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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – ICET

ENGENHARIA MECÂNICA

Ricardo J. Mandeli RA: B06AJD-8


Gabriel de Simoni RA: B0124F-2
Altiere Ferreira RA: T531FC-4
Adinan Pereira RA: B550BH-2

Atividades Práticas Supervisionadas

(Pelamis)

Limeira – SP

2013

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Sumário

Introdução .......................................................................................................... 3
Pelamis .............................................................................................................. 4
Especificações ................................................................................................ 5
Conceitos Importantes: ................................................................................... 6
Escolha do referencial. ................................................................................ 7
Limitação de carga ...................................................................................... 7
Não específica para uma determinada localização. .................................... 7
Minimização dos trabalhos no mar. ............................................................. 7
Previsão de Potência ...................................................................................... 8
Limitação de Potência.................................................................................. 8
Matriz de Potência ....................................................................................... 9
Previsão de Potência ................................................................................... 9
Potência Suavizada ..................................................................................... 9
Seleção de Locais ......................................................................................... 10
Recurso energético. ................................................................................... 10
Batimetria................................................................................................... 10
Proximidade a um ponto de conexão da rede eléctrica ............................. 10
Infra-estruturas na costa ............................................................................ 11
Conflitos de interesse ................................................................................ 11
I&D – Modelos Experimentais ....................................................................... 11
Protótipo 1:7 .............................................................................................. 12
Protótipo 1:1 .............................................................................................. 13
Módulo de Conversão de Energia 1:1 ....................................................... 14
Fotos .......................................................................................................... 16
Conclusão ........................................................................................................ 18
Bibliografia........................................................................................................ 19

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Introdução

O pelamis é um dispositivo articulado semi-submerso (parecido a uma “cobra”


flutuante), composto por secções cilíndricas, ligadas por juntas articuladas. O
movimento induzido pelas ondas, faz com que seja bombeado óleo das juntas através
dos motores hidráulicos, onde os motores hidráulicos estão acoplados a geradores
que transformam a energia mecânica em energia elétrica.

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Pelamis

O Pelamis é um dispositivo de conversão de energia das ondas do tipo


progressivo, desenvolvido pela Ocean Power Delivery (Escócia), empresa
fundada em 1998 com o intuito de o desenvolver e explorar comercialmente.
Os dispositivos progressivos são sistemas alongados com uma dimensão
longitudinal da ordem de grandeza do comprimento de onda e estão dispostos
no sentido de propagação da onda, de modo a gerarem um efeito de
bombeamento progressivo, associado à passagem da onda, por ação de um
elemento flexível em contato com a água. O Pelamis consiste basicamente
numa estrutura articulada semi-submersa composta por diferentes módulos
cilíndricos que se encontram unidos por juntas flexíveis.O movimento
ondulatório das ondas incidentes provoca a oscilação dos módulos cilíndricos
em torno das juntas que os unem e dessa forma a pressurização de óleo que
será forçado a passar por motores hidráulicos, que por sua vez acionam
geradores eléctricos que produzem eletricidade.

Cada dispositivo contará com quatro tubos circulares e três módulos de


conversão de energia, esquematizados na figura acima, perfazendo uma
capacidade unitária do dispositivo igual a 750 kW, sendo o seu comprimento à
escala 1:1 de 150 m e o diâmetro externo igual a 3.5 m.

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O programa de testes do Pelamis incluiu ensaios laboratoriais com diversos
modelos (cujas escalas oscilaram entre 1:80 e 1:7). Em 23 de Fevereiro de
2004 foi anunciado que seria iniciado o ensaio de um dispositivo à escala real,
o que foi concretizado muito recentemente. O Pelamis foi concebido tendo em
mente a sua implementação em parques, pelo que não é de estranhar o facto
de a energia extraída de todos os módulos (três em cada dispositivo) serem
retirada e enviada para terra através de um único cabo, algo particularmente
relevante se tivermos um número elevado de dispositivos presentes (numa
perspectiva de minimização de custos). Outras variáveis importantes na
concepção do Pelamis foram por um lado a tentativa de utilização de
componentes já existentes na indústria offshore, pois foi do entendimento da
empresa que uma vez que fique claro que o dispositivo é viável essa mesma
indústria irá produzir componente mais eficiente e a um custo
extraordinariamente mais reduzido do que o atual, e por outro lado à
sobrevivência do dispositivo, que foi identificada como parâmetro fulcral em
todo o processo de desenvolvimento, prioritário até sobre as tentativas para
melhorar a eficiência de conversão de energia. Um dos componentes
importantes do Pelamis é o seu sistema de fixação ao fundo do mar, que dadas
as características do dispositivo assume um relevância fundamental. Um
parque de 40 dispositivos (30 MW instalados), ocupando uma área de 1 km2,
poderia ser responsável pelo abastecimento de 20.000 habitações, de acordo
com os dados fornecidos pela OPD

