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Um Texto narrativo é aquele que nos conta uma história, acontecimentos ou experiências vividas, ouvidas ou
imaginárias, em que entram personagens que se envolvem numa acção, que decorre num determinado tempo e
espaço.
Introdução: parte inicial onde o autor do texto apresenta os personagens, o local e o tempo em que se
desenvolvem os acontecimentos.
Desenvolvimento: nesta parte do texto, desenvolve-se grande parte da história, com foco nas acções dos
personagens.
Conclusão: é determinada pela parte final da narrativa, onde a partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo
desenvolvidos.
Narrador participante - aquele que, para além de contar histórias, participa nela como personagens, isto é,
pratica acções semelhantes às dos outros e conta a história na 1ª pessoa, tanto do singular (eu), como do plural
(nós), pode ser chamado também de narrador personagem.
Narrador não participante- Conta a história na 3ª pessoa gramatical (ele/eles). Ele é apenas um observador,
pois não intervém em nenhum momento como personagem.
Lê o texto.
As prendas da Ana
A Ana recebeu da mãe um vestido cor-de-rosa, que lhe ficou tão lindamente que parecia um anjo. Era o dia do
seu aniversário.
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O pai deu-lhe simplesmente um beijinho e disse: “parabéns”, mas ela não considerou suficiente e só aceitou
por causa da prenda da mãe. Essa, recebeu alegremente. Até porque depois de pôr o vestido, simulou caminhar
lentamente, à medida que assistia divertidamente ao baloiçar do vestido a cada passo.
Como o pai percebeu a reserva da filha, foi buscar um embrulho com doces e chocolates. Então a menina
ficou cheia de alegria e abraçou o pai. Ele tinha guardado aquela prenda para que ela recebesse mais tarde. No
entanto, entregou-lhe a prenda a fim de que se completasse a sua alegria.
A Ana espera sempre presentes no seu aniversário. Basta um pouco de carinho para que as crianças se sintam
felizes.
Simião Muhate (Inédito)
Exercícios de Consolidação
1.Interpretação do texto
a) Quais são os elementos deste texto narrativo?
Conforme a nossa conversa antes da leitura do texto, os elementos desta narrativa são:
Personagens: Quem participa na história? - a Ana, a mãe e o pai.
Espaço: Onde aconteceu a história? - a história aconteceu em casa.
Tempo: Quando é que a história aconteceu? - no dia do aniversario da Ana.
Autor: Quem escreveu a história? - Simião Muhate
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2. “A Ana recebeu um beijinho do pai”.
a) Para além do beijinho, que outros presentes a Ana recebeu no dia do seu aniversario?
Advérbios de modo.
são eles: assim, alias, bem, mal, como, depressa devagar, mal, melhor, pior, quase, sobretudo, sobremaneira e
outros terminados em mente.
Adjectivo Advérbio
Sufixo Adjectivo Advérbio
Adjectivo Sufixo
de modo feminino de modo
biforme
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E.g.: justiça, verdade, educação, bondade, doença…
Substantivos colectivos são substantivos comuns que no singular indicam um conjunto de seres ou coisas da
mesma espécie.
E.g.: alcateia – conjunto de lobos Armento – conjunto de gado grande: bois, búfalos, etc.
Arquipélago – conjunto de ilhas banda – conjunto de músicos
Bando – conjunto de aves, de malfeitores cacho – conjunto de bananas, de uvas, etc.
Cáfila – conjunto de camelos caravana – conjunto de viajantes, de estudantes, etc
Cardume – conjunto de peixes choldra – conjunto de assassinos, de malandros, etc.
Constelação – conjunto de estrelas coro – conjunto de anjos, de cantores.
Elenco – conjunto de actores feixe – conjunto de lenhas, de capim
Frota – conjunto de navios mercantes, de autocarros, de machibombos.
Quadrilha – conjunto de ladrões , de bandidos, etc. rebanho – conjunto de ovelhas
Vara – conjunto de porcos.
3. Pronomes
Pronomes possessivos substituem o nome e indicam posse, isto é, indicam a quem pertencem as coisas. Estes
pronomes também variam em género (feminino e masculino) e em número (singular e plural).
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Resolve os seguintes exercícios no caderno.
1. Faz a analise morfológica das seguinte palavras: Armando, esta, exame, devagar, melhor, aluno.
Analise Sintáctica
Fazer analise sintáctica significa achar os termos de uma oração, sujeito, predicado e os complementos.
