o curso deverá ressarcir despesas correr pelo orçamento da Secretaria da Educação,
ao Estado os valores pagos, mediante desconto em folha de respeitadas as limitações orçamentárias.
pagamento, em consonância com os valores e prazos do
cronograma original de pagamento da despesa, REFERÊNCIA
anteriormente cumprido pelo Estado.
Após a conclusão do curso, para o qual recebeu o CEARÁ. Lei nº 13.729, de 11 de janeiro de 2006 – (Estatuto
incentivo financeiro, constante no caput do art. 2º desta Lei, dos Militares Estaduais do Ceará). Disponível em:
o servidor, militar ou empregado público estadual, <https://www2.al.ce.gov.br/legislativo/legislacao5/leis2006/1
permanecerá por um prazo mínimo equivalente ao dobro do 3729.htm>. Acesso em: 30 agosto. 2021.
período em que esteve afastado, em efetivo exercício no CEARÁ. Lei nº 15.797, de 25 de maio de 2015 – (Lei de
cargo/função ou emprego público, sob pena de ressarcir ao Promoções dos Militares Estaduais do Ceará) –
erário estadual todas as despesas realizadas pelo Poder Disponível em:
Executivo. <https://www2.al.ce.gov.br/legislativo/legislacao5/leis2015/1
Perderá o direito ao Auxílio Financeiro na modalidade 5797.htm>. Acesso em: 01 outubro. 2021.
Indenização o servidor/militar ou empregado público CEARÁ. Lei 16.009/2016 (Lei de Indenização de Reforço ao
estadual que: Serviço Operacional - IRSO). Disponível em:
I - abandonar o curso; <https://www2.al.ce.gov.br/legislativo/legislacao5/leis2016/1
II - não comprovar a frequência mínima de 75% 6009.htm>. Acesso em: 01 outubro. 2021.
(setenta e cinco por cento) da carga horária, por módulo ou CEARÁ. Lei 14.629/2010 (Criação da AESP). Disponível em:
disciplina cursada; <https://www2.al.ce.gov.br/legislativo/legislacao5/leis2010/
III - for reprovado em disciplina ou módulo; 14629.htm>. Acesso em: 01 novembro. 2021.
IV - efetuar trancamento, total ou parcial, do curso, CEARÁ. Lei nº 13.407, de 21 de novembro de 2003 – (Código
módulo ou disciplina, sem a prévia e devida autorização; Disciplinar dos Militares Estaduais PM/BM).
V - não apresentar declaração de aprovação das CEARÁ. Lei 14.367/2009 (Regras para o financiamento de
disciplinas ou módulos cursados, ao seu órgão/entidade de Cursos de Pós-graduação no âmbito do Poder Executivo).
efetivo exercício. Disponível em: <
Os recursos necessários à cobertura dos cursos de https://www2.al.ce.gov.br/legislativo/legislacao5/leis2009/1
pós-graduação decorrentes desta Lei correrão por conta das 4367.htm>. Acesso em: 01 dezembro. 2021.
dotações orçamentárias do respectivo Órgão ou Entidade de CEARÁ. Consolidação Estatutária da CGD. Disponível em:
efetivo exercício do servidor, militar ou empregado público, <https://www.cgd.ce.gov.br/wp-
que serão suplementadas se insuficientes. content/uploads/sites/33/2019/03/Consolida%C3%A7ao-da-
CGD.pdf>. Acesso em: 30 dezembro. 2021.
DECRETO Nº 32.163, 02.03.17 - ALTERA A REDAÇÃO CEARÁ. Diários Oficiais do Estado do Ceará. Disponíveis em:
DO ART. 1º DO DECRETO Nº 29.986, DE 01.12.09 E DÁ <http://pesquisa.doe.seplag.ce.gov.br/doepesquisa/sead.do
OUTRAS PROVIDÊNCIAS. ?page=ultimasEdicoes&cmd=11&action=Ultimas>.
CEARÁ. Decreto Estadual nº 30.550, de 24 de maio de 2011.
Fica alterada a redação do Art. 1º do Decreto nº CEARÁ. Decreto Estadual nº 31.804, de 20 de outubro de
29.986, de 01 de dezembro de 2009, que passa a vigorar 2015.
com a seguinte redação:
A indenização das despesas com cursos de pós-
graduação “lato-sensu” (especialização) e “stricto-sensu”
(mestrado, doutorado e pós-doutorado), dentro ou fora do
Estado ou País, será efetuada, conforme disposto no art. 3º,
da Lei nº 14.367, de 10 de junho de 2009, publicada no
DOE de 12 de junho de 2009.

27

Você também pode gostar