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24/08/2021

Desvios posturais
• Postura: Posição dos centros do corpo que se
orientam com o centro de gravidade para manter a
Alterações Posturais da coluna posição ereta.

Prof. Fco Torres Junior

Fatores fundamentais
para a manutenção da postura
Fatores que interferem na postura
• A base de apoio; • Idade;
• A linha de gravidade; • Sexo;
• O centro de gravidade; • Gestação;
• O equilíbrio das tensões • Peso;
dos músculos posturais. • Hábitos;
• Personalidade;
• Condições patológicas;
• Problemas sensoriais (visão, sistema vestibular)

Cadeias musculares
• Circuitos organizados em planos e direções que
facilitam a propagação de forças (menor gasto
energético), de forma a garantir as “hegemonias
corporais” (respiração, alimentação, manutenção do
Retrações
Degeneração Osteoartrose olhar na horizontal, locomoção, etc).
musculares

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Cadeia mestra anterior Cadeia mestra posterior

• ECOM; • Espinhais da cabeça;


• Espinhais do pescoço;
• Escalenos; • Espinhais torácicos;
• Longos da cabeça e do pescoço; • Espinhais lombares;
• Sistema suspensor do diafragma; • Glúteos;
• Íleo-psoas; • Pelvitrocanterianos;
• Isquiotibiais;
• Adutores; • Poplíteo;
• Tibial anterior; • Tríceps sural;
• Extensores dos dedos. • Músculos plantares.

Cadeia inspiratória Alterações posturais


• Devem-se à retração de uma ou mais cadeias
• Diafragma;
que fixam uma determinada posição de uma
• Tendões suspensores do diafragma;
estrutura.
• Escalenos;
• Peitoral maior.
• Com a manutenção da postura patológica há a
adaptação dos tecidos fibrosos e ósseos, bem
como a perpetuação proprioceptiva errônea,
perpetuando um ciclo.

Ou seja... Cabeça
• Quanto antes for realizado o tratamento • Vista Lateral
melhores os resultados; - Projeção anterior/cabeça anteriorizada;
- Projeção posterior/cabeça posteriorizada;
• Há necessidade de trabalhar em diversas
posturas, para melhorar a percepção postural; Parâmetro: a distância
normal de uma linha vertical
traçada a partir da coluna
• Trabalho postural – Participação ativa do dorsal (T8) é de
paciente. aproximadamente 2 dedos.

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Músculos Cabeça
Vista frontal:
• Projeção anterior:
 Inclinação direita ou esquerda.
 ECOM;
 Escalenos;
 Sistema suspensor do diafragma.
Parâmetro: palpar os processos
mastoides e observar a altura
• Projeção posterior: dos mesmos. A inclinação da
cabeça ocorre para o lado que
 Espinhais; estiver mais baixo.
 Subnucais

Cabeça Cabeça
Vista frontal • Vista frontal
• Inclinação: • Rotação: Direita ou Esquerda

Escalenos;
ECOM; Parâmetro: palpar os processos
mastoides e observar há algum
Elevador da escápula. anteriorizado.

Cabeça Combinações de alterações


Vista frontal • Inclinação + rotação para o mesmo lado =
• Rotação: Direita ou Esquerda Escalenos e elevador da escápula
• Músculos:
 Multífidos; • Inclinação + rotação para o lado oposto =
 ECOM; ECOM
 Escalenos.

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Vista Lateral
• Retificação
ALTERAÇÕES DA • Hiperlordose
COLUNA
CERVICAL
Parâmetro: palpação dos
processos espinhosos das
vértebras cervicais. Normal =
não sentir o processo
espinhoso de C5

Músculos Músculos
• Retificação • Hiperlordose
 Longo da cabeça;  Espinhais;
 Longo do pescoço;  Suboccipitais.

