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Prefeitura Municipal de Taboão da Serra

Secretaria Municipal de Saúde


ESTADO DE SÃO PAULO

MANUAL
PROCEDIMENTOS
DE ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

PRONTO SOCORRO MUNICIPAL INFANTIL


Rua Marechal Arthur da Costa e Silva, 85 – Jd. Sto Onofre – CEP 06785-070 – Taboão da Serra
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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

PRONTO SOCORRO MUNICIPAL INFANTIL


SANTO ONOFRE
TABOÃO DA SERRA

MILTON PARRON
SECRETÁRIO DE SAÚDE

ADALBERT G. GONÇALVES
DIRETOR ADMINISTRAIVO

DR. SÉRGIO RODRIGUES


DIRETOR CLÍNICO

Profº Enfº ISMAEL BATISTA


GERENTE DE ENFERMAGEM
Profº Enfº EDUARDO RICCI
EDUCAÇÃO CONTINUADA – CCIH
Enfª RAQUEL CESÁRIO DA SILVA

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PESQUISA E ELABORAÇÃO
PROFESSOR ENFERMEIRO EDUARDO ALVES RICCI
ENFERMEIRA RAQUEL CESÁRIO DA SILVA

COORDENAÇÃO
PROFESSOR ENFERMEIRO ISMAEL BEZERRA BATISTA

COLABORADORES

Enfª ADRIANA HADDAD


Enfº CRISTIANO ALVES BRUNETTI
Enfª HEIDE SUZE DUTRA SANTOS
Enfª SUYARA D.G. JOAQUIM
Enfª MARIA CRISTINA B. COSTA
Enfª LUCIA MARIA DANTAS

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STO ONOFRE TABOÃO DA SERRA
CORPO DE ENFERMAGEM

ENFERMEIROS KELLY CRISTINA DE SOUZA

ADRIANA HADDAD LENI CAMPOS S. SILVA

CRISTIANO ALVES BRUNETTI LETICIA DA SILVA PEREIRA

DEBORA LUCIA NUNES LIDIANE AP.SANTOS SOUSA

HEIDE SUZE DUTRA SANTOS LUCIANA R. P. D'AGUA

LUCIA MARIA DANTAS MARCOS HENRIQUE

MARIA APARECIDA MENDES MARCOS WESLEY

MARIA CRISTINA B. COSTA MARIA ANGELICA C. GARCIA

MARIANA DE FIGUEIREDO MARIA AP.LIMA SANTOS

NANCY SHYU MARIA APARECIDA ALENCAR

NICEIA DE SOUZA MARIA APARECIDA GAIA

SUYARA D.G. JOAQUIM MARIA AUXILIADORA GUIMARÃES

AUXILIARES DE ENFERMAGEM MARIA DA PENHA C.M. OLIVEIRA


MARIA JOSE NOGUEIRA
ADELCI DE MELO
MARIA REIS FRANKLIN
ADRIANA AP. DE OLIVEIRA
MARIA ZELIA SILVA ALMEIDA
ADRIANA S. COSTA
MARILENE S.M. OLIVEIRA
ALLESSIA CASTRO CIVALSCI
MARTA RIBEIRO JUVITO
ANA DE FÁTIMA S. LEITE
NADJA MARIA DE LIMA
ANA MARIA SILVA ALMEIDA
NICEIA O. LEITE DIVINO
ANDERSON SILVA GOMES
NIVALDO SILVA E SOUZA
BERNADETE V. OLIVEIRA
ODENILDE SOUZA DOS SANTOS
BIANCA BARBOSA DA SILVA
PATRICIA GOMES NUNES
CLAUDIA RAMOS DA LUZ
PATRICIA SOUZA
CLEONICE FLORÊNCI A. SILVA
SANDRA AP. ARAUJO
CRISTIANE PINHEIRO
SELMA LUCIA R. BORGES
DEBORA R. M. DOS SANTOS
SHEILA M. TEIXEIRA
DELLA FERREIRA COSTA
SILVANA R. P. BUROFFI
DENISE RODRIGUES SILVA
SILVIA LUCIANA V. SANTOS
ELIANE CORDEIRO SANTOS
SIRLENE T. S. CARVALHO
ERONITA MARIA SANTANA SANTOS
TEREZINHA DE JESUS
EULINA ALVES FERREIRA
VALDINEA DE S. MARTINS
FLAVINA CUNHA
VALENTINA CARDOSO SANTOS
FRANSUELDA F. CIRILO
VALERIA FERREIRA DE OLIVEIRA
JOSÉ P. MENDES REIS
VANDA DE MELLO PEREIRA
KÁTIA DE FÁTIMA ANTONIO

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ÍNDICE

RECEPÇÃO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS...................................................................................15


ACOLHIMENTO...............................................................................................................................15
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO..............................................................................................................15
ACCR – ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO.................................................................15

TABELA – NÍVEIS DE GRAVIDADE POR COR E TEMPO DE ATENDIMENTO 18

SALA DE MEDICAÇÃO.....................................................................................................................23

PREPARO DE MEDICAÇÃO 23
OBS.: VER PROTOCOLO PARA CONTENÇÃO SEGURA DA CRIANÇA PARA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAÇÃO IV E IM. 23
ADMINISTRAÇÃO 24

MEDICAMENTO VIA ORAL...............................................................................................................24


MEDICAMENTO VIA SUBLINGUAL.....................................................................................................24
MEDICAMENTO VIA PARENTERAL....................................................................................................25

I - INTRAMUSCULAR 25
II - SUBCUTÂNEA 26
III - INTRADERMICA 27
IV – ENDOVENOSA/INTRAVENOSA 28
V – VENÓCLISE OU SOROTERAPIA 30
RETIRADA DE SORO ENDOVENOSO (VENOCLISE) 31

INALAÇÃO......................................................................................................................................32
SALA DE EMERGÊNCIA...................................................................................................................33
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR...............................................................................................33
POLITRAUMA, TCE E FRATURAS ABERTAS......................................................................................34
MORDEDURA COM LACERAÇÃO OU CORTE.....................................................................................34
QUEIMADURAS...............................................................................................................................35
CONVULSÃO..................................................................................................................................38
SUSPEITA DE ABUSO FÍSICO..........................................................................................................38
INTOXICAÇÃO EXÓGENA.................................................................................................................39
HIPOGLICEMIA - HIPERGLICEMIA (DIABETES NÃO CONHECIDO OU COM VALOR HI).............................39
SUTURAS (ASSISTÊNCIA)................................................................................................................39
DESIDRATAÇÃO MODERADA POR VÔMITO E/OU DIARRÉIA.................................................................40
SATURAÇÃO < 90% - (TIRAGEM INTERCOSTAL E DE FÚRCULA ESTERNAL – BE)..............................40
VACINAÇÃO DE URGÊNCIA (TÉTANO E ANTI-RÁBICA).......................................................................41
LAVAGEM INTESTINAL (ENTEROCLISMA)..........................................................................................42
IRRIGAÇÃO VESICAL.......................................................................................................................43
SONDAGEM NASOGASTRICA............................................................................................................44

TESTE PARA AVALIAR SE A SONDA ESTA NO ESTOMAGO 45

SONDAGEM NASOFARÍNGEO...........................................................................................................45
SONDAGEM NASOENTERAL.............................................................................................................45
LAVAGEM GÁSTRICA......................................................................................................................48
SONDAGEM VESICAL DE DEMORA...................................................................................................49

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RETIRADA DE SONDA................................................................................................................... 51
IRRIGAÇÃO CONTINUA....................................................................................................................51
RETIRADA DE PONTOS (URGÊNCIAS)..............................................................................................51
APLICAÇÕES QUENTES E FRIAS......................................................................................................52

BOLSA DE GELO 52
COMPRESSAS FRIAS 52
BOLSA DE ÁGUA QUENTE 53

OXIGENIOTERAPIA..........................................................................................................................54
CATETER NASAL............................................................................................................................55
NEBULIZAÇÃO................................................................................................................................56
NEBULIZAÇÃO CONTINUA COM MASCARA FACIAL............................................................................56
TRICOTOMIA..................................................................................................................................57
PROCEDIMENTOS RELACIONADOS A CURATIVOS.............................................................................58
CURATIVOS....................................................................................................................................58
COLETA DE MATERIAL PARA EXAME...............................................................................................61

COLETA DE URINA I 62
COLETA DE SANGUE PARA EXAME 62

ASPIRAÇÃO DE SECREÇÃO ENDOTRAQUEAL E OROFARÍNGEA..........................................................63


ELETROCARDIOGRAMA...................................................................................................................65
MEDIDA DE PESO...........................................................................................................................66

EM BALANÇA PEDIÁTRICA OU “TIPO BEBÊ”: 66


EM BALANÇA PEDIÁTRICA ELETRÔNICA (DIGITAL): 67
EM BALANÇA MECÂNICA DE PLATAFORMA: 67
EM BALANÇA ELETRÔNICA (DIGITAL): 68

MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL.....................................................................................................68


CME – EXPURGO..........................................................................................................................71
PREPARO E ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS.....................................................................................71
ESTERILIZAÇÃO DOS MATERIAIS/ INSTRUMENTAIS:...........................................................................71
TESTE BIOLÓGICO:.........................................................................................................................72
INTERNAÇÃO..................................................................................................................................75
ALOJAMENTO CONJUNTO...............................................................................................................75
ISOLAMENTO..................................................................................................................................75

ISOLAMENTO E PRECAUÇÕES 75

• PRECAUÇÕES BÁSICAS OU PADRÃO 75

ORIENTAÇÕES NA INTERNAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E ALTA...........................................................76

ORIENTAÇÕES PARA INTERNAÇÕES 76

APENAS UM ACOMPANHANTE POR CRIANÇA. 76


NADA DE BOLSAS OU BRINQUEDOS NO CHÃO, HIGIENIZAR BRINQUEDOS DE
BOCA OU CHUPETAS QUE CAIREM NO CHÃO. 77
PROIBIDO CONSUMO DE ALIMENTOSNA INTERNAÇÃO QUE NÃO FOREM
SERVIDOS PELO SERVIÇO DE DIETÉTICA E NUTRIÇÃO. 77

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CRIANÇAS COM HISTÓRICO DE VÔMITO ESTÃO OBRIGATORIAMENTE EM


JEJUM ATÉ A ALTA MÉDICA. 77
MANTENHA O LADO ESQUERDO DO CORREDOR SEMPRE LIVRE PARA A
CIRCULAÇÃO DE EMERGÊNCIA. 77
AS INALAÇÕES DEVEM SER EXECUTADAS COM A CRIANÇA SENTADA OU À 45
GRAUS. NUNCA DEITAR CRIANÇA. 77
MANTENHA A MESINHA DE CABEÇEIRA LIVRE E LIMPA PARA USO NAS DIETAS
A MEDICAÇÕES. 78
NÃO DEITAR OU SENTAR NAS CAMAS E BERÇOS OCUPADOS OU VAGOS. 78
HORÁRIO DE VISITAS: DAS 15 ÀS 16HS. 78
USO DE BANHEIROS EXCLUSIVOS AOS PROFISSIONAIS NÃO DEVE SER
UTILIZADO POR USUÁRIOS. 79

AVISOS NA UNIDADE......................................................................................................................79

PROIBIDO CONSUMO DE ALIMENTOS NO AMBIENTE DO PRONTO SOCORRO. 79


CRIANÇAS COM HISTÓRICO DE VÔMITO ESTÃO OBRIGATORIAMENTE EM
JEJUM ATÉ A ALTA MÉDICA. 79
APENAS UM ACOMPANHANTE POR CRIANÇA. 79
NADA DE BOLSAS OU BRINQUEDOS NO CHÃO, HIGIENIZAR BRINQUEDOS DE
BOCA OU CHUPETAS QUE CAIREM NO CHÃO. 80
MANTENHA O LADO ESQUERDO DO CORREDOR SEMPRE LIVRE PARA A
CIRCULAÇÃO DE EMERGÊNCIA. 80
AS INALAÇÕES DEVEM SER EXECUTADAS COM A CRIANÇA SENTADA OU À 45
GRAUS. NUNCA DEITAR CRIANÇA. 80
MANTENHA A MESINHA DE CABEÇEIRA LIVRE E LIMPA PARA USO NAS DIETAS
A MEDICAÇÕES. 80
NÃO DEITAR OU SENTAR NAS CAMAS E BERÇOS OCUPADOS OU VAGOS. 81
HORÁRIO DE VISITAS: DAS 15 ÀS 16HS. 81
USO DE BANHEIROS EXCLUSIVOS AOS PROFISSIONAIS NÃO DEVE SER
UTILIZADO POR USUÁRIOS. 81

CONCEITOS BÁSICOS.....................................................................................................................83
LAVAGEM DAS MÃOS.....................................................................................................................83
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM.........................................................................................................84
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM.........................................................................................................85
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM.....................................................................................................85
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM......................................................................................................86
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS..............................................................................................86
TÉCNICA DE IMOBILIZAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO IM E EV.....................................89
DOR..............................................................................................................................................89
LESÃO...........................................................................................................................................90

CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES 90


CICATRIZAÇÃO DAS LESÕES 91
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO 91
FATORES QUE INFLUENCIAM A CICATRIZAÇÃO 91
CLASSIFICAÇÕES DOS CURATIVOS 91

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EXEMPLO DE ALGUNS PRODUTOS UTILIZADOS PARA REALIZAR CURATIVOS 92

TCE: LEVE, MODERADO E GRAVE NA CRIANÇA..............................................................................93

ATENDIMENTO INICIAL 93

MÚLTIPLAS OU PENETRANTES.........................................................................................................93

RISCO RELATIVO DE LESÃO INTRACRANIANA 94

GRUPO DE RISCO 94

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM PROBLEMAS INTESTINAIS...................................95

TERMINOLOGIA 95
TRANSTORNOS INTESTINAIS 95

CUIDADOS DE ENFERMAGEM 95

HIDRATAÇÃO.............................................................................................................................95

REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA 97
CORREÇÃO DOS DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS 98

IDENTIFICAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO PARA EXAME


LABORATORIAL – PROTOCOLO CEAC LESTE..................................................................................98

IDENTIFICAÇÃO 98
ACONDICIONAMENTO 98
TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO 99

OBJETIVO 99
PROCEDIMENTO 99
RECOMENDAÇÕES 99
TRANSPORTE 99
RECEBIMENTO DO MB PELO CEAC 100

PRINCIPAIS EXAMES LABORATORIAIS EM PEDIATRIA – PROTOCOLO CEAC LESTE.........................100

HEMOGRAMA COMPLETO (INCLUI CONTAGEM DE PLAQUETAS) 100


PROTEÍNA C REATIVA (PCR), QUANTITATIVA 100
URINA TIPO I – CARACTERES FÍSICOS, QUÍMICOS E SEDMENTO QUANTITATIVO 101
CLEARENCE DE URÉIA 101
SÓDIO (NA), DOSAGEM 101
POTÁSSIO (K), DOSAGEM 102
COLESTEROL TOTAL, DOSAGEM 102
HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE (TSH), DOSAGEM 103

T4 LIVRE (TIROXINA LIVRE), DOSAGEM........................................................................................103

CÁLCIO TOTAL (CA), DOSAGEM 104


TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA (TTPA, APTT) 104
TEMPO E ATIVIDADE DE PROTROMBINA (TP, TAP) 104

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EXAME FÍSICO.............................................................................................................................105

CABEÇA E PESCOÇO 105

COURO CABELUDO 105


OLHOS 105
GLOBO OCULAR 105
CONJUNTIVA OCULAR E ESCLERA 105
IRIS E PUPILA 106
CONJUNTIVA PALPEBRAL 106

SEIOS PARANASAIS 106


ORELHA 106
BOCA 106

LÁBIOS 106
GENGIVAS E BOCHECHAS: 106
LÍNGUA 106

APARELHO RESPIRATÓRIO 106

INSPEÇÃO ESTÁTICA 106


ABAULAMENTOS E RETRAÇÕES 107
INSPEÇÃO DINÂMICA 107
FREQÜENCIA RESPIRATÓRIA 107
PALPAÇÃO 107
TÉCNICAS 107
PERCUSSÃO 107
AUSCULTA 107
ALTERAÇÕES 108

SISTEMA CARDIOVASCULAR 108

POSIÇÃO 108
AUSCULTA 108

SISTEMA GASTROINTESTINAL 108

ABDOME 108
INSPEÇÃO 108
PROBLEMAS DE ENFERMAGEM 108
AUSCULTA 109
PROBLEMAS DE ENFERMAGEM 109
PALPAÇÃO SUPERFICIAL 109
PROBLEMAS DE ENFERMAGEM 109

BAÇO 109

PALPAÇÃO PROFUNDA E PERCUSSÃO 109


PROBLEMAS DE ENFERMAGEM 110

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INTESTINOS 110

PALPAÇÃO PROFUNDA 110

FÍGADO 110

PALPAÇÃO PROFUNDA 110

POSIÇÃO PARA EXAMES 110

MANUAL DE ENFERMAGEM PARA A ORIENTAÇÃO DE PEDIATRIA AOS PAIS OU ACOMPANHANTE.......113


A PEDIATRIA................................................................................................................................113

MECANISMOS DE DEFESA 114


FEBRE É BOM OU FEBRE É RUIM? 114

CONTROLANDO A TEMPERATURA EM CASA 116


ÁLCOOL PARA BAIXAR A TEMPERATURA? 117
FEBRE EM TÓRAX E ABDOME COM EXTREMIDADES FRIAS 118
A FEBRE NO PRONTO SOCORRO 119

INFLAMAÇÕES RESPIRATÓRIAS 119

PROCEDIMENTO INALATÓRIO 122


O2 OU AR COMPRIMIDO? 122
CUIDADOS COM O INALADOR 123

O VÔMITO 123

O PROCESSO DO VÔMITO 123


PÂNCREAS E VESÍCULA BILIAR 124
BALAS, CHICLETES E VÔMITO 124

A DIARRÉIA 125

ORIENTAÇÃO NUTRIÇÃO INFANTIL.................................................................................................125

AMAMENTAÇÃO 125

TIPOS DE ALIMENTOS MATERNOS 126


DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO 126
IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO 126
TÉCNICA PARA AMAMENTAÇÃO 128
PEGA ADEQUADA OU BOA PEGA 129
ASPECTO DO LEITE 129
MANUTENÇÃO DA AMAMENTAÇÃO 129
RETORNO DA MÃE AO TRABALHO 130
OS ALIMENTOS ARTIFICIAIS NO DIA A DIA DA CRIANÇA E OS CUIDADORES 131
SALGADINHOS E TV 132
ÁGUA E REFRIGERANTES 132
CONSELHOS PARA PAIS E FILHOS 132
PREVENÇÃO COMEÇA NA INFÂNCIA 132

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ALIMENTAÇÃO PRÉ-ESCOLAR: 2 AOS 7 ANOS 133


A CHUPETA E OUTROS BICOS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 133
COMO TIRAR A CHUPETA DO BEBÊ 134

SIGLAS........................................................................................................................................137
TERMINOLOGIAS..........................................................................................................................139

COURO CABELUDO 139


OUVIDO 139
LÍNGUA 139
NARIZ 139
VOZ 139
PRESSÃO 140
TEMPERATURA 140
PULSO 140
RESPIRAÇÃO 140
URINA 140
FEZES 141
ODOR 141
SUOR 141
ALIMENTAÇÃO 141
MUSCULATURA 142
PUERPÉRIO 142
PELE 142
OUTROS 143

REFERÊNCIAS..............................................................................................................................147

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RECEPÇÃO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS


ACOLHIMENTO
A palavra “acolher”, em seus vários sentidos, expressa “dar acolhida, admitir, aceitar, dar
ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir” (FERREIRA, 1975).
O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa uma ação de aproximação, um “estar
com” e “perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão, de estar em relação com algo ou alguém. É
exatamente no sentido da ação de “estar com” ou “próximo de” que queremos afirmar o
acolhimento como uma das diretrizes de maior relevância política, ética e estética da Política
Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. (Humaniza SUS, 2009)
O acolhimento é também um dispositivo de intervenção que possibilita analisar o processo de
trabalho em saúde com foco nas relações e que pressupõe a mudança das relações
profissional/usuário/rede social e profissional/ profissional por meio de parâmetros técnicos,
éticos, humanitários e de solidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e como
participante ativo no processo de produção da saúde. (Humaniza SUS, 2009)
O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética; não pressupõe hora ou
profissional específico para fazê-lo, mas implica necessariamente o compartilhamento de
saberes, angústias e invenções; quem acolhe toma para si a responsabilidade de “abrigar e
agasalhar” outrem em suas demandas, com a resolutividade necessária para o caso em
questão. (Humaniza SUS, 2009)
Desse modo é que o diferenciamos de triagem, pois se constitui numa ação de inclusão que
não se esgota na etapa da recepção, mas que deve ocorrer em todos os locais e momentos do
serviço de saúde. (Humaniza SUS, 2009)

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
De acordo com a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem, compete ao enfermeiro
realizar a Classificação de Risco, uma vez que a Lei n.º 7.498/86 incumbe privativamente ao
enfermeiro, a Consulta de Enfermagem e a realização de técnicas de maior complexidade, que
demandem conhecimentos científicos adequados, e a capacidade de tomar decisões rápidas
(NISHIO; FRANCO, 2011).
A seleção dos pacientes acontece a partir de uma observação prévia, na qual um conjunto de
sinais ou de sintomas é identificado para atribuir uma cor ao paciente. A cor corresponde ao
grau de prioridade clínica no atendimento e a um tempo de espera recomendado. Com esse
Protocolo Clínico de classificação de risco por cores, os serviços de urgência atendem em
primeiro lugar os doentes mais graves e não necessariamente os que chegarem antes
(CORENSP, 2010).

ACCR – ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO


É preciso não restringir o conceito de acolhimento ao problema da recepção da demanda. O
acolhimento na porta de entrada só ganha sentido se o entendermos como parte do processo
de produção de saúde, como algo que qualifica a relação e que, portanto, é passível de ser
apreendido e trabalhado em todo e qualquer encontro no serviço de saúde. (Humaniza SUS,
2009)
Desse modo, transforma-se o processo de triagem, alternando até mesmo sua terminologia
para acolhimento com classificação de risco (ACCR). O ACCR utilizado como dispositivo
tecnoassistencial possibilita a reflexão e mudança nas maneiras de executar a assistência,

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

visto que questiona a clínica no trabalho em saúde, os modelos de atenção e gestão e o


acesso aos serviços.
Portanto, é necessária uma avaliação além dos riscos, e da vulnerabilidade, atentando também
aos graus de sofrimento físico e psiquiátrico, pois a ausência de sinais físicos não determina a
ausência de gravidade no caso, como por exemplo: alguém que tenha ingerido veneno e vá
deambulando até a unidade apresentando como único sinal a angústia.
Assim, o ACCR tem como objetivo melhorar o acesso dos usuários aos serviços de saúde, a
fim de propiciar melhorias da forma tradicional de entrada por filas e por ordem de chegada; as
relações entre profissionais de saúde e usuários no que se refere à forma de escutá-lo em seus
problemas e demandas; aperfeiçoar o trabalho em equipe com a integração e
complementaridade das atividades exercidas pelas categorias profissionais; aumentar a
responsabilização dos profissionais de saúde em relação aos usuários e a elevação dos graus
de vínculo e confiança entre eles; abordar o usuário para além da doença e suas queixas; e
pactuar com o usuário da resposta possível à sua demanda, de acordo com a capacidade do
serviço. (BRASIL, 2006)
Devemos salientar que o acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética;
não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, mas implica necessariamente o
compartilhamento de saberes, angústias e invenções. Já a classificação de risco, é uma
atividade realizada pelo profissional de enfermagem de nível superior, preferencialmente com
experiência em serviço de urgência, e após capacitação específica para a atividade proposta.
Portanto, ela deve ser realizada de forma coerente, respaldada e fundamentada em princípios
éticos e humanitários.
A Classificação de risco torna-se uma ferramenta de organização, além de seu aspecto mais
importante, a proposta de outra ordem de atendimento, que não a ordem de chegada.
Podemos, então, destacar suas funções e benefícios:
• Garante o atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado;
• Informa o paciente que não corre risco imediato, assim como a seus familiares, sobre o
tempo provável de espera;
• Promove o trabalho em equipe, por meio da avaliação contínua do processo;
• Proporciona melhores condições de trabalho para os profissionais, pela discussão da
ambiência e implantação do cuidado horizontalizado;
• Aumenta a satisfação dos usuários e, principalmente,
• Possibilita a investigação da pactuação e a construção de redes internas e externas de
atendimento.
Reforça-se ainda que, a avaliação de risco só será efetiva e contribuirá para melhorias na
qualidade da assistência, quando vinculada à pactuações internas (laboratório, enfermarias,
centro cirúrgicos) e externas (interação domiciliar, reinserção do usuário pós-alta),
estabelecimento claro e fixo de fluxos por grau de risco.
A enfermeira, no serviço de saúde, seja de nível primário, secundário ou terciário, deve zelar
por uma assistência de qualidade. A partir de uma classificação realizada com precisão por
parte do enfermeiro, é possível organizar o serviço e mudar os modos de prestar assistência,
com vistas ao atendimento humanizado e a promoção de uma assistência integral, de forma
que cada profissional possua uma visão holística do ser humano a ser atendido.
Resta-nos o desafio hoje relacionado à padronização do processo de acolhimento com
classificação de risco, por meio de medidas uniformes em todo território nacional. Os hospitais
brasileiros que aderiram ao ACCR utilizaram protocolos internacionais e obtiveram bons
resultados, melhorando fluxo de atendimento, resolutividade, aceitação de tempo de espera e
diminuição de mortalidade.

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Para isso, é importante enfatizar aqui que, o protocolo utilizado deve incluir toda a equipe que
atua na urgência: enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, psicólogos, assistentes
sociais e funcionários administrativos.
Um dos protocolos mais conhecidos e utilizados no Brasil é o de Acolhimento com
Classificação de Risco que classifica a prioridade que o cliente demanda por meio de cores,
que é uma ferramenta de avaliação em emergência.
O Protocolo mais utilizado é o de Manchester, um instrumento de apoio que visa à identificação
rápida e científica do doente de acordo com critérios clínicos para determinar em que ordem o
paciente será atendido, conforme a gravidade do caso. Trata-se de um modelo em que
diferentes enfermeiros obtêm os mesmo resultados na análise do paciente, aumentando a
agilidade e a segurança nos serviços de urgência.
01 – Acolher criança e acompanhante, gerando uma relação de confiança e cuidado.
02 – É importante que o profissional de acolhimento tenha em mente que ele possui o
conhecimento técnico, diferente dos pais ou acompanhantes da criança.
03 – Ao ouvir o histórico, não menosprezar as informações apresentadas.
04 – Mesmo que os pais ou acompanhante apresentem certa rispidez, o profissional não deve
levar como uma conduta contra si, mas apenas, pessoas preocupadas com a criança, mas sem
conhecimento para defender seu desespero.
05 – Em casos de impaciência ou atitudes rudes contra o atendimento, realizar a escuta do
caso e buscar esclarecer o motivo da conduta tomada, de forma clara e simpática.
06 - Aproveitar os momentos de orientação para esclarecer o funcionamento da unidade.
07 – Utilizar a hipótese diagnóstica para orientar sobre cuidados para o tratamento e a
recuperação plena da criança. Veja o Manual de Enfermagem para a Orientação de Pediatria
aos Pais ou Acompanhantes.
08 – Encaminhar e orientar criança e acompanhante de acordo com a avaliação de risco por
cores.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

Fluxograma do ACCR

TABELA – NÍVEIS DE GRAVIDADE POR COR E TEMPO DE ATENDIMENTO

Reavaliação do
Classificação Intervenção médica Prioridades
enfermeiro

Vermelho Intervenção médica Tratamento médico


Cuidados contínuos
(emergência) imediata imediato

Aguardam
Amarelo Avaliação médica <
A cada 30 minutos atendimento médico
(urgência) 30 minutos
prioritário

Aguarda consulta
Verde (semi- Avaliação médica < 1
A cada 60 minutos com prioridade em
urgência) hora
relação ao azul

Avaliação médica < 2 Atendimento por


Azul (não urgência) A cada 2 horas
horas ordem de chegada

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As cores utilizadas possuem as seguintes definições: 


-Vermelho: O atendimento deve ser imediato. Doentes com situações clínicas de maior risco,
como por exemplo: 
• Politraumatizado grave - Lesão grave de um ou mais órgãos e sistemas; Escala de
Coma de Glasgow (ECG) < 12;
• Trauma Cranioencefálico grave – ECG <12;
• Estado mental alterado ou em coma - ECG <12;

Glasgow Adulto/Criança Pontos Lactente


Espontânea 4 Espontânea
Abertura Verbal 3 Verbal
Ocular Dor 2 Dor
Não reponde 1 Não reponde
Orientado 5 Balbucia
Desorientado 4 Choro irritado
Resposta
Palavras inapropriadas 3 Choro à dor
Verbal
Sons incompreensíveis 2 Gemidos
Sem resposta 1 Sem resposta
Obedece a comandos 6 Espontânea normal
Localiza a dor 5 Retira ao toque
Resposta Retira a dor 4 Retira à dor
Motora Flexão anormal- Decorticação 3 Flexão anormal- Decorticação
Extensão anormal- Descerebração 2 Extensão anormal-Descerebração
Não responde 1 Não responde
Total = A + V + M 3 – 15 Criança = 1 – 12 – 14 anos
Lactente < 1 ano
Adulto > 12 – 14 anos

• Comprometimentos da coluna vertebral;


• Alterações de sinais vitais em paciente sintomático;

Idade Peso/Kg FR/min FC/min PAmmHg

RN 3-4 30 – 50 120 - 160 > 60

6m - 1a 8 - 10 30 – 40 120 - 140 70 - 80

2-4a 12 - 16 20 – 30 100 - 110 80 - 95

5 - 8a 18 – 26 14 – 20 90 - 100 90 - 100

8- 12a 26 – 50 14 – 20 80 - 100 100 - 110

> 12a > 50 12 – 16 80 - 100 100 – 120

ALERTA: FC > 130 bpm & FR > 40 ipm (exceto para lactentes)
SPO2 < 90%

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

-Atendimento na Sala de Emergência – PSI – Nível I-

 Fraturas Abertas
 Politrauma
 TCE com corte
 Mordedura com Laceração ou corte
 Queimadura
 Convulsão
 Intoxicação Exógena
 Hipoglicemia
 Hiperglicemia (diabetes não conhecido ou com valor HI)
 Suturas
 Desidratação Moderada por vômito e/ou diarréia
 Curativos
 Saturação < 90% - (Tiragem de Fúrcula Esternal – BE)

-Atendimento no Consultório – PSI – Nível II-

 Traumas
 Fraturas Fechadas
 Quedas/TCE sem corte
 Reações Alérgicas
 Mordeduras sem laceração ou corte
 Pós-Convulsão
 Desidratação leve por vômito e/ou diarréia
 Hiperglicemia (diabetes conhecido com valor não HI)

-Avaliação Respiratória-
Saturação < 90%, BE, Tiragem de Fúrcula Esternal.
Importante distinguir ventilação de respiração durante a avaliação. Tom
acinzentado/azulado dos lábios ou descoramento facial pode indicar ventilação sem
respiração efetiva. Criança não morre por parada cardíaca, morre por parada
respiratória. Na duvida solicitar avaliação médica.
-Amarelo-: Tempo de espera recomendado até 30 minutos. Casos grandes
urgências, como:
 História de Convulsão /pós-ictal–convulsão nas últimas 24 horas.
 Dor torácica intensa.
 Suspeita de abuso
 Desmaios.
 Alterações de sinais vitais em paciente sintomático:

T < 35 ou > 40 (Controle da temperatura protocolo azul)


SPO2 < 94%

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-Avaliação de Dor-
Cabeça, ouvido, garganta, abdominal com correção postural para alívio da dor, algia
nas palpações e descompressões abdominais com ou sem histórico de vômito e/ou
diarréia.
-Avaliação do Histórico-
Febre, Vômito, Diarréia – (Cuidado, vômito ou diarréia por intoxicação alimentar
apresentam grande potencial de dor, que só vai melhor após a apresentação do
mesmo, não entrando no quadro de avaliação de dor, pois a dor e o mal estar só irão
terminar com o fim da contração gastrointestinal e vaso constrição periférica para o
vômito e para a diarréia, cujo qual a criança descora, neste caso realizar orientação,
propondo uma reavaliação se o quadro não melhorar após a apresentação da emese).
-Controle Epidemiológico-
Doenças transmissíveis – Varicela, Conjuntivite, Tétano, Coqueluches, Meningites...
Crianças menores de 28 dias (RN- Neonatologia, criança neste período estão com um
sistema imunológico ainda imaturo e para evitar risco para estes é importante controlar
a exposição ao meio de risco.)
Crianças Especiais conforme a avaliação de suas necessidades
-Verde: Tempo de espera recomendado até uma hora (60 minutos). Casos de
pequenas urgências, por exemplo:
• Asma fora de crise.
• Enxaqueca – pacientes com diagnóstico anterior de enxaqueca.
-Azul: Tempo de espera recomendado até duas horas (120 minutos). Casos de menor
gravidade, como:
• Queixas crônicas sem alterações agudas.
• Procedimentos como: curativos, trocas ou requisições de receitas médicas,
avaliação de resultados de exames, solicitações de atestados médicos.
-Controle de temperatura-
Acima de 38,1, realizar medicação conforme prescrição médica e retornar para a
ordem de entrada da ficha.
Lembre-se que a elevação da temperatura corpórea é uma ação de defesa do corpo
para destruir os agentes invasores, por tanto ajuda na proteção da pessoa, assim
alguns médicos podem achar mais adequado e passar medicação somente após 38,6
para evitar a chegada à febre alta, 39,1, outros porem, entendem que o risco de
convulsão apesar de não haver risco de lesão, presente até os cinco anos, deve ser
evitado preferindo medicar após 37,6, assim torna-se necessário levantar o historio de
convulsão por febre anterior. Nestes casos assumimos o protocolo de medicar criança
com histórico de convulsão febril a partir de quadros de febrícula.

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SALA DE MEDICAÇÃO
Preparo de Medicação
1 – Lavar as mãos antes e após o preparo e administração de medicamentos.
2 – Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação.
3 – Evitar distração, diminuindo o risco de erro.
4 – Realizar o preparo somente quando tiver certeza do medicamento prescrito, dose e via de
administração.
5 – Verificar o período de validade, alterações no seu aspecto e informações do fabricante para
preparar o medicamento: não administrar o medicamento sem estes cuidados prévios.
6 - Observar no preparo de medicamentosa dose correta, técnica asséptica e diluição.
7 – Ler e conferir o rótulo do medicamento 3 vezes: ao pegar o frasco, ampola ou envelope do
medicamento; antes de colocá-lo no recipiente próprio para administração e ao recolocar na
prateleira ou descartar a ampola/ frasco ou outra embalagem.
8 – Verificar a integridade dos invólucros que protegem a seringa e a agulha.
9 – Colocar a agulha na seringa com cuidado, evitando contaminar a agulha, o êmbolo, a parte
interna do corpo da seringa e sua ponta.
10 – Desinfetar toda a ampola com algodão embebido em álcool a 70% e no caso de frasco-
ampola levantar a tampa metálica e desinfetar a borracha.
11 – Proteger os dedos com o algodão embebido em álcool ao destacar o gargalo da ampola
ou retirar tampa metálica do frasco-ampola.
12 – Aspirar a solução da ampola para seringa (no caso de frasco-ampola introduzir o diluente
e homogeneizar o pó com o líquido sem sacudir).
13 – proteger a agulha com o protetor próprio e o êmbolo da seringa com o próprio invólucro.
14 – As medicações devem ser administradas sob prescrição médica, mas em casos de
emergência é aceitável fazê-las sob ordem verbal; as medicações usadas devem ser prescritas
pelo médico e checadas pelo profissional de enfermagem que fez as aplicações.
15 – Identificar o medicamento preparado com o nome do paciente, número do leito, nome da
medicação, via de administração e horário.
16 – Deixar o local de preparo de medicação limpo e em ordem, utilizando álcool a 70% para
desinfetar a bancada.
17 – Utilizar bandeja ou carrinho de medicação devidamente limpos e desinfetados com álcool
a 70%.
18 – Quando da preparação de medicamentos para mais de um paciente, é conveniente
organizar a bandeja, dispondo-os na seqüência de administração.

Obs.: Ver Protocolo para contenção segura da criança para administração de medicação IV e
IM.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

Administração
1. Manter a bandeja ou o carrinho de medicações sempre a vista durante a administração,
nunca os deixando junto ao paciente (lúcido)
2. Verificar o nome do paciente.
3. Esclarecer ao paciente sobre o medicamento que irá receber, quando lúcido.
4. Efetuar o registro do medicamento administrado, com a hora da realização.
5. Na injeção intramuscular utilizar 1 a 5 Ml para diluição e, se houver necessidade de
maior volume, separa em duas seringas e, duas áreas para injeção.
6. Não deixar o medicamento na mesa de cabeceira de pacientes ou permitir que terceiros
o administrem. Em caso de paciente consciente e medicamentos via oral, permanecer
junto ao paciente até que o mesmo degluta o medicamento.
7. Respeitar o espaço de tempo entre as medicações como prescrito.
8. Utilizar luvas sempre que houver a possibilidade de entrar em contato com secreções
ou sangue do paciente.

MEDICAMENTO VIA ORAL


Definição: É o medicamento ingerido através da boca com água.
Material:
 Bandeja,
 Recipiente para colocar a medicação,
 Água.
 Fita adesiva para identificar (nome do paciente, leito, quarto).
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar pela prescrição medica a data, horário, o nome e a dosagem da medicação, bem
como, o nome do paciente, o nº do leito e quarto;
03 - Ler cuidadosamente, o rotulo da medicação antes de prepará-la e compara-la com a
prescrição medica;
04 - Colocar a medicação no recipiente apropriado;
05 - Identificar o paciente pelo nome, leito, quarto e horário;
06 - Explicar o procedimento e informar o paciente sobre a medicação a ser administrada;
07 - Observar as condições de deglutição do paciente;
08 - Colocar o paciente em posição favorável a deglutição do medicamento;
09 - Administrar a medicação sem tocá-la diretamente com as mãos, oferecendo água ou leite
no copo do paciente;
10 - Permanecer ao lado do paciente ate que a medicação seja deglutida;
11 - Lavar as mãos;
12 - Checar a medicação na prescrição e anotar quaisquer anormalidades;

MEDICAMENTO VIA SUBLINGUAL


Definição: É a administração de medicamentos em baixo da língua;
Material
 Bandeja,

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 Recipiente para colocar a medicação,


 Fita adesiva para identificar (nome, leito, quarto do paciente).
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar pela prescrição médica o medicamento, a data, o horário, a dosagem, o nome do
paciente, o leito e o quarto;
03 - Identificar o paciente: nome, leito e quarto;
04 - Explicar o procedimento ao paciente;
05 - Colocar o paciente em posição confortável;
06 - Colocar o comprimido na mão do paciente solicitando-o que o coloque sob a língua;
07 - Orientar o paciente para que permaneça com o medicamento sob a língua, ate a diluição
do mesmo;
08 - Observar as possíveis reações do paciente;
09 - Lavar as mãos;
10 - Checar o horário do medicamento na prescrição e anotar irregularidades.

MEDICAMENTO VIA PARENTERAL


 I - Intramuscular
 II - Subcutânea
 III - Intradermica
 IV - Endovenosa
 V - Venoclise (soroterapia)
Para execução de tal técnica, são utilizados: seringas, agulhas e medicamentos esterilizados.
As seringas utilizadas variam de 1 a 20 ml. A escolha depende do volume da droga e via.
Obs.: Calibres de Agulhas
Via IM
 25x7 - 30x7 Solução aquosas;
 25x8 - 30x8 Solução oleosas;
 40x7 - Paciente obeso.
Via EV
 25x7 - 30x7 Solução aquosas
 25x8 - 30x8 (Depende do tipo de paciente)
Via SC
 20x6 - 20x7 Solução aquosas
 20x8 Solução oleosas
 10x5 I.D.

