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INSTITUTO PERNAMBUCANO DE ENSINO SUPERIOR - IPESU


CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

Bruno Alexandre Reis Silva


Uberlania da Silva Felix

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE VÍTIMA DE


INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)

Recife – PE
2021
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Bruno Alexandre Reis Silva


Uberlania da Silva Felix

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE VÍTIMA DE


INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)

Projeto de pesquisa apresentado ao Instituto


Pernambucano de Ensino Superior (IPESU),
como componente da disciplina Projeto
Técnico Científico, em requisito parcial para
aquisição de grau de Bacharelado em
Enfermagem.
Profª: Drª Giselda Bezerra Correia Neves

Recife – PE
2021
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................04
1.1Justificativa ...........................................................................................................05
1.2Pergunta Norteadora ............................................................................................05
2. OBJETIVOS ..........................................................................................................06
2.1Objetivo Geral .......................................................................................................06
2.2 Objetivos Específicos ..........................................................................................06
3. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................07
3.1 Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Sinais, Sintomas e Tratamento.....................07
3.2 Prevenção e Fatores de Risco para o IAM..........................................................09
3.3 Assistência de Enfermagem no IAM....................................................................10
4. METODOLOGIA ...................................................................................................14
5. CRONOGRAMA ...................................................................................................15
6. ORÇAMENTO .......................................................................................................16
REFERÊNCIAS .........................................................................................................17
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1 INTRODUÇÃO

Doenças Cardiovasculares (DCVs) são aquelas relacionadas ao coração e ao


sistema circulatório do ser humano. No Brasil e no mundo, as DCVs são
consideradas como uma das maiores causas de mortalidade, uma vez que
epidemiologicamente falando, cerca de 47% dos casos de mortalidade com cerca de
15 milhões de óbitos por ano em todo o planeta terra têm relação direta com às
DCVs (CORRÊA; FLAUZINO; CESÁRIO, 2021).
Segundo Ribeiro (2020), somente no Brasil, as DCVs são responsáveis por
aproximadamente trinta por cento da mortalidade anual registrada no Brasil. De
acordo com dados de uma pesquisa publicados pelo Instituo Dante Pazzanese de
Cardiologia, de São Paulo, a maior parte de óbitos causados pelas DCVs, cerca de
60% dos casos, ocorre em pacientes do sexo masculino com faixa etária média de
56 anos de idade. Ainda na mesma pesquisa se verificou que o Brasil se encontra
na lista dos 10 países com maior taxa de DCVs no mundo. Dentre os diversos tipos
de doenças cardiovasculares, pode-se observas as Síndromes Coronarianas
Agudas (SCAs), nas maiorias das vezes oriundas da obstrução coronariana
originada a partir de trombos e vasoespasmo em lesões ateroscleróticas nas
coronárias. É possível observar que as SCAs podem se manifestar de várias
maneiras, tais como: angina instável; infarto agudo do miocárdio; morte súbita; entre
outras.
De acordo com Santos e Cesário (2019), o Infarto Agudo do Miocárdio se
constitui na falência de uma parte do músculo cardíaco devido à ausência de
irrigação do sangue por meio da falta de equilíbrio do oxigênio no miocárdio, o que
acontece em decorrência da ruptura de uma placa de ateroma ou trombo,
culminando na obstrução absoluta da artéria. Vasoespasmo de uma artéria
coronária e necessidade elevada de oxigênio e frequência cardíaca acelerada ou
consumo de cocaína, que também são consideradas causas de IAM.
São funções fundamentais dos profissionais de enfermagem, tanto o
atendimento quanto a análise dos pacientes que apresentam sinais de IAM. Na
grande maioria das vezes, o atendimento emergencial à vítima de IAM é prestado
pelo supracitado profissional, e este profissional precisa ter autonomia para o
reconhecimento eficiente e eficaz dos sintomas para que possa de imediato
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providenciar todos os cuidados pertinentes a situação apresentada (COUTO, et al


2020).
Tão importante quanto o diagnóstico é o acompanhamento dos sintomas do
IAM no paciente, uma vez que tais informações contribuem de forma significativa
para que o profissional de enfermagem posso oferecer a devida assistência de
enfermagem no sentido de restabelecer a devida atividade do miocárdio. Assim, é
possível dizer que é de suma importância que o profissional envolvido no
supracitado procedimento, ofereça uma assistência de enfermagem em alto nível de
qualidade (eficiência e agilidade), incluindo instruções ao paciente de IAM, bem
como aos seus familiares (LIMA; FLAUZINO; CESÁRIO, 2021).

