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DOC.

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Atos constitutivos e atas de eleição da UHE Milton Nascimento
USINA HIDRELÉTRICA MILTON NASCIMENTO S.A.
CNPJ n. 22.348.765/0001-79

ESTATUTO SOCIAL

CAPÍTULO I - DA DENOMINAÇÃO, OBJETO, SEDE E DURAÇÃO DA SOCIEDADE

Art. 1º - USINA HIDRELÉTRICA MILTON NASCIMENTO S.A. é uma sociedade


anônima que será regida pelo presente e, nos casos omissos, pelas normas que lhe
forem aplicáveis.

Art. 2º – O objeto da sociedade é:

a) explorar a Usina Hidrelétrica Milton Nascimento (“UHE MILTON NASCIMENTO”),


cuja barragem está localizada no Rio Maracangalha, Cidade de Dorival Veloso, Estado
da Bahia, podendo para tal promover:
(i) implantação, mediante a contratação do fornecimento de bens e serviços, das obras
de construção da barragem;
(ii) obtenção dos recursos e financiamentos para a execução das referidas obras, com
o fornecimento das respectivas garantias;
(iii) operação e manutenção da UHE MILTON NASCIMENTO; e

b) praticar os atos e exercer as atividades, necessárias ou convenientes para


cumprimento de seu objeto social.

Art. 3º - A sociedade terá sua sede no Município de Salvador, Estado da Bahia, à Av.
São João, n. 1947, CEP 40015-970, podendo estabelecer filiais, sucursais, agências e
depósitos em qualquer outra localidade do território nacional.

Art. 4º - O prazo de duração da sociedade será por tempo indeterminado.


CAPÍTULO II - DO CAPITAL SOCIAL E DAS AÇÕES

Art. 5º - O capital social da sociedade é de R$ 400.000.000,00 (quatrocentos milhões


de reais), a serem subscritos e integralizados, dividido em 400.000.000 (quatrocentas
milhões) ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal.

Art. 6º - Na proporção do número de ações que possuírem, os acionistas terão


preferência para a subscrição do aumento de capital, observado o prazo decadencial
de 30 (trinta) dias, contado da data de publicação do aviso no órgão oficial, e demais
disposições pertinentes.

Art. 7º - Cada ação dá direito a um voto nas deliberações da Assembleia Geral.

CAPÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

Art. 8º - São órgãos sociais:

a) a Assembleia Geral;
b) o Conselho de Administração;
c) a Diretoria;
d) o Conselho Fiscal.

Seção I - Assembleia Geral

Art. 9º - As Assembleias Gerais, ordinárias e extraordinárias, serão convocadas pelo


Conselho de Administração ou Diretores, na forma prevista em lei (art. 123 da Lei n.
6.404/76).

Parágrafo Primeiro – As Assembleias Gerais ordinárias realizar-se-ão todo dia 30 do


mês de dezembro de cada ano, que terá por objeto:

a) tomar as contas dos administradores;


b) examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras;
c) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de
dividendos;
d) eleger os administradores e os membros do Conselho Fiscal, quando for o caso.
Parágrafo Segundo – As Assembleias Gerais extraordinárias serão convocadas
sempre que houver interesse da sociedade, e convocadas mediante publicações pela
imprensa, na forma da lei, constando a data, hora e local da reunião, bem como a
ordem do dia.

Art. 10 - Os trabalhos da assembleia serão dirigidos por mesa composta pelo


Diretor-Presidente da sociedade ou, na sua falta, qualquer outro Diretor, que indicará
um ou dois acionistas presentes para servir de secretários.

Art. 11 - Nas Assembleias Gerais, os acionistas que não puderem comparecer


poderão fazer-se representar por procuradores.

Art. 12 - Antes da abertura da assembleia, os acionistas deverão assinar o Livro de


Presença, indicando nome, nacionalidade, residência e a quantidade, espécie e classe
das ações de que são titulares.

Art. 13 - As deliberações serão tomadas por maioria absoluta de votos, sendo que os
votos em branco não serão computados.

Art. 14 - Encerrados os trabalhos, será lavrada, em livro próprio, a devida ata,


assinada pelos membros da mesa e acionistas presentes.

Seção II - Administração - Conselho de Administração e Diretoria

Art. 15 - A administração da sociedade competirá ao Conselho de Administração e à


Diretoria, na forma deste estatuto.

Art. 16 - O Conselho de Administração, composto por até 5 (cinco) membros efetivos,


será eleito pela assembleia geral ordinária, com mandato de 3 (três) ano, permitida a
reeleição.

Parágrafo Primeiro - Os membros eleitos serão empossados pela Assembleia Geral


que os eleger, lavrando-se termo no "Livro de Atas do Conselho de Administração".

Parágrafo Segundo - O presidente do Conselho de Administração, em caso de


ausência ou impedimento, será substituído por qualquer um dos conselheiros, a ser
escolhido por ocasião da reunião do Conselho. Em caso de vacância do cargo de
conselheiro, os conselheiros remanescentes nomearão um substituto para ocupá-lo.
Se ocorrer vacância da maioria dos cargos, a Assembleia Geral será convocada para
proceder a nova eleição.

Art. 17 - Compete ao Conselho de Administração:


I - fixar a orientação geral dos negócios da sociedade;
II - eleger e destituir os diretores da sociedade e fixar-lhes as atribuições, observado o
disposto neste estatuto;
III - fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da
sociedade, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração,
e quaisquer outros atos;
IV - convocar a assembleia geral quando julgar conveniente ou nos casos previstos
em lei;
V - manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da Diretoria;
VI - autorizar a alienação de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais e
a prestação de garantias a obrigações de terceiros.
Parágrafo único. Serão arquivadas no Registro do Comércio e publicadas as atas das
reuniões do Conselho de Administração que contiverem deliberação destinada a
produzir efeitos perante terceiros.

Art. 18 - O Conselho de Administração reunir-se-á conforme exijam os interesses


sociais, mediante convocação do presidente ou de qualquer conselheiro.

Parágrafo Único - As deliberações do Conselho de Administração serão tomadas por


maioria de votos, com a presença de, no mínimo, 2/3 (dois terços) de seus membros.

Art. 19 - A Diretoria, composta de no mínimo 2 (dois) e no máximo 3 (três) membros,


sendo 1 (um) Diretor-Presidente e 2 (dois) Diretores, será eleita pelo Conselho de
Administração entre pessoas de reconhecida competência profissional.

Parágrafo Primeiro - Caberá ao Conselho de Administração atribuir a um dos


Diretores eleitos as funções de Diretor de Relações Institucionais e, quando for o caso,
as funções de Diretor de Relações com Investidores, nos termos da regulamentação
aplicável.

Parágrafo Segundo - Os Diretores serão investidos em seu cargo pela assinatura de


termo de posse, a ser lavrado no respectivo livro de atas de reunião de Diretoria.
Parágrafo Terceiro - Os Diretores estão dispensados de prestar caução de ações em
favor da sociedade para garantir sua gestão.

Art. 20 - O mandato da Diretória é de 04 (quatro) anos, admitida a reeleição, devendo


os diretores permanecer no cargo até a posse dos seus sucessores.

Parágrafo Primeiro - Em caso de renúncia, vacância ou impedimento, o substituto


será escolhido pelo Conselho de Administração, em reunião a ser convocada em até
30 (trinta) dias.

Parágrafo Segundo - O Diretor eleito nas condições do Parágrafo Primeiro anterior


exercerá as funções pelo prazo restante do mandato do substituído.

Parágrafo Terceiro - Os Diretores serão investidos em seu cargo pela assinatura de


termo de posse, a ser lavrado no respectivo livro de atas de reunião de Diretoria.

Parágrafo Quarto - Os Diretores estão dispensados de prestar caução de ações em


favor da sociedade para garantir sua gestão

Art. 21 - Compete à Diretoria a execução do objeto social, cabendo-lhe a


administração dos negócios em geral e a representação da sociedade em todos os
atos para tanto necessários ou convenientes, respeitada a competência e as
deliberações do Conselho de Administração.

Parágrafo Primeiro - Os poderes da Diretoria incluem, entre outros, os de:


a) gerir todos os negócios sociais, observada a política fixada pelo Conselho de
Administração;
b) mandar elaborar o planejamento anual de atividades, inclusive o orçamento anual
de atividades, para submetê-los à aprovação do Conselho de Administração;
c) elaborar o Relatório da Administração e as suas contas, para submetê-los ao exame
do Conselho de Administração, previamente à sua submissão à Assembleia Geral de
Acionistas;
d) propor ao Conselho de Administração a destinação dos lucros sociais;
e) promover a alienação ou oneração de bens, a prestação de garantias e celebração
de contratos, observada a competência do Conselho de Administração.
Parágrafo Segundo - As funções e poderes de Diretor de Relações com Investidores
são os decorrentes da legislação pertinente.

