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TEORIA GERAL DO DIREITO E DO ESTADO Hans Kelsen cot cringe indice Preficio. 7 XXVII PRIMEIRA PARTE:O DIREITO Eouicajuridica 1, OCONCEITO DE DIREITO, A. Direitejustiga a z 2. A conduta humana como objeto de regras bb Definigto centifcae defnigio politics de Dircto aan «© Oconecte de Dirsto ew dia de justia. 1. A justga como um jlgamento subjetve de valor. 2. Dircto natura 3.0 dualismo de Direto positive e Dircito natural. 4. Justia paz 5 Justiga legalidade B. eriterio de Direito (0 Diteito come uma ‘tenia social especiica) 4 Motivagio dirt e indie. ',SangdestranscendentaseSociaimente or nizadas «.Punigdoerecompensa 0 19 a 23 2s 4.0 Direito come ordem coereitva €, Direito, moralidade religito. 4. A monopoizagae do uso da fore. Dieta e pur 1 Compulsto psiguica 1 As motivagdes do comportament iit. 4 Argumentos contra a definigho do Dizeito ‘oma ordem coerctva I. Ateoria de Eugen Ehrlich 2. A see ininta de sangbes. C. Validade eefedela Aor 1.0 Direto como comando, Le, expressio cr, us pre ttaidade is pssoss. A pespectvacln- fica cdeu apart perspective pits, adapta exis onions rd, oq, om cer, et incesolo er onecrsrogt segundo a al deve grocer. E cere gue os jst considera esas ers tab emo regras de cond tums cls lear il erpetiva por mei eum lamer to precipita, Eas querem der qo ar eres sepundo sas ‘oe tbunse tam deseo rgrs pls gas o omens lever regular su condita, Aus acrescntae una Vagh novia de ue, com » desert do tempo, es homens eee ‘epulri sn condita de cord om as eras segundo a ua ‘thus poferem suas sentengas. Ora € verde be um ‘egra de cond € apenas uma ropa segundo a gal 05 estenshausmente regula sn cond, mas bir ua rer sand a al os Hamens deer ao no eran tse de uma pesiposigi de odo iadmissel «de que esc "eve sje determina exclusiva, ou mesino preponderant: en, pene roa. Aexperiniacotdan esinao cont fo, Cstamentningém nos gues deinesjuriias ioc. ‘Sim 3 condata dos homens, mas devemos, en pimeioIat, ‘nkgar até que poo soc verdadeke ede quasscreunstincias sso depend | ‘A resposta de Ehrlich a essa questo € que as decisdes judiciatsinfuenciam a conduta dos homens apenas num nt tito bastante limitado. As regras de acordo com as qutis 0 trbunas e outros 6rgaos da comunidade decidem os Iitigios, ‘com iso queremes dizer as egras que prevéem ats core Ui, Sst aw, 10 opmera 2 tivos como sangBes, slo apenas uma parts, e nem 20 menos ‘uma parte essencial, do Diteito, o qual 6 a regra ova comple- xo de regas de acordo com 0 qual os homens ~ inclusive 0s ‘que no so res da comunidade ~ eftivamente se condu- zm, Mas nem toda regra segundo qual os homens se con ‘duzem & uma regra juridiea, Qual € a diferenga especifica ‘entre as repas Juridica eas utras regras da condutahuma- na? Em outras palares: qual € 0 eritério de Direto, qual 0 ‘objeto especifico de uma sociolopia do Direito em contrapo= ‘siglo ao abet da sociologa ger? Para essa pergunta Erlich tema seguiteresposta: Tes elemento, posta, devem, sob guisqercrens tinct, se exclldos do conceit de Dirt coo ode com para mila peo Fado um conceit ao qual 2 cos Jura tacconl tm se agaradotentaments om substi, pest de em see fio quaio forma. Ni é um ele ‘ent este do conceto de Dirt oft de eel ado ‘el Estndo, ude constitu a base paras decisis das cores ‘outs buna, nem ode sera base de ura compat legal Felons de alguna desas dite Resa um qua elemen- tosccane devers cero pono de partis, 0 Dirt Gum ore- Imeno. Podemos considera come provado aie, dente do Lebo do concede asociag,o Diet una oranizaco, ‘sj, uma era qu ib a todo e cada membre d asci- ‘loss pong nn comunidades ela de daminas2 ou ue {io (Uiherordmng, Unteordnurg, © seus deve. € a {nla ¢abeoltmenteimpossvelpressapor qu o Dic eis- ta deo dese esis pincialimente com o props de Soluionr contoversns qoe emerge da ayo comma. A norma uric seaundo qual st decididos 0 gis jurid- Cora orma de