I - INTRAMUSCULAR
Definição: Consiste na aplicação e solução medicamentosa no músculo. É de ação rápida,
porém menos que a EV. Os locais de aplicação mais utilizados são: deltóide, região glútea,
vasto lateral que fica no terço médio lateral da coxa, ventrio glúteo.
O paciente poderá apresentar algumas anormalidades decorrentes de acidentes ou falhas de
aplicação assim como: lesão de nervos, lesão de vasos, lesão de tecidos subcutâneos,
abscessos por falhas sépticas.
Material;
 Bolas de algodão embebidas em álcool a 70%,
 Seringa esterilizada,
 Agulha estéril,

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 Bandeja,
 Medicação prescrita,
 Fita adesiva para identificar (nome, leito, quarto do paciente).
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar pela prescrição: nome do medicamento, data, horário, dosagem, nome do
paciente, leito e quarto;
03 - Dispor o material a ser usado, sobre o balcão da sala de medicação;
04 - Abrir o pacote da seringa;
05 - Conectar a agulha ao bico da seringa, mantendo os princípios de assepsia;
06 - Limpar com algodão embebido em álcool a 70%, quebrar a ampola envolvida numa gaze
seca, colocando-a entre o dedo indicador e médio da mão esquerda;
07 - Pegar a seringa com a mão direita, introduzindo, cuidadosamente, sem tocar nas bordas, a
agulha na ampola, com o bisel voltado para baixo;
08 - Aspirar todo o liquido, protegendo a agulha com a sua capa protetora, retirando todo ar da
seringa;
09 - Colocar a seringa na bandeja, identificada com fita adesiva (nome do paciente, leito e
quarto) e algodão com álcool;
10 - Identificar paciente (nome, leito e quarto);
11 - Explicar o procedimento ao paciente;
12 - Conversar com o paciente sobre sua preferência pelo local a ser aplicado;
13 - Certificar-se de que a região escolhida pelo paciente é a mais indicada, deixando-o em
posição confortável e adequada;
14 - Expor o local da aplicação;
15 - Fazer a anti-sepsia da região com algodão, deixando-o entre os dedos mínimos e anular
da mão esquerda;
16 - Firmar o músculo com a mão esquerda e introduzir a agulha no músculo, com um só
movimento, formando com a mesma pele, um angulo de 90;
17 - Aspirar a seringa com a mão esquerda para verificar se a agulha não atingiu vaso
sanguíneo;
18 - Firmar a agulha, segurando o corpo da seringa, com a mão direita;
19 - Injetar o liquido;
20 - Retirar a agulha com movimento rápido e preciso, comprimindo a pele com a bola de
algodão;
21 - Recompor o paciente e colocá-lo em posição confortável;
22 - Colocar o material na bandeja e encaminhá-lo para sala de medicação onde será
desprezado em caixa de material cortante;
23 - Checar a medicação na folha de prescrição e anotar em qual região/lado foi aplicada a
medicação e qualquer irregularidade.
Obs.: - A medicação IM Voltarem e Benzetacil, só devera ser aplicada em região glútea, pois
forma abscesso em deltóide.
II - SUBCUTÂNEA
Definição: Consiste na introdução de medicamento no tecido subcutâneo, também chamada de
hipodérmica. Utiliza-se aplicação de pequena quantidade de liquido, no máximo 2 ml, em geral,
1 ml. Essa via é de absorção lenta; assim como, as insulinas, vacinas.
Locais de aplicação: Deltóide, face externa do braço, face externa da coxa, face anterior da
coxa, parede abdominal, região escapular.
Material:

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 Bolas de algodão embebidas em álcool a 70%,


 Seringa esterilizada,
 Agulha estéril,
 Bandeja,
 Medicação prescrita,
 Fita adesiva para identificar medicação (nome, leito, quarto do paciente).
Técnica:
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar pela prescrição: nome do medicamento, data, horário, dosagem, nome do
paciente, leito e quarto;
03 - Dispor o material a ser usado, sobre o balcão da sala de emergência;
04 - Abrir o pacote da seringa;
05 - Conectar a agulha ao bico da seringa, mantendo os princípios de assepsia;
06 - Limpar com algodão embebido em álcool a 70%, quebrar a ampola colocando-a entre o
dedo indicador e médio da mão esquerda;
07 - Pegar a seringa com a mão direita, introduzindo, cuidadosamente, sem tocar nas bordas, a
agulha na ampola, com o bisel voltado para baixo;
08 - Aspirar todo o liquido, protegendo a agulha com a sua capa protetora, retirando todo ar da
seringa;
09 - Colocar a seringa na bandeja, identificada com fita adesiva (nome do paciente, leito e
quarto) e algodão com álcool;
10 - Identificar paciente (nome, leito e quarto);
11 - Explicar o procedimento ao paciente;
12 - Conversar com o paciente sobre sua preferência pelo local a ser aplicado;
13 - Certificar-se de que a região escolhida pelo paciente e a mais indicada, deixando-o em
posição confortável e adequada;
14 - Expor o local da aplicação;
15 - Fazer a anti-sepsia da região com algodão, deixando-o entre os dedos mínimos e anular
da mão esquerda;
16 - Firmar o músculo com a mão esquerda e introduzir a agulha no músculo, com um só
movimento, formando com a mesma pele, um angulo de 45, tratando-se de agulha 25 x 7 ou
um angulo de 90 com agulha 13 x 4,5; fazendo a prega cutânea;
17 - Aspirar a seringa com a mão esquerda para verificar se a agulha não atingiu vaso
sanguíneo;
18 - Firmar a agulha, segurando o corpo da seringa, com a mão direita;
19 - Injetar o liquido com a mão esquerda;
20 - Retirar a agulha com movimento rápido e preciso, comprimindo a pele com a bola de
algodão;
21 - Limpar a região levemente com algodão, sem massagear o local;
22 - Recompor o paciente e colocá-lo em posição confortável;
23 - Colocar o material na bandeja e encaminhá-lo para sala de medicação onde será
desprezado em caixa de material cortante;
24 - Checar a medicação na folha de prescrição e anotar em qual região/lado foi aplicada a
medicação e quaisquer irregularidades, se ocorrerem;
III - INTRADERMICA
Definição: É a administração de medicamento na derme, sendo indicado para vacinas e testes
de diagnósticos e hipersensibilidades;

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

Local de Aplicação: Teoricamente, pode ser aplicado em qualquer área, mas a região mais
indicada e a face interna do antebraço.
Material;
 Bolas de algodão embebidas em álcool a 70%,
 Seringa esterilizada,
 Agulha estéril,
 Bandeja,
 Medicação prescrita,
 Fita adesiva para identificar medicação (nome, leito, quarto do paciente).
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar pela prescrição: nome do medicamento, data, horário, dosagem, nome do
paciente, leito e quarto;
03 - Dispor o material a ser usado sobre o balcão da sala de medicação;
04 - Abrir o pacote da seringa;
05 - Conectar a agulha ao bico da seringa, mantendo os princípios de assepsia;
06 - Limpar com algodão embebido em álcool a 70%, quebrar a ampola colocando-a entre o
dedo indicador e médio da mão esquerda;
07 - Pegar a seringa com a mão direita, introduzindo, cuidadosamente, sem tocar nas bordas, a
agulha na ampola, com o bisel voltado para baixo;
08 - Aspirar todo o liquido, protegendo a agulha com a sua capa protetora, retirando todo ar da
seringa;
09 - Colocar a seringa na bandeja, identificada com fita adesiva (nome do paciente, leito e
quarto) e algodão com álcool;
10 - Identificar paciente (nome, leito e quarto);
11 - Explicar o procedimento ao paciente;
12 - Conversar com o paciente sobre sua preferência pelo local a ser aplicado;
13 - Certificar-se de que a região escolhida pelo paciente e a mais indicada, deixando-o em
posição confortável e adequada;
14 - Expor o local da aplicação;
15 - Fazer a anti-sepsia da região com algodão, deixando-o entre os dedos mínimos e anular
da mão esquerda;
16 - Firmar o músculo com a mão esquerda e introduzir a agulha no músculo, com um só
movimento, formando com a mesma pele, um angulo de 15°. Estando a agulha em posição
correta, o bisel ficara visível através da pele;
17 - Aspirar com a mão esquerda para verificar se a agulha não atingiu vaso sanguíneo;
18 - Firmar a agulha, segurando o corpo da seringa, com a mão direita;
19 - Injetar o medicamento vagarosamente, observando que surgirá uma papúla no local da
aplicação;
20 - Retirar a agulha com movimento rápido e preciso, comprimindo a pele com a bola de
algodão;
21 - Não friccionar o local;
22 - Recompor o paciente e colocá-lo em posição confortável;
23 - Colocar o material na bandeja e encaminhá-lo para sala de medicação onde será
desprezado em caixa de material cortante;
24 - Checar a medicação na folha de prescrição e anotar em qual região/lado foi aplicado a
medicação e quaisquer irregularidades, se ocorrerem.

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IV – ENDOVENOSA/INTRAVENOSA
Definição: É a administração de uma droga diretamente na veia, a fim de obter uma ação
imediata do medicamento. Tem como objetivos: Retirar sangue para exames de laboratório,
introduzir medicamentos, ação rápida do efeito do medicamento, introduzir maiores
quantidades de líquidos.
Material:
 Bandeja,
 Luvas para procedimento,
 Seringa esterilizada,
 Agulha estéril,
 Recipiente com bolas de algodão embebidas em álcool a 70%,
 Garrote.
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar pela prescrição: nome do medicamento, data, horário, dosagem, nome do
paciente, leito e quarto;
03 - Dispor o material a ser usado, sobre o balcão da sala de medicação;
04 - Abrir o pacote da seringa;
05 - Conectar a agulha ao bico da seringa, mantendo os princípios de assepsia;
06 - Limpar com algodão embebido em álcool a 70%, quebrar a ampola colocando-a entre o
dedo indicador e médio da mão esquerda;
07 - Pegar a seringa, introduzindo, cuidadosamente, sem tocar nas bordas, a agulha na
ampola, com o bisel voltado para baixo;
08 - Aspirar todo liquido, protegendo a agulha com a sua capa protetora, retirando todo ar da
seringa;
09 - Colocar a seringa na bandeja, identificada com fita adesiva (nome do paciente, leito e
quarto) e algodão com álcool;
10 - Identificar paciente (nome, leito e quarto);
11 - Explicar o procedimento ao paciente;
12 - Conversar com o paciente sobre a escolha do local a ser aplicado;
13 - Certificar-se de que a região escolhida pelo paciente e a mais indicada, deixando-o em
posição confortável e adequada;
14 - Calcar as luvas de procedimento;
15 - Expor o local da aplicação, escolhendo a veia;
16 - Fixar o garrote acima do local escolhido, uns quatro dedos;
17 - Palpar novamente a veia e verificar se e mesmo a mais indicada;
18 - Fazer a anti-sepsia do local com algodão, em sentido único do retorno venoso;
19 - Pedir ao paciente para fechar a mão;
20 - Pegar a seringa, certificando-se de que esta sem ar e mantenha a escala numérica voltada
para cima e o bisel da agulha também;
21 - Segurar o braço do paciente com a mão esquerda, fixando a veia abaixo do local onde foi
feita a anti-sepsia e com a mão direita introduzir a agulha na direção da veia, no local onde foi
feita a anti-sepsia;
22 - Aspirar a seringa com a mão esquerda, se aparecer sangue, a veia esta pega;
23 - Soltar o garrote e pedir ao paciente para abrir a mão;
24 - Injetar lentamente o medicamento, observando as reações do paciente, a cada 5 a 10 ml
injetado;
25 - Aspirar sempre para certificar-se de que está na veia;
26 - Colocar o algodão próximo da agulha assim que terminar a aplicação;

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

27 - Retirar a agulha sem movimentos bruscos;


28 - Comprimir o local com algodão;
29 - Deixar o paciente em posição confortável;
30 - Colocar o material na bandeja e desprezá-lo em caixa de material cortante;
31 - Checar a medicação na folha de prescrição e anotar em qual local foi feita a punção,
quantas tentativas e em quais regiões, identificar acesso com data e hora e quaisquer
irregularidades, se ocorrerem.
V – VENÓCLISE OU SOROTERAPIA
Definição: É a administração, através de uma veia, de regular quantidade de liquido no
organismo. E indicada para: Repor líquido nos casos de hemorragia, choque, desidratação,
manter veia para administrar medicamentos EV, administrar medicamentos, proteínas,
eletrólitos, vitaminas.
Soluções mais Utilizadas:
Soro glicosado 5%, 10%, 25%, 50%, soro fisiológico, soro glicofisiólogico, solução de manitol,
solução de bicarbonato de sódio a 3% e 10%. Solução de ringer simples, solução de ringer
lactato, hemacel ou RH4O, solução de aminoácidos, etc.
Locais de Aplicação:
Em quaisquer veias dos membros superiores evitando-se as localizadas nas articulações.
Controlar o gotejamento conforme a prescrição e deixar o paciente em posição confortável.
Calculo de Gotejamento
a) Nº de gotas por minutos = Volume/horas x 3
b) Nº de gotas = Volume em gotas
Tempo em minuto
Obs.: 1 ml = 20 gotas
1 h = 60 minutos
Material
 Bandeja,
 Frasco de soro com solução prescrita,
 Scalp,
 Cortador de soro descartável,
 Recipiente com bolas de algodão embebidas em álcool a 70%,
 Suporte para frasco de soro
 Tala ou atadura para imobilização (se necessário),
 Seringa e agulha esterilizada,
 Garrote,
 Esparadrapo em tiras,
 Equipo de soro,
 Luvas para procedimento,
 Identificação do soro.
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar pela prescrição: nome do medicamento, data, horário, dosagem, nome do
paciente, leito e quarto;
03 - Dispor o material a ser usado, sobre o balcão da sala de medicação;
04 - Observar as características da solução contida no frasco;
05 - Abrir o frasco de solução com cortador de soro descartável;
06 - Acrescentar a medicação prescrita, obedecendo aos princípios de assepsia;
07 - Conectar o equipo de soro no frasco;

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

08 - Retirar o ar do equipo, escorrendo o soro ate a extremidade livre do equipo;


09 - Proteger a extremidade livre do equipo;
10 - Fazer nível no copinho (câmara gotejadora);
11 - Clamp o equipo;
12 - Colocar a identificação no frasco de soro
a) Nome do paciente, leito e quarto;
b) Nome e volume da solução;
c) Nome e quantidade das medicações acrescidas;
d) Mínimo de gotas por minuto;
e) Inicio e termino da soroterapia;
f) Data e horário;
g) Assinatura do funcionário que instalou.
13 - Colocar o frasco na bandeja, devidamente identificado;
14 - Completar a bandeja com o resto do material necessário;
15 - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente;
16 - Pendurar o frasco no suporte de soro, junto ao leito do paciente;
17 - Calcar luvas de procedimento;
18 - Puncionar a veia conforme técnica de medicação endovenosa, que na soroterapia faz uso
de scalp;
19 - Conectar o scalp ao equipo de soro, apos puncionar veia;
20 - Fixar o cateter intravenoso ou scalp, com esparadrapo;
21 - Desclampear o equipo de soro;
22 - Graduar o numero de gotas prescritas;
23 - Certificar-se de que o soro esta correndo na veia;
24 - Deixar o paciente em posição confortável e o ambiente em ordem;
25 - Colocar o material na bandeja e encaminhá-lo para sala de medicação onde será
desprezado em caixa de material cortante;
26 - Desprezar luvas de procedimento
27 - Lavar as mãos;
28 - Checar a instalação do soro, colocando a hora e anotando quaisquer irregularidades, se
houver;
Obs.: - Em caso de pacientes inconscientes, agitado ou criança, fazer imobilização;
- Ao termino do soro: retira-lo ou trocá-lo por outro.
RETIRADA DE SORO ENDOVENOSO (VENOCLISE)
Material
 Bandeja,
 Algodão com álcool a 70%,
 Algodão com éter,
 Luvas para procedimento.
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Calcar as luvas de procedimento;
03 - Explicar ao paciente o que será feito;
04 - Clampear o equipo de soro;
05 - Retirar o esparadrapo que fixa o scalp ou cateter intravenoso a pele do paciente, com
algodão ou gaze embebida em éter;
06 - Colocar o algodão com álcool próximo ao scalp ou cateter intravenoso e retire-o aplicando
leve pressão;

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

07 - Observar se houve hemostasia;


08 - Observar se o local necessita de cuidados especiais;
09 - Colocar o material na bandeja e encaminhá-lo para sala de medicação onde será
desprezado na caixa de material cortante;
10 - Desprezar luvas de procedimento;
11 - Checar na prescrição, o termino da soroterapia e anotar na Observação de Enfermagem;
12 - Anotar se ocorrerem irregularidades.

INALAÇÃO
Definição: É o tratamento realizado para problemas respiratórios feitos através do uso de
oxigênio e a medicação especifica no caso, onde o paciente inala.
 Indicação Bronquites, crises asmáticas;
 Pneumonias.
Normas
01 - O inalador devera ser trocado a cada 24 horas;
02 - Seguir o horário padrão das inalações que e 6/6 horas, 12-18, 24, 06-12.
Material
 Inalador com medicação prescrita,
 Forro ou papel higiênico (se necessário).
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Preparar a inalação conforme prescrição;
03 - Levar o material até o paciente;
04 - Orientar o paciente quanto ao procedimento;
05 - Preparar o paciente para receber o tratamento, colocando em posição fowler ou sentado;
06 - Ligar o inalador;
07 - Instruir o paciente para inspirar profundamente a medicação;
08 - Providenciar forro ou papel higiênico se necessário, para o paciente expectorar;
09 - Manter a inalação durante o tempo indicado e observar o paciente;
10 - Deixar o paciente em posição confortável após o término da inalação;
11 - Lavar as mãos;
12 - Checar no prontuário.

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SALA DE EMERGÊNCIA
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
Executantes: Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem
Definição: Dar Assistência ao profissional médico para estabilizar hemodinamicamente e
fisiologicamente e estruturalmente a criança vítima Parada Cardiorrespiratória.
Materiais:

1. Kit para punção venosa;


2. Kit para sutura;
3. Kit para Intubação;
4. Kit para aspiração;
5. Aspirador;
6. Equipamentos de monitorização:
a. Cardíaca;
b. Temperatura;
c. Pressão arterial;
d. Oximetria.
7. Tesoura.

Descrição de Procedimento:

1. Liberação de vias aéreas (Intubação se necessário);


a. Objetos (retirada);
b. Secreções (aspiração);
c. Anatômicos (posicionamento).
2. Manutenção das vias respiratórias por O2 (veja protocolo de nebulização);
3. Acesso Venoso (preferencialmente dois acessos calibrosos);
4. Compressões torácicas;
5. Avaliação neurológica, com suporte medicamentoso;
6. Controle dos SSVV;

Enfermeiro:
Auxilia diretamente médico realizando avaliação e condutas de suporte a sequência
descrita para liberação de vias aéreas, podendo lançar mão de uma Guedel e de
alinhamento da cervical com coxin devido o tamanho do occipto. Instalação de nebulização,
bolsa-válvula-máscara com 100% de oxigênio ou ventilação mecânica, exposição cortando
as roupas junto as costura se possível, controle dos SSVV, passagem de sonda uretral,
passagem de sonda gástrica.
Auxiliares de Enfermagem:
1ª. Acesso venoso, monitorização, infusões.
2ª. Preparação e administração de medicações conforme orientação verbal do médico,
mantendo todos os fracos de medicações na bancada para posterior auditoria.
Obs.: Somente o médico pode prescrever ou orientar sobre medicações, mesmo verbais
durante procedimento de emergência. Cabe aos profissionais de enfermagem dar suporte ao
andamento positivo do processo de emergência, com conhecimento, segurança e postura.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

POLITRAUMA, TCE E FRATURAS ABERTAS


Executantes: Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de Enfermagem
Definição: Dar Assistência ao profissional médico para estabilizar hemodinamicamente,
fisiologicamente e estruturalmente a criança vítima de trauma com fratura exposta,
apresentando deformidade e perda de solução de continuidade tissular, muscular, tendínea
e/ou óssea.
Materiais:

8. Kit para punção venosa;


9. Kit para sutura;
10. Kit para intubação;
11. Kit de estabilização de membros;
12. Equipamentos de monitorização:
a. Cardíaca;
b. Temperatura;
c. Pressão arterial;
d. Oximetria.
13. Colar cervical;
14. Tesoura.

Descrição de Procedimento:

7. Liberação de vias aéreas (Intubação se necessário);


8. Estabilização da coluna cervical;
9. Manutenção das vias respiratórias por O2 (veja protocolo de nebulização);
10. Acesso Venoso (dois acessos dependendo do grau);
11. Suturas ou compressões para controle de hemorragias;
12. Avaliação neurológica, com suporte medicamentoso;
13. Exposição das outras áreas afetadas no trauma;
14. Controle dos SSVV;
15. Estabilização das fraturas;

Enfermeiro:
Auxilia diretamente médico realizando avaliação e condutas de suporte a sequência
descrita para liberação de vias aéreas, podendo lançar mão de uma Guedel e de
alinhamento da cervical com coxin devido o tamanho do occipto. Instalação de nebulização,
bolsa-válvula-máscara com 100% de oxigênio ou ventilação mecânica, exposição cortando
as roupas junto as costura se possível, controle dos SSVV, passagem de sonda uretral,
passagem de sonda gástrica.
Auxiliares de Enfermagem:
1ª. Acesso venoso, monitorização, limpeza e compressão das hemorragias.
2ª. Preparação e administração de medicações conforme orientação verbal do médico,
mantendo todos os fracos de medicações na bancada para posterior auditoria.
Obs.: Somente o profissional da ortopedia poderá alinhar as estruturas. O enfermeiro fará
apenas a contenção, para a estabilização, evitando maior trauma da área afetada.

MORDEDURA COM LACERAÇÃO OU CORTE


Executantes: Enfermeiro, Técnico e Auxiliares de enfermagem
Definição: Higienização, degermação e estabilização da área lesionada
Materiais:

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1. Luvas de procedimento;
2. SF 0,9%, gazes estéreis;
3. Clorexidina 2%;
4. Povidine tópico;
5. Atadura;
6. Fita crepe.

Descrição de Procedimento:
Atenção: mordeduras não são passíveis de sutura, mas em algumas avaliações o médico pode
realizar pontos espaçados para compensação e cicatrização tissular mantendo espaço para
saída de secreções, se necessário.

1. Lavar as mãos;
2. Calçar as luvas de procedimento;
3. Higienizar local com SF 0,9% e clorexidina esfregando bem a gaze para retirada de
quaisquer sujidades e/ou de corpos estranhos;
4. Degermar local com povidine tópico;
5. Ocluir local, apenas para circulação momentânea, com gazes e enfaixamento
compressivo com fixação da fita crepe;
6. Orientar para a retirada da oclusão em domicílio e manter local aberto, limpo e seco,
lavando com água e sabão neutro;

QUEIMADURAS
Executantes:
Definição: Protocolo de Atendimento Inicial ao Queimado
Materiais:
Descrição de Procedimento:
 Manter vias aéreas pérvias
 PO2 < 80 mmHg
 Intubação/traqueostomia quando necessário
 Acesso venoso (preferencialmente dois acessos)
 Hidratação: (4ml/kg Peso) (% área queimada) 1/2 em 8h e 1/2 em 16h a partir da hora
do trauma
 Avaliação da extensão e grau da queimadura, regra dos 9

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Observe ainda os seguintes aspectos:


 Pequeno e médio queimado
 Lavagem com água destilada (ou SF 0,9% sob orientação médica);
 Curativo conforme técnica descrita abaixo;
 Ambulatório.
 Grande queimado
 20% adulto;
 10% criança;
 Proteção com vestes limpas;
 Sondagem vesical;
 1ml/Kg/h de diurese;
 Profilaxia tetânica;
 Medidas complementares SNG;
 Bloqueador H2;
 Monitorização;
 Curativo conforme técnica descrita abaixo:
1. Irrigar pele atingida com água destilada abundantemente, para
equilibrar a temperatura e eliminar a perda de líquidos pelo
excesso de calor tissular e retirar qualquer sujidade mais
grosseira.

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2. Através de técnica estéril, proceder à cobertura da área com


sulfadiazina de prata, gazes (de rayon, preferencialmente) e
ataduras (de rayon, se disponível, dependendo da área atingida).
Para melhor interação utilize seringas de 10 ou 20 ml para aspirar
e para depositar nas áreas afetadas, evitando contaminar
recipiente da sulfadiazina e de encostar-se ao tecido estéril
exposto.
3. Objetivo da cobertura com sulfadiazina de prata 1%:
a. Proteção bacteriana e de leveduras na área afetada;
b. Hidratação tissular parcial;
4. Observar se a temperatura tissular está adequada. Se a
temperatura continuar alta, o sistema imune fará o controle da
temperatura aumentando a sudorese, fazendo com que a
cobertura não permaneça adequada. Cuidado/Evitar região de
mucosos lábios, olhos, vagina e anus.
Cuidados: Um paciente vítima de queimadura torácica pode
apresentar a temperatura da região axilar mais elevada.
Flictenas - coleção localizada de líquido na epiderme, produzida por
queimadura ou pequena pústula, em forma de vesícula, que contém
linfa.
Um paciente queimado apresenta perda líquida, por isso devemos
oferecer água em grande quantidade para evitar desidratação.
No caso de queimaduras químicas deve-se despir o paciente sob
água corrente, lavando imediatamente a área afetada; proceder da
mesma forma no caso dos olhos: utilizar o tempo necessário para
remover toda a substância química.
Regra dos nove no adulto para cálculo da área queimada:
Braço - 9% (esquerdo + direito = 18%)
Cabeça e pescoço - 9%
Região torácica - 18% (frente)
Região torácica - 18% (costas)
Períneo - 1 %
Classificação Características da queimadura:
1º grau Superficial com presença de edema e eritema
2º grau Eritema intenso, edema e flictena
3º grau Tecido subcutâneo, músculo, ósseo atingido.
O excesso de potássio do líquido extracelular é conhecido por
hipercalemia. No histórico encontram-se lesões de queimaduras ou
de contusões, doença renal, infusão excessiva de soluções de
potássio ou insuficiência da supra-renal. O excesso de potássio por
vezes resulta da oligúria ou anúria, ou de lesão renal causada por
envenenamento com, cloreto de mercúrio.
Os sintomas de um leve excesso de potássio são irritabilidade,
náuseas, cólica intestinal e diarréia. Se o excesso se acentua, o
paciente demonstra fraqueza e paralisia flácida. Pode haver
dificuldade na fonação e na respiração. Ocorre oligúria, que evolui
para anúria. Finalmente, arritmia cardíaca seguida de parada
cardíaca.

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Se houver condição, ofertar água em abundância. A reposição hídrica


representa importante controle térmico, volêmico e principalmente
para evitar desidratação.
Curativos de Hidrocolóides não devem ser utilizados nas
queimaduras de 3o grau e feridas infectadas;

CONVULSÃO
Executantes: Enfermeiro, Técnico e Auxiliares de Enfermagem
Definição: Controle do quadro convulsivo e de seus agentes geradores.
Materiais: Kit p/ acesso venoso,
Descrição de Procedimento: Acesso venoso calibroso (dependendo do quadro dois acessos)
Obs.: As convulsões pós-trauma são comuns e usualmente autolimitadas, não requerendo
tratamento específico. As crises convulsivas persistentes indicam a ocorrência de patologia
intracraniana grave. Durante o atendimento a oferta de O2 deve ser garantida para evitar o risco
de hipóxia e conseqüente lesão de órgãos e tecidos.

SUSPEITA DE ABUSO FÍSICO


Executantes: Enfermeiro
Definição: Qualquer lesão não acidental devido a ações de pais, parentes ou familiares.
Materiais: Anamnese, avaliação física, SSVV.
Descrição de Procedimento:
Suspeitar de abuso se houver:
Anamnese:

 Discrepância entre a história e o grau de lesões físicas;


 Intervalo prolongado entre o tempo de lesão e a consulta médica;
 História de traumas repetidos, tratados em locais diferentes;
 Pais que respondem inapropriadamente ou que não seguem as recomendações
médicas;
 História de lesões diferentes ou alteradas entre pais ou familiares.

Exame físico: Achados físicos que sugerem abuso físico e sugerem investigação mais
pormenorizada:

 Múltiplos hematomas subdurais, sem história significativa de trauma;


 Hemorragia retiniana;
 Lesões periorais;
 Ruptura de víscera interna sem antecedente de trauma contuso;
 Trauma em região cervical genital ou perianal;
 Evidência de lesões freqüentes como cicatrizes e fraturas consolidadas nas
radiografias;
 Fraturas de ossos longos em crianças menores de 03 anos;
 Lesões bizarras como mordeduras, queimaduras por cigarros ou marcas de
corda;
 Queimaduras de 2 e 3 graus repetidas em áreas não usuais.

Observar resposta psicológica da criança que tende apresentar um quadro reservado ou


contido, desconfiado e retraído, avaliando com apreensão os pais a cada resposta.

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Em qualquer das condições encontrada, notificar médico que deve obrigatoriamente,


confirmado os achados ou suspeitas, notificar o Conselho Tutelar do município de residência
da criança ou do local onde foi constatado o fato.
Não é permitida a alta médica sem a presença do Conselho Tutelar.

INTOXICAÇÃO EXÓGENA
Executantes: Enfermeiro, Técnico de Enfermagem
Definição: Retirada, inativação e ou estabilização hemodinâmica da criança
Materiais: S/N – Kit cateterismo venoso, Kit lavagem gástrica, O2 terapia.
Descrição de Procedimento: Ver técnica de lavagem gástrica. Ver técnica de cateterismo
venoso, Controle de SSVV.

HIPOGLICEMIA - HIPERGLICEMIA (DIABETES NÃO CONHECIDO OU COM VALOR HI)


Executantes: Enfermeiro, Técnico e Auxiliares de Enfermagem
Definição: Diabetes Descompensada em Crianças até 11 Anos, 11 meses e 29 dias
Materiais: Kit cateterismo venoso, Glicosímetro, agulha, algodão, álcool, O2 terapia.
Descrição de Procedimento: Ver normas de Hidratação, cateterismo venoso, coleta de sangue
para glicemia capilar.

SUTURAS (ASSISTÊNCIA)
Executantes: Enfermeiro, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem
Definição: Acompanhar, assistir procedimento médico de sutura para união de bordas
tissulares por ferimento corte contuso promovendo a cicatrização por primeira intenção.
Materiais:
 Seringa 5 ou 3 ml;
 Luvas de procedimento (auxiliar);
 Luvas estéreis (principal);
 Lidocaína 2%;
 Agulha adequada para o procedimento (nylon ou catgut) de nº adequado ao local e
paciente;
 Pacotes de gaze em quantidade adequada para o tamanho da região e nível do
procedimento;
 Povidine Tópico;
 Campo fenestrado estéril;
 Clorexidina 2% Solução;
 Agulhas, 13/4,5mm e 40/12mm;
 Kit de Sutura:
o Anatômica com Dente;
o Anatômica sem Dente;
o Porta Agulha;
o Pinça Kelly;
o Tesoura.
Descrição de Procedimento:
1. Lavar as mãos;
2. Calçar luvas de procedimento;

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

3. Deixar a disposição luvas estéreis para o procedimento médico adequado


ao tamanho das mãos do profissional ou indicar gaveta de armazenamento
para sua livre escolha;
4. Orientações á criança e acompanhante;
5. Realizar a limpeza do local com gaze, soro fisiológico e clorexidina solução;
6. Realizar tricotomia, conforme local e indicação médica, com a anuência do
responsável;
7. Abertura do kit de sutura em técnica estéril;
8. Depositar, em técnica estéril, dentro do pacote aberto do kit de sutura:
a. Seringa;
b. Agulhas;
c. Gazes;
d. Fio de sutura;
e. Campo fenestrado;
9. Ofertar ao profissional médico o frasco de lidocaína para aspiração, na
altura dos olhos com a base para o alto;
10. Ofertar ao profissional médico povidine para aplicação na região indicada
ou diretamente na gaze;
11. Orientar acompanhante para procedimento acessório de contenção e apoio
emocional à criança;
12. Conter ou realizar procedimento de contenção para segurança do
procedimento;
13. Assessorar profissional médico segundo sua indicação para a realização
segura do procedimento;
14. Realizar limpeza e curativo segundo indicação do profissional médico;
15. Desprezar na caixa de perfuro cortante as agulhas e outros materiais
cortantes que por ventura tenham sido utilizados ou retirados durante
procedimento.
16. Desprezar no lixo contaminante (branco), as gazes e outros produtos
restantes do procedimento.
17. Limpar mesinha de procedimentos;
18. Desprezar luvas de procedimentos;
19. Lavar as mãos.

DESIDRATAÇÃO MODERADA POR VÔMITO E/OU DIARRÉIA


Executantes: Enfermeiro, Técnico e Auxiliares de Enfermagem
Definição: Reidratação para crianças com quadro de desidratação moderada ou grave.
Materiais: Kit cateterismo venoso, Glicosímetro, agulha, algodão, álcool, O2 terapia.
Descrição de Procedimento: Ver normas de Hidratação, cateterismo venoso, coleta de sangue
para glicemia capilar.
A diarréia pode ser definida como uma excessiva perda de água e eletrólitos (Na+, CI-, Ca++,
Mg++, glicose, fosfato e outros) nas fezes, ocasionada geralmente por distúrbio do transporte
do soluto no intestino. Por isso a reposição do líquido (água) para hidratação oral é necessária
de imediato. Quando do histórico de vômito associado ou desidratação moderada ou grave é
necessário utilizar a re-hidratação venosa, preferencialmente solução fisiológica aquecida.

SATURAÇÃO < 90% - (TIRAGEM INTERCOSTAL E DE FÚRCULA ESTERNAL – BE)


Executantes: Enfermeiro, Técnico e Auxiliares de Enfermagem
Definição: Restabelecer hemodinamicamente a criança vitima de descompensação respiratória

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Materiais: Kit de O2, Kit de cateterismo venoso,


Descrição de Procedimento:

VACINAÇÃO DE URGÊNCIA (TÉTANO E ANTI-RÁBICA)


Executantes: Enfermeiro, Técnicos e Auxiliares de enfermagem.
Definição:
Materiais:
1. Imunobiológicos. (DT, Antirabica de emergência c/ notificação)
2. Seringas e agulhas.
3. Bandeja.
4. Cartão de vacina.
5. Carimbo.
Descrição do Procedimento:
1. Receber o cliente na sala de emergência.
2. Orientar o cliente sobre a vacina a ser administrada e a importância da mesma.
3. Verificar se o cliente não encontra em situação de adiamento da vacinação e encaminhar ao
posto.
4. Informar sobre os eventos adversos mais comuns, orientando retorno na Unidade sempre
que necessário e a não utilização de DIPIRONA em caso de reação febril.
5. Orientar quanto a não utilização de pomadas ou compressas no local da aplicação.
6. Registrar a vacina administrada, nº de lote, no cartão do cliente e encaminhar ao posto para
apontamento no cartão espelho, assinar com letra legível.
7. Lavar as mãos.
8. Executar técnica asséptica em todo o procedimento.
9. Assegurar-se de que a temperatura da vacinas e diluentes estejam adequados.
10. Verificar o prazo de validade da vacina e tempo de uso recomendado, após a diluição da
vacina.
11. Observar a dosagem recomendada pelo Laboratório produtor da vacina em questão.
12. Respeitar o local de aplicação, segundo faixa etária.
13. Lave com água e sabão, o local da aplicação, caso o mesmo não apresente boas
condições de higiene.
14. Solicite que a mãe ou responsável segure a criança de forma adequada, garantindo uma
imobilização segura.
15. Atentar para a relação entre o ângulo de aplicação e agulha adequada, levando em
consideração a quantidade de massa muscular do cliente a ser vacinado.
16. Administrar lentamente o líquido da vacina.
17. Não massagear o local da aplicação. Fazer apenas leve compressão com algodão seco.
18. Ao realizar aplicações simultâneas, identifique, no cartão do cliente e posterior, na UBS,
marcação no cartão espelho, o local de aplicação de cada vacina.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

19. Não retire a agulha da seringa no momento do descarte.


20. Não reencape a agulha.
21. Descarte em coletor adequado, respeitando o limite permitido (2/3 do recipiente).
22. Registrar no mapa diário, a dose aplicada.
23. Lavar as mãos.
24. Manter ambiente limpo e organizado.

LAVAGEM INTESTINAL (ENTEROCLISMA)


Definição: a entrada de uma quantidade de liquido no intestino através de uma sonda retal.

 Indicação Distensão e flatulência abdominal


 Constipação intestinal
 Preparo para cirurgia
 Tratamento intestinal ou radiografia

NORMAS
01 - A sondagem retal devera ser feita na posição de SIMS, a esquerda;
02 - Manter a privacidade do paciente durante o procedimento;
Material

 Solução comercial do enteroclisma (glicerina), aquecida ou gelada conforme a


indicação,
 Forro,
 Sonda retal n 22 ou 24,
 Vaselina ou xylocaina geléia,
 Papel higiênico,
 Comadre,
 Biombos,
 Sonda retal,
 Gazes,
 Equipo de soro,
 Luvas,
 Esparadrapo.
 Suporte de soro.

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Reunir o material;
03 - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente;
04 - Cercar a cama com biombo;
05 - Colocar sobre a mesa de cabeceira a solução de glicerina, gazes e xylocaina;
06 - Colocar a comadre sobre a escadinha;
07 - Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo, deixando-o coberto;
08 - Colocar o forro sob as nadegas do paciente para proteger a cama;
09 - Adaptar o equipo de soro ao frasco do clister, retirando o ar do equipo;
10 - Colocar o frasco no suporte de soro;
11 - Calcar as luvas;

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

12 - Conectar a sonda retal a extremidade do equipo, retirando o ar da mesma;


13 - Lubrificar a sonda com xylocaina;
14 - Separar a prega interglutea com gazes expondo a região anal;
15 - Introduzir a sonda no reto, cerca de 8 a 10 cm com cuidado e vagarosamente;
16 - Abrir a pinça do equipo de soro e deixar a solução correr ate o final;
17 - Fechar a pinça do equipo;
18 - Retirar a sonda ao termino da solução;
19 - Desprezar a sonda envolvida no papel higiênico e o frasco no lixo do banheiro;
20 - Orientar o paciente para reter a solução durante alguns minutos;
21 - Colocar o paciente na comadre, ou levá-lo ao banheiro, deixando o papel higiênico em
suas mãos;
22 - Retirar a comadre e levar ao banheiro, desprezando o conteúdo lavando-a;
23 - Retirar luvas;
24 - Oferecer material para lavagem das mãos ao paciente, se necessário;
25 - Deixar a unidade em ordem e o paciente confortável;
26 - Lavar as mãos;
27 - Anotar no prontuário: horário, quantidade da solução usada e retorno;
Obs.: - Diminuir ou interromper momentaneamente o fluxo do liquido, se o paciente queixar de
dor.

 - Não deixar entrar ar no intestino;


 - Quando o liquido não entrar por obstrução da sonda, fazer movimentos delicados com
a mesma;
 - Nunca forçar a introdução da sonda;
 - Ao introduzir a sonda, pedir ao paciente que inspire e expire profundamente, a fim de
manter o relaxamento;
 - Se a lavagem for gota a gota, controlar rigorosamente o gotejamento.

IRRIGAÇÃO VESICAL
Finalidade: Irrigar a bexiga em pós-operatório de R.T.U., sangramento.
Material
1. Sonda vesical de 3 vias ,
2. Equipo de soro,
3. Frasco de água destilada de 1000 ml,
4. Sistema coletor fechado de diurese.
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Reunir o material;
03 - Encaminhar o material ate o paciente;
04 - Explicar o que será feito ao paciente;
05 - Sondar o paciente conforme técnica, caso ainda não esteja sondado;
06 - Adaptar o equipo de soro ao frasco de água destilada e fazer o nível;
07 - Adaptar o equipo de soro na via de entrada da sonda vesical;
08 - Abrir a pinça do equipo de soro e deixar drenar, controlando o gotejamento conforme
prescrição;
09 - Observar o retorno do liquido no sistema coletor;
10 - Deixar a unidade em ordem;
11 - Anotar no prontuário do paciente: a sondagem se for o caso o inicia da irrigação,
quantidade infundida, drenada e a cor da mesma.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

SONDAGEM NASOGASTRICA
Executantes: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.
Definição: É a introdução de uma sonda através das fossas nasais ate a região gástrica
(estomago).

 Finalidade Alimentação (gavagem);


 Lavagem e aspiração gástrica;
 Por operatório de cirurgias gástricas;
 Obstrução intestinal;
 Peritonite;
 Pancreatite aguda.

Sonda aberta: drenagem


Sonda fechada: alimentação

Normas:
01 - Se o objetivo da sondagem for a alimentação, esta devera permanecer no paciente no
maximo 3 dias. Apos este tempo deverá ser trocado por uma sonda nasoenteral, se ainda
continuar a alimentação através da sonda;
02 - Quando o objetivo da sondagem for a drenagem, usar SNG com sistema coletor medflux;
03 - A fixação da sonda devera ser trocada a cada 24 horas ou sempre que necessário, e feito
rodízio do local da fixação para evitar lesões da pele;
04 - Ao realizar a sondagem nasogastrica, realizar os testes de verificação do posicionamento
da sonda nasogastrica;
Material:

 Sonda levine no 12 ou 14 para alimentação, se for para lavagem gástrica no 18 ou 20,


 Seringa de 20 ml,
 Gazes,
 Lubrificante (xylocaina geleia),
 Cadarço de esparadrapo ou canudinho de plástico,
 Esparadrapo,
 Estetoscópio,
 Luvas de procedimento,
 Copo com água.