Art. 22 - A representação da sociedade, em Juízo ou fora dele, se fará pelo


Diretor-Presidente, ou por 2 (dois) Diretores em conjunto, ou por qualquer Diretor em
conjunto com um procurador, ou por 2 (dois) procuradores em conjunto, ou por um
procurador, isoladamente, desde que este esteja investido de poderes especiais e
expressos, para uma finalidade específica.

Art. 23 - A sociedade, representada pelo Diretor-Presidente ou por dois Diretores,


poderá nomear procuradores. Os instrumentos de mandato deverão especificar
expressamente os poderes conferidos, vedar o substabelecimento e não poderão ter
prazo superior a um ano, salvo quanto às procurações com finalidade "ad judicia", as
quais poderão ter prazo indeterminado e permitir o substabelecimento.

Art. 24 - São expressamente vedados, sendo nulos e inoperantes em relação à


sociedade, sem prejuízo de responsabilização do responsável pela prática vedada,
quaisquer atos de qualquer administrador, conselheiro ou diretor, procurador ou
empregados que envolverem a sociedade em negócios e operações estranhos ao
objeto social, incluindo a outorga de garantias, tais como fianças e avais de favor.

Seção III - Conselho Fiscal

Art. 24 - A sociedade terá um Conselho Fiscal, em caráter permanente, composto de 3


(três) membros efetivos e igual número de suplentes, que funcionará em caráter não
permanente, somente nos exercícios em que for instalado por deliberação dos
acionistas, e terá as atribuições e poderes que a lei lhe confere.

Parágrafo Primeiro - A Assembleia que aprovar a instalação do Conselho Fiscal


elegerá os seus membros, estabelecerá sua remuneração e definirá o prazo de
funcionamento.

Parágrafo Segundo - O Conselho Fiscal deliberará sempre por maioria e suas


deliberações serão reduzidas a ata lavrada no livro próprio, assinado por todos os
presentes, salvo recusa ou impedimento, que será consignado.
Art. 25 - Compete ao Conselho Fiscal, dentre outras atribuições e poderes que lhe são
conferidos por lei:

I - fiscalizar os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres


legais e estatutários;
II - opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo constar do seu parecer as
informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da
assembleia geral;
III - opinar sobre as propostas dos órgãos da administração, a serem submetidas à
assembleia geral, relativas à modificação do capital social, emissão de debêntures ou
bônus de subscrição, planos de investimento ou orçamentos de capital, distribuição de
dividendos, transformação, incorporação, fusão ou cisão;
IV - denunciar aos órgãos de administração e, se estes não tomarem as providências
necessárias para a proteção dos interesses da sociedade, à assembleia geral, os
erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências úteis à sociedade;
V - convocar a assembleia geral ordinária, se os órgãos de administração retardarem
por mais de 1 (um) mês essa convocação, e a extraordinária, sempre que ocorrerem
motivos graves ou urgentes, incluindo na agenda das assembleias as matérias que
considerarem necessárias;
VI - analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações
financeiras elaboradas periodicamente pela sociedade;
VII - examinar as demonstrações financeiras de exercício social e sobre elas opinar;
VIII - exercer essas atribuições, durante a liquidação.

Art. 26 – A remuneração dos membros do Conselho Fiscal será fixada pela


assembleia que os eleger, não poderá ser inferior, para cada um de seus membros em
exercício, a dez por cento da que, em média, for atribuída a cada diretor, não
computados benefícios, verbas de representação e participação nos lucros.
CAPÍTULO IV - DO EXERCÍCIO SOCIAL, RESERVAS E LUCROS

Art. 27 - O exercício social terá a duração de um ano, encerrando-se a 31 de


dezembro de cada ano, ocasião em que será realizado um balanço patrimonial, com
demonstrativo dos lucros e perdas, do resultado do exercício e das origens e
aplicações dos recursos.

Parágrafo único. Poderão ser feitos balanços gerais sempre que a administração
julgar oportunos.

Art. 28 - Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de
qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20%
(vinte por cento) do capital social.

Parágrafo único: é assegurado aos acionistas o dividendo mínimo de 25% (vinte e


cinco por cento), calculado sobre o lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido
dos seguintes valores:

a) importância destinada à constituição da reserva legal; e


b) importância destinada à formação da reserva para contingências, quando existente,
e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores.

CAPÍTULO V - DA DISSOLUÇÃO, LIQUIDAÇÃO E EXTINÇÃO

Art. 29 - Se houver dissolução da sociedade, a Assembleia Geral designará o


liquidante e o Conselho Fiscal que atuarão na fase de liquidação e determinará a
forma em que esta deverá ser realizada.
Parágrafo único. Liquidado o passivo, na forma determinada em lei, o ativo
remanescente será rateado entre os acionistas.

Salvador, 24 de março de 2017.

Assinaturas:
USINA HIDRELÉTRICA MILTON NASCIMENTO S.A.
CNPJ n. 22.348.765/0001-79

ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO,


REALIZADA EM 24 DE MARÇO DE 2021

DATA, HORÁRIO E LOCAL: No dia 24 de março de 2021, às 14h00 min, na Av. São
João, n. 1947, CEP 40015-970, na cidade de Salvador, Estado da Bahia.

CONVOCAÇÃO: Reuniram-se os membros do Conselho de Administração da Usina


Hidrelétrica Milton Nascimento S.A., sociedade anônima de capital fechado, em
conformidade com as disposições contidas no Estatuto Social, na Lei n. 6.404/76 e no
Edital de Convocação.

PRESENÇA: Caetano Jobim, Gilberto Buarque, Maria do Carmo Miranda da Cunha,


Francisca Edviges Neves Gonzaga e Antônio Carlos Belchior, o Diretor-Presidente
Luiz Gonzaga e a Diretora Marisa Monte.

MESA: O Sr. Caetano Jobim, Presidente do Conselho de Administração, e Gilberto


Buarque, Secretário.

ORDEM DO DIA: Eleição dos membros da Diretoria

DELIBERAÇÕES: Foram reeleitos, para o mandato de 4 (quatro) anos, a terminar na


data da primeira Reunião de Conselho que se realizar depois da Assembleia Geral
Ordinária de 2025 os seguintes Diretores: Diretora, com as funções de Diretora de
Relações Institucionais, MARISA MONTE, brasileira, casada, engenheira, portadora
da carteira de identidade RG n° 485.647-X, inscrita no CPF/MF sob o n°
784.246.785-89, com domicílio profissional na cidade de Salvador, Estado da Bahia,
na Av. São João, n. 1947, CEP 40015-970, e Diretor-Presidente LUIZ GONZAGA,
brasileiro, casado, inscrito no CPF sob o n. 198.563.548-33, portador da Cédula de
Identidade RG n. 87.986.145-X, com domicílio profissional na cidade de Salvador,
Estado da Bahia, na Av. São João, n. 1947, CEP 40015-970.
TERMO DE POSSE

Para os fins e efeitos do artigo 149 da Lei n° 6.404/76, LUIZ GONZAGA, brasileiro,
casado, inscrito no CPF sob o n. 198.563.548-33, portador da Cédula de Identidade
RG n. 87.986.145-X, com domicílio profissional na cidade de Salvador, Estado da
Bahia, na Av. São João, n. 1947, CEP 40015-970, pelo presente instrumento TOMA
POSSE nesta data e fica devidamente investido no cargo de Diretor-Presidente da
sociedade USINA HIDRELÉTRICA MILTON NASCIMENTO, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ n. 22.348.765/0001-79, com endereço à Av. São João, n.
1947, Salvador/BA, CEP 40015-970, cargo esse para o qual foi eleito por deliberação
na Reunião do Conselho de Administração, realizada em 29 de setembro de 2020,
para mandato de 4 (quatro) anos, com os poderes, direitos e obrigações que lhe são
atribuídos pela Lei e o Estatuto Social da Companhia.

O Diretor ora empossado declara, sob as penas da Lei, que não está impedido por lei
especial, de exercer as atividades empresariais ou a administração da sociedade e
não foi condenado, ou sob efeitos de condenação, por crime falimentar, de
prevaricação, peita ou suborno, concussão, corrupção passiva ou ativa, concussão,
peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, ou a pena que
vede, ainda que temporariamente, o exercício de atividades empresariais, ou a
administração de sociedades empresárias.

LUIZ GONZAGA
TERMO DE POSSE

Para os fins e efeitos do artigo 149 da Lei n° 6.404/76, MARISA MONTE, brasileira,
casada, engenheira, portadora da carteira de identidade RG n° 485.647-X, inscrita no
CPF/MF sob o n° 784.246.785-89, com domicílio profissional na cidade de Salvador,
Estado da Bahia, na Av. São João, n. 1947, CEP 40015-970, pelo presente
instrumento TOMA POSSE nesta data e fica devidamente investida no cargo de
Diretora da sociedade USINA HIDRELÉTRICA MILTON NASCIMENTO, pessoa
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n. 22.348.765/0001-79, com endereço à
Av. São João, n. 1947, Salvador/BA, CEP 40015-970, cargo esse para o qual foi eleita
por deliberação na Reunião do Conselho de Administração, realizada em 29 de
setembro de 2020, para mandato de 4 (quatro) anos, com os poderes, direitos e
obrigações que lhe são atribuídos pela Lei e o Estatuto Social da Companhia.

