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Provas CPP
Provas CPP
Dessa forma, levando em consideração que o assunto em pauta será cobrado nos
concursos da Polícia Federal – PF e da Polícia Rodoviária Federal – PRF, este resumo das
provas no direito processual penal para PF e PRF, tem como objetivo ampliar os
conhecimentos, assim como esclarecer, de modo prático, as principais dúvidas acerca do
conteúdo.
Em seguimento, as provas se dividem em espécies, podendo às vezes, uma ter maior valor
que outra.
Sua origem vem do Latim, probatio, que significa demonstrar, conhecer, examinar e
persuadir todo elemento que leva ao esclarecimento de um fato ou pessoa.
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
Aprofundando-se no assunto, pode-se dizer que a prova é “a soma dos motivos geradores
da certeza”, atingindo seus aspectos objetivos, subjetivos e conceitos.
Desse modo, a prova é constituída por todos os fatos e acontecimentos, coisas, pessoas e
circunstâncias úteis para formar a convicção do julgador acerca do acontecido.
Portanto, meio de prova é todo fato documento ou alegação, que sirva direta ou
indiretamente à descoberta da verdade.
Prova pericial
Exame de corpo de delito
Documental
Testemunhal
Prova emprestada
O último tipo de meio de prova, a prova emprestada, é o tema que mais vem sendo
discutido nos tribunais, por este motivo gera as maiores dúvidas.
O objeto da prova é a coisa, o fato, o acontecimento que deve ser conhecido pelo juiz, a fim
de que possa emitir um juízo de valor. São os fatos sobre os quais versa o caso penal.
Ou seja, é o thema probandum que serve de base à imputação penal feita pelo Ministério
Público.
É a verdade dos fatos imputados ao réu com todas as suas circunstâncias. (RANGEL, 2006,
p. 381).
Pelo exposto, para melhor compreensão, tem-se como exemplo o que não é objeto de
prova:
–> os fatos notórios, também conhecidos como “verdade sabida“, pois são de domínio de
grande parte da população medianamente informada.
Os principais são:
– Perícia: o juiz se utiliza do exame pericial, que resulta no laudo pericial, sendo o
documento elaborado pelos peritos, resultante do que foi examinado na perícia.
– Exame de corpo e delito: são elementos materiais ou vestígios que indicam a existência
de um crime.
O exame de corpo de delito é uma importante prova pericial, sua ausência em caso de
crimes que deixam vestígios gera a nulidade do processo.
– Testemunho: é qualquer pessoa que narra os fatos de que tenha conhecimento, acerca do
objeto da causa.
– Acareação: é quando se colocam frente a frente duas ou mais pessoas que fizeram
declarações divergentes sobre o mesmo fato.
Conforme exposto, estes são os tipos de produção de provas admitidos no processo penal,
que tem a finalidade de convencer o juiz através da comprovação dos fatos alegados, tanto
da defesa quanto da acusação.
Logo, as provas ilícitas são aquelas que se produzem com violação ao ordenamento
jurídico, como a confissão mediante tortura.
Com efeito, prova ilegítima é aquela que viola regra do direito processual no momento de
sua produção em juízo.
Já a segunda, provas ilegítimas, foi com violação às regras de direito processual, dentro do
processo em curso.
Outra diferença entre ambas está no fato de que quando se apresenta a prova ilegítima, ela
é desentranhada do processo, sem ocorrer nulidade processual.
Quanto a prova ilícita, além de ser desentranhada poderá ter efeitos penais, civis ou
administrativos.
Isto decorre por ter violação às normas de direito material, contudo, com a nova redação do
art. 157 do CPP, é ilícita tanto a prova que viole direito material, quanto o processual.
Igualmente, há também as provas ilícitas por derivação, que trata de prova lícita em si
mesma, mas cuja produção derivou de prova ilícita.
À vista disso, diz-se que para essa teoria, quando uma prova lícita for obtida através de
uma prova ilícita, aquela se contamina com a ilicitude desta.
Desta maneira, a prova pessoal é aquela que se obtém por meio de manifestação humana,
onde é feita afirmação pessoal fazendo fé aos fatos afirmados.
No que corresponde à prova real, esta aflora do próprio fato, ocorre quando se atesta a
exteriorização de uma arma ou fotografia.
Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar
receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a
requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento.
Apesar disso, cabe ao juiz decidir sobre a conveniência e oportunidade da antecipação das
provas.
Ainda assim, é imperioso destacar que o juiz só pode determinar a produção antecipada
das provas no curso do processo.
Assim sendo, antes de iniciada a ação penal, o juiz não pode fazê-lo de ofício.
Considerações importantes – resumo das provas no direito processual penal para PF e PRF
Em referência ao aspecto prático da matéria, ou seja, dos assuntos mais relevantes nas
provas de concurso, destacam-se os seguintes:
Então, nos termos do art. 158 do Código de Processo Penal, não pode suprir a prova
testemunhal ou mesmo a confissão do acusado, salvo quando demonstrada a
impossibilidade de realização da perícia ou o desaparecimento dos vestígios. Segundo
precedentes do STJ.
Fontes de prova são as coisas ou pessoas das quais se colhem as provas, as fontes podem
ser reais ou pessoais. Ex.: o cadáver da perícia.
Meios de prova são os instrumentos pelos quais se introduz a prova no processo. Ex.: a
perícia do cadáver.
3. Atentem-se que o exame de corpo e delito pode ser feito a qualquer hora e em qualquer
dia, nos termos do art. 161 do CPP.
4. Tratando-se da possibilidade de interrogatório do réu mediante videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, tal medida deve ser,
excepcionalmente, realizada mediante decisão FUNDAMENTADA do juiz.
Entretanto, a situação acima decorre se existir fundada suspeita de que o preso integre
organização criminosa ou que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento.
– Indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo
juiz ou ser inquiridos em audiência.
Apesar da permissiva, o juiz pode rejeitar a perícia requerida pelas partes, quando esta se
mostrar irrelevante para a solução da controvérsia.
Por fim, acentua-se que estes tópicos foram recentemente explorados pelas bancas nos
últimos concursos
Conclusão do resumo das provas no direito processual penal para PF e PRF
O presente resumo tem como objetivo oferecer uma breve síntese dos assuntos mais
abordados dentro do conteúdo de provas do CPP.
Assim também, verifica-se que nem todas as provas são admitidas e que cada prova terá
sua importância no processo.
Do mesmo modo, é o juiz que dirá se o fato ficou ou não demonstrado, através do livre
convencimento, sempre motivado.