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Brasil Revistas Entre em nosso Canal no Telegram. Acesse t.me/BrasilRevistas revistas do Brasil. Distribuigéo gratuita, venda proibida! ESPECIES COM INDICAGAO DE USOS E PROPRIEDADES i Tatil ESSA PLANTA E ns BOA PARA QUE? esde que o homem habita o Planeta, ele busca na natureza 0 ‘alimento, 0 abrigo, a energia e 0 medicamento. Com o passar do tempo, aprendemos a observar as variedades dos vegetais © 08 beneficios que eles proporcionam ao corpo e a saiide. Acredita-se que os primeiros registros da manipulacdo de vegetais como remédio tenham surgido na China, ha cerca de 5.000 anos. Oimpe- rador Shen Wung catalogou centenas de plantas asiaticas, descrevendo propriedades, indicacao e a acdo esperada no organismo, Esse documen- to, datado de 3.500 a. C., ¢ a mais antiga farmacopeia conhecida até hoje. Nas préximas paginas. vocé vai entender como as priticas mitenares cchinesas curam e ganham respaldo cientifico e conhecer SOl espécies, com nomes cientifico e popular, regio, caracteristicas, usos e propriedades. Mas vale lembrar que as plantas possuem principios ativos como qualquer outro medicamento. Na verdade, assim como trazem benefi- ios, alguns organismos podem reagir negativamente ~ seja por algum proceso alérgico, alta dosagem ou exposicio e uso prolongado. Por isso, nunca se deve manipular ou usar nenhuma parte da planta como Temédio sem a receita e a orientagao de um médico ou fitoterapeuta. Os Editores www.editoraonline.com.br doria popular ais atra Jo enfermidades nas as brasileiras. 23 501 Plantas medicinais ema yee) ar) te iS ALIMENTO E CURA a ey y lobservaram e registraram a acao medicinal 1 hy das plantas através dos tempos Historia uso de plantas medicinais pelo homem data de sua propria histéria. Desde que habita © Planeta, ele bus- ca na natureza 0 alimento, o abrige a energia e 0 medicamento. A des- coberta da agricultura permitiu que partissemos de um modo de vida né- made para a criacdo de aldeias, vilas, até chegar as primeiras civilizagoes. 0 relacionamento intimo do ser humano com a natureza deu-se por meio de seu cultivo. Dessa forma, 0 homem aprendeu a observar as variedades dos vegetais ¢ os beneficios que eles proporcionavam ao corpo e a satide. ‘As plantas sempre serviram como alimento e, somente aos poucos, 0 ho- mem observou a utilidade delas como matéria-prima na fabricagao de rou- pas, ferramentas e outros objetos. £ provavel que a observagao dos aspec- tos peculiares das espécies, como as modificagées nas diversas estagdes do ano eo poder de regeneracao te- nham contribuido decisivamente para © uso em rituais de cura’, destaca Carla Braga, bidloga da Universidade Estadual de Goids - UEG. ‘Acredita-se que os primeiros registros da manipulagao de vege- tais como remédio tenham surgide na China ha cerca de 5.000 anos. © imperador Shen Wung catalogou centenas de plantas asiaticas, des- crevendo propriedades, indicagao € a ago esperada no organismo. Esse documento datado de 3.500 a. C. ¢a mais antiga farmacopeia conhecida. No Egito o estudo das plantas pos- sibilitou © desenvolvimento de um so- fisticado sistema de manutengao da saiide e cura, além de técnicas de con- servacao que permitiram o embalsa~ mamento e a mumificagao, preservan- do os corpos de faraés mortos até hoje. Encontrado entre as pernas de uma mumia, 0 “Papiro de Ebers” com- preende 110 paginas e guarda cera de 700 formulas e remédios, sendo de longe 0 mais longo e um dos mais antigos documentos médicos. Por 3. uma passagem em seu verso é possi- vel identificar a data na qual foi con- feccionado, por volta do nono ano do reino de Amenhotep I. ou 1534 a. C. Na Universidade de Indiana (India- ra University, em inglés), nos Estados Unidos, 0 estudo “Medicina no Antigo Egito” relaciona as férmulas encontra- das no papiro com remédios contem- pordneos e cita 0 uso do éleo de ricino. por exemplo, extraido das sementes da planta Ricinus communis, popularmen- te conhecida como mamona. Entre as indicagdes esta a sua administragao para curar “distuirbios do intestine’ sendo hoje usado como laxante. “O papiro de Ebers consiste em uma colegao de textos médicos orga~ nizados em blocos, abordando doen- as médicas e rituais de cura. A obra contém feitigos magicos projetados para proteger o diagnéstico e o tra- tamento de intervengées sobrenatu rais, além de preparados de plantas utilizados no tratamento de cada do- enca relatada’ relata o estudo. ‘Até 08 dlas de hoje o Juramento de Hipécrates & to portodes os formandos em medicina. O tex toé considerado um grande gua da ética médica ymegou a eatudar medicina ainda lesprerava 0 conhecimento académi uns pesquisas ¢ expedigées descobrix © principio da quimioterapia. a cura a partir de pequenas doses de veneno ‘Abeervagse da natureza levou o homem a d cobrir as propriedades medicinais das plantas © f2eue beneficios, além de mere alimento Registros entre as civilizagées ‘A medicina Ayurveda, tradicional da india e muito utilizada ainda hoje como pratica integrativa, foi regis trada nos VEDAS, poemas épicos datades de 1500 a. C., que relatam 6 uso de alho, ciircuma e gengibre. Civilizagées arabes também re- gistraram seus conhecimentos em botanica por volta do ano 500 a. C. Plantas como alcaguz. erva-doce, alecrim e agafrao ja eram recorren tes no tratamento de dores e in- flamacées. O “Taxaraca-Samhita € Susruta-Samhita’, tratados médicos 4rabes, so considerados precurso- res da medicina hipocratica grega, mae da medicina ocidental Durante as civilizagdes classicas ~ Grécia e Roma antigas -. as plan- tas comecaram a ser catalogadas de forma sistematica. Pedanius Dios- cérides, médico, farmacéutico © bo- tanico grego escreveu a “De Materia Medica” ("Sobre Material Médico’, em latim), farmacopeia de cinco volumes considerada a bjblia da medicina até a Idade Médias Ela-catatogale ilustra mais de 600 plantas suas indica- ‘ges no tratamento de doengas. Hipéerates, considerado pai da medicina moderna e autor da fala que seu alimento seja seu medica- mento, que seu medicamento seja seu alimento’, estudava as reagées individuais de pacientes a uma de- terminada doenga e ajustava o tra- Usar chas pode pare NS y, tamento a necessidade de cada um deles. “Hipécrates j4 pensava a me- dicina de forma holistica ha quase 2500 anos, uma abordagem que 36 hoje ganha forga no Ocidente com as praticas integrativas. Os tratamen- tos indicados por ele incluiam dieta, massagem, hidroterapia, repouso ¢ preparacées de plantas’, conta Ieda Maria Garcia, farmacéutica especia~ lista em fitoterapia, antroposofia e homeopatia pela UNIFESP. Na Idade Média, 0 médico e al- quimista Paracelsus percorreu a Europa e 0 Oriente Médio atras de compostos que curassem 0 corpo e prolongassem a vida. Foi o primei- ro a observar os efeitos do veneno em pequenas doses como remédio, utilizando enxofre, mercirio, ferro € cobre. Dessa forma, antecipou em 500 anos a cura para sifilis - doenca Venérea responsavel pela morte de milhares de pessoas na Idade Média -, administrando pequenas doses de merciirio, Em seus diarios ele dizia que “As universidades nao ensinam tudo. Um médico deve procurar par- teiras, ciganas, feiticeiros, andarilhos ¢ ladrées para aprender com eles’, dai sua natureza de andaritho. Paracelsus ficou famoso também por sua busca 4 Pedra Filosofal, ob- jeto que tornaria imortal aquele que bebesse seu elixir, cujo poder trans- formaria qualquer metal em ouro. A empreitada nao teve sucesso, mas ele deixou grandes legados para a medicina moderna, iniciando inclu- ORIENTAGAO MEDICA E FARMACEUTICA Tomar um cha de erva-cidreira para dormir methor ou um xarope de folhas de saiéo para curar uma gripe pode parecer inofensivo, mas 0 uso de plantas medicinais pede tanta cautela quanto o de medicamentos. Para consumir de forma ee ea kc eran Ceti meeneteer ca médico ou farmacéutico Prey See lt eee at ee eo ees eee Ratu sy CRC ec! dosagem ou diminuem: fervern de~ Dees alee cs ‘© medicamento é perigoso, como nos eee aM et Ce eens pele) apenas. Por isso, é importante a orientagao de um profissional. que Pre teu OMS Se Re eee creme Mr ese ema Sérgio Panizza, do Conbrafito (Con- Pee ee esc dos sobre qui No fim da Idade Média joterapia busca de especiarias, er com propriedades medicinais, alem de seu uso como tempero e matéria- prima para cosméticos, fizeram qui os europeus chegassem as Améric: © “Novo Mur it bilidades naturais © Brasil, com sua grande biodiver sidade, abrigava milhares de e de plantas até entio de pelos eurd uso medicinal aprendido com os in dios. O padre jest José de Anchieta foi o primeiro boticario de Sao Paulo No século 16 as drogas e os Wr mentos sé podiam ser vendidos nas bot 3s" e eram recomendadas pelos préoprios farmacéu Na era moderna, 05 avangos nas pesquisas de plantas medicinais avan~ oa 1h eo Tere) SCC ae Cer) Dee eee eee a Rey ee ee ee od De I Ure ce uke ee ae) Creat ecu eee CM cu Moe tats er ee ec eee ce a ame y Pee ory Peco ea ea eee eateries ree