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ESCOLA ESTADUAL LOBO D'ALMADA

FERNANDA CRISTINA BELLEZA MACEDO


VICTOR MATHEUS MARTINS SENA
KALYL LINDON DE ALMEIDA PERSUAD

A ESTÉTICA E SUAS DEFINIÇÕES


Boa Vista - RR
2022
FERNANDA CRISTINA BELLEZA MACEDO
VICTOR MATHEUS MARTINS SENA
KALYL LINDON DE ALMEIDA PERSUAD

A ESTÉTICA E SUAS DEFINIÇÕES

Trabalho escrito apresentado para Escola


Estadual Lobo d'Almada, como requisito parcial de
notas do 4° bimestre, na matéria de Filosofia, 3°
do ensino médio, turma 301.

Orientador: Manoel Gomes

Boa Vista - RR
2022
RESUMO

A finalidade deste trabalho tem como objetivo principal de exemplificar e resumir e


compreender que a estética é um ramo da filosofia; compreender que o gosto, como
julgamento sem preconceitos, é formado a partir da convivência com a obra de arte;
entender o significado da polêmica sobre a subjetividade e objetividade do gosto por
meio da história da filosofia; distinguir a experiência estética de outras experiências
a partir de suas características próprias; e compreender que a recepção estética não
impõe regras externas à obra para julgá-la.

Palavras-chave: valores estéticos, belo, feio, preferência, e experiência estética,


arte, cultura.
SUMÁRIO
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1 (INTRODUÇÃO)

O presente trabalho tem como objetivo geral apontar formas e caminhos


interessantes para a introdução do pensamento filosófico sobre o conteúdo retratado
nesse bimestre através do livro didático.
A palavra estética é derivada da palavra grega "aisthesis", que significa a
capacidade de sentir ou compreender através dos sentidos, ou mesmo de perceber
em geral. Nesse sentido, a estética é um ramo da filosofia que trata da interpretação
simbólica do mundo e, ao mesmo tempo, é uma ciência autônoma voltada para
oponha-se a julgamentos de gosto que distinguem entre beleza e feiura.
A estética também estuda as artes, critica a estrutura e construção de objetos
dentro dos limites da estética prática ou específica. Pensando assim, podemos dizer
que a estética discute o gosto, conceito relacionado ao julgamento dos objetos por
meio da sensibilidade, do conhecimento e do reconhecimento.
Conceitos classificados como preferidos pelo senso comum, mas
dependentes de valores, contexto, momento histórico; igualmente sujeitos à política
e à ideologia.
O gosto, por sua vez, remete à questão da definição do belo, discussão
filosófica que vem desde tempos imemoriais.
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2 (DESENVOLVIMENTO)

Ao longo da história, as obras de arte desempenharam diferentes papéis no


espaço expressivo. Desses papéis, talvez o mais relevante seja o de agente
portador do novo, ou seja, a arte já foi fundadora de ícones que aludiam a situações
futuras, criando questões de consciência e estímulos, preparando culturalmente para
o novo. 

2.1 A PERSPECTIVA DA BELEZA ATRAVÉS DA ARTE DO EROTISMO.

Além das questões já mencionadas relacionadas à dimensão estética da


obra, também é necessário considerar o valor intrínseco relacionado à cultura e à
sociedade, aqui destacamos as questões da nudez e do erotismo. Entre os antigos
gregos, a nudez era associada a um estado de convergência com as leis da
natureza, um estado mais próximo do divino.
Era sobretudo, a nudez masculina que era valorizada, nos ginásios
esportivos, nos banhos e entre os militares. Havia naturalidade homoerótica entre os
homens, especialmente entre os mais velhos, erastes, geralmente representados
com barba, e mais jovens, eromenos que podiam ter de 14 a 18 anos. A relação
entre erastes e eromenos era uma instituição codificada e regulada dentro de
princípios de convivência social. Nessa época, era comum e aceitável que homens
tivessem em sua vida diurna, jovens efebos para desfrutar de prazeres carnais e
sociais, e à noite, cumprir com responsabilidades familiares com suas esposas e
filhos.

