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Universidade Federal Fluminense

Departamento de Química Inorgânica

Disciplina: Química Geral Experimental-B


Professor : Wagner Felippe Pacheco
Prática 1 - Substância Pura e Mistura
Prática 2 - Técnicas de separação de mistura

Componentes: Maria Angélica Souza - Química Industrial ;


Maria Eduarda Piva Rocha de Oliveira - Química - Licenciatura ;
Victor Vieira Cesar de Freitas Oliveira - Química Industrial.

Relatório P1 e P2

Prática 1

1.0 DENSIDADE ABSOLUTA OU MASSA ESPECÍFICA – 05/04/2022

Objetivo: Aferição de propriedades físicas, em específico volume e densidade absoluta de


forma prática de determinadas amostras dos elementos Al – alumínio, Cu – cobre e Zn – zinco.
Através das técnicas de pesagem, verificação do volume e realização de cálculos, além da
comparação com os valores de referência do Handbook off Chermistry and Physics

Introdução: Densidade absoluta ou massa específica é uma das propriedades físicas intensivas
da matéria, ou seja, são valores que podem ser medidos sem que a identidade e a composição
da substância sejam alteradas e que não dependem da quantidade da substância presente na
amostra. É encontrada através da razão a massa da amostra e o seu volume.

imagem 1.

A massa é uma grandeza física fundamental, uma propriedade extensiva da matéria e depende
diretamente da quantidade de matéria analisada. A forma de encontrá-la é com o auxílio de
uma balança e sua unidade de medida é o grama (g)

O volume, da mesma forma, é uma propriedade física extensiva e atualmente, pelo Sistema
Internacional de Unidades, a unidade de medida do volume é o metro cúbico. Utilizamos
uma unidade cúbica porque o volume é tridimensional, ou seja, envolve comprimento, largura
e altura.
Procedimento experimental: inicialmente, foram separadas as amostras de cada elemento:
alumínio cobre e zinco. Em seguida, foram colocadas em um béquer e realizada a pesagem em
uma balança. A priori, a balança foi zerada e já com o béquer posicionado selecionada a função
“Tara” (função responsável por deixar a balança sem o valor do peso do recipiente apoiado,
tornando possível a pesagem somente do material). Sendo assim, a massa de cada elemento
foi determinada, um por um, repetindo o processo. Foram encontradas as seguintes massas
1,48g , 49,48g e 14,95g para os elementos alumínio, cobre e zinco respectivamente.

Após a definição das massas,foi aferido o volume das amostras. Como nem todas as amostras
caberiam na proveta de 10ml, cuja forneceria um resultado mais preciso, foi utilizada uma
proveta de 25ml e adicionado agua destilada até a metade do seu volume indicado ( marca de
12,5ml ) e observamos o volume inicial igual a 12,5ml, após colocar a amostra de alumínio na
proveta, o volume dentro do instrumento foi medido em 13ml e a quantidade de agua era
suficiente para cobrir toda a amostra do metal. Em seguida, foi repetido o processo, na mesma
proveta de 25ml com a amostra de zinco, o volume inicial de 12,5 ml subiu para 14,5ml
deixando a amostra completamente submersa. O último volume analisado foi o do cobre, que
por sua vez fez o volume da água subir para 18ml, ficando também completamente submerso
no líquido. Já com os valores relativos ao volume de cada amostra – alumínio: 0,5 ml , zinco:
2,0ml e cobre: 5,5ml – e a massa de cada um - 1,48g , 49,48g e 14,95g para os elementos
alumínio, cobre e zinco respectivamente – foi calculada a razão das duas medidas para obter a
densidade absoluta de cada elemento (conforme mostra a imagem 1). Foram definidas as
seguintes densidades absoluras: 2,96 gmL-¹ para o Al ; 8,99 gmL-¹ para o Cu e 7,475 gmL-¹ para
o Zn.

Consultando no Handbook of Chemistry and Physics (Recurso de referência abrangente de um


volume para pesquisa científica) os valores referentes à densidade absoluta de cada elemento
e foi calculado o erro relativo percentual da seguinte forma:

Erro relativo percentual (%) = (Densidade calculada - Densidade referência) X 100

(Densidade referência)

Portanto, foram encontrador os seguintes valores: 9,62% para o alumínio, 0,33% para o cobre,
e 4,83% para o zinco. A possível fonte do erro seria a utilização de uma proveta não tão
precisa, uma vez que as maiores variações foram encontradas nas menores amostras, o que
evidenciaria a necessidade do material específico.

