Você está na página 1de 17
»).., ee eee Seen reer es Cerner eet ear eee IF esponde a sas © otras quest Cai eee cones] errs Se eee eat Come ie anere ier SaReie eee ee Renee Osan teers eee (Ses see ee See Er iieertneenet tamer ‘cere ee teens eee een ret Oeste eee enn ete ee eee ae Seen eee eed Coane Caan) ae ees coe anon eater ele dai da sxe dade ds eee ostas que buscamos er ase tecnicamente bem nitr, com seguranca CAPITULO 2 Aiguimas consideracées pedagégicas sobre a historia da crise ausas do fracasso & preocupacio sobre a qual iim todos os que estéo envolvdos com Educacio jam uma escola de qualidade to que sto muitas, nao apenas uma, Vou exci, no | casas macroeconsmicas e sua cortelegio police, simioria dens conhece ce core sateado: falta de lo ¢ de vontade patties, uso inadequado de verbas | precariedade de nstalagdese infra-estrutur, rem: ocente inqualifcve etc. Alémn do mais, rotineta e ie, sabemnos, elas volar a baila (e continuardo a }) 0 forma de cscusos beissimas e inflamados es- Mite quando se aproximam eleicBes em quaisquer jm sabe, um dia, nionos cheguer através de agbes | erniodepalavrasquese desfazem ao vento depos, do fracasso sobre as quais iMalisoa seguir fuitestemunha ocular; abraceicom thor ems eficz para os males que afigem a escol bras Jota Eassim sendo, cumpre coloc-la em pritca, De pre- oréncia, log. Ainda que trés anos depois apareca uma uta, que também é apresentads coma.a melhor opcio — que implique abandonar a aneror. {im torn de 1970, 0 modelo tradicional de ensino co- cou a ser substituldo, embora lentae timidamente, pe- pias de John Deve, Maria Montessori, Decoly, Paulo ire, Aisi ebira, Piaget Vigotskietantos outros gran- homes da Pedagogia. Suas tors comecam ainfluen- 0 idedrio dos professres. [Da Fscola Ativa,o ‘aprender a aprender’ deixou mar- profundes, Ensinarcontetido, de repente néoé mais \inportante quanto independentizar oaluno, O*sa- bancétio” é rechagado e Paulo Freire surge com a betizacdo comprometida com a consciéncia polt- professor tem que jogarforaaslistas de coetivos, ino, plural de nomes compostos etc. A"decoreba irgada e é bem-vinda a reflexdo, A democratiza- ts relacbes em classe também surge como desa- a professores que, até entio, haviam sido lose trabalhavam como autoridades incontest Teoria da Nao-Diretividade, de Carl Rogers, al Inequivocamente a relagao professor-aluno, io 0 “modelo humanista” para a escola. Surge a dor” da aprendizagem, e subitamente o docen- ‘speranga eentusiasmo, muitas das mudangas aque me re- feriei no decorrer do vo; de outrastantas desconfe da eficdcia, mas tentei aplcarsentindo na pele as dficuldades, peracionss ~e por vezes até suas revises derrotss. “Trabalheielutel nesse mister por mais de trinta anos. ‘Anda no desist, que nfo sou de abandonar ess causa na «qual creio mulissimo...Comecei em 1968, como professo- fa alfabetzadora, depois ful supervisorae, finalmente na Universidade Federal do Rio de Janeiro, me deique a for- ‘mac de profissionas da educacio ‘Acredito que ts fatres nics tm contibuido para 4 queda da qualidade de ensino: 1). mé compreensio alstorco das novaslinhas pedagégicas aplicadas —devido Aescassezouinexisténcia de treinamento docente adequa- do, antes daimplantagdo;2) falta de experimentacdopré- via em projetos-piloto, antes da implantagéo geral a0 sistema;e3)oraraacompanhamentode resultados de ceda nova proposta implantada, Uma ripida (¢incompleta) retrospective de como se ingroduieam mudangas no processo educacional brasile- ro nos iltimostrntae poueos anos pode se itil para que se entendla parte das razbes do fracasso. ‘Mudangas a toque de caixa ‘Uma das piores consegincias dos fatoresanteriormen= te