Figura 1 — Imagem 1. Cena de um symposium entre erastes e eromenos.

Fonte: Os autores (2022).

Figura 2 — Imagem 2. Conjunto de Esculturas Gregas Femininas

Fonte: Os autores (2022).

Figura 3 — Imagem 3 – Conjunto de Esculturas Gregas Masculinas

Fonte: Os autores (2022).


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Albrecht Durer, foi durante o Renascimento um dos pintores que apresentou


obras com visibilidade de nudez masculina e feminina. Porém, é também nesse
período que se explicita a contradição entre os valores morais e religiosos da igreja
cristã e o estímulo à investigação, buscando padrões estéticos mais humanos e
terrenos.

Figura 4 — Imagem 4. Presença da censura com o cristianismo

Fonte: Os autores (2022).

2.1.1 As mudanças ocorridas em relação a noção do belo de Platão e Kant.

Para filósofos como Platão e Kant, a beleza é entendida como estética


moderna, com um tipo mais amplo chamado beleza. Neste ponto, buscamos
alcançar a beleza absoluta, que não se trata apenas de arte. Não se deve confundir
que a beleza só desperta sentimentos de prazer e serenidade, prazer e acesso.
Platão acreditava que o belo é uma manifestação visível das ideias, a arte é a
imitação desenvolvida pelo mundo sensível, onde era uma reprodução. A beleza
torna-se algo divino, primeiro é o caminho físico e depois espiritual. O diálogo entre
Platão e Kant foi por significar um problema do belo e da arte que geram ligação ao
sagrado para se alcançar a beleza absoluta. A beleza está ligada ao sensível, na
qual o belo não está relacionado exclusivamente a arte, e sim está em busca da
perfeição.

Platão se dedica à busca da perfeição, enquanto Kant se limita ao sentimento.


Para Platão, a beleza está associada ao objeto, à sua estética. Kant, por outro lado,
acreditava que a beleza é o produto do sujeito mais próximo da satisfação do ideal,
regido pelo sentido, através do sentido de interpretação de quem a avalia. Dessa
forma, conclui-se que as categorias de beleza referidas por Suassuna,
historicamente determinadas por julgamentos subjetivos de gosto, faziam parte do
mundo do pensamento de Platão, ideal e inatingível, pois o desejo de tentar pensar
arte, filosofia e estética.

2.1.1.1.1 As características do ''belo'' em oposição ao ''feio''


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Tabela 1 — O belo e o feio: a questão do gosto

 A beleza  O feio

 Platão: Segundo o pensamento platônico, A representação do assunto ''feio'': No


somos obrigados a admitir a existência do "belo momento em que a arte rompe com a ideia de
em si" independentemente das obras individuais ser cópia do real para ser considerada criação
que, na medida do possível, devem se autônoma que tem a função de revelar as
aproximar desse ideal universal. possibilidades do real, ela passa a ser avaliada
de acordo com a autenticidade da sua proposta
e sua capacidade de falar ao sentimento

 Classicismo: Deduz regras para o fazer   Forma de representação feia: Trata-se de


artístico a partir do belo ideal, fundando a percebermos que o problema do belo e do foi
estética normativa. É o objeto que passa a ter deslocado do assunto para o modo de
qualidades que o tornam mais ou menos representação. Só haverá obras feias na medida
agradável, independentemente do sujeito que as em que forem malfeitas, isto é, que não
percebe. correspondam plenamente a sua proposta. Em
outras palavras, se houver uma obra feia - neste
último sentido -, não haverá obra de arte.

 Locke e Hume: Relativizam a beleza, uma vez  


que ela não é uma qualidade das coisas, mas só
o sentimento na mente de quem as contempla.
Por isso, o julgamento de beleza depende tão
somente da presença ou ausência de prazer em
nossas mentes. Todos os julgamentos de
beleza, portanto, são verdadeiros, e todos os
gostos são igualmente válidos. Aquilo que
depende do gosto e da opinião pessoal não
pode ser discutido racionalmente, donde o
ditado: "Gosto não se discute". O belo, portanto,
não está mais no objeto, mas nas condições de
recepção do sujeito.