ar cM acne Pee een Serie et penetra garam a cada dia. Tornou-se possivel solar o principio ativo das plant: tilizé-lo na fabricagao de medica- mentos fitoterapicos, reprod em medicamentos alopaticos. “A aspirina, por exemplo, um remédio noje comum para tratar dores, tem principio ative extraido de uma plar igueiro, No interior dele exis- tea molécula de Acido ac ilsalicilico do para produzir a aspirina de fo Serta erie ts “Muitos medicamentos fitoterapicos nao fazem boa eee eeu i ete cette te te esteja tomando. Por exemplo: o extrato de passifio- ra, da flor-de-maracuja - cujo cha é muito usado como See ae acm crs =associado ao consumo de algum benzodiazepinico, principio ativo do Rivotril e Diazepan, que sao tranqui lizantes e ansioliticos potentes, pode trazer uma série de efeitos colaterais indesejados. A pessoa pode dor- mir por dias seguidos, ficar com a fala lenta e pastosa. ou até perder a fala por dias. Outro caso é 0 Extrato de Guaco seco, usado para tratar gripes. que pode anu~ lar 0 efeito de antibisticos se consumido em conjunto’ explica Ieda Garcia, farmacéutica, com especi: em fitoterapia, antroposofia e homeopatia. Manipulagao e conservagao eee eo eC ie lagdo ou extragao errada: “Além de higienizar a planta muito bem antes do consumo, ¢ importante saber sua procedéncia. Se for cultivada em um canteiro na beira CN ey inteiro, a chance de consumir toxinas presentes no ar e impregnadas nessa planta exposta é altissima. Além dis- 0, se a extracao nao for feita de forma correta, existe © risco do principio ativo perder seu efeito. Ginko bilo- ee Rac Cee Ce eee a ary ee a eee forma de cha. Dissolvido em agua ele ¢ desprovide de ee ee eee os Cee eo ec ee Pore eee rey efeito, porque esta ndo é a forma correta de consumir” ma sintética’, explica Ieda Garcia. A diferenca entre um e outro esta no principio ativo: “O principio ativo do medicamento alopatico ¢ criado de forma sintética. Ele é reproduzido, smo que seja a partir da molécu- la de uma planta. Jé o fitoterdpico é tratado de maneira a suas propriedades naturais. Nao ha interferancia sintética nele, nada é criado’, esclarece. O uso no Brasi Embora a fitoterapia tenha milhares de anos, somente no fi- nal da década de 1970 a Organiza- ao Mundial da Satide (OMS) criou © Programa de Medicina Tradi- cional. que incentiva os paises membros a adotarem no sistema de satide 0 uso de fitoterapicos e plantas medicinais. A medida oa também possi vestimento em pesquisa e regis tro de plantas visando a desco- berta de novos tratamentos. Em 2006 foi implantado no Sis- tema Unico de Satide (SUS) a Poli- tica Nacional de Plantas Medicinais s por meio do De- creto N2 5.813, de 22 de junho do mesmo ano. Segundo odecumento oficial do governo, o objetivo é “es Historia tabelecer diretrizes e linhas priorita- rias para o desenvolvimento de agdes pelos diversos parceiros em torno de objetivos comuns voltados @ garan- tia do acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterdpicos no pais, ao desenvolvimento de tec- nologias e inovagées, assim como ao fortalecimento das cadeias e dos ar- Tanjos produtivos, ao uso sustentavel da biodiversidade brasileira e ao de- senvolvimento do complexo Produti- vo da Satide Desde entao, para doengas de me- nor gravidade, 0 SUS indica tratamen- tos a partir de plantas medicinais e os disponibiliza gratuitamente & popula- 40. Acompanhando 0 contexto tera~ ‘Somente a partir de 2016, tratamentos complementares cor recides pelo SUS yma Unico de Shude péutico do SUS, 0 Ministério da Satide publicou a Portaria n® 971/06 que es- tabelece a Politica Nacional de Préti- cas Integrativas ¢ Complementares (PNPIC). Ela inclui a utilizagao de fito- terdpicos e plantas medicinais, além de outras terapias integrativas que visam ‘obem-estar do paciente a longo prazo, ‘como ioga, acupuntura e massoterapia, Em 2016 a Portaria n® 341/16, consolida as PNPICs iniciadas em 2006, ampliando a oferta de trata~ mentos complementares que passam aincluir arteterapia, reiki, meditagao ¢ biodanca, além de outras 10 prati- cas. No entanto, apenas alguns mu- nicipios oferecem esse atendimento ‘em seus sistemas de satide oa Nossas Plantas A raiz indigena do Brasil carrega um profundo conhecimento e intimi- dade com as propriedades medicinais da flora brasileira. Esse saber ances- tral é possivel por cauda da enorme biodiversidade concentrada nas flo- restas. Encontram-se na Amaz6nia plantas como graviola, que alivia do- es reumaticas e artriticas; catuaba. potente estimulante do sistema ner- voso central e conhecido afrodisiaco: guaco, largamente utilizado como expectorante no tratamento de gri pes e doengas do pulmao; ea andiro- ba, cujos estudos in vitro a partir da casca mostraram atividade antican- Fteterapla, reli, meditagao e biodanca, além de outras dex praticas. comegaram a ser ofe igena, pois inibe o crescimento de células cancerosas. Entre as mais de 25 milespécies exis tentes nesse bioma, o Ministerio do Meio Ambiente estima que apenas 5 milforam catalogadas e tiveram as propriedades testadas em laboratério. Mara Zélia de Almeida, pesquisadora da Universidade Federal da Bahia e autora do livro “Plan- tas Medicinais’ Editora da Universidade Federal da Bahia, é taxativa: “Grande parte das plantas nativas brasileiras carece de estudes para permitir a ela- boracdo de monografias completas € modernas. Muitas espécies sao usadas empiricamente, sem respaldo cientifico quanto a eficacia e seguranca. Isso de- monstra que em um pais como o Brasi com grande biodiversidade, existe uma enorme lacuna entre a oferta de plantas eas poucas pesquisas’ A falta de respaldo cientifico nio impede que as receitas caseiras e 0 saber empirico do uso de plantas me- dicinais continuem passando de gera- ¢40 em geragio. Por falta de acesso & medicina convencional ou buscando tratamentos mais naturais, as pessoas acabam utilizando as plantas ou pre- parados, Sem orienitacae. “Uso chas e xaropes porque sen pre vi dar certo, Minhas mae e av6 sempre tiveram plantas no quintal & sabiam para que cada uma delas ser- iam. Ver o resultado eficaz me mot va ausar outras vezes’, conta Mariana Ferreira, publicitaria de 34 anos, que por op¢ao, recorre ao tratamento com plantas medicinais antes de ten- tar © tratamento alopatico. Adepta incondicional do uso de medicinal das. plantas, ela complementa: “SS vejo necessidade de recorrer aos remédios industrializados caso a doenca seja grave. Fala-se muito em confirmagéo cientifica, mas todo mundo toma o re~ médio da farmacia sem sequer saber qual € 0 principio ativo ou como ele age no corpo. Na férmula industri lizada ha uma confirmacao cientifica que eu nao entendo. As plantas eu en- tendo. Minha avé teve dor de cabega e passou com cha; minha mae, a mesma coisa. Por que nao daria certo comi go? Essa é a confirmagao cientifica de que eu preciso” desabafa. Isso pode revelar um lado pe oso do uso de plantas medicinais, automedicagao “natural” pode oc: sionar reages tio graves quanto automedicagao alopatica. ‘A grande maloria das plantas com potenclal medicinal na Amazénia ainda no fol 3. rplorada Uso popular Uso popular (Cha feito a partir das fothas da planta parietaria com propriedades diuréticas e ant-inflamatérias tho, limao, gengibre, mel, bol- do, capim-santo, azeite de ol va... s6 dar uma olhada ray la no armario da cozinha ou nna geladeira que ja da para encontrar uma série de ingredientes que, além de deixarem as receitas gastronémi cas mais saborosas, possuem fungdes terapéuticas e)/ nedicinais: ‘Naturals: eles podem ser usados para prevenir 0 envelhecimento, fortalecer 0 sistema imunolégico e tratar diversas doengas. Ha quem busque tratamento natural para curar desde gripe até cancer. Um exemplo disso é a comuni- dade de Vila Cachoeira, no sul da Bahia, formada por pescadores e tra- bathadores rurais da regio. La eles admitem a figura da curandeira ou benzedeira como a detentora do co- nhecimento para o uso das plantas medicinais, ¢ ela faz as recomenda- ges de acordo com os sintomas que © enfermo relata. As plantas séo cul- tivadas no quintal de casa ou encon- tradas nas ruas da cidade © plantio muitas vezes nem é consciente: “E comum os morado- res relatarem que as plantas ‘apa- receram’ ou ‘sempre estiveram ali frutos da polinizacao feita por pas- saros e insetos como as abelhas’. explica Larissa Costa, co-autora do estudo “Abordagem Etnobota- nica acerca do uso de plantas me- dicinais na Vila Cachoeira, Ilhéus, Bahia’. A indicagao da receita é feita entre os préprios moradores, geralmente aconsethadas por ido- sos e mulheres curandeiras Pratica milenar Nao ha novidade em retirar 0 me- dicamento da natureza. As raizes do povo indigena carregam um profun- do conhecimento sobre a utilizagao das plantas para tratar doengas © 0 uso antigo inspira diversos estudos que buscam comprovar cientifica- mente sua eficacia. Em estudo feito pelo Departamen- to de Ciéncias Biolégicas da Universi- dade Estadual de Santa Cruz (ESC), na comunidade