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar a prescrição médica;
03 - Preparar o material;
04 - Levar o material ate o paciente;
05 - Orientar o paciente quanto à necessidade da sondagem;
06 - Colocar o paciente em decúbito elevado;
07 - Delimitar com esparadrapo a extensão de introdução da sonda medindo do lóbulo da
orelha ate a ponta do nariz, e deste ate o apêndice xifóide;
08 - Calçar luvas;
09 - Lubrificar a sonda com auxilio de uma gaze com xylocaina gel;
10 - Solicitar ao paciente que mantenha o pescoço em ligeira flexão e inspire profundamente
durante a introdução da sonda na narina e que degluta varias vezes, facilitando a passagem da
sonda pelo esôfago;

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

11 - Introduzir a sonda lentamente ate a altura marcada;


12 - Executar o teste de verificação da localização da sonda;
13 - Fixar a sonda nasogastrica;
14 - Datar e assinar no esparadrapo da fixação da sonda;
15 - Deixar o paciente confortável;
16 - Deixar a unidade em ordem;
17 - Anotar no prontuário do paciente.

TESTE PARA AVALIAR SE A SONDA ESTA NO ESTOMAGO


Conectar a seringa na sonda e aspirar, se estiver no estomago, sairá suco gástrico.
Injetar com a seringa 20 ml de ar, rapidamente, e concomitantemente colocar o estetoscópio
sobre o estomago, procurando ouvir um ruído surdo e borbulhante;
Colocar a ponta da sonda num copo com água e verificar se houve formação de bolhas, se isto
ocorrer a sonda estará na traquéia e não no estomago.

SONDAGEM NASOFARÍNGEO

Material:
1. Cateter estéril de 8 a 12;
2. Frasco umidificador de bolhas estéril;
3. Extensão de borracha;
4. Fluxômetro calibrado para rede de oxigênio;
5. Esparadrapo;
6. Gaze com lubrificante;
7. 50ml de água destilada esterilizada.

Procedimento:

1. Instalar o Fluxômetro na rede de Oxigênio e testá-lo;


2. Colocar a água destilada esterilizada no copo do umidificador, fechar e conectá-lo ao
fluxômetro;
3. Conectar a extensão plástica ao umidificador;
4. Identificá-lo com etiqueta (data, horário e volume de água);
5. Medir o cateter do início do canal auditivo à ponta do nariz, marcar com adesivo;
6. Lubrificar o cateter e introduzi-lo em uma das narinas, até aproximadamente 2 cm antes da
marca do adesivo;
7. Conectar o cateter à extensão;
8. Abrir e regular o fluxômetro (conforme prescrição);

Trocar o cateter diariamente, rodiziando as narinas.


Trocar o umidificador e a extensão a cada 48hs.

SONDAGEM NASOENTERAL
Executantes: Enfermeiro e Técnico de enfermagem.
Definição: É a introdução de sonda através da fossa nasal ate o duodeno.
Indicação: Alimentação prolongada.
Materiais:
1. Sonda Nasoenteral de poliuretano ou silicone, tamanhos 8 a 12 F.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

2. Luvas de procedimento.
3. Mandril (fio guia).
4. Gazes.
5. Lubrificante hidrossolúvel (lidocaína gel 2%) ou água.
6. Seringa 20 ml.
7. Copo com água filtrada ou fervida.
8. Estetoscópio.
9. Fita indicadora de pH.
10. Fita adesiva não alergênica.
Descrição do Procedimento:
1. Explicar o procedimento ao paciente.
2. Reunir o material próximo do leito.
3. Medir o cumprimento da sonda, a partir do lóbulo da orelha até a base do nariz e dessa até a
parte inferior do apêndice xifóide, acrescentando mais 5 a 10 cm. Marcá-la com esparadrapo
para visualizar o tamanho da sonda a ser introduzida.
4. Proteger o paciente com uma toalha.
5. Lavar as mãos e calçar luvas.
6. Retirar próteses dentárias, se necessário.
7. Posicionar o paciente em semi-fowler, mantendo a cabeça em posição de deglutição (fletida
para frente), alinhada em relação ao tronco.
8. Testar as narinas e introduzir a sonda lubrificada na narina mais desobstruída. Passar a
sonda até a nasofaringe, dirigindo-a para baixo e para trás. Quando a sonda alcançar a
orofaringe solicitar que o paciente que inspire profundamente e degluta várias vezes e se
necessário dar-lhe um gole d’água, para ajudar na progressão da sonda para o esôfago.
9. Não forçar a passagem da sonda caso esta apresente resistência.
10. A rotação suave pode ajudar.
11. Continuar a progressão da sonda até a marca definida.
12. Suspender a progressão da sonda caso o paciente apresente náuseas, vômitos, tosse,
dispnéia ou cianose.
Verificar se a sonda está no estômago, utilizando sempre os testes abaixo:
 Solicitar ao paciente que fale, pois se a voz estiver alterada a sonda poderá
estar localizada na traquéia.
 Mergulhar a ponta externa da sonda na água e pedir para que o paciente expire.
Se borbulhar a sonda pode estar no pulmão e deve ser retirada.
 Adaptar uma seringa na ponta externa da sonda, insuflar ar (10 ml) e auscultar o
estômago com estetoscópio. A entrada de ar no estômago provoca um ruído
característico do tipo bolhas na água.

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 Aspirar com a seringa conectada no mandril, verificando o retorno de liquido


gástrico e medir o pH (pH gástrico <5).
13. Retirar o mandril com cuidado (após lubrificação se necessário).
14. Verificar a posição da sonda, novamente, injetando ar em bolo. Na ausência de ausculta ou
de retorno, repassar a sonda.
15. Tapar a conexão da sonda.
16. Retirar as luvas.
17. Fixar a sonda e deixar o paciente confortável.
18. Guardar o mandril na embalagem original da sonda, adequadamente.
19. Enrolado e identificado, para repassar a sonda se necessário;
20. Lavar as mãos.
21. Solicitar RX para certificar-se o posicionamento da sonda, sempre que necessário.
22. Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar (conforme decisão do COREN-SP-
DIR/001/2000).
23. Manter a sala em ordem.
Observações:
A. Se a posição pós-pilórica da sonda for indicada:
 Antes do procedimento, administrar a medicação gastro-cinética prescrita pelo médico.
 Acrescentar 15 a 20 cm, conforme a constituição do paciente e posição desejada, à
distancia medida para posição gástrica.
 Introduzir a sonda até o estômago.
 Retirar o mandril.
 Realizar os testes já descritos, inclusive de controle de pH.
 Solicitar que o paciente permaneça em decúbito lateral direito durante 2 a 3 horas, para
favorecer a migração.
 Após este tempo, aspirar liquido duodenal e medir o pH (pH duodenal: 6 a 8).
 Encaminhar o paciente para o RX no mínimo 3 horas após a sondagem.
B. Infusão e Manutenção da sonda:
 Fazer higiene oral conforme prescrição de enfermagem.
 Limpar diariamente a narina na qual a sonda está introduzida com água, ou SF ou AGE.
 Trocar o local da fixação diariamente para evitar irritação e escamação da pele.
 Aplicar creme ou vaselina nos lábios e narinas para prevenir a formação de crostas.
 Manter a cabeceira do paciente em semi-fowler durante todo o período em que estiver
recebendo dieta e por 30 minutos após.
 As sondas para NE têm durabilidade de 30 a 60 dias (poliuretano) e 6 meses (silicone),
se mantidas adequadamente.
 Em caso de retirada acidental, poderá ser repassada, no mesmo paciente, após
lavagem interna com água e sabão, utilizando uma seringa.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

 Verificar a integridade da sonda; se apresentar sinais de rigidez, rachaduras, furos ou


secreções aderidas, desprezá-la.
 Ao final da terapia a sonda deverá ser desprezada.
 Cuidado para não tracionar a asa do nariz, pelo risco de lesão.
 Lavar a sonda com 10 a 30 ml de água filtrada ou fervida, antes e após administrar
medicamentos, nutrição enteral e aspirar suco gástrico.
 Administrar os medicamentos um a um, lavando a sonda entre as medicações, evitando
interações físico-químicas que podem causar obstrução.
 Nunca administrar medicação com a dieta.
 Diluir as apresentações hipertônicas com 30-60 ml de água.
 Suspender a infusão da dieta por 1 hora antes e 1 hora após para medicações que
sofrem diminuição de absorção na presença de alimentos como exemplo: fenitoina,
captopril e quinilonas.
 No caso de obstrução, injetar água com pressão moderada, com seringa de 20 ml, pois
a pressão excessiva pode provocar rachaduras na sonda.
 Verificar a posição da sonda, por aspiração de liquido gástrico/duodenal e ausculta de
borborigmo na região epigástrica ou no quadrante abdominal superior esquerdo:
 Cada vez que for instalar o frasco de nutrição enteral, em caso de NE contínua; após
episódios de vômito, regurgitação e tosse intensa (a extremidade da sonda pode voltar
ao esôfago ou até enrolar-se na cavidade oral, mesmo quando bem fixada
externamente).
 Quando o acesso pós-pilórico for necessário, recomenda-se o controle de pH do liquido
aspirado uma vez ao dia (pH duodenal = 6 a 8).
 A passagem transpilórica espontânea da sonda ocorre em poucos pacientes e, mesmo
tendo migrado, a extremidade distal pode retornar ao estômago.

LAVAGEM GÁSTRICA
Definição: É a introdução de solução liquida geralmente soro fisiológico através da sonda
nasogastrica para retirar resíduos do estomago.

Indicação:
 Hemorragias digestivas altas;
 Intoxicação exógena.

Material

 Lubrificante xylocaina geleia,


 Sonda nasogastrica no 18 ou 20,
 Soro fisiológico de 250 ml,
 Equipo soro,
 Sistema coletor medflux,
 Luvas,

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

 Gazes.
Técnica

01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar a prescrição medica;
03 - Preparar o material;
04 - Se o paciente já estiver sondado e só proceder a técnica da lavagem, se não e necessário
sondá-lo primeiro;
05 - Orientar o paciente quanto ao procedimento;
06 - Colocar o paciente em posição fowler ou com cabeceira elevada;
07 - Calcar luvas;
08 - Testar a sonda;
09 - Adaptar o equipo de soro na sonda que esta ligada ao frasco;
10 - Abrir a pinça do equipo de soro e deixar drenar 250 ml;
11 - Fechar a pinça do equipo de soro;
12 - Deixar drenar todo líquido infundido por sinfonagem;
13 - Repetir a lavagem ate que o retorno esteja claro;
14 - Após término fazer a lavagem e deixar a sonda aberta;
15 - Deixar o paciente em posição confortável;
16 - Medir o retorno e desprezá-lo;
17 - Retirar luvas;
18 - Encaminhar o material utilizado ao expurgo;
19 - Lavar as mãos;
20 - Anotar no prontuário do paciente a lavagem com seu resultado.

SONDAGEM VESICAL DE DEMORA


Executantes: Enfermeiros
Definição: A cateterização urinária e a introdução de tubo estreito (cateter urinário), pela uretra
ate a bexiga.

 Finalidade Amostra estéril de urina para exame;


 Verificação de ausência de micção por anúria;
 Esvaziar a bexiga;
 Pré-operatório;
 Pós-operatório;

Normas
01 - Nunca elevar o coletor de urina acima do nível vesical sem antes pinçar a sonda;
02 - Recomenda-se a limpeza da área em torno do meato uretral no mínimo uma vez por dia
com água e sabão;
03 - O sistema de drenagem fechada nunca devera ser desconectado;
04 - Para pacientes prostáticos, utilizar sonda foley n° 16, 18 ou até mesmo 22;
05 - A higiene intima previa e obrigatória para sondagem vesical, independente se o paciente
está limpo ou não;

06 - A sonda vesical de demora feminina deve ser trocada a cada 7 dias, já a masculina a cada
14 dias.
FOLEY de duas vias (01 para insuflar e outra para drenar);
FOLEY de três vias (igual a anterior + 01 para infundir solução).

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

Fazer o controle da irrigação.


Material:
1. Gaze estéril;
2. Duas a três bolas de algodão;
3. Seringa de 20 ml ou 10 ml;
4. Agulha de 40x20;
5. Ampola de AD 10 ml / SF;
6. Xylocaina gel lacrada;
7. PVPI tópico;
8. Luva estéril;
9. Saco para lixo coletor de urina estéril (sistema fechado);
10. Micropore;
11. Comadre;
12. Sonda Foley;
13. Homem: uma seringa a mais (xylocaína / água);
14. Recipiente para coleta de urina (cálice graduado);
15. Recipiente estéril para coleta de amostra de urina;
16. Biombo s/n.

Procedimento:

1. Colocar o paciente em posição (mulher: ginecológica; homem: pernas estendidas);


2. Biombo e foco de luz s/n;
3. Lavar as mãos;
4. Abrir o coletor e fixá-lo na cama, colocar a ponta da conexão sobre o campo fixando-o
com adesivo;
5. Abrir o pacote de sondagem (cateterismo vesical) sobre o leito, no sentido diagonal,
colocando uma das pontas sob a região glútea;
6. Colocar PVPI na cuba redonda, que contém as bolas de algodão;
7. Abrir a sonda e o resto do material sobre o campo (gaze, agulha, seringa);
8. Colocar xylocaína na gaze;
9. Abrir a ampola de água;
10. Calçar as luvas;
11. Testar o Cuff da sonda (fazer o balão inflar);
12. Aspirar 10 ml de água destilada sem tocar na ampola;
13. Lubrificar 5 cm da sonda;
14. Homem: preparar seringa com 10 ml de xylocaína;
15. Conectar a sonda ao coletor;
16. Fazer a anti-sepsia:
17. Mulher: duas bolas de algodão entre a vulva e os grandes lábios, duas bolas de
algodão entre os pequenos lábios, uma bola de algodão no meato urinário;
18. Homem: afastar o prepúcio e expor a glande, fazer anti-sepsia em movimentos circular
ou, do meato em direção a glande, elevar o pênis perpendicularmente ao corpo do
paciente, injetar 10 ml de xylocaína no meato;
SONDA VESICAL DE ALIVIO: Não possui CUFF.

RETIRADA DE SONDA

Material:
1. Saco de lixo;

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

2. Luva de procedimento;
3. Seringa.
Procedimento:
1. Verificar a bolsa coletora (volume, cor, aspecto da urina);
2. Calçar luvas de procedimento;
3. Aspirar o soro fisiológico ou AD do CUFF (mesmo volume que foi colocado);
4. Retirar a sonda;
5. Desprezar no lixo.

IRRIGAÇÃO CONTINUA

Material:
sonda de 3 vias; SF para irrigação; Equipo de soro; Luvas de procedimento; Folha de
impresso; Coletor; Suporte de soro;

Procedimento:
1. Preparar a solução;
2. Pendurá-lo no suporte;
3. S/n sonde o paciente;
4. Conectar a sonda ao equipo da solução;
5. Substituir a solução sempre que necessário;
6. Controlar o gotejamento e observar a permeabilidade;
7. Calçar luvas;
8. Medir volume drenado; VOL. DRENADO – VOL. INFUNDIDO = VOL. TOTAL
9. Observar características;
10. Anotar balanço;

RETIRADA DE PONTOS (URGÊNCIAS)

Material:
1. 1 pinça Kocker;
2. 1 pinça Kelly;
3. 1 pinça dente de rato e 1 anatômica;
4. Gazes esterilizadas;
5. Soro fisiológico;
6. Tesoura de iris ou lâmina de bisturi ou gilete esterilizada;
7. Fita adesiva;
8. Saco plástico.
Procedimento:
1. Faz-se a limpeza da incisão cirúrgica, obedecendo à técnica do curativo;
2. Umedeça os pontos com soro fisiológico, secar;
3. Com a pinça anatômica, segura-se a extremidade do fio e com a tesoura corta-se a
parte inferior do nó;
4. Coloca-se uma gaze próxima à incisão, para depositar os pontos retirados;
5. Após o procedimento, fazer a limpeza local com técnica asséptica.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

APLICAÇÕES QUENTES E FRIAS


BOLSA DE GELO
Indicação: Hematomas com menos de 24 horas, que deve ser colocado de preferência logo
após a queda, por exemplo;

 Hipertermia - para baixar a temperatura;


 Sangramento - para provocar vasoconstrição e reduzir o sangramento;
 Dor - para diminuir a dor.

Normas
01 - A bolsa de gelo dever ser envolta num forro antes de entrar em contato com o paciente;
02 - Apos o tratamento, esvaziar, lavar e enxugar a bolsa. Enchendo-a de ar evitando assim,
que as paredes colem;
Material

 Bolsa de gelo,
 Gelo,
 Toalha ou forro.

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar a indicação do tratamento (local e duração);
03 - Reunir o material, levando-o para junto do paciente, apos:

a) Ter colocado gelo na bolsa, áte 1/3 de sua capacidade, apoiá-lo sobre uma superfície
plana, comprimindo-a erguendo o gargalo para retirar o ar de seu interior;
b) Ter fechado a bolsa;

04 - Orientar o paciente, colocando-o em posição confortável, expondo a área que deve


receber o tratamento;
05 - Proteger a bolsa com a toalha, e colocá-la sobre a área programada;
06 - Deixar o paciente confortável;
07 - Lavar as mãos;
08 - Checar na prescrição.

COMPRESSAS FRIAS
Indicação: Hipertermias.
Normas
01 - Não deixar as compressas encharcadas; Antes de colocá-la sobre o paciente, comprimi-
las retirando o excesso de liquido;
02 - Aplicar as compressas frias durante pelo menos 30 minutos, trocando freqüentemente as
mesmas, ou seja, a cada 5 minutos;
03 - Controlar a temperatura do paciente a cada 15 minutos;
04 - Durante a aplicação das compressas hidrate o paciente;
Material

 Pacote de compressa,
 Toalha de banho,
 Bacia,
 Água – 2.000 ml,

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

 Álcool a 70% - 500 ml.

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar a indicação do tratamento (plano de cuidado ou recomendação verbal da
enfermeira);
03 - Reunir o material, levando-o para junto do paciente;
04 - Orientar o paciente sobre o tratamento;
05 - Proteger a unidade do paciente com biombos se necessário;
06 - Descobrir o paciente e envolver algumas regiões (axila, região inguinal, frontal) com as
compressas embebidas na mistura de água e álcool;
07 - Trocar as compressas a cada 5 minutos;
08 - Controlar a temperatura do paciente a cada 15 minutos;
09 - Ao final do tratamento enxaguar o paciente, trocar a roupa de cama e encaminhar o
material utilizado para os devidos lugares;
10 - Lavar as mãos;
11 - Anotar no prontuário.

BOLSA DE ÁGUA QUENTE


Indicações:
Hematoma Tardio - com menos de 24 horas de ocorrido o trauma;

 Soromas;
 Flebites;
 Punhovenosa difícil;
 Bexigoma;
 Drenagem de abscessos.

Normas
01 - A temperatura da água deve ser quente, mas tolerável pelo paciente;
02 - Se o paciente estiver inconsciente, observar com freqüência o local da aplicação da bolsa
quente. Diante de qualquer anormalidade (hipertermia acentuada por exemplo, interromper o
tratamento e comunicar a enfermeira);
03 - Remover a água da bolsa sempre que esfriar;
04 - Ao final de cada aplicação esvaziar, lavar e enxugar a bolsa; Enche-la de ar para que as
paredes internas não colem;
05 - Acompanhar a aplicação todo o tempo;
Material

 Bolsa de água quente,


 Forro,
 Água quente,

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Verificar a indicação do tratamento;
03 - Reunir o material, levando-o para junto do paciente, após:

a) Ter verificado a integridade da bolsa;

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

b) Ter colocado água na bolsa ate 1/3 de sua capacidade;


Obs.: - Após colocar a água na bolsa, apoiá-lo sobre uma superfície plana, erguendo
levemente o gargalo para retirar o ar de seu interior;
c) Fechar a bolsa;

04 - Orientar o paciente, colocando-o em posição confortável, expondo a área programada


para o tratamento;
05 - Proteger a bolsa com a toalha;
06 - Colocar a bolsa sobre a área programada;
07 - Observar o tempo previsto para aplicação quente;
08 - Manter a região protegida após o término do tratamento para conservar o aquecimento;
09 - Deixar o paciente confortável;
10 - Lavar as mãos;
11 - Anotar no prontuário.

OXIGENIOTERAPIA
Executantes: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de enfermagem.
Materiais:
1. Cateter nasal nº adequado conforme avaliação prévia ou máscara.
2. Gaze.
3. Esparadrapo/ micropore.
4. Intermediário.
5. Umidificador.
6. Oxigênio canalizado ou em torpedo.
7. Bandeja.
8. Água filtrada.
9. Luvas de procedimento.
Descrição do Procedimento:
1. Checar prescrição.
2. Lavar as mãos com técnica adequada.
3. Preparar o umidificador com água, enchendo com 2/3 de sua capacidade.
4. Reunir todo material.
5. Orientar o paciente quanto ao procedimento, deixá-lo em posição confortável (cabeceira
elevada 30-45º).
6. Conectar o cateter ao intermediário de borracha, e ao umidificador já montado.
7. Medir a distância do cateter entre a ponta do nariz e o lóbulo da orelha, identificando com
esparadrapo para saber até que ponto o cateter será introduzido (cateter “tipo óculos” – não há
necessidade deste procedimento).
8. Colocar as luvas conforme técnica adequada.
9. Introduzir o cateter até local marcado.
10. Fixar o cateter com esparadrapo/ micropore sobre a testa ou face do paciente, garantindo
que o mesmo sinta-se confortável.

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

11. Colocar o número de litros de O2 conforme prescrição.


12. Observar reações do paciente.
13. Retirar as luvas, desprezando em lixo contaminado.
14. Lavar as mãos.
15. Anotar data, nome, horário do procedimento e anotações necessárias quanto a condições
do paciente (presença de cianose, retração de fúrcula esternal intercostal...) e evolução do
quadro, comunicando médico solicitante também verbalmente quando necessário.
16. Assinar e carimbar (conforme decisão COREN–SP–DIR/00/2000).
17. Manter ambiente de trabalho limpo e organizado.
Observação:
Oxigenioterapia domiciliar – Orientações do protocolo SAD

CATETER NASAL
Executantes: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.
Definição: É a introdução de um cateter nas vias aéreas superiores.
Indicação: Para aliviar a anóxia ou falta de oxigênio nos tecidos.
Normas
01 - Trocar o cateter de narina, no máximo de 12 em 12 horas, se o oxigênio for continuo, a fim
de evitar ferimento da mucosa e obstrução do cateter por secreção;
02 - Orientar o paciente que respire somente pelo nariz, a fim de aproveitar totalmente o
oxigênio aplicado.
03 - Observar o nível da água do umidificador. Seu nível não deve ultrapassar a marca contida
no frasco, para evitar a inalação de água pelo paciente;
Material:
 Cânula nasal dupla estéril;
 Umidificador de bolhas estéril;
 Extensão de borracha;
 Fluxômetro calibrado por rede de oxigênio;
 50 ml de AD esterilizada.
 Fonte de oxigênio.
 Copo umidificador.

Procedimento
1. Lavar as mãos.
2. Explicar o procedimento ao paciente.
3. Instalar o fluxômetro e testá-lo;
4. Colocar água no copo do umidificador, fechá-lo e conectá-lo ao fluxômetro;
5. Conectar uma extremidade da extensão de látex/ silicone ao umidificador e outra à
cânula de oxigênio.
6. Conectar a cânula à extensão, abrir e regula o fluxômetro (conforme prescrição);
7. Introduzir parte central da cânula nas fossas nasais do paciente.
8. Posicionar a extensão por trás do pavilhão auricular bilateralmente.
9. Identificar o umidificador com etiqueta (data, horário e volume de água);

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

10. Instalar a cânula nasal do paciente e ajustá-la sem tracionar as narinas;


11. Trocar a cânula nasal diariamente;
12. Trocar o umidificador e extensão plástica a cada 48 horas.
13. Ligar fluxômetro de oxigênio conforme fluxo solicitado.
14. Lavar as mãos.
15. Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar (conforme decisão do COREN-
SP-DIR/001/2000).
16. Registrar o procedimento em planilha de produção

NEBULIZAÇÃO

 Material:
 Fluxômetro;
 Máscara simples ou “Venturi” de formato adequado esterilizado;
 Frasco nebulizador; extensão plástica corrugada (traquéia);
 250 ml de água destilada esterilizada;
 Etiqueta e folha de anotações de enfermagem.
Procedimento:
1. Instalar o fluxômetro e testá-lo;
2. Colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao fluxômetro;
3. Conectar a máscara ao tubo corrugado, e este ao nebulizador;
4. Colocar a máscara no rosto do paciente e ajustá-la, evitando compressões;
5. Regular o fluxo de Oxigênio, de acordo com a prescrição;
6. Identificar o nebulizador com adesivo (data, hora e volume).
Trocar a água do nebulizador 6/6hs, desprezando toda a água do copo e colocando nova
etiqueta.
Trocar o conjunto a cada 48 horas.

NEBULIZAÇÃO CONTINUA COM MASCARA FACIAL


Definição: É o tratamento realizado através do uso de oxigênio para problemas respiratórios.
Indicações:

 Pneumonias;
 Oxigenioterapia após retirada do respirador.

Normas
01 - Trocar no máximo a cada 48 horas o conjunto da nebulização;
02 - Observar sinais de irritação da pele, comunicando a enfermeira.
Material

 Nebulizador de traquéia,
 Mascara facial,
 Água destilada estéril.

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Certificar-se da prescrição medica;
03 - Colocar água destilada estéril até metade da capacidade do nebulizador e datar;

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04 - Reunir o material e levá-lo ate junto do paciente;


05 - Explicar o procedimento ao paciente;
06 - Acoplar o fluxômetro ao nebulizador com a respectiva traquéia, a saída de 02 (oxigênio);
07 - Conectar a máscara ao final da extensão da traquéia na posição adequada ao paciente;
08 - Abrir o oxigênio regulando o fluxo segundo a prescrição;
09 - Posicionar a mascara na face do paciente fixando-a com elástico por trás da cabeça;
10 - Deixar o paciente confortável;
11 - Lavar as mãos;
12 - Anotar no prontuário.

TRICOTOMIA
Definição: Tricotomia e a retirada dos pelos de uma determinada região.
Normas
01 - A tricotomia deve ser realizada no máximo duas horas antes da cirurgia;
02 - Ao realizar a tricotomia deve-se iniciar em direção ao crescimento dos pelos;
03 - Só se realiza tricotomia quando esta estiver prescrita pelo medico responsável pelo
paciente;
04 - Apos a tricotomia encaminhar o paciente para o banho de aspersão com P.V.P.I.
degermante ou clorohexidina, se indicada;
Material

 Gazes limpas,
 Cuba-rim ou redonda,
 Sabonete ou sabão liquido,
 Aparelho para tricotomia tipo descartável,
 Luvas de procedimento,
 Saco plástico.

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Explicar o procedimento ao paciente;
03 - Isolar o paciente com biombos;
04 - Expor o local onde será feita a tricotomia;
05 - Cobrir o paciente deixando exposto apenas o local a ser tricotomizado;
06 - Calcar luvas;
07 - Molhar a gaze no sabão;
08 - Ensaboar a região por onde se inicia a tricotomia;
09 - Caso haja pelos grandes, cortá-los primeiramente com a tesoura;
10 - Tracionar a pele da região a ser tricotomizado com auxilio da gaze;
11 - Iniciar a tricotomia em direção ao crescimento do pelo;
12 - Evitar rachaduras e solução de continuidade na pele;
13 - Retirar os pêlos do aparelho com gaze;
14 - Jogar a gaze no lixo próprio;
15 - Ensaboar outra área e repetir a técnica;
16 - Verificar ao termino, se toda a região foi tricotomizado;
17 - Encaminhar o paciente para o banho;
18 - Colocar a unidade em ordem;
19 - Lavar as mãos;
20 - Anotar no prontuário;

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

PROCEDIMENTOS RELACIONADOS A CURATIVOS

 Curativo Infectado: limpeza de fora para dentro.


 Curativo Limpo: limpeza de dentro para fora.

Material:

 Bandeja ou carrinho contendo pacote de curativos:


 1 pinça anatômica;
 1 pinça dente de rato;
 1 pinça Kocher ou Kelly;
 Tesoura estéril s/n;
 Pacotes de gases esterilizados;
 Micropore ou esparadrapo;
 Almotolia com éter ou benzina;
 Almotolia com soluções anti-sépticas, SF 0.9% E PVPI;
 Saco para lixo;
 Atadura de crepe ou gaze s/n;
 Pomadas, seringa, algodão e espátula s/n;
 Luvas de procedimento.

Procedimentos:

1. Fixar o saco para lixo em loca conveniente;


2. Abrir o pacote estéril com técnica e dispor as pinças;
3. Colocar gaze em quantidade suficiente, dentro do campo;
4. Remover o curativo com a pinça dente de rato, Kelly ou luva de procedimento e uma
gaze embebida em benzina ou SF (se houver aderência);
5. Limpar com SF e fazer anti-sepsia com PVPI ou curativo disponível;
6. Cobrir com gaze estéril.

Observações:

Quando a ferida encontra-se com tecido de granulação (sensível) é contra indicado a utilização
de gaze para a limpeza, neste caso, recomenda-se irrigar a ferida com SF; se o pacote de
curativo apresentar 4 pinças, despreza-se as duas utilizadas para remover o curativo, se
apresentar 03 pinças, despreza-se a dente de rato na cuba rim ou retira-se o curativo com a
luva de procedimento;

CURATIVOS
Executantes: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.
Definição: É o tratamento dado a uma lesão.
Finalidade:
 Evitar o aparecimento de infecção nas feridas assépticas;
 Proteção da lesão contra traumatismos externos;
 Absorver secreção e facilitar drenagem por meio de medicamentos que favorecem a
supuração;
 Aliviar a dor pela limpeza e tratamento da lesão;

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 Promover a cicatrização, utilizando como meio de tratamento substâncias que


favorecem a cicatrização.
Materiais:
1. Pacote de curativo (pinça Kelly, pinça dente de rato, pinça anatômica e ou pinça mosquito).
2. Soro fisiológico (0,9%), água tratada ou fervida.
3. Agulha 40/12 ou 25/8.
4. Seringa 20 ml.
5. Gaze, chumaço.
6. Luva de procedimento ou estéril se necessário.
7. Cuba estéril ou bacia plástica.
8. Cobertura ou produto tópico prescrito (cremes, pomadas, hidrocolóides, etc.).
9. Esparadrapo, fita adesiva e "micropore" ou similar.
10. Faixa crepe de 8 ou 15cm (atadura).
11. Tesoura (Mayo e Iris).
12. Cabo de bisturi e lâmina de bisturi.
Descrição do Procedimento:
1. Receber o paciente de maneira cordial.
2. Explicar o procedimento a ser realizado.
3. Manter o paciente em posição confortável.
4. Manter a postura correta durante o curativo.
5. Lavar as mãos.
6. Preparar o material para a realização do curativo.
7. Avaliar a ferida.
8. Realizar o curativo utilizando técnica segundo a classificação da ferida:
Lesões fechadas:
Incisão simples:
 Remover a cobertura anterior com a pinça dente de rato, desprezando-a na borda do
campo.
 Montar a pinça Kelly com gaze, auxiliada pela pinça anatômica.
 Umedecer a gaze com soro fisiológico.
 Proceder à limpeza da incisão de dentro para fora, sem voltar ao início da lesão.
 Secar a incisão de cima para baixo.
 Ocluir com gaze, chumaço ou outro curativo prescrito.
 Fixar com micropore.
 Trocar o curativo a cada 24 horas ou sempre que estiver saturado (úmido).
 Manter a incisão aberta se estiver limpa e seca no período de 24 a 48 horas após o
procedimento cirúrgico.
Incisão com pontos subtotais:
 Remover a cobertura anterior.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

 Lavar todos os pontos subtotais, introduzindo soro fisiológico no interior de cada ponto,
com auxílio de seringa e agulha, colocando gaze do lado oposto para reter a solução.
 Proceder a limpeza como descrita para lesões simples.
 Proteger a área central com gaze seca ou chumaço.
 Fixar com micropore.
 Manter o curativo ocluído enquanto houver exsudação.
 Realizar troca a cada 24 horas ou sempre que estiver saturado.
Lesões abertas:
 Remover a cobertura anterior, de forma não traumática.
 Irrigar abundantemente com soro fisiológico, quando a cobertura primária for de gaze.
 Realizar a limpeza com técnica adequada (asséptica ou limpa).
 Manter o leito da úlcera úmido.
 Manter a área ao redor da úlcera sempre seca, evitando a maceração e facilitando a
fixação da cobertura.
9. Lavar as mãos.
10. Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar (conforme decisão do COREN-SP-
DIR/001/2000).
11. Registrar o procedimento em planilha de produção.
12. Manter a sala em ordem.
Observações:

a. A prescrição do curativo é privativa do enfermeiro e do médico.


b. A limpeza de feridas com tecido de granulação deve ser preferencialmente feita
através de irrigação com jato de soro fisiológico morno, com seringa de 20 ml e
agulha 40x12 ou 25x8, ou ainda frasco de soro perfurado de diferentes
maneiras.

c. Proteger sempre as úlceras com gazes, compressas, antes de aplicar uma


atadura.

d. Não apertar demais a atadura, devido ao risco de gangrena, por falta de


circulação.

e. Iniciar o enfaixamento sempre, no sentido distal para o proximal para evitar


garroteamento do membro.

f. Observar sinais e sintomas de restrição circulatória: palidez, eritema, cianose,


formigamento, insensibilidade ou dor, edema e esfriamento da área enfaixada.

g. Trocar o curativo com gaze a cada 24 horas ou quando estiver úmido, sujo ou
solto.

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

h. A recomendação atual, para realização do curativo consiste em manter a ferida


limpa, úmida e coberta, exceto incisões fechadas e locais de inserção de
cateteres e introdutores e fixadores externos.

COLETA DE MATERIAL PARA EXAME


Executante: Enfermeiro, Técnico e Auxiliares de enfermagem.
Material:
1. Luvas de procedimento.
2. Álcool a 70%.
3. Algodão.
4. Vacutainer.
5. Coletor de urina infantil masculino e feminino.
6. Pote estéril para urocultura.
7. Garrote.
8. Adaptador para vacutainer.
9. Seringa de 10 ml e 20 ml.
10. Agulha para seringas.
11. Agulha para vacutainer.
12. Caixa térmica azul.
13. Caixa térmica vermelha.
14. Caixa de isopor (uso específico para coleta).
15. Óculos de proteção.
16. Livro.
17. Gelox.
Descrição do Procedimento:
Recebimento dos materiais:
1. Acolher o paciente com atenção.
2. Receber a guia de requisição de exames.
3. Verificar quais exames solicitados.
4. Verificar se a guia de requisição está devidamente preenchida (data, letra legível, nome
completo, matrícula, idade, procedência, medicamentos em uso, exames solicitados e
identificação do profissional solicitante).
5. Confirmar com o paciente se encontra com o preparo adequado para o exame solicitado.
6. Identificar o(s) frasco(s) dos exames solicitados.
7. Orientar o paciente quanto à coleta e/ ou acondicionamento do material.
8. Orientar o paciente quanto ao resultado do exame.
9. Encaminhar o paciente à sala de coleta, quando necessário.
10. Registra em livro ou impresso controle os dados do paciente e exames solicitados.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

11. Separar as guias de solicitação, conforme padronização do Laboratório Municipal.


12. Acondicionar as guias de solicitação em sacos plásticos.
13. Lavar as mãos.
14. Manter a sala em ordem.

COLETA DE URINA I
Material

 Cuba-rim,
 Recipiente para coleta (frasco).

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Reunir o material e colocá-lo na mesa de cabeceira do paciente;
03 - Explicar o procedimento e finalidade ao paciente;
04 - Solicitar ao paciente para executar a higiene dos genitais, usando água e sabão neutro,
enxugar com gaze ou compressa;
05 - Orientar para que despreze o primeiro jato urinário no vaso sanitário e a seguir colher a
urina restante na cuba-rim ou frasco coletor;
06 - Passar a urina para o frasco, previamente identificado, com as mãos enluvadas;
07 - Retirar as luvas;
08 - Encaminhar laboratório a urina;
09 - Lavar as mãos;
10 - Anotar no prontuário do paciente e no caderno de controle de exames.

COLETA DE SANGUE PARA EXAME


Os exames mais comumente solicitados são:
01 - Hemograma, (hematocrito) e hemoglobina, hemossedimentação, tipagem sanguínea:
Utilizando-se frascos com anticoagulante;
02 - Glicemia: Geralmente e utilizado frasco com fluoreto e oxalato;
03 - Uréia, creatinina, sódio e potássio, amilase, fosfatase alcalina etc.:Tubo simples;
04 - Hemocultura: Tubos com meio de cultura aeróbico ou anaeróbio.
Normas
01 - A responsabilidade de colher sangue para exame pode ser tanto da enfermagem como do
laboratório, dependendo da rotina do serviço;
02 - O paciente deve ser orientado na véspera do exame quanto ao jejum, se necessário;
03 - A amostra de sangue deve ser encaminhada ao laboratório imediatamente após a coleta;
Material

 Recipiente identificado,
 Seringa e agulha apropriada,
 Algodão embebido em álcool,
 Garrote,
 Luva de procedimento.

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Preparar o material;
03 - Explicar o procedimento ao paciente;

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04 - Garrotear o braço;
05 - Fazer a anti-sepsia com o algodão embebido em álcool;
06 - Puncionar a veia e aspirar á quantidade necessária de sangue;
07 - Soltar o garrote;
08 - Retirar a seringa com a agulha, comprimindo o local da punção;
09 - Retirar a agulha da seringa e escorrer o sangue pelas paredes do recipiente;
10 - Se houver anticoagulante, movimentar suavemente o frasco para evitar a coagulação;
11 - Enviar com a requisição ao laboratório, certificando-se de que o frasco esta devidamente
identificado.

ASPIRAÇÃO DE SECREÇÃO ENDOTRAQUEAL E OROFARÍNGEA


Executante: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.
Definição: Consiste em retirar a secreção traqueobrônquica e orofaríngea através de uma
sonda ligada a um aparelho de sucção. A sonda e introduzida na boca, narinas, ou traquéia e
brônquios se o paciente estiver intubado ou traqueostomizado.

Finalidades:
 Pacientes impossibilitados de eliminar as secreções;
 Pacientes intubados e traqueostomizados.

Normas
01 - Esta técnica visa manter as vias aéreas livres e permeáveis, garantindo ventilação e
oxigenação adequadas, prevenindo complicações no quadro clinico geral do paciente,
provocadas por acúmulo de secreções nos pulmões;
02 - Quando não estiver usando a borracha de aspiração (látex), manter sua ponta protegida
em saco plástico, que pode ser uma bolsa de colostomia;
03 - Em caso de secreção espessa, rolhas ou mesmo grande quantidade de secreção, instilar
soro fisiológico (diluente) ou água destilada estéril na cânula endotraqueal (de 3 a 5 ml); apos a
instilação, hiperinsuflar os pulmões com bolsa-valvula-máscara e em seguida fazer a aspiração
traqueal;
04 - Durante a aspiração, caso haja diminuição da freqüência cardíaca ou arritmias, parar
imediatamente o procedimento e oferecer oxigênio ao paciente, através de bolsa-valvula-
máscara ou do próprio respirador;
05 - Aspirar o tubo endotraqueal somente quando necessário e nunca como rotina;
06 - A sonda de aspiração devera ter um diâmetro externo menor que o diâmetro interno da
cânula endotraqueal ou traqueostomia. Em adultos, utilizar sonda de aspiração nº 14;
07 - Testar sempre o aspirador de secreções, antes de utilizá-lo;
08 - O aspirador de secreções mais indicado e o aspirador a vácuo, pois sua pressão de
sucção e controlada. Assim, dar preferência aos aspiradores a vácuo e evitar utilizar os
aspiradores elétricos, cuja pressão de sucção e muito forte.
Material

 Luva estéril,
 Sondas de aspiração nº 4 ou 10 para crianças e nº 12 e 14 para adultos,
 Frasco de soro fisiológico,
 Frasco de água destilada estéril,
 Seringa de 10 ml,
 Bolsa-valvula-máscara,

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

 Gazes estéreis,
 Saco plástico pequeno (tipo bolsa de colostomia),
 Rede de aspiração a vácuo testada ou aspirador elétrico,
 Extensão de borracha (látex) estéril,
 Mascara,
 Óculos de proteção (se necessário).

