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embriologia

Fecundação

- Células haploides (gametas) formados a partir do processo de meiose

MEIOSE: garante a constância do número cromossômico e permite a seleção independente dos cromossomos paternos e
maternos. 2 gametas haploides para formar um organismo diploide

- Espermatozoides: cerca de 200-300 milhões atravessam o canal cervical. Algumas centenas chegam à ampola em tempo
variável (45 min). Homem normal= 100 milhões de espermatozoides/ml

- Ovócito: apenas um, lançado a cada 28 dias, em média. Durante a vida reprodutiva apenas uns 400 ovócitos se tornam
maduros, a maioria se degenera ou não se desenvolve

- Há o deslocamento dos espermatozoides do colo até útero para fecundação, na tuba. A região da ampola é a mais
provável do encontro entre as duas células

- Propulsão do batimento do flagelo, batimento ciliar das células e a produção de líquidos ajudam no transporte das
células

- pH determina a velocidade, quanto mais baixo, mais lenta a velocidade

1: Vagina

2: Muco (Antes da ovulação: mais denso em função da produção de estrógeno)

3: Glândulas uterinas

4: Muco (Depois da ovulação: muco se torna mais fluido para facilitar a fecundação)

Transporte do ovócito:

- Influenciado pelos movimentos das fimbrias e dos cílios do epitélio de revestimento e movimento peristálticos da
parede da tuba uterina

Capacitação espermática:

-É um período de condicionamento no trato reprodutivo com duração de 07h

- Remoção de glicoproteínas e proteínas do sêmen da membrana plasmática sobrejacente a região acrossomica dos
espermatozoides, levando a um desbloqueio do sítio de ligação das proteínas transmembranas do espermatozoide.

- Importante porque só espermatozoides com sítio desbloqueados podem travessar a corona radiata
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Partes do espermatozoide

Importância de grande concentração de mitocôndria – ENERGIA

- Os espermatozoides precisam vencer as barreiras da corona radiata e zona pelúcida antes que possam fertilizar o
ovócito II

- Os espermatozoides capacitados passam pelas células da corona radiata

Interação específica-específica:

- Contato das glicoproteínas da zona pelúcida (principalmente ZP3) que se liga aos receptores do espermatozoide. Essa
interação vai desencadear a reação acrossomica fazendo com que haja a liberação de enzimas

- O próprio movimento do espermatozoide contra as células da corona radiata já estimulas a perfuração da parede do
acrossoma para liberar as -A ZP3 (glicoproteína da zona pelúcida) se liga a 1,4-galactosil transeferase (GalT)que está
presente na parede no espermatozoide, sobre o acrossoma

- Esse contato entre receptor e substrato gera o fluxo iônico, que gera um desequilíbrio do citoesqueleto da região
próxima ao acrossoma. Esse citorsqueleto leva a liberação do conteúdo do material contido no interior do acrossoma.

- Lembrar: acrossoma veio do complexo de Golgi

- Resumindo: a reação acrossomica é a liberação do conteúdo enzimático que estava armazenado para digestão da zona
pelúcida

- Enzimas do acrossoma: hialuronidase, acrosina, neuraminidase, arilsufatase, colagenase, esterase e proteinases acidas.
Importantes para atravessar e destruir as proteínas da zona pelúcida

- A aderência do espermatozoide ao ovócito está diretamente relacionada a integrina proteína transmembrana que
apresenta ligantes na membrana do espermatozoide e essa ponte integrina- ligante que vai oferecer a adesividade da
célula masculina a célula feminina

- Após essa ligação vai ocorrer uma fusão tangencial das membranas. De forma tangencial tem maior quantidade de
ligantes na parede lateral do espermatozoide, fortalece o vínculo da entrada na membrana

- Núcleo e estruturas citoplasmáticas do espermatozoide são incorporadas ao ovócito (inclusive mitocôndria)


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4: Zona pelúcida

3: Espaço perivitelínico

2:Projeções do ovócito para ampliar superfície de contato facilitando nutrição e comunicação entre hormônios e ovócitos

1: grânulos corticais

Depois que espermatozoide se funde a membrana do ovócito

- Bloqueio rápido: após o espermatozoide se fundir com a membrana do ovócito há uma despolarização da membrana,
chamada boqueio rápido

-Na despolarização da membrana plasmática o sódio (Na+) passa para o interior do ovo, ocorrendo também a saída do
potássio (K+). Isso faz com que ocorre mudança do potencial de repouso da membrana muda de -70mV para + 20mV (em
ouriço-do-mar). Duração de aproximadamente 1 minuto.

