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FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO


PSICOLOGIA DO DIREITO

DAVYSSON FERNANDES

ESTER SENA

ISLAN COSTA

JOELMIR WESLLEY

KAMILLY ALMEIDA

LEILANNE SEIXAS

TAMIRES DOS SANTOS

PSICOLOGIA FORENSE

MANAUS – AM
2022

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DAVYSSON FERNANDES

ESTER SENA

ISLAN COSTA

JOELMIR WESLLEY

KAMILLY ALMEIDA

LEILANNE SEIXAS

TAMIRES DOS SANTOS

PSICOLOGIA FORENSE

Artigo apresentado para obtenção da nota parcial


da N1, pelo Curso de Direito do Centro
Universitário FAMETRO.

Orientador: José

MANAUS – AM
2022

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PSICOLOGIA FORENSE

PSICOLOGIA FORENSE

• O QUE É; O QUE PRECISA PARA SER UM PSICÓLOGO FORENSE?

A Psicologia Forense é um ramo de estudo que atua em conjunto com o Direito.


Basicamente, essa ciência analisa as capacidades psíquicas dos réus, bem como
seus comportamentos. Nesse sentido, a Psicologia Forense atua, principalmente,
em processos jurídicos e investigativos.

Por meio de uma análise comportamental e psicológica, o psicólogo forense pode


auxiliar na decisão judicial, pontuando se o réu é ou não capaz de responder pelos
próprios atos.

A Psicopatologia Forense aborda as questões das doenças mentais e dos


transtornos mentais e suas repercussões jurídicas: Diferenciar réus imputáveis e
inimputáveis (Direito Penal). Diferenciar capazes e incapazes (Direito Civil).

Desde meados de 1930 psicólogos já desenvolviam atividades nessa área, como


o psicólogo polonês Waclaw Radecki no Laboratório de Psicologia da “Colônia de
Psicopatas de Engenho de Dentro”, no Rio de Janeiro.

O que precisa para ser um psicólogo forense?

Inicialmente, para se especializar em Psicologia Forense, o estudante deve ter


graduação completa em Psicologia, bem como o registro no Conselho Regional
de Psicologia, a fim de garantir a regularidade da sua atuação profissional. Após
concluída a graduação, é preciso fazer alguma pós-graduação na área, como:

• Psicologia Forense e Jurídica;

• Investigação Criminal e Psicologia Forense;

• Investigação Criminal e Neuropsicologia Forense;

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• Psicologia Judiciária;

• Psicologia Jurídica e Inteligência Forense.

O que faz um psicólogo forense? A importância e onde ele pode atuar

O QUE FAZ UM PSICOLOGO FORENSE, A SUA IMPORTANCIA E ONDE ELE PODE ATUAR.

O psicólogo forense é um profissional da área da Psicologia que avalia a saúde mental de


um indivíduo envolvido em um processo judicial para auxiliar o juiz no veredito de um
caso.

Mas sua atuação não se resume somente ao auxílio do veredito, na verdade a maior
parte do seu trabalho está fora dos tribunais, pois também atuam:

• Na avaliação psicológica e terapêutica de pessoas que cometem crimes e coisas


do gênero.

• Faz avaliações privadas no próprio consultório e entre as demandas estão:

1- Advogado que precisa de uma avaliação para consubstanciar alguma


demanda

2- Pessoas que sofrem psicopatologia severa (exemplo esquizofrenia) e


essa pessoa precisa se aposentar, então esse tipo de avaliação
psicológica pode ser feito por um psicólogo forense.

3- Casos de bipolaridade, episódios maníacos podem fazer com que


pessoas descontrolem seus gastos e essas pessoas pode comprometer
a saúde financeira da família e a avaliação dirá se essa pessoa terá
seus direitos civis suspensos ou por tempo determinado ou por tempo
indeterminado. Então vai acontecer que será nomeado um tutor que
cuidará dessa pessoa e quando precisar fazer uma movimentação
financeira, será feita pelo tutor. A perícia tem que ser feita com rigor
para ter certeza que não se trata de um golpe da família.

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• Falsas acusações de abuso sexual, esse é um tipo de caso que vem crescendo
muito no Brasil, se antigamente tinham alienação parental em que a mãe jogava
o filho contra o pai, hoje em dia as coisas começam a ter contornos mais graves,
pois as acusações de alienação parental foram substituídas pela acusação de
abuso sexual.

• O psicólogo precisa conversar com o pai e mãe, precisa fazer testes com a criança
para verificar se realmente o abuso foi cometido.

• Um dos grandes riscos da profissão do psicólogo forense é se pautar somente


pelo discurso das pessoas interessadas nos casos

• Uma avaliação não pode ser feita simplesmente pela simpatia à criança ou se
deixar levar pela conversa do pai ou da mãe. Seria muito fácil manipular um
resultado.

• A avaliação deve ser feita com técnicas e ferramentas cientificas, validadas


internacionalmente.

O processo de avaliação é longo, geralmente usa-se

Teste de Rorschach
Teste de Zulliger
Teste HTP
Teste TAT
Escala Hare
Avaliação de Risco de Reincidência de Violência

Esses testes diminuem as possibilidades da pessoa manipular os resultados.


