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DISCIPLINA: DIREITOS HUMANOS

PROFESSOR: JEAN WALLNEY

1. Conceito de Direitos Humanos


Os direitos humanos consistem em um conjunto de direitos considerado
indispensável para uma vida humana pautada na liberdade, igualdade e
dignidade. Os direitos humanos são os direitos essenciais e indispensáveis à vida
digna. (Ramos, 2020, p.24)
O rol dos Direitos Humanos é exemplificativo, depende da época, da cultura,
do País.
A doutrina afirma que a Base dos Direitos Humanos é a Dignidade da Pessoa
humana.
A Dignidade da pessoa Humana é convicção de que todos os serem humanos
têm direito a ser igualmente respeitados, pelo simples fato de sua humanidade.
Para Ramos (2020), a raiz da palavra “dignidade” vem de dignus, que
ressalta aquilo que possui honra ou importância. Com São Tomás de Aquino, há o
reconhecimento da dignidade humana, qualidade inerente a todos os seres humanos,
que nos separa dos demais seres e objetos.

2. Nomenclaturas e terminologias
É fundamental a distinção entre Direito do Homem, Direitos Fundamentais e
Direitos Humanos. (Rafael Barreto, 2014)
a) Direitos Fundamentais: São direitos do homem, contudo estão positivados e
encontram sua positivação no direito interno.
Ex.: se o direito à vida como “direito do homem” for observado sob à ótica do art.
5º, caput, da CR/88, tem-se o direito fundamental à vida.
b) Direitos Humanos: São direitos pertencentes ao ser humano assim como os
demais, contudo estão positivados na ordem jurídica externa, ou seja, no direito
externo.
Ex.: O mesmo direito à vida (que é exemplo de Direito do Homem de direito
fundamental), ao ser previsto no Pacto de São José da Costa Rica – que é um Tratado
Internacional – é considerado, lá, um direito humano à vida.

3. Características dos Direitos Humanos


Segundo Barreto (2014, p.28): Os direitos possuem diferentes características,
mas se costuma indicar, no plano de uma teoria geral, características que seriam
inerentes aos direitos humanos como um todo.
Vejamos essas características separadamente. As características dos Direitos
Humanos “despencam” nas provas.
3.1. Superioridade Normativa
Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n° 45/2004 que incluiu
o §3° no art. 5° que cita que os tratados internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados nas duas casas do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos seus membros, terão status de Norma Constitucional. Assim, no direito
brasileiro interno, os tratados internacionais de Direitos Humanos possuem status
de normas constitucionais.
Por outro lado, se os tratados de direitos humanos que não forem aprovados
no rito do §3° do art. 5° terão status de normas supralegais, denotando a
importância que nosso legislador conferiu à matéria.
Trataremos mais sobre a incorporação dos Tratados Internacionais Sobre os
Direitos Humanos mais adiante em nossa obra.

Esquematizando:

Tratado
Internacional Intenalizados na Status
sobre Direitos regra do Art. 5°, Constitucional
Humanos §3° da CF

Tratado Não Status


Internacional internalizados na Infraconstitucional
sobre Direitos regra do Art. 5°, e supralegal
Humanos §3° da CF

Tratados
internacionais status legal (Lei
sobre outros ordinária)
temas

No mais, também existem normas internacionais que por conterem valores


essenciais à comunidade são consideradas como cogentes (normas de jus cogens),
que contêm um conjunto de valores considerados essenciais para a
comunidade de forma a também gozar de superioridade.
Explicando: Normas de “jus cogens” – são aquelas que contém valores
considerados essenciais para a comunidade nacional como um todo, e que, por isso,
possuem superioridade normativa no choque com outras normas. Tais normas,
inclusive, se sobrepõem à vontade dos Estados e não podem ser derrogadas por
tratados ou costumes internacionais. Um exemplo das normas jus cogens é a
proibição ao retrocesso. (Paulo Lépore, 2020)

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