- O bloqueio é necessário para evitar que outros espermatozoides entrem no ovócito.

Para manter o bloqueio após a despolarização acontece um influxo de cálcio, que provoca a liberação dos grânulos
corticais que apresentam enzimas que irão alterar as características químicas da zona pelúcida.

- A liberação do grânulo é a reação cortical, e a reação cortical caracteriza um bloqueio definitivo

- O conteúdo liberado dos grânulos corticais remove os carboidratos da ZP3, impedindo a sua ligação a membrana
plasmática do espermatozóide; também cliva parcialmente a ZP2, endurecendo a zona pelúcida (Reação de zona).

- Juntas, estas alterações bloqueiam a poliespermia (entrada de mais de um espermatozoide na celula, importante pq
não podemos ter um indiviuo com numero maior de cromossomos da nossa especie). Resultado da poliespermia é a
poliploidia, reposnsável por 20% dos abbortos espontâneos.
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Desenvolvimento embrionário

O desenvolvimento do embrião humano começa com a formação do zigoto, que após passar por muitas divisões
celulares (mitoses), as clivagens, vai se fixar nas paredes do útero (nidação).

Ali se formam novas estruturas (placenta, cordão umbilical, entre outros) e começa a gestação do feto até o seu
nascimento durante o parto.

O processo desde a fecundação até a nidação dura cerca de uma semana, sendo que a primeira divisão do zigoto ocorre
nas primeiras 24 horas a seguir da fertilização

 Ovulação: A ovulação corresponde à primeira etapa do desenvolvimento embrionário. Quando o ovário libera
um óvulo (na verdade é um ovócito secundário) para a tuba uterina, inicia o período fértil;
 Fertilização: Se durante o período fértil, houver contato sexual e os espermatozoides encontrarem o óvulo,
pode ser que um deles consiga fecundá-lo. Caso contrário, a mulher irá ter sua menstruação e recomeçará o
ciclo menstrual até a nova ovulação;
 Formação do Zigoto: Após a fertilização do óvulo há união do núcleos e do conteúdo genético e a formação do
zigoto, que acontece na tuba uterina;
 Clivagens do Zigoto: Em seguida, o zigoto passa por muitas divisões (mitoses) e se encaminha para o útero;
 Nidação: Até chegar no estágio chamado blastocisto, quando irá se fixar nas paredes do endométrio uterino, isso
é chamado de nidação. Se a nidação for bem sucedida iniciará a gestação do embrião. Se não for bem sucedida,
o blastocisto será eliminado na menstruação;
 Formação dos Anexos Embrionários: O embrião continua o seu desenvolvimento com a formação do cório, do
âmnio, do alantoide e do saco vitelínico, cujas funções são proteger, nutrir e realizar as trocas entre o embrião
e meio externo, através do corpo materno;
 Organogênese: formam-se os folhetos embrionários, que são camadas de células que originarão os tecidos e
órgãos do embrião. O processo de formação dos órgãos recebe o nome de organogênese.
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Clivagens do Zigoto

O zigoto é a primeira célula do novo ser. Ele se forma pouco depois do óvulo ser fertilizado pelo espermatozoide, quando
os núcleos das duas células se fundem no processo chamado cariogamia.

Em seguida, o zigoto passa por muitas divisões celulares (mitoses), originando muitas células que permanecem unidas e
formarão o embrião.

A divisão do zigoto, também chamada clivagem ou segmentação, origina inicialmente duas células
chamadas blastômeros.

Em seguida, os blastômeros de dividem novamente, formando 4 células, depois 8 e assim segue até formar muitas células
no estágio da mórula, assim chamada por se assemelhar a uma amora.

A mórula passará por novas divisões formando o blastocisto, que se diferencia por apresentar uma cavidade interna
(blastocela).