citados é a grande inseguranca que determinam nai professor. Cada inovagio é sempre apresentada como ame-j lr codec are aor ote em vd conte po re tem que compreender e assimilar que “ninguém en- sina nada a ninguém’. ‘Assustado, angustiado, o professor se pergunta’ “Maus Dens, tudo iso é muito tndo, ‘mas na prea, o que significa, como d que faa?” ‘Avelocidade das transformagoes sociais,tecnolégicas © relacionais¢ intensa. Com isso, uma conhecida e muito uti lizada técnica de ensino podia ser condenada, banida, consideradaYantiquada" de uma hora para outra. Os profes~ sores, atdnitos,assistem a derrocada de tudo ou quase tudo aque aprenderam nos cursos de formagio. ‘Aforma clissica de trabalhar é ‘virada do avesso™.O do~ cente repentinarmentese sentedespdo de todo o arsenal pr tico canecido ese vé diante de uma quantidade enorme de idéase formas de trabalhar em sala que é preciso aprender. E répido... Porque} foram aprovadese esto endo utlizadas; i escoal!! Muitas dssas tors, ue soam belfssimas na le tra do texto, parecem aos docentes verdadeiros enigmas na pritica. Em outras palavras, o professor se pergunt + Como transfermar essa woras, to rca, to nouns eto di ferent, em fazer peagigia"? + Coma atuar para serum professor madera, no tradicional ri ulerapassudo? + Como esinarao also o aprender a aprender"? + Came cumpriro programa que continuame ae cobra a ‘mesmo temp, atender ao que alu gosta e que fazer qu pode no ter nonkua relia com o que a sociedade espe? + Como fazer cumprir 0 “contrato de trabalho" preconizado or Rogers, nama salad aula queabriga tint quarenta alas, quarenta quereres dlerses, quarenta opinidesge- ‘das por obetvos pessoas também diversos? Parte des slans esd realmente interessada em aprender, mas ow tra boa parte (em especial se fre adolescentes movides elo hedonism, pragmatism e uilitarssmo que hoje do- tina a Sociedade) quer mesmo é namorar mats, conver sar com osamigasesabera mintme posse! (om algunas ercdes;naturabmente). Todos, porém, julgando ser um iri inaliendve ser aprovado, passa de ana, formar-se (afinal°35 profesor maim reprovealwno, no & 10 que andar dizendo por al?" mo agi, ento? Como conciliartantas mudangas e los novos, se as difculdades mais simples nao so sa- ‘omotutmas grandes e com poucss horasde aul, por plo? Como esclarecer suas préprias divas, sem pare- i profissional incompetente? E como atender ds com- larefas de um curriculo que, a cada ano, é acescido desafios (por exemplo: como tratat com seguranca jvagdo o tema transversal “Prevencao ao uso € abuso 3, sea tealidade brasileira tos mostra que parte dos res netn escreve cortetamente? Ou se jamais teve 9 sequer visual, coma forma fisica do crcl?) feslocarmos o foco de nossa atencio dos grandes turbanose nos voltarmes para ospprofessores da irea cla periferia das grandes cidades, a defasagem serd nte ainda mais grave peito do que preconizou a Lei de Diretizes eBases ‘ano de sua entrada em vigor, e que também Para que tivessem sucesso, deveriam ter sido prcedidas por mudancas na infra-estrucura e por treinamento sério los docentes. Er resumo, o que temas visto acontecer é ‘marcou o inicio da chamada Década da Educagao, persis tem no Brasil professoresleigos; muitos ndo recebem um salério minimo mensalmente; outros |éem e escrevern mal Mas, apesarde tudo sso, as autoridades esperam que © professor, assim, de hora para outra, aprenda assuntos que nunca foram sua escolha profissional¢ também que, ‘num passe ce mégica, mude sua metodologia de ensino ‘com entusiasmo.e empenho (seguranga ele vai buscar aon- de) —e que colha muitos e melhores resultados —, mesmo «que esa nova forma de nsinar demande reformas