Você está na página 1de 3

Administração Direta e Indireta

1. Administração Direta

1.a) Órgãos:
Não tem personalidade jurídica
Não tem capacidade processual (não pode propor ações nem sofrer ações) – Quem
responde pelos danos que contraírem é a esfera de governo onde eles se encontram.
Ex.: Ministérios, quem responde é a União; Secretarias de estado, quem responde é o
Estado; Subprefeituras e Administração Regional, quem responde é o Município.
“Teoria do Órgão”: é aquela que atribui responsabilidade pelos danos causados por
um órgão, não a ele, mas a esfera de governo onde ele se encontra.

2. Administração Indireta

2.a) Pessoas
Tem personalidade jurídica
Tem capacidade processual (pode propor ações e sofrer ações) – Quem responde
pelos danos que contraírem são elas mesmos.
Exemplos: Autarquias, fundações, sociedade de economia mista.

Definição Finalidade Criação Características Responsabilidade


Autarquias PJ pública Serviço Lei *só da Autônoma Ela mesma
Público aprovação da
lei
Fundações PJ pública Serviço Lei Autônoma Ela mesma
Público *autorização
+ aprovação
da lei e
registro do
Estatuto
Empresas PJ privada Serviço Lei Autônoma Ela mesma
Público *autorização
*Com + aprovação
Atividade da lei e
Econômica registro do
Estatuto
Sociedades PJ privada Serviço Lei Autônoma Ela mesma
Público *autorização
*Com + aprovação
Atividade da lei e
Econômica registro do
Estatuto

2.b) Agências reguladoras: Autarquias de regime especial


 Têm todas as características das autarquias
 Regime Especial: essas agências são dotadas de um poder normativo que as
outras autarquias não têm = poder de editar normas para regular a execução
de serviços públicos, em especial quando transferida para particulares.
 Exemplos: ANATEL, ANEEL, ANS,

Responsabilidade do Estado

1. Conceito – Art. 37, §6º, CF

É a obrigação atribuída ao poder público de indenizar os danos causados a terceiros


pelos seus agentes, agindo nesta qualidade.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos
de dolo ou culpa.

2. Reflexos
 Dano: pode acionar o Estado por danos materiais e/ou morais [Cumulação
SÚMULA 37, STJ]
 Causado por um agente público
 Agindo nesta qualidade

3. Responsabilidade objetiva ou subjetiva


Tem que ver a natureza da atividade que causou o dano, para saber se é objetiva ou
subjetiva:

a) Dano resulta da prestação de um serviço público: responsabilidade OBJETIVA, com


base no art. 37, §6º, CF.
 Vítima terá que comprovar o NEXO CAUSAL (dano que sofreu, a consequência
teve como causa a prestação de um serviço público).
 Quem responde com base no art. 37, §6º somente é PJ de direito público
(autarquia e fundação) e PJ de direito privado que preste serviço público
[Exemplo: INSS.] Não pode ser responsabilizada com base no art. citado o BANCO
DO BRASIL, pois tem finalidade de atividade econômica.
 Prazo para o particular ajuizar ação: 5 anos
 Pela variante do risco administrativo, acionado em juízo pela vítima, o Estado só
responde pelos danos que efetivamente tenha causado a ela, podendo usar em
sua defesa caso fortuito (danos causados por terceiros), força maior (danos
causados pela natureza) ou culpa da vítima para excluir ou atenuar a sua
responsabilidade.
 Ação regressiva: Estado se volta contra o agente. Prazo: imprescritível

b) Dano resulta de uma omissão do poder público: responsabilidade OBJETIVA


c) Dano resulta de exploração de atividade econômica: responsabilidade SUBJETIVA,
com base no art. 927 do CC. Responde como a iniciativa privada responderia.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos
de outrem.

Você também pode gostar