Continua o desenvolvimento do blastocisto, que possui uma massa de células germinativas no seu interior, é chamado
de embrioblasto, e irá se fixar na parede do útero.

Se tudo correr bem na implantação ou nidação do blastocisto, continuará o desenvolvimento do embrião e terá início a
gravidez.
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Depois que o embrião se fixa na parede uterina, as células continuarão a se multiplicar formando camadas celulares
chamadas folhetos embrionários ou germinativos.

A partir das camadas celulares mais externas surgem dobras que formarão estruturas com importantes funções durante a
gestação, são chamadas de anexos embrionários. São eles: o cório e o âmnio e o saco vitelínico.

O cório e o âmnio se desenvolvem juntos, o espaço formado pelo âmnio será preenchido pelo líquido amniótico que
protegerá o feto de choques e permitirá que ele se movimente.

O cório é intimamente ligado ao tecido uterino, depois forma projeções formando as vilosidades coriônicas que
penetram na parede uterina e por fim origina a placenta. O saco vitelínico tem no começo da formação do embrião o
papel de realizar a circulação sanguínea.

A partir dos folhetos embrionários serão formados todos os órgãos do embrião, no processo chamado organogênese.


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A PRIMEIRA SEMANA

(SEGMENTAÇÃO ou CLIVAGEM DO ZIGOTO)

A clivagem consiste em repetidas divisões do zigoto, resultando em um rápido aumento do número de células. Primeiro,
o zigoto se divide em duas células conhecidas como blastômeros; estas então se dividem em quatro blastômeros, oito
blastômeros, e assim por diante.

A clivagem normalmente ocorre enquanto o zigoto atravessa a tuba uterina, rumo ao útero. O zigoto ainda se encontra
contido pela substância gelatinosa muito espessa, a zona pelúcida, deste modo, ocorre um aumento no número de
células sem que aumente a massa citoplasmática.

A divisão do zigoto em blastômeros começa cerca de 30 horas após a fertilização. Divisões subsequentes vão se seguindo
e formam blastômeros progressivamente menores. Os blastômeros mudam de forma e se alinham, apertando-se uns
contra os outros para formar uma esfera compacta de células conhecida como mórula. Este fenômeno, chamado de
compactação, é provavelmente mediado por glicoproteínas de adesão da superfície celular.

A compactação permite uma maior interação célula-a-célula e constitui um pré-requisito para a segregação das células
internas que formam o embrioblasto ou massa celular interna do blastocisto. A mórula (do latim, morus, amora), uma
bola sólida de 12 ou mais blastômeros, é formada três dias após a fertilização e penetra no útero. Seu nome provém da
sua semelhança com o fruto amoreira.

A SEGUNDA SEMANA

(FORMAÇÃO DA BLÁSTULA E IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO)


A blástula é o estágio de desenvolvimento embrionário em que, após sucessivas clivagens, centenas de células da mórula
reorganizam-se agregadas e formam uma espécie de bola, com uma cavidade central repleta de líquido que denomina-se
blastocele. Essas células formam uma camada celular chamada blastoderme.

A blástula é o estágio de desenvolvimento embrionário em que, após sucessivas clivagens, centenas de células da mórula
reorganizam-se agregadas e formam uma espécie de bola, com uma cavidade central repleta de líquido que denomina-se
blastocele. Essas células formam uma camada celular chamada blastoderme.
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A blástula sucede a mórula e antecede a gástrula. É, portanto, umas das primeiras fases de formação, antes que o
embrião seja propriamente constituído.

Não se sabe exatamente quanto tempo o óvulo gasta para atravessar a trompa (oviduto). Presume-se que esse tempo
seja de três a quatro dias. No sexto dia da fecundação, o blastocisto “fixa-se” no endométrio do útero, iniciando a fase de
implantação. Nessa fase, o embrião vive à custa do material difusível através do endométrio, uma vez que suas reservas
nutritivas (vitelo) são mínimas.

A implantação ocorre normalmente na parede posterior do corpo do útero, no espaço entre a abertura de glândulas do
endométrio. Não é raro, porém, o blastocisto implantar-se em locais anormais, fora do corpo do útero. Em geral isso leva
à morte do embrião, e a mãe sofre severa hemorragia durante o primeiro ou segundo mês de gestação.