A Diretora ora empossada declara, sob as penas da Lei, que não está impedida por lei
especial, de exercer as atividades empresariais ou a administração da sociedade e
não foi condenada, ou sob efeitos de condenação, por crime falimentar, de
prevaricação, peita ou suborno, concussão, corrupção passiva ou ativa, concussão,
peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, ou a pena que
vede, ainda que temporariamente, o exercício de atividades empresariais, ou a
administração de sociedades empresárias.

MARISA MONTE
DOC. 2
Procuração
PROCURAÇÃO

USINA HIDRELÉTRICA MILTON NASCIMENTO, pessoa jurídica de direito


privado, inscrita no CNPJ n. 22.348.765/0001-79, com endereço à Av. São João, n. 1947,
Salvador/BA, CEP 40015-970, representada neste ato na forma de seus atos
constitutivos por seu diretor-presidente, LUIZ GONZAGA, brasileiro, casado, inscrito no
CPF sob o n. 198.563.548-33, portador da Cédula de Identidade RG n. 87.986.145-X, com
endereço comercial à Av. São João, n. 1947, Salvador/BA, CEP 40015-970, pelo presente
instrumento particular, nomeia e constitui seus bastantes procuradores, ELIS REGINA,
inscrita na OAB/BA sob o n. 79.260 e no CPF sob o n. 456.789.446-45, e VINCIUS DE
MORAES, inscrito na OAB/BA sob o n. 79.078 e no CPF sob o n. 986.781.154-54, todos
integrantes de MORAES E REGINA ADVOGADOS, escritório sediado na Capital do Estado
da Bahia, na Rua Aquarela, 418, 10º andar, CEP 45865-030, telefone (71) 3000-4000,
com endereço de e-mail para fins de notificações eletrônicas
intimacoes@moraeseregina.com.br, conferindo aos outorgados os mais amplos
poderes da cláusula “ad judicia et extra”, para atuar no foro geral, podendo representar
seus interesses em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, judicial, administrativo ou
arbitral, propor e/ou executar contra quem for de direito as ações competentes e
defender nas contrárias, seguindo umas e outras, até final decisão, usando os recursos
legais e acompanhando-os, conferindo-lhes, ainda, poderes especiais para transigir,
desistir, firmar compromissos, acordos ou termos de arbitragem, nomear preposto,
receber e dar quitação, agindo em conjunto ou separadamente, podendo ainda
substabelecer, com ou sem reserva de iguais, os poderes que ora lhes são conferidos,
dando tudo por firme e valioso, tudo com a finalidade específica de representá-la na
Ação Civil Pública n. 5987436-26.2022.8.05.0654, em trâmite perante a Vara da
Fazenda Pública da Comarca de Dorival Veloso/BA, bem como em toda e qualquer ação,
recurso ou incidente dela decorrente.

Salvador, 13 de março de 2022.

LUIZ GONZAGA
DOC. 3
EIA/RIMA – datado de 02.02.2018
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA BAHIA – ITEBA

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA


BARRAGEM DA UHE MILTON NASCIMENTO

Salvador
Fevereiro/2018
[RELATÓRIO TÉCNICO AMBIENTAL ESPECÍFICO DE ESTUDO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DA
UHE MILTON NASCIMENTO]

● O Estudo de Impacto Ambiental (“EIA”) é um extenso relatório técnico que trata de todas
as vertentes ambientais na implementação/construção de um empreendimento de grande
porte;
● O Relatório de Impacto Ambiental (“RIMA”) é uma versão simplificada do EIA, com uma
linguagem adequada para a população. É necessário a elaboração do RIMA pois o estudo
de impacto ambiental tem participação pública e, portanto, o conteúdo ambiental
produzido deve ter seu acesso linguístico facilitado;
● Para fins do caso, será disponibilizado apenas o RIMA;
● As Partes I e III apresentadas na presente minuta do RIMA são suficientes para fins do caso.
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA BAHIA – ITEBA

RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA


BARRAGEM DA UHE MILTON NASCIMENTO

Salvador
Fevereiro/2018
Sumário
PARTE I – CONHECENDO O EMPREENDIMENTO 4

1. QUEM É O EMPREENDEDOR? 4

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 4

1.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR 4

2. QUAL A EMPRESA RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS AMBIENTAIS DA


BARRAGEM? 4

3. POR QUE A OBRA É NECESSÁRIA? 4

PARTE II – CONHECENDO O MEIO AMBIENTE 5

6. QUAIS ÁREAS SERÃO AFETADAS PELA OBRA? 5

7. ONDE FICARÃO ESSAS REGIÕES AFETADAS? 5

8. COMO É A REGIÃO DO EMPREENDIMENTO? 5

PARTE III – CONHECENDO OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA


OBRA E OS PROGRAMAS QUE SERÃO REALIZADOS PARA MINIMIZÁ-LOS 5

9. QUAIS SERÃO OS IMPACTOS AMBIENTAIS E AS MEDIDAS QUE AJUDAM


A DIMINUÍ-LOS? 5

9.1 VAMOS CONHECER MELHOR OS IMPACTOS? 6

9.2 QUAIS OS PROGRAMAS AMBIENTAIS RECOMENDADOS? 8


PARTE I – CONHECENDO O EMPREENDIMENTO

1. QUEM É O EMPREENDEDOR?
A construção da Barragem no rio Maracangalha é uma iniciativa da UHE Milton Nascimento para início
das atividades da hidrelétrica.

1.1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO


Empreendimento: Barragem
Projeto: Sistema de Abastecimento da UHE Milton Nascimento
Localização/Municípios: Dorival Veloso, Bahia e Machado Mineiro, Minas Gerais

1.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR


Razão social: UHE Milton Nascimento
CNPJ: 22.348.765/0001-79
Endereço: Av. São João, n.º n.º 1947, Salvador-BA, CEP 40015-970
Responsável: Sr. Luiz Gonzaga
Telefone: (77) – 3174-2418

2. QUAL A EMPRESA RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS AMBIENTAIS DA


BARRAGEM?
Razão Social: INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA BAHIA – ITEBA
CNPJ: 03.764.395/0001-14
Endereço: Av. Professor Jobim, 700 – Salvador/BA
Responsável: Carlos Lyra
Telefone (77) 31723-4377

3. POR QUE A OBRA É NECESSÁRIA?


A importância da Barragem à luz do contexto social do Estado da Bahia e de Minas Gerais se dá
primeiramente, através de um conjunto de ações integradas para ampliação da oferta de água nas
diversas regiões de desenvolvimento, ações estas que encontram-se diretamente ligadas ao escopo de
políticas públicas estratégicas, e que visam por sua vez, promover / reforçar o abastecimento público de
água dos municípios.
A área-objeto que irá receber o futuro empreendimento apresenta características físico-naturais e
antrópicas bem particulares.
A implementação de uma barragem representa a possibilidade de reversão e / ou amenização dos
efeitos dos longos períodos de estiagem, além de viabilizar melhores condições para assentamentos
humanos e (re)dinamização da cadeia produtiva local. Nesse sentido, a ampliação da oferta de água para
o abastecimento público, pode representar um aumento na dinamização das economias locais, redução
das perdas de infraestrutura física, aumento dos níveis de educação ambiental e patrimonial, e de forma
prioritária, o aumento da disponibilidade de água para a população e setores produtivos.

4. COMO ESTÁ A ÁREA DA BARRAGEM?


A Barragem está localizada no Rio Maracangalha, o qual está inserido na Bacia Hidrográfica de mesmo
nome. A área a ser inundada localiza-se nos territórios do município de Dorival Veloso. Esta área
apresenta algumas características particulares no que diz respeito ao seu contexto climático e
hidrológico, com climas secos e regimes hidrológicos deficientes, fatos que irão influenciar a ocorrência
de uma zona típica de caatinga, assim como um histórico de uso das terras voltado para a pecuária de
corte e leite e criação de aves (avicultura).

5. COMO SERÁ A BARRAGEM?


A área da bacia hidráulica (área inundada) 254 ha. A futura Área de Proteção Permanente (APP) desta
barragem terá 159 ha, totalizando 426 ha a serem afetados pela construção O barramento em questão
será construído no município de Dorival Veloso, possuindo as seguintes características físicas:

● Área da bacia de contribuição total: ......................................................... 186,52 km²;


● Área da bacia de contribuição parcial: ........................................................ 56,52 km²;
● Cota da cabeceira da bacia de contribuição: ............................................... 970,00 m;
● Cota do rio no eixo do barramento: ............................................................ 655,20 m;
● Comprimento do rio desde a cabeceira até o eixo da barragem: ................. 31,68 km;
● Largura máxima estabelecida para o sangradouro, a configuração da barragem:
.................................................................................................. 140,00 m;
● Tipo estabelecido para o sangrador: ............................................................. Creager;
● Cota tomada d’água: ................................................................................... 658,00 m.

