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Planejamento Estratégico e Ferramentas de

Gestão

Muitas vezes, empresários e investidores deixam de lado um ponto primordial para que toda
estratégia em seus negócios conheça bons resultados: o planejamento.

Esse deve ser o primeiro passo a merecer atenção, já que será o responsável por definir as
metas da empresa. Afinal, para alcançar um objetivo, é preciso estabelecê-lo com precisão.

Para isso, há algumas ferramentas que auxiliam a traçar de maneira mais adequada e certeira
os objetivos de seus negócios e fazer com que seja mais fácil atingi-los. Listando alguns deles
de forma bem breve podemos ressaltar algumas ferramentas que colaboram para uma melhor
prática do planejamento estratégico, tais como:
1- Análise SWOT

2- Modelo de negócios Canvas


3- 5W2H (7 Perguntas para definir um plano de ação)

What? = O quê?
When? = Quando?
Who? = Quem?
Where? =Onde?
Why? = Por quê?
How? = Como?
How much? = Quanto custa?

4- Metodologia Six Sigma

. Definir: o que é importante que seja realmente bem feito para a empresa.

. Mensurar: os resultados dos processos e de suas etapas.

. Analisar: esses dados em busca dos motivos que possam estar levando a resultados
abaixo da qualidade desejada.

. Melhorar: os processos implementando soluções que não apenas corrijam os erros,


mas que previnam e evitem que eles ocorram novamente.

. Controlar: verificar se as medidas adotadas estão surtindo os efeitos desejados e se


não é possível aumentar ainda mais a qualidade, melhorando cada vez mais os
processos.

5- Programa 5S
O programa 5S de qualidade tem esse nome inspirado em 5 palavras em japonês
que podem ajudar muito sua empresa a manter os processos em ordem e a atingir
excelentes resultados:

 Seiri = Utilização: separe o que é necessário do que não é necessário para o


seu trabalho.
 Seiton = Arrumação: tudo tem um lugar certo onde deve ser mantido.
 Seiso = Limpeza: mantenha o ambiente limpo e saudável, agradável para se
trabalhar.
 Seiketsu = Padronização: regras são a melhor forma de conseguir manter
tudo limpo e arrumado.
 Shitsuke = Disciplina: se todos se comprometerem com as regras, elas se
tornam hábitos e são seguidas naturalmente e sem esforço.

Planejamento Estratégico e Gestão Pública

Em uma rápida introdução, na administração pública a função planejamento começou a


