Você está na página 1de 47

INSTALAÇÕES

HIDROSSANITÁRIAS E
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO

3º Bimestre - Aula 4 –
Instalações de Prevenção
Contra Incêndio

Prof. PABLO RAFAEL ANIBAL DILL


pablo@prof.unipar.br
1
PROCESSO DE CÁLCULO
Para exemplificar o processo de cálculo, será mostrado um
exemplo. Com isso será mostrado todo o processo de cálculo
que deve ser desenvolvido para se dimensionar a rede de
hidrantes, com base nas fórmulas de perda de carga já
apresentadas .

2
EXEMPLO 5
Um engenheiro contratado para realizar um projeto de
prevenção contra incêndio de uma edificação, deve
dimensionar uma rede de hidrantes para atender a edificação.
A edificação é residencial (classificado como A-2, segundo o
CSCIP), com risco leve (pois possui carga de incêndio segundo
a NPT 014, 300 MJ/m²), 6 pavimentos tipos, com 300 m² cada
o que da um total de 1800,00 m², com altura entre os
pavimentos de 3,00 m e um reservatório 2,00 m acima da
cobertura, porém o volume da reserva técnica também deve
ser informado. O cliente quer usar moto bomba apenas em
últimos casos, e ainda disse que em últimos casos, se houvesse
necessidade, poderia aumentar a altura do posicionamento do
reservatório de 2,00 m até 5,00 m acima da laje da cobertura
do apartamento do 6° pavimento. A seguir apresenta-se o
projeto proposto para ser dimensionado. 3
EXEMPLO 5 – Planta Pav. Tipo x 6

4
EXEMPLO 5

5
EXEMPLO 5

6
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Primeiro vamos ver se, consegue-se atender a rede de hidrante
proposta por gravidade, levando-se em consideração que se for
necessário para conseguir atender a rede por gravidade, o nível
do ponto de tomada de água do reservatório pode ser elevado
até 5,00 metros acima do nível da cobertura e se mesmo assim
não conseguir ser atendido por gravidade, a rede deve ser
dimensionada para ser atendida por motobomba (nesta deve ser
considerado as alturas originais do reservatório). Sendo assim
dividiremos o cálculo em 3 situações:
I. Se a rede na sua forma original é possível ser atendida por
gravidade.
II. Qual deve ser o desnível mínimo para conseguir ser atendido
a rede por gravidade.
III. Dimensionamento da rede por motobomba.
7
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
1. Deve-se ver as exigências para a rede de hidrantes conforme
NPT 022 para a edificação:
Pois bem, segundo a Tabela 2 da NPT 022, exige-se para
edificações de ocupação A-2, uma rede de hidrantes de sistema
tipo 1 ou 2, tipo 1 é mangotinho, iremos adotar o sistema tipo 2
que é hidrantes.
Pela Tabela 1 da NPT 022, informa que a rede do sistema
tipo 2 deve possuir esguicho regulável DN 40, mangueira de
incêndio também com diâmetro DN 40, sendo seu comprimento
máximo se a rede for interna de 30 metros e se a rede for
externa um comprimento máximo de 60 metros. Também
informa que o hidrante pode ser com expedição simples, ou seja
possuir cada hidrante 1 válvula (saída de água) classificado assim
como um hidrante simples (HS).
8
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
2. Outra exigência da NPT 022 é o limite de velocidade do fluido
nas tubulações, sendo os itens 5.7.9 e 5.7.10:
5.7.9 A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de
incêndio não deve ser superior a 2 m/s (sucção negativa) ou 3 m/s
(sucção positiva).
5.7.10 A velocidade máxima da agua na tubulação não deve ser
superior a 5 m/s.
A rede como um todo está disposta com tubulação Ø 75mm, e a
vazão máxima que passa por ela é 300 L/min=0,005 m³/s que é a
vazão dupla referente a 2 hidrantes em uso simultâneo, com isso:
𝑄 = 𝐴. 𝑣
𝜋 ∙ 0,0752
0,005 = .𝑣
4
𝑣 = 1,13 𝑚/𝑠 atendendo, tanto para uma rede de sucção, como as
demais. 9
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Por fim a Tabela 1 da NPT 022, também informa que a
rede deve possuir ainda uma vazão de no mínimo 150 L/min na
saída de cada esguicho, sendo esta vazão a mínima necessária
em cada um dos dois hidrantes mais desfavoráveis (lembrando
que sempre o dimensionamento deve ser feito considerando os
2 hidrantes mais desfavoráveis em uso simultâneo). Além disso, a
NPT 022 exige que cada esguicho promova além da vazão já
informada, um alcance mínimo do jato de 10,00 m, podendo ser
reduzido para o valor de 2 vezes a altura do pé direito para
sistemas abastecidos por gravidade, conforme item 5.7.1. da NPT
022, na posição de jato sólido.
Com as exigências por parte da NPT 022 levantada, deve
ser escolhida uma marca e modelo de esguicho que atenda as
exigências, para se saber qual a pressão necessária para este.
10
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
O esguicho escolhido foi o CAC da Mecânica Reunidas de
1.1/2” (38 mm), apresenta-se abaixo os dados técnicos do
mesmo: (2x Pé direito= 2x 3,00m = 6,00 m)