A Barragem terá capacidade de armazenamento 17,77 x 106m³ e tem como principal finalidade o
abastecimento.

PARTE II – CONHECENDO O MEIO AMBIENTE

6. QUAIS ÁREAS SERÃO AFETADAS PELA OBRA?

7. ONDE FICARÃO ESSAS REGIÕES AFETADAS?

8. COMO É A REGIÃO DO EMPREENDIMENTO?

8.1 LOCALIZAÇÃO
8.2 COM QUAIS POLÍTICAS ESTRATÉGICAS
GOVERNAMENTAIS VOLTADAS PARA A ÁGUA ESSA
BARRAGEM TEM RELAÇÃO?
8.3 CONFORMIDADE LEGAL DO EMPREENDIMENTO
8.4 ECONOMIA E USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
8.5 COMO É O PATRIMÔNIO CULTURAL, HISTÓRICO E ARQUEOLÓGICO?
8.6 COMO É O CLIMA DA REGIÃO?
8.7 GEOLOGIA E RELEVO DA REGIÃO
8.8 AGUAS SUPERFICIAIS?
8.9 E AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS?
8.10 COMO É A VEGETAÇÃO E AS PLANTAS DA REGIÃO?
8.11 QUAIS SÃO OS ANIMAIS ENCONTRADOS NA ÁREA DA BARRAGEM?

PARTE III – CONHECENDO OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA OBRA E


OS PROGRAMAS QUE SERÃO REALIZADOS PARA MINIMIZÁ-LOS

9. QUAIS SERÃO OS IMPACTOS AMBIENTAIS E AS MEDIDAS QUE AJUDAM A


DIMINUÍ-LOS?
A identificação e avaliação dos impactos ambientais previsíveis para a as áreas de influência da barragem
foi realizada pela mesma equipe multidisciplinar que executou o diagnóstico ambiental da área.
Iniciou-se com uma apresentação e discussão geral com a equipe, de todos os temas estudados, onde
foram abordados os aspectos relevantes de cada estudo, os impactos previsíveis sobre cada um deles e
as formas de neutralizar, minimizar e corrigir os danos ambientais esperados.

Os estudos para a implantação da barragem identificaram ações potencialmente geradoras de impactos


ambientais. Segue a descrição desses impactos e as medidas que podem minimizar os seus efeitos.

9.1 VAMOS CONHECER MELHOR OS IMPACTOS?


● Clima e Condições Meteorológicas

● Geologia

● Geotecnia

● Recursos Hídricos Superficiais

ALTERAÇÃO DO REGIME HÍDRICO


Fase do Empreendimento: Instalação e Operação
Área de Influência: AID e ADA
Ação do Empreendimento: Obras civis de construção da barragem; desvio do rio; enchimento do
reservatório, monitoramento, operação e distribuição.
Descrição: Durante a execução da obra da Barragem a construção de ensecadeiras, maciço da barragem
e da calha do Riacho, dos vertedores e tomadas d’água, para viabilizar a construção do barramento,
alterando, na fase de instalação apenas o regime hídrico da ADA. Após a conclusão da obra, será iniciado
o enchimento do reservatório e nessa etapa, as vazões à jusante da Barragem serão reduzidas. Após o
enchimento do reservatório, as captações de água para os demais usuários deste manancial poderão
reduzir as vazões liberadas à jusante da Barragem.

INTERFERÊNCIA COM OUTROS USOS DA ÁGUA


Fase do Empreendimento: Instalação e Operação
Área de Influência: AID e ADA
Ação do Empreendimento: Enchimento do Reservatório, Outorga para uso da água e operação e
distribuição.
Descrição: A construção da Barragem, além de reforçar o sistema de abastecimento do município,
proporcionará outros usos da água no reservatório, como a piscicultura, lazer, agropecuária e
abastecimento público. Será necessária a operação adequada do reservatório para acumular maiores
volumes de água, que atenda os todos usos propostos. Também é essencial observar as descargas
mínimas necessárias para os usos à jusante do reservatório, tanto para garantir a vazão ecológica quanto
os usuários já outorgados. Além disso, devem ser considerados os aspectos de qualidade da água
necessária aos usos pretendidos no lago do reservatório.

● Pedologia (Solos)

● Fauna Terrestre

● Flora e Fauna Aquáticas


ALTERAÇÃO NA DINÂMICA POPULACIONAL AQUÁTICA (I)
Fase do Empreendimento: Instalação
Área de Influência: ADA
Ação do Empreendimento: Serviços Preliminares e Instalação do Canteiro de Obras; Obras Civis de
Construção da Barragem;
Descrição: Na fase de instalação a geração de resíduos sólidos, efluentes e a movimentação de terra
aterrando o corpo hídrico possivelmente acarretará em uma série de mudanças no ecossistema aquático
impactando diretamente sua dinâmica e estrutura populacional.

ALTERAÇÃO NA DINÂMICA POPULACIONAL AQUÁTICA (II)


Fase do Empreendimento: Operação
Área de Influência: ADA
Ação do Empreendimento: Monitoramento; operação e distribuição.
Descrição: As alterações no ecossistema de lótico para lêntico propiciará mudanças de uma série de
variáveis ambientais tais como concentração de nutrientes pela decomposição de matéria orgânica,
alto/baixo índice de luminosidade, temperatura dentre outros que favorecerá a adaptação de certas
espécies inibindo outras. O crescimento de macrófitas aquáticas e florações de cianobactérias poderão
afetar negativamente a fauna seja através da mortandade de peixes seja pela inibição do crescimento de
outras espécies importantes para o equilíbrio do ecossistema aquático.

PERDA DE HABITAT
Fase do Empreendimento: Instalação
Área de Influência: ADA
Ação do Empreendimento: Serviços Preliminares e Instalação do canteiro de obras; Vias de Acesso;
Supressão da Vegetação; movimento de máquinas e exploração de jazidas; enchimento do reservatório.
Descrição: Todas estas ações durante a fase de instalação do empreendimento poderão resultar tanto
em perdas de habitats para algumas populações assim como surgimento de habitats para outras.
Podendo desestruturar, simplificar ou eliminar habitats de alimentação (fases jovem e adulta) e de
concentração (berçários), principalmente de fases jovens de peixes do trecho do rio dentro da ADA. A
limpeza da área do eixo da barragem, por meio da remoção da cobertura vegetal e a terraplenagem são
fatores que podem contribuir para que os processos erosivos sejam intensificados. A exposição do solo e
a movimentação de terra aliadas a incidência de chuvas fazem com que o sedimento seja carreado para
as áreas alagadas. Muitos dos habitats, principalmente para a Ictiofauna, estão nas margens do rio
(sobretudo locais com vegetação), poças marginais (temporárias ou não) e áreas com afloramentos
rochosos (principalmente, na região à montante do local onde será instalado o eixo da barragem).

PERDA DA BIODIVERSIDADE, FLUXO GÊNICO E FAVORECIMENTO DE ESPÉCIES INVASORAS


Fase do Empreendimento: Instalação e Operação
Área de Influência: ADA
Ação do Empreendimento: Serviços Preliminares e Instalação do canteiro de obras; Vias de Acesso;
Supressão da Vegetação; movimento de máquinas e exploração de jazidas; enchimento do reservatório.
Descrição: As mudanças no hidrodinamismo decorrentes da transição de ambiente lótico para lêntico
acarretarão em um acréscimo na concentração de matéria em decomposição e compostos orgânicos no
corpo hídrico, fazendo com que haja um incremento na biomassa de macrófitas aquáticas favorecendo o
surgimento de novos habitats para comunidades perifíticas. A perda da biodiversidade e/ou permuta
entre espécies existentes para outras mais adaptadas podendo tornar-se dominantes levará a ocorrência
de florações de cianobactérias colocando em risco o ecossistema aquático pela possível acumulação de
cianotoxinas, influenciando direta ou indiretamente a comunidades zooplanctônicas e ictiofauna. A
mudança do ambiente natural para artificial fará com que as populações ictiofaunísticas sofram
processos de isolamento, acentuando ainda mais processos já existentes entre populações à montante e
jusante do eixo da futura barragem interrompendo o fluxo gênico entres as mesmas favorecendo a
endogamia. Estes diminuirão a capacidade adaptativa das espécies às condições adversas, resultando em
possíveis extinções locais, ocasionado a perda da biodiversidade.

