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Trabalho Sobre Anel Coletor Escovas
Trabalho Sobre Anel Coletor Escovas
Tucuruí-PA
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
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Aos Meus Pais Rodolfo Soeiro da Silva
E Francipaula Barbosa da Silva
Dedico Esse Trabalho ao Cuidado e o Amor a mim Demonstrado.
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AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me guiado e protegido nesse momento inesquecível da minha vida.
A meus familiares, Pai, Mãe e Irmãs por todo apoio e carinho a mim concedido.
Aos meus amigos da Camarilha que sempre estarão em minhas lembranças por tudo que
passamos juntos.
Aos meus amigos Paulo Cezar Monteiro e Celso Monteiro pelo apoio e atenção.
A meus Orientadores Ivaldo Ohana e Geovane Andrade Melo Luz que foram imprescindíveis
para conclusão desse trabalho.
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RESUMO
Os geradores síncronos são os mais utilizados nas usinas hidrelétricas (UHE). Nestes
geradores o campo no rotor é alimentado em corrente contínua através das escovas e anéis
coletores e a tensão alternada de saída, para alimentação das cargas, é retirada do estator
(armadura). Nesse sistema normalmente o campo é alimentado por uma excitatriz chamada de
excitatriz estática. A vantagem do modelo é o menor tempo de resposta na recuperação de
tensão (aplicação direta de corrente contínua no rotor) e a desvantagens é que exige
manutenção periódica no conjunto escovas, porta escovas e anel coletor, ocasionando parada
periódica na máquina.
Neste contexto, foi realizada uma analise de reformulação de projeto do conjunto escovas,
porta escovas e anel coletor para maquinas do fabricante JEUMONT SCHNEIDER,
utilizando uma metodologia de Manutenção Produtiva Total (TPM).
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
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Figura 3.17: Aspectos da face da escova tipo S1. .................................................................... 53
Figura 3.18: Aspecto da face da escova tipo S3. ...................................................................... 53
Figura 3.19: Aspecto da face da escova tipo S5. ...................................................................... 54
Figura 3.20: Aspecto da face da escova tipo S7. ...................................................................... 54
Figura 3.21: Aspectos da face da escova tipo S9. .................................................................... 54
Figura 3.22: Aspectos da face da escova tipo S13. .................................................................. 55
Figura 3.23: Aspecto da face da escova tipo S15. .................................................................... 55
Figura 3.24: Aspecto da face da escova tipo S17. .................................................................... 56
Figura 3.25: Aspectos da face da escova tipo S1. .................................................................... 56
Figura 3.26: Aspecto da face da escova tipo S23. .................................................................... 56
Figura 4.1: Sistema de excitação .............................................................................................. 57
Figura 4.2: Esquema de Excitação............................................................................................58
Figura 4.3: Anel coletor queimando e anel coletor em condições normais..............................58
Figura 4.4: Porta escovas queimados........................................................................................59
Figura 4.5: Porta escova derretido após queima do anel...........................................................59
Figura 4.6: Dados de placa do gerador.....................................................................................60
Figura 4.7: Escova MERSEN tipo CG 651...............................................................................61
Figura 4.8: Conjunto Escovas e Anel coletor Máquina 03, Jeumont Schneider. ..................... 64
Figura 4.9: Novo conjunto escova e anel coletor máquina 03. ................................................ 65
Figura 4.10: As dimensões da escova original e nova. ............................................................. 66
Figura 4.11: Nova distribuição das escovas em torno do anel coletor. .................................... 66
Figura 4.12: Chapa de aço adaptada para sustentar as escovas. ............................................... 67
Figura 4.13: Desenho do novo porta escova.............................................................................68
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LISTA DE TABELAS
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Sumário
CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 15
1.1A IMPORTÂNCIA DA ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................. 15
1.2COMO A ENERGIA É GERADA .................................................................................................. 15
1.2.1ENERGIA HIDRELÉTRICA ....................................................................................................... 15
1.2.2 ENERGIA TERMELÉTRICA ..................................................................................................... 16
1.2.2ENERGIA NUCLEAR ................................................................................................................. 16
1.3COMO A ENERGIA ELÉTRICA É TRANSMITIDA NO BRASIL ............................................. 17
1.4O SETOR ELÉTRICO NO BRASIL ............................................................................................... 18
CAPITULO 2 – PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE HIDROGERADORES........................... 20
2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................................................... 20