Especificações

Estrutura

Comprimento total 150m

Diâmetro 3.5m

Peso 700 toneladas

Nariz 5m de comprimento, forma cônica

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Unidade de Conversão de Energia

Aproveitamento de energia 4 x turbinas hidráulicas

Velocidade das turbinas 0 – 0.1m/s

Pressão em funcionamento 100 – 350 Bar

Gerador 2 x 125kW

Velocidade 1500rpm

Energia

Valor total de energia 750kW

Produção anual 2.7GWh

Energia nominal das ondas 55kW/m

Tipo de gerador Asynchronous

Transformador 950kV

Fixação no local

Profundidade >50m

Corrente <1 nó

Sistema de fixação Folgado e regular

Conceitos Importantes:

Sobrevivência acima de eficiência


A máquina foi concebida tendo a sua sobrevivência como objetivo fundamental.
Medidas eficazes de melhorar a captura de energia foram depois
desenvolvidas. Estes dois fatores colidem e são muitas vezes abordados na
direção oposta.

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Escolha do referencial.
A máquina reage contra si própria, e não contra um referencial fixo como o
fundo do mar. Desta forma a maquina pode orientar-se no modo preferencial
(ex.: apresentar a menor área aquando da passagem de ondas extremas nas
quais as forças de resistência são significativas).

Limitação de carga
A máquina incorpora mecanismos que limitam a carga e os movimentos
quando a potência nominal é atingida.

Ressonância.
Em estados de mar pouco energéticos um certo grau de ressonância é
introduzido para maximizar a captura de energia. No entanto, em estados de
mar com níveis energéticos superiores, a maquina evita a ressonância como
forma de prevenir movimentos e forças excessivas.

Amortecimento hidrodinâmico adicionado.

A máquina tem um elevado coeficiente hidrodinâmico de amortecimento


adicionado em relação ao seu deslocamento. Por outras palavras, a máquina
seria um bom gerador de ondas se fosse acionada com esse intuito.

Não específica para uma determinada localização.


A máquina pode ser instalada numa grande variedade de profundidades e tipos
de fundo.

Minimização dos trabalhos no mar.


Toda a construção, montagem e testes não são efetuados na localização final,
minimizando o tempo de instalação.

Protótipos e primeiras máquinas devem ter tecnologia 100% disponível.


O Pelamis reúne e junta tecnologia comprovadas das
indústrias offshore (exploração de petróleo e gás natural).

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Design verificado por consultores independentes.
A OPD tem vindo a trabalhar com a WS Atkins, uma das maiores
consultoras offshore de topo, como forma de obter uma avaliação
independente do protótipo à escala real.

Previsão de Potência

A energia convertida por um Pelamis irá sempre depender das condições do


local onde é instalado. A OPD prevê que numa localização típica cerca de 40%
do potencial deve ser alcançável.

Limitação de Potência
O gráfico mostra a limitação hidrodinâmica da potência para um período de
onda (Tpow) de 8 s, representativo de um estado de mar típico. Como se pode
observar após um dado valor de altura de onda a potencia é limitada dadas as
características do Pelamis, uma característica fundamental para a
sobrevivência de qualquer máquina em condições hostis.

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Matriz de Potência
A matriz mostra a potência gerada pelo Pelamis para um dado estado de mar
caracterizado por uma altura de onda significativa (Hsig) e um período (Tpow).
Foi elaborada usando um modelo computacional verificado experimentalmente,
assumindo um espectro de dupla entrada (Pierson-Moskowitz) e tendo em
consideração os constrangimentos de design e a eficiência da máquina.

