Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
No ensaio final que escrevi no ensino médio, argumentei que Marx foi
o pensador mais importante da história moderna - uma afirmação
ousada que todos na minha escola católica zombaram. Lembro-me
de alguém me dizendo que o marxismo logo seria esquecido e
apagado. Isso foi em 2004.
Então, uma questão central para aqueles que despertam para a vida
política hoje é a seguinte: o que é o marxismo e o que ele significa
para nossa análise política e nossa prática? Para começar a
responder a essa pergunta, devemos ver o marxismo não apenas
como uma teoria, mas como um método de análise e uma prática
política.
Embora Marx tenha críticas importantes a Hegel, ele não rompe com
todo o pensamento hegeliano. Em vez disso, Marx adotou a dialética
de Hegel, baseada na ideia da contradição - tese e antítese entrando
em conflito e formando uma síntese. Da mesma forma, Marx vê a
sociedade caracterizada por conflitos e tensões, em constante
movimento. Mas, para Marx, essas tensões estão enraizadas no
caráter material da sociedade, não nas ideias. Marx pegou Hegel e "o
virou de cabeça para baixo" - usando um método dialético
semelhante ao de Hegel, mas argumentando que a realidade material
move a sociedade.
O objetivo de Marx não era sonhar com uma sociedade perfeita. Era
examinar a sociedade tal como ela é e apontar para a possibilidade
de uma sociedade socialista nascer a partir do que existe. Em nítido
contraste com os socialistas utópicos, Marx procurou entender o
funcionamento interno do capitalismo, a fim de "dominá-lo" e
encontrar o mecanismo para derrubá-lo. Nesse sentido, Marx
argumenta que não se pode começar a luta contra o capitalismo nas
condições que se deseja - se começa nas condições que existem.
Essa é a base da teoria marxista.