2.1.1 BARRAGENS.............................................................................................................................. 20
2.1.2 COMPORTAS ............................................................................................................................. 20
2.1.3 CONDUTO FORÇADO .............................................................................................................. 21
2.1.4 TURBINA .................................................................................................................................... 21
2.1.5 GERADOR ELÉTRICO .............................................................................................................. 23
2.2 MÁQUINAS SÍNCRONAS ............................................................................................................ 23
2.2.1 PARTES CONSTRUTIVAS PRINCIPAIS ................................................................................. 24
2.2.2 ESTATOR .................................................................................................................................... 24
2.2.3 ROTOR ........................................................................................................................................ 25
2.2.3.1 ROTOR DE POLO LISO .......................................................................................................... 25
2.2.3.2 ROTOR DE POLO SALIENTE ............................................................................................... 25
2.2.3.3 ENROLAMENTO AMORTECEDOR ..................................................................................... 26
2.2.3.4 SISTEMA DE EXCITAÇÃO ................................................................................................... 27
2.2.3.4.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE EXCITAÇÃO ..................................................... 28
2.2.3.4.2 SISTEMA DE EXCITAÇÃO CC .......................................................................................... 28
2.2.3.4.3 SISTEMA DE EXCITAÇÃO AC .......................................................................................... 29
2.2.3.4.4 SISTEMA DE EXCITAÇÃO ESTÁTICO ............................................................................ 30
2.3 ESCOVAS ELÉTRICAS ................................................................................................................ 30
2.3.1 GRUPOS DE QUALIDADE ....................................................................................................... 31
2.3.1.1 ESCOVAS CARBOGRAFÍTICAS (GRUPO A): .................................................................... 31
2.3.1.2 ESCOVAS ELETROGRAFÍTICAS (GRUPO EG): ................................................................ 32
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2.3.1.3 ESCOVAS GRAFÍTICAS (GRUPO LFC):.............................................................................. 32
2.3.1.4 ESCOVAS METÁLICAS (GRUPOS CG / MC / MH): ........................................................... 32
2.3.1.5 ESCOVAS BAQUELITE – GRAFITE (GRUPO BG): ............................................................ 33
2.3.2 PROPRIEDADES FÍSICAS ........................................................................................................ 33
2.3.2.1 RESISTÊNCIA ESPECÍFICA .................................................................................................. 34
2.3.2.2 DUREZA “SHORE” ................................................................................................................. 34
2.3.2.3 VELOCIDADE PERIFÉRICA ................................................................................................. 35
2.3.2.4 COEFICIENTE DE ATRITO ................................................................................................... 35
2.3.2.5 QUEDA DE TENSÃO NO CONTATO ................................................................................... 36
2.3.2.6 PRESSÃO NA ESCOVA.......................................................................................................... 37
2.3.2.7 FILME OU PÁTINA ................................................................................................................ 38
2.3.3 DENSIDADE DE CORRENTE................................................................................................... 39
2.3.4 TEMPERATURA ........................................................................................................................ 40
CAPITULO 3 – MANUTENÇÃO DE HIDROGERADORES ............................................................ 40
3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................................................... 41
3.2 PROBLEMA NO NÚCLEO ........................................................................................................... 41
3.2.1 PROBLEMAS NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO E MONTAGEM ..................................... 41
3.2.2 PROBLEMAS EM OPERAÇÃO ................................................................................................ 41
3.3 PROBLEMAS NO ENROLAMENTO ESTATÓRICO ................................................................. 42
3.3.1 PROBLEMAS NA FABRICAÇÃO E MONTAGEM ................................................................ 42
3.3.2 PROBLEMAS EM OPERAÇÃO ................................................................................................ 42
3.4 MANUTENÇÃO EM ANÉIS COLETORES ................................................................................. 43
3.4.1 CENTELHAMENTO................................................................................................................... 43
3.4.2 ASPECTOS DAS PÁTINAS ....................................................................................................... 44