A implantação do blastocisto começa no fim da primeira semana e termina antes do final do segundo. O processo pode
ser sumariado como se segue:

1. A zona pelúcida degenera (quinto dia). O desaparecimento da zona pelúcida resulta do aumento de
tamanho do blastocisto e da degeneração causada por lise enzimática. As enzimas líticas são liberadas
pelos acrossomos dos muitos espermatozoides que rodeiam e penetram parcialmente na zona pelúcida.
2. O blastocisto se liga ao epitélio endometrial (sexto dia).
3. O texofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas, o suncicioblasto e o citotrofoblasto (sétimo
dia).
4. O sincíciotrofiblasto evade os tecidos endometriais (capilares, glândulas, estroma) e o blastocisto começa
a se implantar no endométrio (oitavo dia).
5. Aparecem no sinciciotrofoblasto lacunas repletas de sangue (nono dia)
6. O blastocisto penetra abaixo do epitélio endometrial
7. Redes lacunares são formadas pela fusão de lacunas adjacentes (décimo e décimo primeiro dias).
8. O sinciciotrofoblasto continua a erodir vasos sanguíneos endometriais, fazendo com que o sangue
materno flua para fora das redes lacunares, e se estabelece, assim, uma circulação uteroplacentária
primitiva. (décimo primeiro e décimo segundo dias)
9. A falha no epitélio endometrial desaparece gradualmente, enquanto o epitélio superficial se regenera.
(décimo segundo e décimo terceiro dias).
10.  Desenvolvem-se as vilosidades coriônicas primárias (décimo terceiro e décimo quarto dias).
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A TERCEIRA SEMANA

Este é o inicio do período embrionário, que termina ao final da oitava semana. O rápido desenvolvimento do embrião a
partir do disco embrionário, como resultado de numerosos eventos morfogenéticos, é caracterizado pela formação da
linha primitiva, da notocorda e de três camadas germinativas a partir dos quais todos os tecidos e órgãos embrionários se
desenvolvem.

NEURULAÇÃO

Aos processos envolvidos na formação da placa neural, das pregas neurais e no fechamento delas para formar o tubo
neural dá-se o nome de neurulação. Estes processos estão completados pelo fim da quarta semana, quando ocorre o
fechamento do neurósporo caudal. Durante a neurulação, o embrião pode ser chamado de neurula.

FORMAÇÃO DO TUBO NEURAL: A placa neural aparece como espaçamento do ectoderma embrionário localizado
cefalicamente em relação ao nó primitivo. A placa neural é induzida a formar-se pela notocorda em desenvolvimento e
pelo mesênquima adjacente. Um sulco neural, longitudinal, desenvolve-se na placa neural; o sulco neural ladeado pelas
pregas neurais, que se juntam e se fundem para originar o tubo neural. O desenvolvimento da placa neural e seu
dobramento para formar o tubo neural é chamado neurulação.

FORMAÇÃO DA CRISTA NEURAL: Com a fusão das pregas neurais para formar o tubo neural, células neuroctodérmicas
migram ventrolateralmente para constituir a crista neural, entre o ectoderma superficial e o tubo neural. A crista neural
logo se divide em duas massas que dão origem aos gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhas. Outras células da
crista neural migram do tubo neural e dão origem a varias estruturas.

DA QUARTA A OITAVA SEMANA

Essas cinco semanas constituem a maior parte do período embrionário, que se estende da terceira a oitava semana.
Durante estas cinco semanas, que representam a maior parte do período embrionário, os principais órgãos e sistemas do
corpo são formados a partir das três camadas germinativas.

No inicio da quarta semana, as dobras nos planos mediano e horizontal convertem o disco embrionário achatado em um
embrião cilíndrico em forma de “C”. a formação das dobras cefálica caudal e laterais constitui uma sequência contínua de
eventos que resultam numa constrição entre o embrião e o saco vitelino.