Atributo
O atributo é a função sintáctica de adjectivo directamente ligado ao nome para o qualificar.
E.g.: homem grande grande homem aluno inteligente
Cumpre aqui salientar a diferença entre nome predicativo do sujeito e atributo. Atente aos seguintes
exemplos:
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E.g.: O aluno está bonito. Nesta oração, o adjectivo “bonito” ocupa a função sintáctica de Nome predicativo do
Sujeito, porque este adjectivo qualifica o nome “aluno” (sujeito) o qual não está directamente ligado a ele.
O aluno bonito é inteligente. Nesta frase, porem, o adjectivo “bonito” ocupa a função sintáctica de
atributo, porque esta directamente ligado ao nome “aluno”.
Os Adjectivos
O adjectivo é um modificador do substantivo que serve para caracterizar e qualificar seres.
E.g.: inteligência lúcida, homem bonito, céu azul, pessoa simples.
2. Grau comparativo
O grau comparativo pode ser comparativo de superioridade, comparativo de igualdade e comparativo de
inferioridade.
2.1. Grau comparativo de superioridade – quando um ser possui uma determinada qualidade superior em
relação ao outro.
E.g.: Pedro é mais inteligente do que Carlos./ Pedro é mais inteligente que Carlos.
2.2. Grau comparativo de igualdade – quando um ser possui uma determinada qualidade igual em relação ao
outro.
E.g.: Pedro é tão inteligente como Carlos./ Pedro é tão inteligente quanto Carlos.
2.3. Grau comparativo de inferioridade – quando um ser possui uma determinada qualidade inferior em
relação ao outro
E.g.: Pedro é menos inteligente do que Carlos./ Pedro é menos inteligente que Carlos.
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3. Grau Superlativo
O grau superlativo pode ser superlativo relativo e superlativo absoluto.
3.1. Grau superlativo relativo
O grau superlativo relativo pode ser: superlativo relativo de superioridade e superlativo relativo de
inferioridade.
3.1.1. Grau superlativo relativo de superioridade – forma-se pela anteposição do artigo definido ao
comparativo de superioridade.
E.g.: Pedro é o mais inteligente da escola. Carlos foi o colega mais estudioso que conheci.
3.1.2. Grau superlativo relativo de inferioridade – forma-se pela anteposição do artigo definido ao
comparativo de inferioridade.
E.g.: Pedro é o menos inteligente da escola. Carlos foi o colega menos estudioso que conheci.
3.2.1. Grau superlativo absoluto analítico – forma-se com a ajuda de outra palavra, geralmente um advérbio
indicador de excesso – muito, grandemente, extraordinariamente, excessivamente…
E.g.: Pedro é muito inteligente. Esta prova é excessivamente fácil.
3.2.1. Grau superlativo absoluto sintético – forma-se pelo acréscimo do sufixo -íssimo ao adjectivo.
E.g.: Pedro é inteligentíssimo. Esta prova é facílima.
c)os terminados em vogal nasal (representada por -m gráfico) formam o superlativo em -níssimo:
comum comuníssimo
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Normal Superlativo Normal Supcrlativo
As orações coordenadas copulativas ou aditivas são introduzidas pelas seguintes conjunções e locuções
conjuncionais.
Conjunções copulativas : e, nem (= e não)
Locuções conjuncionais copulativas: não só…como também
E.g.: Os alunos estão uniformizados e o professor está bem apresentado.
Não só os alunos estão uniformizados, como também o professor está bem apresentado.
As orações coordenadas adversativas ou opositivas são introduzidas pelas seguintes conjunções e locuções
conjuncionais.
Conjunções adversativas : mas, porém, todavia, contudo, entretanto.
Locuções conjuncionais adversativas: no entanto.
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E.g.: Os alunos estão devidamente uniformizados, mas o professor está mal vestido.
Os alunos estão devidamente uniformizados, todavia o professor está mal vestido.
Os alunos estão devidamente uniformizados, porém o professor está mal vestido.
E.g.: Os alunos estão devidamente uniformizados, mas o professor está mal vestido.
1ª Oração: Os alunos estão devidamente uniformizados – Oração Coordenada.
2ª Oração: mas o professor está mal vestido – Oração Coordenada adversativa ou opositiva.
O gato e o rato
Era uma vez, um gato que era amigo dum rato. Um dia, decidiram fazer uma viagem até ao lago Tanganica.