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Explicar o procedimento e finalidade ao paciente (mesmo que ele esteja inconsciente);
03 - Reunir o material;
04 - Colocar mascara e/ou óculos, se necessário;
05 - Verificar tipo e característica da respiração e condições dos batimentos cardíacos.
Observar se o paciente encontra-se em ventilação mecânica (assistida ou controlada),
espontânea. Conforme o padrão respiratório do paciente, estar muito atento ao tempo de
aspiração, o qual terá que ser inferior ao padronizado (15 segundos);
06 - Utilizar a sonda de aspiração compatível com o numero da sonda endotraqueal do
paciente;
07 - Abrir a embalagem da sonda de aspiração esterilizada e conectá-la a extremidade do
látex;
08 - Ventilar o paciente 3 vezes consecutivas utilizando o próprio respirador mecânico, caso
trate-se de respirador a volume, com uma fase inspiratória FIO2 de 100% ou com bolsa-
valvula-máscara e oxigênio a 100%, a 3 litros por minuto caso trate-se de respirador a pressão;
09 - Calçar luvas;
10 - Garantir que o cuff da sonda endotraqueal esteja rigorosamente insuflado;
11 - Desconectar o respirador com a mo esquerda ou solicitar que um segundo elemento o
faca e que este segundo elemento também use luva;
12 - Tomar cuidado para não contaminar as conexões, a cânula endotraqueal e a extremidade
do respirador ao desconectá-lo;
13 - Apanhar a sonda de aspiração e ligar o aspirador;
14 - Introduzir a sonda de aspiração na sonda endotraqueal, mantendo o látex pressionado,
com a outra mão (esquerda). A sonda de aspiração deve ser introduzida em toda a sua
extensão;
15 - Despressionar o látex para criação de sucção e, simultaneamente, com a mão direita,
fazer movimentos circulares lentos (semi-rotação) na sonda de aspiração, trazendo-a para fora
da cânula endotraqueal, pressionando novamente o látex quando estiver na porção final da
cânula;
16 - Cuidar para não ultrapassar 15 (quinze) segundos no total do tempo de sucção:

 I - Para sucção do brônquio direito, voltar a cabeça do paciente para o lado esquerdo;
 II - Para sucção do brônquio esquerdo, voltar a cabeça do paciente para o lado direito;

17 - Suspender a aspiração e ventilar o paciente quando ocorrer arritmias cardíacas, cianose,


sangramento ou outras anormalidades;
18 - Ventilar o paciente novamente, conforme descrição do item 08, para corrigir a hipóxia
provocada pela sucção;
19 - Repetir as operações dos itens 15 e 16, quantas vezes forem necessárias e de acordo
com as condições clinicas do paciente, lembrando sempre que a cada 15 segundos de
aspiração, o paciente devera ser ventilado, para depois reiniciar a aspiração;

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

20 - Religar o respirador artificial ou o nebulizador no paciente, certificando-se de que o


respirador ou nebulizador esteja com os parâmetros anteriores sob controle;
21 - Desprezar a sonda, lavar a extensão do látex, aspirando pelo frasco de soro fisiológico ou
água destilada;
22 - Realizar aspiração orofaríngea, com uma nova sonda, procedendo da seguinte forma:

a) Introduzir a sonda alternadamente em cada narina até a faringe, mantendo o látex sob
sucção e, simultaneamente, com a mão enluvada, fazer movimentos circulares com a
sonda de aspiração;
b) Aspirar a boca do paciente até a faringe, se necessário, repetindo a operação, não
esquecendo de aspirar o orifício da cânula de Guedel, introduzindo completamente a
sonda de aspiração;

23 - Desprezar a sonda de aspiração. Lavar a extensão do látex após a aspiração da cânula de


Guedel e/ou boca;
24 - Desligar o aspirador, retirar a luva e lavar as mãos;
25 - Auscultar os pulmões do paciente após a aspiração para avaliar a eficácia da aspiração e
se houve melhora da ventilação pulmonar;
26 - Deixar o paciente numa posição confortável;
27 - Desprezar a secreção do vidro de aspiração no vaso sanitário;
28 - Encaminhar o frasco de aspiração ate o expurgo e lavá-lo com água e sabão. Em seguida
adaptá-lo novamente a rede de aspiração;
29 - Deixar a unidade em ordem;
30 - Anotar no prontuário do paciente: aspecto e quantidade da secreção aspirada, reações e
intercorrencias com o paciente como: sangramento, cianose, apnéia, etc.

ELETROCARDIOGRAMA
Executantes: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.
Materiais:
1. Eletrocardiógrafo.
2. Gel hidrossolúvel.
3. Álcool á 70%.
4. Algodão seco.
5. Lençol.
Descrição do Procedimento:
1. Testar o eletrocardiógrafo, assegurando que o mesmo está ligado.
2. Checar a presença e integridade do cabo de força, fio terra e cabo do paciente com cinco
vias.
3. Seguir as orientações de utilização segundo o fabricante.
4. Solicitar ao paciente que exponha o tórax, punhos e tornozelos.
5. Solicitar que o paciente retire relógio, correntes, chaves, celulares, etc..
6. Cobrir o paciente para que o mesmo não fique totalmente exposto.
7. Orientar o paciente a deitar, evitar a movimentação, tossir ou conversa, enquanto o ECG
está sendo registrado, a fim de evitar artefatos.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

8. Efetuar a remoção de gordura, com algodão embebido em álcool 70%, das faces anteriores
dos antebraços, na porção distal e das faces internas dos tornozelos (acima dos maléolos
internos).
9. Colocar os eletrodos no tórax e nos membros conforme determinado, usando eletrodos auto-
adesivos ou gel hidrossolúvel ou ainda, outro material de condução (conforme orientação do
fabricante).
10. Iniciar o registro no eletrocardiógrafo.
11. Avaliar se o registro efetuado pelo equipamento é compatível com o esperado para um
traçado eletrocardiográfico.
12. Finalizar o procedimento, auxiliando o paciente a levantar-se da maca e vestir-se.
13. Avaliar o registro, comunicando as alterações ao enfermeiro, identificando alterações
precocemente.
14. Aferir o pulso do paciente, classificando conforme a freqüência, ritmo e amplitude.
15. Anotar em livro próprio os seguintes dados: data, nome do paciente, idade, ficha e se será
encaminhado para laudo.
16. Identificar a fita registro do eletrocardiograma com: nome do paciente, idade, número da
ficha e nome do Centro de saúde.
17. Registrar as derivações nos seguimentos, na seguinte ordem: DI, DII, DIII, AVR, AVL, AVF,
V1, V2, V3, V4, V5 e V6.
18. Anexar a fita do eletrocardiograma à solicitação do exame.
19. Lavar as mãos.
20. Checar a realização do exame no verso da prescrição, anotando data, horário, nome e
registro do profissional que executou o exame.
21. Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar (conforme decisão do COREN-SP-
DIR/001/2000).
22. Registrar o procedimento em planilha de produção.
23. Manter a sala em ordem.

MEDIDA DE PESO
Executantes: Enfermeiro, Técnicos e Auxiliares de enfermagem.
Materiais:
1. Balança.
2. Álcool 70%.
Descrição do Procedimento:

EM BALANÇA PEDIÁTRICA OU “TIPO BEBÊ”:


1. Destravar a balança.
2. Constatar que a balança está calibrada. Caso contrário calibrá-la.
3. Travar a balança novamente.

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

4. Lavar as mãos.
5. Despir a criança com o auxílio da mãe/responsável.
6. Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, destravar a balança.
7. Orientar a mãe/responsável a manter-se próximo, sem tocar na criança e no equipamento.
8. Mover os cursores, maior e menor, sobre a escala numérica para registrar o peso.
9. Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados.
10. Travar a balança.
11. Realizar a leitura de frente para o equipamento com os olhos no mesmo nível da escala.
12. Retirar a criança e retornar os cursores ao zero na escala numérica.
13. Registrar o peso no prontuário e no cartão da criança.
14. Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar (conforme decisão do COREN-SP-
DIR/001/2000).
15. Registrar o procedimento em planilha de produção.
16. Proceder a assepsia do prato da balança com álcool a 70%.
17. Lavar as mãos.
18. Manter a sala em ordem

EM BALANÇA PEDIÁTRICA ELETRÔNICA (DIGITAL):


1. Ligar a balança e certificar-se que a mesma encontra- se zerada.
2. Despir a criança com o auxílio da mãe/ responsável.
3. Colocar a criança, sentada ou deitada, no centro da balança.
4. Orientar a mãe/ responsável a manter-se próximo, sem tocar na criança e no equipamento.
5. Realizar a leitura, quando o valor do peso estiver fixo no visor.
6. Retirar a criança.
7. Registrar o peso no prontuário e no Cartão da Criança.
8. Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar (conforme decisão do COREN-SP-
DIR/001/2000).
9. Registrar o procedimento em planilha de produção.
10. Proceder à assepsia do prato da balança com álcool a 70%.
11. Lavar as mãos.
12. Manter a sala em ordem.

EM BALANÇA MECÂNICA DE PLATAFORMA:


1. Destravar a balança.
2. Verificar se a balança está calibrada. Caso contrário calibrá-la.
3. Travar a balança.
4. Posicionar o paciente de costas para a balança, no centro do equipamento, descalça, com o
mínimo de roupa possível, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo.
5. Destravar a balança.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

6. Mover os cursores, maior e menor, sobre a escala numérica para registrar o peso.
7. Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados.
8. Travar a balança.
9. Realizar a leitura de frente para o equipamento, a fim de visualizar melhor os valores
apontados pelos cursores.
10. Solicitar ao paciente que desça do equipamento.
11. Retornar os cursores ao zero na escala numérica.
12. Registrar o peso no prontuário do paciente e no cartão da criança (para crianças menores
de 7 anos de idade).
13. Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar (conforme decisão do COREN-SP-
DIR/001/2000).
14. Registrar o procedimento em planilha de produção.
15. Proceder à assepsia do prato da balança com álcool a 70%.
16. Lavar as mãos.
17. Manter a sala em ordem.

EM BALANÇA ELETRÔNICA (DIGITAL):


1. Ligar a balança, esperar que o visor zere.
2. Posicionar o paciente no centro da balança descalça, com o mínimo de roupa possível,
ereto, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo.
3. Realizar a leitura após o valor do peso estiver fixado no visor.
4. Retirar o paciente da balança.
5. Registrar o peso no prontuário do paciente e no cartão da criança (para crianças menores de
7 anos de idade).
6. Realizar anotação de enfermagem, assinar e carimbar (conforme decisão do COREN-SP-
DIR/001/2000).
7. Registrar o procedimento em planilha de produção.
8. Proceder a assepsia do prato da balança com álcool à 70%.
9. Lavar as mãos.
10. Manter a sala em ordem.

MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL


Executantes: Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de enfermagem.
Materiais:
1. Esfignomanômetro Aneróide ou de coluna de mercúrio.
2. Estetoscópio.
Descrição do Procedimento:
1. Explicar o procedimento ao paciente, questionar sobre uso de medicação, horário e queixas.

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2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos,
não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida.
3. Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3 cm acima da
fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa
de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento e
envolver pelo menos 80% do braço.
4. Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão
voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido.
5. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro
aneróide.
6. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível
da pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar novamente.
7. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa
antecubital, evitando compressão excessiva.
8. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o nível estimado
da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por
segundo. Após identificação do som que determina a pressão sistólica, aumentar a velocidade
para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente.
9. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase 1 de
Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de
deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff).
Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e
depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível
zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff), anotar
valores da sistólica/ diastólica/ (zero).
10. Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, complementando com a posição do
paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a medida. Não arredondar os
valores de pressão arterial para dígitos terminados em zero ou cinco.
11. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.
12. O paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a possível
necessidade de acompanhamento.
13. Registrar procedimento em prontuário/mapa de controle, assinando e carimbando
(conforme decisão do COREM-SP-DIR/001/2000).
14. Comunicar médico/ enfermeiro caso de alteração da PA.
15. Registrar procedimento em planilha de produção.
16. Lavar as mãos.
17. Manter ambiente de trabalho em ordem.
Observações:

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

A. Orientar para que o paciente descanse por 5 a 10’ em ambiente cal mo antes da aferição e
que não fale durante a execução do procedimento.
B. Dimensões aceitáveis da bolsa de borracha para braços de diferentes tamanhos:

Circunferência do braço Largura do Comprimento da


(cm) Denominação do Manguito Manguito (cm) bolsa (cm)

<= 6 recém-nascido 3 6

6-15 Criança 5 15

16-21 Infantil 8 21

22-26 Adulto pequeno 10 24

27-34 Adulto 13 30

35-44 Adulto grande 16 38

45-52 Coxa 20 42

C. Esfigmomanômetro deve ser periodicamente testado e devidamente calibrado a cada 6


meses.
D. Gestante recomenda-se que a PA seja verificada na posição sentada.
E. Em pacientes obesos, deve-se utilizar o manguito de tamanho adequado à circunferência do
braço.
F. Na 1ª avaliação fazer a medida da PA com o paciente sentado e em posição ortostática,
especialmente em idosos, diabéticos, alcoólicos, em uso de medicação anti-hipertensiva

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CME – EXPURGO
PREPARO E ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS
Executantes: Enfermeiro, Técnico e Auxiliar de enfermagem.
Material:
1. Óculos protetor.
2. Luvas de borracha.
3. Avental impermeável.
4. Gorro.
5. Máscara.
6. Sabão.
7. Esponja, malha de aço ou escova.
8. Campo de tecido.
9. Invólucros apropriados.
10. Ampolas de indicador biológico.
Descrição do Procedimento:
Preparo dos materiais:
1. Paramentar-se com equipamentos de proteção individual (EPI).
2. Realizar lavagem criteriosa dos materiais/ instrumentais, com água e sabão, utilizando
esponja, malha de aço ou esponja; conforme a necessidade.
3. Colocar os materiais/ instrumentais sobre um campo limpo.
4. Secar os materiais/ instrumentais com campo limpo.
5. Verificar as condições de uso dos materiais/ instrumentais, encaminhando-os à manutenção
sempre que necessário.
6. Retirar os equipamentos de proteção individual.
7. Realizar lavagem rigorosa das mãos.
8. Embalar os materiais/ instrumentais em invólucro apropriado.
9. Enviar os materiais/ instrumentais para esterilização, através da portinhola que separa o
expurgo da sala de esterilização.
10. Registrar o procedimento em planilha de produção, com número de procedimentos
realizados.
11. Manter a sala em ordem.

ESTERILIZAÇÃO DOS MATERIAIS/ INSTRUMENTAIS:


1. Lavar as mãos.
2. Verificar a integridade dos pacotes.
3. Separar os artigos de superfície (bandejas, bacias e instrumentais) dos artigos de espessura
(campos cirúrgicos, aventais, compressas, etc.).

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

4. Acondicionar o material/ instrumental na autoclave de acordo com o seu tipo, respeitando o


tipo de ciclo (programa I ou II).
5. Fechar a autoclave.
6. Manipular o equipamento conforme a orientação do fabricante.
7. Registrar os parâmetros da autoclave em impresso próprio: pressão interna e externa da
câmara, pressão negativa e temperatura de cada ciclo de esterilização.
8. Após término do ciclo, retirar os materiais da autoclave, colocando-os sobre uma superfície
protegida por um campo limpo.
9. Armazenar o material/ instrumental estéril em armário próprio ou encaminhá-lo à sala
específica.
10. Separar os materiais/ instrumentais com data de esterilização vencida ou que perderam a
integridade do invólucro para encaminhá-los ao expurgo.
11. Registrar o procedimento em planilha de produção, com número de procedimentos
realizados.
12. Lavar as mãos.
13. Manter a sala em ordem.

TESTE BIOLÓGICO:
1. Lavar as mãos.
2. Preparar três pacotes com as ampolas do indicador biológico.
3. Posicionar os pacotes na autoclave, da seguinte forma: um na região central da câmara,
outro próximo ao dreno e o último próximo à porta.
4. Efetuar o ciclo de esterilização normalmente.
5. Abrir os pacotes ao final do processo, identificando as ampolas com data, posicionamento do
indicador dentro da autoclave e nome do operador.
6. Preparar um indicador controle (que não passou pelo processo de esterilização),
identificando-o com data, “controle” e nome do operador.
7. Ativar os indicadores, quebrando a ampola de vidro de dentro da embalagem, apertando a
ampola plástica.
8. Colocar os indicadores na incubadora já aquecida, mantendo o nível de água na altura da
estante da mesma.
9. Manter a incubadora sempre tampada.
10. Realizar a primeira leitura do teste após 24 horas de permanência na incubadora.
11. Realizar a leitura final após 48 horas de esterilização (o indicador “controle” deve
apresentar coloração amarelada).
12. Desprezar no lixo para perfuro-cortante, os indicadores que passaram pelo processo de
esterilização.

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13. Colocar na autoclave o indicador “controle”, efetuando o ciclo e, desprezá-lo no lixo para
perfuro-cortante.
14. Lavar as mãos.
15. Registrar o teste biológico em impresso próprio com as informações: data da esterilização,
horário do início da incubação, indicadores colocados na incubadora, leituras realizadas após
24 e 48 horas, identificação do profissional.
16. Registrar o procedimento em planilha de produção.
17. Manter a sala organizada.
Observação:
A. O fluxo de pessoal no expurgo e sala de esterilização deve ser limitado ao profissional que
está desenvolvendo as atividades.
B. É necessário que o profissional encerre todas as atividades no expurgo, para iniciar as
atividades na sala de esterilização. Não é permitido executar tarefas concomitantes nas duas
salas, devido ao risco de disseminação de microorganismos para os materiais/ instrumentais já
limpos ou esterilizados.
C. O profissional deve permanecer com os cabelos presos e não utilizar anéis, pulseiras,
relógios, etc., durante o preparo e esterilização dos materiais.
D. Ao acondicionar os materiais/ instrumentais na autoclave atentar para:
 Verificar a integridade dos pacotes;
 Preservar um espaçamento de 25 a 50 mm entre os pacotes e a mesma distância entre
os materiais e a parede interna do equipamento, favorecendo a distribuição do vapor
para todos os espaços da câmara;
 O volume da carga não pode exceder a 80% da capacidade do equipamento;
 Colocar os pacotes maiores na parte inferior da câmara e os menores por cima,
facilitando o fluxo do vapor;
 Posicionar os artigos com cavidade (jarros, bacias, cubas, etc.) com abertura para
baixo, facilitando o escoamento da água resultante da condensação do vapor;
 Ao término do ciclo, manter a porta da autoclave entreaberta por um
 Período de 5 a 10 minutos, para a saída do vapor e secagem dos materiais;
 Ao retirar os materiais/ instrumentais da autoclave observar a alteração do indicador de
esterilização;
 Encaminhar ao expurgo, todo material com prazo de esterilização vencida ou que
perderam a integridade do invólucro.
E. Ao realizar o teste biológico atentar para:
 Se após 24 horas, os três indicadores testes não sofrerem modificação na
coloração original (violeta), será necessário incubá-los por mais 24 horas, para
confirmar a morte de microorganismos na forma esporulada;

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 O crescimento bacteriano é observado pela coloração amarelada do meio de


cultura, assim, o indicador “controle” deverá apresentar esta cor após a
incubação;
 Se, após 48 horas de incubação, o indicador “controle” não apresentar a
modificação esperada na coloração, verificar o funcionamento da incubadora,
data de validade e lote do indicador;
 Se os indicadores que passaram pelo processo de esterilização, apresentarem
mudança na coloração suspenda o uso dos materiais esterilizados após essa
data e solicite a manutenção da autoclave.

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INTERNAÇÃO
ALOJAMENTO CONJUNTO
Inalação
Medicação
Anotação de Enfermagem
Histórico de Enfermagem
Prescrição de Enfermagem

ISOLAMENTO
ISOLAMENTO E PRECAUÇÕES

• PRECAUÇÕES BÁSICAS OU PADRÃO


Devem ser utilizadas para o cuidado com todos os pacientes, independente do diagnóstico de
cada um.
Quando: sempre que o profissional entrar em contato com sangue, secreção, excreção, pele
não íntegra e mucosa.
Quais são: lavagem das mãos, uso de luvas, máscara, capa e óculos de proteção, prevenção
de acidentes com perfuro cortantes.
• Precauções baseadas na transmissão:
Devem ser usadas apenas para pacientes com diagnóstico ou suspeita diagnóstica de doença
que possam ser transmitidas de várias maneiras.
1. Precauções de contato
São recomendadas para pacientes colonizados ou infectados por microrganismos
epidemiologicamente importantes. A maior parte das doenças são transmitidas por esta
via.
a) Contato direto – envolve o contato físico direto pessoa a pessoa, por exemplo o
contato das mãos da equipe de saúde com o paciente.
b) Contato indireto – envolve o contato com objetos contaminados, como
termômetros, nebulizadores contaminados etc.
Operacionalização: além das precauções básicas,
 Quarto privativo - caso não seja possível, manter leitos com 1 metro de distância;
 Uso de luvas – descartar após uso e lavar as mãos;
 Uso de capa – descartar após uso e lavar as mãos.
2. Precauções respiratórias
a) Gotículas – previnem a transmissão de microrganismos contidos nas gotículas
(partícula de 5 μ quando o paciente fala, espirra, tosse ou durante procedimentos
que gerem respingos, por exemplo, aspiração de secreções respiratórias).
Operacionalização: além das precauções básicas,
 Quarto privativo - caso não seja possível, manter leitos com 1 metro de distância;
 Uso de máscara – sempre que se aproximar um metro do paciente, descartar após
uso e lavar mãos.
b) Aérea – previne a transmissão de partículas < de 5 μ que são geradas quando o
paciente tosse, espirra ou fala, ficam em suspensão e podem ser levadas por
grandes distâncias, depositando-se nas mucosas e sendo inaladas por hospedeiro
susceptível. São apenas estas as doenças transmitidas por este mecanismo:
tuberculose, varicela (inclusive, herpes zoster disseminado) e sarampo.

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Operacionalização: além das precauções básicas,


 Quarto privativo – obrigatório. Caso haja necessidade pode se fazer corte de
pacientes.
 Protetor respiratório (com capacidade de filtrar partícula menores de 3 μ) – deve ser
de uso individual.
Lavar mãos ao retirá-lo
 Transporte do paciente – usar máscara no paciente.
 Acompanhantes e visitantes
 Orientar quanto às rotinas do hospital.
 Orientar quanto à lavagem das mãos e outras medidas preventivas de IH.
 Afastar aqueles que estão com infecção, encaminhando-os para tratamento.
 Evitar que a criança vá para a sala de recreação nos primeiros dias de internamento.
Equipamentos
 Equipamentos, instrumentais ou material que penetre no sistema vascular e urinário
devem ser estéreis.
 Estetoscópios, termômetros e outros aparelhos de uso rotineiro devem ser desinfetados
antes do uso.
 Todos os equipamentos que necessitem de reprocessamento devem ser encaminhados
à central de material esterilizado.
Ambiente
 Limpeza diária do piso e superfícies com água e sabão.
 Desinfecção localizada com hipoclorito de sódio a 1% ou álcool a 70%.
 Manter leitos com 1 metro de distância.
 Lavar e desinfetar os brinquedos da sala de recreação.
 Limpeza e desinfecção dos reservatórios de água.
 Dedetização e desratização.

ORIENTAÇÕES NA INTERNAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E ALTA


ORIENTAÇÕES PARA INTERNAÇÕES
Para a segurança das crianças e da comunidade, objetivando um controle epidemiológico do
ambiente de saúde, conforme determinação da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária –
ANVISA é nossa obrigação assegurar uma conduta livre de riscos por parte de profissionais e
usuários. Para que a sua participação no cuidado à criança seja benéfico e sem riscos para
sua criança e para as outras crianças internadas leia com atenção as orientações abaixo,
assinando em folha final sua ciência das regras aqui colocadas.
Obrigado!
Ismael Batista Eduardo Ricci
Diretor de Enfermagem CCIH-Educação Continuada

APENAS UM ACOMPANHANTE POR CRIANÇA.


Por quê?
A permanência de mais de um acompanhante incorre em risco epidemiológico à comunidade
expondo desnecessariamente mais pessoas a um ambiente potencial de contaminação. A
aglomeração nas salas de internação e isolamentos interfere diretamente no controle
epidemiológico causando um aumento da temperatura ambiente e diminuição do fluxo de ar
corrente, além de interferir no fluxo dos profissionais que realizam as observações e cuidados
às crianças. Segundo a ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, nenhuma criança deve
permanecer sem o acompanhamento de um responsável.

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NADA DE BOLSAS OU BRINQUEDOS NO CHÃO, HIGIENIZAR BRINQUEDOS DE BOCA


OU CHUPETAS QUE CAIREM NO CHÃO.
Por quê?
Apesar de termos uma rotina de higienização dos ambientes do Pronto Socorro, não é possível
garantir 100% sua segurança epidemiológica. Os mecanismos de defesa do corpo são
involuntários e alguns, como vômito e diarréia liberam secreções com alto potencial de
contaminação, podem acontecer a qualquer momento, em qualquer lugar. Para segurança sua
e de sua família evite objetos de uso pessoal no chão do PSI, objetivando um controle
epidemiológico do ambiente de saúde.

PROIBIDO CONSUMO DE ALIMENTOSNA INTERNAÇÃO QUE NÃO FOREM SERVIDOS


PELO SERVIÇO DE DIETÉTICA E NUTRIÇÃO.
Por quê?
Todo ambiente de saúde, devido ao fluxo que possui, é potencialmente contaminado, sendo
este um Pronto Socorro, este risco se agrava. A criança já está com problema e consome
alimentos com potencial de contaminação grande, podendo agravar o quadro da criança e
dificultar a identificação do desenvolvimento dos sintomas.

CRIANÇAS COM HISTÓRICO DE VÔMITO ESTÃO OBRIGATORIAMENTE EM JEJUM ATÉ


A ALTA MÉDICA.
Por quê?
Com a apresentação do vômito pela criança, até mesmo na diarréia, um sistema muito sensível
e equilibrado foi desconstruído. Se for tentado dar até mesmo água para a criança com vômito,
o corpo vai ser obrigado a colocar tudo para fora, pois não possui condição de regular a
segurança desta ingestão, preferindo a expulsão do mesmo. O movimento de contração do
aparelho digestivo requer energia e esforço, fazendo com que o corpo retire sangue de partes
estremas para esta ação causando fraqueza, descoramento e dor abdominal. Se o próprio
corpo está tentando colocar algum organismo para fora, não é seguro forçá-lo para dentro,
evoluindo negativamente para diarréia e febre. Mesmo após a alta, a dieta de recuperação é
leve por 24 horas.

MANTENHA O LADO ESQUERDO DO CORREDOR SEMPRE LIVRE PARA A


CIRCULAÇÃO DE EMERGÊNCIA.
Por quê?
A ambulância tem acesso exclusivo próximo a Sala de Emergência. Os pais, mesmo por uma
questão de hábito, fazem sua entrada pela mesma porta que os atendimentos normais. Por
tanto, os corredores internos do PSI são acesso utilizados pelos pais para chegarem à Sala de
Emergência. Ainda que não disponha de equipe exclusiva para Sala de Emergência, mantenha
as portas das salas sempre livre para o trânsito dos profissionais. A mesma equipe de médicos
e enfermagem que atendem os atendimentos junto à recepção recebe também os casos de
Urgência e Emergência na Sala de Emergência. Colabore com a segurança dos fluxos do PSI.
Obrigado!

AS INALAÇÕES DEVEM SER EXECUTADAS COM A CRIANÇA SENTADA OU À 45


GRAUS. NUNCA DEITAR CRIANÇA.
Por quê?
A inalação é procedimento de suporte, o tratamento para a cura é feito com antibióticos ou
antiinflamatórios, segundo prescrição médica. Manter leito elevado 45o. Para o suporte
adequado ao Sistema Respiratório é necessário pensar nos objetivos da inalação.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

1º Expandir a capacidade aérea dos pulmões, perdido para as secreções;


2º Diluir as secreções, liberando a parte superior para a troca de gazes;
3º Proporcionar a eliminação do escarro/secreção. Com a diluição, a secreção se acumula na
base dos pulmões, onde o diafragma é provocado para a tosse, expelindo a secreção
acumulada.

MANTENHA A MESINHA DE CABEÇEIRA LIVRE E LIMPA PARA USO NAS DIETAS A


MEDICAÇÕES.
Por quê?
As mesinhas são acessórios para as dietas e a administração de medicações, havendo a
necessidade de extremo controle e cuidado na manipulação destes para uso nas crianças. O
uso indiscriminado destas mesinhas pode acarretar o acumulo de sujidades e contaminantes,
incorrendo em risco de contaminação às dietas e às medicações. Para segurança sua e de sua
criança evite objetos de uso pessoal no chão do PSI e muito menos colocá-los nas mesinhas,
objetivando um controle epidemiológico do ambiente de saúde. Conforme determinação da
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, é nossa obrigação assegurar uma conduta
livre de riscos por parte de profissionais e usuários.

NÃO DEITAR OU SENTAR NAS CAMAS E BERÇOS OCUPADOS OU VAGOS.


Por quê?
As camas e berços são de uso exclusivo das crianças internadas, o uso indiscriminado destes
incorre em risco de contaminação aos leitos de internação e por tanto risco para as crianças.
Para sua segurança e de sua criança não sentar nem deitar nas camas e berços ocupados ou
vagos. Quando de alta, lembre-se de lavar as roupas de cama utilizadas separadamente, na
primeira vez.
Conforme determinação da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, é nossa
obrigação assegurar uma conduta livre de riscos por parte de profissionais e usuários.

HORÁRIO DE VISITAS: DAS 15 ÀS 16HS.


Por quê?
Para as rotinas seguras de medicações, dietas, visitas médicas e de enfermagem além do
controle de fluxo epidemiológico, proporcionando ainda uma segurança para a comunidade.
A entrada de visitantes e de acompanhantes com quadro infeccioso deve ser evitada.
A visita de crianças deve ser restrita, conforme a conveniência e a necessidade de
cada caso, e quando autorizada (por escrito), deve ser acompanhada de responsável
legal ou pessoa indicada pelo mesmo.
ATENÇÃO:
a. Realizará higienização das mãos na chegada à unidade, antes e após contato com o
paciente, superfícies e objetos da área do paciente, e imediatamente antes de deixarem
a Unidade;
b. Manter-se sempre junto ao paciente que está visitando e a não entrar em contato com
outros pacientes internados;
c. Em caso de dúvida procurar enfermeira (o) responsável.
O visitante deve:
a. Contribuir para manter a higiene e a ordem do local;
b. Contribuir para manter a harmonia e silêncio;
c. Evitar tocar ou manipular equipamentos, sondas, soros, drenos, que são atividades
exclusivas da equipe de saúde;
d. Evitar sentar-se ou apoiar-se no leito do paciente, tampouco nos leitos desocupados;
e. Evitar usar os sanitários, até os banheiros reservados aos pacientes;

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Praça Miguel Ortega, 115 – Parque assunção – CEP: 06754-910 – Taboão da Serra – Fone: (11) 4788-5600
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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

f. Obedecer ao tempo estipulado para visita.


g. Pacientes em quartos de isolamento devem procurar a enfermagem para medidas de
precaução:
Conforme determinação da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, é nossa
obrigação assegurar uma conduta livre de riscos por parte de profissionais e usuários.

USO DE BANHEIROS EXCLUSIVOS AOS PROFISSIONAIS NÃO DEVE SER UTILIZADO


POR USUÁRIOS.
Por quê?
Os profissionais circulam e atendem em ambiente contaminado, estando constantemente em
contato com medicações e pacientes. Para segurança de crianças e usuários, utilize banheiro
exclusivo de usuários na entrada do PSI. Os banheiros nas internações são de uso exclusivo
dos internados, os visitantes devem utilizar os banheiros de usuários na entrada do PSI.
O Controle de Infecção é uma postura que depende de todos, profissionais e usuários. Tenha
uma conduta segura para você e a comunidade.

AVISOS NA UNIDADE

PROIBIDO CONSUMO DE ALIMENTOS NO AMBIENTE DO PRONTO SOCORRO.


Por quê?
Todo ambiente de saúde, devido ao fluxo que possui, é potencialmente contaminado, sendo
este um Pronto Socorro, este risco se agrava. A criança já está com problema e consome
alimentos com potencial de contaminação grande, podendo agravar o quadro da criança e
dificultar a identificação do desenvolvimento dos sintomas. Para a segurança das crianças e da
comunidade, objetivando um controle epidemiológico do ambiente de saúde, conforme
determinação da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, é nossa obrigação
assegurar uma conduta livre de riscos por parte de profissionais e usuários.

CRIANÇAS COM HISTÓRICO DE VÔMITO ESTÃO OBRIGATORIAMENTE EM JEJUM ATÉ


A ALTA MÉDICA.
Por quê?
Com a apresentação do vômito pela criança, até mesmo na diarréia, um sistema muito sensível
e equilibrado foi desconstruído. Se for tentado dar até mesmo água para a criança com vômito,
o corpo vai ser obrigado a colocar tudo para fora, pois não possui condição de regular a
segurança desta ingestão, preferindo a expulsão do mesmo. O movimento de contração do
aparelho digestivo requer energia e esforço, fazendo com que o corpo retire sangue de partes
estremas para esta ação causando fraqueza, descoramento e dor abdominal. Se o próprio
corpo está tentando colocar algum organismo para fora, não é seguro forçá-lo para dentro,
evoluindo negativamente para diarréia e febre. Mesmo após a alta, a dieta de recuperação é
leve por 24 horas.

APENAS
UM ACOMPANHANTE POR CRIANÇA.
Por quê?
Para a segurança das crianças e da comunidade, objetivando um controle epidemiológico do
ambiente de saúde, conforme determinação da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária –
ANVISA é nossa obrigação assegurar uma conduta livre de riscos por parte de profissionais e
usuários. A permanência de mais de um acompanhante incorre em risco epidemiológico à
comunidade expondo desnecessariamente mais pessoas a um ambiente potencial de

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contaminação. A aglomeração nos corredores interfere diretamente no controle epidemiológico


causando um aumento da temperatura ambiente e diminuição do fluxo de ar corrente, além de
interferir no fluxo das emergências que passam no corredor para a sala de emergência.

NADA DE BOLSAS OU BRINQUEDOS NO CHÃO, HIGIENIZAR BRINQUEDOS DE BOCA


OU CHUPETAS QUE CAIREM NO CHÃO.
Por quê?
Apesar de termos uma rotina de higienização dos ambientes do Pronto Socorro, não é possível
garantir 100% sua segurança epidemiológica. Os mecanismos de defesa do corpo são
involuntários e alguns, como vômito e diarréia liberam secreções com potencial de
contaminação, podem acontecer a qualquer momento, em qualquer lugar. Para segurança sua
e de sua família evite objetos de uso pessoal no chão do PSI, objetivando um controle
epidemiológico do ambiente de saúde.

MANTENHA O LADO ESQUERDO DO CORREDOR SEMPRE LIVRE PARA A


CIRCULAÇÃO DE EMERGÊNCIA.
Por quê?
A ambulância tem acesso exclusivo próximo a Sala de Emergência. Os pais, mesmo por uma
questão de hábito, fazem sua entrada pela mesma porta que os atendimentos normais. Por
tanto, os corredores internos do PSI são acesso utilizados pelos pais para chegarem à Sala de
Emergência. Ainda que não disponha de equipe exclusiva para Sala de Emergência, mantenha
as portas das salas sempre livre para o trânsito dos profissionais. A mesma equipe de médicos
e enfermagem que atendem os atendimentos junto à recepção recebe também os casos de
Urgência e Emergência na Sala de Emergência. Colabore com a segurança dos fluxos do PSI.
Obrigado!

AS INALAÇÕES DEVEM SER EXECUTADAS COM A CRIANÇA SENTADA OU À 45


GRAUS. NUNCA DEITAR CRIANÇA.
Por quê?
A inalação é procedimento de suporte, o tratamento para a cura é feito com antibióticos ou
antiinflamatórios, segundo prescrição médica. Manter leito elevado 45o. Para o suporte
adequado ao Sistema Respiratório é necessário pensar nos objetivos da inalação.
1º Expandir a capacidade aérea dos pulmões, perdido para as secreções;
2º Diluir as secreções, liberando a parte superior para a troca de gazes;
3º Proporcionar a eliminação do escarro/secreção. Com a diluição, a secreção se acumula na
base dos pulmões, onde o diafragma é provocado para a tosse, expelindo a secreção
acumulada.

MANTENHA A MESINHA DE CABEÇEIRA LIVRE E LIMPA PARA USO NAS DIETAS A


MEDICAÇÕES.
Por quê?
As mesinhas são acessórias para as dietas e a administração de medicações, havendo a
necessidade de extremo controle e cuidado na manipulação destes para uso nas crianças. O
uso indiscriminado destas mesinhas pode acarretar o acumulo de sujidades e contaminantes,
incorrendo em risco de contaminação às dietas e às medicações. Para segurança sua e de sua
criança evite objetos de uso pessoal no chão do PSI e muito menos colocá-los nas mesinhas,
objetivando um controle epidemiológico do ambiente de saúde.Conforme determinação da
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, é nossa obrigação assegurar uma conduta
livre de riscos por parte de profissionais e usuários.

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NÃO DEITAR OU SENTAR NAS CAMAS E BERÇOS OCUPADOS OU VAGOS.


Por quê?
As camas e berços são de uso exclusivo das crianças internadas, o uso indiscriminado destes
incorre em risco de contaminação aos leitos de internação e por tanto risco para as crianças.
Para sua segurança e de sua criança não sentar nem deitar nas camas e berços ocupados ou
vagos. Quando de alta, lembre-se de lavar as roupas de cama utilizadas separadamente, na
primeira vez.
Conforme determinação da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, é nossa
obrigação assegurar uma conduta livre de riscos por parte de profissionais e usuários.

HORÁRIO DE VISITAS: DAS 15 ÀS 16HS.


Por quê?
Para as rotinas seguras de medicações, dietas, visitas médicas e de enfermagem além do
controle de fluxo epidemiológico, proporcionando ainda uma segurança para a comunidade.
A entrada de visitantes e de acompanhantes com quadro infeccioso deve ser evitada.
A visita de crianças deve ser restrita, conforme a conveniência e a necessidade década
caso, e quando autorizada (por escrito), deve ser acompanhada de responsável legal ou
pessoa indicada pelo mesmo.
ATENÇÃO:
Realizará higienização das mãos na chegada à unidade, antes e após contato com o paciente,
superfícies e objetos da área do paciente, e imediatamente antes de deixarem a Unidade;
Manter-se sempre junto ao paciente que está visitando e a não entrar em contato com outros
pacientes internados;
Em caso de dúvida procurar enfermeira (o) responsável.
O visitante deve:
Contribuir para manter a higiene e a ordem do local;
Contribuir para manter a harmonia e silêncio;
Evitar tocar ou manipular equipamentos, sondas, soros, drenos, que são atividades exclusivas
da equipe de saúde;
Evitar sentar-se ou apoiar-se no leito do paciente, tampouco nos leitos desocupados;
Evitar usar os sanitários, até os banheiros reservados aos pacientes;
Obedecer ao tempo estipulado para visita.
Pacientes em quartos de isolamento devem procurar a enfermagem para medidas de
precaução:
Conforme determinação da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, é nossa
obrigação assegurar uma conduta livre de riscos por parte de profissionais e usuários.

USO DE BANHEIROS EXCLUSIVOS AOS PROFISSIONAIS NÃO DEVE SER UTILIZADO


POR USUÁRIOS.
Por quê?
Os profissionais circulam e atendem em ambiente contaminado, estando constantemente em
contato com medicações e pacientes. Para segurança de crianças e usuários, utilize banheiro
exclusivo de usuários na entrada do PSI. Os banheiros nas internações são de uso exclusivo
dos internados, os visitantes devem utilizar os banheiros de usuários na entrada do PSI.
O Controle de Infecção é uma postura que depende de todos, profissionais e usuários. Tenha
uma conduta segura para você e a comunidade.

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CONCEITOS BÁSICOS
1. Lavar as mãos;
2. Reunir o material;
3. Explicar o procedimento ao paciente;
4. Deixar o paciente confortável;
5. Deixar a unidade em ordem;
6. Fazer as anotações de enfermagem.