1.1 JUSTIFICATIVA

Frente a um paciente que apresente sinais de IAM, as funções dos


profissionais de enfermagem são fundamentais quanto ao atendimento e análise
destes pacientes. Geralmente, o profissional de enfermagem é o responsável pelo
atendimento emergencial às vítimas de IAM, possuindo autonomia para reconhecer
devidamente os sintomas e, prontamente, providenciar o ECG, além de tomar todas
as demais medidas necessárias, com a finalidade de agilizar ao máximo o
atendimento médico necessário, bem como iniciando os procedimentos de
enfermagem necessários com a maior agilidade e eficiência possível, sabendo-se
que o IAM é responsável por um alto índice de óbitos nas primeiras horas após os
primeiros sintomas indicados pelo paciente (COUTO et al., 2020).

1.2 PERGUNTA NORTEADORA

Quais são as principais características e medidas adotadas pelo profissional


de enfermagem no atendimento a pacientes com IAM que devem ser consideradas
pelo profissional de enfermagem para atender os pacientes de IAM com a maior
eficiência e agilidade possível?
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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Analisar os principais aspectos relacionados à assistência de enfermagem ao


paciente com IAM.

2.2 Objetivos Específicos

● Descrever as principais causas do IAM;


● Observar a necessidade de qualificação/capacitação do profissional de
enfermagem diante do paciente com IAM;
● Descrever “ações” que possam contribuir para maior eficiência e agilidade
possível no atendimento ao paciente infartado.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Sinais, Sintomas e Tratamento

Dentre as doenças que mais causam mortalidade no mundo está o Infarto


Agudo do Miocárdio (IAM). O alto índice de mortalidade causado pelo IAM é
considerado como um grave problema enfrentado por profissionais da saúde,
especialmente, pelos profissionais da área de medicina e de enfermagem. Analisar
de forma precisa a dor comunicada pelo paciente é visto como um dos desafios mais
complexos para os profissionais de saúde que atuam no setor de emergência, uma
vez que existem alguns fatores subjetivos no referido processo, além de uma
considerável dificuldade para mensurar o nível dor de cada indivíduo (PASSINHO et
al., 2018).
Diante do exposto, se percebe a relevância de se conceituar o significado de
dor, a qual é a experiência sensorial e emocional desagradável associada a um
dano real ou potencial dos tecidos, ou descrita em termos de tal dano. (JÚNIOR;
GALVÃO; SOUZA, 2019).
Ouchia et al. (2018), afirma em seus estudos que o IAM é caracterizado pela
interrupção ou redução abrupta do fluxo sanguíneo por um período determinado de
tempo, o que tende a ocasionar a morte das células do músculo cardíaco. Após o
Infarto, as células necrosadas não apresentam mais estímulos elétricos, perdendo
assim suas funções. Geralmente, no infarto agudo do miocárdio o trombo é oclusivo
e mantido, e seu diagnóstico é realizado por meio do Eletrocardiograma (ECG).
Existem vários fatores que podem maximizar o risco de IAM, Passarinho et al.
(2018), afirma que dentre os principais aspectos de risco do IAM, é possível
encontrar os fatores de risco modificáveis e os fatores de risco não modificáveis:
São considerados como fatores de risco modificáveis a dislipidemia, a presença da
hipertensão arterial, o diabetes mellitus, o sedentarismo e a obesidade. Já a faixa
etária e o histórico familiar, são classificadas como os fatores de risco não-
modificáveis, ou seja, os fatores hereditários.
Ainda de acordo com o supracitado autor, dentre os sintomas mais frequentes
em casos de Infarto Agudo do Miocárdio, destacam-se: precordialgia no tórax;
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dispnéia; náuseas; vômitos; transpiração excessiva; pele pálida; suor frio. Em