Resultados e discussão: após encontrados os valores referentes à massa e volume, foi


calculada a densidade das amostras (tabela 1).

Tabela 1: Valores de massa em gramas, volume em ml e densidade calculada em g.ml-¹

AMOSTRA MASSA (g) VOLUME (mL) DENSIDADE (g. mL-¹)


Al 1,48g 0,5ml 2,96g.ml-¹
Cu 49,48g 5,5ml 8,99g,ml-¹
Zn 14,95g 2,0ml 7,475g.ml-¹

Comparando a densidade calculada com o valor de referência do Handbook, percebeu-se que


houve discrepância, e após calcular o erro relativo percentual foi possivel observar as variações
dos cálculos e medidas realizados (tabela 2).

Tabela 2: densidade absoluta calculada, densidade absoluta referência e erro relativo


percentual.

DENSIDADE DENSIDADE ERRO RELATIVO


AMOSTRA ABSOLUTA ABSOLUTA DE PERCENTIAL.
CALCULADA REFERÊNCIA
Al 2,96g,ml-¹ 2,70g.ml-¹ 9,62%
Cu 8,99g.ml-¹ 8,96g.ml-¹ 0,33%
Zn 7,475g.ml-¹ 7,13g.ml-¹ 4,83%

Conclusão: É possível calcular a densidade com a razão massa/volume. Porém, como os


instrumentos utilizados não eram tão precisos, houve uma diferença razoável entra a
densidade absoluta calculada e a densidade absoluta referência (consultada no handbook). A
provável justificativa da variação do erro percentual é a precisão da proveta de 25 ml não ser
tão alta quanto a de 10 ml para amostras pequenas como as de alumínio e zinco, além das
pequenas variações no decorrer do experimento no volume da água que sempre era
influenciado durante a medição de cada amostra.

1.2 PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DO MAGNÉSIO (EXPERIMENTO DEMOSTRATIVO) -


05/04/2022

Introdução: O Magnésio e um elemento químico metálico com símbolo Mg e de número


atômico 12. Apresenta uma cor cinza – prateada ou um branco – prateado, sendo leve e de
dureza moderada, em forma de pó ou fita queima com uma chama branca de brilho intenso.
Por queimar com tanta intensidade, o magnésio é muito usado na fabricação de fogos de
artifícios.

Procedimento experimental demonstrativo: O procedimento laboratorial para demostrar a


queima do magnésio consistiu em: separar as amostras e os instrumentos a serem usados;
segurar uma fita de Mg com uma pinça metálica apropriada e cautelosamente levar a amostra
à chama de um bico de Bunsen. A queima transformara Mg em 2MgO (Óxido de Magnésio)
ocorrendo uma intensa liberação de energia em forma de um brilho branco.

A equação de equilíbrio da reação:

2Mg+ O2 => 2MgO

Considerações: Esta é uma reação exotérmica (a energia é transferida de um meio interior


para o meio exterior. Ou seja, ocorre liberação de calor) caracterizada também como reação
de adição ou síntese.

Resultados e discussão: Através da queima do magnésio metálico, pertencente ao grupo II,


obtemos a formação do óxido básico, óxido de Magnésio. Este óxido pode ser observado na
ponta da pinça após a queima da amostra do metal de Magnésio. Além disso, também pode
ser encontrado nos resíduos da queima da reação em forma “cinzas”, mas suas propriedades
diferem um pouco do magnésio metálico, sendo encontrado na forma de um pó branco e
pouco solúvel em água. Diferente do Mg, o óxido de Magnésio apresenta facilidades na
função de ativador e acelerador de reações. Em contato com a água podemos obter uma
solução aquosa e pura de hidróxido de Magnésio (Mg(HO)2), já as “cinzas” dos resíduos
também pode se obter uma solução aquosa impura, sendo necessário o uso de um indicador
para comprovar a presença de 2MgO na solução.

Prática 2

2.0 TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS– 05/04/2022

Objetivo: Prática e observação das técnicas de separações de misturas, utilizando diferentes


métodos de acordo com as propriedades físicas de cada substância.

Introdução: As misturas são um sistema formado pela junção de duas ou mais substâncias


puras, chamadas componentes. Algumas misturas não possuem propriedade e aparência
iguais em todas as suas partes, estas, são chamadas de heterogêneas e as de aspecto uniforme
são conhecidas como misturas homogêneas. A diferença entre elas é que
a mistura homogênea é uma solução que apresenta uma única fase enquanto a heterogênea
pode apresentar duas ou mais fases.

