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Interrupção voluntária da gravidez (ac. do TC n.

º 75/2010)

Nota: continua a ser necessário ler o acórdão para compreender o seu contexto e outros pontos
que possam ser importantes. É apenas uma pequena análise/ajuda

Existem várias perspetivas que devemos ter atenção neste acórdão:

1. Interesses do progenitor masculino – o pai não pode ter um direito de veto e isto
violaria o princípio da igualdade assim como da dignidade da pessoa humana. Não tinha
a possibilidade de impor à gestante que levasse a sua gravidez até ao fim
2. Médicos objetores de consciência – o médico não pode ser prejudicado por se recusar a
realizar abortos o que pode acontecer é ser afastado de funções de chefia
3. Vida intrauterina
4. Gestante (mulher)

Pontos sobre o acórdão:

 Questão: até às 10 semanas a vida intrauterina ficava completamente desprotegida e


como é que podíamos resolver este problema? Consciencializando que a gestante não é
um adversário relativamente ao feto, então até às 10 semanas temos direito de liberdade
VS direito da vida intrauterina sendo que deveria prevalecer o direito da gestante, ou
seja, o direito de liberdade
 Despenalização dos abortos até às 10 semanas com fundamento no princípio da
necessidade da pena
 Aplicação do art. 140º CP1 – este artigo aplica-se quando por exemplo é realizado um
aborto nas 5 semanas contra a vontade do gestante
 Podemos questionar se não haveria outras formas mais adequadas para resolver esta
questão ex.: abonos; consultas e informação sobre os apoios de acompanhamento
familiar; período de reflexão maior e com um apoio efetivo
 Outra questão será a saúde mental da mulher – efeito traumático do abordo para a
gestante (procedimento violento a nível hormonal, física e psicológica) mas também
poderá ser traumático a imposição de uma gestação até ao fim

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Nº1 - Quem, por qualquer meio e sem consentimento da mulher grávida, a fizer abortar é punido com
pena de prisão de dois a oito anos

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