3.4.2.1 INTENSIDADE DE COLORAÇÃO ........................................................................................ 45
3.4.2.1.1 PÁTINAS NORMAIS (P2 – P4 – P6) ................................................................................... 45
3.4.2.2.1 PÁTINA ESTRIADA (P12)................................................................................................... 45
3.4.2.2.2 PÁTINA SULCADA (P14) ................................................................................................... 46
3.4.2.2.2 PÁTINA MANCHADA (P16) ............................................................................................... 46
3.4.2.3.1 MANCHAS ISOLADAS OU REPARTIDAS UNIFORMEMENTE (P22) ......................... 47
3.4.2.3.2 MANCHAS ESCURAS DE CONTORNO BEM DEFINIDO (P24) .................................... 47
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3.4.3 QUEIMADURAS ........................................................................................................................ 48
3.4.3.1 PÁTINA QUEIMADA NAS BORDAS (B2 – B6) .................................................................. 48
3.4.3.2 PÁTINA QUEIMADA NO CENTRO (B8) ............................................................................. 49
3.4.3.3 PÁTINA PERFURADA (B10) ................................................................................................. 49
3.4.4 MANCHAS SOBRE OS COMUTADORES............................................................................... 49
3.4.4.1 IMAGEM DA ESCOVA (T10) ................................................................................................ 50
3.4.4.2 LÂMINA SALIENTE (T12) ..................................................................................................... 50
3.4.4.3 LÂMINAS RETRAÍDAS (T14) ............................................................................................... 50
3.4.4.4 REBARBAS (T18).................................................................................................................... 51
3.4.5.1 DESGASTE NORMAL (R2) .................................................................................................... 51
3.4.5.2 DESGASTE ANORMAL (R4) ................................................................................................. 52
3.5 ASPECTOS DAS FACES DE CONTATO DAS ESCOVAS ........................................................ 52
3.5.1 SUPERFÍCIE IMPECÁVEL, UNIFORME, BRILHANTE (S1) ................................................ 53
3.5.2 SUPERFÍCIE IMPECÁVEL, LEVEMENTE POROSA, BRILHANTE (S3)............................. 53
3.5.3 ESTRIAS EXTREMAMENTE FINA (S5) ................................................................................. 53
3.5.4 RANHURAS (S7) ........................................................................................................................ 54
3.5.5 PISTA COM ESTRIAS E RANHURAS (S9) ............................................................................. 54
3.5.6 QUEIMADURA NAS BORDAS DE ENTRDA OU SAÍDA (S13) ........................................... 55
3.5.7 – FORMAÇÃO DE CRATERAS (S15) ...................................................................................... 55
3.5.8 ESTAMPA DAS LÂMINAS NAS SUPERFICIE (S17) ............................................................. 55
3.5.9 DEPÓSITO DE COBRE (S21) .................................................................................................... 56
3.5.10 LANÇAMENTOS (S23) ............................................................................................................ 56
CAPÍTULO 4 ........................................................................................................................................ 57
4.1 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 57
4.1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 57
4.1.2 PROBLEMAS NO CONJUTO DE COMUTAÇÃO ................................................................... 58
4.2 MUDANÇA DE PROJETO DO GERADOR JEUMONT SCHNEIDER ...................................... 60
4.2.1 DADOS GERAIS DO GERADOR .............................................................................................. 60
4.2.2 DADOS DO CONJUNTO DE ANÉIS COLETORES EXISTENTE. ......................................... 60
4.2.3 DADOS DO CONJUNTO DE ANÉIS COLETORES NOVOS. ................................................ 63
4.3 MUDANÇA ESTRUTURAL NO PROJETO. ............................................................................... 65
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CAPITULO 5 ........................................................................................................................................ 69
5.1 RESULTADOS ............................................................................................................................... 69
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 73
6.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 73
6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .......................................................................... 74
CAPITULO 7 – BIBLIOGAFIA........................................................................................................... 75
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CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO
O primeiro passo para produzir energia elétrica é obter a força necessária para girar as
turbinas das usinas de eletricidade. No caso das hidrelétricas utilizam-se a água para girar as
turbinas, em seguida os geradores transformam a energia mecânica (movimento) em energia
elétrica. Essa força pode ser obtida de diversas fontes de energia primária. No Brasil, a
energia elétrica vem, em primeiro lugar, de usinas hidrelétricas; depois, de termelétricas; e,
por último, de usinas nucleares. Fonte [2].