fisicas que tio acontecerame verbas que no apareceram para adaptar a realidade de suasclases,ltadas, mal equipadas, ds ves mul tiseriadas Fosturas desse tipo podem dé fato melhorar a qualida- de da Fcucagdo? €o que sinceramente me pergunto. Ha real intengo ce melhorar a Educacio atuando des- saforma? Nas tiltimas décadas, autoridades educacionais vém adotando medias que parecem ignorar (desconsiderar?) ascondigdes reals de trabalho nas salas de aula, Se no ig- rnoram,pior ainda, porque nada fl fetta para que ais me- dlidas dessem certo. Treinamento adequaddo e sufcient, previsio e provisto de equipamentos, s6 para citar duas. ‘Mas a mudanca, ah! £ssa 6 implantada imediatamente.. Por isso — ainda que respaldads co ponto de vista de te- ria pecagdsica “ce ponta” —, transformam-se em mais Fracassos. petsoctternnaTe eslinasiasala deal o pro fesorndo reese otrenarerto dequenecsstapaa_| fearon segura o nove mal. Mito menor hogan ele orsupries acsos dein estat rear oo eqiparerto que pera Sip Garinen Relacio professor-aluno, 0 afeto como métado ‘Alem desse contexco de mudanga metodol6gica acelera- i novasteoris também trouxeram elteragoes prafun- no que se refere & relacio professor-aluno — que se valotizou.0 bom professor é "amigo" dos alunos, Ponto, Peqwena pasa para reflnior Seni que un profesor do “neso tempo” deprimdrio, mesmo ques njconsiderades“antiquadss para os padres ets, 1a qu nos ensinava com empenho, qu ra jas, ep, cao, rabalhador, precupado em fazer aprender ~ ain que si e carancudo — ndo era nosso amigo? Ea que é lm “professor amigo"? Nao sera o que nos fr ( fiz) render —e bem? “reyoay as os de toosetoracs po doar Compe osepato cate ones: Benen te ques ati “ Ser amigo dos alunos passou a signiicar antes de tudo set compreensivo e aceitar as diferencas individuals como algo definido —e defintiva, A teoria pode nao ter preten- dido isso, mas, no nivel prtico, qualquer intervenco em termos de controle de discipline ou de avaliacao (de com- portamento e de saberes) é atualmente entendlida como, ameacadora a “boa relacio". (Os ‘melhores’ professores passarama ser aqueles cujos alunos “as adoram’ no importa tanto se ensinam ou nao, iportante & compreender, entender as lficuldades, Considerar seus problemas emacionais, sua classe social (dentro desse enfoque, alunos declasses menos favorecidas precisam ser compensados afettvamente, endo como deveria, superando deficiénclas de saberesqueefetivamenteimpedem seu progress financeiro e social) e ajudar a superé-los do ponto de vista emacional-afetivo, Professor torna-se, nesse con- texto, sindnimo de “especialista em relacbes humana’. Aids, “professor”, ao que parece, &termo que nem deve mais ser empregado, Sugere-se educador ou faclitador. Como se, mudando o nome, tudo o mis ficasse resoWvido! Endo fica — basta ver nossos resultados! ‘Aidéia de entencler as diferencas e dificuldades indivi luais 6 perfeita. Desde que — como educadores, professo- res, facltadores ou que nome tenha —, além de aceite as particularidades do individuo, agissemos de forma efetiva para supers-las,principalmente em termos de aprendizagem. ‘Sb compreenderé mui pouco. 