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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO


PROFESSOR: João A. M. Gondim
Primeira VA de Cálculo Diferencial e Integral 1 - 2021.1
GABARITO

Exercı́cio 1. Calcule os seguintes limites:

x2 − 9
(a) (1,0) lim .
x→−3 2x2 + 7x + 3
p π
(b) (1,0) lim x6 + x3 sen .
x→0 x
sen(2x) sen(7x)
(c) (1,0) lim .
x→0 x2

(a)
x2 − 9 (x + 3)(x − 3) x−3 6
lim = lim = lim = .
x→−3 2x2 + 7x + 3 x→−3 (x + 3)(2x + 1) x→−3 2x + 1 5

(b) Note que π


−1 ≤ sen ≤1
x
para todo x 6= 0. Daı́, p p π p
− x6 + x3 ≤ x6 + x3 sen ≤ x6 + x3
x
para todo x 6= 0. Como p
lim ± x6 + x3 = 0,
concluı́mos que
p π
lim x6 + x3 sen = 0
x→0 x
pelo Teorema do Confronto.
(c) Começamos multiplicando numerador e denominador por 14 e organizando, ficando com

sen(2x) sen(7x) 14 sen(2x) sen(7x) sen(2x) sen(7x)


lim = lim = 14 lim lim = 14 .
x→0 x2 x→0 (2x)(7x) x→0
| {z2x }|
x→0
{z7x }
1 1

Exercı́cio 2. (1,0) Determine os valores de a e b que tornam f contı́nua em todos os números reais, onde
 2
 x − 7x + 10 , se x < 2

x−2

f (x) = 2 .

 ax − bx + 5, se 2 ≤ x < 3
4x − a + b, se x ≥ 3

Note que, se x < 2 ou se 2 < x < 3 ou se x > 3, a função f é contı́nua em x, pois em qualquer um desses
casos a expressão da função é de uma função racional ou polinomial. Os únicos casos que ainda precisamos
considerar são em x = 2 e em x = 3. Em x = 2, temos f (2) = 4a − 2b + 5, que também corresponde ao
limite quando x tende a 2 pela direita, enquanto

x2 − 7x + 10 (x − 2)(x − 5)
lim f (x) = lim = lim = lim (x − 5) = −3,
x→2− x→2− x−2 x→2− x−2 x→2−

1
portanto f é contı́nua em x = 2 se
4a − 2b + 5 = −3.
Em x = 3, temos f (3) = 12 − a + b, que também é o valor do limite pela direita nesse ponto, e
lim f (x) = lim− (ax2 − bx + 5) = 9a − 3b + 5.
x→3− x→3

Daı́, para que f seja contı́nua em x = 3, a equação


12 − a + b = 9a − 3b + 5
deve ser satisfeita. Após simplificações, ficamos com o sistema

4a − 2b = −8
,
10a − 4b = 7

cuja solução é a = 23/2 e b = 27 .



Exercı́cio 3. (1,0) Determine a derivada de g(x) = 1 − 2x usando a definição de derivada.
Pela definição de derivada, temos
g(x + h) − g(x)
g 0 (x) = lim
h→0 h
p √ p √
1 − 2(x + h) − 1 − 2x 1 − 2(x + h) + 1 − 2x
= lim p √
h→0 h 1 − 2(x + h) + 1 − 2x
(1 − 2x − 2h) − (1 − 2x)
= lim p √
h→0 h( 1 − 2(x + h) − 1 − 2x)
−2h
= lim √
p 
h→0 h
 ( 1 − 2(x + h) − 1 − 2x)

1
= −√
1 − 2x

Exercı́cio 4. Responda os seguintes itens:


(a) (1,0) Encontre uma equação da reta tangente à curva de equação y = 2xex no ponto (0, 0).
x2 − 1
(b) (1,0) Encontre uma equação para a reta tangente à curva de equação y = no ponto (1, 0).
x2 +x+1

(a) Pela regra do produto, temos


y 0 = 2ex + 2xex ,
portanto a reta tangente em (0, 0) tem coeficiente angular igual a y 0 (0) = 2. Segue que uma equação
para essa reta é
y = 2x .

(b) Pela regra do quociente, temos


(2x)(x2 + x + 1) − (x2 − 1)(2x + 1)
y0 = .
(x2 + x + 1)2
2·3−0·3 2
Daı́, a reta tangente em (1, 0) tem coeficiente angular igual a y 0 (1) = 2
= , portanto uma
3 3
equação para essa reta é
2
y= (x − 1) .
3

2
Exercı́cio 5. (1,0) Use derivação implı́cita para determinar uma equação para a reta tangente à curva

x2 + y 2 = (2x2 + 2y 2 − x)2

no ponto (0, 1/2).

Derivando ambos os lados da equação implicitamente, obtemos

2x + 2yy 0 = 2(2x2 + 2y 2 − x)(4x + 4yy 0 − 1).

Substituindo x = 0 e y = 1/2 nessa equação, obtemos

y 0 = 2y 0 − 1,

portanto y 0 = 1 é o coeficiente angular da reta tangente. Assim, uma equação para essa reta é

1
y− =x .
2

Exercı́cio 6. (1,0) Calcule a derivada da função

f (x) = (cos x)x .

Se y = (cos x)x , então ln y = x ln(cos x). Derivando implicitamente, obtemos

y0 x sen x
= ln(cos x) − = ln(cos x) − x tg x.
y cos x
Dessa forma, concluı́mos que

x
y 0 = y (ln(cos x) − x tg x) ⇒ y 0 = (cos x) (ln(cos x) − x tg x) .

Exercı́cio 7. (1,0) Encontre os valores máximo e mı́nimo da função


2
f (x) = xe−x /8

no intervalo [−1, 4].

Começamos calculando os pontos crı́ticos de f . Como

x2 −x2 /8 x2
 
2 2
f 0 (x) = e−x /8
− e = 1− e−x /8
.
4 4

Como não existe nenhum ponto do intervalo (−1, 4) no qual a derivada não exista, devemos procurar apenas
por valores de x tais que f 0 (x) = 0. No intervalo (−1, 4), a única possibilidade é x = 2. Pelo método do
intervalo fechado, devemos levar em conta

f (−1) = −e−1/8 , f (2) = 2e−1/2 , f (4) = 4e−2 .

O máximo absoluto de f nesse intervalo é o maior destes três valores, isto é, f (2) = 2e−1/2 ≈ 1, 2131,
enquanto o mı́nimo absoluto é o menor deles, ou seja, f (−1) = −e−1/8 = −0, 8825.

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