Hipercifose
ALTERAÇÕES DA
COLUNA TORÁCICA • Músculos que provocam hipercifose:

 Cadeia mestra anterior (porção superior);


 Cadeia inspiratória;
 Cadeia antero-interna do ombro (subescapular,
coracobraquial e peitoral maior – feixe
clavicular);

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Consequências da hipercifose Retificação


• Músculos que provocam a retificação:
• Encurtamento vertebral;
• Déficit respiratório;  Cadeia mestra posterior (pincipalmente os espinhais
dorsais);
• Sobrecarga da musculatura posterior cervical .
 Cadeia superior do ombro (pode contribuir ou não).

• Consequências da retificação:

 Maior rigidez da coluna;


 Déficit respiratório (menor incursão diafragmática).

Hiperlordose
• Músculos responsáveis pela hiperlordose:
 Ílio-psoas;
ALTERAÇÕES DA  Espinhais lombares.

COLUNA LOMBAR • Consequências da hiperlordose:

 Maior mobilidade da coluna;


 Grande força compressiva axial;
 Dor principalmente aos movimentos de extensão da
coluna, quando passa muito tempo em pé.

Retificação Retificação
• Músculos responsáveis pela • Consequências da retificação:
retificação:
 Maior rigidez da coluna;
 Músculos que farão a retroversão  Dor aos movimentos de flexão (ao
pélvica: Cadeia posterior, região ficar muito tempo sentado);
inferior – Isquiotibiais e glúteos.  Maior predisposição a patologias
discais.

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Generalidades
• A escoliose é uma deformação morfológica
tridimensional da coluna vertebral:

ESCOLIOSES Extensão/flexão;
Inclinação;
Rotação.

• É designada pelo lado da sua convexidade.

Generalidades
• Nas escolioses torácicas e lombares
verdadeiras, o processo espinhos das
vértebras em rotação estará para o lado da
concavidade.

Escoliose Escoliose Escoliose


Escoliose em S. • Nas cervicais ele gira para o lado da
Região torácica
torácica toraco-lombar lombar
convexa à D;
convexidade.
convexa à convexa à convexa à
Região lombar
direita direita esquerda
convexa à E.

Generalidades
• Em cada curvatura, as vértebras mais Vértebra limite superior

inclinadas são chamadas de vértebras limite.


Vértebra apical

• A vértebra do meio da curvatura, ou seja, a


que está mais distante do eixo vertical e que Vértebra limite inferior
possui maior rotação é chamada de vértebra
apical.

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Classificação das escolioses Origens das escolioses


• Escolioses de 1 curva:
• Escolioses de adaptação;
 Cervicotorácica; • Escolioses congênitas;
 Torácica;
 Toracolombar; • Escolioses neuromusculares e distróficas;
 Lombar.
• Escolioses viscerais;
• Escolioses de várias curvas (classificadas a partir da maior curva):
• Escolioses antálgicas;
 Cervicotorácica; • Atitudes escolióticas;
 Dupla torácica;
 Toracolombar; • Escolioses idiopáticas ou essenciais.
 Torácica e toracolombar.

Escoliose idiopática Escoliose idiopática


• É difícil identificar se há uma patologia em si, ou se é uma • Explicações elucidadas para esclarecer a origem
sintomatologia. Não tem causa aparente. dessa escolioses: distúrbios da propriocepção ou do
equilíbrio; distúrbios da glândula pineal; anomalia do
• É confirmada a origem hereditária multifatorial (43%); tecido colágeno, dos discos e dos corpos vertebrais;
fatores hormonais, etc...
• Tem uma incidência mais elevada no sexo feminino.

Por quê ocorrem as escolioses? Importante ressaltar!


1. A escoliose continua a garantir a posição ereta e respeita o
equilíbrio geral do corpo;
• Coluna vertebral é articulada.
• Músculos da estática devem garantir a estática e a 2. Os músculos espinhais apresentam forte estado de retração;
dinâmica;
3. A escoliose não apresenta lesão articular (exceto a antálgica) – é
• Disposição visceral assimétrica; uma deformação morfológica macroscópica;
• Estamos em oscilação permanente, pelo menos pela 4. As escolioses idiopáticas das crianças e dos adolescentes são
atividade respiratória. indolores.

5. É uma patologia de adaptação.

