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“O Tormento do Ideal”

Antero de Quental

Estrutura externa:
-Versos e Estrofes

O poema é constituído por 4 estrofes sendo as duas primeiras, duas quadras e as últimas duas, dois
tercetos. Fazendo assim com que o poema seja um soneto.

-Escanção métrica

Os seus versos são decassilábicos. Como se trata de um soneto, todos os versos são decassilábicos.

-Rima e Esquema rimático

Nas duas primeiras estrofes está presente uma rima interpolada.


Nas duas últimas estrofes está presente uma rima emparelha e uma rima solta.

Ou, dependendo do tipo de classificação, também se pode dizer que:


Nas duas primeiras estrofes continua a haver rima interpolada.
Nos 2 primeiros versos da terceira estrofe, encontramos uma rima emparelhada.
No último verso da terceira estrofe e na quarta estrofe, encontramos uma rima interpolada.

Estrutura interna:
-Divisão e conteúdo

Nos dois primeiros versos do poema– o sujeito poético conhece “a Beleza que não morre", ou seja, a
perfeição e fica triste.

No restante da primeira quadra e na segunda- o sujeito faz a comparação com o mundo a minguar-se
na sua imperfeição.

No primeiro terceto- temos a constatação da imperfeição.

No último terceto- temos a definição da visão dos poetas.

-Significado (quadras)

O sujeito poético conhece a beleza eterna, o que resulta na tristeza.

A tristeza do sujeito poético e a sua experiência ao conhecer a Beleza, são explicadas pela comparação
com alguém que sobe a serra mais alta e observa o mundo a minguar. Pois, mesmo com um grande
campo de visão não consegue ver todos os elementos da paisagem nitidamente. E por isso o sujeito
poético diz de seguida, “Assim eu vi o mundo e o que ele encerra/ Perder a cor bem como a nuvem que
erra” (vaguear).
-Significado (primeiro terceto)

O sujeito poético tenta encontrar a ideia pura, ideal de beleza, mas encontra a matéria dura, ou seja, a
realidade, o que todos nós conhecemos, a imperfeição.

-Significado (segundo terceto)

Aqui temos a definição da visão poética e a chave de ouro do soneto, o desfecho o poema.

A visão dos poetas é marcada pela imperfeição da realidade e os poetas veem o mundo como um
conjunto de formas incompletas e imperfeitas.

E como desfecho do poema temos o verso, “para sempre fiquei pálido e triste”, ou seja, o sujeito
poético ficou esmorecido, meio que sem vida, mas em sentido figurativo, e triste.

-Recursos expressivos

No primeiro verso e início do segundo, temos uma antítese. Por conta da oposição entre encontrar a
beleza, que devia ser uma coisa boa, mas ficar triste.

No restante da primeira quadra e na segunda, temos a comparação da visualização do mundo com a


tristeza do sujeito poético.

No primeiro verso do segundo terceto temos uma metáfora. O batismo está ligado à religião e ser poeta
não é uma religião embora muitos levem a poesia como um objetivo de vida.

No último verso do poema encontramos uma dupla adjetivação.

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