Quando lá chegaram o gato exclamou:
– Tanta água! Como vamos atravessar o lago?
– Não te preocupes – sossegou o rato. –Podemos construir um barco.
– Mas como?
– É fácil. Vês além aquelas mandiocas? As raízes são óptimas para fazer barcos.
Construíram um barco com uma raiz de mandioca. Quando ficou pronto, empurraram-no para água e saltaram
para dentro. A dada altura, sentiram fome.
– Tenho tanta fome! Queixou-se o gato. – O que havemos de comer?
– Não preocupes! O próprio barco vai alimentar-nos.
– Respondeu o rato.
E, de imediato, começou a roer a raiz. Tanto roeu que fez um buraco e a água começou a entrar.
– Vamo-nos afogar! Gritou o gato em pânico.
– Não estamos longe da margem. Nada até lá! Respondeu o gato.
O gato tinha medo da água, mas juntou todas as suas forças e conseguiu chegar à margem do lago. O rato estava
gordinho e bem-disposto, enquanto o gato estava magro e de mau parecer.
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– Espera! Retorquiu o rato. Não queres comer-me todo sujo, pois não? Vou lavar-me ali ao rio e volto já.
O gato concordou. O rato foi-se embora e nunca mais voltou.
Resolve no caderno
1. Texto que acabamos de ler é narrativo. Comenta a afirmação.
2. Na viagem, os dois amigos tiveram de atravessar um lago. Como é que atravessaram, se não havia barco?
3. Durante a travessia os dois amigos queixaram-se de fome. Como é que resolveram o problema da fome?
4. Onde é que aconteceu a história?
5. Descreve psicologicamente as personagens do texto.
6. Classifica o narrador quanto à presença.
O nosso professor
A certa altura de terça-feira, dia 18, íamos a entrar para a aula. Eu estava de pé, junto da porta de alguns dos que
foram alunos dele, no ano passado, aproximaram-se para lhe falar. Todos pareciam estimá-lo, percebia-se que
tinham pena de o deixar. Então, ele estava com ar triste e pensativo. A aula começou. Durante uns momentos ele
olhou para nós fixamente, um a seguir a outro, sem falar, depois começou um ditado. Quando ditava, ia
passeando por entre as carteiras. Quando parou diante de um aluno que tinha cara toda coberta de manchas
vermelhas, interrompeu o ditado e perguntou-lhe o que era aquilo. Nesse instante em que estava a falar com ele,
um outro aluno levantou-se da carteira e pôs-se a fazer caretas nas costas do Professor. Mas o professor voltou-se
de repente.
O aluno tornou a sentar-se e ficou à espera do castigo, todo envergonhado. Contudo, o professor pôs-lhe a mão
no ombro e só lhe disse:
– Não tornes a fazer algo igual.
Foi Secretária e continuou o ditado. Quando terminou, ficou uns momentos calado a olhar para nós e depois disse
com a voz calma:
– Meus meninos, temos à nossa frente um ano inteiro que vamos passar juntos.
Façamos os possíveis por passá-lo bem.
Estudem e portem-se com juízo. São vocês a minha única família, considero-vos meus filhos. Pretendo ser o
vosso amigo e não ter de vos castigar.
Não lhes peço que me prometam: estou certo de que no fundo dos vossos corações já fizeram a promessa. E
agradeço-vos.
Enquanto a campainha tocava para a saída, levantámo-nos todos em silêncio.
10 | P á g i n a
O Aluno que tinha feito caretas aproximou-se do professor, muito envergonhado e disse em voz baixa:
– Senhor professor, queria pedir-lhe perdão.
O professor deu-lhe um beijo na testa e disse:
Estás perdoado. Adeus, até amanhã…
Resolve no caderno
Lê o texto e responde às questões que se seguem:
1. Retira do texto os pronomes demonstrativos e possessivos.
2. Sublinha os pronomes nas frases que se seguem e classifica-os.
a. A mãe fez sumo para dois. O Saíde bebeu o seu, mas a mãe não bebeu o dela.
b. A minha sopa está quente. E a vossa?
c. A Maria trouxe laranjas para todos. Esta é a minha.
3. Completa os espaços em branco com os seguintes pronomes: aquele, meus, seu, teu
a) O Bruno devolveu-me os ______ livros e levou os ______.
b) Maria, a janela do ________ quarto está aberta.
c) _______ uniforme é bonito e fica-te muito bem.
Bom Trabalho!
11 | P á g i n a