Lavagem das Mãos


A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior importância
na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipe,
sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa.
Quando lavar as mãos
 No início e no fim do turno de trabalho.
 Antes de preparar medicação.
 Antes e após o uso de luvas.
 De utilizar o banheiro.
 Antes e depois de contato com pacientes.
 Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas tenham sido
usadas.
 Antes e depois de manusear catéteres vasculares, sonda vesical, tubo orotraqueal e
outros dispositivos.
 Após o contato direto com secreções e matéria orgânica.
 Após o contato com superfícies e artigos contaminados.
 Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo paciente.
 Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente.
 Após coçar ou assuar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para espirrar, manusear
dinheiro.
 Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar.
 Após manusear quaisquer resíduos.
 Ao término de cada tarefa.
 Ao término da jornada de trabalho.
Técnica de lavagem das mãos
1. Retirar anéis, pulseiras e relógio.
2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar-se a pia.
3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão.
4. Ensaboar as mãos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos.
5. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços interdigitais,
articulações, polegar e extremidades dos dedos (quando do uso de escovas deverá ser
feito com atenção).
6. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15 segundos.
7. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando totalmente o
resíduo do sabão.
8. Enxugar as mãos com papel toalha.
9. Fechar a torneira com o papel toalha. Nunca use as mãos.
Proteja-se:
 Lave corretamente as mãos;

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

 Utilize corretamente os equipamentos de proteção individual - EPI.


Lembretes técnicos:
 O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos.
 Manter líquidos anticépticos para uso, caso não exista lavatório no local.
 Tem-se comprovado que a contagem de microrganismos sob as unhas e quando se
está usando anéis, relógios e pulseiras, é mais alta.
 Mantenha as unhas tão curtas quanto possível, e remova todas as jóias antes da
lavagem das mãos.
 Realize o mesmo procedimento a cada paciente ou ensaio.
 A lavagem das mãos deve ser feita em uma pia distinta daquela usada para a lavagem
do instrumental, vidrarias ou materiais para inalação.
 Deve-se evitar lesionar as mãos. Caso as luvas sejam rasgadas ou puncionadas
durante quaisquer procedimentos, elas devem ser removidas imediatamente, e as mãos
devem ser lavadas cuidadosamente.
 Profissionais com lesões nas mãos ou dermatites devem abster-se, até o
desaparecimento dessas lesões, de cuidar de pacientes e de manipular instrumentos,
aparelhos ou quaisquer materiais potencialmente contaminados.
No caso de dúvida "LAVE SUAS MÃOS"

ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM

Deve abranger todos os cuidados prestados como:


1. Data/Hora
2. Acompanhado por quem (Parentesco)
3. Verificação dos sinais vitais (anotar em local específico);
4. Punsão venosa, troca ou manutenção com tempo da punsão;
5. Sinais de alteração em AV;
6. Medicações administradas CPM por item;
7. Troca de curativos (tipo, local, aberto ou fechado, aspecto);
8. Realizar orientações: “Manter decúbito elevado”;
9. Eliminações (anotar em local específico);
10. Intercorrências, como perda de acesso, emese, mudança do quadro clínico.
11. Aceitou ou não o desjejum;
12. Anotar referências da criança e dos acompanhantes: Segundo Informações Colhidas –
SIC e de quem – Mãe.
Exemplo 1º dia: 08:00hs: Cça admitida na internação, acompanhada da mãe, verificado
SSVV, puncionado AVP em MSE dorso de mão 1ºd, sem sinais flogisticos, administrado
medicações CPM itens 3 e 5, realizado curativo oclusivo compressivo em plantar MID sem
secreção e boa cicatrização, orientada a mãe para decúbito elevado e grades elevadas.
Mantendo BEG. SIC-mãe aceitou bem o desjejum. (assinatura + carimbo)
Exemplo 2º dia: 08:20hs: Cça acompanhada da avó, verificado SSV, mantendo AVP em MSE
dorso de mão 2º d, sem sinais flogisticos, administrado medicações CPM itens 3, 5 e 10,
realizado limpeza de curativo aberto em plantar MID sem secreção e boa cicatrização,
orientada a avó para decúbito elevado e grades elevadas. Aceitou totalmente o desjejum, SIC-
avó evacuou a noite e dormiu bem. (assinatura + carimbo).

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EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM

Deve abranger:
1. Data/Hora
2. Acompanhado por quem (Parentesco)
3. Tempo de internação
4. Motivo da internação
5. Situação do quadro geral (Bom Estado Geral-BEG, Regular Estado Geral-REG);
6. Responsividade/atividade (ativo, reativo);
7. Nível de consciência (contactante, sonolento, confuso);
8. Situação emocional (calmo, agitado);
9. Quadro clínico apresentado – Exame físico (Padrões respiratório, cardíaco, cutâneo,
etc.)
10. Locomoção (acamado, deambulando);
11. Aferição de Sinais (elevada ou diminuída, anotar valores SSVV);
12. Mantendo jejum (sim ou não/24hs, se não por quê?);
13. Sono ou repouso (sim ou não/24hs, se não por quê?);
14. Tempo de uso de antibióticos
15. Venóclise e dispositivo de infusão (onde, tipo, periférica: AVP em MSD em fossa
cubital);
16. Tempo de instalação de venóclise e dispositivo de infusão
Exemplo 1º dia: Cça de entrada na internação acompanhada da mãe, por BQLT, BEG,
ativo/reativo, apresenta-se calmo, consciente, contactando, deambulando sob supervisão,
corada, hidratada, afebril, normocárdia, eupneica. Ausculta pulmonar com presença de
murmúrios vesiculares s/ ruídos adventícios. Em antibiótico terapia por Peni 1ºd. Mantém AVP
em MSE em dorso de mão 1ºd. (assinatura + carimbo).
Exemplo 2º dia: Paciente no 2º dia de internação por BQLT, BEG, ativo/reativo, apresenta-se
calmo, consciente, contactando, deambulando sob supervisão, corado, hidratado, afebril,
normocárdico, eupneico. Ausculta pulmonar com presença de murmúrios vesiculares s/ ruídos
adventícios. Em antibiótico terapia por Peni 2ºd. Mantém AVP em MSE em dorso de mão 2ºd.
Apresentou quadro febril (38,7º), medicado CPM item 2. (assinatura + carimbo).

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

Deve utilizar como parâmetro:


1. Controles (eliminações, SSVV, peso e altura);
2. Alimentação;
3. Hidratação;
4. Higiene;
5. Conforto;
6. Sinais e sintomas;
7. Tratamentos;
8. Orientações;
9. Assistência psicossocial e espiritual;
10. Encaminhamentos;
11. Grau de dependência;
12. Riscos e observações;
13. Eliminações urinárias e fecais (ausente, presente, quantos dias);
14. Queixas (náuseas, dor, etc.);
15. Quadro físico (limitações por idade ou outro).

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PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

Deve abranger:
1. Eliminação ou minimização de riscos;
2. Cuidados e orientações;
Deve ser conciso, claro e específico; Não prescrever cuidados considerados rotinas.
Obs.:
1. O verbo deve iniciar a frase, sempre no infinitivo.
2. É vedado a qualquer profissional o uso de caneta vermelha. Devem ser utilizadas canetas de cor
preta ou azul.
3. Como as informações registradas em prontuário são oficias, para a manutenção de seu valor
legal não deverá apresentar rasuras. No caso de erro ou equívoco nas informações registradas,
as palavras inadequadas deverão ser colocadas ente parênteses, com a palavra "digo" entre
vírgulas, após os parênteses e registro das informações corretas.

4. Informação não registrada é informação perdida, mas essa informação deve ser de qualidade.
5. Se não foi anotado, não foi realizado.
6. Art.1 O registro deve ser claro, objetivo, preciso, com letra legível e sem rasuras.
7. Art.2 Após o registro deve constar a identificação do autor com nome, COREN-SP e carimbo. O
carimbo deve ser colocado ao final das anotações, a fim de não prejudicar a sua leitura.
8. Art.3 O registro deve constar em impresso devidamente identificado com dados do cliente ou
paciente e complementado com data e hora.
9. Art.4 O registro deve conter subsídios para permitir a continuidade do planejamento dos
cuidados de enfermagem nas diferentes fases e para o planejamento assistencial da equipe
multiprofissional.
10. Art.5 O registro deve permitir e favorecer elementos administrativos e clínicos para auditoria em
enfermagem.
11. Art.6 O registro deve fazer parte do prontuário do cliente e servir de fonte de dados para o
processo administrativo, legal, de ensino e pesquisa.
12. Art.7 Os registros podem ser do tipo: manual-escrito a tinta e nunca a lápis e eletrônico – de
acordo com a legislação vigente.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
01 - Nenhum medicamento deve ser administrado, quando se estiver em duvida a cerca da
droga ou dose;
02 - Em caso de duvida, consultar a enfermeira e se necessário o medico;
03 - A dose de um medicamento prescrito só pode ser alterada pelo medico;
04 - Ao administrar qualquer medicação V.O., não tocá-la diretamente com as mãos;
Obs.: - Equivalência aproximada das medidas liquida:
 01 Colher de café = 2 ml;
 01 Colher de chá = 5 ml;
 01 Colher de sobremesa = 10 ml;
 01 Colher de sopa = 15 ml.
05 - Somente administrar medicação se a mesma constar na prescrição medica;
06 - Ler a prescrição cuidadosamente;
07 - Identifique o medicamento pelo rotulo, nunca pela aparência;
08 - Não administrar medicamento sem rotulo;
09 - Leia o rotulo três vezes antes de dar a droga:

a) No momento em que a localiza;


b) Enquanto estiver preparando;
c) No momento de dar ao paciente.

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10. Identifique o paciente pelo nome, leito e quarto. Caso ocorra alguma duvida, somente
administrar medicamento apos ter esta duvida dissipada;
11 - Permaneça ao lado do paciente ate que ele tenha ingerido o remédio;
12 - Se a medicação for recusada, notificar a Chefia imediata, fazer anotação no prontuário e
colocar um circulo no horário da medicação escrevendo a palavra recusada;
13 - Se cometer algum erro, comunicar imediatamente, a Chefia imediata;
14 - Nunca administrar medicamento preparado por outra pessoa;
15 - Não conversar ou distrair-se quando estiver preparando medicamentos;
16 – Na sala de medicações checar nome, idade, peso, patologia a ser tratada e medicações
para o tratamento, avaliar a concordância das informações para então realizar o preparo.
Assim observar estes 09 itens antes de dar uma medicação:
a) Paciente certo;
b) Horário certo;
c) Medicação certa;
d) Dosagem certa;
e) Via de administração certa;
f) Documentação, checagem e anotação;
g) Ação da droga, coerência entre os dados colhidos: nome + idade + peso +
patologia + droga = tratamento correto;
h) Forma da droga, comprimidos, cápsulas, xarope, supositórios e ampolas;
i) Resposta, monitoramento para a resposta certa e detecção dos eventos
adversos.

17 - Sempre agitar o frasco de medicação, em movimentos circulares, caso haja precipitado;


18 - Todo medicamento por via ocular, auricular ou nasal, devera ser de frasco e conta-gotas
de uso individual;
19 - Sempre evitar que o conta-gotas toque a mucosa;
20 - Toda medicação via parenteral devera ser precedida de antissepsia com algodão com
álcool;
21 - Toda medicação intramuscular devera ser administrada a um angulo de 90 da agulha em
relação à pele do paciente;
22 - Toda medicação subcutânea devera ser feita a um angulo de 45º da agulha (25 x 8) em
relação à pele do paciente. Se a agulha for 15 x 5 o angulo é de 90º;
23 - Toda medicação intradérmica devera ser feita a um angulo de 15º da agulha em relação à
pele do paciente;
24 - No caso de aplicação de soro por via endovenosa (venóclise), somente aplicar soluções
límpidas sem turvações;
25 - Toda medicação, intramuscular e subcutânea devem ser aspiradas após a introdução da
agulha, a fim de verificar se atingiu algum vaso sanguíneo;
26 - As medicações administradas sublinguais, devem ser colocadas sob a língua e deixadas
para serem absorvidas pela mucosa;
27 - Para preparar medicações, deve-se ficar em locais claros que permitam uma boa
visualização, para evitar possíveis enganos;
28 - No caso de medicações liquidas e soluções, colocar em seringas ate o limite desejado e
após, vazar o conteúdo em recipiente próprio;
29 - Ao despejar a medicação deve-se conservar o rotulo do frasco voltado para a palma da
Mao, evitando assim manchar o mesmo com a solução;
30 - As injeções intramusculares são aplicadas usualmente nos músculos glúteos e coxa. E no
caso de Voltarem e Benzetacil só administrar na região glútea;

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

31 - Caso o paciente esteja tomando injeções subcutâneas muito freqüentes, deve-se sempre
variar o local de aplicação (face externa da coxa, músculo deltóide, face interna do antebraço,
abdome, glúteo);
32 - A medicação intradérmica e usada especialmente para testes e vacinas;
33 - Após a aspiração da medicação do frasco ampola a agulha devera ser trocada;
34 - As medicações por via retal, são envolvidas em gelatina ou manteiga de cacau, que
derretem a temperatura ambiente. Devem ser conservadas em geladeira ou lugar fresco;
35 - Nas venóclises, deve-se evitar as veias localizadas nas articulações, pois impedem a livre
movimentação do paciente;
36 - Em pacientes que recebem soro continuamente, deve-se variar o local da aplicação cada
72 horas, para evitar flebites;
37 - Nas venóclises, observar qualquer queixa do paciente ou anormalidade no local da
aplicação. Nos casos de duvida, chamar a Chefia imediata;
Obs.: - A solução administrada EV deve ser cristalina, não oleosa, não conter flocos em
suspensão;
 Ao Administrar a solução retirar todo o ar da seringa;
 Aplicar lentamente a medicação observando a reação do paciente;
 Verificar a permanência da agulha na veia durante a aplicação;
 Retirar a agulha se observar hematoma ou infiltração e repetir a operação em outro
membro.
38 - Nunca reencapar agulhas utilizadas.
Complicações:
01 - Choque: Apresenta como principais sintomas a palidez, lipotimia ansiedades, tremores,
hiperemia, cianose. Pode ser:
b) Pirogênico: Devido a introdução de solução contaminada;
c) Anafilática: Devido a hipersensibilidade a droga;
d) Periférica: Devido a causas diversas, como aplicação rápida, dosagem elevada,
etc., envolve fatores emocionais.
02 - Embolia: Em geral e fatal, pode ser:
a) Gasosa: Devido a introdução de ar na circulação sanguínea;
b) Oleosa: Devido a introdução de solução oleada na circulação;
c) Sanguínea: Devido a mobilização de trombo.
03 - Flebites e Tromboflebites: E um processo inflamatório das veias tornando a área dolorosa
e hiperemiada;
04 - Esclerose das veias devido a aplicações freqüentes na mesma veia e soluções
hipertônicas;
05 - Hematoma;
06 - Infiltração medicamentosa: Devido ao extravasamento da solução fora da veia;
07 - Abscessos: São processos infecciosos, devido a falta de assepsia e introdução de
soluções irritantes fora da veia.
Complicações:
01 - Choque: Apresenta como principais sintomas a palidez, lipotimia ansiedades, tremores,
hiperemia, cianose. Pode ser:
e) Pirogênico: Devido a introdução de solução contaminada;
f) Anafilática: Devido a hipersensibilidade a droga;
g) Periférica: Devido a causas diversas, como aplicação rápida, dosagem elevada,
etc., envolve fatores emocionais.
02 - Embolia: Em geral e fatal, pode ser:
d) Gasosa: Devido a introdução de ar na circulação sanguínea;

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e) Oleosa: Devido a introdução de solução oleada na circulação;


f) Sanguínea: Devido a mobilização de trombo.
03 - Flebites e Tromboflebites: E um processo inflamatório das veias tornando a área dolorosa
e hiperemiada;
04 - Esclerose das veias devido a aplicações freqüentes na mesma veia e soluções
hipertônicas;
05 - Hematoma;
06 - Infiltração medicamentosa: Devido ao extravasamento da solução fora da veia;
07 - Abscessos: São processos infecciosos, devido a falta de assepsia e introdução de
soluções irritantes fora da veia.

TÉCNICA DE IMOBILIZAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO IM E EV


Executantes: Enfermeira, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem
Definição: Orientação para contenção segura de criança para execução de administração de
medicações intramusculares e intravenosas.
Materiais: Conceitos técnico-fisiológicos para orientação ao acompanhante.
Descrição de Procedimento:
A equipe de enfermagem, assim como qualquer outro profissional, não tem autorização para
conter mecanicamente criança para procedimento medicamentoso, sendo esta de inteira
responsabilidade dos responsáveis pela criança.
Crianças de colo ou não deambulantes: músculo vasto lateral da coxa, no terço médio da coxa.
Orientação – Sente-se na cadeira; Coloque a criança sentada sobre uma de suas coxas; Com
a mão em que a criança está sobre a coxa, segure o tronco da criança; cruze suas pernas na
altura da panturrilha e canela; com a mão oposta e mais livre, segure o joelho da coxinha que
ira ser feita a medicação, sendo a qual ficou exposta para o lado de fora do corpo do
responsável.
Crianças deambulantes:
Orientação – Sente-se na cadeira; Coloque a criança de bruço sobre uma de suas coxas; Com
a mão em que a criança está sobre a coxa, passe o braço por baixo da criança na frente peito
e segure ombro e braços da criança; cruze suas pernas na altura da panturrilha e canela; Com
o braço oposto onde a criança está sentada, reforçar a contenção de braço para que a criança
não leve as mãos para trás.
Crianças maiores ou pré-adolescentes:
Orientação – Fique em pé, de frente para a criança; Abrace a criança na altura do tórax; A
criança agora abrace o responsável na altura do quadril; A criança agora coloca o pé do glúteo,
na ponta, dobrando ligeiramente o joelho.
Em todos os casos incentivar a criança a controlar o ritmo e força inspiratória. – Controle a
respiração. Respira e solta, respira e solta, com calma. – Este procedimento diminui os
mecanismos de respostas excitatórios chamadas de defesa e ataque, que promovem o
aumento das sensações, conseqüente mente aumentando a percepção de dor.

DOR
A via nociceptiva é resposnável pela tranferência e estímulo da dor, dependendo do agente
motivador, vai ser intenso, moderado ou leve. Segue abaixo conclusão do Dr.Luiz Fernando de
Oliveira, Professor Titular de Anestesiologia da Faculdade de Medicina da UFRJ para o
Primeiro Simpósio Virtual de Dor, Medicina Paliativa e Avanços em Farmacologia da Dor, nos
idos de 2001.

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I. AGRESSÃO – determina a intensidade e a extensão da lesão e funciona como estímulo


para ativação, em condições normais, da via nociceptiva;
II. SENSIBILIDADE – modula a reatividade dos nociceptores e das sinapses centrais ao
estímulo nociceptivo aferente e depende de mecanismos inibitórios e facilitadores locais
e espinhais; O sistema nervoso é capaz assim de se adaptar funcional (de maneira
temporária) ou permanentemente (plasticidade) à estimulação nociceptiva, ajustando
sua sensibilidade aos estímulos nociceptivos e tornando-se mais ou menos sensível à
dor ao longo do tempo.

LESÃO
Definição: Lesão e a rutura na continuidade de qualquer estrutura do corpo, popularmente
denominada ferida. A lesão pode ser interna e externa, causadas por meios fisicos e quimicos.

CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES


01 - De acordo com a presença ou não de microorganismos, podem ser:

a) Ferida asséptica: Efetuada por meio de métodos assépticos por ex. ferida operatória;
b) Ferida séptica: São as lesões contaminadas ocasionadas por acidentes, Ex. ferimento
ocasionado por um prego, vidro, latas, etc...;

02 - De acordo com a presença ou não de rupturas da superfície da pele ou mucosa, podem


ser:

a) Lesão Fechada: São ferimentos produzidos por uma ação brusca. Ex. traumatismo;
b) Ferida Aberta: Ha ruptura da pele ou mucosa, deixando os demais tecidos em contato
com o meio externo. Ex: escoriações com ruptura da pele, escaras de decúbito, ulceras
varicosa, esfolados ocasionados por quedas etc...;;

03 - De acordo com a maneira que ocorrem:

a) Feridas Incisas: provocadas por instrumento cortante, apresentando os bordos lisos e


os tecidos circunvizinhos intactos. Ex: ferida operatória;
b) Feridas Contusas: Ocasionada por quedas e pancadas, os tecidos circunvizinhos ficam
traumatizados, havendo com o ferimento pequena hemorragia, maceração dos bordos,
dificultando a cicatrização;
c) Feridas Perfurantes: Ocasionada por instrumentos pontiagudos, e profundos, podendo
atingir órgãos, apresentam hemorragia difícil de ser controlada;
d) Feridas Laceradas: São os esmagamentos ocasionados pelos acidentes com maquinas,
onde os tecidos são rasgados apresentam pouco sangramento, pois os vasos
sanguíneos ao serem cortados são torcidos;
e) Ferida Tóxica: Resultante de picada ou mordida por animal ou inseto. Ex: picada pela
abelha, etc...;

04 - De acordo com sua causa:

a) Traumática ou acidental: Ex. queda, ferimento ocasionado por um acidente


automobilístico;
b) Intencional: Ferimento produzido com uma finalidade especial, sob condições
assépticas.

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CICATRIZAÇÃO DAS LESÕES


Consideram-se Duas Fases:
1a Fase: Na lesão, por meio de mecanismo do organismo proporcionar a dilatação dos
capilares, aumentando o fluxo (volume) de sangue, os leucócitos e plasmas contido na corrente
sanguínea, forma exsudado o qual destrói partículas estranhas removendo tecido necrosado;
2a Fase; Com esta vascularização os tecidos circunvizinhos se multiplicam rapidamente,
formando o tecido de granulação.

TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
Por 1a Intenção: Caracteriza-se pela união uniforme dos bordos da lesão, cicatriz quase
invisível;
Por 2a Intenção: Caracteriza-se pela união dos bordos, que não se da uniformemente,
geralmente ha excesso de tecido granuloso;
Por 3a Intenção: Combinação dos 2 anteriores. Ex: uma lesão cicatriza-se, uma parte da 1a
intenção e outra parte por 2a intenção, sendo esta ultima conseqüente de um infecção.

FATORES QUE INFLUENCIAM A CICATRIZAÇÃO


Boa Nutrição Contribuindo com a cicatrização da lesão, sendo os alimentos considerados
elementos essenciais de reconstituição dos tecidos;
Ausência de Infecção, processo infeccioso ocasiona destruição dos tecidos e
conseqüentemente a cicatrização se processa a longo prazo. Portanto a importância de
técnicas assépticas e educação do pessoal hospitalar, prevenindo infecções;
Boa Circulação no Local é responsável pela formação de tecido granuloso.

CLASSIFICAÇÕES DOS CURATIVOS


Seco: Confeccionado apenas para isolar a lesão. Ex: ferida operatória;
Úmido: Caracteriza-se pelo uso de medicamentos para o tratamento da lesão. Ex: feridas
profundas ulcerosas.
Normas
01 - As feridas a cicatrizar por segunda intenção (As feridas infectadas e as escaras) devem ter
seus curativos refeitos no mínimo a cada 24 horas ou sempre que necessário;
02 - Fazer os curativos de uma enfermaria começando pelos limpos e terminando com os
contaminados;
03 - Num mesmo paciente, iniciar pelos curativos de incisão limpa e fechada, seguindo-se pela
ferida aberta não infectada e depois para infectada e por ultimo as colostomias e fistulas em
geral;
04 - As incisões cirúrgicas não infectadas deverão ficar abertas apos 24 horas do pós-
operatório;
05 - Os curativos com drenos tubulares e cateteres devem ser fixados, mantendo a posição o
anatômica dos mesmos;
06 - Os curativos com drenos de penrose devem ser fixados com curativos oclusivos, mesmo
quando for para controlar óbito;
07 - Ao constatar a presença de secreção serosa ou purulenta nos curativos, colher material
com técnica padronizada para cultura;
08 - Ao fazer qualquer curativo, manter a privacidade do paciente;
09 - Ao realizar qualquer curativo identificar com horário, data e nome de quem realizou;
10 - Ao realizar os curativos, desprezar o lixo dos mesmos em local próprio, fechar e
encaminhar ao expurgo o mais breve possível. Não desprezar o lixo do cesto de lixo do quarto
ou do posto de enfermagem;

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11 - Ao realizar o curativo limpo (incisão cirúrgica) limpar de dentro para fora;


12 - Ao realizar o curativo contaminado (escara) limpar de fora para dentro;
13 - Não falar próximo ferida;
14 - Não usar faixas ou ataduras que comprimam os tecidos, prejudicando a circulação;
15 - Para curativos contaminados e com muita secreção, especialmente tratando-se de MMII
ou MMSS, colocar uma bacia estéril sob a área a ser tratada, e lavar com SF;
16 - Os curativos de peritoniostomia dever o ser realizados com técnica rigorosamente
asséptica, onde será usado avental cirúrgico estéril, mascaras e luvas estéreis.

EXEMPLO DE ALGUNS PRODUTOS UTILIZADOS PARA REALIZAR CURATIVOS


Soro Fisiológico: Finalidade de promover a limpeza da lesão; Indicado para todos os tipos de
lesões infectadas ou não;
P.V.P.I. Tópico: Finalidade de agir com anti-séptico local; Indicação: em todos os tipos de
lesões infectadas ou não, quando o paciente não for alérgico.
Papaina: Finalidade de produzir um debridamento no local onde ha tecido necrosado de
pequena profundidade; Indicação: lesões com tecidos necrosados como escaras, queimaduras,
ulceras varicosas.
Obs: - A papaina devera ser colocada somente em cima do tecido necrosado;
Sulfadiazina de Prata a 1%: Finalidade Agir como emoliente, anti-séptico e debridante;
Indicação; Lesões causadas por queimaduras, escoriações grandes.
Pomadas Especificas para Curativos: A finalidade e indicação depende do tipo de pomada.
Material:
Carrinho de curativo com:

 Pacote de curativo (1 pinça anatômica, 1 dente rato, 1 Kelly),


 Gazes,
 Gazes rayon,
 Frasco com SF,
 Solução prescrita para realização do curativo (Pomada P.V.P.I., papaina, sulfadiazina
de prata),
 Atadura de crepe,
 Luvas descartáveis,
 Luvas esterilizadas, se necessário,
 Mascara,
 Esparadrapo ou fita adesiva,
 Tesoura,
 Bandeja,
 Saco plástico,
 Campos esterilizados, se necessário,
 Bacia esterilizada, se necessário,
 Biombo.

Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Reunir o material colocando sobre a mesa de Mayo ou mesa de cabeceira;
03 - Explicar o que ser feito ao paciente;
04 - Proteger o paciente com biombo;
05 - Proteger a roupa de cama com forro sob o local do curativo, se necessário;
06 - Colocar o paciente em posição adequada, expondo apenas a área a ser tratada;

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07 - Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica;


08 - Colocar as pinças com os cabos voltados para a borda do campo;
09 - Colocar as gazes em quantidade suficiente sobre o campo estéril;
10 - Calcar luvas;
11 - Retirar ataduras se houver;
12 - Desprezar o curativo antigo no lixo próprio;
13 - Retirar luvas e desprezá-las no lixo próprio e calcar outras se necessário;
14 - Montar a pinça Pean com gaze, auxiliada pela pinça anatômica e umedecê-la com SF;
15 - Fazer a limpeza da incisão aberta, iniciando de fora para dentro utilizando as duas faces
da gaze;
16 - Realizar o tratamento da ferida usando o produto indicado (produtos padronizados);
17 - Cobrir a incisão de acordo com técnica padronizada (curativo seco ou úmido);
18 - Manter o curativo ocluido;
19 - Retirar forro;
20 - Retirar luvas e desprezar no lixo próprio;
21 - Datar e assinar o curativo;
22 - Deixar o paciente confortável;
23 - Colocar a unidade em ordem;
24 - Preencher a ficha de curativos;
25 - Encaminhar os materiais utilizados para expurgo, dentro de saco plastico;
26 - Lavar as mãos.
Obs: - Se a incisão for fechada fazer a limpeza de dentro para fora.

TCE: Leve, Moderado e Grave na Criança


Atendimento Inicial
O ATENDIMENTO INICIAL DEVE SEGUIR AS RECOMENDAÇÕES PRECONIZADAS PELO PEDIATRIC
ADVANCED LIFE SUPPORT, (PALS) E PELO ADVANCED TRAUMA LIFE SUPPORT (ATLS).
A ESCALA DE COMA DE GLASGOW (ECGL 1 E 2) PERMITE CLASSIFICAR OS PACIENTES E, A
PARTIR DESSA DEFINIÇÃO, DETERMINA-SE A CONDUTA ADEQUADA:
 - TRAUMA CRANIANO LEVE: ECGL – 15 A 14;
 - TRAUMA CRANIANO MODERADO: ECGL – 13 A 9;
 - Trauma craniano grave: ECGL – 8 a 3.

ESCORE
AVALIAÇÃO
+2 +1 -1
PESO > 20kg 10 a 20kg < 10kg
Via aérea nasal ou Intubação ou
Vias aéreas Normal
oral Traqueostomia
Pressão arterial > 90mmHg 50 a 90mmHg < 50mmHg
Obnubilado ou
Completamente
Nível de consciência qualquer perda da Comatoso
desperto
consciência
Lesões abertas Nenhuma Menor Maior ou penetrante
MÚLTIPLAS OU
Fraturas Nenhuma Menor PENETRANTES

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RISCO RELATIVO DE LESÃO INTRACRANIANA

GRUPO DE RISCO
BAIXO MODERADO ALTO

Assintomático Mudança de consciência Consciência deprimida


Cefaléia Cefaléia progressiva Sinal focal
Tontura Intoxicação por álcool ou Fratura com afundamento
Consciência deprimida outras drogas
Laceração de couro cabeludo Idade < 2 anos
Contusão de couro cabeludo Convulsão
Ausência de critério moderado Vômito
a alto risco Amnésia
Trauma múltiplo
Lesão facial séria
Sinais de fratura basilar
Possível penetração cerebral
Possível fratura com
afundamento
Suspeita de agressão infantil

Fatores preditivos de lesão intracraniana (LIC)


• Mecanismo de trauma;
• Idade inferior a 2 anos com hematoma de couro cabeludo;
• Fontanela tensa e abaulada;
• Amnésia prolongada;
• Perda da consciência maior que 5 minutos;
• Déficits neurológicos;
• Vômitos incoercíveis;
• Cefaléia intensa ou moderada;
• Fratura craniana e fratura de base do crânio (sinal de Battle: equimose da
região mastóide; “olhos de guaxinim”: equimose periorbitária);
• Rinorréia, otorréia e hemotímpano;
• Alteração do diâmetro pupilar;
• Suspeita de maus-tratos.
Observação: Pode ocorrer uma lesão intracraniana em 3 a 7% dos pacientes
pediátricos sintomáticos com TCE neurologicamente normais.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM PROBLEMAS INTESTINAIS


TERMINOLOGIA
 Defecção ou evacuação, Ato de eliminar os dejetos;
 Flatos, Gases;
 Flatulência, timpanismo ou meteorismo A quem sofre de flatos;
 Tenesmo dor e dificuldade para evacuar sem que haja evacuação;
 Melena, sangue nas fezes (escuras);
 Peristaltismos, ondas contrateis que vão levar os dejetos através do intestino ate o reto.

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TRANSTORNOS INTESTINAIS
Diarréia, eliminação de fezes soltas, aquosas devido a rápida passagem dos produtos da
eliminação pelo trato gastrointestinal.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Repouso para reduzir o peristaltismo; oferecer condições para locomoção ao sanitário ou
comadre se for o caso; realizar ou auxiliar na higiene intima a cada evacuação; oferecer
hidratação V.O.
Obstipação ou Constipação: atraso dos movimentos dos produtos de eliminação e que
geralmente vai ocorrer no intestino grosso. Apresenta fezes duras e secas; podendo ocorrer
fecaloma que são fezes colabadas na parede do intestino, fazendo-se necessário a extração
manual.
A obstipação pode vir associada a sintomas típicos como: flatulência, cefaléia, anorexia,
halitose, aspereza da língua.

HIDRATAÇÃO
GRAU DE DESIDRATAÇÃO ISOTÔNICA NA CRIANÇA LACTENTE

LEVE MODERADA GRAVE

Perda de Volume Líquido <50 mLJkg SO-90 mLJkg >=100 mLJkg

Coloração da pele Pálida Acinzentada Mosqueada

Elasticidade da pele Diminuída Deficiente Muito deficiente

Mucosas Secas Muitos secas Ressecadas

Acentuada oligúria e
Débito urinário Reduzido Oligúria azotemia

Pressão arterial Normal Normal ou diminuída Diminuída

Tempo de enchimento capilar <2 segundos 2-3 segundos >3 segundos

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Classificação de Desidratação de Acordo com os Sinais e Sintomas

OBSERVE

Nível de Bem; alerta Normal; irritado; Apático;


Consciência intranqüilo letárgico;
inconsciente

Olhos Normais Fundos Muito fundos

Lágrimas Presentes Reduzidas Ausentes

Boca e língua Úmidas Secas Muito secas

Sede Bebe normalmente; Sedento, bebe com Bebe pouco ou não


pode recusar avidez é capaz de beber
líquido

Respiração Normal Normal; rápida Profunda

EXPLORE

Prega cutânea Desaparece Desaparece em Desaparece em


rapidamente tempo <2 tempo 2 segundos
segundos

Pulso Normal Normal a débil Muito débil ou


impalpável

Freqüência Normal Normal a Taquicardia;


cardíaca aumentada bradicardia nos
casos mais graves

Extremidades Aquecidas Frias Frias; cianóticas;


pele mosqueada
(livedo reticularis)

Enchimento Normal (até 3 seg.) Prolongado (de 3 a Muito prolongado >


capilar 5 seg.) de 5 seg.)

Débito urinário Normal ou Diminuído Mínimo


diminuído

CONCLUA

Desidratação Desidratação leve Desidratação


mínima ou a moderada grave (perda de
ausente (perda de (perda de peso: peso > 9%)
peso < 3%) 3% a 9%)

Obs.: A micção normal é uma função indolor que ocorre 5 ou 6 vezes por dia e
ocasionalmente 1 vez à noite para um adulto com peso médio de 78kg. Cada pessoa

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elimina em torno de 1.200 a 1.500mL de urina em 24 horas. Este valor é modificado


pela ingestão de líquidos, sudorese, elevação da temperatura, vômitos ou diarréia.
Princípio do tratamento das crianças com diarréia e desidratação
1. Soluções de Reidratação Oral (SRO) devem ser utilizadas para reidratação,
sem histórico de vômitos.
2. A reidratação oral deve ser efetivada rapidamente (em 3 a 4 horas).
3. A criança deve ser realimentada, tão logo corrigida a desidratação, com
dieta apropriada para a idade e isenta de restrições.
4. Para as crianças em aleitamento exclusivo, manter a oferta de leite materno
durante a reidratação.
5. Para a criança que recebe fórmulas lácteas, não é recomendado diluição
do leite e não é necessário o uso de fórmulas especiais.
6. Volume adicional de SRO deve ser administrado para compensar a perda
de líquidos, enquanto perdurar a diarréia.
7. Nenhum exame laboratorial ou medicação, desnecessários devem ser
realizados ou administrados. Evitar situações que possam provocar novas
perdas líquidas.
Etapas da Reidratação
Etapa 1 – Fase de Reparação: com choque – 30 a 50ml/kg – SF a 0,9% – correr em 2 horas
sem choque – 20ml/kg – SF a 0,9% – correr em 2 horas
Etapa 2 – Fase de Reposição: 100ml/kg – SF a 0,9% (caso glicemia > 250mg/dl) – correr em
6 a 8 horas solução 1:1 (caso glicemia < 250 mg/dl)
Etapa 3 – Fase de Manutenção: até 10kg – 100ml/kg – Solução 1:4 – correr em 24 horas 10 a
20kg – 1.000ml + 50ml/kg acima de 10 - Acima de 20kg – 1.500ml + 20ml/kg acima
de 20.
Obs.: não deve ser ultrapassado o volume de 4 l/m2/dia.
Lembrar-se de adicionar glicose à solução sempre que a glicemia cair para menos de
250mg/dl.
Isulinoterapia: Insulina regular
Vias de administração:
 Intravenosa contínua – 0,1 U/kg/hora (preparar uma solução na proporção de 100ml
de SF a 0,9% para 10 U de insulina regular – infundir 1ml/kg/h).
 Subcutânea: 0,1 a 0,2 U/kg de 1 em 1 hora até que a glicemia caia para menos de
300mg/dl.
A escolha da via de administração depende das condições estruturais do Serviço e da
gravidade do quadro, ficando indicada a via intravenosa para os pacientes encaminhados à
UTI. Não há diferenças entre a via subcutânea e a muscular.
No caso da opção ser a via subcutânea, deve-se aguardar a 2ª hora de hidratação para iniciar
a insulino-terapia.
Quando o paciente está fazendo uso da via venosa e esta vai ser modificada para via SC,
deve-se administrar uma dose de insulina por esta via e aguardar cerca de 30' para suspender
a infusão.
Após o paciente encontrar-se mais hidratado e menos acidótico, a insulinoterapia é modificada
para de 4 em 4 horas, via SC, na dose de 0,25 a 0,4 U/kg/dose. A insulina de ação
intermediária só é introduzida após resolução da CAD e a aceitação de dieta por parte do
paciente, na dose de 0,5 U/kg/dia.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA
Lembrar que o Na sérico deve ser corrigido a cada 100mg/dl de glicose acima do normal,
acrescentamos 1,6mEq de Na. Ex.: glicemia = 400mg/dl Na = 136 Na real = 140,8 (correção)
O potássio deve ser administrado de rotina em quantidades que variam de acordo com os
níveis séricos de K na admissão:
A velocidade de infusão de potássio não deve ultrapassar 0,5mEq/kg/hora e a solução não
deve conter mais do que 60mEq/l.
A reposição de fosfatos não é obrigatória, mas está indicada quando há hipoxemia e/ou nível
sérico de fosfato < 1ng/ml e deve obedecer à proporção de 1/3 de potássio sob a forma de
fosfato e 2/3 de cloreto.

CORREÇÃO DOS DISTÚRBIOS ÁCIDO-BÁSICOS


O uso do bicarbonato está indicado quando o pH é menor ou igual a 7 e não deve ser infundido
em bolus.
 pH < 6,9 pH 6,9 - 7,0
 80mEq/m2 40mEq/m2
Monitorização:
Clínica – sinais de desidratação, débito urinário, nível de consciência, dados vitais e perfusão
periférica de 1 em 1 hora inicialmente e depois de 2 em 2 horas, espaçando a observação a
partir de então para de 4 em 4 horas.
Laboratorial – glicemia capilar de 1/1 hora até que a mesma esteja abaixo de 300mg/dl, a
partir daí a glicemia deve ser realizada de 4/4 horas, eletrólitos e gasometria venosa de 4/4
horas inicialmente e depois a cada 6 horas.
Obs.: o pH venoso é < 0,03 do que o arterial. O hemograma inicial pode revelar leucocitose
mas deve a contagem dos leucócitos baixar à medida que a CAD se resolve. A presença de
leucocitose acima de 25.000 e desvio para a esquerda deve alertar para a possibilidade de
infecção.
Indicações para Internação em UTI – crianças < 3 anos, distúrbios hidroeletrolíticos graves,
alteração significativa do nível de consciência, instabilidade cardiovascular ou respiratória,
osmolaridade sérica > 340mOsm, CAD não responsiva à terapêutica inicial.
Os demais casos poderão ser tratados em unidades intermediárias desde que exista
monitorização médica e de enfermagem.
Complicações – hipoglicemia, hipocalcemia, hipocalemia, acidose hiperclorêmica, edema
cerebral e arritmias.

IDENTIFICAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO PARA


EXAME LABORATORIAL – PROTOCOLO CEAC LESTE
IDENTIFICAÇÃO
As etiquetas devem ser colocadas nos tubos e recipientes perpendicularmente de forma que o
código de barras fique alinhado ao tubo. O pedido de exame deve constar carimbo do médico
com assinatura, nome completo da criança, data de nascimento, numero do documento
pessoal (RG ou Certidão de Nascimento) e data de expedição, nome da mãe, número do
cartão nacional de saúde CNS, intercorrências como febre, dificuldade e estresse na coleta.

ACONDICIONAMENTO
A caixa de armazenamento deve ficar a uma temperatura de 2º a 8º.

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TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO

OBJETIVO
Estabelecer o processo para total segurança no transporte externo e interno do material
biológico, de tal forma que impeça a exposição dos profissionais da área de saúde ao contato
direto com as amostras.
Garantir a chegada do material biológico em tempo hábil e em condições de serem analisados.

