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Aula teórica: 03 19.09.2022


Tema 1. Funções de várias variaveis (continuação)
- Diferencial de ordem superior.
- Fórmula de Taylor para funções de duas variáveis.
- Extremos de funções de duas variáveis.
. .

Objectivos
No fim desta aula, os estudantes devem ser capazes de:
• Determinar diferenciais de ordem superior.
• Desenvolver funções de duas variáveis através da Fórmula de Taylor.
• Determinar os extremos locais e absolutos de funções de duas variáveis.
. .

Definição 18 (Diferencial de segunda ordem).


Suponhamos que a função z = f (x, y) tem derivadas parciais continuas da segunda ordem.
Chama-se diferencial de segunda ordem da função z = f (x, y) à diferencial da diferencial de
primeira ordem desta função, quando as variáveis independentes têm os incrementos fixos, e
designa-se por:

∂ 2z 2 ∂ 2z ∂ 2z 2
d2 z = d(dz) = dx + 2 dxdy + dy
∂x2 ∂x∂y ∂y 2

Em geral, a diferencial total de ordem n duma função z = f (x, y) determina-se através da


fórmula
( )n
n n−1 ∂ ∂
d z = d(d z) = dx + dy z, n = 2, 3, 4, ...
∂x ∂y
Se os argumentos x e y , da função z = f (x, y), são, por sua vez, funções de uma ou mais
variáveis independentes, teremos a fórmula:

∂2z 2 ∂2z ∂ 2 z 2 ∂z 2 ∂z 2
d2 z = 2
dx + 2 dxdy + 2
dy + d x+ dy
∂x ∂x∂y ∂y ∂x ∂y

Exemplo 24. Achar a diferencial total de segunda ordem da função z = 2x2 − 3xy − y 2

Resolução
( ) [ ]
∂ 2z ∂ ∂z ∂ ∂(2x2 − 3xy − y 2 ) ∂
2
= = = (4x − 3y) = 4
∂x ∂x ∂x ∂x ∂x ∂x
( ) [ ]
∂2z ∂ ∂z ∂ ∂(2x2 − 3xy − y 2 ) ∂
2
= = = (−3x − 2y) = −2
∂y ∂y ∂y ∂y ∂y ∂y
( ) [ ]
∂ 2z ∂ ∂z ∂ ∂(2x2 − 3xy − y 2 ) ∂
= = = (−3x − 2y) = −3
∂x∂y ∂x ∂y ∂x ∂y ∂x

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2

∂ 2z 2 ∂ 2z ∂ 2z 2
Portanto, d2 z = 2
dx + 2 dxdy + 2
dy =⇒ d2 z = 4dx2 − 6dxdy − 2dy 2
∂x ∂x∂y ∂y

1.11. Fórmula de Taylor para funções de duas variáveis

Suponhamos que, na vizinhança do ponto (x0 , y0 ), a função z = f (x, y) admite derivadas


parciais contínuas até a ordem n + 1 inclusive. Então, é válida a fórmula de Taylor1 :
1 ′ 1 ′′
f (x, y) = f (x0 , y0 ) + [fx (x0 , y0 )(x − x0 ) + fy′ (x0 , y0 )(y − y0 )] + [fxx (x0 , y0 )(x − x0 )2 +
1! [ 2! ]n
′′ ′′ 1 ∂ ∂
2
2fxy (x0 , y0 )(x−x0 )(y−y0 )+fyy (x0 , y0 )(y−y0 ) ]+...+ (x − x0 ) + (y − y0 ) f (x0 , y0 )+
n! ∂x ∂y
Rn (x, y) (1)

Onde, Rn (x, y), denominado resto da Fórmula de Taylor, é expresso por:


[ ]n+1
1 ∂ ∂
Rn (x, y) = (x − x0 ) + (y − y0 ) f [x0 + θ(x − x0 ), y0 + θ(y − y0 )], 0 < θ < 1.
(n + 1)! ∂x ∂y

Frequentemente, para representar a fórmula (1) numa forma mais compacta, faz-se a substitui-
ção h = x − x0 e k = y − y0 , isto é,
1 1 ′′
f (x+h, y +k) = f (x, y)+ [fx′ (x, y)h+fy′ (x, y)k]+ [fxx (x, y)h2 +2fxy′′ ′′
(x, y)hk +fyy (x, y)k 2 ]+
1! 2!
[ ]n ( )n+1
1 ∂ ∂ 1 ∂ ∂
+ ... + h +k f (x, y) + h +k f (x + θh, y + θk) (2)
n! ∂x ∂y (n + 1)! ∂x ∂y

Recorrendo aos diferencias, o acréscimo de f (x, y) pode ser representado da seguinte forma:
1 1 1 1
∆f (x, y) = df (x, y) + d2 f (x, y) + ... + dn f (x, y) + dn+1 f (x + θh, y + θk) (3)
1! 2! n! (n + 1)!