 Kant: Afirma que o belo é "aquilo que agrada  


universalmente, ainda que não se possa
justificá-lo intelectualmente". Para ele, o objeto
belo é uma ocasião de prazer, cuja causa reside
no sujeito. O princípio do juízo estético, portanto,
é o sentimento do sujeito, e não o conceito do
objeto. Entretanto, esse sentimento é
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despertado pela presença do objeto. Embora


seja um sentimento, portanto, subjetivo,
individual, há a possibilidade de universalização
desse juízo, pois as condições subjetivas da
faculdade de jugar são as mesmas em cada ser
humano. 

 Hegel: Introduz o conceito de história ao estudo  


do belo, e, a partir do século XIX, a beleza muda
de face e de aspecto através dos tempos. Essa
mudança (devir), que se reflete na arte, depende
mais da cultura e da visão de mundo vigentes
do que de uma exigência interna do belo.
Fonte: Livro didático - Filosofando (Maria Lúcia de Arruda Aranha).

2.1.1.1.2 Quadro apresentando características sobre Gosto e Subjetividade.

Quadro 1 — Gosto e Subjetividade

 Conceito de Gosto  Conceito de Subjetividade 

Ele se refere mais a si mesmo do que ao mundo Em relação ao objeto estético precisa estar mais
dentro do qual se forma, e esse tipo de interessada em conhecer
julgamento estético decide o que prefiro em entregando-se às particularidades de cada
virtude do que sou. Passo a ser a medida objeto, do que em preferir. Nesse sentido, ter
absoluta de tudo (aquilo de que eu gosto é bom gosto é ter
e aquilo de que eu não gosto é ruim), e essa capacidade de julgamento sem preconceitos. É
atitude só pode levar ao dogmatismo e ao a
preconceito. própria presença da obra de arte que forma o
gosto:
torna-nos disponíveis, supera as
particularidades da
subjetividade, converte o particular em universal.
Fonte: Livro didático - Filosofando (Maria Lúcia de Arruda Aranha).

2.1.1.1.3 Atitude estética X Atitude interessada.

A atitude estética, ou a forma estética de contemplar o mundo, é geralmente


contraposta à atitude interessada, na qual só interessa a utilidade do objeto em
questão. O verdadeiro negociante de terrenos que contempla uma paisagem só a
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pensar no possível valor monetário do que vê não está a contemplar esteticamente a


paisagem. Para a contemplar dessa maneira teria de a observar por observar, sem
qualquer outra intenção teria de saborear a experiência de observar a própria
paisagem, tomando atenção aos seus detalhes, em vez de utilizar o objeto
observado como um meio para atingir um certo fim. 

2.1.1.1.4 A compreensão pelos sentidos e palavras adjacentes que informem


sobre o tema principal (texto 5). 

Temos as seguintes palavras chaves como: (arte, desafio, intelectual.)

2.1.1.1.5 Resumo breve sobre a cultura do Hip-Hop. (Pág. 356).

O grafite é um dos elementos da cultura hip-hop que apresenta se em


diversas formas artísticas: como a música rap ou MC, a dança break, o disc Jockey
(Alguém que cria batidas rítmicas articulando diversos elementos musicais) entre
outras manifestações.
Grafite seria a expressão da minoria sem voz, é o grito da cultura urbana das
ruas. É um ato de contravenção, que configura ação menos grave que crime por
essa razão, para essas minorias grafitar torna-se um símbolo de coragem já que
apresenta risco de punição.

2.1.1.1.6 Por que os sentidos de cultura apresentaram confusão conceitual e


dificuldades de compreensão do contexto estético?