de Vila Cachoeira, foram listadas mais de 80 plantas usadas regularmente para tratar do- engas simples, como desequilibrios intestinais, estomacais, renais e he~ paticos, além de dores no corpo, ca- beca, coluna, garganta e ouvido. Es~ ses compostos caseiros atuam como anti-inflamatérios, agem em doengas de pele e queimaduras e tratam até afecgdes de vias respiratérias, como gripe e bronquite. De acordo com Larissa, que en- cabega a pesquisa, em comunidades com perfil de zona rural e aldeias indigenas. quando a doenga chega, 9 primeiro’ recurso:®)procurar tran tamentos naturals. “Isso acontece porque o atendimento médico con- vencional ¢ escasso, ¢ 0 uso de plan- tas medicinais transforma-se no uni- co tratamento acessivel & populacdo Ter uma hortinha em local. Se 0 caso for grave. as pesso- as buscam eidades préximas onde encontrardo postos de saiide com medicina convencional e remédios alopaticos. A tradigao, a facilidade ao acesso € 0 baixo custo so os princi- pais motivos do uso de plantas, alem do fator ritualistico. Ritual de cura Na sabedoria popular, as cha- madas “doengas culturais” afetam a energia de uma pessoa causan- do enfermidades, seja ela prépria a fonte do desequilibrio ou 0 fruto da energia negativa de uma outra pes- soa, geralmente motivada por inveja, ciume, raiva ou outros sentimentos negativos. £ © famoso “olho-gordo ou “mau-othado". Isso pode causar sintomas fisicos como cansago, in- disposicao, dores pelo corpo e até vémitos e diarreias. Depressao e an- siedade muitas vezes sao atribuidas a esse tipo de moléstia também. Para esse tipo de enfermidade existe a benzedeira ou rezadeira, que atua como instrumento de cura. O tratamento® feito para reequilibrat as energias do doente por meio de‘can= tos, rezas e do uso de plantas, que po- dem ser consumidas em forma de cha, banhos ou apenas reunidas em um pe~ queno ramalhete usado pela benzedei- 2a, além de garantir alimentos sauddvels, decora e perfuma o ambiente 3d. Ped SCLIN} eae PORE aa easy Sera Besse OE Cty Preparo Me nee cee? St oe Cees eee ee tee Cee eee Cac ees Se ee oe ek os lente para diminuir a pressdo arte- Pees) PCBs tm Ce ree kr) + 400 g de farinha de trigo integral SCE err) SCORE er aie eau cred Poco tcc) Seer eral eee et cool Beene ey Seeder Cr peruse ced pene) reer ary + Lpacote de fermento em pé, eo Cd Ce ered STi oa eee te 0s outros ingredientes mexendo ene ata cee ead eee co ried ee eee com consisténcia de chiclete. Unte CT eae ne sa alisando-a bem e cobrindo com eee oe ccd ee act cd ere tee ae huss Ce eee Pe eae ee eon branca, que é pobre em vitaminas, fibras e minerais, por causa dos va~ rios processos de refinamento da farinha. O pao integral é uma opcao Peete ced Coe eee acy Cai pore eae Pee Ect eee ured Pree tee * Loother (sopa) de clorofila Bere ay ey POR RM OeCaacy Cees [oor etcoty ee ae trizante e ajuda a fixar 0 calcio nos ‘sso, além de possuir beneficios pee eerie Pe eee Ge a gordura. O gengibre ¢ termogé- eee Cette uaa suco verde elimina gordura e quei- ptecures >. Pererere rer eet TT) EAPO acer perience ec rn is eee tiras finas Steet eee c iogurte (sem 0 soro) Ber Pct cues + Lcother (sopa) de mothe inglés Seen es cee cd Preparo Em uma saladeira grande, misture © creme de Leite light (ou iogurte), SO sau mca ee ees ee ee ec eee ae cary Pe ee ee ace Se uc sy Pee Tees career ee eee es ek nee na corrida e nao dispoe de tempo ete een! Uso popular ra para tocar 0 corpo do enfermo. Espécies como pra-tudo (Petive- ria alliacea), arruda (Ruta graveolens) € vassourinha (Scoparia dulcis) so as mais eficazes na arte de benzer para afastar o mal e curar. Muitas simbologias cerceiam as plantas ri- tualisticas. “Se uma pessoa saudavel for benzida apenas para protecao, as plantas usadas murcharem, por exemplo, significa que ela esta com mau-olhado”, conta dona Judite, re- zadeira e moradora da comunidade Esta pratica tem raizes africanas € chegaram ao Brasil por meio de re- ligides de matriz afro. Nesses rituais, © uso da planta representa a cone- xdo do homem com a natureza, que éafonte de toda cura. As espécies se relacionam com os elementos agua ar, terra e fogo e com 08 orixés, as di- vindades protetoras. Dai vem as chamadas “Plantas do Poder’, também presentes em rituais de cura. Elas trazem principios psico- trépicos, presentes em rituais tribais € xaménicos e, através da ingestdo de chas de Ayahuasca, Parika, Coca, durema, Iboga e Cannabis prome- tem um encontro do individuo com 0 mundo espiritual e a cura, realizada a partir desse evento. No Brasil, tribos indigenas da Amazénia ainda reali- zam ceriménias religiosas com ervas, mas nao ¢ somente em comunidades afastadas e em rituais religiosos que a energia das plantas ¢ explorada. A fitoenergética tambem utiliza esse recurso. Com base nessa terapia integrativa, Patricia Candido e Bruno Gimenes, da instituigao espiritual Luz da Serra, desenvolveram um trata- mento que tira proveito da energia da planta. “Elas possum um campo de energetico invisivel, saudavel e vitali- zante que, se aplicado corretamente, pode atuar de forma impressionante ‘em nés, seres humanos, nos animais de estimacao, em ambientes ¢ até em objetos’, garantem. E uma abordagem holistica que trata 0 enfermo como um todo, € nao apenas os sintomas fisicos. Eles acreditam que boa parte das doen- gas se desenvolva a partir do emo- cional. A proposta é reequilibrar os chakras ~ pontos de energia presen- tes no corpo e estudados pela me- Para o benzimento, as plantas sao reunidas em um pequeno ramalhete 3a. dicina oriental - e realizar uma cura por inteiro. “Tratamos o doente e nao a doenga. Observamos em cada um as energias que precisam ser equilibradas e focar nelas, em vez de apenas destinar receitas prontas de plantas especificas para problemas especificos”. destaca Bruno. Diferentemente da fitoterapia, que pode apresentar efeitos colate- rais por utilizar 0 principio quimico da espécie, a fitoenergética nao tem Contraindicagao. Isso porque sio usadas quantidades muito pequenas da planta no tratamento, exploran- do apenas 0 campo de energia vital. Ela age no corpo apenas de maneira energética, trabathando as emogdes 08 chakras. A administragao pode ser feita por infusdes dos vegetais no banho aplicado sobre a cabega; como spray borrifador para o ambiente; e até mesmo com compressas e inalagoes. Para consumo, vegetais condimen- tares que jé entram naturalmente na salada, como manjericao. manjerona, alecrim e alho-poré, podem atuar também como parte da terapia. Remédios de familia Toda familia tem aquela “receita da vové" para curar gripe. infecgdo de garganta, dores de barriga, ouvido ou cabega. Elas atravessam geragdes e, mesmo que as familias nao saibam © fundamento cientifico, continuam utilizando as receitas no dia a dia e relatam bons resultados. Marilene do Carmo é uma senho- ra aposentada de 69 anos de idade moradora da cidade de Sao Joao do Paraiso, interior do Rio de Janeiro. Mae de trés filhos e avé de 9 netos, ela conta que nao faltam receitas ca~ seiras contra varias doengas em sua familia. Receitas que sua mae apren- deu com a avé, que aprendeu com a bisavé, e assim por diante. Algumas so tao antigas que ela nem sabe di- Zer como comegou 0 uso. Ela relata © uso regular de plantas medicinai para tratar enfermidades recorrer tes, com sintomas conhecidos e ob- serva a eficacia dessas formulas. Para enfermidade aparentemente mais graves, ela procura um médico € nao se recusa a usar medicamen- t0s.alopaticos, embora prefira-medi- camentos-naturais. "O cha da planta parietaria me ajudou muito em uma crise de rins, como nenhum outro remédio de farmacia’, e detalha: “ali- viou as dores, soltoua urina e me aju- doua expelir uma pedra renal’ Parietaria officinallis, nome cien- tifico da planta parietaria, conhecida também como quebra-pedra, que- bra-muro e erva de Nossa Senhora € da familia Urticaceae e geralmen- te cresce em vincos nos mures, sem demandar grande cuidado no cuttivo, sendo bem facil de encontrar. ‘Além de poder ser usada para tratar desequilibrios nos rins, devido as propriedades diuréticas e anti-in- flamatérias, o cha feito a partir das folhas também pode ser usado para aliviar e eliminar dores reumaticas e artriticas. © pé da parietaria possui propriedades expectorantes ¢, mis turado ao mel, transforma-se em um xarope eficaz contra tosses produti- vas (com secrecao). Para tratar quei- maduras e curar feridas na pele, pode ser preparado um unguento com as folhas maceradas Na familia de dona Maritene, céti- cas e desconfortos na regiéo do ab- démen sao tratadas com cha feito com folhas de louro. “Basta uma fo- ‘Alguns estudioeos acreditam que a energia, tha de louro para cada xieara de agua. Deixe infuso por 10 minutos e depois tome sem acticar. Sempre usei muito para aliviar célicas menstruais e céli- cas de beba. O gosto nao é bom, mas © resultado € maravilhoso. As vezes as pessoas se entopem de remédio sem necessidade, muitos deles com varias contra-indicagées. Nao troco meus