Em países como o Brasil, que possui muitos rios com grandes desníveis, uma das
soluções mais econômicas para fazer girar turbinas é aproveitar a força das águas, construindo
usinas hidrelétricas. Em uma usina desse tipo, uma barragem, também conhecida como
represa, controla as águas do rio. No interior da barragem, são instalados grandes tubos
inclinados, geralmente chamados de aquedutos, que abrigam as turbinas. A água desce pelos
tubos e faz girar o sistema de hélices, movimentando o eixo dos geradores que produzem a
energia elétrica. Perto dos geradores são instalados os transformadores, equipamentos que
enviam a energia elétrica para os cabos das linhas de transmissão. Fonte [2].
Depois de movimentar as turbinas, as águas voltam para o leito do rio sem sofrer
nenhum tipo de degeneração. É por isso que a energia hidrelétrica é considerada uma fonte
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limpa, além de ser renovável. No Brasil, a maior quantidade de energia elétrica produzida
provém de usinas hidrelétricas. Fonte [2].
Construída e administrada por Brasil e Paraguai, Itaipu, no rio Paraná, é a quarta maior
hidrelétrica do mundo em potência instalada, com 14 mil megawatts de capacidade de
geração. A Eletrobrás detém metade de Itaipu em nome do governo brasileiro, além de ser
dona, por meio de suas empresas, de algumas das principais hidrelétricas em operação no
país, como Tucuruí, no rio Tocantins e Xingu e as usinas do Complexo Paulo Afonso, no rio
São Francisco. Fonte [2].
Em regiões com poucos recursos hidrográficos, mas com boas reservas de óleo, carvão
ou gás, é possível girar as hélices das turbinas com a força do vapor resultante da queima
desses combustíveis. Para isso, são construídas usinas termelétricas.
A velocidade de uma reação em cadeia pode ser de dois tipos: não controlada e
controlada. No primeiro caso, a reação ocorre muito rapidamente (em menos de 1 segundo),
liberando enorme quantidade de energia. É o que acontece, por exemplo, na explosão da
bomba atômica. No segundo caso, a reação é controlada pelos chamados reatores de fissão
nuclear, permitindo que a energia liberada seja aproveitada e evitando explosões.
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conta com a participação de empresas de todo o país, trabalhando de forma interligada. Fonte
[3].
Construída em duas etapas, a UHE – Tucuruí tem capacidade instalada de 8,370 MW.
As obras da primeira casa de força – com 12 unidades geradoras de 350 MW, duas auxiliares
de 22,5 MW potencia instalada de 4.245 MW – foram concluídas em dezembro de 1992. Em
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junho de 1998, foi iniciada a construção da segunda casa de força, com 11 unidades geradoras
de 375 MW e potencia instalada total de 4.125 MW, concluída em abril de 2007.
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O Hidrogerador é uma máquina que utiliza a energia potencial hídrica para a geração
de energia elétrica, onde esse processo é ilustrado na figura 2.1.
2.1.1 BARRAGENS
São estruturas hidráulicas destinadas a obstruir um curso d’agua. Sua função primaria
é provocar o aumento do nível d’agua que, por consequente, criará um reservatório para o
aproveitamento hidrelétrico na forma de energia potencial. Fonte [4].
2.1.2 COMPORTAS
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Os condutos forçados levam a água sob pressão, da tomada d’agua até a turbina. Nos
condutos forçados temos a energia hídrica na forma cinética. Fonte [4].
2.1.4 TURBINA
A turbina hidráulica é uma máquina que converte energia hidráulica (energia cinética)
em energia mecânica. Fonte [4].
Turbinas Francis;
As turbinas Francis são adequadas para operar entre quedas de 40 m até 400 m. A
Usina hidrelétrica de Itaipu assim como a Usina hidrelétrica de Tucuruí, Furnas e outras no
Brasil funcionam com turbinas tipo Francis com cerca de 70 m á 100 m de queda d' água.