MIGRAÇÃO REPRODUTIVA ENTRE ESPÉCIES DE PEIXES


Fase do Empreendimento: Instalação e Operação
Área de Influência: AID e ADA
Ação do Empreendimento: Obras Civis de Construção da barragem; enchimento do reservatório.
Descrição: A construção da barragem representará uma barreira física à migração reprodutiva de
algumas espécies de peixes. Informações levantadas na ADA e AID confirmaram a presença de espécies
reofílicas.

● Socioeconomia

TRANSFORMAÇÕES NAS ECONOMIAS MUNICIPAIS

AUMENTO DA DEMANDA DE SERVIÇOS PÚBLICOS DURANTE A CONSTRUÇÃO

EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO AMBIENTAL E PATRIMÔNIO CULTURAL

● Uso e Ocupação do Solo

ALTERAÇÃO NA PAISAGEM

● Patrimônio Cultural

ESTUDOS PRELIMINARES

MOVIMENTOS DE TERRA E ESCAVAÇÕES


9.2 QUAIS OS PROGRAMAS AMBIENTAIS RECOMENDADOS?

O Sistema de Gestão Ambiental proposto para o empreendimento tem seus fundamentos na legislação
pertinente e na articulação interinstitucional necessária à sua efetivação. Sua concepção busca favorecer
e estimular a participação da sociedade, não apenas no que se refere aos programas educativos, mas em
todas as ações implementadas. Nesse sentido, o processo de gestão incorporará como instrumentos
básicos os 26 Programas Ambientais previstos para o empreendimento da barragem. É importante
lembrar que estes programas irão trabalhar na mitigação, controle, monitoramento e/ou compensação
de cada impacto identificado pelo EIA. São Programas Ambientais para a Barragem:

Quem é o responsável pela execução dos Programas Ambientais?

Estes Programas Ambientais deverão ser alguns executados nas fases de planejamento e durante todo o
período de intervenção de engenharia, e outros poderão perdurar durante a operação do
empreendimento. A UHE Milton Nascimento é responsável pela execução, acompanhamento ou
monitoramento de acordo com as especificidades de cada Programa.
Ressalta-se ainda que o grande objetivo destes Programas é a mitigação (amenização) dos impactos
ambientais. A seguir tem-se um breve resumo de cada Programa:

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA


O monitoramento das águas superficiais da área de influência do projeto visa ao acompanhamento
sistemático da qualidade dessas águas, ao longo da vida útil do empreendimento, de forma a atender às
exigências legais e servindo de fonte de consulta e esclarecimentos à comunidade científica, ao público
em geral, e, principalmente, às diversas instâncias decisórias, especialmente, aos órgãos de controle
ambiental.

PROGRAMA DE INVENTÁRIO E MONITORAMENTO DOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS


Aprofundar o conhecimento e a evolução da biodiversidade do rio e áreas alagadas adjacentes nas
condições atuais, anterior à instalação do empreendimento, detectando situações de risco para a saúde
dos ecossistemas, subsidiando ações de controle sempre que os padrões de qualidade estabelecidos na
legislação estiverem ameaçados. Repovoamento do reservatório com a espécie nativa de badejo que
terá sua reprodução diminuída devido a contenção da barragem.

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA PESCA


Acompanhar as alterações na pesca no lago artificial, a partir da sua criação e promover informações
para o controle relacionados a piscicultura e a pesca após a implantação do empreendimento.
Abordando aspectos sociais relativos às comunidades ribeirinhas, produtivos e comerciais.
Disponibilização de embarcações de pequeno porte para os profissionais da pesca registrados da região.

PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD)


Este Programa tem por objetivo estabelecer diretrizes para a recuperação das áreas alteradas pelas
obras na ADA e áreas de apoio, bem como Áreas de Preservação Permanente (APP), visando
proporcionar a readequação ou melhoria das condições paisagísticas e da drenagem pré-existentes, por
meio de ações de reabilitação ambiental. Além de promover o uso de práticas de conservação do solo;
controlar processos erosivos e estabelecer diretrizes para revegetação de áreas degradadas.

PROGRAMA DE DIVERSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS E PRODUTIVAS


O objetivo principal deste Programa é minimizar os impactos negativos gerados pela necessidade de
desapropriação de propriedades rurais e realocação das famílias que vivem na área afetada e preparar a
população local para se adaptar à nova realidade que irá surgir, orientando e contribuindo para o
desenvolvimento de novas atividades nas comunidades e populações afetadas pela barragem,
difundindo novos conhecimentos e hábitos sustentáveis, de acordo com suas atividades produtivas e
com o ambiente onde vivem. Também se busca maximizar os impactos positivos, tendo em vista a
possibilidade de regularização da oferta hídrica para consumo.

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA LOCAL


Este programa tem como objetivo aproximar da comunidade a partir de um princípio de
responsabilidade social; elevar o nível de formação da mão de obra disponível; capacitar a mão de obra
disponível nas áreas de influência do empreendimento para as atividades de sua execução; ampliar as
possibilidades de contratação de trabalhadores locais. Considerando a impossibilidade das lavadeiras
locais de continuar o seu trabalho no rio, o programa também inclui a construção de lavanderias e a
capacitação de tais profissionais para trabalho no novo local disponibilizado.

PROGRAMA DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL


O Programa de Gestão do Patrimônio Cultural objetiva promover a valorização do patrimônio cultural
como herança de várias gerações, como acervo que carrega consigo a história da civilização humana, sua
memória e identidade, preservando a cultura, os bens arqueológicos e edificados e os saberes e fazeres
tradicionais das comunidades do entorno dos empreendimentos.
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O Programa de Educação Ambiental tem como objetivo principal o estabelecimento de canais de
comunicação entre o empreendedor e a comunidade, visando à construção de parcerias e negociação
em busca de consenso entre os diversos atores socioeconômicos envolvidos na implantação da
barragem. O público-alvo deverá participar, de forma individual e/ou coletiva, no processo de decisão
sobre o desenvolvimento socioambiental local. Espera-se que, em médio prazo, esse Programa contribua
para o uso de forma não predatória e ecologicamente correta dos recursos naturais, de forma que eles
sejam revertidos em benefícios socioambientais para o público-alvo do empreendimento.

PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL


O programa tem a intenção de estabelecer canal de comunicação permanente durante a fase de
construção da barragem, entre o empreendedor e a sociedade. A divulgação dos objetivos do
empreendimento, das ações desenvolvidas, dos eventos a serem ministrados no âmbito do programa,
etc. Para tanto serão utilizados meios de comunicação radiofônicos, cartazes, distribuição de material
impresso, entre outros.

9.3 PASSIVO AMBIENTAL

10. PROGNÓSTICO DA QUALIDADE AMBIENTAL

11. CONCLUSÕES

A construção da barragem é uma ação estruturadora, inserida no âmbito de políticas públicas para a
oferta de água para abastecimento e promoção de condições de melhoria da qualidade de vida nas
diversas regiões de desenvolvimento do Estado. Tratam-se de um conjunto de ações que vem sendo
implementadas, reunindo várias iniciativas inter-relacionadas, como é o caso do Controle de Enchentes,
das Mudanças Climáticas, do Combate à Desertificação, da Política Estadual de Resíduos Sólidos, do
Mapeamento da Suscetibilidade e Risco de Desastres, recategorização das Reservas Ecológicas, entre
outras.
O Estudo de Impacto Ambiental – EIA foi desenvolvido com o objetivo de avaliar os diferentes tipos de
impactos ambientais, associados às distintas fases de planejamento, implantação e de operação da
barragem. O Diagnóstico do ambiente a ser afetado pelo empreendimento foi realizado inclusive com a
obtenção de uma variedade de dados primários e também secundários, contemplando os elementos
ambientais dos meios físico, biótico e socioeconômico.
Nesse âmbito, 41 (quarenta e um) prováveis impactos foram identificados, analisados e avaliados.
Dentro desse universo foram identificados como os elementos mais fortemente afetados: a cobertura
vegetal, a fauna terrestre, os recursos hídricos, e em especial, a fauna e flora aquáticas. Ao lado desses
elementos, constata-se a necessidade de se relocar a população assentada na área do empreendimento.
Para mitigar, controlar e até neutralizar o efeito desses impactos foram propostas medidas mitigadoras e,
elaborados 26 (vinte e seis) Programas de Controle e Monitoramento Ambiental, para subsidiar o
desenvolvimento da Gestão Ambiental da área.
Embora o empreendimento em questão afete real e/ou potencialmente fatores ambientais da área de
influência de forma negativa, o maior impacto positivo corresponde ao aumento da oferta de água e
reforço do abastecimento público, sendo este o principal objetivo do Empreendimento em questão.
A análise dos impactos positivos e negativos e a convicção da necessidade de obras estruturadoras
concatenadas em políticas públicas efetivas para a melhoria das condições de vida e de produção
evidencia a importância de construção da barragem no mais curto prazo possível.
DOC. 4
Estudo de Impacto de Vizinhança
DOC. 5
Licenciamento Ambiental Prévio
DOC. 6
Parecer Técnico da MPB Consultoria Ambiental e Engenharia
11 de março de 2022

Aos Srs. Diretores da UHE Milton Nascimento;

Análise técnica sobre o status da


implementação/construção da UHE Milton
Nascimento e sobre o cumprimento dos
programas indicados no EIA/RIMA datado de
fevereiro de 2018
1. Introdução

Este parecer técnico visa a analisar o status da implementação/construção da UHE Milton


Nascimento, localizado na cidade de Dorival Veloso, notadamente no que tange ao cumprimento
dos programas de compensação/reparação indicados no EIA/RIMA datado de fevereiro de 2018.