De acordo com as características particulares das misturas, elas necessitam de um processo


especifico para realizar a separação de alguns ou todos os seus componentes, de uma forma
geral, os métodos baseiam-se em conhecimentos fundamentais, como as propriedades da
matéria, o número de fases (aspectos visuais), o coeficiente de solubilidade, o tamanho das
partículas dos sólidos presentes e a miscibilidade (capacidade de dissolver) entre os
componentes.

A filtração simples, utilizadas em misturas com um solido em um líquido, é um dos processos


de separação usado em misturas heterogêneas. Quando essa mistura é colocada em um filtro,
o líquido atravessa o filtro e o sólido fica retido. Já a destilação fracionada é um método de
separação destinado a soluções homogenias, ou seja, uma mistura de dois líquidos e de
aparência uniforme, nesse processo de separação, há uma coluna de vidro que é preenchida
por obstáculos, sendo colocado entre o balão e o condensador. Essa coluna, permite que o
componente de menor ponto de ebulição chegue de forma mais rápida ao condensador e seja
destilado primeiro. Assim que ele for totalmente destilado, o próximo componente líquido da
mistura passará a ser destilado. Logo, essa técnica promove a separação por ordem crescente
de ponto de ebulição.

Procedimento experimental: Para realizar o primeiro processo (medição de cada substancia a


ser utilizada) utilizou-se um béquer e uma balança de precisão. Após posicionar o béquer e
ativar a função “tara” da balança, foram adicionados cuidadosamente aproximadamente 0,5
gramas de cloreto de sódio (de forma que a massa se aproximasse ao máximo da exatidão) em
seguida, a balança foi novamente zerada e acrescentados, no mesmo recipiente e sem tirar o
outro composto aproximadamente 0,5 gramas de carbonato de cálcio.

Depois de realizar a mistura das partes solidas, acrescentou-se 10 ml de água destilada até que
a solução estivesse homogênea. Com o auxílio de um bastão de vidro, a solução branca opaca
foi transferida para o funil já previamente posicionado no suporte e com o filtro de papel,
fazendo com que o líquido escorresse pela extensão do bastão até o filtro.

Após a filtração, foi observado o produto, um líquido quase transparente, bem diferente da
solução inicial. Utilizando uma pipeta, foi transferido 1 ml desse líquido para um micro tubo de
ensaio e repetido processo com o sólido residual que estava no filtro, colocando-o em outro
tubo. Foram acrescentadas algumas gotas de ácido clorídrico na amostra do sólido no tubo de
ensaio para tentar provar a presença do carbonato na solução e observado o desprendimento
de gás e a formação de bolhas dentro do tubo. Em seguida, no tubo onde estava armazenado
o filtrado acrescentado lentamente o nitrato de prata e observamos a reação.

Resultados e discussão: Durante a pesagem dos componentes sólidos, houve um pequeno


vislumbre da relação massa e volume de cada um dos sólidos, enquanto era depositado
aproximadamente 0,5g de cloreto de sódio e carbonato de cálcio, a mesma quantidade de
cada, foi possível perceber o quanto o volume de carbonato de cálcio era consideravelmente
mais que o de cloreto de sódio, mesmo estando diante da mesma quantidade de cada um.

Durante a filtração foi observado também a diferença da solução inicial para o filtrado, sendo a
primeira, um líquido branco fosco, completamente opaco, enquanto isso após a filtração foi
encontrado um líquido quase transparente, levemente turvo, o que já mostrava que ali não
havia somente a água destilada acrescentada no começo do experimento. Quando adicionado
o ácido clorídrico percebeu-se a presença do carbonato pelo desprendimento de gás, no
líquido presente no micro tubo de ensaio havia a formação de algumas bolhas de gás.

Já no outro tubo de ensaio, que armazenava o resíduo do filtro e onde foi acrescentado o
nitrato de prata, observou-se uma reação de precipitação, onde uma espécie de nuvem do
solido se formou na parte superior e pequenas frações provenientes dessa “nuvem”
precipitavam no tubo, com um efeito semelhante à neve.

Conclusão: foi passivel provar a presença do carbonato com o desprendimento de gás. O


carbonato é atacado por ácidos (HCL), liberando CO2 (gás carbônico) como produto.

2.1 DESTILAÇÃO SIMPLES (PRÁTICA DEMONSTRATIVA) 05/04/2022

Procedimento experimental demonstrativo: Utilizando aparelhagem de destilação simples,


adicionu-se 50 mL de solução de sulfato de cobre (II) em um balão de fundo redondo para
pudessemos visualizar a separação dessa mistura. Vejamos a aparelhagem a seguir (imagem
2):

Imagem 2.