PROCEDIMENTO
As amostras de sangue total, soro, plasma e outras o Ceac Leste sugere o seguinte
procedimento:
1. Colocar gelo reciclável na caixa térmica para refrigerar e preparar a mesma para a
colocação do material.
2. Colocar o(s) tubos(s) com a(s) amostra(s), devidamente identificado(s) com o primeiro
nome do paciente e etiquetado(s), em seus respectivos sacos plásticos junto com os
pedidos;
3. O material deve permanecer junto com os pedidos por paciente. Urinas devem ser
ensacados separados, mas adicionados juntos ao pedido evitando vazamento e
recoleta de todo material;
4. Antes de ensacar verificar o fechamento das tampas dos tubos e potes para impedir o
vazamento da amostra e futura recoleta;
5. As requisições correspondentes, devidamente preenchidas, devem se colocados dentro
de um saco plástico com as amostras;
6. Colocar uma fita adesiva ou grampear a parte de cima para fixar o saco com tubos na
embalagem plástica;
7. Colocar dentro de uma caixa térmica;
8. Trocar o gelo reciclável que está dentro da caixa por um outro mais congelado e montar
a caixa da seguinte forma:
 Colocar as amostras na parte central rodeadas de gelo reciclável e uma camada
de gelo reciclável na parte superior;
9. Identificar com destinatário, remetente no “Formulário de Inspeção e transporte de
material biológico”. E colocar na parte externa da caixa;
10. Para um melhor controle sugerimos um protocolo de envio de amostras:
 Antes da leitura da temperatura deve-se zerar o termômetro (apertando o botão
RESET) e logo após fazer a medição observando a temperatura atual;
11. Enviar ao laboratório.

RECOMENDAÇÕES
 gelo: o gelo deve ser preferencialmente reciclável, para não haver risco de perda da
amostra;
 caixa térmica: é a caixa para transporte de amostra que deve ser de polietileno ou
similares (tipo geladeira portátil). Deve ser lavável, resistir à desinfecção, portar a
identificação de “Infectante” ou “Risco Biológico”, e uma numeração para facilitar a
identificação, conforme Figura.

TRANSPORTE
O motorista não deve receber as caixas, se elas não estiverem de acordo. Como esclarecido
anteriormente.

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RECEBIMENTO DO MB PELO CEAC


No setor de triagem do CEAC o auxiliar de laboratório recebe o material e deve conferir:
 - Temperatura;
 - Quantidade de caixas;
 - “Formulário de Inspeção e transporte de material biológico”.

PRINCIPAIS EXAMES LABORATORIAIS EM PEDIATRIA – PROTOCOLO CEAC LESTE


HEMOGRAMA COMPLETO (INCLUI CONTAGEM DE PLAQUETAS)
Útil na avaliação clínica geral, avaliação e diagnóstico de anemias, policitemias, aplasias
medulares, processos infecciosos, leucemias/leucoses, trombocitose e trombocitopenia. O
hemograma é uma das análises mais utilizadas na prática médica, pois seus dados gerais
permitem uma avaliação extensa da condição clínica do paciente. No hemograma são
avaliadas as três séries celulares componentes do sangue: eritrócitos, leucócitos e plaquetas,
compondo o eritrograma, leucograma e plaquetograma.
 Material: Sangue total com EDTA
 Volume Ideal: 5,0ml
 Período ideal de coleta: preferencialmente, pela manhã, entre 7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: jejum de 4h.
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC).
 Estabilidade no transporte: até 2 dias refrigerado (2º e 8ºC)
 Formulários requeridos: não se aplica.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: Anotar uso de
medicamentos.
 Critérios de rejeição de amostras:coágulo
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

PROTEÍNA C REATIVA (PCR), QUANTITATIVA


É utilizada como indicador de fase aguda ou em recidivas (reagudização) de processos
inflamatórios, clinicamente avalia a presença, extensão e a atividade do processo inflamatório,
monitorando a evolução e a resposta terapêutica. Estudos recentes referem da importância
deste como indicador de risco em doenças aterosclerótica (IAM), níveis aumentados da PCR
parecem estar relacionados a eventos coronarianos em pacientes com angina estável ou
instável. Uso propedêutico: doença reumática.
 Material: soro
 Volume Ideal: 2,0 ml
 Período ideal de coleta: preferencialmente, pela manhã, entre 7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: Coletar um tubo específico para este exame.
Jejum de 4h
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC).
 Estabilidade no transporte: até 7 dias refrigerado (2º e 8ºC)
 Formulários requeridos: não se aplica.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: Informar medicamentos em
uso.
 Critérios de rejeição de amostras: hemólise.
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

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URINA TIPO I – CARACTERES FÍSICOS, QUÍMICOS E SEDMENTO QUANTITATIVO


O exame de urina rotina é muito importante para avaliações da função renal e afecções do
trato urinário, podendo auxiliar no diagnóstico e avaliação da eficácia do tratamento. O exame
compreende três etapas: caracteres gerais (propriedades físicas), pesquisa de elementos
anormais (pesquisa química) e sedimentoscopia (exame microscópico da urina). Em geral, a
urina da manhã é concentrada e ácida.
 Material: Urina recente
 Volume Ideal: 50 ml
 Período ideal de coleta: período não menstrual
 Orientações para a coleta de amostras: realizar higiene da genitália com água e
sabão, secar, desprezar o 1º jato de urina, coletar jato médio.
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2º e 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC)
 Estabilidade no transporte: até 1 dia refrigerado (2º e 8ºC)
 Formulários requeridos: não se aplica.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: anotar medicamentos em
uso.
 Critérios de rejeição de amostras: Quantidade de volume e frasco inadequado.
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

CLEARENCE DE URÉIA
Útil na avaliação da função renal. O clearence de uréia foi o primeiro teste de clearence
executado. O composto é livremente filtrado pelos glomérulos e cerca de 40% sofre reabsorção
tubular. Devido a esta reabsorção, seu uso como teste de clearence fica invalidado, sendo o
clearence de creatinina o teste mais utilizado com esta finalidade.
 Material: soro e urina 24h
 Volume Ideal: 2,0 ml de soro e todo o volume colhido.
 Período ideal de coleta: período não menstrual, preferencialmente, pela manhã, entre
7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: jejum de 4h para coleta de sangue; não
tomar laxante; não usar creme/ovulo vaginal nas 24h antecedentes. Prazo máximo
entre as coletas de sangue e urina deve ser de até 72h.
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC)
 Estabilidade no transporte: até 5 dias refrigerado (2º e 8ºC)
 Formulários requeridos: não se aplica.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: Informar peso, altura do
paciente e a informação do volume urinário total das 24 horas.
 Critérios de rejeição de amostras: Quantidade de volume e frasco inadequado.
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

SÓDIO (NA), DOSAGEM


Importante na avaliação e monitoração do equilíbrio hidro-eletrolítico. O sódio encontra-se
aumentado na desidratação, no diabetes insipidus, e diminuído na secreção inapropriada de
ADH (tumor hipofisário), em nefropatias e no uso de medicação diurética no controle
hipertensivo.
 Material: soro, urina isolada ou urina 24h

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 Volume Ideal: 2,0 ml – soro, 40 ml – urina isolada, todo volume colhido- urina 24h.
 Período ideal de coleta: preferencialmente, pela manhã, entre 7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: jejum de 4h; No caso da urina não usar
creme/ovulo vaginal nas 24h que antecedem o exame. Desprezar a 1ª urina da manhã,
e coletar todas as outras micções em 24 horas ou no caso da amostra isolada coletar
uma micção
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC)
 Estabilidade no transporte: até 7 dias refrigerado (2º e 8ºC)
 Formulários requeridos: não se aplica.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: Anotar uso de
medicamentos, no caso da urina 24h, anotar o volume total.
 Critérios de rejeição de amostras: hemólise e quantidade de volume e frasco
inadequado.
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

POTÁSSIO (K), DOSAGEM


Útil na avaliação do equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico. O monitoramento do potássio
sérico é útil no acompanhamento de pacientes em diureticoterapia, em nefropatias,
principalmente com insuficiência renal, na cetoacetose diabética, no manejo da hidratação
parenteral e na insuficiência hepática. O potássio corpóreo corresponde a 50 mEq/kg (>95%
intracelular). Uma deficiência de 4-5 mEq/Kg ocorre para cada redução de 1 mEq/L da
concentração de potássio sérico, abaixo de um nível de 4 mEq/L. A hipocalemia pode ser
devida a redução da ingestão, troca de potássio no interior da célula, perda de potássio renal
ou extra-renal ou uma combinação destes fatores.
 Material: soro
 Volume Ideal: 2,0 ml
 Período ideal de coleta: preferencialmente, pela manhã, entre 7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: jejum de 4h
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC).
 Estabilidade no transporte: até 5 dias refrigerado (2º e 8ºC)
 Formulários requeridos: não se aplica.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: Anotar uso de
medicamentos,
 Critérios de rejeição de amostras: hemólise.
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

COLESTEROL TOTAL, DOSAGEM


Útil na avaliação de risco de desenvolvimento de doença cardíaca coronariana. O colesterol é
uma espécie de álcool encontrado quase exclusivamente em animais e é utilizado na
fabricação e reparo de membranas celulares, síntese de moléculas vitais como hormônios e
vitaminas. Níveis elevados de colesterol tem sido implicados em processos ateroscleroticos.
 Material: soro
 Volume Ideal: 3,0 ml
 Período ideal de coleta: preferencialmente, pela manhã, entre 7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: jejum de 8h. Não ingerir bebidas alcoólicas
nas 72h antes da coleta.

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 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)


 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC)
 Estabilidade no transporte: até 5 dias refrigerado (2º e 8ºC)
 Formulários requeridos: não se aplica.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: informar o uso de
medicamento.
 Critérios de rejeição de amostras: hemólise.
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE (TSH), DOSAGEM


Útil para o diagnóstico de doenças funcionais tiroidianas. O TSH é um hormônio glicoprotéico,
secretado pelas células tireotróficas do lóbulo anterior da glândula pituitária, que estimula a
tiróide a liberar T3 e T4, sendo controlado pelos níveis séricos destes últimos e pelo TRH
hipotalâmico.
 Material: Soro
 Volume Ideal: 2,0ml
 Período ideal de coleta: preferencialmente, pela manhã, entre 7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: jejum de 4h.
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC).
 Estabilidade no transporte: até 7 dias refrigerado (2º e 8ºC)
 Formulários requeridos: não se aplica.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: Anotar uso de
medicamentos.
 Critérios de rejeição de amostras: hemólise.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: Informar medicamentos em
uso e, se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional.
 Critérios de rejeição de amostras: hemólise.
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

T4 LIVRE (TIROXINA LIVRE), DOSAGEM


É útil no diagnóstico e controle terapêutico de pacientes com disfunção tireoidiana
(hipotireoidismo e hipertireoidismo) e na avaliação do estado metabólico destes.
 Material: soro
 Volume Ideal: 2,0 ml
 Período ideal de coleta: preferencialmente, pela manhã, entre 7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: jejum de 4h;
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC)
 Estabilidade no transporte: até 7 dias refrigerado (2º e 8ºC)
 Formulários requeridos: não se aplica.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: Informar medicamentos em
uso e, se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional. Informar
qualquer medicamento que usa ou usou recentemente, inclusive fórmulas para
emagrecer.
 Critérios de rejeição de amostras: hemólise.
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

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CÁLCIO TOTAL (CA), DOSAGEM


Útil no diagnóstico e seguimento de distúrbios do metabolismo de cálcio e fósforo, incluindo
doenças ósseas, nefrológicas e noeoplásicas com repercussões naquele metabolismo. O
cálcio é o quinto elemento mineral mais abundante do organismo. Mais de 99% do cálcio
corporal está contido na parte óssea e o restante está principalmente distribuído nos espaços
extracelulares do organismo. Sua presença no soro está fisiologicamente distribuída: cerca de
45% circula na forma iônica livre, 40% ligado a proteínas (especialmente albumina), e 15%
ligado a ânions diversos (bicarbonato, citrato, fosfato e lactato). Em virtude da possibilidade de
alterações imediatas e significativas das concentrações destes ligantes, em algumas situações
é preferido o uso da dosagem de cálcio ionizado.
 Material: soro
 Volume Ideal: 3,0 ml
 Período ideal de coleta: preferencialmente, pela manhã, entre 7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: jejum de 4h
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC)
 Estabilidade no transporte: até 7 dias refrigerado (2º e 8ºC)
 Formulários requeridos: não se aplica.
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: informar o uso de
medicamentos, como diuréticos, antiácidos, vitamina D e corticóides.
 Critérios de rejeição de amostras: hemólise.
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA (TTPA, APTT)


É indicado nos casos onde há tendência à hemorragia, antes de intervenções cirúrgicas e no
controle de terapêutica anticoagulante pela heparina. As causas mais comuns de PTT
prolongado são: coagulação intravascular disseminada, doença hepática, anticoagulantes
circulantes, terapia heparínica, hemofilias A e B, uso de anticoagulantes orais, deficiência de
vitamina K e hipofibrinogenemia.
 Material: plasma citratado
 Volume Ideal: 5,0 ml
 Período ideal de coleta: preferencialmente, pela manhã, entre 7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: jejum de pelo menos 4h. Longo tempo de
garroteamento interfere em exames de coagulação, fazê-lo somente para fixar (pegar) a
veia, retirar o garrote, dando continuidade à punção.1º centrifugar o sangue por 15' a
3000 rpm, separar o plasma em tubo plástico. 2º centrifugar o plasma por 15' a 3000
rpm, separar o plasma sobrenadante, pobre em plaquetas (tubo plástico ou acrílico).
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC)
 Estabilidade no transporte: até 4 horas refrigerado (2º e 8ºC)
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: informar medicamentos em
uso nos últimos 10 dias, especialmente anticoagulante oral e heparina.
 Critérios de rejeição de amostras: coágulo
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

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TEMPO E ATIVIDADE DE PROTROMBINA (TP, TAP)


As utilizações mais comuns são para monitoramento de terapia anticoagulante oral, doenças
hepáticas, deficiência de vitamina K, coagulação intravascular disseminada, deficiência de
fatores VII, V, X ou protrombina, situações nas quais o Tempo de Protrombina/RNI pode
encontrar-se prolongado.
 Material: plasma citratado
 Volume Ideal: 5,0 ml
 Período ideal de coleta: preferencialmente, pela manhã, entre 7 e 9 horas
 Orientações para a coleta de amostras: jejum de pelo menos 4h. Longo tempo de
garroteamento interfere em exames de coagulação, fazê-lo somente para fixar (pegar) a
veia, retirar o garrote, dando continuidade à punção.1º centrifugar o sangue por 15' a
3000 rpm, separar o plasma em tubo plástico. 2º centrifugar o plasma por 15' a 3000
rpm, separar o plasma sobrenadante, pobre em plaquetas (tubo plástico ou acrílico).
 Conservação da amostra até envio: refrigerado (2ºC a 8ºC)
 Forma de acondicionamento para transporte: caixa térmica com gelox (2ºC a 8ºC)
 Estabilidade no transporte: até 4 horas refrigerado (2º e 8ºC)
 Dados imprescindíveis que devem constar das fichas: informar medicamentos em
uso nos últimos 10 dias, especialmente anticoagulante oral e heparina.
 Critérios de rejeição de amostras: coágulo
 Prazo de entrega: 5 dias úteis.

EXAME FÍSICO
CABEÇA E PESCOÇO

COURO CABELUDO

Problemas de enfermagem:
 Dermatite;
 Seborréia;
 Piolho;
 Pediculose;
 Foliculite;
 Calvície ou alopecia.

OLHOS

 Edema de pálpebras;
 Exantelasma (indica acúmulos de colesterol);
 Tersol ou blefarit (inflamação do foículo do cílio);
 Ptose palpebral (queda da pálpebra – cai as duas);
 Miastemia (toda a musculatura tem dificuldade de contração, uma pálpebra cai);
 Lagoftalmia (bolsa de água).

GLOBO OCULAR

 Exoftalmia;
 Enoftalmia.

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CONJUNTIVA OCULAR E ESCLERA

 Conjuntivite;
 Icterícia;
 Pterígeo (prega na conjuntiva ocular, carne esponjosa).

IRIS E PUPILA

 midríase (dilatação da pupila);


 Miose: contração da pupila, menos de 2 mm;
 Anisocoria: quando um contrai e outro dilata, diâmetros diferentes.

CONJUNTIVA PALPEBRAL

 Anemia;
 Conjuntivite.

SEIOS PARANASAIS
 Sinusite.

ORELHA

 Otite;

BOCA

LÁBIOS

 Herpes viral;
 Rachaduras;
 Queilose (no canto da boca);
 Queilite (falta de vitamina, fissura com processo inflamatório);

GENGIVAS E BOCHECHAS:

 Gengivite
 Aftas ou estomatites;

LÍNGUA

 Língua saborrosa (língua branca);


 Língua acastanhada (marrom e seca)

APARELHO RESPIRATÓRIO

INSPEÇÃO ESTÁTICA

 Condições da pele;
 Simetria;
 Forma:

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o Tonel;
o Funil (peito escavado);
o Quilha (peito de pombo);
o Cifoescoliose;
o Abaulamentos;
o Retrações;
Regras obrigatórias de semiotécnica da inspeção estática e dinâmica:
 Tórax descoberto ou nu;
 Paciente em pé ou sentado em atitude cômoda;
 O examinador deve ficar a 2 mts de distância para ter uma visão panorâmica de todo tórax e
aproximar;
 Músculos relaxados, membros superiores caídos ao longo das faces laterais do tórax e abdôme;
 Eliminação adequada;
 Anormalidades assimétrica do tórax.

ABAULAMENTOS E RETRAÇÕES

Inspecionar:
 Face anterior;
 Posterior e laterais com o mesmo rigor descritivo.

INSPEÇÃO DINÂMICA

Existem 3 tipos de respiração:


 Costo torácica;
 Costo abdominal;
 Mista.

FREQÜENCIA RESPIRATÓRIA

14 a 20 mov./min.
 Movimentos >: taquipnéia ou polipnéia;
 Movimentos <: bradipnéia.

PALPAÇÃO

Examinar:
 Sensibilidade;
 Expansão e elasticidade torácica;
 Vibração.

TÉCNICAS

 Paciente sentado ou em pé com os braços lateralizados;


 Pesquisar alterações isoladamente para os ápices, regiões intraclaviculares e bases.

PERCUSSÃO

Digito-digital.

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AUSCULTA

 Paciente sentado ou em pé, com o tórax descoberto, respirando com a boca entreaberta, sem
fazer ruído;
 Avaliar o fluxo de ar através da árvore traqueobrônquica, o espaço pleural e identificar presença
de obstrução no pulmão;
 Os movimentos respiratórios devem ser regulares e de igual amplitude;
 Comparar regiões simétricas, metodicamente, do ápice até as bases pulmonares.

ALTERAÇÕES

Estertores secos:
 comagem (asma).
Estertores úmidos:
 crepitantes (pneumonia);
 bolhosos (subcrepitantes).

SISTEMA CARDIOVASCULAR

POSIÇÃO

Paciente posicionado em decúbito dorsal elevado a 30º, ficando o examinador do seu lado esquerdo ou
direito;

AUSCULTA

 1º foco aórtico: 2º espaço intercosta; direito;


 2º foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo;
 3º foco tricúspede: 4º espaço intercostal – borda esternal esquerda;
 4º foco mitral: 5º espaço intercostal (ictus cordis);
 5º foco aórtico acessório: apêndice xifóide.

SISTEMA GASTROINTESTINAL

ABDOME
INSPEÇÃO

Observar
 Forma;
 Abaulamento;
 Retração;
 Circulação colateral
 Localização da cicatriz umbilical.
Parâmetro normal: na posição em pé em perfil e no decúbito dorsal: apresenta a hemiabdome superior
deprimido e o inferior com ligeira proeminência projetada na face anterior do abdôme.

PROBLEMAS DE ENFERMAGEM

 Retraído: desidratação, caquexia;


 Abaulamento generalizado: meteorismo, ascite, inguinal, obesidade;
 Globoso: hérnia e eventração umbilical, inguinal, deiscência PO, acesso.

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Parâmetro normal: o abdome deve ser plano e sua rede venosa superficial não deve ser visualizada;
 Circulação colateral na ascite;
 Hipertensão portal e obstrução da veia cava.
Parâmetro normal: a circulação mediana supra umbilical da aorta abdominal é somente observada em
indivíduos magros (aortismo);
 Dilatação da aorta;
 Arteriosclerose e aneurisma;
Parâmetro normal: normalmente a cicatriz umbilical apresenta-se mediana, simétrica, com depressão
circular entre a distância xifo-pubiana.
 Desvio lateral: hérnia, retração de cicatriz cirúrgica, queimadura;
 Protundente: aumenta a pressão intra-abdominal (ascite, tumor).
Parâmetro normal: o ânus é fechado em diafragma por pregas cutâneas radiadas e suaves.
 Puntiforme: fissura;
 Hipotônico: hemorróidas;
 Deformado: cirurgias pregressa e lesões inflamatórias;
 Infundibuliforme: pederastia (homossexualismo masculino).

AUSCULTA

Através do estetoscópio detecta-se os ruídos peristálticos em toda extensão do abdome e possibilita a


avaliação de toda sua freqüência e características. Deve proceder a palpação e a percussão, pois testes
podem alterar os sons intestinais;
Parâmetro normal: os ruídos intestinais são audíveis no mínimo a cada dois minutos, como resultado da
interação do peristaltismo com os líquidos e gases.

PROBLEMAS DE ENFERMAGEM

 Borborigmo: oclusão intestinal por verminose, tumor, volvo;


 Íleo paralítico: pós-operatórios de cirurgias intestinais, inflamação.

PALPAÇÃO SUPERFICIAL

Utiliza-se as mãos espalmadas com as polpas digitais em movimentos rotativos e rápidos nas regiões do
abdome. Permite reconhecer a sensibilidade, a integridade anatômica e a tensão da parede abdominal.
Parâmetro normal: normalmente o peritônio é indolor à palpação, podendo ocorrer contração
involuntária, devido a tensão e as mãos frias do examinador.

PROBLEMAS DE ENFERMAGEM

Hiperesia cutânea, hipertonicidade, inflamação.

BAÇO

PALPAÇÃO PROFUNDA E PERCUSSÃO

Posicione o paciente em decúbito lateral direito, mantenha-se à direita com o dorso voltado para a
cabeceira da cama. Com as mãos paralelas fletidas em garra, deslize-as desde a linha axilar média E,
hipocôndrio E até o epigastro. Esse órgão somente é palpável nas esplenomegalias resultantes de
alterações patológicas. No entanto, na percussão dígito-digital pode ser percebida a borda superior do
baço, inclusive, nos pequenos aumentos de volumes (06 cm2).
Parâmetro normal: o baço é de consistência mole, contorno liso, triangular e acompanha a concavidade
do diafragma.

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PROBLEMAS DE ENFERMAGEM

 Consistência mole e dolorosa: infecções agudas;


 Consistência dura e pouco dolorosa: esquistossomose, cirrose hepática, leucemias e linfomas.

INTESTINOS

PALPAÇÃO PROFUNDA

Somente o ceco e o sigmóide são palpáveis devido à sua localização sobre o músculo psoas. Posicione-
se à direita do paciente com as mãos paralelas fletidas em garra. Na expiração penetrar com as mãos ao
nível da cicatriz umbilical até o músculo psoas. Deslizar as mãos obliquamente em direção à região
inguinal direita. Se o paciente referir dor após essa manobra, poderá apresentar sinal de Blumberg
positivo. Repita no lado esquerdo para palpação do sigmóide, indicando presença de fecaloma.
Parâmetro normal: o ceco possui a forma de pêra, é móvel e apresenta gargarejos. O apêndice
vermiforme está posicionado à base do ceco, não sendo possível sua palpação.
Problemas de enfermagem:
 Dor na região inguinal direita: apendicite; 
 Pressão ou irritação química inibem a peristalce e excitam a válvula ileocecal.
Parâmetro normal: o sigmóide está ao nível da crista ilíaca, curva-se para trás continuando com o reto,
onde as fezes ficam acumuladas até a defecação.
Problemas de enfermagem:
 Enterite: dor, flatulências, diarréias, desidratação, enterorragia;
 Hábito irregular de alimentação: constipação;
 Oclusão intestinal: tumor, aderência, verminoses, volvo, hérnia estranguladora.

FÍGADO

PALPAÇÃO PROFUNDA

Deve-se permanecer à direita do tórax do paciente com o dorso voltado para sua cabeceira. Colocar as
mãos paralelas com os dedos fletidos em garras, desde a linha axilar anterior deslizando
cuidadosamente do hipocôndrio direito até o hipocôndrio esquerdo. Solicita-se ao paciente para inspirar
profundamente pois, nesta fase, devido ao impulso diafragmático, o fígado desce facilitando a palpação
da borda hepática.
Parâmetro normal: pode ou não ser palpável, é macio, tem superfície lisa e borda fina. O limite inferior
não excede a dois ou três dedos transversos abaixo da reborda costal.
Problemas de enfermagem: 
 Não palpável: cirrose hepática avançada (hipotrofia do fígado);
 Palpável: hepatopatias (hepatites, colecistite aguda, tumor);
 Extra-hepática: enfisema pulmonar pressiona o fígado.

POSIÇÃO PARA EXAMES


 Fowler
Paciente fica semi sentado. Usado para descanso, conforto, alimentação e patologias
respiratórias
 SIMs
Lado direito: deitar o paciente sobre o lado direito flexionando-lhe as pernas, ficando a direita
semi flexionada e a esquerda mais flexionada, chegando próxima ao abdômen. Para o lado
esquerdo, basta inverter o lado e a posição das pernas. Posição usada para lavagem intestinal,
exames e toque.

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 Genu-Peitoral
Paciente se mantém ajoelhado e com o peito descansando na cama, os joelhos devem ficar
ligeiramente afastados. Posição usada para exames vaginais, retais e cirurgias.
 GinecoLógica
A paciente fica deitada de costas, com as pernas flexionadas sobre as coxas, a planta dos pés
sobre o colchão e os joelhos afastados um do outro. É usado para sondagem vesical, exames
vaginais e retal.
 Litotomia
A paciente é colocada em decúbito dorsal, as coxas são bem afastadas uma das outras e
flexionadas sobre o abdôme; para manter as pernas nesta posição usam-se suportes para as
pernas (perneiras). Posição usada para parto, toque, curetagem.
 Tredelemburg
O paciente fica em decúbito dorsal, com as pernas e pé acima do nível da cabeça, posição
usada para retorno venoso, cirurgia de varizes, edema.
 Ereta ou Ortostática
O paciente permanece em pé com chinelos ou com o chão forrado com um lençol. Posição
usada para exames neurológicos e certas anormalidades ortopédicas.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

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MANUAL DE ENFERMAGEM PARA A ORIENTAÇÃO DE


PEDIATRIA AOS PAIS OU ACOMPANHANTE
Sr.(a) Enfermeiro(a), este Manuel apresenta a pediatria de forma clara, simples com linguagem
popular. Seu objetivo não é o conhecimento técnico, mas o entendimento fisiológico do quadro
infantil discutido, servindo de subsídio para as orientações e esclarecimentos necessários para
a interação e aderência a tratamentos de forma correta e resolutiva por parte dos envolvidos.

A PEDIATRIA
O que é pediatria? Todo mundo acha que é uma especialidade médica. Mas por que é uma
especialidade médica?
Ela representa uma fase da infância e ao que acontece nesta fase.
Vamos pensar mais no assunto?
Colocamos a seguinte situação: uma moça, 25 anos, 1,48 mm e 45 kg e um garoto 11 anos,
1,48 mm, 45 kg. Por que ela não pode passar no pediatra e ele no clínico geral? Qual a
diferença se os dois têm o mesmo peso e a mesma altura?
Muitos pais se preocupam com o crescimento da criança e acabam não dando apoio ao
desenvolvimento infantil. Levando em conta que o ser humano leva 21 anos para amadurecer
plenamente, imagine o quanto a criança que está sob sua responsabilidade é imatura
funcionalmente.
O papel da pediatria é acompanhar, promover e cuidar deste desenvolvimento que vai do 29º
dia até os 11 anos, 11 meses e 29 dias. Até o 28º dia de nascido ela é de responsabilidade da
neonatologia e a criança é chamada de recém-nascida, aos 12 anos com o início da fase
hormonal é especialidade da hebiatria para cuidar da adolescência ou puberdade. Como quase
não existe médico especialista hebiatra formado no Brasil, então o adolescente passa para os
cuidados do clínico geral.
O papel da pediatria então é cuidar, promover e acompanhar o desenvolvimento e crescimento
infantil. O que não deve ser uma preocupação apenas dos profissionais de saúde, mas
principalmente de nós, pais. Crescimento todo mundo vê, mas ela por si só não representa
muito. Como se diz “tamanho não é documento”, ou seja, não prova nada.
Mas ao que corresponde este desenvolvimento?
Quando a criança esta no útero da mãe, o corpo vai ser formado, com todas as partes que vão
ser iguais a vida adulta, pernas, braços, pele, rins, fígado, coração, cérebro, etc. Quando a
criança sai, ela não está pronta ainda. Todas as funções do corpo ainda precisarão
amadurecer circulatório, cardíaco, renal, digestivo, respiratório, etc. E principalmente
imunológico e é por causa deste amadurecimento que a grande maioria das crianças vai parar
no pronto socorro. Os pais não entendem este processo e acabam causando ou agravando
problemas.
Guarde no seu coração!
O corpo usa alguns mecanismos de defesa, que nós chamamos de sintomas. Os mais comuns
são febre, dor, inflamação, vômito e diarréia. Há vários outros não tão aparentes como, por
exemplo, a vaso constrição periférica. Mas vamos nos preocupar neste entendimento. Vamos
falar sobre estes cinco mecanismos básicos de defesa do corpo – FEBRE, DOR,
INFLAMAÇÃO, VÔMITO E DIARREIA.

MECANISMOS DE DEFESA
Para que você possa ver como isso funciona vamos pensar no dia que você pegou o bebê na
maternidade. Nós da enfermagem damos o treinamento às mães e aos pais quando

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

participam, de como amamentar corretamente observando os benefícios efetivos para a mãe e


para o bebê, como dar banho no bebê, como segurar o bebê na banheira e sempre pedimos
para não deixar cair água nos ouvidinhos do bebê. Lembra? Por quê?
Sim, porque inflama e causa dor.
Inflamação e dor são mecanismos de defesa natural do corpo. A inflamação é como uma
barreira para não deixar os bichinhos ganharem terreno dentro do nosso corpo.
Então o que pode provocar o sistema de defesa do corpo de um bebê?
Lembrando, o bebê se formou fisicamente no útero da mãe, mas não está maduro
funcionalmente. A água que você deu banho no seu bebê era suja? Não. O Sistema
Imunológico da criança não conhece nada, mas não vai esperar para saber se aquilo que lhe
invade é bom ou ruim, vai iniciar sua defesa. O que tem na água é simplesmente desconhecido
e vai provocar uma ação de defesa, a inflamação. O que nós queremos é evitar que o Sistema
Imunológico do bebê seja provocado tão prematuramente.
Então, já sabe nada de água no ouvidinho do bebê, principalmente nos primeiro 28 dias, onde
o sistema de defesa está bem cru e vai dar um bom trabalho para resolver.
Você já deve ter notado que quando chega o fim de tarde, começo de noite, a criança
apresenta febre, dor de cabeça, dor de ouvido, dor de garganta, diarréia, vômito, entre outros
sintomas que agora reconhecemos como respostas imunológicas ou mecanismo de defesa.
Por quê?
Nosso corpo é uma obra perfeita e pelos processos que passou aprendeu a se adapitar para
manter a vida. Quando vamos dormir as pessoas acham que tudo dorme, mas na verdade só
parte do corpo entra em descanso e refazimento. O nosso cérebro vai trabalhar muito e isso é
importante. É quando vamos transformar as experiências do dia em conhecimentos e
lembranças. Mas para fazer, isto ele vai precisar de toda atenção. Assim, durante o sono o
cérebro vai ter atenção total para garantir oxigênio e energia. Quando o sol se põe, diminuindo
a força dos raios solares, nosso corpo sabe que é hora de dormir, o corpo vai descansa, mas o
cérebro vai trabalhar muito. Para que o cérebro trabalhe sem distrações o sistema imune faz
uma checagem completa e é quando ele encontra pequenos problemas e acaba utilizando
estes mecanismos básicos de defesa.

FEBRE É BOM OU FEBRE É RUIM?


Quem provoca a febre?
Como falei agora a pouco, quem provoca a febre é o Sistema Imunológico, visando aumentar a
proteção do corpo contra agentes externos potencialmente patogênicos (os que podem causar
doenças ao corpo) e no caso da criança pode ser simplesmente desconhecidos.
Para que possamos pensar, é bom saber.
Por que a temperatura do nosso corpo é de 36,5 a 37,5 graus, independentemente da idade?
Naquele processo que falei a pouco, onde nosso corpo aprendeu a se adaptar para garantir a
vida, mais na frente vou detalhar melhor através da PNL sobre aprendizado e desenvolvimento
cognitivo, o nosso corpo aprendeu que nesta temperatura, a maioria dos micro-organismos não
sobrevive, tanto é que quem controla a temperatura do nosso corpo é o Sistema Imunológico.
Então, se nós abaixamos a temperatura, será que estamos produzindo algo bom para a
criança?
Como Funciona?
Em nossa corrente sanguínea tem um agente do sistema de defesa chamado Macrófago. Não
se preocupe com o nome, poderíamos chamá-lo de Zé, o importante é saber que existe um
agente de defesa do nosso corpo que é linha de frente na defesa e este trabalho no sangue.
Quando entra em ação contra um agente desconhecido ou potencialmente patogênico, ele
libera outros agentes chamados Interleucinas. Vamos chamá-los simplesmente de IL para ficar

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mais fácil. As ILs então entram na corrente sanguínea e quando chega ao cérebro, na região
do hipotálamo, nosso Sistema Imunológico fica sabendo que os macrófagos, estão em luta
contra algum agente. A partir da chegada das ILs, o cérebro eleva a temperatura, para elevar a
proteção do corpo, aumenta a circulação sanguínea, para fazer com que os glóbulos brancos
cheguem mais rápido onde os macrófagos estão em luta e claro aumenta a produção dos
Glóbulos Brancos. Os Glóbulos Brancos, Leucócitos, são os principais agentes de defesa do
corpo, eles vão identificar o agente estranho, produzir a defesa contra ele e destruí-lo.
Para ser mais direto, o corpo eleva a temperatura para elevar a proteção térmica do corpo e
cozinhar um pouco mais os bichinhos invasores.
Guarde no seu coração! A temperatura é carro chefe do sistema imunológico.
Quando eu era criança, não tinha vídeo game, TV paga, celular e quando queríamos nos
divertir fazíamos coisas simples. Por exemplo, quando chovia íamos brincar na rua e quando
voltávamos prá casa, molhados da chuva, eu me lembro das broncas da mamãe e ela falava, -
Já pro banho quente pra não ficar com gripe. Ela estava certa, como já veremos.
Abaixar a temperatura, sem nenhum outro cuidado, pode ser prejudicial para a criança.
Principalmente quando os pais resolvem sacar de uma receita antiga algum medicamento,
como a Dipirona (Metamizol).
Mais para frente vamos falar um pouco mais sobre os antibióticos e a criança.
A receita do médico deve ser utilizada como foi prescrita e para aquela situação. Quando os
pais retiram de uma receita apenas uma medicação, é como ter vontade de comer bolo e sacar
da receita de bolo apenas a farinha de trigo, que não vai resolver sua vontade de comer bolo. A
dipirona é ótima para uma dor muscular no adulto depois de um dia de trabalho duro. Na
criança, só com receita médica. A dipirona vai inativar as ILs e, portanto, o cérebro vai deixar
de receber a informação de ataque e os glóbulos brancos vão deixar de aprender a defender o
corpo da criança. Alias várias medicações tem efeito nas ILs, o problema é que os pais não
sabem disso e acabam usando sem nenhum cuidado. Em verdade não existe medicação
santa, todas têm efeito colateral e só devem ser utilizadas com receita e orientação médica,
principalmente em crianças.
Espero que até aqui você já tenha chegado à conclusão que febre é bom. Mas por quê?
Porque aumenta a proteção do corpo da criança. Mas por ser a criança um ser em
amadurecimento, o sistema de controle da temperatura pode perder o controle e neste ponto a
febre é ruim, por que expõe a criança a um risco que vou falar mais para frente. A maioria dos
pais tem pânico da febre por causa da convulsão, mas estudos já provaram que a convulsão
febril não causa lesão, mas a cena não é agradável, há o risco de trauma durante a convulsão
e precisa ser evitada, devendo ser controlada a temperatura o mais rápido possível por outro
motivo.
Acredito que você já vacinou sua criança e que mantém seu caderno de vacina atualizado. Por
que você vacinou a criança? Claro, para protegê-la. Mas como funciona?
Em laboratório eles retiram a parte interior do vírus e deixam, por assim dizer, apenas a
capinha, a aparência do vírus, que vai ser colocado na corrente sanguínea da criança. Lá os
macrófagos, vão identificar o agente invasor, liberar as ILs que vão informar ao cérebro que vai
aumentar a circulação sanguínea e a produção de glóbulos brancos. Os glóbulos brancos, os
tais Leucócitos, vão chegar onde está os macrófagos e os agentes invasores que o
provocaram e então identificar, aprender a destruí-lo e finalmente destruí-lo. Quando o vírus de
verdade invadir, o sistema de defesa ele já sabe como se livrar dele.
Imagina uma pessoa que está aprendendo a escrever e na hora de escrever colocam outra
pessoa para escrever por ela. Ela vai aprender a escrever assim?
A febre, assim como outros mecanismos de defesa, representa um momento de aprendizado
ao corpo da criança e por tanto de desenvolvimento. Lembra-se da vacina. Lá nós sabemos

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contra qual agente nós estamos proporcionando o amadurecimento imunológico infantil. Aqui,
na febre, nós não vamos saber, mas será a mesma coisa. É hora dos pais darem apoio ao
sistema imunológico e assim ao desenvolvimento da criança.
Para que possamos compreender este procedimento de apoio, vamos pensar num momento
da nossa vida. Em uma noite fria, você foi dormir bem enrolado com sua coberta, mas de
madrugada a coberta foi dormir no chão e você passou um frio danado. Quando acordou
estava com o nariz escorrendo e a garganta pegando. Você até pensou que ia ficar gripado.
Como estava frio você resolveu se esquentar num bom banho quente e quando saiu do banho
estava novo em folha. Nem lembrava mais que achou que ia ficar gripado.
Apesar de o sistema imunológico ser o maior trabalhador do nosso corpo, sua principal
preocupação é com a temperatura e por vezes acaba diminuindo sua ação em outras funções,
como o controle microbiológico. Quando a temperatura fica alta demais ou baixa demais por
muito tempo, ele então faz isso. Quando você estava dormindo, sem coberta e sua temperatura
caiu demais e por muito tempo, seu sistema imunológico foi cuidar da temperatura do corpo e
diminuiu sua ação neste controle. Sentindo a oportunidade, os microrganismos aproveitaram e
se multiplicaram.
Qual é a região mais contaminada do nosso corpo?
Como a boca é o local mais contaminado do nosso corpo ela é a primeira a sentir com a
diminuição da ação deste controle. Também é perceptível esta baixa imunológica quando
estamos estressados ou cansados demais e para quem trabalho o dia todo em ar condicionado
em temperatura abaixo de 26 graus e desagasalhado.
Aquela madrugada, quando você foi tomar um bom banho quente para se esquentar, você
controlou a sua temperatura dentro do padrão normal e o seu sistema imunológico voltou seu
foco para aquilo que ele é competente e em cinco minutos você saiu do banho que nem
lembrava mais que achava que ia ficar gripado. Entendeu porque a mamãe estava certa?
Você precisou de cinco minutos para colocar a casa em ordem, seu sistema imunológico já
passou por tudo e continua a aprender, o da criança é imaturo, mais, não conhece nada e vai
reagir contra qualquer coisa que ele desconheça. A criança vai precisar de mais tempo.

CONTROLANDO A TEMPERATURA EM CASA


O banho para o apoio à criança é um pouco mais demorado, no mínimo 40 minutos e só vai ser
utilizado se a criança apresentar só febre sem nenhum outro sintoma. Na primeira noite de
febre, pelo menos, não é para usar dipirona. Chamamos de banho porque tem chuveiro, tem
água e tem banheiro, mas na não tem sabonete, por que na verdade é um Suporte ao
Desenvolvimento do Sistema Imunológico Infantil. Mas lembre-se, se a criança apresenta febre
com outro sintoma, não tem jeito, o sistema imunológico pode não dar conta, é pronto socorro.
Para isso é muito importante entender o procedimento. Já está entendido que o objetivo do
“banho” não é abaixar a temperatura e nem deixar a temperatura subir mais, principalmente
porque o sistema imunológico infantil, pela sua condição, pode perder o controle, então nosso
objetivo é assumir o controle da temperatura e deixar o sistema imunológico fazer o papel dele
que é aprender a produzir suas defesas. Quando o corpo resolver o problema, ele abaixa a
temperatura. Então nada de banho frio ou quente. A água do banho é morna, bem agradável.
Entre 30 e 33 graus.
Criança gosta de ficar parada? Você, como todo pai e mãe, costuma assistir os desenhos com
a criança e já percebeu que em quase todos, nas vezes que aparece uma criança tomando
banho ela tem brinquedos no banheiro? Então se lembre que criança não gosta de ficar
parada, mas adora brincar com água. Como nos desenhos e filmes estrangeiros, compre
alguns brinquedos de banheiro para sua criança. Vai ser muito mais fácil dar apoio ao seu
desenvolvimento enquanto ela brinca.