Quando x0 = y0 = 0, a fórmula (1) denomina-se fórmula de Maclaurin2 e tem a seguinte


representação:
1 1
f (x, y) = f (0, 0) + [xfx′ (0, 0) + yfy′ (0, 0)] + [x2 fxx ′′ ′′
(0, 0) + 2xyfxy ′′
(0, 0) + y 2 fyy (0, 0)] + ... +
( )n 1! 2!
1 ∂ ∂
x +y f (0, 0) + Rn (x, y) (4)
n! ∂x ∂y
( )n+1
1 ∂ ∂
Onde, Rn (x, y) = x +y f (xθ, yθ), 0 < θ < 1.
(n + 1)! ∂x ∂y

1
Brook Taylor (1685–1731) — matemático inglês
2
Colin Maclaurin (1698–1746) — matemático escocês

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3

Exemplo 25. Aplicando a fórmula de Taylor e considerando que ∆x = h e ∆y = k ,


determine o acréscimo da função f (x, y) = ax2 + 2bxy + cy 2 em qualquer ponto (x, y) do plano.

Resolução
Considerando que f (x, y) = ax2 + 2bxy + cy 2 , temos:

fx′ (x, y) = 2ax + 2by; fxx


′′ ′′
(x, y) = 2a; fxy (x, y) = 2b; fy′ (x, y) = 2cy + 2bx; fyy
′′
(x, y) = 2c.

Observe que todas as derivadas parciais de ordem superior a dois são nulas. Portanto, aplicando
a fórmula (2), temos:

1 ′ 1 ′′
f (x + h, y + k) − f (x, y) = [fx (x, y)h + fy′ (x, y)k] + [fxx ′′
(x, y)h2 + 2fxy ′′
(x, y)hk + fyy (x, y)k 2 ]
1! 2!
Portanto,
1 ′ 1 ′′
∆f (x, y) = [fx (x, y)h + fy′ (x, y)k] + [fxx ′′
(x, y)h2 + 2fxy ′′
(x, y)hk + fyy (x, y)k 2 ] =⇒
1! 2!
∆f (x, y) = 2h(ax + by) + 2k(cy + bx) + ah2 + 2bkh + ck 2 

1.12. Extremo da função de duas variáveis


Definição 19 (Máximo local).
Diz-se que no ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 a função f (x, y) atinge o máximo local se existe uma vizi-
nhança ∪(x0 ; y0 ) ⊂ R2 do ponto (x0 , y0 ) tal que ∀(x, y) ∈ ∪(x0 , y0 ) verifica-se a desigualdade
f (x, y) ≤ f (x0 , y0 ).

Definição 20 (Mínimo local).


Diz-se que no ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 a função f (x, y) atinge o mínimo local se existe uma vizi-
nhança ∪(x0 ; y0 ) ⊂ R2 do ponto (x0 , y0 ) tal que ∀(x, y) ∈ ∪(x0 , y0 ) verifica-se a desigualdade
f (x, y) ≥ f (x0 , y0 ).

O mínimo e o máximo locais de uma função também denominam-se extremos locais.

Teorema 1.5 (Condição necessária de existência de extremos).


Se a função f (x, y), definida numa vizinhança do ponto (x0 , y0 ), tiver um extremo local, então
as derivadas parciais da primeira ordem no ponto (x0 , y0 ) são nulas ou não existem.

Definição 21 (Ponto estacionário)


Seja a função f (x, y) definida numa vizinhança do ponto (x0 , y0 ) ∈ Df .
O ponto (x0 , y0 ) denomina-se ponto estacionário se satisfaz o sistema:
 ∂f
 ∂x (x0 , y0 ) = 0
 ∂f
∂y
(x0 , y0 ) =0

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4

Exemplo 26. Achar o(s) ponto(s) estacionário(s) da função f (x, y) = x2 − 2xy − y 2 .