chas por nada e incentivo to- dos os meus filhos e netos a usarem também’ revela. © Laurus Nobilis, nome cientifi- co do louro, é uma planta que além de deixar 0 feljao e as carnes com um sabor especial, possui diversas propriedades medicinais. E rico em ferro, potassio, magnésio, calcio e vi- taminas A. B, C e D. 0 uso popular é feito principalmente para tratar azia ma digestao, mas essa folha pode ir muito além. Possui propriedades anti-inflamatérias, antibacterianas ¢ 3. compostes anticancerigenos, como parthenolide, quercetina, catequinas @ Acido cafeico. © médico e nutrotogo Dr. Lair Ri- beiro, autor de mais de 30 livros sobre alimentagao e satide, também desta ca as folhas de louro como aliadas no combate ao cancer, principalmente 0 de mama, por sua alta concentragio de compostos anticancerigenos. Ele defende em seu trabalho que esta do- enca, além de ser tratada com medica- mentos oncolégicos. deve ser comba- tida por meio de reeducacao alimentar. ‘Além do louro e da parietaria, dona Marilene destaca também o uso de alho como anti-inflamatério, principalmente para inflamagées na garganta. Ela ensina que os dentes desse bulbo devem ser macerados e misturados em agua morna com sal para fazer gargarejo. Ja o xaro- pe produzido com folhas de saiao Uso popular (Kalanchoe brasiliensis Cambess) mel ajuda a aliviar qualquer tipo de tosse. “Antigamente, com mel combatia até tuberculose. Os lugares mais afastados do centro nao tinham acesso a médico e remédio. Eram as plantas que nos salvavam e salvam até hoje’ relata. © uso do saiao no Brasil é antigo € tradicional, administrado por po- pulagées indigenas e ribeirinhas no tratamento de doengas pulmonares como gripes, bronquite e até pneu- monia. © uso também se estende para o tratamento de feridas na pele e queimaduras. € antibacteriano, an- ti-inflamatério, hipotensor e anal- gésico. Jaqueline Gomes da Silva. pés-graduada em ciéncias farma- coldgicas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), destaca em seu artigo “Avaliagao do Potencial Farmacolégico de Kalanchoe brasi- liensis cambess” que os principios ativos da planta sao eficientes no Bi-l12-:.en TEMPERO MEU! Or ae ey ee ee a eae Se anc ed RO ee OR uy Dee kee ecu as Cee ee acd eee ee ae Rea a ened ee nt ee el any eters ued ue une oe ee ye eee Cee etd oe Ti) Se Rae coe aay eee es Pee ices eke rs Ce neuer! Du an aus eS 3s . ee. ot einen ces Deere ee eats Teens combate a bactérias e na inibigao do crescimento e até regressao de cé- lulas tumorais Alguns medicamentos feitos a base de plantas medicinais,os fitoterpicos, jd s&0 oferecidos na rede publica de ‘salide através do SUS ~ Sistema Unico de Satide. A Kalanchoe encontra-se na Relagao Nacional de Plantas Medici- ais de Interesse ao SUS. o RENISUS, ¢ podera ser administrada em pacientes da rede piblica em breve. Sabor e saude nodiaadia Mais de que ter apenas a cura como objetivo, o uso de plantas medicinais deve ser feito para pre- venir doengas. E nao é dificil fazer isso! Com refeigées equilibradas ¢ saborosas, as propriedades curati- vas garantem uma vida mais sauda- vel. Como disse Hipécrates, filésofo grego contemporaneo de Sécrates € Aristételes, considerado 0 pai da pE-7.NB-7. ee Rd Cee eee letes, além de compor bem com outros Cec me Me See UR eee Rese a ee ee mae od Ue ute Cg eeu ee Dee eee aes Ce eee a eee ce quando chegarem a esse tamanho jé ee eeu a ee ene ca aay Cee ne ry Re ul eeu ey eae eee es Cee en ues 3. medicina moderna, “que teu alimento seja teu remédio e teu remédio seja teu alimento’. Esse principio é defendido pela ecochef Monica Bull, que ha 30 anos dedica-se & pesquisa e alquimia de ervas e especiarias. Ela explica que a arte de combinar sabores, cores € texturas é pura alquimia desde a an- tiga India. “Cada pessoa deve se pre- cocupar em terna alimentagao um dos pilares importantes na construgaode uma vida mais saudavel e equilibrada Conhecer temperos, ervas. vegetais. e suas propriedades com toda certe- za resultaré em um cardapio variado, alegre, saboroso e gerador de muita forga vital. o que vai além dos aspec- tos fisico-quimicos da nutrigdo tradi- cional’, aconselha a chef. Muitas vezes quando se pen- sa em alimentagao saudavel vem & mente a imagem de uma comida insossa, sem graca ou um carda~ pio repetitivo. Isso porque estamos 2. MANJERICAO Deere Ce eke ea Ma cantes. E étimo para temperar carnes De Me ae eae tos, pizzas e pode até ser a estrela da Sr carers Te Oe Ure eon Ae uk) Po ee eel a ee eae eee bata sol o dia inteiro. A terra deve rece- ber irigac&o moderada e as folhas em UE ee umes) Cee ced na) acostumados a usar temperos in- dustrializados, que possuem muito sédio, gordura e gosto artificial. Para Mén nicagao, por exemplo, induzem ao om altos ‘os meios de comu- consumo de temperos indices de corantes, acidulantes, gorduras e até sabores artificiais. Em geral, ingredientes altamente eancerigenos e alguns até proibidos ha décadas em outros paises’, alerta a profissional. A contrapartida diario de ervas e especiarias frescas ou desi- dratadas, explica Ménica. “Elas ofe- Tecem muito mais sabor, cor e said E millenar © conhecimento de como esses ingredientes tornam nosso corpo e nossa mente mais saudaveis’ Para apreciar o verdadeiro gosto do alimento, basta descobrir a enorme variedade de ervas, graos, sementes € sais que, ao contrario dos temperos industrializados. realgam ~ sem so- brepor - 0 sabor do alimento. 3. ALECRIM eRe Cc meee eae ee Dee ec ee eee CR ee ae Eee ear ces Ce et) ee uk og ar eR eae ean Bere ere amc CO Ls ee ae acu ey eee ee CR cea aos pee eo Ook uy Ee Or eae eas Cee as Cees re) 1-17. No} Eo tempero certo para mothos de Ce en Pre ae ees Ree Te ere Reo Cou ue Neo ee ere teas mare ee eo ee a ae eo as ra hd Cee aC ea oa) eee Existe uma infinidade de pimentas ee ee a Cen ea ee aus CR Re ccee ue Mey Cee ea eee Cee eu eae Te dam a reduzir 0 colesterol e melhoram me ud consumidas frescas, em conservas ou Ce ee etn cent Cee em old ee ued Pee en cls Se uno actu ee ue cc Pode-se usar a semente dos frutos. E Cee ne en) Creek tet ics TERAPIAS NATURAIS GANHAM O OCI ) NT Praticas milenares da China curam ha mais de 3 mil anos e, so agora, comecam a ter respaldo cientifico Medicina Tradicional Chine- sa - em chinés Zhongyi xué ‘ou Zhéngao xué - é uma das raticas mais antigas para a manutencao da satide e cura de doengas. O tratamento do individuo vai além dos efeitos fisicos de seus males, pois a Medicina Chinesa, so- bretudo, acredita que a enfermidade parte de um desequilibrio energetico. ‘Acura é conduzida através do reequi- Uibrio emocional, espiritual e fisico. “A vida é uma grande jungao en- treo Yin e Yang. O Yin é 0 alimento, a terra, é uma energia centripeta, con- centradora. O Yang é 0 céu, 0 ar que respiramos, uma energia expansiva aberta. Assim como o Yin € Yang, 0 universo ¢ composto por polaridades. ‘oquente e o frio, o homem ea mulher, positivo e negativo. A medicina Tradi- ional Chinesa busca a harmonia e 0 equilibrio entre os opostos, pois um nao vive sem 0 outro’, explica Joao Carlos Baldan, acupunturista e tera- peuta neural, especialista em trata mento quantico e ortobiomolecular. A partir da filosofia do Yin e Yang, outro pilar da Medicina Chinesa se desdobra: a Escola dos 5 Elementos. Cada um desses elementos ~ madei- 3. ra, fogo, terra, metal e agua - tem uma representagao organica vincu- lada acs principais érgaos sua fun- ao metabélica no corpo. A madeira se relaciona com o figado, 0 fogo com © coragao. a terra com bago e pan- creas, 0 pulmao como metal ea Agua “A partir desse conceito possivel identificar se 0 paciente tem uma hi- pertonia, excesso de energia, em deter- minado 6rgao, e uma hipotonia, baia na energia, em outro érgao. Entao indi- camos methor tratamento para que essas energias se reequilibrem sem sobrecarregar nenhuma das funcdes do corpo. O organismo deve viver em harmonia com todos os 6rgdos funcio- nando de forma plena, nema mais nem a menos’; ensina Baldan. Para esse tipo de medicina mui to além de testes de laboratério que investiguem a enfermidade, 0 diag- néstico é dado a partir da condi¢do do enfermo. Os médicos praticantes realizam o diagnéstico partindo de quatro pontos-chave: observar 0 pa- ciente (wang), ouvir e cheirar 0 que emana de seu corpo (wén), perguntar e conhecer 0 histérico, além do relato dos sintomas (wen), € palpar © pulso, Medicina Tradicional Chinesa Yin e Yang: forcas opostas e complementares garantem o equilibrio ea plenitude térax @ abdémen (qi). Entendendo a natureza da enfermidade, 0 profissio- nal indica o methor tratamento. Diferentemente da medicina con- vencional, na qual é feita a prescrigao de medicamentos visando uma solu- ¢40 imediata para o problema, na me- dicina chinesa séo praticadas terapias prolongadas no paciente. Elas garan- tem nao sé 0 alivio dos sintomas, mas também a cura da causa raiz. Hoje, essa interpretagao do corpo como um todo, e nao apenas fisico, motivou 0 aumento da procura por terapias holisticas