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Turbinas Kaplan;
As Turbinas Kaplan são adequadas para operar entre quedas de até 60 m. Assemelha-
se a um propulsor de navio (similar a uma hélice). Essas turbinas funcionam sobre eixos
verticas e ficam totalmente submersas. O giro se dá pela pressão da água e pela velocidade de
seu fluxo. Elas podem ser abertas ou fechadas como folhas de uma persiana, para ajustar o
fluxo e o ângulo da água contra as pás da turbina. O fluxo de água também é controlado por
portas ou válvulas. As turbinas Kaplan funcionam melhor com um grande volume de água
caindo de uma pequena altura.
Turbinas Pelton;
As Turbinas Pelton são adequadas para operar entre quedas de 350 m até 1100 m,
sendo por isso muito mais comum em países montanhosos. A Usina Hidrelétrica Governador
Pedro Viriato Parigot de Souza, no Paraná, utiliza turbinas Pelton. A Figura acima mostra
esquematicamente turbinas Pelton contendo um e múltiplos injetores.
As máquinas síncronas estão entre os três tipos mais comuns de máquinas elétricas;
elas são assim chamadas porque operam a velocidade e frequência constante em regime
permanente. Como a maioria das maquinas girantes, a máquina síncrona é capaz de operar
tanto como motor, quanto como gerador, sendo esse ultimo modo de operação o foco deste
trabalho.
O Gerador síncrono produz uma tensão do tipo alternada senoidal, podendo ser
monofásico ou trifásico.
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2.2.2 ESTATOR
circular e esmaltados; as ranhuras do estator nesse caso são do tipo semiaberto. No caso de
enrolamento de alta tensão os condutores são de seção retangular e as bobinas recebem uma
camada extra de isolação com material a base de mica, sendo que as ranhuras são do tipo
abertas. Fonte [4].
2.2.3 ROTOR
O rotor é também formado por chapas laminadas justapostas que em geral são do
mesmo material que o estator. Do ponto de vista construtivo existem dois tipos básicos de
rotores: Rotores contendo polos salientes e rotores contendo polos lisos. Esta diferença
conduz a modelos equivalentes diferentes, mas não altera em nada o principiou de
funcionamento, que permanece idêntico para ambos. Fonte [4].
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Em geral são empregados com números igual ou superior a quatro. A escolha de polo
é estabelecida de acordo com a rotação da máquina primaria. Turbinas Hidráulicas, por
exemplo, trabalham com baixa rotação, sendo por isso necessários geradores com alto número
de polos. A velocidade de rotação da turbina hidráulica varia em função da pressão hidráulica
existente e em função da altura da queda d’agua, sendo que ela se situa na faixa de 50 a 600
rpm. Além disso, a velocidade também varia em função do tipo da turbina (Francis, Kaplan,
Pelton...). Esse tipo de gerador em geral é construído com eixo vertical, possuindo grande
diâmetro e pouco comprimento axial, essa relação entre comprimento e diâmetro é ditada pela
baixa rotação a que estão sujeitos (alto numero de polos). Fonte [4].
Figura 2.7: Polo Saliente de uma Máquina com barras do enrolamento amortecedor.
Fonte [4]
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Este tipo de sistema de excitação utilizado no presente trabalho. Será visto a seguir
mais detalhadamente as características de escovas e anéis coletores. Fonte [4].
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A primeira escova do grafite natural para este proposito surgiu a 90 anos devido o
material ser conhecido pelas suas propriedades de um lubrificante sólido e uma série de outras
propriedades como:
Baixa densidade: O carbono é menos denso que a maioria dos metais. A baixa inércia
das escovas de carbono faz com que ela deslize com facilidade mesmo considerando
irregularidades na superfície onde ele realiza o movimento.
Principais Aplicações: Máquinas velhas, lentas, com ou sem polos auxiliares e geralmente
pouco carregadas, motores fracionários (eletrodomésticos, ferramentas elétricas) e sapatas
coletoras de corrente. Limites de Emprego. Fonte [5].