Resolução
 ∂f  
 ∂x (x, y) = 0  2x − 2y = 0  x=0
=⇒ ⇐⇒
  
∂f
∂y
(x, y) =0 −2x − 2y = 0 y=0

Portanto, o ponto (0; 0) é ponto estacionário da função f (x, y) = x2 − 2xy − y 2 

Teorema 1.6 (Condições suficientes para a existência de extremos).

Seja (x0 , y0 ) um ponto estacinário da função f (x, y). Ademais, consideremos que f (x, y) é de-
finida e admite derivadas parciais continuas de segunda ordem na vizinhança do ponto (x0 , y0 )
e seja o determinante H(x, y), tal que,
2
∂ f (x, y) ∂2f
∂x 2 (x, y)
∂x∂y

H(x, y) = .
∂2f
∂y∂x (x, y) ∂y2 (x, y)
∂2f

Então, temos que:


[ 2 ]2
∂ 2f ∂ 2f ∂ f ∂ 2f
1) Se H(x0 , y0 ) > 0 ⇐⇒ (x0 , y 0 ) · (x 0 , y 0 ) − (x0 , y 0 ) > 0 e (x0 , y0 ) > 0,
∂x2 ∂y 2 ∂x∂y ∂x2
f (x, y) atinge o mínimo local no ponto (x0 , y0 ) e fmin = f (x0 , y0 ).
[ 2 ]2
∂ 2f ∂ 2f ∂ f ∂ 2f
2) Se H(x0 , y0 ) > 0 ⇐⇒ (x ,
0 0y ) · (x ,
0 0y ) − (x ,
0 0y ) > 0 e (x0 , y0 ) < 0,
∂x2 ∂y 2 ∂x∂y ∂x2
f (x, y) atinge o máximo local no ponto (x0 , y0 ), sendo que fmax = f (x0 , y0 ).
[ 2 ]2
∂ 2f ∂ 2f ∂ f
3) Se H(x0 , y0 ) < 0 ⇐⇒ (x0 , y0 ) · 2 (x0 , y0 ) − (x0 , y0 ) < 0, então f (x, y) não
∂x2 ∂y ∂x∂y
atinge nenhum extremo local no ponto (x0 , y0 ), ou seja, (x0 , y0 ) é um ponto de sela.
[ 2 ]2
∂ 2f ∂ 2f ∂ f
4) Se H(x0 , y0 ) = 0 ⇐⇒ (x0 , y0 ) · 2 (x0 , y0 ) − (x0 , y0 ) = 0, nada se pode
∂x2 ∂y ∂x∂y
afirmar sobre a existência de extremos no ponto (x0 , y0 ).

Exemplo 27. Averiguar os extremos da função f (x, y) = (x − 1)2 + 2y 2 .

Resolução
1) Determinemos os pontos estacionários de f (x, y) = (x − 1)2 + 2y 2 .
 ∂f  
 ∂x (x, y) = 0  2(x − 1) = 0  x=1
=⇒ ⇐⇒
 ∂f  
∂y
(x, y) = 0 4y = 0 y=0

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Portanto, o ponto (1; 0) é ponto estacionário da função f (x, y) = (x − 1)2 + 2y 2

2) Agora avaliemos as condições suficientes para a existência de extremos:

∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f ∂2f
(x, y) = (1, 0) = 2; (x, y) = (1, 0) = 4; (x, y) = (1, 0) = 0.
∂x2 ∂x2 ∂y 2 ∂y 2 ∂x∂y ∂x∂y

[ 2 ]2
∂ 2f ∂ 2f ∂ f ∂ 2f
H(1, 0) = (1, 0) · (1, 0) − (1, 0) = 2 · 4 − 02
= 8 > 0 e (1, 0) = 2 > 0.
∂x2 ∂y 2 ∂x∂y ∂x2

Deste modo, f (x, y) = (x−1)2 +2y 2 tem um mínimo local no ponto (1, 0) e fmin = f (1, 0) = 0 

1.13. Extremos condicionados


Definição 22 (Extremo condicionado).
Chamam-se extremos condicionados da função f (x, y) ao máximo e mínimo locais desta função,
obtidos com a condição de que os seus argumentos x e y estejam ligados entre si através da
equação ϕ(x, y) = 0, denominada equação de ligação.