6,50 m

22,00 m.c.a

11
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5

22,00 m.c.a

150 L/min

12
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5

15,0 m.c.a

22,0 m.c.a

Com isso para se conseguir 150 L/min necessita-se 22 mca na


entrada do esguicho. 13
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
A partir de agora basta efetuar o dimensionamento da
rede segundo foi projetada e ver se a mesma, desta maneira
atende a norma para os dois hidrantes mais desfavoráveis.
I. rede na sua forma original atendida por gravidade:
Os dois hidrantes mais desfavoráveis, analisando o projeto são
HS-6A e HS-6B.
Cálculo de perda de carga nos trechos da saída do reservatório
até os hidrantes. Os trechos são, A – B (2x150 L/min =300 L/min)
e B - HS-6B (150 L/min), sendo o trecho B- HS-6B composto por
tubulação, a mangueira do hidrante e o esguicho.
TRECHO A-B: Tubulação Ø 3” (75mm)
Comprimento Equivalente (L eq):
1 Entrada Normal 3” – 1,1 m;
Total L eq= 1,1 m. 14
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Comprimento real de tubulação 3” (L real) = 3,50 m
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙 + 𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 3,50 + 1,10
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 4,60 𝑚
Perda de carga Unitária na tubulação: QD= 2x150=300 L/min =
0,005 m³/s; D= 0,075 m; C=120;
10,641 ∙ 𝑄𝐷 1,85
𝐽=
𝐷4,87 ∙ 𝐶 1,85
10,641 ∙ 𝑄𝐷 1,85
𝐽=
0,0754,87 ∙ 1201,85
𝐽 = 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 (vazão em evidência)
ℎ𝑓 = 𝐽 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡
ℎ𝑓 = 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 4,60
ℎ𝑓 = 2.097,5225 ∙ 𝑄𝐷 1,85
ℎ𝑓 = 2.097,5225 ∙ 0,0051,85 = 0,12 𝑚𝑐𝑎 15
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
TRECHO B – HS-6B: Tubulação Ø 3” (75mm)
Comprimento Equivalente (L eq):
1 Tê saída de Lado 3” – 5,2 m;
1 Registro de Globo Angular 3” – 13,0 m;
Total L eq= 18,20 m.
Comprimento real de tubulação 3” (L real) = 1,00 m
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙 + 𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 18,20 + 1,00
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 19,20 𝑚
Perda de carga Unitária na tubulação: QS=150 L/min= 0,0025
m³/s; D= 0,075 m; C=120;
𝐽 = 455,9831 ∙ 𝑄𝑆 1,85 (vazão em evidência)
ℎ𝑓 = 455,9831 ∙ 𝑄𝑆 1,85 ∙ 19,20
ℎ𝑓 = 455,9831 ∙ 0,00251,85 ∙ 19,20 = 0,13 𝑚𝑐𝑎 16
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
TRECHO B – HS-6B: Mangueira Ø 1.1/2” (38mm)
Comprimento total (L = 30 metros):
Perda de carga Unitária na tubulação: Q=150 L/min=
0,0025 m³/s; D= 0,038 m; C=140;
10,641 ∙ 𝑄𝑆 1,85
𝐽=
𝐷4,87 ∙ 𝐶 1,85
10,641 ∙ 𝑄𝑆 1,85
𝐽=
0,0384,87 ∙ 1401,85
𝐽 = 9.399,3855 ∙ 𝑄𝑆 1,85 (vazão em evidência)
ℎ𝑓 = 𝐽 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡
ℎ𝑓 = 9.399,3855 ∙ 𝑄𝑆 1,85 ∙ 30,00
ℎ𝑓 = 281.981,5649 ∙ 𝑄𝑆 1,85
ℎ𝑓 = 281.981,5649 ∙ 0,00251,85 = 4,33 𝑚𝑐𝑎
17
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Altura manométrica Hm para o sistema de gravidade:
(Pesg=22,00 mca)
𝐻𝑚 ≥ 𝑃𝑒𝑠𝑔
𝐻𝑚 = 𝐻𝑔 − (ℎ𝑓𝑡𝑢𝑏. + ℎ𝑓𝑚𝑎𝑛𝑔. )
𝐻𝑚 = (20,0 − 16,5) − (0,12 + 0,13 + 4,33)
𝐻𝑚 = 3,50 − 4,58 = −1,08𝑚𝑐𝑎
𝐻𝑚 = −1,08𝑚𝑐𝑎 ≤ 22,00𝑚𝑐𝑎 Não atende
Como comprovado por meio de cálculo, a rede conforme
projetada não atende ao exigido, pode-se ver há uma diferença
entre a pressão mínima necessária e a existente de 23,08 mca.