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A dureza Shore de uma escova é a resistência relativa ao bloco de carvão medido por
um aparelho denominado escleroscópio shore C2, no qual um martelo de aço especial cai de
certa altura; a volta do martelo após o impacto indica a dureza relativa do material. Não há
unidades absolutas de dureza relativa do material. Os resultados lidos são utilizados apenas
com o propósito de comparação. Fonte [5].
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𝜋. 𝐷. 𝑅𝑃𝑀
𝑉𝑃 = 𝑚/𝑠
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Onde:
Fonte: [5].
Porém, nos casos em que as condições a seguir descritas forem encontradas, ocorrerá
aumento da fricção, aquecimento excessivo do comutador e escova lascada ou quebrada.
Fonte: [5].
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E Elevado E>0,20
M Médio 0,12<M<0,20
B Baixo B<0,12
É a queda provocada pela passagem de corrente entre a face da escova e o anel coletor
ou o comutador. Os valores de queda de tensão variam consideravelmente dependendo das
condições do filme formado sobre a superfície do coletor. A alta resistência de contato
predominante nas escovas com qualidade eletrografíticas auxilia na comutação diminuindo a
circulação de corrente nas bobinas que são curto-circuitadas palas escovas.
Pressão;
Temperatura da escova e do comutador;
Condições atmosféricas;
Velocidade periférica;
Teor de nego de fumo.
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E Elevado E>3
𝑃𝑣 = 𝐼𝑒 × 𝑉𝑒
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Sobre o Comutador
O filme é uma película lubrificante que faz com que a escova deslize sobre o
comutador sem causar desgaste entre ambos. Além disso, um filme adequado ajuda a obter
boa comutação.
Os componentes são:
Óxido metálico;
Carbono;
Vapor de água;
Partículas livre de grafite.
É importante lembrar que o grau de umidade deve estar entre 8 e 15 g/m³ para que se
obtenha uma boa condição de formação de filme. O tempo de formação do filme pode variar
dependendo das condições em que esteja sujeita a máquina. Um valor estimado pode ser de
70 a 100 horas.
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𝐼
𝑑𝑐 = 𝑁
𝑎. 𝑡. 2
𝐼
𝑑𝑎 =
𝑎. 𝑡. 𝑁
Onde:
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2.3.4 TEMPERATURA
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São vários os itens que devem ser avaliados para um bom desempenho dos anéis
coletores. As avaliações para comutadores e anéis coletores em sua maioria são similares, por
este motivo, serão mencionadas apenas as características comuns a anéis coletores. As figuras
a seguir são de comutadores, mas como mencionamos anteriormente, são validas para o
estudo em questão.
3.4.1 CENTELHAMENTO
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Regime normal de 1 a 1 ½;
Regime de sobre carga de 1 a 1 ¾;
Fonte: [5].
A pátina é de fundamental importância para bom desempenho dos anéis coletores, por
isso é muito importante uma boa avaliação de seu estado.
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Possui coloração uniforme, marrom claro (P2) a cinza (P6). Conforme a figura
3.1.Fonte: [5].
Possui sulcos com cobre vivo, ligeiramente patinado e com ataque ao metal como
ilustradas na figura 3.3.
As causas prováveis são as mesmas das pátinas estriadas, porém agravadas pelo tempo
mais longo de funcionamento e a possível qualidade inadequada de escova para aplicação.
Possui manchas de formas diversas, com coloração e formas anárquicas como pode ser
observadas na figura 3.4. A causa provável é o comutador deformado ou sujo.
Possui manchas escuras com ataque das bordas laminadas como ilustrado na figura
3.5. As causas prováveis são a falsa cilindricidade do comutador (manchas isoladas), falta de
balanceamento dinâmico, mancais defeituosos, mau alinhamento dos eixos (manchas
repartidas regularmente sobre uma ou várias zonas do comutador).
Podem ou não ser seguidas de manchas mais claras de contorno irregular como
mostrado na figura 3.6. A causa provável é um defeito que afeta uma lâmina ou um grupo de
lâminas, ocasionando elevação da escova.
3.4.3 QUEIMADURAS
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As ilustrações que se seguem retratam aspectos típicos das superfícies de contato das
escovas. Para possibilitar um julgamento unificado serão adotados as denominações S1, S3,
etc...