e praticas integra~ tivas. A terapia holistica considera 0 tratamento em todos os niveis: fisico, mental e espiritual, dai 0 termo: ho- los do grego, que significa inteiro ou todo. As praticas integrativas buscam naturalizar cada vez mais a medicina, sem abrir mao do tratamento con- vencional e da medicagao alopatica, ‘mas minimizando 0 uso de efeitos co- laterais. E a cura do corpo através do préprio corpo, abordagem chinesa na qual 0 préprio organismo conta com um sistema sofisticado para direcio- nara energia vital. Esse sistema supre caréncias € restaura a si mesmo, curando a do- enga. Um provérbio chinés que reflete esse pensamento diz que ‘qualquer re- médio tem 30% de ingredientes vene- nosos: A medicina tradicional chinesa & antes de tudo, uma filosofia e busca ‘© minimo de intervencéo quimica. Entre as oito praticas que a com- péem ~ Tui Na, Acupuntura, Moxa- bustdo, Ventosaterapia, Fitoterapia, Dietoterapia praticas fisicas como © Tai Chi Chuan (veja mais no box) - © tratamento quimico ¢ aplicado em Ultimo caso, mesmo que esse “quimi~ co” seja composto apenas por uma alquimia de plantas. oa Fitoterapia: o poder das plantas A fitoterapia chinesa é uma ciéncia complexa e antiga. Os primeiros es- critos médicos encontrados na China datam do ano de 3700 a. C. e catalo- gavam diversas plantas com © poder de curar doencas. A autoria desse ma- terial médico ¢ atribuido ao imperador Shen Wung, que, segundo a lenda, po- dia ver através de sua prépria barriga. pois ela era transparente, permitindo observar 0 efeito das férmulas. ‘Ao contrario da fitoterapia prati- cada no Ocidente, que leva em conta apenas 0 principio quimico da planta e © efeito das propriedades no organis- mo, a fototerapia chinesa considera outros aspectos das ervas e envolve até o.uso de alguns minerais, insetos e erustaceos para compor os remédios. Um preparo fitoterapico chinés usualmente é constituido por seis ou mais plantas, ecada uma delas possui uma fungao no remédio, nao restrito apenas ao principio quimico. Sao le- vadas em conta as capacidades ener- géticas, curativase sinérgicas dases- écieS. O\composto farmacoé eriado especificamente para o paciente, e nao de forma genérica, para tratar determinada doenga. Composto por quatro ervas, cada uma tem um papel fundamental no processo de cura. A principal é a Erva Imperador, que de- termina como a férmula funciona no organismo - considerando 0 érgio afetado ea doenga a ser tratada. Ja as Ervas Ministros sao responsaveis por potencializar e suportar a agio da Erva Imperador, enquanto as Er- vas Assistentes possibilitam o bem- -estar e evitam efeitos colaterais. Por iiltimo, as Ervas Mensageiras “le- vam" o composto até o localno corpo que precisa ser tratado, Outra peculiaridade da fitote- rapia chinesa ¢ 0 fato de as plantas possuirem propriedades nao defini- das apenas pelos nutrientes e prin- cipios ativos que as compéem, mas pela acao no organismo. Assim, cada espécie possui propriedades térmi- cas. Podem ser quentes ou mornas, como o gengibre e a canela: neutras, frescas ou frias, como a flor gardé- nia, As quentes so relacionadas ao Yang e tém a fungao de estimular e fortalecer. Ja as frias se relacionam a0 Yin eatuam como calmantes, anti- ~inflamatérios e até antibidticos. As propriedades também se re- lacionam aos cinco sabores: doce amargo, azedo, picante e salgado, ¢ cada um deles transmite um estimulo 20 organismo. Por tiltimo, © movimento que a planta provoca no organismo tam- bém a classifica. Elas podem ser as- cendentes, descendentes, circulat6- ria e submersiva (para dentro). Essas propriedades combinadas provocam efeitos no organismo que aliviam sin- tomas ou expelem males do corpo. Por exemplo: uma planta ascenden- te e circulatéria provocara tosses e vemitos. Ja se sua natureza for cir- culatéria, mas descendente, causa~ ra suor e diarreia. Uma espécie des- cendente e submersiva proporciona calma, e, por isso, é uma aliada nos tratamentos para combater ansieda- dee ins6nia. Por todos esses fatores, as plan- tas sempre sao usadas em conjunto. © médico responsavel por esse pre- paro deve considerar todas as clas- sificagées ao criar a formula, além de gontemplar todas as partes atento a Sinetgia entre-as érvas utilizadas. Cura no Ocidente A fitoterapia chinesa é um acu- mulado de conhecimento empiri- co que muitas vezes foi rejeitado no Ocidente pela falta de comprovagao cientifica, mas acaba provando seu valor ao resistir ao tempo e trazer curas efetivas ao longo dos séculos. Por causa desse sucesso, muitos es- tudes tam sido conduzidos buscan- do na medicina tradicional chinesa principalmente em suas plantas, principios farmacolégicos que curem doengas como cancer e alzheimer. Arevista americana Current Drug Discovery Technologies (Tecnologias Atuais para Descoberta de Medica- mentos) publicou em 2010 um estu- do sobre o tratamento de tumores usando a medicina tradicional chine~ sa. A pesquisa cita uma planta cha- mada Trovao de Deus (lei gong teng ou Tripterygium Wilfordii) - utilizada no sul da China como anti-inflama- tério, para artrite reumatoide e na cura de doencas autoimunes, como esclerose milltipla - e explica que seu principio ativo mostrou-se efeti- ye como inibidor do crescimento de células de cancerosas. Pesquisadores da Universidade de Minnesota do Masonic Cancer Center descobriram que um extrate dessa erva, o triptolide, pode ser efi- az contra células tumorais pancre- aticas. Além de inibir 0 crescimento celular, ele também enfraquece as células as deixa mais suscetiveis a receber o tratamento de quimiote~ rapia e radioterapia, aumentando as chances de cura. Elas apresentam maior eficdcia em células do pancre- as, mas também agem em tecidos de préstata, pulmao, célon, mama, cé- rebroe rim. Adescoberta abre portas para a investigacao de outros benefi- cios vindos a partir desse extrato. Outra novidade acontece no cam- po do tratamento de distuirbios da meméria, como 0 Alzheimer. Pesqui- sadores da RMIT University, em Mel- bourne, Australia, e de Guangzhou y University of Chinese Medicine, em Guangzhou, China, partindo de anti- gos textos listados na “Enciclopédia da Medicina Tradicional Chinesa”, um Conjunto de manuscritos milenar que relaciona doengas e plantas usadas em tratamentos medicinais, catalo- garam as espécies que citam metho- ra em doengas relacionadas a idade, perda de meméria e deméncia, todas eficientes contra o Alzheimer. Entre elas estdo a Poria cocos (Fu ling), Polygala tenuifolia (Yuan zhi), Rehmannia glutinosa (Sheng di huang), Panax ginseng e Acorus (Shi chang pu). Publicado em 2016 no pe- riédico The Journal of Alternative and Complementary Medicine (Jornal de Medicina Alternativa e Complemen- tar), 0 estudo permite a outros pes- quisadores explorar _propriedades joterapicas e desenvolver Farmacos eficientes a partir delas. A combinagio precisa entre as espécies e suas propriedades garante a boa resposta do organismo 3 Medicina Tradicional Chinesa 8 PRATICAS DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA 1, FITOTERAPIA CHINESA Se ne eee eee ceo ead a ‘ipios quimicos das ervas, mas suas propriedades energéticas. Geralmente so combinados pelo menos seis tipos de ervas € See Rou ee tne se ears Pe eer dere ee ene cee também minerais (pedras), parte de insotos e crustaceos, 2. ACUPUNTURA Teo eT ee ceed Coe re eee eae eee Ce E indicada para tratar doengas e tem fungéo anestésica ime- Cee Re ee CC aed ies RU a7 ecu a ue ead See ee ee ey ee eke eee Pees eee ce Cee ee eee 4. DIETOTERAPIA Cee ee ee ee Ce oe ue Coe eee cere eer cas to. E diferente da fitoterapia porque é constante. Nao se toma Coe nee ee Tue Eee tera oa 5.AURICULOTERAPIA SON ce Cu oe ek tha para estimular fungdes no corpo. A orelha funciona cee ue ecco Cr ea Me uc eer finas ou graos. 6.MOXABUSTAO Sem Cu oe ed Cee ue na een ar eee et en te Ce ee eu Peseckis 7. VENTOSATERAPIA Fe a Cac Se kee emcee De eu ue see eae ee ee ee Seu ues ee cu eR de uk ak eee) ser percebido em atletas de alta performance, como Mi- chael Phelps, nadador americano e medalhista olimpico. 8.PRATICAS FISICAS eee age Rat a ee eee Aue er ee Teneo se eae eee sees On eee ea eeu an tenn tar Plantas medicinais Conhega'centenas de especies Com ee nomes cientifico e popular, regiao, ‘ caracteristicas, usos e propriedades tor eee eee J | igs 0 oy ae \ a TE Tal eat} deAaZ 1, Abacateiro Persea americana Mill. : abacate, avocado, avoga- doe pagua. Familia: Lauraceae. ‘Origem: Sul do México. artes usadas: folha, fruto e semente. Caracteristicas: arvore de casca parda- centa com folhagem sempre verde e flo- res pequenas, de tom branco-esverdeado. Efeitos terapéuticos: ¢ durctico, carminativo = possul uma substancia que combate a for ‘magio de gases no intestino ~ e afrodisiaco. Uses: indicado no tratamento de dor de ca~ bega reumatica ~ causada por doengas reu- ‘maticas ~, contusio, diarreia e disenteria, ‘Vale saber! Proibido o uso sem orientagio profissional - médico ou fitoterapeuta. Comoo fruto é calérico, ele deve ser evi. do por quem faz dieta para perder peso. Ja para atletas e malhadores de academia, o fruto (abacate) serve come uma fonte de ‘energia saudavel, podendo substituir mar- garinas e manteigas, desde que o consumo Seja orientado por nutricionista. 