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Há algumas questões que é preciso esclarecer antes de continuarmos. Na internet, longe dos
materiais técnicos e científicos existem absurdos e acho fundamental, com base no que já
discutimos, esclarecermos, para não haver erros.
Nós, em alguns casos mais graves, utilizamos algumas condutas que só devem ser utilizadas
em ambiente hospitalar como compressa fria ou gelada em axilas e inguinal. Vejam, os
médicos tem bases fortes para determinar tal conduta e o caso é grave em outras áreas da
fisiologia, então esquece este procedimento em casa. Em ambiente hospitalar tem diversos
recursos para dar suporte em caso de mudança brusca do quadro, provocada por estas
condutas. Em casa o quadro é de um sistema imunológico em desenvolvimento, em ambiente
hospitalar é de doença mesmo e teremos muitos outros recursos à disposição.

ÁLCOOL PARA BAIXAR A TEMPERATURA?


Para compreender vamos precisar da química e da física, mas vai ser fácil. O Álcool é frio ou
quente?
Vamos colocar a seguinte situação, se você encostar um palito de fósforo aceso perto de um
pedaço de madeira, ele pega fogo rápido? Agora se você encostar um palito de fósforo em
uma vasilha com álcool ele demora pra pegar fogo? Então, como o álcool já é quente o ponto
de combustão dele já está próximo qualquer faísca e ele inflama. Já a madeira tem uma
temperatura muito menor, vai precisar de muito empenho para elevar a temperatura dela para
inflamar, mas os dois materiais são inflamáveis, isto é, pegam fogo. Tá bom, você está
pensado na sensação de gelado que sente quando passa o álcool na pele. E aí está o
problema em fazê-lo em casa. O que o álcool faz é roubar calor da sua pele, o que traz a
sensação de frio. Agora que vem o problema, vamos juntar as duas ações. O sistema
imunológico está tentando elevar a temperatura para aumentar o nível de proteção do corpo,
você passa álcool que rouba temperatura do corpo, então o sistema imunológico vai forçar
mais ainda a elevação da temperatura, o que pode provocar um aumento repentino da
temperatura saltando de 38 para 40 graus. Então, novamente, deixe isso para uma avaliação
técnica precisa e uma condução diferente em ambiente hospitalar. Em casa apenas o suporte
com o “banho” morno.
Ainda há cuidados no procedimento do “banho”. Para isso vamos usar o seu conhecimento do
dia a dia.
Vamos lembrar um dia que você pegou um ônibus ou seu carro e foi para a praia ou a casa de
um amigo com piscina ou um clube. Chegando lá, estava frio. Depois de tanto esforço você
resolveu entrar na água fria mesmo. Depois de um tempo, parece que você acostumou, não
foi? Mas vamos pensar mais um pouco. Por que, quando você esticou o braço para o lado,
puxou-o rapidamente? É que na verdade você não se acostumou. A matéria água em contado
e a matéria corpo trocaram de temperatura. Quando você entra na água a temperatura do seu
corpo cai, mas como seu sistema imunológico é competente, ele consegue manter seu corpo
em uma temperatura segura e a água em contato com sua pele vai esquentando e fica
agradável, bastante fácil de perceber isso quando sentamos em uma cadeira ou banco frio e
quando levantamos ele está quente, é o mesmo princípio. É o mesmo princípio que você usa
para esquentar a água para o café.
Então, imagine uma criança com febre em uma banheira com água morna, uns 30 graus, agora
você entende que não é fria nem quente, a criança com uns 38 ou 39 graus esquenta a água, a
água esquenta a criança e a temperatura vai continuar subindo. Por tanto a água é corrente,
tem que fluir pelo corpo provocando a troca de temperatura constante, principalmente em
pescoço, axilas e inguinal.
Não esqueça. Por quanto tempo utilizar este procedimento de suporte ao sistema imunológico
infantil, o “banho”? O tempo mais adequando é de no mínimo 40 minutos. Depois de 30

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minutos que saiu do banho, checar a temperatura novamente, em alguns casos pode ser
necessário um segundo suporte de mais 40 minutos. Agora, se depois de realizar o
procedimento uma segunda vez e a temperatura voltar a subir, é para levar a criança para o
pronto socorro. Sinal que o sistema imunológico dela não está dando conta e vc não vai ter que
esperar três noites cultivando bichinho dentro da sua criança para levá-la ao pronto socorro e
termos que usar medicações mais pesadas na criança.
Quando utilizar o “banho”? Sempre que a criança apresentar apenas febre, sem nenhum outro
sintoma. Agora se a criança apresentar febre com outros sintomas como febre com diarréia,
vômito, dor de garganta, barriga, ouvido e etc, levar a criança para avaliação médica.

FEBRE EM TÓRAX E ABDOME COM EXTREMIDADES FRIAS


Algumas vezes as crianças apresentam febre em abdome, tórax e cabeça, mas as pernas e
braços estão gelados. O sistema imune está trabalhando para elevar a temperatura, mas as
extremidades não são promovidas e ele continua a provocar a elevação. Isso é perigoso.
Principalmente neste caso, colocar a criança em banho morno vai equilibrar a temperatura
como um todo mais rápido e o sistema imunológico vai diminuir seu esforço de elevação.
Nestes quadros, o controle com o banho costuma ser mais rápido.
Então vamos voltar à pergunta.
Se nós abaixamos a temperatura, quem vai sair ganhando o corpo ou os bichinhos?
Ao abaixar a temperatura será que estamos produzindo algo bom para a criança?
Para você pensar!
Na primeira noite a criança apresenta só febre e você abaixa a temperatura com medicação
sem prescrição e nenhum outro cuidado. Beleza, a criança vai dormir sem febre. Segunda
noite. Apresenta febre novamente e você realiza mais procedimento e medicação para baixar a
febre e a criança dorme que é uma beleza. Finalmente na terceira noite a criança apresenta
outros sintomas como dor de ouvido, vômito ou diarréia por exemplo.
Não estamos ajudando em nada a criança e é por este mesmo motivo que não se usa
medicações do tipo da dipirona nas reações vacinais, pois estas reações são na verdade
resposta a provocação da vacina. É o corpo aprendendo a se defender e até lá vai usar
mecanismos básico de defesa. Depois de três noites seguidas abaixando a temperatura sem
nenhum outro cuidado é claro que a criança vai evoluir para febre com dor de ouvido, dor de
cabeça e assim por diante.
Percebe agora que o que você fez foi cultivar os bichinhos e enfraquecer o imunológico da
criança. Este erro pode provocar um aumento grande de micro-organismos e
conseqüentemente de uma infecção.
Naquela primeira noite, sem outros sintomas, era para ter dado o “banho”, o Suporte ao
Desenvolvimento do Sistema Imunológico Infantil. No máximo um paracetamol ou ibuprofeno
junto com o “banho”, uma gota por quilo e quando a febre abaixasse seria porque o
Imunológico da sua criança resolveu definitivamente o problema.
Para não haver duvidas. Quando a criança já apresenta outros sintomas, vai precisar de
diagnóstico e prescrição de receita médica para resolver o problema. É para levar ao pronto
socorro sim.
Lembre-se a receita médica, assim como a receita da cozinha tem diversos ingredientes, ou
medicamentos para alcançar um objetivo, aquele diagnosticado pelo médico e é válido para
aquela situação, para aquela criança. Nada de repetir receita médica velha ou de utilizá-la em
outras crianças que parecem ter os mesmo sintomas. A mesma criança tempos depois pode
apresentar os mesmo sintomas e ser um momento de desenvolvimento diferente exigindo uma
conduta diferente.

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A FEBRE NO PRONTO SOCORRO


Quanto à avaliação que nós enfermeiros fazemos no acolhimento e recepção das crianças em
Pronto Socorro ou Pronto Atendimento, agora você entende porque que febre não é
emergência? E por que a preocupação em fazer o controle da temperatura o mais breve
possível?
Ainda cabem alguns fatos.
A convulsão febril não é um evento comum a todas as crianças e se dá até no máximo os cinco
ou seis anos de idade, por aqueles motivos que vimos, a imaturidade funcional. Não é por
acaso que o calendário vacinal vai até esta idade.
Muitos pais se desesperam com a febre por causa da convulsão febril e os mais exaltamos
dizem logo, meu filho já convulsionou três vezes por febre e nós vamos medicá-la e fazer o
controle imediatamente. Mas o risco de seqüela por convulsão febril é mínima, o risco maior é
de trauma se não for dada a assistência correta na hora da convulsão. Claro a cena não é
bonita e devemos evitar. Mas para nós o motivo de medicarmos ao aferir a temperatura acima
de 38 é para evitar aquele problema que falamos antes. A temperatura subir demais e o
sistema imunológico ficar preocupado com a temperatura e os bichinhos se multiplicarem
podendo causar uma infecção séria. Mas pai e mãe, febre deve ser controlada e vai ser
medicado o mais breve possível, mas não é Emergência. Não há risco de lesão ou morte.
Passando pelo médico posteriormente para avaliação e diagnóstico com as orientações e
receituário médico adequado. E se você fizer, a partir de agora, a conduta certa, não vai
precisar ficar indo a pronto socorro no meio da madrugada.
Alguns médicos aceitam a dipirona pré entrada no PSI, já que ele vai dar uma medicação para
suprir o imunológico medicado para controle efetivo da temperatura, mas não se esqueça de
avisar que você deu dipirona antes de ter vindo ao PSI e os sintomas associados à febre. Não
esqueça também de informar se a criança tem alguma alergia. É muito importante para as
crianças que vão à escola ou creche ter uma cópia dos documentos e comprovante de
residência, cartão SUS e avisos importantes sobre a saúde da criança, como as alergias na
escola ou com quem cuida da criança na sua ausência. Elas estão em desenvolvimento e são
naturalmente curiosas o que pode proporcionar acidentes, faz parte. Se você só vai cuidar da
febre sem vir ao médico, sem a receita correta, prefira o SDII-Suporte ao Desenvolvimento
Imunológico Infantil conhecido como banho e no máximo o paracetamol ou o ibuprofeno.

INFLAMAÇÕES RESPIRATÓRIAS
Para começarmos, uma pergunta fundamental.
Inalação cura alguma coisa?
Não! Inalação não cura nada. Inalação é um procedimento de Suporte ao Desenvolvimento do
Sistema Respiratório/Ventilatório e ao Sistema Imunológico nos Pulmões. Bom, agora, para
chegarmos a entender o procedimento inalatório é importante entender a quem ele dá apoio. E
isso vai ajudar a compreender porque e como utilizar o procedimento inalatório como Suporte
ao Desenvolvimento Pulmonar Infantil, como você já aprendeu com o banho.
Você já aprendeu que a febre é um procedimento de defesa do corpo. Para compreender mais
um pouco, vamos falar da inflamação usada pelo corpo como mecanismo de defesa. No caso
das inflamações respiratórias devemos lembrar que toda inflamação produz secreção, produto
que vai ser necessário compreender para completar o conhecimento.
Vamos visualizar um pouco disto tudo no nosso dia a dia? As mulheres quando fazem as
unhas tem por hábito a retirada de uma pelezinha que circunda a unha, chamada de cutícula,
mas os rapazes apenas cortam as unhas. Será? Bom, não vou entrar em mérito do que é bom,
apenas o fato de que esta pele quando cresce ao lado das unhas costumam ficar pegando na

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roupa, o que faz com que você resolva dar uma mordidinha nesta pele e arrancar e... ops,
invariavelmente inflama, fica dolorido.
Agora vamos aos fatos fisiológicos. Quando você arrancou aquela pelezinha, acabou abrindo
uma porta para a corrente sanguínea, os bichinhos debaixo da unha aproveitaram e entraram
por esta porta, quando os macrófagos identificaram a invasão, iniciaram um processo de
defesa e cicatrização e ai começou a inflamação. A inflamação é mais ou menos assim. O
sistema de defesa identifica o agente invasor e inicia o processo de contenção do agente para
impedir que ele invada o restante do corpo e inicia a expulsão deste agente, que vai formar as
secreções. As secreções da inflamação, no seu dedo vão escorrer e você lava e ela sai.
Primeiro vamos pensar na inflamação provocada nos pulmões da criança. Como você já sabe,
a criança é uma pessoa em fase de desenvolvimento e quanto menor, menos o sistema
imunológico dela conhece.
Então qualquer coisa pode provocar o sistema imunológico da criança.
Lembra quando você pegou seu bebê na maternidade? Já falei disto. Mesmo não sendo
exatamente patogênico, mas podendo ser apenas desconhecido, faz com que o sistema
imunológico processe suas defesas, e como você já viu, a inflamação é um mecanismo de
defesa. Lembrou agora como é realmente importante não deixar cair água no ouvido da criança
tão imatura funcionalmente?
Agora que estamos falando de pulmões, assim como tem um agente de defesa na corrente
sanguínea, os macrófagos, tem um agente de defesa nos pulmões da mesma forma. E o que
pode provocar o sistema imunológico nos pulmões? Também, tudo. Fumaça, fuligem, poeira,
pó, pelos... E até o sistema imunológico delas amadurecer um pouco mais, qualquer coisa
pode provocá-lo. Então teremos um sistema imunológico provocado reagindo com inflamação e
produzindo secreção que não tem por onde sair, a não ser pela boca através da tosse. E como
o agente que provoca o sistema imunológico entra nos pulmões de forma espalhada, ela vai
produzir secreção espalhada nos pulmões. Você até ouve aquele som característico de
secreção, mas não sai, por mais que a tosse seja provocada, esforçada.
Mas nos pulmões, para onde vai a secreção da inflamação?
Para entender a ação da secreção nos pulmões vamos colocar a seguinte situação. Você já
encheu uma bexiga, aqueles balões de festa, com água? Agora coloque lado a lado, uma
bexiga cheia de ar e outra cheia de água. Qual é maior? Como o peso do líquido vai exigir mais
densidade da parede da bexiga, ela vai ter menos condição de encher. Por tanto a bexiga com
ar vai ser maior. Este mesmo efeito os pulmões sofrem, que são duas esponjas envolvidas por
duas bexigas com uma boca. E é por esta boca que a secreção vai ter de sair. Assim as
secreções nos pulmões, não vão permitir a expansão e os pulmões vão perder capacidade
aérea.
A primeira função da inalação está ai, devolver a capacidade aérea perdida para as secreções.
O Berotec e o Atrovent vão expandir alvéolos e vasos pulmonares. Já vamos falar do
sorofisiológico.
A coisa começa a complica, pois o segundo objetivo do procedimento inalação é liberar o
máximo a parte superior dos pulmões para realizar a troca de gases, oxigênio e gás carbônico.
Vou deixar um pouco mais específico assim mesmo, pois logo precisaremos deste
entendimento. A criança ficar deitada compromete esta troca e sem a troca destes gases nos
pulmões a respiração efetiva não acontece, aquela que alimenta de oxigênio todo o corpo.
Outro objetivo da inalação é permitir que o Sistema Imunológico continue trabalhando e
resolvendo o problema, aprendendo a se defender, por tanto vai continuar produzindo
secreções. E finalmente com a diluição das secreções escorrendo para a base dos pulmões,
provocarem a tosse e com a tosse expelir as secreções diluídas. Por tanto não é adequado a
inalação deitada ou deitar a criança após a inalação.

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Agora vamos ter que entender o mecanismo da tosse. Bom, os pulmões são duas grandes
esponjas que na verdade não se movimentam, são movimentadas. Em baixo dos pulmões tem
um músculo, o músculo que usamos para falar e respirar e é o músculo que é provocado na
tosse, o diafragma.
O diafragma esta em baixo dos pulmões e é ele que deve ser provocado para expelir, o
resultado da inflamação, a secreção. Então a posição para inalação é sentado, com o tronco a
pelo menos 45º.
Como o sistema imunológico ao final do dia, como já vimos, está mais ativo é o horário que
apresentamos febre e inicia a produção de secreção das inflamações respiratórias começando
por volta da 18hs ou 19hs e que se acumulam, no meio da noite, em maior quantidade
dificultando a troca de gases. O que vai fazer com que você resolva fazer a inalação na
criança para ela melhorar.
As 22hs ou 23hs com um acumulo de secreções bem grandes, você coloca sua criança para
fazer inalação e claro que ela melhora. O que faz com que vocês vão dormir. A criança está
deitada, o tórax na horizontal, você está dormindo e a criança está dormindo. Por volta das 4
ou 5hs da manhã ela acorda, com bastante dificuldade respiratória, maior do que na hora em
que fez a inalação no meio da noite.
O que aconteceu?
Depois da inalação, a capacidade aérea foi retomada, mas, com a criança deitada, a secreção
está diluída e escorreu, tomando novamente a parte posterior dos pulmões, agora de forma
igual. E isso vai complicar ainda mais. Como boa parte dos pulmões fica comprometida com as
secreções, diminui a troca de gases e por tanto a circulação de oxigênio. Lá pela 2hs da manhã
o cérebro, que está trabalhando muito, percebendo que diminuiu a quantidade de oxigênio para
ele, acaba ativando a respiração acessória, a criança passa a respirar pela boca.
Vamos pensar a respeito disso.
Para que serve o nariz? Sim o nariz tem três funções muito importantes. Aquecer, umedecer e
limpar o ar que vai aos pulmões. Se a criança passa a respirar pela boca, o ar vai entrar frio,
seco e sujo. Você já viu como a roupa no varal em dia frio, mas com vento, seca rápido?
Vamos fazer a seguinte experiência. Respire rápido pela boca. Ela ressecou, não foi? As
secreções, agora diluídas e espalhas na parte posterior dos pulmões, vão ressecar e impregnar
nos alvéolos, o que vai agravar a situação respiratória da sua criança, e às 5 horas ela acorda
pior do que antes de fazer a inalação à noite. Como a respiração acessória não foi efetiva para
garantir oxigênio para o cérebro ele vai conter a circulação de sangue para os órgãos nobres e
vai fechar as veias da periferia, braços, pernas e faces. Este processo é chamado de vaso
constrição periférica. Por isso a criança vai acordar, descorada, fraca e com dificuldade para
respirar, pior que antes da inalação. O PSI se enche todas as manhãs de crianças nestas
mesmas condições.
Esta situação acaba atrapalhando o desenvolvimento funcional dos pulmões e do sistema
imunológico nos pulmões tornando as inflamações recorrentes.
O sistema de defesa não aprende a que agentes está exposto e é sempre o remédio que
resolve o problema e este agente vai continuar desconhecido e vai continuar provocando o
sistema de defesa da forma mais básica, a inflamação. Imagina este procedimento sendo
realizado por anos em uma criança.
Quando a criança chegar à adolescência o clínico vai pedir para os pais da criança com
problemas inflamatórios recorrentes em vias respiratórias, conhecidas como bronquites, para
colocá-la na natação ou em um esporte. Mas isto cura doença respiratória? Não. O problema
não é de doença, mas de imaturidade do sistema respiratório que o esporte, principalmente a
natação vai provocar esta maturidade funcional.

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A inalação, por tanto, é um procedimento de suporte aos pulmões e deve ser realizado assim
para promover o seu desenvolvimento.

PROCEDIMENTO INALATÓRIO
Vamos enumerar alguns cuidados, agora que você consegue ver o funcionamento dos
pulmões.
Normalmente os médicos utilizam duas medicações para auxiliar os pulmões, uma vai dilatar
os vasos pulmonares e a outra vai dilatar os alvéolos fazendo com que haja um aumento da
capacidade de volume inspiratório e claro o soro fisiológico, que vai ajudar a diluir as secreções
que vão escorrer para a base dos pulmões, liberando a parte superior dos pulmões e
permitindo ao sistema imunológico continuar combatendo o agente identificado como
patogênico, aquele que pode provocar doenças, ou simplesmente não identificado, muito
comum em pediatria.
Nada de fazer inalação deitado. A tosse é provocada no diafragma e ele fica na base dos
pulmões. E a secreção diluída na base dos pulmões vai permitir que elas sejam eliminadas
mais facilmente. Muitas vezes as crianças engolem o resultado da tosse, mas não tem
problema, este “escarro” não faz mal ao estomago, nem à criança.
Mantenha a criança em 45º, no mínimo, mesmo que ela esteja dormindo. Tenha cuidado com
as crianças pequenas, principalmente ainda bebê, coloque um coxim apoiando o quadril para
que ela não escorregue, o tórax e o abdome fazem parte de um conjunto único ainda e ela
pode acabar ficando na horizontal.
Por vezes as pessoas acham que quando a criança chora é bom para a inalação. Será?
Durante a inspiração do choro o enchimento dos pulmões e por tanto dos alvéolos não é
completo e a medicação pode não chegar completamente aos pulmões. É preferível que a
criança esteja dormindo, não quer dizer deitada, para uma inspiração mais adequada.
Procure, na medida do possível, estimular a criança a fazer a inalação respirando pelo nariz.
Lembra? O nariz tem funções claras, aquecer, umedecer e limpar o ar que respiramos. Por isso
não há a necessidade aquecer o soro para a inalação, mesmo assim, nada de soro fisiológico
gelado. Mas se a dificuldade for grande é possível que seja necessário incentivá-la a uma
respiração pela boca, aumentando o volume de ar e a expansão pulmonar permitindo que a
medicação chegue cada vez mais aos tecidos e provocando sua expansão contínua.

O2 OU AR COMPRIMIDO?
Alguns pais brigam para fazer inalação com O2 e não com ar comprimido. Qual a diferença?
O ar comprimido hospitalar é tratado, mas tem a mesma composição de gazes do meio
ambiente com uma concentração de até 26% de oxigênio em sua composição. O O2 tem 100%
de oxigênio. A primeira vista parece melhor, mas vamos pensar com um pouco do que você já
aprendeu até aqui. A criança é um ser em processo de amadurecimento de suas funções,
incluímos aí a função respiratória. Se oferecermos sem necessidade para uma criança que
está fazendo uma boa troca de gazes, sem perda, o organismo vai, nestes 20 ou 30 minutos
que dura a inalação com cinco mililitros de soro fisiológico, se acostumar com esta oferta
abundante de oxigênio e quando retirado abruptamente pode causar uma descompensação e
provocar uma parada respiratória fisiológica. O que, se não levar a morte, pode causar
seqüelas permanentes. Por tanto, deixe o médico avaliar a necessidade da inalação com O 2.
Em pessoas que ficaram por longos períodos de tempo tratados apenas com O 2, elas passam
por um processo chamado desmame, onde o médico vai diminuindo gradativamente a
concentração de O2 em sua ventilação. Isto num adulto já maduro funcionalmente, agora
imagine em uma criança como é mais sensível ainda.

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CUIDADOS COM O INALADOR


O inalador que você usa em casa é um pequeno compressor e alguns cuidados são
importantes para que ele cumpra seu papel bem. Ele possui um filtro que precisa ser limpo
antes de ser utilizado, pois muitas vezes ele fica guardado por dias ou até meses sem uso e a
higienização dele é fundamental para que cumpra seu papel com segurança, filtrar o ar
comprimido para a inalação. O ar que ele vai comprimir é o ar ambiente. Por isso é importante
realizar a inalação longe de risco de contaminação deste ar. Nada de poeira, gente fumando,
fumaça. Evite deixar o inalado na altura do chão, as partículas mais pesadas do ar, que
formam a poeira costumam se juntar lá em maior quantidade. Coloque o inalador sobre uma
superfície limpa e longe do chão.

O VÔMITO
Outro mecanismo muito utilizado pelo sistema de defesa é o vômito, que também é um
parceiro da criança incompreendido pelos pais, que acabam complicando e causando mais dor
e sofrimento para a criança.
Apesar de simples, não é de simples condução. Vamos entender o que é e o que pode
provocar o sistema imunológico a utiliza do vômito como mecanismo de defesa e
principalmente como conduzir esta situação.
Para começarmos, o que pode provocar o sistema de defesa no sitema digestivo de uma
criança a se defender?
É! Como vimos tem muita coisa e por isto vou começar falando da amamentação. Como base
fisiológica o leite materno é muito mais adequado ao bebê que qualquer outro alimento,
lembrando às mães que tudo o que ela come vai para o bebê através do leite, por tanto
cuidado com o que come. Beba bastante água e coma legumes e verdura ricas em fibras. Falo
mais daqui a pouco quando falarmos de diarréia.
Quando a criança mama ela absorve tudo o que precisa para crescer e se desenvolver, mas
para não dar dor de cabeça, entenda. O processo passa por três fases. O começo do leite é
água, vai hidratar o bebê, a segunda fase é imunológica, vai ajudar a proteger o bebê e a
terceira fase é a alimentação propriamente dita, com as gorduras e proteinas. Então se você
ficar trocando de peito toda a hora, o bebe vai beber água e beber água e vai ficar chorando
toda ora de fome, sem contar que é com seu leite que o sistema digestivo do bebê dá os
primeiros passos para amadurecer suas funções.
O estômago não é a única parte do sistema digestivo e não é composto apenas por ácidos. Há
muito mais.
O sistema digestivo é um tubo único que começa pela boca e termina no reto. E tudo que entra
pela boca saí pelo reto. Há ainda diversos micro-organismos que trabalham em prol da
digestão e que habitam todo nosso trato digestivo.

O PROCESSO DO VÔMITO
Quando o sistema de defesa do estômago identifica algo inadequado ou desconhecido, ele
avisa o corpo que então provoca uma forte contração de todo o trato digestivo. Quando o
volume é grande ou em jato a coisa complica bastante.
Primeiro vamos lembra que não sai do estômago apenas o que lhe provocou, mas todo aquele
universo que o protegia e o ajudava na digestão.

PÂNCREAS E VESÍCULA BILIAR


Estas duas glândulas trabalham também pela digestão dos alimentos, o pâncreas secreta um
líquido amarelado e a vesícula um líquido esverdeado, ambas secretadas após o estômago, no
duodeno. Por tanto indo para os intestinos.

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Mas você já notou que quando apresentamos vômito em jato, em bom volume ou diversas
vezes, o vômito sai com estas cores? Sim, os intestinos também contraem no esforço do
vômito e para produzir esta contração os 17 metros de intestinos, no adulto, vão precisar de
muita energia. É claro que na criança é proporcional ao tamanho, mas exigem grande
demanda de energia em qualquer trabalho que realiza.
Mais um pequeno detalhe. Você já sentiu cólica intestinal?
Vamos lá.
Quando a criança apresentou o vômito ela esvaziou totalmente seu estômago, inclusive com o
que o protegia e vai levar um bom tempo para se refazer. Você pega e dá água para a criança
achando que assim vai reidratá-la, mas ela continua a apresentar vômito e desta vez descorou
dramaticamente referindo dor intensa.
Vamos juntar tudo isso.
Quando a água bateu no estômago desconstruído, ele por segurança colocou tudo para fora.
Mas para produzir a energia para contrair tudo, ele resgatou sangue da periferia braços,
pernas, faces, a famosa vaso constrição periférica. E a contração dos intestinos vai doer tanto
ou mais que a sua cólica. Seu filho está sofrendo por sua causa. E então ele vai começar a
apresentar o suco biliar e pancreático, pois o estômago está vazio mesmo.
Para se refazer, o estômago da criança pode precisar de até 48hs e criança nenhuma vai
agüentar um jejum de dois dias. Então ela vai precisar de apoio de medicação para acelerar o
funcionamento das glândulas para reconstruir o ambiente do estômago e claro para realizar o
esvaziamento completo de todo o trato digestivo e restabelecer a segurança do ambiente.
A partir do momento que a criança apresentou vômito com volume ou em jato é jejum e
médico. Vômito não é urgência nem emergência, mesmo quando os pais provocam tanta dor
para a criança, forçando ela a beber água. É só parar de dar água para a criança que a cor
volta e a dor desaparece.
Para ela reconstruir este ambiente natural do estômago e tudo ficar bem outra vez, ainda vai
um longo caminho que vai muito além da alta e retorno para casa.
Vamos continuar!
O médico vai prescrever uma medicação que vai acelerar o processo de reconstrução do
aparelho digestivo. É importante entender. O estômago é apenas uma parte o tubo que
começa na boca e termina no reto e é um tubo único. A medicação vai provocar alguns efeitos
colaterais, pois na boca tem algumas glândulas que fazem parte do sistema digestivo. Lembra?

BALAS, CHICLETES E VÔMITO


No processo, a boca vai ficar amarga e os lábios vão ficar secos, a criança vai sentir sede e até
fome, mas não pode por nada na boca. Com a medicação em ação a boca vai ficar sensível, se
a criança colocar qualquer coisa na boca, não mais por causa apenas do estomago, mas por
causa desta sensibilidade na boca, ela vai vomitar de novo e teremos que começar tudo outra
vez. Então, por até 40 minutos após a medicação, nada pela boca. Após estes 40 minutos a
criança vai tomar um soro, do mesmo tipo daquele caseiro, água, sal e açúcar. Se o estômago
não reclamar e devolver tudo é sinal que começamos bem. Isso mesmo, começamos! Pois a
dieta esta liberada, mas não é livre. A criança ainda vai precisar de 24 horas para ter seu
aparelho digestivo em ordem outra vez. Se você sai do PSI e querendo agradar sua criança,
compra um salgadinho, refrigerante ou iogurte, saiba. Ela vai comer em uma esquina e vomitar
na outra. Você vai voltar ao PSI querendo brigar com o médico, mas você que pisou na bola.
Se de noite na sua casa você der uma dieta pesada com gordura para a criança, ela vai
vomitar e você vai voltar ao PSI querendo brigar com o médico, mas foi você que pisou na
bola. Então, ajude o sistema digestivo da sua criança a se desenvolver com segurança, dieta
leve, rica em fibra e água, por 24 horas após a alta.

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A DIARRÉIA
A diarréia também, como já disse, é um mecanismo de defesa do corpo e também como você
já viu, como o sistema de defesa da criança está em desenvolvimento ela pode reagir contra
qualquer coisa, então muito cuidado com o que você coloca na dieta da criança e com as
mamadeiras e as chupetas.
Quando a criança apresenta diarréia, sem vômito é importante dar água para a criança. Mas se
qualquer coisa pode provocar a diarréia, como ela funciona?
Primeiro você precisa entender qual a função dos intestinos. Os intestinos são na verdade a
rede principal da digestão e em cada parte dele é realizada a transformação da dieta e a sua
absorção para a manutenção da vida. Cada parte dos intestinos é especializada em um tipo de
nutriente ou da água que vai ser transformado e encaminhado para o sangue para ser enviado
para as células, garantido a nossa vida.
Quando o sistema de defesa do estômago não expulsa um agente e ele passa para os
intestinos e é identificado, para evitar que ele vá para a corrente sanguínea toda a absorção de
nutrientes e líquidos é cancelada e a contração intestinal é intensificada para expulsar este
agente.
O que determina a urgência ou emergência na diarréia e no vômito?
Partindo do princípio que um adulto tem em média 6 litros de sangue circulante, pesando mais
ou menos 70 quilos, imagine quanto de sangue tem uma criança. A perda de líquidos pode
representar perda de volume neste sangue, então se a criança apresenta diarréia ou vômito
por mais de 72 horas, é emergência. Mas acredito que agora você não vai esperar tanto tempo.
Pensando que o tubo digestivo é único, a diarréia tem as mesmas preocupações do vômito
quanto a seu restabelecimento. Depois da alta, dieta leve, para não provocar diarréia
novamente e é bom beber muito líquido nos dois casos, no restabelecimento.

ORIENTAÇÃO NUTRIÇÃO INFANTIL


Sr(a) Enfermeiro (a), como a condição nutricional está diretamente vinculado a saúde da
criança anexamos aqui alguns conteúdos fundamentais para que seja orientada a mãe o pai
para uma compreensão dos reais benefícios da amamentação exclusiva e malefícios dos
desmame precoce além do uso inadequado de acessórios como chupetas e mamadeiras.

AMAMENTAÇÃO
Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação
profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua
habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e
emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.
Apesar de todas as evidências científicas provando a superioridade da amamentação sobre
outras formas de alimentar a criança pequena, e apesar dos esforços de diversos organismos
nacionais e internacionais, as taxas de aleitamento materno no Brasil, em especial as de
amamentação exclusiva, estão bastante aquém do recomendado, e o profissional de saúde
tem um papel fundamental na reversão desse quadro. Mas para isso ele precisa estar
preparado, pois, por mais competente que ele seja nos aspectos técnicos relacionados à
lactação, o seu trabalho de promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem sucedido
se ele não tiver um olhar atento, abrangente, sempre levando em consideração os aspectos
emocionais, a cultura familiar, a rede social de apoio à mulher, entre outros. Esse olhar
necessariamente deve reconhecer a mulher como protagonista do seu processo de
amamentar, valorizando-a, escutando-a e empoderando-a.

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TIPOS DE ALIMENTOS MATERNOS


• Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite
materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem
outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo
vitaminas,sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos.
• Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite
materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás,
infusões),sucos de frutas e fluidos rituais.
• Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama
ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos.
• Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do
leite materno, qualquer alimento sólido ou semi-sólido com a finalidade
decomplementá-lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode
receber,além do leite materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado
alimento complementar.
• Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite
materno e outros tipos de leite.

DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO
Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento
materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais.
Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses
podendo,inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros
alimentos está associada a:
• Maior número de episódios de diarréia;
• Maior número de hospitalizações por doença respiratória;
• Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem
nutricionalmenteinferioresao leite materno, como, por exemplo, quando os
alimentos são muito diluídos;
• Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o
zinco;
• Menor eficácia da lactação como método anticoncepcional;
• Menor duração do aleitamento materno.

IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO


São vários os argumentos em favor do aleitamento materno:
Evita mortes infantis
Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que protegem contra
infecções,ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas. Estima-se que o
aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todoo
mundo, por causas preveníveis. Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a
amamentação tem na redução das mortes de crianças menoresde5 anos. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef, em torno de seis milhões de vidas de
crianças estão sendo salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação
exclusiva.
A proteção do leite materno contra mortes infantis é maior quanto menor é a criança.
Evita diarréia

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O leite materno protege contra a diarréia, principalmenteem crianças mais pobres. É importante
destacar que essa proteção pode diminuir quando o aleitamento materno deixa de ser
exclusivo. Oferecer à criança amamentada água ou chás, prática considerada inofensiva até
pouco tempo atrás, pode dobrar o risco de diarréia nos primeiros seis meses.
Crianças não amamentadas têm um risco três vezes maior de desidratarem e de morrerem por
diarréia quando comparadas com as amamentadas.
Evita infecção respiratória
A amamentação diminui a gravidade dos episódios de infecção respiratória, a chance de uma
criança não amamentada internar por pneumonia nos primeiros três meses foi
Diminui o risco de alergias
Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida diminui
o risco de alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de
alergias, incluindo asma e sibilos recorrentes.
Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes
Não só o indivíduo que é amamentado adquire proteção contra diabetes, mas também a
mulher que amamenta.
A exposição precoce ao leite de vaca (antes dos quatro meses) é considerada um importante
determinante do Diabetes mellitus Tipo I, podendo aumentar o risco de seu aparecimento em
50%. Estima-se que 30% dos casos poderiam ser prevenidos se 90% das crianças até três
meses não recebessem leite de vaca.
Melhor nutrição
Por ser da mesma espécie, o leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o
crescimento e o desenvolvimento ótimos da criança pequena, além de ser mais
bem digerido, quando comparado com leites de outras espécies. O leite materno é capaz de
suprir sozinho as necessidades nutricionais da criança nos primeiros seis meses e continua
sendo uma importante fonte de nutrientes no segundo ano de vida, especialmente de
proteínas, gorduras e vitaminas.
Efeito positivo na inteligência
Há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo. A
maioria dos estudos conclui que as crianças amamentadas apresentam vantagem nesse
aspecto quando comparadas com as não amamentadas, principalmente as com baixo peso de
nascimento. Essa vantagem foi observada em diferentes idades, inclusive em adultos.
Melhor desenvolvimento da cavidade bucal
O exercício que a criança faz para retirar o leite da mama é muito importante para
o desenvolvimento adequado de sua cavidade oral, propiciando uma melhor conformação do
palato duro, o que é fundamental para o alinhamento correto dos dentes e uma boa oclusão
dentária.
Quando o palato é empurrado para cima, o que ocorre com o uso de chupetas e mamadeiras,
o assoalho da cavidade nasal se eleva, com diminuição do tamanho do espaço reservado para
a passagem do ar, prejudicando a respiração nasal.
Assim, o desmame precoce pode levar à ruptura do desenvolvimento motor-oral
adequado, podendo prejudicar as funções de mastigação, deglutição, respiração e articulação
dos sons da fala, ocasionar má-oclusão dentária, respiração bucal e alteração motora-oral.
Proteção contra câncer de mama
Já está bem estabelecida a associação entre aleitamento materno e redução na
prevalência de câncer de mama. Estima-se que o risco de contrair a doença diminua
4,3% a cada 12 meses de duração de amamentação. Essa proteção independe de idade,etnia,
paridade e presença ou não de menopausa.
Evita nova gravidez

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A amamentação é um excelente método anticoncepcional nos primeiros seis meses


após o parto (98% de eficácia), desde que a mãe esteja amamentando exclusiva ou
predominantemente e ainda não tenha menstruado. Estudos comprovam que a ovulação nos
primeiros seis meses após o parto está relacionada com o número de mamadas; assim, as
mulheres que ovulam antes do sexto mês após o parto em geral amamentam menos vezes por
dia que as demais.
Menores custos financeiros
Não amamentar pode significar sacrifícios para uma família com pouca renda. Em
2004, o gasto médio mensal com a compra de leite para alimentar um bebê nos primeiros seis
meses de vida no Brasil variou de 38% a 133% do salário-mínimo, dependendo da marca da
fórmula infantil. A esse gasto devem-se acrescentar custos com mamadeiras,bicos e gás de
cozinha, além de eventuais gastos decorrentes de doenças, que são mais comuns em crianças
não amamentadas.
Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho
Acredita-se que a amamentação traga benefícios psicológicos para a criança e para
a mãe. Uma amamentação prazerosa, os olhos nos olhos e o contato contínuo entre
mãe e filho certamente fortalecem os laços afetivos entre eles, oportunizando intimidade,troca
de afeto e sentimentos de segurança e de proteção na criança e de autoconfiança e de
realização na mulher.
Amamentação é uma forma muito especial de comunicação entre a mãe e o bebê e
uma oportunidade de a criança aprender muito cedo a se comunicar com afeto e confiança.
Melhor qualidade de vida
O aleitamento materno pode melhorar a qualidade de vida das famílias, uma vez
que as crianças amamentadas adoecem menos, necessitam de menos atendimento
médico,hospitalizações e medicamentos, o que pode implicar menos faltas ao trabalho dos
pais, bem como menos gastos e situações estressantes. Além disso, quando a amamentação é
bem sucedida, mães e crianças podem estar mais felizes, com repercussão nas relações
familiares e, conseqüentemente, na qualidade de vida dessas famílias.

TÉCNICA PARA AMAMENTAÇÃO


Apesar de a sucção do bebê ser um ato reflexo, ele precisa aprender a retirar oleite do peito de
forma eficiente. Quando o bebê pega a mama adequadamente – o que requer uma abertura
ampla da boca, abocanhando não apenas o mamilo, mas também parte da aréola –, forma-se
um lacre perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formação do vácuo, indispensável para
que o mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca do bebê.
A língua eleva suas bordas laterais e a ponta, formando uma concha (canolamento) que leva o
leite até a faringe posterior e esôfago, ativando o reflexo de deglutição. A retirada do leite
(ordenha) é feita pela língua, graças a um movimento peristáltico rítmico da ponta da língua
para trás, que comprime suavemente o mamilo. Enquanto mama no peito, o bebê respira pelo
nariz, estabelecendo o padrão normal de respiração nasal.
O ciclo de movimentos mandibulares (para baixo, para frente, para cima e para trás) promove o
crescimento harmônico da face do bebê.
A técnica de amamentação, ou seja, a maneira como a dupla mãe/bebê se posiciona para
amamentar/mamar e a pega/sucção do bebê são muito importantes para que o bebê consiga
retirar, de maneira eficiente, o leite da mama e também para não machucar os mamilos.
Uma posição inadequada da mãe e/ou do bebê na amamentação dificulta o posicionamento
correto da boca do bebê em relação ao mamilo e à aréola, resultando no que se denomina de
“má pega”. A má pega dificulta o esvaziamento da mama, levando a uma diminuição da
produção do leite. Muitas vezes, o bebê com pega inadequada nãoganha o peso esperado

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apesar de permanecer longo tempo no peito. Isso ocorre porque, nessa situação, ele é capaz
de obter o leite anterior, mas tem dificuldade de retiraro leite posterior, mais calórico.