Os extremos condicionados podem ser determinados de várias formas e nesta aula se aborda o
método de Lagrange3 .

Método de Lagrange
Considere o problema de determinação de extremos condicionados duma função diferenciável
f (x, y), com a condição ϕ(x, y) = 0.

No método de Lagrange compõe-se a chamada função de Lagrange, isto é,

F (x, y) = f (x, y) + λϕ(x, y),

onde λ é um factor constante indeterminado, e procuram-se os extremos ordinários desta nova


função auxiliar F (x, y).

Os teoremas 1.5 e 1.6, sobre a condição necessária e condições suficientes, respectivamente,


podem ser empregues para a determinação ou investigação de extremos da função F (x, y).
Portanto, a condição necessária para que haja extremos da função diferenciável F (x, y) se re-
duzem ao seguinte sistema de três equações:
 ∂F

 (x, y) = ∂f (x, y) + λ ∂ϕ (x, y) = 0


∂x ∂x ∂x

∂F
(x, y) = ∂f (x, y) + λ ∂ϕ (x, y) = 0


∂y ∂y ∂y



ϕ(x, y) = 0

3
Joseph Louis de Lagrange (1736–1813) — matemático francês

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6

Exemplo 28. Achar os extremos de f (x, y) = −x2 −y 2 , com a condição de que x+y−1 = 0.

Resolução

1) Compomos a função de Lagrange, isto é,

F (x, y) = −x2 − y 2 + λ(x + y − 1)

2) Determinemos o ponto estacionário:


 ∂F   

 (x, y) = −2x + λ = 0 
 λ = 2x 
 − 
 x = 12


∂x

 
 

   
∂F
(x, y) = −2y + λ = 0 ⇐⇒ − ⇐⇒ x − y = 0 ⇐⇒ y = 21


∂y

 
 


 
 
 

   
x+y−1=0 − x+y−1=0 λ=1
( )
1 1
Deste modo, ; é ponto estacionário da função F (x, y) = x2 + y 2 + λ(x + y − 1).
2 2
2) Avaliando as condições suficientes para a existência de extremos, temos:
( ) ( ) ( )
∂ 2F 1 1 ∂ 2F ∂ 2F 1 1 ∂ 2F 1 1
; = −2 < 0; (x, y) = ; = −2; ; = 0;
∂x2 2 2 ∂y 2 ∂y 2 2 2 ∂x∂y 2 2
( ) ( ) 2 ( ) [ 2 ( )]2
1 1 ∂ 2F 1 1 ∂ F 1 1 ∂ F 1 1
H ; = ; · ; − ; =4>0
2 2 ∂x2 2 2 ∂y 2 2 2 ∂x∂y 2 2

Portanto, a função f (x, y) = −x2 − y 2 , com a condição de que x + y − 1 = 0, tem um máximo


( ) ( )
1 1 1 1 1
local no ponto ; e fmax = ; =− 
2 2 2 2 2

1.13. Extremos absolutos duma função de duas variáveis

O problema de determinação de extremos absolutos, ou seja, máximo e mínimo globais de


z = f (x, y), numa região fechada G ⊂ R2 , consiste em seleccionar o maior e o menor valores
entre os obtidos na resolução dos seguintes sub problemas:

1) Determinação dos extremos locais no interior da região G.

2) Determinação dos extremos absolutos na fronteira de G.

No caso particular em que a fronteira de G é definida por curvas do tipo y = φ(x), a ≤ x ≤ b


ou x = ψ(y), c ≤ y ≤ d, onde a, b, c e d são constantes reais, o sub problema 2) se corresponde
com a determinação de extremos absolutos das seguintes funções de uma variável real:

z1 (x) = f (x, φ(x)), a ≤ x ≤ b e z2 (y) = f (ψ(y), y), c ≤ y ≤ d.

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Exemplo 29. Achar os extremos absolutos de f (x, y) = (x − 1)2 + 2y 2 no triângulo cujos


vértices são os pontos A(0; 0), B(2; −2) e C(2; 1).