2. Abacaxizeiro Nome cientifico: Ananas comosus (L.) Merr. ‘Outros nomes: ananas e nana. Familia: Bromeliaceae ‘Origem: Brasil Parte usada: fruto. Caracteristicas: planta de porte médio a grande. vigoroea, de fothas de cor verde-es- Gura com actleos grandes nas margens. O frito pesa entrede 0921.8 kgetemcor er tema e interna amarela, com folhas duras no topo, configuranda uma coroa. Efeitos terapéuticos: ¢ refrescante, diu- rético, expectorante, anti-inflamatdrio, digestivo, antiviral ¢ antibacteriano, além de ser um bom alimento para prevenir a osteoporose e as fraturas dsseas, por ‘causa do alto teor de manganés. Usos: ajuda na digestio, no emagreci- mento ¢ a dissolver coagulos sanguineos. ‘Também reduz inflamagées, acelerando a cicatrizagio de tecidos, ¢ usada no tra- tamenta da artrite e ¢ étimo preventive contra osteoporose e fraturas ésseas. Yale saber! Proibido o uso sem orientagao profissional - médica ou fitoterapeuta. Ha componentes que podem sensi algumas pessoas, principalmente as que so alérgicas a outros alimentos ou a0 polen. Nesses casos, a ingestao pode oca- sionar coceira e edema (inchaco) na gar- ganta. © consumo também é desaconse- thavel para pessoas que sofrem de refluxo gastrico e Uiceras pepticas ou duodenais 3. Abajeru Nome cientifice: Chrysobalanus icaco L. ‘Outros nomes: guajuru, abajuru, coco plum e ajiru. Familia: Chrysobalanaceae ‘Origem: nativa da Africa Tropical (ociden- te, sul) e das Américas do Norte e do Sul. Partes usadas: raiz, folha e fruto. Caracteristicas: arbusto ou arvore de até 10 metros de altura, com folhas variadas. As flores apresentam-se em ramalhete e, geral- mente, so esbranquigadas. Possui drupas ~ um fruto carnoso, que contém uma tinica ‘semente protegida por um carogo duro. A ‘sua polpa no é dividida em gomos, como a da laranja, e ¢ coberta por uma casca fina Efeitos terapéuticos: é diurético, hipogli ‘o&mico - ajuda a baixar a quantidade de agticar no sangue ~ e, ainda, hipoglice- miante, ou seja, € capaz de reduzir 08 ni veis de glicose previamente elevados. Usos: ajuda nos tratamentos infecqoes da pele e de doencas de tecidos subcutane- (98. Na medicina popular, as folhas do aba~ jeru sao usadas para auxiliar no combate 08 altos niveis de glicose do sangue. Vale saber! Proibido o uso sem orientagso profissional - médico ou fitoterapeuta. Nao foram encontradas contra-indica~ ‘g5es na literatura fitoterapica, 4. Abobora Nome cientifico: Cucurbita pepo L. (Outros nomes: jerimum, abobora-menina ‘emoranga Familia: Cucurbitaceae. Origem: nativa da América Central, es~ pecialmente do México, onde é cultivada ha milénios Partes usadas: semente descascada. ralz, polpado fruto maduro, folhas ¢ flores. Caracteristicas: possui caule rastejante era~ ‘mas alongadas, podendo atingir até 6 metros de altura, Suas folhas s30 grandes, de cor verde-escura, com manchas prateadas na absbora # not hibrides. da 9s flores 50 ama ‘elas, grandes © vistosas, enquanto os frutos apresentam formates e tamanhos variadas. Efeitos terapéuticos: digestivo estomacal anti-inflamaterio, antitermico e emoliente, Usos: indicada para queimaduras, erisipe- la, febre, inflamagdes do figado, dos rins do bago. Também é usada para tratar feridas, corrimento vaginal, prostatite, diarréia e prisao de ventre. Vale saber! Proibido o uso sem orientagio profesional - médico ou fitoterapeuta. Em pessoas sensiveis, pode desencadear uma eventual alergia. 5. Abricé-da-praia the 4A ) “¢ Nome slants: (ae, Outros ones balan Familia: Sapotaceae CGrigers conta sion, nas Whee de Mada Bartesusadas:fthas e frutos Coracterotzasarvore muno ulead para scrrbresmenesem bere de prin Poesife- thasemples atenasegeramenteagrupa- 3. Mimusops coriacea das no final dos ramos. Os frutos so de cor famarela. quando maduras, e do tamanho de bolas de golfe ~ cada extremidade com trés (ou mais, As sementes ndo-comestiveis S30 marron e muito duras.Ja.a polpa, amarela, ajosa tos terapéuticos: ¢ antifungicida, digesti- vo, antirreumatice, antisséptico e vermifuge, Usos: antes de atingir a maturagio, 08 frutos produzem um litex braneo e pega- oso, que pode cer utilizado em alguns tra- tamentos fungicidas, assim como o latex produzido pelo seu tronco. Vale saber! Proibido 0 uso sem orientacdo profiscional ~ médico ou fitoterapeuta. Em altas doses, o abricé-da-praia pode ser preju- dicial a saide. Para saber a quantidade ideal, 6 preciso, sempre, consultar um profissional. 6. Acacia~pompom Nome cientifice: Vachellia seyal (Delile) POH, Hurter Outros nomes: acicia-pompom, espon- jinha-amarela, acdcia-vermetha, acacia ~de-tronco-vermelho, Arvore-da-goma- rabica © Seyal Familia Fabaceae Origem: Africa. Egito, Mogambique, Na~ mibia, Oriente Médio, Peninsula Arabica, Quénia, Sudao e Uganda Partes usadas: casca do tronco, madeira egoma. Caracteristicas: arvore ornamental nati- vada savana africana e popularizada pelo palsagista Barle Marx. Tem copa ‘esparsa ém- forma ide “guarda-chuva’, ramagem espinhenta e ¢ ramificada na horizontal. O tronco ¢ ereto a tortuoso, com casca de cor geralmente vermelha. As fothas tém cor verde-acinzentada e as flores, amare- la, lembrando um “pompom’ Efeitos terapéuticos: estimulante, afro- disiaco, emoliente, analgésico, antibieti- co eadstringente Usos: combate disenteria, infeccdes da pele. lepra, diarreia, hemorragia, inflama- es dos olhos, rinite, artrite, bronquite. Feumatismo, queimaduras, afecgées da vesicula biliar e sii Vale saber! Proibido 0 uso sem orientaca profissional ~ médico ou fitoterapeuta Os altos teores de tanino nesta espécie podem torné-la t5xica. Por isso, qualquer Uso interno ou externo deve ser feito com orientagao de um profissional 7. Agacu Nome cientifico: Hura crepitans L Outros nomes: uassacu, arvore-do-diabo, cataua agacu (ofruto), agacuzeiro (aarvore). Familia: Euphorbiaceae. Grigem? regide: Brasil. em varzeas inun- dadas da regio Amazénica Partes usadas: folha, casca,fruto, semen teeliter Garacteristicas: ¢ uma espécie arborea de yrande porte, com caule revestido de espi- hoe e cacca de colcragao parda. Ac flores apresentam inflorescéncia do tipo espiga, jac fruto parece uma moranga, Efeitos terapéuticos: inseticidae vomicida Usos: para doengas da pele, reumatismo e para combater vermes intestinal. Vale saber! Proibido 0 uso sem orientacao profissional ~ médico ou fitoterapeuta. Ola texé venenoso, e provoca queimaduras gra- vyes quando emcontato.coma pele. Ingerido, ‘causa hemorragia, cegueira, constrigao da ‘garganta, diarreia. entre outros danos, 8. Agafréo da terra Nome elentifico: Curcuma longa L. ‘Outros nomes: cuircuma Familia: Zingiberaceae. Origem: india. Parte usada:rizoma Caracteristicas: possui grandes fothas clipticas. As flores s8o de cor amarelada tm 15 em de largura dispostas em es- pigas densa. Efeitos terapéuticos: anti-inflamatsrio, he- patoprotetora, coleretiea e antidispeptica Usos: indicada para combater problemas de vesicula bilar figado e colesterol. Tem uso cientifico comprovado como anti-in- flamatério e antidispéptico (problemas digestivos) na forma de infusio. Na forma de tintura estimula 0 fluxo na bile e, a0 ‘aumentar a quantidade da bile na vesicula bili. descongestionao fgado¢ favorece a digestio. Além disso, hipolipemiante (controla nivel de colesteral),antiespas- madico (leva & contragaa involuntaria de rmiisculos), antiflatulento (contra gases) € anti-inflamatério. Vale sabert Probie 0 uso sem orientagéo Profissional ~ médico ou ftoterapeuta. Seu Uso é Contraindicado para mulheres-que'de- ‘jam engravidar,ebtsjam gravidas ou amar rmentando.Altas doses de agafrao tomam-se téxicas,nibindo a owilagéo.alterando 0 sis tema nervosoe. ainda. provocando abortos. 