18
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
II. Desnível mínimo para conseguir ser atendido a rede por
gravidade:
Para calcular o desnível mínimo, pensamos de forma inversa,
montando a conta com o resultado que precisamos, sendo assim Hm=
22,0 mca (valor mínimo para a rede ser atendida por gravidade).
𝐻𝑚 = 𝐻𝑔 − (ℎ𝑓𝑡𝑢𝑏.𝐴−𝐵 + ℎ𝑓𝑡𝑢𝑏.𝐵−𝐻𝑆 6𝐴 + ℎ𝑓𝑚𝑎𝑛𝑔. )
E montamos as equações, com os valores que não vão mudar e
deixamos em evidência os valores que vão variar, assim sendo:
22,0
= 𝐻𝑔 − (455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 + 455,9831 ∙ 𝑄𝑆 1,85 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡
+ 9.399,3855 ∙ 𝑄𝑆 1,85 ∙ 𝐿)
22,0
= 𝐻𝑔 − (455,9831 ∙ 0,0051,85 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 + 455,9831 ∙ 0,00251,85 ∙ 19,2
+ 9.399,3855 ∙ 0,00251,85 ∙ 30)

19
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
22,0 = 𝐻𝑔 − (0,0252 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 + 0,13 + 4,33)
22,0 = 𝐻𝑔 − 0,0252 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 − 0,13 − 4,33
26,46 = 𝐻𝑔 − 0,0252 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡

𝐻𝑔 = 3,50 + 𝑥
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣 + 𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 1,10 + (3,50 + 𝑥)

26,46 = (3,50 + 𝑥) − 0,0252 ∙ (1,10 + 3,50 + 𝑥 )