indivíduos com diabetes, bem como indivíduos idosos e/ou do sexo feminino, é mais
frequente ocorrer o IAM por meio de sintomas atípicos e/ou inespecíficos.
O Infarto Agudo no Miocárdio (IAM) leva a maior parte dos pacientes à óbito
nas primeiras horas em que ocorre. Cerca de 40% a 65% desses óbitos ocorrem nas
primeiras horas do IAM, enquanto os restantes desses óbitos acontecem nas
primeiras 24h após a manifestação do IAM. A dor torácica é classificada como o
principal sintoma entre os pacientes com IAM. A dor torácica pode durar até mais de
20 minutos e é estimulada através da realização de exercícios físicos ou ainda em
decorrência de esgotamento físico e/ou emocional em repouso (estresse). Todavia,
ainda existem outros sinais que o paciente vitimado pelo IAM pode demonstrar,
dentre os quais se destacam a dispneia; náuseas; vômitos; sudorese fria e pegajosa.
A princípio, a análise inicial referente ao IAM é baseada, principalmente, na
entrevista junto ao paciente para verificar o seu histórico, assim como por meio da
realização do Eletrocardiograma (ECG), que tem como finalidade registrar da
atividade elétrica do coração do indivíduo, também devem ser realizados exames de
laboratório com a objetivo de dosar os biomarcadores cardíacos séricos. Segundo
estudos de Ouchia et al. (2017), tão importante quando a realizações do ECG no
paciente com sintomas de IAM, é a realização do Marcadores de Necrose do
Miocárdio (MNM) e do Cateterismo.
Em relação ao tratamento, Silva (2020), defende que se solicite ao indivíduo
com IAM, para mastigar 200mg (ou 300mg) de AAS (Ácido Acetilsalicílico) e
Clopidogrel. O autor ainda sugere que se mantenha o paciente em repouso com o
uso de oxigênio, além e mantê-lo em acessos venosos pérvios, administrar
fibrinolíticos (estreptoquinase) e anticoagulantes (heparina não fracionada), porém, é
de suma importância ressaltar que o tratamento só deverá ser realizado pela a
equipe de enfermagem, após a avaliação e a prescrição médica.
O tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio pode ser estabelecido amparado
em três métodos distintos, a saber a angioplastia coronariana, cirurgia de
revascularização miocárdica e o tratamento medicamentoso (SILVA et al., 2020).
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3.2 Prevenção e Fatores de Risco para o IMA

Muitas vezes as doenças cardiovasculares são causadas por fatores que


podem ser minimizados ou até mesmo eliminados, desde que o indivíduo consiga
manter um hábito saudável garantindo um bem-estar a si próprio.
Existem diversos fatores capazes de alterar a saúde cardiovascular de um
indivíduo, indo desde a antecedência familiar com histórico de diabetes mellitus
(DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS), até mesmo acidente vascular encefálico,
tabagismo, obesidade, sedentarismo, alta densidade de colesterol. Vale salientar
que tais fatores têm a capacidade de maximizar o risco para desenvolver um infarto
agudo do miocárdio. (BRUNORI et al., 2018, p. 3).
É importante ressaltar que esses fatores estão diretamente relacionados com
a boa vontade do indivíduo para elimina-los e em buscar continuamente manter uma
vida saudável, o que irá minimizar ou eliminar os possíveis riscos de uma parada
cardiorrespiratória por falta de cuidados a própria saúde.
De acordo com Pesaro, Serrano e Nicolau (2015), adotar atitudes como a
pratica habitual de exercício físico, uma dieta balanceada, evitar o fumo e álcool,
assim como buscar controlar a pressão arterial e DM, e manter um
acompanhamento médico periodicamente a cada ano são consideradas essencial
para prevenir um IAM ou qualquer outro tipo de doença.
Atuar na prevenção do IAM inclui uma atuação que vai desde o serviço da
unidade básica de saúde (UBS) à hospitalização em unidade de alta complexidade,
é responsabilidade do profissional de enfermagem de cada unidade ou setor expor
as medidas de prevenção do IAM mais adequadas a cada caso, além de
promover/solicitar a capacitação da equipe, para que esta posso estar habita à
perceber e diferenciar os sinais de um infarto, também é pertinente a realização de
palestras em UBS ou até mesmo em pequenas comunidades sobre o infarto
expondo sua definição, surgimento dos sinais e sintomas dessa patologia, os fatores
de riscos, esclarecendo dúvidas e orientando a população a procurar uma unidade
de saúde o mais rápido possível caso tenha as manifestações do infarto, pois quanto
mais diligente procurar um serviço de saúde maior será a chance de não ter
complicações por um IAM.
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Segundo Teixeira, et al., (2015), ações educacionais dirigias à população que