2. Quem é a MPB Consultoria Ambiental e Engenharia

A MPB é uma conceituada empresa nacional que atua no mercado de consultoria ambiental e
engenharia há mais de 30 anos. A MPB é especializada em empreendimentos de grande porte e
tem vasta experiência no assessoramento de empresas e da organização civil na elaboração de
relatórios técnicos ambientais e de engenharia. A MPB ganhou por 6 anos consecutivos o
prêmio de melhor empresa do seu setor, sendo reconhecida especialmente por sua ética e
transparência corporativa.

3. O EIMA/RIMA e os programas ambientais recomendados

O EIMA/RIMA é um estudo técnico ambiental necessário para a


implementação/construção/operação de grandes empreendimentos. O EIA/RIMA elaborado para
a UHE Milton Nascimento é datado de fevereiro de 2018 e cumpre todos os requisitos legais,
analisando, por todas as óticas, os possíveis impactos ambientais ocorridos e, ao fim, pontua os
programas de compensação/reparação indicados.

4. Programas implementados:

Apresenta-se a seguir um breve resumo dos programas que já foram implementados e o status
de cada um:

● Programa de Controle de Erosão em Áreas de Instabilidade Geológica e


Geomórfica
● Programa de Monitoramento Hidrológico e Controle do Nível de Água do
Reservatório
● Programa de Qualidade do Ar
● Programa de Monitoramento do Nível de pressão sonoro (ruído)
● Programa de Monitoramento Meteorológico
● Programa de monitoramento da qualidade da água:
Já implementado (Anexo I) e continuará em curso ao longo da vida útil do
empreendimento.
● Programa de Resgate de Germoplasma Vegetal e Conservação da Flora
● Programa de levantamento e monitoramento da flora terrestre do entorno
● Programa de afugentamento, resgate e destinação da fauna
● Programa de levantamento e monitoramento da fauna
● Programa de Inventário e Monitoramento dos Ecossistemas Aquáticos
O repovoamento da espécie nativa de peixe badejo ainda não foi iniciado, pois é
necessário aguardar a estabilização da fauna aquática antes de iniciar o repovoamento.
O repovoamento precoce pode causar mais danos ao ecossistema, conforme estudos
ambientais (Anexo II).
● Programa de Monitoramento da Pesca
Considerando que o repovoamento ainda não foi iniciado, foram disponibilizadas 60
embarcações de pequeno porte para os pescadores locais poderem continuar exercendo
sua atividade em um local um pouco mais afastado do reservatório (Anexo III). Existem
cerca de 100 pescadores registrados na cidade de Dorival Veloso.
● Programa de Prevenção e Monitoramento de vetores de doenças
● Programa de Supressão Vegetal e de limpeza das áreas do reservatório
● Programa de florestamento da APP do Reservatório (Criação de Nova APP do
Reservatório)
● Programa de recuperação de áreas degradadas
O programa já foi iniciado, mas continua em ação uma vez que a construção da
barragem ainda não foi finalizada. Para as áreas cuja construção já foi encerrada, a
recuperação já foi iniciada (Anexo IV).
● Programa de Educação Ambiental
● Programa de Comunicação Social
O programa já foi iniciado e segue em curso, tendo sido criado canal de comunicação
entre a UHE Milton Nascimento e a população local através de ouvidoria específica
(Anexo V). Além disso, já foi realizada audiência pública com a participação da
população local (Anexo VI).
● Programa de Acompanhamento do Processo de Desapropriação
● Programa de Diversificação das Atividades Econômicas e Produtivas
● Programa de Gestão do Patrimônio Cultural
O programa já foi iniciado com diversas iniciativas culturais como seminários, eventos
locais, feiras que estimulam a produção local e tratam do patrimônio cultural da região
(Anexo VII). O programa terá continuidade em uma regularidade anual pelo tempo de
vida útil da UHE.
● Programa de Capacitação da Mão de Obra Local:
A construção das lavanderias para as lavadeiras já foi encerrada e todas já estão em
operação (Anexo VIII). Os cursos de capacitação estão ocorrendo em turmas de no
máximo 10 lavadeiras para que sejam bem direcionados (Anexo IX), assim sendo, a
previsão de encerramento dos cursos das lavadeiras é no final de 2022.
● Programa de Conservação e uso do solo no entorno do reservatório
● Programa de monitoramento arqueológico e educação patrimonial
● Programa de prospecção arqueológica e educação patrimonial
● Programa de atendimento aos requisitos legais de segurança, meio ambiente
e saúde (SMS)
● Programa de Orientações Básicas para o Empreiteiro

5. Conclusões gerais da análise

Por todo o exposto, a conclusão é de que a UHE Milton Nascimento vem cumprindo com as
determinações do EIA/RIMA nos tempos adequados e nas fases necessárias. Os programas que
ainda não foram implementados se justificam pela impossibilidade temporal, seja porque ainda
não se fazem necessários, seja porque alguma das fases pretéritas ao seu início não se concluiu
ainda.
É assim o nosso parecer.

Dorival Veloso, 11 de março de 2022

Djavan Caetano Viana Nelson Gonçalves


DOC. 7
Documentos Informativos sobre o CONGA
ESTATUTO SOCIAL
COMITÊ NACIONAL DE GANHOS AMBIENTAIS

CAPÍTULO I
FINALIDADES, SEDE E DURAÇÃO

Art. 1º - O Comitê Nacional de Ganhos Ambientais (CONGA) é uma sociedade civil, sem fins
lucrativos, de escopo técnico-científico, constituindo-se na comissão nacional (brasileira) do
Comitê Regional e Internacional de Ganhos Ambientais (CORINGA), inscrito no CNPJ sob o nº
41.324.197/0001-54. O CONGA tem por finalidade o desenvolvimento das técnicas ligadas ao
planejamento, projeto, construção, operação e manutenção de barragens e obras conexas,
incluindo usinas hidrelétricas e manejo de rejeitos de mineração, compatibilizando-as com o
meio ambiente, sendo regida pelo Código Civil Brasileiro, e demais legislações aplicáveis.

Art. 2º - Para consecução de sua finalidade cabe ao CONGA:


a) promover conferências, seminários e congressos e editar publicações, visando ao intercâmbio
de conhecimentos;
b) divulgar a legislação concernente a atividades de seu interesse, conforme definido no artigo
1º, e colaborar para sua atualização e cumprimento;
c) divulgar conhecimentos relativos a aplicações de critérios e metodologias referentes ao seu
escopo;
d) estimular pesquisas técnicas e científicas;
e) estimular o interesse de entidades de ensino e estudantes e propor aos poderes públicos
medidas que visem assegurar a qualidade, a segurança e a economicidade das barragens;
f) colaborar com entidades que planejam, projetam, constroem ou utilizam barragens e obras
conexas, com vistas ao aperfeiçoamento de seus métodos de planejar, projetar, construir e
observar o comportamento desses empreendimentos;
g) colaborar com o CORINGA em tudo o que se tornar necessário e/ou conveniente;
h) propugnar pela ética nos assuntos da engenharia de barragens.

Art. 3º - A sociedade terá duração por tempo indeterminado.

CAPÍTULO II
SÓCIOS

Art. 4º - Os sócios do CONGA serão efetivos (individuais, coletivos e mantenedores) e


beneméritos.

Art. 5º - Serão sócios efetivos as pessoas físicas ou jurídicas, profissionalmente habilitadas a


desempenhar atividades inerentes à finalidade do CONGA, que tenham suas propostas de
admissão aprovadas pela Diretoria.

Art. 6º - Serão sócios beneméritos aqueles que, pertencendo ou não ao quadro social, venham
a receber esse título honorífico por decisão da Assembleia.

Art. 7º São direitos dos sócios efetivos:


a) participar das atividades do CONGA, inclusive das comissões técnicas e dos núcleos regionais;
b) utilizar as instalações sociais em caráter eventual, desde que a utilização se restrinja às
atividades típicas do CONGA e seja autorizada por um dos diretores;
c) propor novos sócios;
d) votar nas assembleias gerais;
e) ser votado, caso seja sócio individual, nas assembleias gerais;
f) ser credenciado pelo CONGA, caso seja sócio individual, para representá-lo nas reuniões do
CORINGA;
g) requerer a convocação de Assembleia Geral Extraordinária, nos termos do artigo 22.
Parágrafo Único – os sócios beneméritos gozarão de todos os direitos e terão todos os deveres
dos sócios efetivos, estando isentos do pagamento das contribuições.