S1, S3 e S5 são exemplos de superfície de contato com aspecto normal refletindo bom
funcionamento elétrico e mecânico. Dependendo da qualidade de carvão a superfície pode
apresentar-se uniforme ou porosa com aspecto brilhante ou fosco. As condições ambientais,
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por exemplo: existência de pó, pode causar a formação de estrias finíssimas na face de
deslizamento.
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O aspecto mostrado na figura 3.21 é provavelmente causado por subcarga elétrica pela
presença de pó ambiental, e contaminação por graxa ou óleo (mais pronunciado S7).
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A figura 3.24 mostra a provável causa dada pela ocorrência de queimaduras geradas
por picos de correntes durante a comutação oriunda de anomalias no bobinamento.
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A figura 3.26 mostra a provável causa a partir de lâminas salientes e fortes ovalização
do comutador, as escovas trepidam operando em vazio.
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CAPÍTULO 4
4.1 OBJETIVO
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excitação (três monofásicos de 13.8 KV / 1 KV), em seguida passa por um banco de tiristores
que farão a retificação AC – CC e a regulação de tensão para 434 Vcc e então realimentar por
meio de escovas e anel coletor o enrolamento de campo. O esquema a seguir ilustra o sistema
de realimentação.
O conjunto escova e anel coletor que são os responsáveis pelo fornecimento de energia
ao enrolamento de campo do gerador, apresentam problemas periódicos. Esses problemas são
causados por fatores variados como foi mostrado no capitulo 3. Apesar da observação diária
realizada pela equipe da Eletrobrás Eletronorte, sempre que há uma falha o conjunto começa a
centelhar e na maioria das vezes queima. Com o conjunto de excitação danificado, a equipe de
operação é obrigada a parar a máquina para reparar os danos. O tempo necessário para
consertar o gerador é em torno de 2 dias.
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Na UHE – Tucuruí esse tipo de problema é muito comum e acontece na maioria das
máquinas. Sendo assim, a equipe de manutenção percebeu que os geradores do fabricante
JEUMONT SCHNEIDER apresentavam esse problema com mais frequência que os outros.
Analisando seus aspectos construtivos a empresa decidiu fazer uma mudança estrutural no
gerador. Isso significaria mudar o projeto do fabricante fazendo algumas alterações que
veremos a seguir:
Para realizar tal mudança a Eletrobrás contratou a empresa GE GEVISA que formulou
a seguinte mudança.
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𝐼𝑒
𝑑𝑒 =
𝑎. 𝑡. 𝑁
Onde:
2095
𝑑𝑒 =
3,2 × 4 × 14
𝑑𝑒 = 11,69 A/𝑐𝑚2
O coeficiente de atrito é “baixo”, isto é, menor que 0,12. Vamos considerar como
sendo 0,12. Para calcular a perda por atrito vamos considerar a pressão da mola como sendo
de 2 [N/cm2] por ser um padrão europeu. Assim temos:
𝐷𝑒 𝑁𝑛
𝑉𝑝 = 𝜋 ×
1000 60
De – Diâmetro externo do anel e vale 1368 mm;
Nn – Rotação da máquina que vale 81.8 RPM;
1368 81.8
𝑉𝑝 = 𝜋 ×
1000 60
𝑉𝑝 = 5.85 𝑚/𝑠
Agora que temos a velocidade periférica podemos calcular a perda por atrito que será:
𝑃𝑎𝑡 = 2.468,1 𝑊
A queda de tensão no contato é “muito baixa”, isto é, pertence à faixa de 0,5 até 1,4 V
para as duas polaridades. Vamos considerar 0,9 V.
𝑃𝑣 = 𝐼𝑒 × 𝑉𝑒
𝑃𝑣 = 2095 × 0,9
𝑃𝑣 = 1885,5 𝑊
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Com uma superfície total de contato com o ar de 29557 cm² (Área das escovas)
teremos uma dissipação de potência de 0,147 [W/ cm²]. Fonte [7].
A GEVISA tem por critério utilizar uma espessura máxima de escova de 25,4 [mm]
para evitar dificuldades de dissipação do calor gerado internamente.