Essa confusão é causada pelo fato do termo cultura tem uma série de
significados diferentes, embora próximos. Por exemplo ao falarmos de cultura
relacionado ao cultivo dos vegetais e ao mesmo tempo falar de cultura sendo o
cultivo do conhecimento humano. Cultura sempre responde a desejos e
necessidades dos grupos das comunidades e da sociedade em geral. Ela é plural,
dinâmica e diversificada.

2.1.1.1.7 Mapa Conceitual apontando diferenças entre Arte e Cultura.


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Figura 5 — Arte X Cultura

Fonte: Diferenças entre esses dois temas.

2.1.1.1.8 O sentido de cultura de massa e suas principais características e o


mecanismo da indústria que utiliza dele para produzir seus produtos.

É um conceito bastante ambíguo e geral :Número indeterminado de pessoas,


como se constituíssem um todo homogêneo para a qual é feita a produção da
indústria cultural. Para atender a esse todo heterogêneo, inventou se o conceito de
gosto médio, isto é, aquilo de que a maioria dos consumidores gosta.
A indústria cultural remove tudo que há de único de uma obra, sua expressão,
seu senso de novidade e a sensação de ter algo especificamente único.
Isto tudo é feito para que os produtos entrem em um repertório bastante
limitado de signos dentro de uma linguagem específica, produzindo assim uma
gama de produtos mais ou menos semelhantes. 
Oferecendo desta forma o genérico, onde ele possa ser aceito pelo gosto
médio dos consumidores.
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3 CONCLUSÃO

Com base nas informações obtidas no estudo dos conceitos e características


do termo estética, é possível concluir que enquadramos a estética em um ramo da
filosofia que estuda racionalmente os valores propostos pelas obras de arte e o
sentimento que suscitam nos seres humanos.
Ao estudar a história das artes, entretanto, encontramos expressões como:
estética renascentista, estética realista, estética socialista etc. Nesses casos, a
palavra estética, usada como substantivo, designa um conjunto de características
formais que a arte assume em determinado período, que corresponde ao que
chamamos de estilo. 
Mais recentemente, o conceito foi ampliado para referir-se a julgamentos e
avaliações, como também às qualidades de um objeto, às atitudes do sujeito para
considerar o objeto e, principalmente, à experiência prazerosa que o indivíduo pode
ter diante de uma obra de arte. Mais importante do que tudo, o estético passou a
denominar outros valores artísticos, que não só a beleza no sentido tradicional.

Esse é um significado restrito do termo estética, que atualmente também


pode ser trocado por poética: “conjunto de princípios estéticos, explícitos ou
implícitos, que orientam a atividade de um escritor, artista ou movimento literário ou
artístico”.
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REFERÊNCIAS

ARTE e Estética na Filosofia: O que é feio? O que é belo?. 2019. Disponível em:
https://blogdoenem.com.br/filosofia-enem-arte-estetica/. Acesso em: 27 out. 2022.

E MARTINS, Maria Lucia de Arruda. Filosofando: Introdução à filosofia, p. 402-404.


Disponível em: . Acesso em: 26 out. 2022.

PARODE, ZAPATA , Fábio Pezzi, Maximiliano. Filosofia, estética e arte:: ensaio


sobre transgressão e censura. academia.edu. Veritas (Porto Alegre), 2018.
Disponível em: https://www.academia.edu/56060382/Filosofia_est
%C3%A9tica_e_arte_ensaio_sobre_transgress%C3%A3o_e_censura. Acesso em:
27 out. 2022.

SOUSA , Andreia Duarte. Ariano Suassuna: o belo como determinação


histórica. encenasaudemental. 2016. Disponível em:
https://encenasaudemental.com/post-destaque/ariano-suassuna-dialogo-com-kant-e-
platao-acerca-do-belo-como-determinacao-historica/#:~:text=Para%20alguns%20fil
%C3%B3sofos%20como%20Plat%C3%A3o%20e%20Kant%2C%20o,essa
%20beleza%20n%C3%A3o%20est%C3%A1%20relacionada%20exclusivamente
%20a%20arte.. Acesso em: 26 out. 2022.

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