26,46 = (3,50 + 𝑥) − 0,0252 ∙ (1,10 + 3,50 + 𝑥)
26,46 = (3,50 + 𝑥) − 0,0252 ∙ (4,60 + 𝑥)
26,46 = 3,50 + 𝑥 − 0,12 − 0,0252 ∙ 𝑥
26,46 − 3,50 + 0,12 = 𝑥 − 0,0252 ∙ 𝑥
23,08 = 0,9748 ∙ 𝑥
𝑥 = 23,68𝑚 20
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Dessa maneira descobre-se que precisaria aumentar no mínimo
23,68 metros no desnível para que se obtenha a pressão mínima
necessária de 22,0 mca na entrada do esguicho. O proprietário estava
disposto a aumentar de 2,00 para 5,00 metros acima da cobertura, ou
seja aumentar 3,00 metros, com isso é visto que não é suficiente.
Confirmamos agora os cálculos, aumentando o desnível em 23,68
m.
𝐻𝑚
= (3,50 + 𝑥) − (455,9831 ∙ 0,0051,85 ∙ (1,10 + 3,50 + 𝑥) + 455,9831
∙ 0,00251,85 ∙ 19,2 + 9.399,3855 ∙ 𝑄1,85 ∙ 30)
𝐻𝑚
= (3,50 + 23,68) − (455,9831 ∙ 0,0051,85 ∙ (1,10 + 3,50 + 23,68)
+ 455,9831 ∙ 0,00251,85 ∙ 19,2 + 9.399,3855 ∙ 0,00251,85 ∙ 30)
𝐻𝑚
= 27,18 − (455,9831 ∙ 0,0051,85 ∙ (28,28) + 455,9831 ∙ 0,00251,85
∙ 19,2 + 9.399,3855 ∙ 0,00251,85 ∙ 30)
21
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
𝐻𝑚 = 27,18 − (0,72 + 0,13 + 4,33)
𝐻𝑚 = 27,18 − (5,18)
𝐻𝑚 = 22,0 𝑚𝑐𝑎 OK

III. Dimensionamento da rede por motobomba.


Visto que não é possível atender a rede por gravidade, é feito o
dimensionamento da rede por motobomba, para isto é necessário
ajustar a tubulação para acoplar a bomba nela. Deve-se também
atender ao item B.2.2. que informa:
“Quando a altura do reservatório elevado não for suficiente
para fornecer as vazões e pressões requeridas, para os pontos dos
hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis considerados no
cálculo, deve-se utilizar uma bomba de reforço, em sistema by pass,
para garantir as pressões e vazões mínimas para aqueles pontos. A
instalação desta bomba deve atender ao Anexo C e demais itens desta
22
NPT.”
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5

23
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Deve ser previsto também a tubulação de retorno para teste.
Conforme item 5.10.6.3 “Na tubulação de recalque, devera ser
instalado retorno para o reservatório de alimentação para testes
periódicos da moto-bomba, contendo um registro para fechamento.”
Com isso, faz-se os cálculos trecho a trecho.
TRECHO A – B: Sucção 3” (75mm)-> QD=300 L/min (vazão dupla)
1 Entrada normal 3” – 1,1 m;
1 Registro de Gaveta 3” – 0,5 m;
1 Te de saída de lado 3”- 5,20 m;
Tubo real – 6,0 m;
TOTAL L virt = 12,8 m
ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 = 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡
ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 = 455,9831 ∙ 0,00501,85 ∙ 12,80
ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 = 0,32 𝑚𝑐𝑎
24
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
TRECHO B – C: Recalque 3” (75mm)-> QD=300 L/min (vazão dupla)
1 Válvula de Retenção Vertical (Pesada) 3” – 9,7 m;
Tubo real – 2,2 m;
TOTAL L virt = 11,9 m
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 455,9831 ∙ 0,00501,85 ∙ 11,90
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 0,30 𝑚𝑐𝑎
TRECHO C – E: Recalque 3” (75mm)-> QD=300 L/min (vazão dupla)
2 Tê saída de lado 3” – 10,4 m;
2 Joelho 90° 3” – 5,0 m;
1 Registro de Gaveta 3” – 0,5 m;
Tubo real – 9,2 m;
TOTAL L virt = 25,1 m
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 455,9831 ∙ 0,0051,85 ∙ 25,10 = 0,63 𝑚𝑐𝑎 25
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
TRECHO E – HS-6B (tubulação): Recalque 3” (75mm)-> QS=150 L/min
(vazão simples)
1 Tê saída de Lado 3” – 5,2 m;
1 Registro de Globo Angular 3” – 13,0 m;
Total L eq= 18,20 m.
Comprimento real de tubulação 3” (L real) = 1,00 m
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙 + 𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 18,20 + 1,00
𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡 = 19,20 𝑚

ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 455,9831 ∙ 𝑄𝑆 1,85 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡


ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 455,9831 ∙ 0,00251,85 ∙ 19,20
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 0,07 𝑚𝑐𝑎

26
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
TRECHO HS-6B (mangueira): Recalque 1,1/2” (38mm)-> QS=150 L/min
(vazão simples)
L = 30,0 m
ℎ𝑓𝑚𝑎𝑛𝑔 = 9.399,3855 ∙ 𝑄𝑆 1,85 ∙ 𝐿
ℎ𝑓𝑚𝑎𝑛𝑔 = 9.399,3855 ∙ 0,00251,85 ∙ 30,0
ℎ𝑓𝑚𝑎𝑛𝑔 = 4,33 𝑚𝑐𝑎
Altura Manométrica:
H𝑚 = 𝐻𝑔 − (ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 + ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 + ℎ𝑓𝑚𝑎𝑛𝑔 + 𝑃𝑒𝑠𝑔 )
H𝑚
= (20,0 − 16,5) − (0,32 + 0,30 + 0,63 + 0,07 + 4,33 + 22,0)
H𝑚 = −24,15 = 24,15 𝑚𝑐𝑎
Segundo calculado necessitamos de uma bomba que forneça
uma pressão de 24,15 mca com uma vazão de 300 L/min=18 m³/h.
Com esses dados procuramos no catálogo uma bomba que atenda a
nossa necessidade. 27
Encontra-se no catálogo geral de seleção: Meganorm 32-125.1