Durante o dobramento, a parte dorsal do saco vitelino é incorporado pelo embrião e dá origem ao intestino primitivo.
Quando a região da cabeça se dobra ventralmente, parte do saco vitelino é incorporado pela cabeça embrionária em
desenvolvimento como o intestino anterior. O dobramento da região da cabeça também faz com que a membrana
orofaríngea e o coração sejam deslocados ventralmente, e que o encéfalo em desenvolvimento se transforme na parte
mais cefálica do embrião.
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Enquanto a região caudal se dobra ventralmente, uma parte do saco vitelino é incorporada à extremidade caudal do
embrião, compondo o intestino posterior. A porção terminal do intestino posterior expande-se para constituir a cloaca. O
dobramento da região caudal também resulta na membrana cloacal, na alantoide, e no deslocamento do pedículo do
embrião para a superfície ventral dele.

O dobramento do embrião no plano horizontal incorpora parte do saco vitelino como intestino médio. O saco vitelino
permanece ligado ao intestino médio por um estreito ducto vitelino. Durante o dobramento no plano horizontal,
Formam-se os primórdios das paredes laterais e ventral do corpo.

Ao se expandir, o âmnio envolve o pedículo do embrião, o saco vitelino e a alantoide, compondo então um revestimento
epitelial para nova estrutura chamada cordão umbilical.

As três camadas germinativas diferenciam-se em vários tecidos e órgãos, de modo que, ao final do período embrionário,
estejam estabelecidos os primórdios dos principais sistemas de órgãos. A aparência externa do embrião é muito afetada
pela formação do encéfalo, coração, fígado, somitos, membros, ouvidos, nariz e olhos. Com o desenvolvimento das
estruturas, a aparência do embrião vai se alterando, e estas peculiaridades caracterizam o embrião como
inquestionavelmente humano.

Com os primórdios das estruturas internas e externas essenciais se formam durante o período embrionário, a fase
compreendia entre a quarta e a oitava semana constitui o período mais crítico do desenvolvimento. Distúrbios do
desenvolvimento nesta altura podem originar grandes malformações congênitas no embrião.
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DA NONA SEMANA ATÉ O NASCIMENTO

(O PERÍODO FETAL)

O período fetal, que começa nove semanas após a fertilização e termina com o nascimento, caracteriza-se pelo rápido
crescimento corporal e diferenciação dos tecidos e órgãos. Uma mudança obvia é a diminuição relativa da velocidade de
crescimento da cabeça, em comparação com o resto do corpo.

No início da vigésima semana aparece o lanugo e o cabelo, e a pele é recoberta pela vernix caseosa. As pálpebras
permanecem fechadas na maior parte do período fetal, mas começam a se abrir por volta da vigésima sexta semana. Até
então, o feto é usualmente incapaz de sobreviver fora do útero principalmente por causa da imaturidade do seu sistema
respiratório.

Até cerca da trigésima semana, o feto tem aparência avermelhada e enrugada por causa de sua pele fina e da relativa
ausência de gordura subcutânea. Em geral, a gordura se forma rapidamente ao longo das últimas seis a oito semanas,
dando ao feto um aspecto liso e rechonchudo. Esse período final (“de acabamento”) é dedicado principalmente à
formação dos tecidos e à preparação dos sistemas envolvidos na transição do meio intra-uterino para o extrauterino,
particularmente o sistema respiratório e cardiovascular. Fetos prematuros nascidos entre a vigésima sexta e a trigésima
sexta semana em geral sobrevivem, mas fetos a termo têm maiores chances de sobrevivência.
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As alterações que ocorrem no período fetal não são dramáticas quanto as do período embrionário, mas são muito
importantes. O feto é menos vulnerável aos efeitos teratogênicos das drogas, vírus e radiação, mas estes fatores podem
interferir com o desenvolvimento funcional normal, sobretudo do cérebro e dos olhos.

Existem várias técnicas disponíveis para avaliar as condições do feto e para diagnosticar certas moléstias antes do parto e
anormalidades do desenvolvimento. Hoje em dia o médico pode determinar se um feto possui ou não certa doença ou
uma malformação congênita, utilizando, por exemplo, a amniocentese e a ultrassonografia. O diagnóstico pré-natal pode
ser realizado cedo o bastante para permitir o aborto seletivo de um feto defeituoso, se esta for a decisão da mãe e se o
procedimento for legal; por exemplo quando forem diagnosticadas anomalias sérias, incompatíveis com a vida pós-natal.

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