Art. 8º São deveres dos sócios efetivos:


a) respeitar e cumprir os estatutos e regulamentos do CONGA e do CORINGA;
b) cooperar para a consecução das finalidades do CONGA;
c) proporcionar ao CONGA conhecimentos úteis concernentes às suas atividades e colaborar
ativamente em seu programa de ação;
d) pagar em dia suas contribuições.
Parágrafo Primeiro - Estarão sujeitos à exclusão do quadro social os sócios que atrasarem o
pagamento de suas contribuições por período superior a dois anos consecutivos ou que, por
qualquer outra forma, infringirem o estabelecido neste Estatuto.
Parágrafo Segundo - Os sócios honorários gozarão de todos os direitos e terão todos os deveres
dos sócios efetivos, estando, porém, isentos do pagamento das contribuições.

CAPÍTULO III
ADMINISTRAÇÃO

SEÇÃO I
ORGANIZAÇÃO

Art. 9º - Os órgãos deliberativos do CONGA são a Assembleia Geral e o Conselho Deliberativo.

Art. 10º - O órgão executivo do CONGA é a Diretoria.

Art. 11º- A fiscalização financeira e contábil do CONGA será realizada pela Comissão Fiscal.
Art. 12º- As atividades técnicas do CONGA serão exercidas por comissões técnicas, instituídas
pelo Conselho Deliberativo, sendo seus coordenadores nomeados pela Diretoria, ouvido o
Conselho Deliberativo.

SEÇÃO II
ASSEMBLEIA GERAL

Art. 13º – As assembleias gerais serão ordinárias e extraordinárias.

Art. 14º– A Assembleia Geral Ordinária se reunirá, obrigatoriamente, até o fim de abril de cada
ano para:
a) deliberar sobre o relatório anual da Diretoria;
b) deliberar sobre o balanço geral do exercício anterior, o qual deve ser concluído até 30 de
março;
c) eleger o Conselho Deliberativo, em ano de eleição;
d) eleger a Comissão Fiscal, em ano de eleição;
e) eleger sócios beneméritos.

Art. 15º– A Assembleia Geral Extraordinária se reunirá sempre que convocada e decidirá sobre
os assuntos constantes do edital de convocação.

Art. 16º– A convocação das assembleias gerais se fará por edital publicado com antecedência
mínima de quinze dias em pelo menos um jornal diário do Rio de Janeiro, sendo mencionados
no edital o local, dia e hora das reuniões e os assuntos a serem tratados. Serão também
enviadas, em tempo hábil, cartas convocatórias a todos os sócios do CONGA.

Art. 17º– As assembleias gerais se reunirão, em primeira convocação, com pelo menos metade
mais um dos sócios e, em segunda convocação, com qualquer número deles.
Art. 18º– Nas assembleias gerais o sócio só poderá dar número, tomar parte nos debates, votar
e ser votado se satisfizer as seguintes condições:
a) estar quite e em pleno gozo de seus direitos;
b) no caso de ser pessoa jurídica, estar representado na forma do artigo 6º, parágrafo único.
Parágrafo Único - No caso de sócio individual, não vale o voto por procuração.

Art. 19º– Nas assembleias gerais, tanto os sócios individuais quanto os coletivos e
mantenedores terão direito a um voto cada um, salvo no que diz respeito às eleições para o
Conselho Deliberativo e para a Comissão Fiscal, que se regerão pelo disposto no Capítulo X.

Art. 20º– As assembleias gerais extraordinárias poderão ser convocadas pela Diretoria, pelo
Conselho Deliberativo, pela Comissão Fiscal, ou mediante requisição de mais de um décimo do
número total dos sócios quites e em pleno gozo de seus direitos.

Art. 21º– A direção das assembleias gerais será exercida pelo presidente do CONGA ou seu
substituto legal e mais três sócios, eleitos ou aclamados pela Assembleia Geral, sendo um deles
designado pelo presidente para secretariar os trabalhos.

Art. 22º– As deliberações nas assembleias gerais serão tomadas por maioria simples de votos.

SEÇÃO III
CONSELHO DELIBERATIVO

Art. 23º– O Conselho Deliberativo do CONGA será composto por dezoito conselheiros, que
terão mandato de três anos, e pelos ex-presidentes. Dos dezoito conselheiros eleitos pela
Assembleia Geral, doze serão eleitos pelos sócios individuais e seis serão eleitos pelos sócios
coletivos e mantenedores. Os candidatos não eleitos serão considerados suplentes.
Parágrafo Primeiro - Para ser membro do Conselho Deliberativo como ex-presidente, o
presidente em exercício tem de ter exercido esse cargo sem interrupção, desde que foi eleito
até a reunião do Conselho Deliberativo que elegerá a Diretoria para o mandato seguinte,
podendo exercer, já nessa reunião, a sua nova condição de membro do Conselho Deliberativo, a
qual será vitalícia.
Parágrafo Segundo – Os ex-presidentes qualificados a pertencerem ao Conselho Deliberativo,
conforme rege o parágrafo primeiro deste artigo, receberão, individualmente, o título de
Presidente Honorário, ao deixar a presidência.
Parágrafo Terceiro - Todos os membros do Conselho Deliberativo devem ser sócios individuais.
Parágrafo Quarto - Os membros do Conselho Deliberativo exercerão suas funções sem
remuneração.

Art. 24º– O Conselho Deliberativo se reunirá sempre que convocado pelo presidente do CONGA
ou pela maioria de seus membros.

Art. 25º– O Conselho Deliberativo, na primeira reunião após a sua eleição, elegerá a Diretoria
que será, obrigatoriamente, composta por membros do Conselho.
Parágrafo Único - A primeira reunião do Conselho que trata o presente artigo será realizada no
prazo máximo de trinta dias após a sua eleição.

Art. 26º– – São atribuições do Conselho Deliberativo:


a) aprovar os programas de atividades do CONGA;
b) aprovar o orçamento anual;
c) aprovar o Regimento Interno dos núcleos regionais e o Regulamento do CONGA;
d) aprovar a criação e a extinção de núcleos regionais;
e) referendar a proposição de concessão de títulos de sócios beneméritos; será exigida para
esse fim, a aprovação por um mínimo de dois terços da totalidade do Conselho Deliberativo.
Parágrafo Único – As deliberações do Conselho Deliberativo serão tomadas por maioria simples
de votos, exceto conforme alínea “e” do Artigo 28º.

Art. 27º– O membro do Conselho Deliberativo que incorrer em abandono de suas funções será
substituído pelo seu suplente, conforme procedimento a ser definido no Regulamento do
CONGA.

Art. 28º– Em caso de vacância no Conselho Deliberativo, a vaga será preenchida pelo suplente
mais votado, dentro da mesma categoria de eleição, entre os votados pelos sócios efetivos
coletivos e mantenedores ou pelos sócios efetivos individuais.

SEÇÃO IV
COMISSÃO FISCAL

Art. 29º– A Comissão Fiscal, com mandato coincidente com o do Conselho Deliberativo, será
constituída por quatro membros, sendo dois eleitos pelos sócios efetivos individuais e dois
eleitos pelos sócios efetivos coletivos e mantenedores. Os candidatos não eleitos serão
considerados suplentes.
Parágrafo Único - Os membros da Comissão Fiscal exercerão suas funções sem remuneração.

Art. 29º– Cabe à Comissão Fiscal examinar as contas e o balanço geral do CONGA, emitindo
parecer, o qual será submetido à Assembleia Geral Ordinária.

Art. 30º– A Comissão Fiscal poderá, em qualquer época, verificar o caixa e examinar a
contabilidade do CONGA, requerendo, sempre que lhe parecer necessário, a convocação da
Assembleia Geral.
Art. 31º– Em caso de vacância na Comissão Fiscal, a vaga será preenchida pelo suplente mais
votado dentro da mesma categoria de eleição, dentre os votados pelos sócios efetivos coletivos
e mantenedores ou pelos sócios efetivos individuais.

SEÇÃO V
COMISSÕES TÉCNICAS

Art. 32º– As Comissões Técnicas serão instituídas pelo Conselho Deliberativo a fim de discutir e
analisar assuntos de interesse da comunidade técnica de barragens, visando consolidar
conhecimentos e/ou propor recomendações que representem um avanço no estado-da-arte
desses assuntos.

Art. 32º– Cada Comissão Técnica será coordenada por profissional, sócio do CONGA, nomeado
pela Diretoria, depois de ouvido o Conselho Deliberativo. Caberá ao Coordenador escolher os
demais integrantes da Comissão.