6 aceitar, também. E preciso que a escola cumpra seu papel. Que é, antes de tudo, preparar 0 aluno (e, por meio dele, a sociedade) ‘para crescer intelectual, reflexivae tecnicamente para po- ter enfrentaro mundo tl como elese nos apresenta hoje, Eom todas a suas difculdades de emprego, exigéncas de ualidade ete Focer,tnica ou prioritariamente, 0 aspecto nocionalé trabalho para pscdlogose terapeutas, no para Jet tem compromisso com a qualidade da aprendizagem, Compreendidos nossos ovens tém que ser, sim, sem livida, mas superando suas dificuldades de aprendicagen more. [assim que oaluno precisa ser amparado. ‘Acreditar no potencial do ser humano, na real capaci ae de vencer e superar seus problemas edeficiéncias € cial pata que o professor n&o se aliene do seu real evo. Reprovacio, causa ou conseqiét rinsecamente relacionada & questo anterior, a for- pensar a aprovaco/repravacio de alunos merece Ie pelo foco que assumiu nas ditimas décadas, iscrevo a seguir dois pequenos textos, extraidos de publicados em revistas de educaglo, assinados por ibnalsda rea (aos quals faco questo de esclarecer, ul crticando conceltualmente, e a quem dedico speito). Como esses dots, poderiam ser centenas 5, que continuamente vém sendo publicados, den- mesmo enfogue. selecio foi, portato, aleaté- Djtivo, levaro leitar a rfletie sobre de que forma Inadlas afirmativas, especialmente as categéricas, vindas de formadores de opinito altamente qualificados, Igoar 0 processo. Percebe-se (especialmente lendo-os na Fessoam e modificam a prxis docente: eyra.0.que recomendo) 0 objetivo de esclarecer, informer Drientar 0 processo de avaliagiio ~ que realmente ainda tinue mal compreendido e mal executado em grande te dos casos. O que me preocupa —e me parece forte mais dai aimporcncia de se repensar— slo essas formas nativasecategéricas com que se traduzateoria —“opro- 7, do eprova, dest oaluno"; “sistema estardeorrompi- pel coo restive” ou “a comparagioénociva sempre” — ju repercussdo na prética pedagégica, fF imenso o niimero de especialistas que afirma ser a iaglo um recurso autoritrio, elisa, de manutencio sts qu, de subrmissio et, se conceito,amplamente dfundido,s6 é verdadero se fessor utilizar de forma incorreta a avaliacao. Porque jn 6 bom ou mau em sO uso que se faz dos objetos, das is clas palavras € que pode ser born au mau, adequado jndequado, itil ou nocivo.Asafirmativas acim grifadas portant verdadeiras poréns apenas em parte rendimento do aluno de fato depende diretamente lho docente. Se ele ensina bem, usa metodologia jada, incentva ectia oportunidades de refiexio, revi- fhxagio, se ha recupetacdo paralela sempre, em boa Wdos casos o aluno atinge os objetivas desejados. Em & preciso deixar bem claro, Forque a aprendizagem ecdece a uma relaglo de causalidade inequivoca...A lzagem niio depende apenas dos recursos de ensi- ‘apenas do professor, mas também de muitas ou- dveis... Condigdes de trabalho, remuneragao a dos docentes, formagao e atualizago dos pro- Opnfessor once profsiona eu facase éaribuldo,ou- omaticamente «suas vtimas: se aluno no aprend que nil estudou eno por culpa do profesor. Enquante o profes sor tver 0 poder de destruir 0 aluno mediante reprovci, 0 sistema escola estard,fundamentaiment,corempido pela ‘up iresstive* pape do professor é cular para ques que no escreve to bem seam mats cuidados do que aqeles qu eserevem ber. O quese fa, enretanto? Apenas 8 enaltecea competi, di ‘ulgando note prémios.Disulgam-seresultades(avaliagio lasificatiria e nada se faz para oprtunizar aos que prec am de aja para avancarem naquelaséeas. Com certea, ‘ses que nda escreve fer, por exemplo, tamibém sto melo resem outros aspetos da escola ou da vida. Muitas ves sto ovens que tém que trabalhay para sustentar a ful, sio times mises so ecelenvesogudores de futebol Ea escola tendeadesconsidrar esas dreas como de menor vor! Nio lot Traa-sedepessous diferentes, 5 so. cmiparaglo& roca em qualquer crcunstnca, porque sempre elancase Josens sido perdendo com isc Importante ressaltar que ambos ostextos se baselam em ‘modems conceitos da érea de avaliagio. Nao ha, nas afi ‘mativas,erros concetuais ou propéstos outros que no aper- i

Você também pode gostar