Resolução
1) Determinemos os extremos no interior do triângulo considerado:

A partir do exemplo 27, vimos que (1, 0) é ponto estacinário da função f (x, y) = (x − 1)2 + 2y 2 .
Como (1, 0) é um ponto interior do triângulo △ABC , então determinamos f (1, 0) = 0.

2) Agora determinemos os extremos absolutos na fronteira do triângulo △ABC . Observe


que a fronteira do triângulo △ABC é constituído por segmentos de rectas que unem os pontos
A, B e C .

• Fronteira AB: y = −x, 0 ≤ x ≤ 2.

Portanto, z1 (x) = f (x, −x) = (x − 1)2 + 2x2 = 3x2 − 2x + 1, 0 ≤ x ≤ 2 =⇒ z1′ (x) = 6x − 2.


1
De z1′ (x) = 0 =⇒ 6x − 2 = 0 ⇐⇒ x = .
3
( ) { }
1 2
max{z1 (0), z1 , z1 (2)} = max 1, , 9 = 9
3 3
( ) { }
1 2 2
min{z1 (0), z1 , z1 (2)} = min 1, , 9 = .
3 3 3
• Fronteira BC: x = 2, −2 ≤ y ≤ 1.

Tomemos z2 (y) = f (2, y) = (2 − 1)2 + 2y 2 = 2y 2 + 1, −2 ≤ y ≤ 1 =⇒ z2′ (y) = 4y


De z2′ (y) = 0 =⇒ y = 0.

max{z2 (−2), z2 (0), z2 (1)} = max{9, 1, 3} = 9

min{z2 (−2), z2 (0), z2 (1)} = min{9, 1, 3} = 1.

x
• Fronteira AC: y = , 0 ≤ x ≤ 2.
2
( x) ( x )2 3
Seja z3 (x) = f x, = (x − 1) + 2
2
= x2 − 2x + 1, 0 ≤ x ≤ 2 =⇒ z3′ (x) = 3x − 2.
2 2 2
2
De z3′ (x) = 0 =⇒ 3x − 2 = 0 ⇐⇒ x = .
3
{ ( )} { }
2 1
max z3 (0), z3 (2), z3 = max 1, 3, =3
3 3
{ ( )} { }
2 1 1
min z3 (0), z3 (2), z3 = min 1, 3, = .
3 3 3

Deste modo, os extremos absolutos da função f (x, y) = (x−1)2 +2y 2 no triângulo △ABC , são:

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max z = max{f (1, 0), max z1 , max z2 , max z3 } = max{0, 9, 9, 3} = 9


{ }
2 1
min z = min{f (1, 0), min z1 , min z2 , min z3 } = min 0, 1, , =0
3 3

1.14. Problemas para a determinação de valores máximos e mínimos da função

Exemplo 30. É preciso dividir um número positivo a em três termos também positivos
de forma que o produto destes seja máximo.

Resolução

Sejam os termos procurados x, y, a − x − y .

A tarefa consiste em determinar o máximo absoluto da função f (x, y) = xy(a − x − y). Pelo
sentido do problema, f (x, y) deve ser examinada no triângulo △ = {(x, y) ∈ R2 : x > 0, y >
0, x + y < a}.

 ∂f
 
 ∂x
(x, y) =0  y(a − 2x − y) = 0  x= a
3
=⇒ ⇐⇒
  
∂f
∂y
(x, y)
=0 x(a − 2y − x) = 0 y = a3
(a a)
Portanto, ; é ponto estacionário da função f (x, y) = xy(a − x − y) e, ademais, é interior
3 3
a
ao triângulo △. Deste modo, os três termos procurados são todos iguais a: .
3
Importa anotar que a função f (x, y) = xy(a − x − y) é nula em todos os pontos da fron-
a a a a3
teira e, portanto, o produto · · = é o máximo global, pois
3 3 3 27

∂ 2f ( a a ) ∂ 2f ( a a ) 2a ∂ 2f ( a a ) a
2
; = 2
; =− < 0; ; =− .
∂x 3 3 ∂y 3 3 3 ∂x∂y 3 3 3

( a a ) ∂ 2 f ( a a ) ∂ 2 f ( a a ) [ ∂ 2 f ( a a )]2 ( 2a )2 ( a )2 a2
H ; = ; · 2 ; − ; = − − − = >0
3 3 ∂x2 3 3 ∂y 3 3 ∂x∂y 3 3 3 3 3

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