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• O psicólogo forense pode atuar também como assistente técnico trabalhando
diretamente em conjunto com os advogados em situações de audiência ou
julgamento

Acompanhando depoimentos de menores que possivelmente podem ter


sido vítimas de abuso, os chamados depoimentos sem danos. Instruir o advogado
nas perguntas que irá fazer ao psicólogo que tá entrevistando a criança para o
juiz ou para as partes.

Uma dica para os colegas futuros advogados, quando vocês tiverem diante de
uma avaliação psicológica de apenas uma pagina e meia, refutem a avaliação pois essa
avaliação de certeza foi pautada apenas numa consulta de 50 minutos o que é um erro
grave, pois o psicólogo corre o risco de tomar lado seja da acusação ou do acusado.

Um bom laudo psicológico tem na casa de 50 páginas, pois é certo que ele terá
resultados de testes internacionalmente conhecidos como os que citei anteriormente.

• O DIREITO E A PSIQUIATRIA

Em casos de homicídio, e havendo dúvidas quanto à imputabilidade do acusado,


o primeiro requerimento a ser feito tanto pelo promotor quanto pelo advogado de defesa
é a determinação do estado mental do suspeito, a qual é realizada através da instauração
do chamado "incidente de insanidade mental" realizado por peritos em saúde mental
para realizar os exames.

A Culpabilidade

É a capacidade que o agente tem para decidir livremente entre o certo ou o errado,
portanto só haverá culpabilidade quando existir liberdade de decisão do agente, é a
culpabilidade que distinguirá a conduta do indivíduo normal do indivíduo insano.
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A Imputabilidade

Determina aquelas pessoas que se pode imputar penas, ou seja, que são imputáveis.
Significa que esses indivíduos estavam em plenas condições físicas e mentais e tinham
consciência do ato que cometeram ser um crime.

A Inimputabilidade

É o termo associado ao agente que, ao tempo da infração penal, não tinha o


discernimento necessário para compreender a proibição imposta, bem como as
consequências de sua conduta. Fator esse que, em tese, exclui a sua responsabilidade
sobre os danos ocasionados por seu comportamento.

O Código Penal, em seu artigo 26, apresenta duas hipóteses de inimputabilidade, sendo:

I- Inimputabilidade por doença mental;

II- Inimputabilidade por imaturidade natural.

Semi-Imputabilidade

O parágrafo único do artigo 26 do Código Penal, faz referência às pessoas semi-


imputáveis, essas pessoas são vistas pela psiquiatria como indivíduos fronteiriços, que
vivem em uma zona entre a loucura e a sanidade mental.

Os semi-imputáveis não serão isentos da pena, mas terão suas penas reduzidas de um
a dois terços.

COMO A PSICOPATOLOGIA FORENSE ESTUDA A MENTE DO PSICOPATA?

A Psicologia Forense é um ramo de estudo que atua em conjunto com o Direito.


Basicamente, essa ciência analisa as capacidades psíquicas dos réus, bem como seus
comportamentos.

Por meio de uma análise comportamental e psicológica, o psicólogo forense pode auxiliar
na decisão judicial, pontuando se o réu é ou não capaz de responder pelos próprios atos,
por exemplo.

Por sua vez, a Psicologia Criminal é uma ramificação mais específica que estuda o que
leva uma pessoa a cometer um crime, tentando decifrar o comportamento criminoso.
Para isso, essa teoria investiga os pensamentos, as razões, as emoções e as intenções

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que marcam o momento da transgressão. Assim como a Psicologia Forense, a
Psicologia Criminal também auxilia em investigações policiais.

•ele analisa o comportamento, o histórico de vida do sujeito, seu meio social e suas
capacidades psicológicas.

•Essa análise é feita por meio de pesquisas, entrevistas e testes psicológicos, com o
objetivo de produzir materiais que possam ser usados como evidências do crime ou
como provas de que o indivíduo não tem aptidão para responder legalmente por seus
atos. Além disso, o psicólogo forense também observa se há propensão do crime ocorrer
novamente, guiando as decisões do processo judicial.

Esse profissional também trabalha com o acompanhamento de pacientes, tentando


entender seus anseios, inseguranças, traumas e desvios de comportamento, a fim de
aplicar um tratamento adequado e poder ressocializar o indivíduo, evitando também a
reincidência criminal.

• CONSIDERAÇÕES

Quando falamos de comportamento humano, contudo, as variáveis envolvidas são


muitas e complexas – falamos de motivações, conscientes e inconscientes, falamos de
desejos, de angústias, de paixões, de ódio, amor, cálculo –, enfim, falamos dos reflexos
comportamentais da vida psíquica das pessoas. E, ao adentrarmos essa esfera, somos
forçados a lembrar que o psiquismo humano, assim como todos os aspectos do
organismo vivo que é o homem, está sujeito ao adoecimento. Privado de sua capacidade
racional de decidir e de entender, esse indivíduo passa a ser responsabilidade dos que
o cercam: família, curadores e, em última análise, o Estado. A partir daí, fazendo o
raciocínio inverso do que fizemos anteriormente, o seu psiquismo doente pode se
manifestar como comportamentos destoantes da norma, correndo o risco de não se
enquadrar nos parâmetros estabelecidos por seu grupo.

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