9. Agafrao-falso Nome cientfic: Curcuma (Christm) Roscoe Sutros nomen: zedodria e Gajtsu, Famili Origen suseste asia e China Parkes usadas:Tnoma Lestiecionarad ipa One be, cam roma de forma alangade, cor Chico set cortades com randfcegses Interats ris fina. Do razcme seer a8 folhae ©’ hastes florala Ae folhen ao Slongadae, eoverdandes e pecicladas As hastes sho compostes de excamas « flares no formato de espion de cor arma Fea ts tole aretales a sees forvare a planta sere, meee quar Go nao eeth Rorescendo, O fruto & uma tents ota € lan enqpania ba satan tenato cliptices, Hfttor eraptuticos: tnico-estinulante ‘igectvatpeetorane, huretca,colmante coemate depuratne, seetpect, a Stinglon, anchhetminca ancrtoroblans trUimoral aromdtea ant iflametsra, toe: cade para doengns hepatica, tr narias, pulmonares e resfriados. E usado cli- eerie rentoares de chicerearveal {que ocorre no colo Jd ters) na medida em Soro exbato aquonn aprecnty aides Siirutaginta, Ne, bedconal’ medicine tlltica Sagafrc alo tata doengan est ae oe coerce ae zedoaria ‘sangue e normaliza a menstruacée. Vale saber! Proibido o uso sem orientagio profiesional ~ médico ou fitoterapeuta -. durante a gravidez e no periodo de ama mentagao. A dose excessiva é altamente téxica, com graves consequéncias para (06 sistemas nerveso e renal e, por isso, 66 pode ser usado com orientagao médica 10. Acafrao-verdadeiro Nome olentifice: Crocus sativus L. Outros nomes: acaflor, agafreiro, aga~ frio-oriental, agafrio-cultivado, flor-da- urora e flor-de-hercules. Familia: Iridaceae ‘Origem: Oriente Médio e parte da Asia, Parte usada: estigma (parte achatada do carpelo, situada na sua extremidade su- perior. Posoui um liquide pegajoso que contribui para a fixagao do grao de pélen). Caracteristicas: planta herbacea, perene coin bulbes € flores roxas. Efeites terapéuticee: tem propri¢dades an- tiespasmédicas, emenagogas @ sedativas. Usos: aunilia em casos de asma, coque- luche, hemorroidas e calculos renais, do figado e da bexiga. Algumas fontes da me- dicina chinesa o consideram afrodisiaco. Vale saber! Proibido 0 uso sem orientacio profissional - médico ou fitoterapeuta. NBO pode ser usado sem erientagde médica, pois, pode provocar confusio mental eaborto. 11. Agai, agaizeiro Nome cientific: Euterpe oleracea Mart ‘Outros nomes: acai-branco, coqueiro-a~ gal, jugara, palmiteiro, palmito, agai-do- “para, agaizeiro, assai e pina. Familia: Arecacene. Origem: Brasil ( lembia, Venezuela 80 Amazénica), Co- quador e Guianas. Caracteristicas: palmeira delgada, for- mando touceiras. As folhas séo recor- tadas, de cor verde-escura com até 2m de comprimento. As flores sao pequenas, de cor amarelada ¢ agrupadas em cachos pendentes. © fruto do tipo baga ¢ arre- dondado ou oval, de coloracio violacea ‘quase negra, quando esta maduro. A pol- pa que envolve a semente ¢ comestivel. Efeitos terapéuticos: vermifugo e anti =hemorragico, Usos: indicado em casos de hemorragia apés extragio dentaria e para distirbios intestinais, Vale saber! Proibido o uso sem orientagio profissional - médico ou fitoterapeuta. Contraindicado para diabéticos (especial- ‘mente se misturado a xaropes) ¢ obesos, 3. A y wwe Nome cientifice: Agave uivipara L Outros nomes: piteira-do-caribe. Familia: Asparagaceae. Origem: Mexico. Partes usadas: folha, caule ¢ seiva, Caracteristicas: tem tronco curto © fo- thas lanceoladas, de cor verde-clara a cinza, com borda branca. Cada folha tem um espinho terminal marram-escuro, de cerca de 3 cm de comprimento, Efeitos terapéuticos: laxante, emoliente, digestivo e antisséptico, Usos: indicado para inchacos interno e externo, contusdes, doengas do rim e fi- gado, artrite e disenteria. Vale saber! Proibido o uso sem orientagao profissional ~ médico ou fitoterapeuta. Seu uso é proibide durante a gravidez eno periodo de amamentagao. Em doses altas, provoca distirbio digestivo, 13. Agriao Nome cientifice: Nasturtium officinale R.Br. Outros nomes populares: agriao d'aqua, agriBo-aquattica, agriéo-do-rio, agrido-da- europa, agrido-da-fonte, agrido-da-pon- te, agriao-da-ribeira, agriao-das-fontes, agriéo-do-rie, _agrio-d'agua-corrente, agrido-oficinal, berro, cardamia-jontana, cardomo-dos-tios, mastruco-dos-rios. ¢ rabaga-dos-rios. Familia: Brassicaceae, Origem: Ania e Exiropa, artes usadas: taloz e folhas. Caracteristicas: herbicea perene, aqué- tica, aromatica, de 15 a 30 cm de altura, Tem sabor fresco e picante, Efeitos terapéuticos: diurético e anti-in~ Flamatério. Usos: indicado no tratamento de aftas, acne e eczemas. Também aju- daa melhorar a digestao e tratar a tosse. pols é um anti-inflamatério das vias res- piratérias, usado como expectorante nas bronquites crénicas. Vale sabert Proibido o uso sem orientagao profissional ~ médico ou fitoterapeuta durante a gravider ¢ no periodo de ama- mentacao, pois ¢ abortiva e, em excesso, pode irritar a mucosa do estémago e as Vias urinérias. Também no deve ser in- gerido por quem tem ulceras e doengas Fenais inflamatorias 14. Aipo Nome cientifiea: Apium graveolens L. Outros nomes: salsio Familia: Apiaceae Origem: provavelmente é nativa da Eurasia. Partes usadas: ramo, folha, raiz, semente. Caracteristicas: folhas penadas (ou pi- nadas), com trés segmentos. As flores sao esbranquicadas. com fruto pequeno, sem pelos, arredondado ou comprimido lateralmente. Toda a planta exala um odor forte e aromitico. Efeitos terapéuticos: diurético, carmina~ tivo, depurativo, excitante, febrifugo, an- tiescorbitico, remineralizante e eupépti- co (que facilita a digestio), TE Tal eat} deAaZ Uses: para tratamento de calculos renais, artrite, cido trico, gota, reumatismo, ina Peténcia (falta de apetite), oligiria (dimi- nuigdo da produgao de urina) e obesidade. Yale saber! Proibido 0 uso sem orientagao profissional - médico ou fitoterapeuta ~ durante a gravidez no periodo de ama~ mentacio. Além de contribuir para o ex- cesso de gases, o aipo tem um elevado teor de oleos essenciais - uma espécie de aler- genos -, que podem exercer um impacto ‘adverse sobre a formagio do corpo de uma erianca, causando alergias a diversar subs- tAncias apds o nascimento, O aipo também ‘estimula © aumento do fluxo de sangue para o.tero, o que representa uma ameaca, pois induz a0 nascimento prematuro ou aborto nas primeiras fases da gravider 15. Alamanda Nome cientifico: Allamandacathartica L ‘Outros nomes: alamanda, alamanda-ama~ rela, carolina, dedal de dama, alamai da-de-flor-grande, _alamanda-de-flor- -grande-amarela, ' buiussu, camendara, cipé-de-leite, comandara, comandau, de~ orélia-grandifiora, dal-de-dama, purga-de- Quatro-pataca sete-pataca. Familia: Apocynaceae Origem: Brasil, nas regiées costeira do norte, nordeste e leste. Partes usadas: folhas. flores, latex er ‘Garacteristicas; suporta grandes pel ‘dos sem Sgua'e terra sem adubo. Pre= fere climas quente e timido ou ameno €, para seu desenvolvimento, precisa estar exposta a sol pleno. Existem pelo menos duas variedades distintas: uma ‘com flores grandes e outra com peque- nas, em grande quantidade. As flores tém tom amarelo-dourade com folha- gem verde brithosa. Efeitos terapduticos: antitérmico, antitus- sigena. catartica (purgativo). emética (vo~ mitério), hidragoga (diurética), laxante, purgativa e vermifuga. Usos: utilizada na medicina popular, prin= cipalmente como purgante. Yale saber! Proibido 0 uso sem orienta- g40 profissional - médico ou fitoterapeu- ta, E uma planta téxica e proibida para criangas e animais. Ingestes acidentais acarretam disturbios gastrointestin: intensos caracterizados por nduseas, vo- mitos, célicas abdominais e diarreia, em rarko da presenca de saponinas, 16. Alecrim Nome cientifico: Rosmarinus officinalis L. Outros nomes: alecrim, alecrim-da-hor- ta, alecrim-de-cheiro, rosmarine, erva -da-graga, libanotis, alecrim-de-jardim, alectim-rosmarinho, alecrim-rosmarino, alecrinzeiro e rosmarino. Familia: Lamiaceae. ‘Origem: Europa. Partes usadas: fiores e fothas. Caracteristicas: hastes lenhosas e folhas filiformes, pequenas e sempre verdes na parte superior e esbranquigadas no ver~ 80, com pelos finos e curtos. As flores so orélia, axilares e podem ser de cores azuis, bran= Efeitos terapéuticos: antirreumatica, anti depressiva ¢ anti-inflamatéria, Usos: indicada para combater cansaco, gases intestinais, debilidade cardiaca, ina~ petiencia e na cicatrizagao de feridas. Seus principios ativos também podem melhorar ‘enxaquecas, lapsos de meméria e baixa de imunidade, além de diminuir dores reums- ticas e articulares. Se usada em compres 228, alivia contusées e hematomas. Vale saber! Proibido 0 uso sem orientagio médico ou fitoterapeuta -. tacio-e por epilépticos. O dleo nao pode ser ingerido e, em alta dosagem, é abortive. Ja ‘a erva usada no difusor pode desencadear crises epilépticas. Pescoas sensivels tam- bém podem apresentar irritacdo na pele, caso use o dleo externamente. 17. Alcaguz Nome cientifics: Glycyrrhiza glabra |. Outros nomes: alcaguz-da-europa, ma- deirardoce, licorice, raiz-doce, glicirriza salsa, regoliz, regaliz, pau-doce, alcagus ¢ alcaguz-glabro. Familia: Fabaceae Origem: Europa e Asia, Partesusadas: raizes ¢ caules. Caracteristicas: folhas compostas, flores, de cor rosa-arroxeada, em eachos axila- reg. O fruto €.uma.vagem alongada. A raiz Principal é forte'e pode chegar até 25 ctf de comprimento. Efeltos terapéutico: anti-inflamatoria, ant antiespasmédica icrobiana, antiox dante, antitéxica, antisséptica, antitumo- ral, aromitica, diurética emoliente, expec- torante, laxante, refrescante e ténica. Usos: indicada para tratar problemas pulmonares, como tosses, por ser an- tisséptico e anti-inflamatério, casos de bronquite, artrite e reagées alérgi- eas. Além disso, 6 usada no tratamento de abscesso (excesso de pus acumulado ‘em uma cavidade que, formada de ma~ neira acidental nos tecidos organicos, pode ter sido produzida por algum tipe de inflamagio), conjuntivite. dificuldade de urinar, espasmo, feridas, furdncu- los, gota, inflamagae, inflamagao bucal, peda e calculo renal, prisdo de ventre. resfriado, rouquidde, tosses catarrais. transtornos biliares, tumor. dloeras gastricas, vesicula, vias urinarias e para estimular a secrecao de horménios pelo cortex adrenal, Vale saber! Proibido o uso sem orienta- ‘980 profissional - médico ou fitotera- peuta -, durante a gravidez e no periodo de amamentagao, incluindo banhos ou massagens. Também nao é indicada para quem tem problemas cardiacos ou hiper- tensio. para criangas, pessoas anémicas, ‘com glaucoma, que usam contraceptives ‘ou fazem reposigao hormonal. Tudo isso porque o uso interno provoca retengio de liquidos, perda de potassio e retencao de sédio, dores abdominals, dor de cabeca deficiéncia respiratéria 3. 