ganhar força no final do século XVIII e início do século XIX. Primeiramente, foram
elaborados os planos para atender as necessidades de infraestrutura provocadas pelo
surgimento e expansão das cidades. A Segunda Guerra Mundial enfatizou a importância e a
necessidade de planejar a execução de operações em grande escala. Depois do conflito
mundial, a preocupação era com a restauração e conversão dos sistemas de produção, os
planos de paz. Durante os anos 60, ganhava força a ideia de exigir o planejamento como pré
requisito para a aprovação e liberação de recursos, financiamentos e subsídios aos governos
estaduais e locais. Essa demanda provocou a multiplicação em cadeia de unidades de
planejamento nas diferentes esferas da administração pública e, com ela, o surgimento de
muitos níveis e variedades de planos e metodologias de planejamento.
Um aspecto importante a ser considerado é que o planejamento estratégico surgiu no âmbito
do setor privado, com premissas e características próprias e que pouca atenção tem recebido
de estudiosos de administração quanto a sua aplicação no setor público. Na verdade, apesar
da importância e do quantitativo de organizações públicas, a quase totalidade dos trabalhos
sobre o assunto estão orientados para a empresa privada.
No âmbito das organizações públicas, o planejamento estratégico começou a merecer especial
atenção, principalmente com a acentuação das cobranças por ampliação e melhoria na
qualidade dos serviços prestados e com a intensificação do processo de vigilância política,
econômica e social (comissões legislativas, auditorias, competição por recursos e com outras
organizações do setor público e privado, a mídia, a opinião pública, as avaliações, etc.). O
cidadão, aos poucos, vem deixando de ser um sujeito passivo em relação aos serviços
públicos ofertados, passando a demandar novos serviços, bem como a exigir melhorias na
qualidade dos já prestados. Essa conscientização traduz-se numa multiplicação de demandas,
a qual, sem a contrapartida de meios, exige ações cada vez mais eficientes que só conseguem
ser alcançadas por meio do planejamento estratégico.
Nas organizações públicas, devido ao seu tamanho, complexidade e rigor burocrático, a
formalização do processo de planejamento (cronogramas, manuais, definição de
responsabilidades) e dos planos é muito importante e requer cuidados especiais para não
comprometer o próprio processo de planejamento. A comunicação precisa ser clara, objetiva
e adequada aos diferentes níveis e indivíduos que integram a organização. Falha, omissão ou
descuido, geralmente custam caro, causam sensíveis prejuízos ao processo como um todo e
são de difícil reparação.
Para um processo de planejamento ser bem sucedido devem ser destacados cinco condições
essenciais os quais são:
1- O planejamento deve ser visto como uma responsabilidade fundamental dos
administradores. O processo de planejamento deve ser liderado e capitaneado pela alta
administração e enriquecido pelo engajamento de clientes e empregados.
2 - A mudança organizacional deve ser conduzida pela alta administração. A mudança,
muitas vezes, ameaça interesses e poderes estabelecidos e é vista como último recurso. Nesse
momento, a liderança é crucial para superar a resistência.
3 - O planejamento bem-sucedido é inextricavelmente ligado à execução: ele se beneficia da
experimentação e do feedback. Nesse ponto, destaca-se o papel dos planejadores como
facilitadores do processo de aprendizagem.
4 - O planejamento deve se concentrar nas ideias e questões, não na coleta de dados e nos
procedimentos. O processo de planejamento deve promover o diálogo e a interação entre os
diversos níveis da administração sobre as questões estratégicas.
5 - Os responsáveis pela implementação dos planos precisam estar comprometidos com eles.
Assim, é preciso envolver os participantes no ato de pensar estrategicamente sobre o futuro e
não de produzir um simples documento.
A ênfase em treinamento também pode ser apontada como fator decisivo para a evolução do
planejamento. O treinamento visto no seu sentido mais amplo, ou seja, tanto em planejamento
quanto nas áreas específicas de atuação de cada funcionário. A qualificação profissional e a
atualização de conhecimentos atuam positivamente sobre a motivação e o comportamento do
indivíduo, o que o torna mais cooperativo e receptivo a mudanças.
Entrando em um quesito de fatores intervenientes é possível de se destacar que nas nas
organizações públicas, a competição maior é por ganhos no campo político, na qual grande
parte dos recursos utilizados residem muito mais na esfera pessoal do que institucional.
A análise sistemática de oportunidades e ameaças, como subsídio à racionalização do
processo decisório e garantia de sobrevivência, é fundamental ao setor privado. Nas
organizações públicas, o processo decisório não possui a mesma racionalidade e dinamismo,
pois não sofre os mesmos tipos de ameaças, nem procura as mesmas oportunidades. A
sobrevivência destas não é garantida pela autonomia gerencial sobre a ambiência externa.
A capacidade de adaptação e de oferecer respostas rápidas às novas demandas e a eficácia e
efetividade são essenciais no mundo dos negócios. As organizações públicas não são
avaliadas segundo critérios de mercado. Têm dificuldades de justificar e mesmo de viabilizar
mudanças repentinas, devendo, geralmente, deixar transparecer continuidade, coerência e
estabilidade. Essas características particulares de cada segmento determinam o grau de
influência dos diferentes fatores que afetam o processo do planejamento. Há fatores comuns,
ligados mais especificamente ao comportamento dos indivíduos como seres humanos, como
também aqueles típicos da cultura organizacional predominante no setor. Muitos dos fatores
intervenientes têm origem no próprio processo de gerenciamento do planejamento, outros,
concorrem entre si numa espécie de cadeia.
Concluindo com um breve discurso sobre a efetividade do planejamento é cabível ressaltar
que a efetividade do planejamento nas organizações públicas passa necessariamente pelo
fortalecimento da função planejamento, bem como por uma série de mudanças nos hábitos,
nos valores, nos comportamentos, na cultura, no modo de ver e pensar a organização, sua
finalidade, o ambiente externo, o cidadão. Para tanto, é imprescindível a evolução do próprio
modelo de gestão vigente, de forma a considerar o que está do lado de fora da organização,
bem como o efeito de suas ações no ambiente externo.

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