24,15

18,00 28
Curvas: Meganorm 32-125.1

29
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Com a bomba escolhida, necessita-se traçar a curva da
instalação sobre a curva da bomba, e encontrar qual será a vazão e a
pressão real que a bomba irá fornecer para a rede na condição
adotada (para os hidrantes mais desfavoráveis em situação de uso).
Para traçar uma curva é necessário 3 pontos, já temos 1, para
Q=18m³/h, Hm= 24,15 mca, falta mais 2 pontos, ou seja, necessita-se
calcular a rede novamente pelo menos mais 2 vezes com outros
valores de vazão para se conseguir traçar a curva. Alguns no momento
do cálculo pela primeira vez, deixam a equação da altura manométrica
em função da vazão, com isso basta alterar os valores da vazão, que se
obtem novos valores de altura manométrica, lembrando que cada
valor de vazão fornece um valor de pressão necessário na entrada do
esguicho.
Para exemplificar o que fora dito, montamos novamente a
equação da altura manométrica, deixando em evidência a vazão.
30
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Equação da curva do hidrante HS-6B:
H𝑚 = 𝐻𝑔 − (ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 + ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 + ℎ𝑓𝑚𝑎𝑛𝑔 + 𝑃𝑒𝑠𝑔 )
H𝑚
= ห(20,0 − 16,5) − (455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 12,8 + 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85
∙ 11,9 + 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 25,1 + 455,9831 ∙ 𝑄𝑆 1,85 ∙ 19,2
+ 9.399,3855 ∙ 𝑄𝑆 1,85 ∙ 30,0 + 𝑃𝑒𝑠𝑔 ) ห
QS= Vazão simples (individual em cada esguicho)
QD= Vazão dupla (dobro da vazão individual, que passa por alguns
trechos)
𝑄𝐷 = 2 ∙ 𝑄𝑆
𝑄𝑆 = 0,5 ∙ 𝑄𝐷
H𝑚
= ห(20,0 − 16,5) − (455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 12,8 + 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85
∙ 11,9 + 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 25,1 + 455,9831 ∙ (0,5 ∙ 𝑄𝐷 )1,85 ∙ 19,2
+ 9.399,3855 ∙ (0,5 ∙ 𝑄𝐷 )1,85 ∙ 30,0 + 𝑃𝑒𝑠𝑔 ) ห
H𝑚 = 3,50 − (103.356,0281 ∙ 𝑄𝐷 1,85 + 𝑃𝑒𝑠𝑔 ) 31
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Foi deixado a equação da altura manométrica do hidrante HS-
6B em relação a vazão dupla, também necessita-se colocar o valor da
pressão no esguicho em relação a vazão simples.
Com isso, elencamos mais dois pontos, com valor de vazão e
por fim altura manométrica conforme segue:
Ponto 2:
QS= 165 L/min – QD= 330 L/min – QD= 0,0055m³/s – Pesg=24,5 mca
H𝑚 = 3,50 − (103.356,0281 ∙ 0,00551,85 + 24,5)
H𝑚 = 27,82 𝑚𝑐𝑎
Ponto 3:
QS= 190 L/min – QD= 380 L/min – QD= 0,0063m³/s – Pesg=32,2 mca
H𝑚 = 3,50 − (103.356,0281 ∙ 0,00631,85 + 32,2)
H𝑚 = 37,47 𝑚𝑐𝑎
Com os dados levantados basta traçar a curva do hidrante HS-6B na
curva da bomba escolhida. 32
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
NECESSITA-SE TAMBÉM DIMENSIONAR A REDE DE RETORNO
DE TESTE E MONTAR SUA CURVA PARA TRAÇAR SOBRE A CURVA DA
BOMBA
TRECHO A – B: Sucção 3” (75mm)-> QD=300 L/min (vazão dupla)
1 Entrada normal 3” – 1,1 m;
1 Registro de Gaveta 3” – 0,5 m;
1 Te de saída de lado 3”- 5,20 m;
Tubo real – 6,0 m;
TOTAL L virt = 12,8 m
ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 = 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡
ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 = 455,9831 ∙ 0,00501,85 ∙ 12,80
ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 = 0,32 𝑚𝑐𝑎

33
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
TRECHO B – C: Recalque 3” (75mm)-> QD=300 L/min (vazão dupla)
1 Válvula de Retenção Vertical (Pesada) 3” – 9,7 m;
Tubo real – 2,2 m;
TOTAL L virt = 11,9 m
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 455,9831 ∙ 0,00501,85 ∙ 11,90
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 0,30 𝑚𝑐𝑎

34
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
TRECHO C – D: Recalque 1.1/4” (32mm)-> QD=300 L/min (vazão dupla)
1 Tê de Passagem direta 3” – 1,6 m;
1 Registro de Gaveta 1.1/4” – 0,2 m;
1 Joelho 90° 1.1/4” – 1,1 m;
Tubo real – 5,25 m;
TOTAL L virt = 8,15 m
10,641 ∙ 𝑄𝐷 1,85
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 4,87 1,85
∙ 𝐿𝑣𝑖𝑟𝑡
𝐷 ∙𝐶
10,641 ∙ 0,0051,85
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 4,87 1,85
∙ 8,15
0,032 ∙ 120
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 28.868,0031 ∙ 0,00501,85 ∙ 8,15
ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 = 13,02 𝑚𝑐𝑎

35
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Perda de Carga Unitaria saída da canalização retorno 1.1/4” (32mm)->
QD=300 L/min (vazão dupla)
2
𝑣2 𝑄𝐷 ∙ 4 𝑐
𝐽𝑅𝑇 = 𝑐 ∙ = 2