𝐼𝑒
𝑑𝑒 =
𝑎. 𝑡. 𝑁
Onde:
2095
𝑑𝑒 =
2,54 × 3,79 × 21
𝑑𝑒 = 10,36 A/𝑐𝑚2
A densidade de corrente para nova escova é menor, assim esperamos que sua
temperatura também diminua. Conforme catálogo do fabricante Toyo Tanso o grau M3 tem
uma capacidade máxima de condução de corrente de 20 [A/cm2]. A máquina vai trabalhar
com uma densidade de corrente correspondendo a 51,8 % da capacidade da escova;
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O coeficiente de atrito é 0,20. Para calcular a perda por atrito vamos considerar a
pressão da mola como sendo de 2,4 [N/cm2] por ser o valor aplicado pela mola do porta
escova padrão da GEVISA. Assim temos. Fonte [7].
𝑃𝑎𝑡 = 5.505,9 𝑊
A queda de tensão no contato é “muito baixa”, isto é, menor que 0,2 para as duas
polaridades. Vamos considerar 0,2 V. Fonte [7].
𝑃𝑣 = 𝐼𝑒 × 𝑉𝑒
𝑃𝑣 = 2095 × 0,2
𝑃𝑣 = 419 𝑊
Com uma superfície total de contato com o ar de 43798 cm2 teremos uma dissipação
de potência de 0,135 [W/cm2]. Fonte [7].
Com o novo projeto teremos uma dissipação menor, por conta disso esperamos que o
novo conjunto apresente uma temperatura menor.
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Figura 4.8: Conjunto Escovas e Anel coletor Máquina 03, Jeumont Schneider.
Com poucas escovas de alimentação os geradores Jeumont eram mais vulneráveis a falhas e
centelhamento que os outros geradores de outros fabricantes. Caso ocorresse uma falha
mecânica no porta escova, travando a escova no box e impedindo o contato com anel, as
demais escovas ficavam sobrecarregadas e teriam que suportar a corrente de excitação que
agora seria divida por 13 e quanto mais escovas apresentassem problemas maior seria a sobre
carga em cima das que estariam funcionando corretamente.
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Como foi visto nos tópicos acima, a GE GEVISA também alterou o modelo da escova
utilizada no gerador, conforme a figura 4.10 abaixo.
A figura acima mostra a mudança na escova que, era usada, de fabricação MERSEN
CG 651/J de 32 mm x 40 mm para escova metal grafite de fabricação Toyo Tanso M3 de 25,4
mm x 37,9 mm. Outra vantagem observada para nova escova é que sua dimensão reduzida
proporciona um melhor contato com menor atrito. A figura 4.11 mostra a nova organização
das escovas em torno do anel.
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A nova distribuição das escovas também trouxe melhoria para o conjunto. O novo
projeto distribui as escovas por aproximadamente 180° do anel, essa nova disposição ajuda a
dissipar o calor que antes era concentrado em pouco mais de 70° do anel. Para que fosse
possível distribuir as escovas ao longo do anel, era preciso adaptar uma estrutura para fixar as
escovas como uma extensão. Então uma chapa de aço foi soldada a estrutura para fixar o
barramento com as escovas, conforme a figura 4.12.
O trabalho de adaptação da chapa de aço foi extremamente preciso, caso não fosse, o
barramento onde ficam as escovas ficaria desnivelado o que poderia causar problemas de
desgaste desproporcional.
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CAPITULO 5
5.1 – RESULTADOS
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Ainda em funcionamento a equipe mediu a corrente (Iesc) nas escovas, a trepidação (Tpd), a
mobilidade (Mob) e o ruído (Rdo) conforme a tabela 5.2.
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Na tabela 5.2 os espaços que apresentam * significam leituras que a equipe não
conseguiu realizar.
Para avaliar a temperatura a equipe utilizou um termovisor (FLIR SYSTEMS Infra CAM),
conforme a figura 5.2.
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6 – CONCLUSÃO
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O ideal de perda zero e falha zero na manutenção podem ser obtidos com intervenções
mais precisas nas máquinas e a possibilidade de melhor avaliação em tempo real da situação
da máquina. O estudo a seguir contribuirá para alcançar esse objetivo:
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CAPITULO 7 – BIBLIOGAFIA
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