decsi, € meramente una espcie de norma rien com anges proposes ima (0 resultado da tenativa de Eilich de emancipar a defini io de Diteito do clemento de coero a sepuitedefnigde: 0 12 Eth Saf aw 28-4 “0 {TEORLA GERAL DO BIREITO EDO ESTADO Direto& um ordenamento da conduts humana, Mas esse uma Adefinigdo de Sociedade, ndo de Direto. Todo complexo de re- tas orderando a condutareciproc dos homens é uma order ‘u orgnizasio que consti uma comunidade ou assciagto © ‘qe aria todo ¢ cada membo da associ sa posgio nt comunidad e seus doves”. Existem virasordens de tl tp ‘qe ado possuem carter urdico, Mesmo que lmitemos o.com cto de ordem ou organiza a ordensreltivamenteeentali- ‘zadas que instituem orglosespeciais para a criagdo ea apica- ‘oda ordem,o Direito no & safcientemente determinad pelo Conceito de ordem, O Direito & uma ordem gue aribui a todo ‘membro da comunidade seus deverese,desse modo, sta posi- ‘lo na comunidade, por meio de na tenicaespecitica, pre- vendo um ate de coero, uma sansodirigida contra 0 mem- bro da comunidade que no cumpre seu dever. Se ignoramos ese elemento, ado temoscapacidad para diferencaraordem Juridica das outrasordens seis 2-A série infnita de sangdes utr anzumento contra dotrina de gue coer € um clemento essencal do iret, ou de que as sande constiuem tam elemento necessria dentro da esta juridica, diz o3¢- auinte: se €necesscio garam a eed de uma norma que presereve certo comportamento por meio de outa norma que Dresereve uma sango para 0 caso de a primera no ter sido fbedeida,€ inevitivel uma sri infinita de sangSes, um re resus ad infimum, Pois a fim de assegrat a fica de una ‘egra do enésimo gra, uma rgra do graun+ I énecessra”. ‘Higue a ordom juriica pode er consituia apenas por um ni ‘mero definido de regres, as normas que preserevem sanges pressupdem normas que ndo preserevem Sangdes. A coer ‘no um elemento necessrio, mas apenas possivel, do Dirito. TDN Tia A odsion he Sis of Lm 1939 24 Denson Rui, To of nl Sao el opmerro al EB corretaaassereo de que, a fim de asseguraraeficcia de wma repr de enésimo gra, €necessria uma regra de gra fn | eque, portant, impossivel assegurar a eficicia de ods ‘ss regrsjuridica través deregras que prevéemsangGes, mas a regra de Direito no & uma regra cua eficvia €asepurada por ‘uta epra que prevé uma Sango, mesmo queaefieicia des ‘era lo sje asseguraa por outa regra. Uma regra é uma fe- ‘1a jurdien nlo porque sua eficdcia € assegurada por outa egra que prevé uma Sango; uma repra € uma rgrajurdica ‘porque ela prevé uma sang, O problema da coergio(consran- Eimento,stngao) ao ode assegurar fica das repras, mas sm odo conoid das regras. Ofato dese impossvelaseg Tara eficdcia de todas a regras d= uma ordem urd através de regrs prevendo sangdes nlo exchi a possibiidade de ‘considera apenas as regras preven Sines como ers ideas, Todas a normas de uma ordem juries So norma coet- cits, normas que prevéem sangdes; mas ele e845 not= ‘mas existem algumas cjaeicéia mo €assegurada por normas coeteitivas. A norma n, por exemplo, diz 0 seguinte: se um ini- ‘iduo roubar ou individuo, um érgo ds comunidad ir pur iso, A efiecia dessa norma ¢assegurada pela norma n+ 1:8 ‘0 Gro no pir lado, our dro puni Geo que vio- lar seu dever de puni lado, Nao existe uma norma n +2 sssegurando a fica da norma n+ I. Anorma coercitivaa+ 1 “eo orgie ao pum o adr, outo E30 punto 6rz0 vio- Iador da lei no garanida por ura norma do graun-+2. Mas {oda as ordens dessa otdem juridica Sio normascoecithvas Por fim, fazemse objegdes & doutina de que a coersto sejaum elemento esseneial do Ditto alegando-se que entre as rnormas de uma orem juriiea ha varias que no prevéer san- 0 alguma. As normas da consituigio slo feqientemente Aestacadas como ondens juriicas apesr de preverem sanges “Trataemos dese argumento num capitulo posterior” a spc ae tn eno ms

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