Resultados e discussão / explicando a aparelhagem :

1- A solução se encontra no balão de destilação

2- O termômetro nos mostra a temperatura que a solução está alcançando.

3- a saída (quente) e a entrada (fria) de água fazem com que o condensador seja resfriado,
transformando o vapor (resultado da ebulição) em líquido novamente. É utilizado uma bomba
para que a rotatividade da água funcione. A entrada de água fica mais próxima ao balão de
recolhimento justamente por ainda estar fria, sendo assim, a área fica mais resfriada, não
prejudicando a condensação perto da saída (balão de recolhimento) . Na saída de água, o
vapor ainda não condensou, portanto, não é prejudicial que passe água já quente.

4- O balão de recolhimento recebe a substância pura.

Conclusão: Como o termômetro marcava 100ºC, a água presente na solução começou seu
processo de ebulilçao. Já o sulfato de cobre (II) possui o ponto de ebulição á 150ºC, sendo
assim, somente a água estava sendo evaporada. Neste processo, o vapor de água passa pelo
tubo e é condensado, caindo no balão de recolhimento já na sua forma líquida. No balão de
destilação, é possível observar que a substância não evaporada fica mais concentrada (mais
azul), visto que a solução está sendo desfeita e consequentemente separando a mistura.

2.2 CRISTALIZAÇAO FRACIONADA – 05/04/2002

Introdução: A cristalização fracionada pode ser entendida como um processo de separação de


duas ou mais substâncias sólidas que se baseia na diferença de solubilidade delas. Tal ideia
baseia-se no fato de que as diversas substâncias possuem diferentes graus de solubilidade a
diferentes temperaturas, sendo essas características o mecanismo principal para que o
processo de separação funcione. Pode se dizer que a diminuição de temperatura de uma
determinada mistura, faz com que a substância com menor solubilidade no solvente usado se
solidifique, podendo apresentar aspectos cristalinos.

O processo de separação acontece através da reação de metátese ou reação de dupla troca.

Nesse tipo de reação dois reagentes compostos formam dois produtos também compostos. Na
reação entre nitrato de sódio e cloreto de potássio obtém-se o NaCl e o KN03 como mostra a
equação abaixo:

NaN03(aq) + KCI(aq.) - NaCl(aq.) + KN03(aq)

Procedimento experimental: As amostras de 8,5 g de nitrato de sódio (NaNO3) e 7,5 g de


cloreto de potássio (KCl) deveriam ser medidas adequadamente dentro de béquer de 50 mL
em uma balança analítica, posteriormente foi adicionado 25 mL de H2O. Sendo necessário
agitar a mistura e o aquecimento leve da mistura até a solubilidade total.

Após a solubilidade total da mistura, foi levada ao resfriamento em banho de gelo e água,
cristais foram formados durante a reação e depois filtrados rapidamente e secos com papel de
filtro.

Resultado e Discussão: Ao misturar em uma solvente, NaNO3 e KCI, ocorreu uma reação
endotérmica devido a dissociação iônica dos sais. Como é desconhecido o rendimento da
reação a 0 graus, não conseguimos saber com exatidão se a reação se converteu toda na
formação dos produtos, podendo ser muito possível haver uma mistura das quatro substâncias
em uma única solução.
No gráfico abaixo é possível observar a relação da solubilidade em mols/L (vertical) de acordo
com a temperatura (horinzontal).

Referencias:

Small Molecule Crystallization - Jessica K. Liang (Department of Chemical Engineering) -


Illinois Institute of Technology ACS Summer School - July 2003 Chicago IL

https://www.google.com/amp/s/m.manualdaquimica.com/amp/quimica-geral/metodos-
separacao-misturas.htm

https://www.google.com/amp/s/www.tabelaperiodica.org/combustao-do-magnesio-em-
agua/amp/

NOVAIS, Stéfano Araújo. "Magnésio"; Brasil Escola. Disponível em: /quimica/magnesio.htm.


Acesso em 16 de abril de 2022.

https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/metodos-separacao-misturas.htm

https://vaiquimica.com.br/separacao-de-misturas/

https://brasilescola.uol.com.br/quimica/densidade-absoluta-dos-gases.htm#:~:text=A
%20densidade%20absoluta%20ou%20massa,de%20press%C3%A3o%20e%20temperatura
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