2𝑔 𝜋∙𝐷 2𝑔
𝐽𝑅𝑇 = 78.799,1116 ∙ 𝑄𝐷 2
2
𝑄𝐷 ∙ 4 1,0
𝐽𝑅𝑇 = 2

𝜋 ∙ 0,032 2 ∙ 9,81
𝐽𝑅𝑇 = 78.799,1116 ∙ 𝑄𝐷 2
𝐽𝑅𝑇 = 78.799,1116 ∙ 0,0052 = 1,97 mca

ALTURA MANOMÉTRICA DO RETORNO PARA TESTE:


𝐻𝑚 = 𝐻𝑔 − (ℎ𝑓𝑡𝑢𝑏.𝑠𝑢𝑐 + ℎ𝑓𝑡𝑢𝑏.𝑟𝑒𝑐 + 𝐽𝑅𝑇 )
𝐻𝑚 = (20 − 23) − (0,32 + 0,30 + 13,02 + 1,97)
𝐻𝑚 = −18,61
𝐻𝑚 = 18,61 mca 36
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
De maneira análoga ao feito anteriormente, necessita-se traçar
a curva da instalação do retorno sobre a curva da bomba, e encontrar
qual será a vazão e a pressão real que a bomba irá fornecer para a
rede na condição adotada (no momento do funcionamento do
retorno).
Para traçar uma curva é necessário 3 pontos, já temos 1, para
Q=18m³/h, Hm= 18,61 mca, falta mais 2 pontos, ou seja, necessita-se
calcular a rede novamente pelo menos mais 2 vezes com outros
valores de vazão para se conseguir traçar a curva. Alguns no momento
do cálculo pela primeira vez, deixam a equação da altura manométrica
em função da vazão, com isso basta alterar os valores da vazão, que se
obtem novos valores de altura manométrica, lembrando que no caso
do retorno para teste não há Pesg, pois não tem esguicho.
Para exemplificar o que fora dito, montamos novamente a
equação da altura manométrica, deixando em evidência a vazão.
37
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Equação da curva do Retorno para Testes:
H𝑚 = 𝐻𝑔 − (ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 + ℎ𝑓𝑟𝑒𝑐 + 𝐽𝑅𝑇 )
H𝑚
= ห(20,0 − 23,0) − (455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 12,8 + 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85
∙ 11,9 + 28.868,0031 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙ 8,15 + 78.799,1116 ∙ 𝑄𝐷 2 ) ห
H𝑚 = (−3,0) − (246.537,0078 ∙ 𝑄𝐷 1,85 + 78.799,1116 ∙ 𝑄𝐷 2 )

38
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Foi deixado a equação da altura manométrica da curva do
retorno para teste em relação a vazão dupla.
Com isso, elencamos mais dois pontos, com valor de vazão e
por fim altura manométrica conforme segue:
Ponto 2:
QS= 165 L/min – QD= 330 L/min – QD= 0,0055m³/s
H𝑚 = −3,0 − (246.537,0078 ∙ 0,00551,85 + 78.799,1116 ∙ 0,00552 )
H𝑚 = 21,66 𝑚𝑐𝑎
Ponto 3:
QS= 190 L/min – QD= 380 L/min – QD= 0,0063m³/s
H𝑚 = −3,0 − (246.537,0078 ∙ 0,00631,85 + 78.799,1116 ∙ 0,00632 )
H𝑚 = 27,05 𝑚𝑐𝑎
Com os dados levantados basta traçar a curva do retorno de teste na
curva da bomba escolhida.
39
Curvas: Meganorm 32-125.1