Previsão de Potência
Tal como para as turbinas eólicas a matriz de potência pode ser usada em
conjunto com os dados de um local para prever o output anual de uma
máquina. O gráfico de ‘Variação sazonal do recurso energético" mostra dados
de um sistema para um dado local, sendo o output previsto do Pelamis exibido
em ‘Variação sazonal do output do Pelamis’. Devido ao processo de
optimização de captura de energia em estados de mar pouco energéticos o
gráfico do Pelamis apresenta menores variações ao longo do ano.

Potência Suavizada
As ondas fornecem um input energético altamente variável. O Pelamis
armazena esta energia em acumuladores hidráulicos para permitir
um output suave através dos geradores eléctricos.

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Seleção de Locais

Ao analisar um possível local para instalação de um parque de energia das


ondas as seguintes questões chave devem ser abordadas:

Recurso energético.
Será este parâmetro a ditar o output energético do Pelamis. É desejável que
este parâmetro, normalmente disponível em kW por metro de frente de onda,
seja o mais elevado possível.

Batimetria
O Pelamis foi projetado para instalação em águas com cerca de 50 m de
profundidade. É ainda relevante o conhecimento de possíveis obstáculos no
fundo do mar que possam reduzir os níveis energéticos ou serem perigosos
para os sistemas de amarração.

Proximidade a um ponto de conexão da rede eléctrica


A proximidade a ponto de ligação ajuda a reduzir os custos e as perdas na
cadeia de transmissão.

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Infra-estruturas na costa
Uma doca capaz de acomodar um Pelamis (~ 150 m de comprimento) é
necessária para manutenção, dado que esta não é feita no mar.

Conflitos de interesse
Antes da seleção de um local, estudos sobre os usos alternativos dessa área
devem ser efetuados (ex.: pescas). Um estudo de impacte ambiental surge
como o mecanismo natural para avaliar todas as implicações.

I&D – Modelos Experimentais

Protótipo 1:7

Protótipo 1:1

O programa de testes da OPD inclui extensa modelação experimental e


numérica (simulações computacionais). Os modelos computacionais são vitais

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para o desenvolvimento, pois permitem rápidas avaliações e optimização do
conceito. Todavia o trabalho numérico pode levar a conclusões enganadoras
se for usado isoladamente. Em cada etapa, modelos experimentais foram
construídos e testados para validar as simulações numéricas.

O trabalho experimental evoluiu de pequenos para grandes modelos, mais


representativos da realidade. Os modelos actuais utilizam motores DC
digitalmente controlados para simular todos os aspectos funcionais do ponto de
vista hidráulico. Instrumentação adicional permite a quantificação das cargas
estruturais e das forcas de amarração, e ainda dos movimentos dos modelos.
Por exemplo, o protótipo 1:7 simula todos os aspectos funcionais do Pelamis,
tendo sido testado extensivamente no mar e em tanques de ondas.

Protótipo 1:7
A Ocean Power Delivery identificou a necessidade de testar, numa escala
intermédia, um protótipo completamente funcional do Pelamis, provando o seu
conceito e testando os sistemas hidráulicos, e ainda os de controlo e aquisição
de dados. O modelo permitiu a continuação da sua filosofia de abordar cada
foco potencial de risco antes da construção da primeira máquina à escala real.
As componentes chaves foram desenvolvidas numa plataforma de testes
desenhada para o efeito.

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O programa de I&D deste protótipo (1:7) foi financiado pelo governo Britânico
através do DTI (Department of Trade and Industry).

Esta escala é suficientemente grande para que os sistemas chave sejam


testados de forma realista, e suficientemente pequena para evitar a utilização
de equipamento externo especializado. Este protótipo foi testado em
Edimburgo.

Protótipo 1:1
O primeiro Pelamis à escala real foi concebido como um protótipo de pré-
produção e como uma ferramenta de demonstração da tecnologia. Utiliza
apenas tecnologias já existentes e componentes standard na indústria. O DTI
(Department of Trade and Industry) do governo Britânico contribuiu para o
financiamento desta máquina.

