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Disciplina: Oceanografia Fisica de Estuarios

Professor: Renan Peixoto Rosário


Aluna: Mayara Rodrigues – 201610340032
Atividade: Resenha da aula – A biologia influenciada pela circulação estuarina

O ambiente estuarino apresenta uma característica física e biológica bastante exclusiva, como
por exemplo a salinidade, a densidade da água, temperatura, fauna e flora muito peculiares. O
ambiente é composto por uma imensa quantidade de lama, e isto induz as espécies que vivem no
local. Muitas espécies de ostras e caranguejos passam a sua vida toda nesse ambiente, outros
animais como os peixes e outros crustáceos chegam ali para uma rápida visita, principalmente
no ciclo de maré alta.
Uma espécie de caranguejo muito consumida no Brasil, é o caranguejo-uça, pois desempenha
um papel tanto econômico quanto ecológico, isto é, na manutenção dos manguezais. A espécie é
bastante consumida principalmente no município de Macapá – AP. A planície costeira
amapaense é dominada pelo regime de macromarés, que imprimi forte hidrodinâmica a região,
como as fortes ondas dentro dos estuários realizados pelas pororocas, fenômeno este associado a
ação das marés (Chanson, 2005; Santos et al., 2009).
O caranguejo-uçá, Ucides cordatus(LINNAEUS, 1763), (Decapoda: Brachyura) pertencente à
família Ucididae e subfamília Ucidinae, desempenha um importante papel ecológico nos
manguezais, sendo considerada uma espécie chave devido influenciar na dinâmica dos
nutrientes e no ciclo biogeoquímico dos elementos (NORDHAUS et aI., 2006). Em relação ao
seu tamanho, é o segundo maior crustáceo encontrado no manguezal, constituindo a espécie
mais explorada para o consumo humano. Essas espécies estão distribuídas nas zonas de misturas
dos estuários mais precisamente nos ecossistemas de manguezais, que são ecossistemas
característicos de regiões tropicais e subtropicais e que estão sujeitos aos regimes de marés.
Alguns fatores sócio-econômicos como o aumento contínuo do esforço de pesca pelos
catadores e alta demanda de mercado pelo caranguejo-uçá, unidos ainda a fatores ambientais
como a degradação de habitats e o surgimento de enfermidades. No litoral brasileiro o
caranguejo-uçá é um importante recurso pesqueiro, fornecendo sustento para muitas
comunidades de baixa renda. No Estado do Amapá, o caranguejo-uçá, é capturado em apenas
três dos dezesseis municípios do Estado: Amapá, Calçoene e Oiapoque.
Devido a importância ecológica e sócio-econômica deste crustáceo, é de grande necessidade o
desenvolvimento de estratégias de gestão das suas metas populações naturais. Tais ações devem
incluir não somente o cunho ambiental, mas também o cunho sócio-econômico.
Esses organismos são capturados usando-se o laço e o braceamento, sendo este último o método
mais comum, os caranguejos são mantidos vivos até a sua comercialização. O Caranguejo-uçá é
um importante recurso pesqueiro que se encontra sobreexplorado em todo litoral brasileiro.
Segundo os comerciantes de caranguejo, o período de maior oferta de demanda desde recurso
coincide com o verão amapaense (junho a novembro) fazendo com que nesse período os preços
sejam menores ao contrário da época de defeso onde os preços de comercialização são maiores.
Os preços da comercialização variam de acordo com os processos de captura e distancia do
local, pois alguns comerciantes tentam compensar as perdas durantes os transportes para os
municípios.

Referência: ANÁLISE DO COMERCIO DO CARANGUEJO-UÇÁ, Ucides cordatus


(Linnaeus, 1763), NO MUNÍCIPIO DE MACAPÁ-AP.

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