PEGA ADEQUADA OU BOA PEGA


Duração das mamadas
O tempo de permanência na mama em cada mamada não deve ser fixado, haja vista que o
tempo necessário para esvaziar uma mama varia para cada dupla mãe/bebê e,numa mesma
dupla, pode variar dependendo da fome da criança, do intervalo transcorrido desde a última
mamada e do volume de leite armazenado na mama, entre outros.
O mais importante é que a mãe dê tempo suficiente à criança para ela esvaziar
adequadamente a mama. Dessa maneira, a criança recebe o leite do final da mamada, que é
mais calórico, promovendo a sua saciedade e, conseqüentemente, maior espaçamento entre
as mamadas. O esvaziamento das mamas é importante também para o ganho adequado de
peso do bebê e para a manutenção da produção de leite suficiente para atenderàs demandas
do bebê.

ASPECTO DO LEITE
Muitas mulheres se preocupam com o aspecto de seu leite. Acham que, por ser transparente
em algumas ocasiões, o leite é fraco e não sustenta a criança. Por isso, é importante que as
mulheres saibam que a cor do leite varia ao longo de uma mamada e também com a dieta da
mãe.
O leite do início da mamada, o chamado leite anterior, pelo seu alto teor de água, tem aspecto
semelhante ao da água de coco. Porém, ele é muito rico em anticorpos. Jáo leite do meio da
mamada tende a ter uma coloração branca opaca devido ao aumento da concentração de
caseína. E o leite do final da mamada, o chamado leite posterior, é mais amarelado devido à
presença de betacaroteno, pigmento lipossolúvel presente na cenoura, abóbora e vegetais de
cor laranja, provenientes da dieta da mãe.
O leite pode ter aspecto azulado ou esverdeado quando a mãe ingere grande quantidade de
vegetais verdes.
Não é rara a presença de sangue no leite, dando a ele uma cor amarronzada. Esse fenômeno
é passageiro e costuma ocorrer nas primeiras 48 horas após o parto. É mais comum em
primíparas adolescentes e mulheres com mais de 35 anos e deve-se ao rompimento de
capilares provocado pelo aumento súbito da pressão dentro dos alvéolos mamários na fase
inicial da lactação. Nesses casos, a amamentação pode ser mantida, desde que o sangue não
provoque náuseas ou vômitos na criança

MANUTENÇÃO DA AMAMENTAÇÃO
Alimentação da nutriz
Para a produção do leite, é necessária a ingestão de calorias e de líquidos além do habitual.
Por isso, durante o período de amamentação, costuma haver um aumento do apetite e da sede
da mulher e também algumas mudanças nas preferências alimentares.
Acredita-se que um consumo extra de 500 calorias por dia seja o suficiente, pois a maioria das
mulheres armazena, durante a gravidez, de 2kg a 4kg para serem usados na lactação.
Fazem parte das recomendações para uma alimentação adequada durante a lactação os
seguintes itens:
• Consumir dieta variada, incluindo pães e cereais, frutas, legumes, verduras,
derivados do leite e carnes;
• Consumir três ou mais porções de derivados do leite por dia;
• Esforçar-se para consumir frutas e vegetais ricos em vitamina A;

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• Certificar-se de que a sede está sendo saciada;


• Evitar dietas e medicamentos que promovam rápida perda de peso (mais e 500g
por semana);
• Consumir com moderação café e outros produtos cafeinados.

RETORNO DA MÃE AO TRABALHO


O trabalho materno fora do lar pode ser um importante obstáculo à amamentação, em especial
a exclusiva. A manutenção da amamentação nesse caso depende do tipo de ocupação da
mãe, do número de horas no trabalho, das leis e de relações trabalhistas, do suporte ao
aleitamento materno na família, na comunidade e no ambiente de trabalho e,em especial, das
orientações dos profissionais de saúde para a manutenção do aleitamento materno em
situações que exigem a separação física entre mãe e bebê.
Para as mães manterem a lactação após retornarem ao trabalho, é importante que o
profissional de saúde estimule os familiares, em especial o companheiro, quando presente,a
dividir as tarefas domésticas com a nutriz e oriente a mãe trabalhadora quanto a algumas
medidas que facilitam a manutenção do aleitamento materno, listadas a seguir:
Antes do retorno ao trabalho
• Manter o aleitamento materno exclusivo;
• Conhecer as facilidades para a retirada e armazenamento do leite no local de
trabalho (privacidade, geladeira, horários);
• Praticar a ordenha do leite (de preferência manualmente) e congelar o leite
Após o retorno ao trabalho
• Amamentar com freqüência quando estiver em casa, inclusive à noite;
• Evitar mamadeiras; oferecer a alimentação por meio de copo e colher;
• Durante as horas de trabalho, esvaziar as mamas por meio de ordenha e
guardar o leite em geladeira. Levar para casa e oferecer à criança no mesmo dia
ou no dia seguinte ou congelar. Leite cru (não pasteurizado) pode ser
conservado em geladeira por 12 horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias;
• Para alimentar o bebê com leite ordenhado congelado, este deve ser
descongelado, de preferência dentro da geladeira. Uma vez descongelado, o
leite deve ser aquecido em banho-maria fora do fogo. Antes de oferecê-lo à
criança, ele deve ser agitado suavemente para homogeneizar a gordura;
• Realizar ordenha, de preferência manual, da seguinte maneira;
• Dispor de vasilhame de vidro esterilizado para receber o leite, preferencialmente
vidros de boca larga com tampas plásticas que possam ser submetidos à fervura
durante mais ou menos 20 minutos. Procurar um local tranqüilo para esgotar o
leite;
• Prender os cabelos;
• Usar máscara ou evitar falar, espirrar ou tossir enquanto estiver ordenhando o
leite;
• Ter à mão pano úmido limpo e lenços de papel para limpeza das mãos;
• Lavar cuidadosamente as mãos e antebraços. Não há necessidade de lavaros
seios freqüentemente;
• Secar as mãos e antebraços com toalha limpa ou de papel;
• Posicionar o recipiente onde será coletado o leite materno (copo, xícara, caneca
ou vidro de boca larga) próximo ao seio;
• Massagear delicadamente a mama como um todo com movimentos circulares
da base em direção à aréola;

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• Procurar estar relaxada, sentada ou em pé, em posição confortável. Pensar no


bebê pode auxiliar na ejeção do leite;
• Curvar o tórax sobre o abdômen, para facilitar a saída do leite e aumentar o
fluxo;
• Com os dedos da mão em forma de “C”, colocar o polegar na aréola ACIMA do
mamilo e o dedo indicador ABAIXO do mamilo na transição aréolamama, em
oposição ao polegar, sustentando o seio com os outros dedos;
• Usar preferencialmente a mão esquerda para a mama esquerda e a mão direita
para a mama direita, ou usar as duas mãos simultaneamente (uma em cada
mama ou as duas juntas na mesma mama – técnica bimanual);
• Pressionar suavemente o polegar e o dedo indicador, um em direção ao outro, e
levemente para dentro em direção à parede torácica. Evitar pressionar demais,
pois pode bloquear os ductos lactíferos;
• Pressionar e soltar, pressionar e soltar. A manobra não deve doer se a técnica
estiver correta. A princípio o leite pode não fluir, mas depois de pressionar
algumas vezes o leite começará a pingar. Poderá fluir em jorros se o reflexo de
ocitocina for ativo;
• Desprezar os primeiros jatos, assim, melhora a qualidade do leite pela redução
dos contaminantes microbianos;
• Mudar a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as áreas;
• Alternar a mama quando o fluxo de leite diminuir, repetindo a massagem e o
ciclo várias vezes. Lembrar que ordenhar leite de peito adequadamente leva
mais ou menos 20 a 30 minutos, em cada mama, especialmente nos primeiros
dias, quando apenas uma pequena quantidade de leite pode ser produzida;
• Podem ser ordenhados os dois seios simultaneamente em um único vasilhame
de boca larga ou em dois vasilhames separados, colocados um embaixo de
cada mama.
• O leite ordenhado deve ser oferecido à criança de preferência utilizando-se
copo, xícara ou colher. Para isso, é necessário que o profissional de saúde
demonstre como oferecer o leite à criança. A técnica recomendada é a seguinte:
• Acomodar o bebê desperto e tranqüilo no colo, na posição sentada ou semi-
sentada, sendo que a cabeça forme um ângulo de 90º com o pescoço;
• Encostar a borda do copo no lábio inferior do bebê e deixar o leite maternotocar
o lábio. O bebê fará movimentos de lambida do leite, seguidosde deglutição;
• Não despejar o leite na boca do bebê.

OS ALIMENTOS ARTIFICIAIS NO DIA A DIA DA CRIANÇA E OS CUIDADORES


Na formação da estrutura física e fisiológica da criança, como o sistema imunológico, a
alimentação é fundamental para o adequado desenvolvimento. “A amamentação exclusiva tem
todos os nutrientes e líquidos necessários para o desenvolvimento do bebê e deve ser
incentivado pelos primeiros seis meses e mantido como coadjuvante até os 2 anos podendo
ser mantido até os cinco anos”, diz a nutricionista Maria Adelaide. Na verdade a correria do dia
a dia faz com que pais e cuidadores incluam na dieta da criança, cada vez mais, alimentos
artificiais. Este complexo tipo de alimento é carregado de conservantes, corantes, e outros
agentes artificiais, além de serem altamente calóricos.
O ideal será a boa educação alimentar na infância com verduras, legumes, frutas, carnes (de
preferência cozidas ou assadas) e sucos naturais para não ser obrigado a uma reeducação
alimentar na vida adulta, geralmente, por condições patológicas instaladas.

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SALGADINHOS E TV
Para facilitar a vida nas grandes cidades está cada vez mais comum os pais colocarem as
crianças na frente da babá eletrônica, TV ou vídeo game, com montes de salgadinhos
industrializados. A tarefa de mandar lanches para a escola é facilitada nos supermercados,
pois não há tempo para fazer uma salada ou cozinhar outros integrantes de uma dieta
equilibrada.
Só a mudança no estilo de vida resolve 95% dos casos de hipertensão infantil idiopática, ou
seja, sem causa determinada. Incluir atividade física no dia-a-dia e alimentos saudáveis, além
de retirar o excesso de sal nas refeições, é o primeiro passo para manter a pressão arterial no
nível adequado.
O Dr. Foronda aconselha a substituição do videogame e tv por outras atividades. “Os jogos
promovem uma neuroestimulação que pode aumentar a carga de estresse e ainda colaboram
para que crianças e adolescentes fiquem cada vez mais sedentários”, explica. Os melhores
exercícios para essa fase, segundo o Dr. Mesquita, são a caminhada, o ciclismo e a natação.

ÁGUA E REFRIGERANTES
A substituição da água por refrigerante ou sucos artificiais adoçados também vêm sendo
fortemente empregado para agilizar a vida dos pais e cuidadores.
A soma do uso de salgadinhos e refrigerantes de forma diária está se tornando fator formador
de jovens hipertensos e diabéticos, geralmente secundários a obesidade. Aliás, o obeso jovem
brasileiro tem uma peculiaridade, a anemia.
Síndrome metabólica é a associação de diversas doenças que se associam à obesidade, entre
elas, alterações do metabolismo de glicose (resistência insulínica, intolerância à glicose),
aumento da pressão arterial (hipertensão) e aumento das taxas de gordura no sangue
(dislipidemia). A ocorrência de síndrome metabólica está associada a aumento de risco para
diabetes tipo 2 (DM 2) e doenças cardiovasculares, entre elas, o derrame. Se antes era
considerada uma doença tipicamente de adulto, com o aumento das taxas de obesidade infantil
e em adolescentes, a presença de síndrome metabólica se faz em idades cada vez mais
precoces.

CONSELHOS PARA PAIS E FILHOS


Os adultos são o exemplo de como serão as crianças, desta forma é importante a reeducação
de hábitos nos país e cuidadores, para fortalecer a educação nas crianças. Vale a máxima que
diz, “É com o exemplo que aprendemos”.
• Mantenha hábitos alimentares saudáveis
• Diminua o consumo de sal
• Deixe de ingerir gorduras saturadas
• Faça atividade física regularmente
• Não fume

PREVENÇÃO COMEÇA NA INFÂNCIA


O melhor tratamento é a prevenção na infância. Dietas balanceadas e hábitos alimentares
saudáveis são o primeiro passo para manter o peso ideal. Os exercícios físicos também devem
ser estimulados nessa fase.
No tratamento, a primeira conquista é que o paciente tome consciência de que a obesidade é
uma doença que pode causar várias outras. A mudança de hábitos e, principalmente, a
reeducação alimentar são imprescindíveis para que o tratamento seja eficaz. “Não podemos
esquecer-nos das atividades físicas. Apesar dos pacientes resistirem é preciso sair da inércia”,
alerta o endocrinologista, Dr. Ricardo Botticini Peres.

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ALIMENTAÇÃO PRÉ-ESCOLAR: 2 AOS 7 ANOS


Esta fase é muito importante para a formação dos hábitos alimentares da criança, portanto
fique atenta para não oferecer somente alimentos preferidos por eles. Observe as seguintes
situações:
• A CRIANÇA SE RECUSA A ACEITAR NOS ALIMENTOS: Ofereça o novo
alimento em torno de 8 a 10 vezes. Apresente-o em diferentes situações,
formato e temperatura variados, para ter certeza de que o seu filho não gosta.
• O APETITE DA CRIANÇA VARIA MUITO: O cansaço, o calor do verão e
guloseimas mudam o apetite da criança. Além disso, nesta fase, a criança esta
descobrindo o mundo, e é normal que ela não se interesse tanto por comida.
• A PREFERÊNCIA DA CRIANÇA SÃO OS ALIMENTOS DE SABOR DOCE E
MUITO CALÓRICOS: Gostar de alimentos doces é próprio de qualquer ser
humano! Coloque limites quanto ao horário e quantidade. Educar o paladar
nesta fase é fundamental para toda a vida. Para isso, diminua a quantidade de
açúcar nas receitas.
• A CRIANÇA POSSUI MECANISMOS INTERNOS DE SACIEDADE, que
determinam a quantidade de alimentos que ela necessita. Quando ela já se
servir sozinha, os pais devem permitir que ela saiba o momento de parar de
comer.
• RELAÇÕES MÃE-FILHO: A criança pode chamar atenção de algo que não está
bem pela alimentação. Procure reconhecer se seu filho não está com fome ou se
está esperando por outro alimento como guloseimas.
• RECOMPENSA E CASTIGOS: Não valem a pena para forçar a criança a comer.
Pelo contrário, eles podem reforçar a recusa do alimento.
• REFEIÇÕES PRINCIPAIS E LANCHES: Devem ter horário fixo! Os intervalos
entre as refeições devem ocorrer entre 2 ou 3 horas. Evite deixar a criança
comer toda hora.
• A PORÇÃO: Deve ser adequada à aceitação da criança. Ofereça pequena
quantidade e pergunte se a criança quer mais. E não use a sobremesa como
recompensa! Água ou suco podem ser oferecidos após as refeições!
• SALGADINHOS E BALAS: Proibir pode despertar ainda mais a vontade! O
consumo destes alimentos deve ser observado com muito critério.

A CHUPETA E OUTROS BICOS NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL


O uso da chupeta pode acarretar o desmame precoce. O bebê pode deixar de sugar o peito
por causa da chupeta. Isso acontece porque a posição da língua na amamentação é diferente
da posição de quando se suga a chupeta. “Como sugar a chupeta é mais fácil, na hora da
amamentação o bebê colocará a língua na posição da sucção da chupeta e não conseguirá
retirar o leite, chorando de fome e rejeitando o peito”, explica a fonoaudióloga Jamile Elias.
A sucção da chupeta deixa os músculos das bochechas, lábios e língua flácidos, sem força.
Isso trará prejuízos na mastigação e deglutição. A criança não conseguirá mastigar os
alimentos mais consistentes, tendo que a mamãe amassar bem os alimentos ou bater tudo no
liquidificador, e isso não é nada bom.
O desenvolvimento da fala também será afetado já que a criança não terá força na musculatura
para executar alguns sons. Um exemplo clássico é o personagem dos quadrinhos Cebolinha,
que troca o “R” pelo “L”.
Outra conseqüência que a chupeta traz é a alteração da arcada dentária como a mordida
aberta e a mordida cruzada. A criança fica com os dentes tortos e com a face desarmônica, isto

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é, um lado do rosto diferente do outro, contribuindo ainda mais para a dificuldade de mastigar,
deglutir e falar.
O simples uso da chupeta pode trazer outros malefícios à criança futuramente. A respiração é
outra função que também se altera. O uso da chupeta faz com que a criança respire pela boca.
A respiração oral ocasiona alteração de postura, sono agitado, com ronco, deixando a criança
cansada, sem vontade de brincar, desatenta, contribuindo assim para dificuldades escolares.
Pensando ainda em tudo que conversamos sobre o desenvolvimento infantil, na imaturidade
imunológica, a chupeta é um grande veículo de contaminação, pois vai da boca para o chão,
depois do chão para a boca e assim por diante em superfícies potencialmente contaminada ou
simplesmente com organismos desconhecidos para o corpo da criança exigindo uma ação de
defesa com vômitos, diarréias, febres e inflamações. Geralmente evoluindo para quadros de
infecção como a gengivite para a celulite de face, esofagites, ulceras gástricas. A chupeta é um
grande risco para a saúde da criança.
Antes de oferecer a chupeta, as mamães devem pensar nas conseqüências que isso trará para
o seu pequeno. Será que seu filho irá gostar de ter os dentes tortos e precisar de aparelho
dentário? Irá se sentir bem com os amiguinhos zombando dele por não saber falar direito e não
conseguir brincar por causa da respiração oral? Ficará contente se ficar para recuperação e
perder as férias? Claro que não. A pergunta que fica: depois de tudo isso, vale a pensa usar
chupeta?
A mamãe tem que lembrar que a única maneira do bebê se comunicar é o choro. Ele vai chorar
quando está sujo, com fome, com sede, com sono, quando quer carinho ou mesmo quando
está feliz. O melhor é que a mamãe tenha paciência para descobrir o que seu bebê quer e não
simplesmente oferecer uma chupeta que o deixará quieto por alguns instantes e não satisfará a
sua necessidade de verdade. Ao aprender a interpretar os choros da criança a mãe e o pai
quando atendo e participante, vão poder desenvolver com a criança um vínculo muito mais
forte de comunicação e confiança, importante para os primeiros passos emocionais da criança.
É importante pensar no custo benefício do uso da chupeta. A primeira impressão é que vai lhe
ajudar a cuidar da criança, mas em um curto prazo de tempo vai provocar problemas de saúde
como inflamações e infecções e num prazo mais longo vai causar alterações anatômica e
fisiológica em tudo que corresponde ao uso da boa como fala, mastigação e respiração e para
corrigir isto tudo vai ser mais doloroso e caro além de afetar vários quadros do
desenvolvimento emocional da criança e depois a auto-estima na adolescência. É mais barato
e mais seguro dispensar a chupeta no cuidado da criança, tendo até um tempo limite de dois
anos de idade, depois desse tempo as alterações vão ficando definitivas até os quatro anos de
idade.

COMO TIRAR A CHUPETA DO BEBÊ


Tirar a chupeta do bebê é um processo que deve acontecer antes que a chupeta se torne
prejudicial, já que o vício com o tempo fica mais forte. Por isso ajude o seu filho a larga-la o
quanto antes, por volta do primeiro ano de vida.
 Quando sair de casa, explique à criança que a chupeta fica em casa;

 Use-a apenas para dormir e tire da boca da criança enquanto ela dorme;

 Explique à criança que ela já não precisa da chupeta e estimule para que seja ela e
jogar a chupeta fora;

 Se tiver um primo ou irmão mais novo, peça à criança que dê ao bebê a chupeta;

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 Sempre que a criança pedir a chupeta distraia-a falando de outra coisa ou oferecendo
outro brinquedo.

 Não dar bicos artificiais ou chupetas às crianças amamentadas no seio. Especialmente


no período de estabelecimento da lactação, esses artefatos podem causar “confusão de
bicos”, uma vez que os movimentos da boca e da língua na amamentação são muito
diferentes dos utilizados para sugar mamadeira ou chupetas.

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SIGLAS
AAA - Aneurisma de aorta abdominal HDA - Hemorragia digestiva alta
AAI - Abdome agudo inflamatório HDB - Hemorragia digestiva baixa
AAP - Abdome agudo perfurativo HIC - Hipertensão intracraniana
AIT - Acidente isquêmico transitório HP - Hipertensão pulmonar
AU - Altura uterina IAM - Infarto agudo do miocárdio
AVC - Acidente vascular cerebral IC - Índice cardíaco
AVCH - Acidente vascular cerebral hemorrágico ICC - Insuficiência cardíaca congestiva
AVCI - Acidente vascular cerebral isquêmico ICO - Insuficiência coronariana obstrutiva
BAV - Bloqueio atrioventricular ID - Intradérmica
BAVT - Bloqueio atrioventricular total IG - Idade gestacional
BCE - Broncoespasmo IM - Intramuscular
BCF - Batimento cárdio-fetal IMC - Índice de massa corpórea
BCP - Broncopneumonia IMO - Insuficiência de múltiplos órgãos
BEG - Bom estado geral IRA - Insuficiência renal aguda
BI - Bomba de infusão IRC - Insuficiência renal crônica
BI - Bolsa íntegra ITU - Infecção do trato urinário
CAPD - Diálise peritoneal ambulatorial contínua IU - Incontinência urinária
CEC - Circulação extracorpórea IVA - Infecção de vias aéreas
CIA - Comunicação intra-arterial IVAS - Infecção de vias aéreas superiores
CID - Comunicação intravascular disseminada LER - Lesão por esforços repetitivos
CINE - Cinecoronariografia LLA - Leucemia linfóide aguda
CIV - Comunicação intraventricular LLC - Leucemia linfóide crônica
CIVD - Coagulação intravascular disseminada LMA - Leucemia mieloide aguda
CT - Tomografia computadorizada LMC - Leucemia mieloide crônica
D - Indicação do lado direito MEG - Mal-estar geral
DC - Débito cardíaco MF - Movimentação fetal
DDH - Decúbito dorsal horizontal MID ou MIE - Membro inferior direito ou
DLD ou DLE - Decúbito lateral direito ou esquerdo respectivamente
esquerdo respectivamente MMHg - Milímetros de mercúrio
DM - Diabetes mellitus MMII - Membros inferiores
DMH - Doença da membrana hialina MMSS - Membros superiores
DNV - Distúrbio neurovegetativo MPP - Má perfusão periférica
DPC - Desnutrição protéico calórica MSD ou MSE - Membro superior direito ou
DPI - Diálise peritoneal intermitente esquerdo respectivamente
DPOC - Doença pulmonar obstrutiva crônica NA - Não aplicável
DPP - Data provável do parto NI - Não investigado
DPP - Descolamento prematuro da placenta NM - Neoplasia maligna
DU - Dinâmica uterina NPT - Nutrição parenteral total
DUM - Data da última menstruação OAC - Obstrução arterial crônica
DVP - Derivação ventrículo-peritoneal OFIU - Óbito fetal intra-uterino
E - Indicação do lado esquerdo PA - Pressão arterial
EAO - Estenose Aortica PAD - Pressão de átrio direitoICC - Insuficiência
EAP - Edema agudo de pulmão cardíaca congestiva
EDA - Endoscopia digestiva alta ICO - Insuficiência coronariana obstrutiva
EDB - Endoscopia digestiva baixa ID - Intradérmica
ELA - Esclerose lateral amiotrófica IG - Idade gestacional
ESV - Extrassístole supraventricular IM - Intramuscular
EV - Infusão endovenosa IMC - Índice de massa corpórea
FA - Fibrilação atrial IMO - Insuficiência de múltiplos órgãos
FAB - Ferimento por arma branca IRA - Insuficiência renal aguda
FAF - Ferimento por arma de fogo IRC - Insuficiência renal crônica
FC - Freqüência cardíaca ITU - Infecção do trato urinário
FCC - Ferimento corto-contuso IU - Incontinência urinária
FD ou FE - Flanco direito ou esquerdo IVA - Infecção de vias aéreas
FR - Freqüência respiratória IVAS - Infecção de vias aéreas superiores
FV - Fibrilação ventricular LER - Lesão por esforços repetitivos
GECA - Gastroenterocolite aguda LLA - Leucemia linfóide aguda
GO - Ginecologia e obstetrícia LLC - Leucemia linfóide crônica
HAS - Hipertensão arterial sistêmica LMA - Leucemia mieloide aguda

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

LMC - Leucemia mieloide crônica SO - Sala Operatória


MEG - Mal-estar geral SpO2 - Saturação de oxigênio periférica
MF - Movimentação fetal SSVV - Sinais vitais
MID ou MIE - Membro inferior direito ou SV - Sonda vesical
esquerdo respectivamente SvcO2 - Saturação de oxigênio da veia
MMHg - Milímetros de mercúrio subclávia
MMII - Membros inferiores SVD - Sonda vesical de demora
MMSS - Membros superiores SvO2 - Saturação de oxigênio da artéria
MPP - Má perfusão periférica pulmonar
MSD ou MSE - Membro superior direito ou TAA - Trombose arterial aguda
esquerdo respectivamente TB - Tuberculose
NA - Não aplicável TCE - Traumatismo crânio encefálico
NI - Não investigado TEMP - Temperatura
NM - Neoplasia maligna TEP - Tromboembolismo pulmonar
NPT - Nutrição parenteral total TIA - Ataque isquêmico transitório
OAC - Obstrução arterial crônica TP - Trabalho de parto
OFIU - Óbito fetal intra-uterino TRO - Terapia de rehidratação oral
PA - Pressão arterial TSV - Taquicardia supraventricular
PAD - Pressão de átrio direito TVP - Trombose venosa profunda
SCD ou SCE - Subclávia direita ou esquerda TX - Transplante
SF - Soro fisiológico TX-CD - Transplante com doador morto
SG - Soro glicosado TX-VI - Transplante com doador vivo
SIRS - Síndrome de resposta inflamatória TXR - Transplante renal
sistêmica USG - Ultra-sonografia
SNC - Sistema nervoso central VJD ou VJE - Veia jugular direita ou esquerda
SNE - Sonda nasoenteral VO - Via oral
SNG - Sonda nasogástrica

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

TERMINOLOGIAS
COURO CABELUDO
SEBORRÉIA: processo funcional das glândulas sebáceas caracterizado pela secreção
excessiva ou alteração qualitativa do sebo, que coleta sobre a pele, sob a forma de camada
oleosa, de crostas ou de escamas.

OUVIDO
OTITE: inflamação do ouvido

OTORRAGIA: hemorragia pelo meato auditivo externo

OTORRÉIA: extravasamento de líquor através do meato auditivo externo

OTALGIA = OTODINIA: dor de ouvido

OTOPLASTIA: cirurgia plástica do ouvido externo

OTOSCOPIA: visibilização do canal auditivo e da membrana do tímpano por meio do otoscópio

OTOTOMIA: dissecção do ouvido

LÍNGUA
SABURROSA: estado da mucosa lingual, apresentado revestimento branco-amarelado

SIALORRÉIA: salivação

NARIZ
EPISTAXE: hemorragia nasal

NASOFARINGITE = RINOFARINGITE: inflamação das vias nasais e da faringe

NASOGÁSTRICO: referente ao nariz e ao estômago

RINOPATIA: qualquer processo patológico do nariz

RINITE: inflamação da mucosa nasal

RINORRÉIA: corrimento nasal mucoso

RINOPLASTIA: operação plástica efetuada no nariz

RINORRAFIA: redução plástica do tamanho do nariz

CORIZA: inflamação das mucosas nasais, assinalada geralmente por espirros e secreção de
muco aquoso

HEMOPTISE: ato de expectorar sangue proveniente das vias aéreas inferiores (pulmões,
traquéia ou brônquios)

VOZ
AFONIA: perda da voz por lesão periférica, como na paralisia da laringe ou nos tumores

AFASIA: perda da habilidade de falar ou às vezes de entender a palavra falada

DISFASIA: dificuldade para falar ou compreender a linguagem

DISFONIA: comprometimento da voz

DISFEMIA: gagueira.

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

DISLALIA: comprometimento da capacidade de falar, por defeito da língua

SOLILÓQUIO: falar sozinho

PRESSÃO
HIPERTENSO: elevação anormal da pressão sangüínea na parte arterial do sistema
circulatório

NORMOTENSO: pressão sangüínea normal

HIPOTENSO: pressão arterial anormalmente baixa

TEMPERATURA
FEBRE: elevação da temperatura do corpo acima do normal

FEBRÍCULA: semelhante ao estado febril

AFEBRIL: sem febre

HIPERTERMIA: temperatura anormalmente elevada

HIPOTERMIA: temperatura anormalmente baixa

PIROGÊNICO: substância que produz febre

ANTIPIRÉTICO: medicamento que reduz febre

PULSO
BRADICARDIA: batimentos cardíacos lentos, com freqüência inferior à 60 batimentos por
segundo

TAQUICARDIA: atividade cardíaca excessivamente rápida

RITMICO: ação que se repete em intervalos regulares

ARRITMICO: usa-se para designar uma alteração ou anomalia do ritmo cardíaco normal

FILIFORME: semelhante a um fio

RESPIRAÇÃO
EUPNÉIA: respiração normal

ESTERTOROSA: respiração ruidosa

BRADIPNÉIA: ritmo respiratório anormalmente lento

APNÉIA: parada transitória respiração

ASFIXIA: perda da concorrência devido ao suprimento inadequado de oxigênio

DISPNÉIA: dificuldade para respirar

ORTOPNÉIA: dificuldade para respirar, exceto quando em posição sentado ou ereto

TAQUIPNÉIA: aumento anormal da freqüência respiratória

CHEYNE-STOKES: respiração com variação rítmica na intensidade ocorrendo em ciclos


geralmente com período de apnéia.

URINA
POLIÚRIA: aumento na quantidade de urina

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

OLIGÚRIA: diminuição da quantidade excretada de urina

DISÚRIA: dificuldade / dor para à micção

ANÚRIA: ausência da produção de urina pelos rins

HEMATÚRIA: presença de sangue na urina

PIÚRIA: presença de pus na urina

NICTÚRIA: micção excessiva à noite

MICÇÃO: ato de urinar

POLACIÚRIA: micção anormalmente freqüente, aumento na quantidade de urina

PROTEINÚRIA: presença de proteína na urina

ALBUMINÚRIA: presença de albumina na urina

INCONTINÊNCIA: impossibilidade de reter a excreção de urina e fezes

COLÚRIA: urina cor de coca-cola

FEZES
CONSTIPAÇÃO: obstipação, prisão de ventre

ENEMA: clister, lavagem intestinal, introdução de líquidos no reto

FLATO: gás ou ar no trato intestinal

FLATULÊNCIA: acumulação anormal de gases no estômago e nos intestinos

MELENA: evacuações de fezes de cor negra, por modificação sangue

MECÔNIO: massa pastosa e esverdeada, composta de muco, células epiteliais descamadas,


bile, pêlos de lanugem e vérnix caseoso, que coleta no intestino do feto

ODOR
MEDICAMENTOSO: da natureza de um medicamento

ALIMENTÍCIO: que alimenta, que sustenta, nutritivo

AMONÍACO: com odor de amônia

HALITOSE: mal hálito

ETÍLICO: alcoólico

CETÔNICO: excesso de cetona no sangue

SUOR
SUDORESE: transpiração

DIAFORESE: sudorese excessiva

BROMIDOSE: excreção de suor com cheiro desagradável

ALIMENTAÇÃO
BULIMIA: apetite constante, exagerado e insaciável

ANOREXIA: perda do apetite

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MANUAL DE PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM

DISFAGIA: dificuldade para engolir ou incapacidade de deglutir

AFAGIA: incapacidade de deglutir, de origem orgânica ou psíquica

APETITE: qualquer desejo ou avidez de satisfazer uma necessidade psíquica

PIROSE: azia, sensação de ardência subesternal ou epigástrica, acompanhada pela eructação


de líquido

DISPEPSIA: digestão perturbada

EMESE: vômito

NAÚSEA: desconforto gástrico, acompanhado de impulso para vomitar

HEMATÊMESE: vômito com sangue

REGURGITAÇÃO: refluxo da comida do estômago para a boca, sem vômito

HIPEREMESE: vômito excessivo

POLIFAGIA: comer exageradamente

CAQUEXIA: quadro grave de má nutrição e péssimo estado geral

MUSCULATURA
ATROFIA: perda ou diminuição do tamanho de uma célula, músculo, etc.

DISTROFIA: desenvolvimento deficiente ou anômalo

EUTROFIA: musculatura normal

MIALGIA: dor nos músculos

HIPERTROFIA: órgão ou tecido, resultando do aumento do tamanho da célula

ASTENIA: fraqueza do corpo ou parte do corpo

PARALISIA: perda da função ou sensação muscular produzida pela lesão dos nervos ou pela
destruição dos neurônios

PUERPÉRIO
PUERPERA: mulher em trabalho de parto ou que pariu recentemente

PRIMIGESTA: mulher grávida pela primeira vez

PRIMÍPARA: mulher que dá a luz ao primeiro filho

MULTIGESTA: mulher em sua terceira ou nas seguintes

MULTÍPARA: mulher que já pariu um ou mais filhos

NULÍPARA: mulher que jamais pariu um filho

LÓQUIOS: descarga ou corrimento do útero e da vagina durante as primeiras semanas após o


parto

CIESE: gravidez

PSEUDOCIESE: falsa gravidez

PELE
DERMATITE: inflamação da pele

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EDUCAÇÃO CONTINUADA - SCIH

ERITEMA: rubor cutâneo que ocorre em placas de tamanho e forma variáveis

ERUPÇÃO: aparecimento súbito de lesões cutâneas

EQUIMOSE: extravasamento de sangue nos tecidos, levando à coloração violácea ou azulada

URTICÁRIA: pápulas acompanhadas de prurido intenso

HEMATOMA: coleção extravascular circunscrita de sangue, habitualmente coagulado,


formando uma massa.

ESCORIAÇÃO: arranhaduras intensas da pele

ERISIPELA: forma de celulite estreptocócica aguda que atinge a pele, constituindo uma zona
vermelha bem delimitada e ligeiramente saliente

ESCABIOSE: moléstia cutânea contagiosa, causada por Sarcoptes scabiei

IMPETIGO: doença inflamatória aguda da pele, causada por estreptococos ou por estafilococos
e caracterizada por vesícula e bolhas que se rompem e desenvolvem crostas amarelas

PÁPULA: lesão primária da pele, com variação de tamanho

PETÉQUIAS: manchas ou hemorragia minúscula e arredondadas em uma superfície, como


pele, mucosa, seros, ou em uma superfície de corte de um órgão

PRURIDO: coceira, sensação desagradável devida a irritação de um nervo sensitivo periférico

ABCESSO: coleção localizada de pús em cavidade formada pela necrose tecidual

ADIPOSO: gorduroso

OUTROS
ADERÊNCIA: acolamento anormal de duas superfícies, particularmente após cirurgias

ANAFILÁTICO: que diminui a suscetibilidade a determinada infecção ao invés de aumentá-la,


pode ser devida a introdução de proteínas estranhas aos organismos, em conseqüência a uma
infecção

ANALGESIA: perda ou ausência de sensibilidade a dor

ANESTESIA: perda da sensibilidade

ANÓXIA: redução do suprimento de oxigênio aos tecidos

ANTISSEPSIA: ato de se destruir ou inibir germes patogênicos que se encontram à superfície


da pele e mucosas

ARTROSE: degeneração de uma articulação

ASCITE: acúmulo de líquido seroso dentro da cavidade abdominal ou peritoneal

ATELECTASIA: expansão incompleta dos pulmões no nascimento ou colapso pulmonar do


adulto

ATRESIA: ausência ou fechamento de um orifício corpóreo

AUSCULTA: observação dos ruídos do corpo: coração, pulmão, etc

BIOPSIA: remoção e exame de tecidos ou outro material do organismo vivo

CHOQUE: colapso circulatório periférico, de caráter agudo

CIANOSE: aspecto azulado escuro da pele, lábios e unhas devida a má oxigenação do sangue

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COMA: estado de inconsciência

CONGESTÃO: acúmulo anormal de sangue em alguma parte do corpo

DESINFECÇÃO: destruição e remoção de organismos patogênicos, principalmente através do


uso de agentes químicos

EDEMA: acúmulo de líquidos em vários locais, principalmente tecidos frouxos das


extremidades

EMBOLO: trombo ou coágulo circulante, peça internas das seringas

EMPIEMA: presença de pús em uma cavidade, um órgão oco ou um espaço

ENTORSE: torção de uma articulação que leva a lesão de seus ligamentos

INTUBAÇÃO: inserção de um tubo principalmente na traquéia

ESCLEROSE: endurecimento

ESPASMO: contração involuntária, violenta e repentina

ESTASE: estagnação de sangue e outros líquidos

ESTENOSE: estreitamento ou constricção

ESTOMATITE: inflamação da mucosa oral

ESTUPOR: inconsciência total ou parcial

EXPECTORAR: eliminar o muco dos pulmões e traquéia

FISSURA: sulco ou fresta, como os sulcos cerebrais. Algumas são anormais como as fissuras
da pele

FLÁCIDO: mole largado

FLEBOTOMIA: incisão de uma veia

FRICÇÃO: atrito

GANGRENA: morte tecidual, necrose, com putrefação

GASTROENTERITE: processo inflamatório agudo das mucosas gástricas e intestinal

GASTROSCOPIA: exame do estômago com instrumento dotado de fonte luminosa

HEMIPLEGIA: paralisia de um só lado do corpo

HEMORRAGIA: sangramento

HEMOSTASIA: processo para conter a hemorragia

HEMOTÓRAX: coleção de sangue na cavidade torácica

HIPEREMIA: existência de uma quantidade excessiva de sangue nos vasos de uma região

HIPÓXIA: diminuição da concentração normal de oxigênio dos tecidos e do sangue

ICTERÍCIA: coloração amarelada da pele, das mucosas e do tecido profundo, devida ao


aumento da quantidade da bilirrubina

ISQUEMIA: obstrução localizada do fluxo sanguíneo

LETARGIA: torpor, inatividade

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MEATO: abertura, orifício

METÁSTASE: propagação de um processo de um local para outro do organismo

NECROSE: morte do tecido

PALIATIVO: que propicia alívio, mas não cura

PALPAÇÃO: exame manual por toques

PARACENTESE: drenagem do conteúdo anormal coletado em cavidades do organismo

PARENTERAL: que ocorre fora do trato alimentar

PERITONITE: inflamação do peritônio

PNEUMOTÓRAX: acúmulo de ar na cavidade pleural.

POLIDIPSIA: sede excessiva

PRIAPRISMO: ereção involuntária do órgão sexual masculino

PROSTAÇÃO: exaustão

PURULENTO: contendo pús

RADIOPACO: que não permite a passagem dos raios x

SUPINO: deitado de costas com o rosto para cima

TÔNUS: estado muscular normal

TRAQUEOSTOMIA: incisão cirúrgica com visualização da traquéia

TUMOR: qualquer massa anormal, resultante da multiplicação celular excessiva

VASOCONSTRICÇÃO: contrição dos vasos sanguíneos

VENÓCLISE: punção de uma veia periférica ou central

VERTIGEM: tontura, estado no qual os objetos parecem girar em torno do indivíduo

ZUMBIDO: ruído característico do aparelho auditivo

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 - KNOBEL, ELIAS. Condutas no paciente grave. Elias Knobel. São Paulo, editora Atheneu, 1999.

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Editora Médica e Científica Ltda.

 - POLL, A. M. et al 2008 Atendimento em unidade de emergência: organização e implicações


éticas.Disponível em http://www.scielo.br acessado em 02/agosto de 2010.

 - WEHBE, G, GALVÃO, C.M. O enfermeiro de unidade de emergência de hospital privado, 2001.

 - COMITÊ DE TRAUMA DO COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES. Atendimento préhospitalar ao


traumatizado: básico e avançado, (ATLS) Rio de Janeiro: Elsevier; 2004. p.10-29. Tradução do original:
PHTL basic and advanced prehospital trauma life support].

 - MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolos da Unidade de Emergência. 10° Ed, 2002. Brasilia. Editora MS.

 Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria
de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – Brasília : Ministério da
Saúde, 2011.

 Doenças respiratórias crônicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de


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 Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da
Saúde, 2009.

 Saúde Bucal / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2006. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde,
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www.ceacleste.org.br, 16/07/2012.

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