O projeto foi verificado por uma empresa responsável por testes na área das
energias renováveis (WS Atkins), como forma de assegurar que obedece aos
códigos de boa engenharia. A máquina foi construída inteiramente em aço,
usando fatores de segurança conservativos. A escolha de aço como o material
principal deveu-se ao facto de simplificar a análise estrutural, o projeto e a
instrumentação, e ainda por garantir que modificações e eventuais reparações
serão mais simples de conduzir. Como forma de reduzir os custos, a
possibilidade de usar tubos de Betão está presentemente a ser investigada
pelo departamento de I&D da OPD.

Os módulos de conversão de energia alojam componentes que podem ser


facilmente substituídos com o uso de gruas. O projeto dos módulos inclui

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compartimentos selados para que no caso de alguma falha apenas sejam
expostos componentes não críticos.

O movimento induzido pelas ondas é resistido por cilíndricos hidráulicos, que


atuam como bombas, pressurizando fluido hidráulico para acumuladores, que
suavizam a distribuição de pressão e debitam o fluido a uma taxa constante
através de um motor hidráulico acoplado a um gerador eléctrico. Os
acumuladores são selecionados para permitirem um output suave e contínuo
para diversos estados de mar. A suavidade do output global é comparável à de
geradores convencionais.

A presença de um permutador de calor permite dissipar a energia excessiva,


tipicamente em estados de mar extremos, ou funcionar como carga caso a
ligação à rede seja perdida. A eficiência global do processo de conversão de
energia ronda os 70% em estados de mar pouco energéticos até mais de 80%
quando no máximo da capacidade.

Cada grupo de geradores (três no total) está ligado com um cabo convencional
(690V, trifásico) ao longo de toda a máquina. Um único transformador é usado
para preparar o nível correto de voltagem para a transmissão para terra: a
energia é fornecida à ligação no fundo através de um único cabo umbilical,
sendo a ligação para terra assegurada por um cabo submarino convencional.

Após a construção, a máquina seguiu um programa de testes no mar do Norte,


que foram completados com sucesso. Foi então instalada no European Marine
Energy Centre, nas ilhas Orkney, onde iniciou um programa de testes a longo
prazo. Neste local o desempenho da máquina pode ser verificado pela entrega
de energia eléctrica à rede local, sendo o processo verificado e monitorizado
constantemente.

Módulo de Conversão de Energia 1:1

A construção do primeiro protótipo à escala real foi o resultado de cinco anos


de I&D na OPD. A filosofia da empresa baseou-se na abordagem sistemática

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de todos os elementos cruciais e de possível risco técnico antes da
construção deste protótipo.

Um sistema hidráulico complexo como aquele que se encontra nos módulos


de conversão de energia do Pelamis não seria aprovado para uso nas
indústrias aeroespacial e/ou off shoresem ser testado extensivamente em
terra. A OPD sente que as mesmas diretivas devem ser aplicadas na nova
indústria da energia das ondas.

Em Dezembro de 2002 uma plataforma de testes à escala real foi construída


e o programa de testes em terra iniciou-se.

Dois pares de atuadores foram montados no exterior do módulo de


conversão de energia, simulando a ação das ondas e acionando os sistemas
internos. O extenso programa de teste confirmou a utilização e a fiabilidade
de cada componente antes dos primeiros testes de mar do protótipo 1:1.

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Fotos

Projeto em escala 1:1 pelamis

Implantação do Pelamis na costa

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Layout do funcionamento do Pelamis através do movimento das ondas do mar

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Conclusão

Nos dias atuais estamos vendo novos tipos de equipamentos para usarmos
nas fontes de energia, podendo ser mecânica no caso do Pelamis onde através
das ondas geradas movimentam os pistões e através do processo sendo
transformadas em energia elétrica, pois bem temos algumas vantagens
favoráveis para o pelamis onde é uma energia renovável e livre de qualquer
tipo de poluentes que favorecem o seu uso, porem temos os fatores que
implicam no pelamis sendo: as instalações de potência reduzida; requerem
uma geometria da costa especial e com ondas de grande amplitude;
impossibilitam na maioria dos casos a navegação e a deterioração dos
materiais devido a exposição à água salgada do mar.

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Bibliografia

http://wavec.org/client/files/Livro_EO_IA.pdf

http://umanovaalternativa.com.sapo.pt/pelamis.html

http://en.wikipedia.org/wiki/Pelamis_Wave_Energy_Converter

http://energiasalternativas.webnode.com.pt/energia-das-ondas/

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