tenha maior probabilidade de desenvolver um IAM que são os hipertensos,
diabéticos, obesos, sedentários, e os que tem o alto índice da taxa do colesterol
elevada a manter em uma taxa equilibrada, têm a finalidade de orientar quanto a
importância da realização anual ou semestral de exames para monitorar o quadro
clinico e atualizar o tratamento com o objetivo de obter sempre o melhor controle
dessas doenças.(TEIXEIRA et al., 2015).
Muitos dos pacientes que se enquadram a descrição acima, não apresentam
uma boa aceitabilidade da ingesta de medicação, o que acarreta em buscar por
alternativas no âmbito familiar a fim de que esse ente seja devidamente medicado,
diante desta realidade, a enfermagem poderá auxiliar na melhor conduta para que
esse utensílio acabe, informar ao cliente que se encaixe nesse quadro de fatores
para um IAM sobre os risco que ele estará correndo caso não tome seus
medicamentos corretamente, informando sobre a grande probabilidade de ter um
infarto fulminante ou outros risco que podem ser gerado pela falta do autocuidado
(BRUNORI et al., 2018).
Diante do exposto, é possível afirmar que a prevenção é fator essencial na
busca por manter uma saúde saudável, especialmente em casos em relação a
prevenção do IAM, uma vez que este acontece de repente, e caso haja demora, por
qualquer motivo, na prestação da assistência de enfermagem, o indivíduo por ele
acometido poderá ter sequelas irreversível ou até mesmo a morte, desta forma,
fazer acompanhamento médico, praticar atividade física, manter uma dieta
balanceada e tomar as medicações receitadas por um profissional de saúde são
atitudes que minimizam os riscos de um infarto agudo do miocárdio (YAZBEK;
MASTROCOLLA; NEGRÃO, 2016).

3.3 Assistência de Enfermagem no IAM

A dor é sempre subjetiva e cada indivíduo aprende a utilizar este termo por
meio de suas experiências e conforme sua intensidade (JÚNIOR; GALVÃO; SOUZA,
2019). Todavia, mesmo levando em consideração a existência da subjetividade e os
aspectos de dificuldade para mensurar a dor de cada indivíduo durante no
diagnóstico de um suposto IAM, tal atividade é de suma importância e extremamente
necessária ao profissional de enfermagem, uma vez que o diagnostico eficiente e
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ágil de IMA é de extrema importância para a análise do quadro clínico do indivíduo.


Assim, para minimizar a possibilidade da aplicação de sub tratamento neste
processo, é necessária uma dedicação total por parte do profissional de
enfermagem, pois para conseguir mensurar a dor de um indivíduo é fundamental
desenvolver habilidades como da observação, do alto nível de capacidade de
percepção, e essencialmente, acreditar e compreender a queixa do paciente em
relação à sua dor (SILVA et al., 2020).
Os aspectos relacionados ao tempo e ao atendimento, durante a análise do
IAM, dos profissionais de enfermagem são essenciais no processo de diagnóstico,
especialmente ao que se refere a identificação do devido tratamento do paciente que
apresenta os sintomas do IAM. Desta forma, se observar que tanto a lentidão na
solicitação do socorro quanto a falta de expertise dos profissionais de saúde
envolvidos no sinistro, podem gerar o pior prognóstico do paciente, uma vez que
cada minuto, de fato, faz a diferença entre a vida e a morte do indivíduo que
apresenta sintomas de IAM e, também é importante compreender que quanto maior
a perda de tempo no período entre os primeiros sintomas até a assistência de
enfermagem ao paciente com IAM, maior será a dimensão da área infartada, e
nesse cenário, o risco de óbito do paciente também cresce.
Para que o profissional de enfermagem consiga prestar assistência de
qualidade é essencial que este consiga diferenciar os sinais e sintomas de IAM, e
isto só é possível se a equipe estiver devidamente treinada para atuar na assistência
ao paciente com Infarto Agudo do Miocárdio, pois é responsabilidade da
enfermagem prestar os cuidados de forma eficaz e eficiente desde a suspeita
diagnostica até a sua alta (MARTINI; SAI, 2019). É essencial que o enfermeiro
esteja presente diretamente na assistência da enfermagem de qualidade de forma
integral para atender as necessidades dos pacientes com IAM.
De acordo como os estudos realizados por Santos, Barbosa e Amorim (2017),
o papel do profissional de enfermagem é essencial na assistência ao paciente com
IAM, uma vez que esse profissional tem a responsabilidade de aplicar a
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), ressaltando que essa é uma
ferramenta cujo principal objetivo consistem em garantir a qualidade dos cuidados
de enfermagem através da prevenção, promoção, recuperação e reabilitação da
saúde do cliente com IAM. Ao aplicar a SAE do cliente vitimado pelo IAM, o
enfermeiro colabora de forma significativa o estabelecimento de prioridades, além de
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auxiliar no planejamento de uma assistência de enfermagem de forma