18. Aleachofra Nome cientifieo: Cynarascolymus L. Outros nomes: alcachofra, alcachofra~ -globosa, alcachofra-hortense, cachofra Familia: Gompositae. Origem: Africa, Europa Partes usadas: folhas, bracteas (cabeca) Caracteristicas: espécie perene que re- brota todos os anos apés 0 inverno, Tem folhas dispostas em roseta, longas, com cerca de um metro de comprimento, es~ pinhentas, profundamente lobadas e de coleragdo verde-clara na face superior. Do centro da planta surge uma haste floral alongada. onde sto produzidas as alcachofras. que sao flores grandes. As partes comestiveis da alcachofra sao as bracteas, conhecidas popularmente por escamas ou pétalas, que apresentam uma base carnosa, Efeitos terapsuticos: aati gestiva e antidiapeptico. Uses: indicada para peoriase, doencas das vias biliares e hepaticas, diabetes, ictericia, feczemas, erupdes cutaneas, anemia, es Ccorbuto, raquitismo, colesterol, hemorroi- das, prostatite, uretrite, bronquite asmatica, debilidade cardiaca, hepatite e colecistte. Vale saber! Proibido o uso sem orientacao profissional - médico ou fitoterapeuta -e por alérgices & alcachofra. Nesse caso 0 quadro alérgico se manifesta por meio da obstrugao do canal biliar. 19. Alface Nome cientifico: Lactuca sativa L. Outros nomes: desconhecido. Familia: Asteraceae. Origem: Mediterraneo artes usadas: folhas. Caracteristicas: planta herbacea de caule carnoso e esverdeado, As folhas sio gran- des, membraniceac, arredondadas e curvas como conchas, que abracam caule umas sobre as outras. A cor é verde ou violacea. Existem inumeras variedades de alface, em- bora as mais conhecidas eejam as de folhas lisas, crespas e frisadas e as retorcidas. Efeitos terapéutices: laxante, desintoxi- ante, diurético, anti-acido, antirreuma- tico e sonifero. Usos: é utilizada como calmante e base para cosmeticos rejuvenescedores. Vale saber! Sio desconhecidos 08 efeitos adversos do uso medicinal desta planta. Mas, para o consumo disrio, ¢ preciso haver lum grande cuidado em relagao ao armaze- amento e com a higienizagio - mesmo nos produtos jé embalados para consumo. ilerOtiGoy| dl 20. Alfarroba Nome cientifico: Ceratonia siliqua L. ‘Outros nomes: pio-de-jodo, pao-de-sio~ ~jodo, figueira-de-pitagoras e figueira- ~do-egite. Familia: Leguminosae. ‘Origem: costa do Mediterraneo. Partes usadas: vagem Caracteristicas: vagem comestivel, seme- thante ao feljio, de tom marrom-escuro € sabor adocicado. Mede em torno de 10 2 20 cm de comprimento e demora cerca de um ano para amadurecer. Dentro de uma vagem encontram-se de 10 a 16 sementes. Efeitos terapéuticos: antidiarreico. Usos: é um alimento 100% saudavel como substituto do chocolate, seja por causa da cafeina ou do agiicar. Yale saber! Proibido o uso sem orientagio profissional ~ médico ou fitoterapeuta ~ ‘embora sejam desconhecidos os efeitos adversos do uso medicinal desta planta. 21, Alfavaca Nome cientifico: Ocimum basilicum L. ‘Outros nomes: manjericao Familia: Lamiaceae. ‘Origem: Asia tropical Partes usadas: folhas e flores, Caracteristicas: arbusto aromatico com ‘até Im de altura. Suas folhas 850 ovalado- -laveoladas, com bordas duplamente den- tadas. As flores sio pequenas, de cor roxa, .geralmente agrupadas em trés_O fruto é do tipe capsula. pequens, com quatro se= ‘mentes esféricas. Tem aroma forte e agra~ davel, que lembra o cravo-da-india, Efeitos terapéuticos: combate as contra- (goes musculares bruseas e os gases intes- tinais, Os constituintes do éleo essencial tm atividade inseticida, antimicrobiana e carminativa, As folhas amassadas curam feridas. Tambern ¢ utilizada em gargarejos para tratar casos de aftas e anginas. Usos: ¢ empregada nas doengas das vias respiratérias, Yale saber! Proibido o uso sem orientagio profissional - médico ou fitoterapeuta ~ € por gestantes e lactantes. Além disso, pode causar diminuicao do ritmo cardiaco. 22. Alfavacéo Nome cientifico: Ocimum gratissimum L. ‘Outros nomes: erva-cravo Familia: Lamiaceae ‘Origem: Oriente. Partes usadas: toda a planta. Caracteristicas: erva aromatica, perene, tem caule ereto muito ramificado. As fo~ thas 30 opostas, ovaladas e bordas den- tadas. Inflorescéncia com flores peque- nas de coloragdo roxo-esbranquicada. Efeitos terapéuticos: carminativo, sudori- fico, diurético, antisséptico, bacteriost tica, bactericida, fungicida, laxante, Usos: infecodes do trate respiratério supe- rior, diarreia, desordem gastrointestinal, fe~ bre tifoide, dor de cabega, doencas de pele e othos, feridas, insolagio, gripe e gonorreia Yale saber! Proibido o uso sem orientagao profissional - médico ou fitoterapeuta - ¢ por gestantes e lactantes, 23. Alfazema Nome cientifice: Lavandula spp. ‘Outros nomes: Lavanda, lavandula, Familia: Lamiaceae Origem: mediterranea, porém lavandas nativas sio encontradas nas Ithas Cana- rias, norte e oeste da Africa, sul da Euro- a. Arabia e india Partes usadas: folhas e flores. Caracteristicas: arbusto de pequeno por- te com flores de cor azul-violeta, com cheiro fresco, limpo e agradavel, caule ‘esgalhado e estirado. As fathas pequenas 80 duras e finas, opostas, de cor verde reflexos prateados, recobertas por uma fina penugem. Efeitos terapéuticos: usada desde a Anti~ ‘guidade para banhos de imersio de gregos @ romanos, com propriedades ealmantes. Aeesséncia do dleo combate insénia e fal- ta de apetite. As folhas dao origem a re~ médios contra conjuntivite, e, as flores, contra tosse, bronquite, queimaduras.< ‘enxaqueca, cistite e inflamagao na bexiga. Usos: mo uso do dleo em massagens no corpo, antes de dormir, proporciona um ‘sono tranquilo, Na aromaterapia combate © stresse ¢ ajuda no combate as rugas. Vale saber! Proibido o uso sem orientago profissional ~ médico ou fitoterapeuta. Em doses altas pode causar sonoléncia ‘excessiva, Usada como cha pode ocasio- nar irritagao no estémago. E importante 19 confundir.a alfazema coma alfazema- 10-brasil ou erva-sanita, eapécies total ‘mente diferentes. 24, Algodao Nome cientifiee: Gossypium spp. Outros nomes: nic ha Familia: Malvaceae Origem: incerta, provavelmente na Asia. Paras usadia: casca, rai folha e ements. Garacteristicas: arbusto ramificado, pe- rene, atinge até 2m de altura, Folhas de- senvolvidas © de nervagSo palmadas. As flores sio isoladas e avilares com pétalas de cor amarela com mancha purpurea na base. O fruto tem de 5 a 6 em de com primento, com trés cavidades contendo Poucse © grandes sementes recobertas Ee langes pelos brancos Efeitos terapéuticos:cicatrizante, purga- tivo, vermifugo, emoliente e abortiva. Usos: indicado para diventerias, fata de memoria, dstarbios da menopausa, m= potencia sexual, micose, fieira, impinge {ombriga. piotho, edema linfatieo, cont ‘sao, inchago, febre tifdide, dor de cabeca, cravo, espinha, herpes e bouba Vale saber! Proibido 0 uso sem orientagio proficsional ~ médico ou fitoterapeuta € por gestantes elactantes 25. Alho Nome cientifico: Allium sativum L. Outros nomes: alho-comum, atho-da~ horta e alho-manseo, Familia: Amaryllidaceae, Origem: Asia. Partes usadas: dentes. Caracteristicas: planta herbicea, bulbo- 3. AY sa, com folhas estreitas ¢ alongadas, re~ cobertas por uma camada de cera. Efeitos terapéuticos: combate 0 coleste- rol alto, atua como expectorante e antis~ séptico, aumenta a imunidade e livia pro- blemas circulaterios. Pesquisas recentes sugerem pontencial anticancerigeno, quando consumido cru. Usos: para controlar 0 colesterol e ajudar na expectoragao. Vale saber! Proibido o uso sem orientagso, profissional ~ médico ou fitoterapeuta Alergicos e pessoas que sofrem de gastri- te, dicera, pressdo baixa ou hipoglicemia devem evitar © consume, Néo pode ser consumido dez dias antes de cirurgias, pois favorece hemorragias indesejaveis. elo mesmo motivo, ndo serve para quem ja faz use de anticoagulants. 26. Amapa Nome cientifico: Brosimum potabile Ducke Outros nomes: amapai, amapa-da-varzea eleiteira, Familia: Moraceae. Origem: Amazonia Partes usadas: latex © casca do caule. Caracteristicas: sio irvores altas ~ atin gem de 35 a 40 m de altura - e semelhan- tes em seu aspecto, Tam frutos grandes € de casca grossa. O latex coletado. depen- dendo da espécie, apresenta sabor doce ou ‘amargo, conhecido como “lete-do-amapa Efeitos terapéuticos: antissifiitica, anti

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