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Musculatura envolvida
• Músculos póstero-flexores:
• Músculos axiais – póstero-flexores;  Massa comum;
 Multífido;
• Músculos laterais – laterofexores;  Semiespinhal.
• Músculos horizontais – rotadores.
• Músculos latero-flexores:
 Intertransversários;
 Iliocostal;
 Massa comum;
 Quadrado lombar.

• Músculos rotadores:
 Rotador curto e longo do transverso espinhal.

Gibosidade
• Deve-se ao aumento da tensão sobre os espinhais
durante o movimento de flexão anterior do tronco.

• As vértebras rodadas puxam as costelas


posteriormente do lado da convexidade.

• Será mais evidente quando maior for a rotação da


escoliose;

• Teste de flexão anterior/Teste de Adams.

Escolioses de origem visceral Atitude escoliótica


• Rotação sempre para o lado do órgão afetado; • “Falsa” escoliose;
• Existe um desequilíbrio latero-lateral da coluna,
• O nível dependerá do posicionamento anatômico do entretanto não há todos os componentes da
órgão afetado; escoliose tradicional;
• Pode não haver rotação ou, se houver, o processo
• O grau e a amplitude dependerão da intensidade e espinhoso estar do lado da convexidade;
extensão do problema visceral.
• Em geral é mais fácil de ser tratada que a escoliose
verdadeira.
Exemplo: Uma pessoa com fibrose pulmonar à esquerda pode
formar uma escoliose torácica à direita.

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Escoliose de adaptação Escoliose antálgica


• Deve-se a um mecanismo compensatório para • Tem como causa uma dor;
alguma outra alteração estrutural.
• A alteração mais evidente é a inclinação;
Exemplo: Diferença de MMII (real ou aparente)
• Neste tipo de escoliose deve enfocar o tratamento na
origem da dor, tendo como consequência a
normalização da escoliose;

• Um escoliose antálgica pode se fixar, tornando-se


estruturada (verdadeira).

Escoliose congênita Avaliação da escoliose


• 10% dos casos de escoliose;
• Raio-X panorâmico:
• Pode ser de 3 tipos:

Falha na formação vertebral (parcial  Toda a coluna;


ou completa);  AP e lateral;
 Ortostatismo.
Falha na segmentação vertebral
(Assimétrica/unilateral ou
Simétrica/bilateral);

Mista.

Ângulo de Cobb Ângulo de Cobb

Mensuração e cálculo do • Curvaturas de até 20° - acompanhamento e


ângulo entre as linhas que tratamento fisioterapêutico;
tangenciam a placa terminal
superior da vértebra cranial
(limite superior) e a placa • De 20° a 40° - se ainda houver crescimento
terminal inferior da vértebra ósseo, indicação de colete e tratamento
caudal (limite inferior) da
curva escoliótica a ser fisioterápico;
medida.
• Acima de 40° - correção cirúrgica.

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Como saber se ainda


há crescimento ósseo? Ossificação da Apófise Ilíaca – Sinal de Risser

• Ossificação da Apófise Ilíaca – Sinal de Risser

Há possibilidade de
modificação da
curvatura enquanto a
ossificação não
estiver completada.

Avaliação clínica da escoliose Tratamento de escoliose


• Anamnese:
 Dor; • Envolve manutenção de posturas –
musculatura estática;
 Histórico patológico pregresso e atual.
• Inspeção: • Trabalho em diferentes posturas -
 Posicionamento dos ombros e da bacia; Indispensável trabalhar contra a
gravidade;
• Palpação dos processo espinhosos;
• Teste da inclinação anterior de tronco: • Mobilidade, alongamento e
 Gibosidade (tamanho e nível) fortalecimento da coluna.
• Avaliar MMII e demais alterações posturais.

Tratamento de escoliose
• Escoliose: Extensão/flexão, inclinação e rotação.

• Lado côncavo – Musculatura encurtada


• Lado Convexo – Musculatura alongada

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Tratamento de escoliose
• Escoliose: Extensão/flexão,
inclinação e rotação.

• Componente rotacional:

Toracolomobar Métodos de tratamento


– Processo espinhoso gira para
o lado côncavo
Cervical
– Processo espinhoso gira para
o lado convexo.