Art. 33º– O Coordenador de cada Comissão Técnica apresentará, num prazo de até sessenta
dias, contados da sua nomeação, um escopo de trabalho a ser submetido e aprovado pela
Diretoria.
Parágrafo Primeiro - A cada Comissão Técnica será dado um prazo para a realização do seu
trabalho, ao final do qual será submetido ao Conselho Deliberativo um relatório de suas
atividades. Independentemente do prazo concedido, o Coordenador deverá encaminhar,
anualmente, à Diretoria, relatório de andamento das atividades. Concluídas as atividades que
lhe foram cometidas, a Comissão Técnica será extinta ou, se julgado conveniente pelo Conselho
Deliberativo, novas tarefas lhe serão atribuídas.
Parágrafo Segundo - Todas as Comissões Técnicas serão automaticamente extintas ao final do
mandato do Conselho Deliberativo.
SEÇÃO V
ELEIÇÕES

Art. 34º– A eleição dos membros do Conselho Deliberativo e da Comissão Fiscal será realizada
por escrutínio secreto.
Parágrafo Primeiro - A eleição e a apuração dos votos serão realizadas em Assembleia Geral
Ordinária.
Parágrafo Segundo - A posse dos eleitos ocorrerá dentro do prazo de trinta dias, numa reunião
do Conselho Deliberativo.
Parágrafo Terceiro - Será permitido o voto por correspondência, desde que assegurado o seu
sigilo e o seu recebimento até o momento de início da Assembleia Geral Ordinária em que se
dará a eleição.

Art. 35º– A Diretoria designará, para cada eleição, uma Comissão Eleitoral de três membros,
que sejam sócios individuais efetivos.
Parágrafo Único - Caberá à comissão eleitoral fixar o calendário, inscrever os candidatos,
proceder à apuração dos votos e proclamar os vencedores.

Art. 36º– Os pedidos de registro de candidatos deverão ser encaminhados, por carta, à
comissão eleitoral, até sessenta dias antes da data da eleição.
Parágrafo Único - São elegíveis os sócios que tenham mais de dois anos de filiação ininterrupta
e estejam em dia com suas contribuições.

Art. 37º– A votação se dará em duas urnas, uma contendo os votos dos sócios coletivos e
mantenedores, e outra os votos dos sócios individuais.
Parágrafo Único - Cada sócio efetivo individual terá direito a um voto e cada sócio efetivo
coletivo e mantenedor terá direito a um voto para cada múltiplo de dez quotas subscritas.
Art. 38º– Serão inicialmente apurados os votos dos sócios coletivos e mantenedores,
elegendo-se seis membros do Conselho Deliberativo e dois membros da Comissão Fiscal. Em
seguida, serão apurados os votos dos sócios efetivos individuais, elegendo-se doze membros do
Conselho Deliberativo e dois membros da Comissão Fiscal.
Parágrafo Primeiro - Os candidatos não eleitos serão considerados suplentes e ocuparão as
eventuais vagas supervenientes, respeitando-se a categoria dos eleitos, a destinação e a
quantidade dos votos.
Parágrafo Segundo - No caso de se verificar empate, será vencedor o candidato que tiver maior
tempo de filiação ininterrupta. Persistindo o empate, será vencedor o candidato de idade mais
avançada.

CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 40º– O ano fiscal do CONGA coincide com o ano civil.

Art. 41º– Os recursos do CONGA serão constituídos pela contribuição dos sócios, auxílios,
doações e outras receitas.

Art. 42º– Os sócios não respondem individual nem subsidiariamente pelas obrigações
contraídas pelo CONGA, desde que contraídas nos termos, condições e atribuições previstas no
presente estatuto e em conformidade com a legislação em vigor.

Art. 43º– A dissolução do CONGA somente poderá ser decidida em Assembleia Geral
Extraordinária especialmente convocada para esse fim, com o quórum de, no mínimo, ¾ (três
quartos) dos sócios em pleno gozo de seus direitos. Efetivando-se a dissolução, após honradas
todas as obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas incidentes, o patrimônio do CONGA
será doado a uma entidade com finalidade semelhante e sem fins lucrativos.
Art. 44º– O Estatuto só poderá ser modificado em Assembleia Geral Extraordinária, em primeira
convocação, com a maioria dos sócios, e, em segunda convocação, com qualquer número.

Art. 45º– Os sócios presentes à Assembleia Geral de 25-10-1961, assim como os que
justificaram sua ausência a ela, são considerados membros fundadores do CONGA.

Art. 46º– Para dirimir toda e qualquer dúvida oriunda do presente estatuto fica eleito o foro da
Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 47º– Este Estatuto entrará em vigor na data de seu registro em Cartório.

Rio de Janeiro /RJ, 06 de setembro de 2005.

_______________________
Lupicínio Rodrigues
Diretor Presidente
DOC. 8
Cópia da ata de audiência pública realizada
Ata de Audiência Pública
Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental-EIA/RIMA
Rio Maracangalha - Usina Hidrelétrica Milton Nascimento

Realizou-se, no dia 26 de março de 2018, às 17 horas, na Sociedade Águas de


Março, localizada na Rua João José, n. 72, Salvador/BA, a audiência pública
sobre o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente
- EIA/RIMA relacionado à construção de barragem no Rio Maracangalha,
destinada à operação da Usina Hidrelétrica Milton Nascimento.

Dando início aos trabalhos, a Secretária Executiva do Instituto do Meio


Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA, Nara Leão, saudou e deu boas vindas
aos representantes dos Estados da Bahia e de Minas Gerais, bem como do
Município de Dorival Veloso, membros do Ministério Público, e aos demais
presentes.

Depois de explicar que a audiência pública constitui um dos momentos do


processo de licenciamento ambiental, cujo objetivo é ouvir a sociedade e
recolher subsídios sobre o projeto específico que será apresentado,
contribuições essas que serão juntadas ao processo para que os técnicos dos
órgãos responsáveis pelo licenciamento as analisem e verifiquem a
possibilidade de incorporá-las ao projeto, a Secretária Executiva do INEMA
esclareceu que seu papel nas audiências públicas é completamente isento, e
sua função é tão somente conduzir os trabalhos de forma totalmente neutra e
garantir que aqueles que têm algo a dizer sobre o empreendimento possam
fazê-lo de forma democrática e organizada.

Em seguida, expôs resumidamente as normas estabelecidas pelo Decreto


Estadual nº 14.024, de 06 de junho de 2012, para a condução das audiências
públicas, e compôs a mesa diretora dos trabalhos, compartilhada com o
Coordenador de Ação Estratégica do INEMA, João da Viola.

Passou-se à etapa em que se manifestam os representantes do empreendedor


e da empresa responsável pela elaboração do EIA/RIMA. Raul Seixas, Gerente
de Negócios da Usina Milton Nascimento, apresentou a empresa, a qual se
dedica a projetar e implantar soluções de infraestrutura no Brasil, mostrando
projetos de usinas por ela mantidas e explicando as características técnicas
envolvidas no projeto a ser desenvolvido no Rio Maracangalha. Apresentou,
ainda, layouts e esquemas de funcionamento prático de uma usina para os
presentes, explicando o conjunto de fatores que levam o Município de Dorival
Veloso a sediar a Usina Milton Nascimento. Por fim, o Gerente de Negócios
pontuou a geração de empregos que a Usina trará ao município, com estudo
quantitativo detalhado.
Foi passada a palavra ao Engenheiro Ambiental do INEMA, Luiz Galvão, que
apresentou, com detalhes, os estudos ambientais, dando ênfase à análise dos
principais aspectos do empreendimento, aos impactos negativos e positivos
que seriam causados ao meio ambiente e as medidas a serem implementadas
para mitigar e/ou compensá-los.

Posteriormente, foi aberta a participação da plenária, sendo o Gerente de


Negócios da Usina Milton Nascimento e o Engenheiro Ambiental do INEMA
designados para esclarecer quaisquer questionamentos. O Sr. Moraes Moreira,
pescador, solicitou esclarecimentos sobre o impacto da construção da
barragem em sua profissão, o que foi prontamente respondido pelo Engenheiro
Ambiental do INEMA e, por fim, lamentou a participação de público reduzido na
audiência. Sra. Bernadete Dinorah, lavadeira, questionou o que a empresa teria
a oferecer para sua categoria, o que foi respondido pelo Gerente de Negócios
da Usina Milton Nascimento e, em alusão ao comentário do Sr. Moraes
Moreira, pontuou que os realmente interessados se fizeram presentes.

Sem mais questionamentos, o Gerente de Negócios da Usina Milton


Nascimento e o Engenheiro Ambiental do INEMA agradeceram e se colocaram
à disposição.

A Secretária Executiva do INEMA assumiu a palavra e encerrou audiência, às


18h 43min, da qual eu, Pedro Anibal de Oliveira Gomes, assistente
administrativo, lavrei a presente ata, que foi lida, achada conforme e firmada
por todos os presentes, conforme relação presente em anexo.

Fizeram-se presentes apenas aqueles mencionados na presente ata.

Salvador, 26 de março de 2018.

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