HS-6B

Ponto de
Funcionamento
HS-6B RETORNO
24,7 mca
22,9 mca

18,3 m³/h

20,7 m³/h

40
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Traçando as curvas, do hidrante HS-6B e Retorno de Teste,
sobre a curva da bomba escolhida (no caso Meganorm 32-125.1, com
rotor de Ø124mm) e observamos que o hidrante HS-6B, mais
desfavorável, que necessita de uma vazão de no mínimo 300 L/min =
0,005 m³/s = 18 m³/h, com a bomba e rotor escolhida, terá em seu
momento de funcionamento, uma vazão 18,3 m³/h e uma pressão de
24,7 mca. Atendendo ao exigido pela norma.
Também analisando a curva do Retorno de Teste, observa-se
que com a bomba escolhida, a mesma fornecerá uma vazão de 20,7
m³/h com uma pressão de 22,9 mca, conforme pode ser observado
pelo ponto de funcionamento. A NPT diz em seu item 5.7.2.1 que a
curva de funcionamento do ramal de retorno deve atender a curva de
funcionamento da bomba em um desvio padrão de no máximo 25 %
da vazão nominal do projeto. Pois bem a vazão nominal, ou de
funcionamento é 18 m³/h, com 25 %, seria uma vazão de 13,5 a 22,5
m³/h. Dessa maneira comprova-se que foi atendido tal exigência. 41
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Nesse momento deve-se encontrar a potência do motor para
funcionar tal bomba, pelo catálogo do fabricante pode-se encontrar tal
valor, bastando traçar a vazão de funcionamento sobre a curva de de
potência. Conforme veremos a mesma dará um valor próximo 2,5 hp,
arredondado para 3 hp o que da aproximadamente 3 cv.
Também deve-se dimensionar o NPSH disp para comprovar
que não haverá cavitação na bomba. Tal dimensionamento deve ser
feito conforme a fórmula abaixo, levando em consideração 1,5xQ
nominal.
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 = 𝑃𝑎 − 𝑃𝑣 + (𝐻𝑔𝑠𝑢𝑐 − ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 )
Sendo:
• NPSH disp= Net Positive Suction Head disponível na rede de sucção
(mca);
• Pa= Pressão barrométrica (atmosférica) local (mca);
• Pv= Pressão de valor de água na temperatura do líquido (mca);
42
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
• Hg suc= Altura estática de sucção (mca);
• hf suc= Perda de carga na rede de sucção (mca).
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 ≥ 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞
• NPSH req= NPSH requerido pela bomba, conforme fabricante (mca).

Obs. Para “Pa” consideremos uma altitude da obra de 780 m acima do


nível do mar, sendo assim, Pa=9,35 mca e para “Pv” a uma
temperatura de água de 30 °C como 0,433 mca.

43
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Tabelas 1 e 2 retiradas do catálogo da Fabricante
Motobombas Schneider

44
Q=1,5x18=27m³/h

6,0 mca

Aprox.
3 hp

45
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
Com o valor de NPSH rec=6,0 mca, calcula-se o valor do NPSH
disp., utilizando Qd=1,5x18m³/h=27m³/h=0,0075 m³/s
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 = 𝑃𝑎 − 𝑃𝑣 + (𝐻𝑔𝑠𝑢𝑐 − ℎ𝑓𝑠𝑢𝑐 )
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 = 9,35 − 0,433 + ( 20 − 19 − 455,9831 ∙ 𝑄𝐷 1,85 ∙
12,80)
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 = 8,917 + ( 20 − 19 − 455,9831 ∙ 0,00751,85 ∙ 12,80)
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 = 8,917 + ( 1,00 − 0,684)
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑𝑖𝑠𝑝 = 9,233 𝑚𝑐𝑎

Com isso comprova-se que o NPSH disp > NPSH rec, atendendo
portanto as exigências da NPT 022 e se descreve os dados da bomba

46
RESOLUÇÃO EXEMPLO 5
MOTOBOMBA:
• Nome do Fabricante: KSB
• Modelo da bomba: Meganorm 50-32-125.1
• Vazão Nominal: 18 m³/h
• Altura Manométrica: 24,15 mca
• Rotações por Minunto: 3500 rpm
• Rotor: Ø 124 mm
• Potência: 3,0 cv
• Frequência: 60 Hz

APROVADO !!!

47

Você também pode gostar