Método Klapp Exercícios de Klapp


Engatinhar perto do chão
• Alongamento e fortalecimento da musculatura de tronco por No exercício de “engatinhar perto do
meio de posições em gatas e joelhos, semelhantes aos chão" o paciente apoiado nos
quadrúpedes. cotovelos a 90º, os dedos e mãos
direcionados para frente, a cabeça
• Criador: Rudolph Klapp (1940) erguida, quadril e joelhos a 90º
e realizar movimentos de hipercifose
torácica e hiperlordose lombar
• Estudou e observou que os quadrúpedes não apresentavam
escoliose, enquanto humanos, pela ação da gravidade, Deslizamento horizontal
No exercício de “deslizamento horizontal”,
desenvolviam essa patologia. o paciente fica na posição de gatas, com o
quadril e joelho a 90º de flexão, é pedido
• Contra-indicações: ao paciente a estender o tronco e os
membros superiores à frente sem tocar os
Frouxidão ligamentar, quadro álgico aumentado, cervicalgia cotovelos no chão, a manter a cabeça
aguda... erguida e a manter a distância entre as
mãos igual à largura dos ombros

Exercícios de Klapp Pilates


Deslizamento lateral
• Método de reabilitação e
Pedir ao paciente para deslizar o tronco e os
membros superiores em direção ao lado
reeducação postural, em
convexo da escoliose, o que consiste no que os exercícios são
exercício de “deslizamento lateral”.
realizados em solo e em
aparelhos, com poucas
repetições e alta qualidade
Engatinhar lateral
de execução.
No exercício “engatinhar lateral”, o paciente fica
na posição quadrúpede, com as mãos
direcionadas interiormente, levando para frente
• Criador: Joseph Pilates (1880
o membro superior e para trás o – 1967)
membro inferior do lado da concavidade, a
cabeça era mantida rodada para o lado da
convexidade.

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Pilates Pilates
Ativação do CORE
• Princípios do método Pilates:

– Centro;
– Respiração;
– Concentração;
– Precisão;
– Controle;
– Fluidez.

Valgismo de joelho
Alterações ortopédicas
de Joelho • Acarreta encurtamentos da estruturas Predisposição a
subluxação e
musculoligamentares:
luxação patelar.

 Banda Iliotibial e retináculo lateral;

• Alongamento e fraqueza do músculo


vasto medial (porção do quadríceps
femoral).

Valgismo de joelho Varismo de joelho


• No varismo, a carga compressiva
• Fatores predisponentes: resultante anormal ocasiona
aumento do estresse de contato
– Pronação excessiva da articulação no platô tibial medial em
subtalar; detrimento da diminuição da
– Alargamento da pelve; área de contato no platô lateral.
– Ângulo de anteversão femoral
acima de 15° (rotação interna do
fêmur, frouxidão dos ligamentos • Sobrecarga nos estabilizadores
colaterais mediais do joelho e secundários do joelho,
torção tibial externa) alongamento da cápsula, do
ligamento colateral lateral e da
banda Iliotibial.

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Varismo de joelho Geno Recurvatum


• Alongamento e tensionamento • Hiperextensão de joelho
da banda Iliotibial. mantendo sempre contato entre as
– Fraqueza do grupamento muscular superfícies articulares
lateral da coxa (perda da cartilaginosas.
estabilidade lateral)

– Síndrome da banda Iliotibial Geno Flexo


– Tensão
• Deformidade em flexão do joelho.
– Maior atrito sobre o epicôndilo
lateral do fêmur (movimentos de • Geralmente associado a flexão do
flexão/extensão) quadril
– Processo inflamatório local

Posturas anormais do pé Posturas anormais do pé


• Pé plano: • Pé cavo ou pé supinado
(Pé pronado, pé chato) – sinônimos Descreve um pé com arco mais alto.
usados para significar uma postura do
retropé em pronação e um arco Menos área de contato do pé com o chão.
longitudinal diminuído.
O desgaste no calçado é visto na região lateral.
Planta do pé quase que completamente
em contato com chão.

Pode desalinhar tornozelo, joelhos e


quadris.

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