individualizada com ações voltadas ao problema de saúde apresentado pelo o
indivíduo. Salientando ainda, é de suma importância que o Enfermeiro tenha o
conhecimento de como elaborar os diagnósticos de enfermagem para facilitar a
prescrição dos cuidados.
De acordo com Martini e Sai (2019), a SAE no tratamento do IAM, é
classificada como um instrumento elaborado com a finalidade de implementar e
padronizar a assistência de enfermagem prestada ao paciente, além de auxiliar a
identificação e monitoramento dos demais problemas de saúde desse cliente.
Durante o processo da sistematização da assistência é possível perceber uma
grande eficiência e eficácia, pois o cuidado é prestado de forma rápida e auxilia os
profissionais sobre quais são os cuidados de enfermagem apropriado para o cliente
com Infarto Agudo do Miocárdio.
Nesse sentido, ainda cabe ao enfermeiro, durante a elaboração da SAE,
coletar os dados e fazer os diagnósticos de enfermagem, o que irá possibilitar a
realização de uma investigação holísticas com base nas necessidades básicas do
paciente. Os principais diagnósticos de enfermagem no paciente com IAM são;
Risco para diminuição do débito cardíaco; Débito cardíaco diminuído; Risco para
aspiração, Integridade tissular prejudicada; Risco para Confusão Aguda; Distúrbio no
padrão do sono; Dor aguda; Mobilidade física prejudicada; Déficit no autocuidado;
Risco para infecção e Controle ineficaz do regime terapêutico individual.
(CARVALHO; PAREJA; MAIA, 2018)
De acordo com Santos et al. (2018), as intervenções para de enfermagem
para o paciente com IAM são; Avaliação da dor torácica: localização, radiação,
intensidade e duração; realizar a verificação da circulação: checar os pulsos
periféricos em MMII e MMSS, temperatura das extremidades, cor e edema;
monitorar o ritmo e frequência cardíaca; avaliar o estado neurológico; realizar
balanço hídrico; observar a respiração quanto o ritmo, frequência, esforço e
profundidade; observar presença a tosse; aferir sempre a pressão arterial antes de
administrar quaisquer medicações vasoativas; não administrar em hipótese alguma
vasodilatadores em casos de hipotensão; Sempre checar a frequência cardíaca
antes de administrar qualquer medicação digitálicos, quando a frequência estiver
abaixo de 60 bpm comunicar o enfermeiro; não realizar a administração de
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trombolíticos no caso de suspeitas de dissecção da aorta ou qualquer doença


hemorrágica.
Assim, na sala de emergência, segundo os estudos de Silva et al. (2020),
durante o infarto agudo na sala de emergência os principais cuidados de
enfermagem são: monitorizarão cardíaca contínua com oximetria de pulso, repouso
absoluto no leito, acesso venoso, ofertar oxigênio por meio de cateter nasal de 2 a 4
litros por minuto, realizar o ECG e solicitar exame de marcadores de lesão cardíaca
repetindo o exame após 6 ou 9 horas.
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4. METODOLOGIA

Será realizada uma pesquisa bibliográfica, que irá constituir uma revisão
narrativa de artigos científicos referentes à assistência de enfermagem ao paciente
vítima do infarto agudo do miocárdio. Os resultados das pesquisas serão analisados
e sintetizados, visando aprofundar o conhecimento sobre a temática. Embora não
apresente rigor metodológico, as revisões narrativas são fundamentais na aquisição
e atualização de conhecimento sobre uma temática específica, evidenciando novas
ideias conforme os registros apresentados na literatura. Conforme Gil (2016), a
pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,
principalmente livros e artigos científicos, permitindo ao pesquisador cobrir em seu
trabalho uma dimensão mais ampla do que conseguiria ao pesquisar diretamente.
Serão realizadas buscas eletrônicas de artigos indexados em bases de dados
no período de maio a novembro de 2021, obtendo-se através dos seguintes bancos
de dados online: Scientific Electronic Library online (SciELO), Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Virtual de saúde
(BVS), utilizando-se dos seguintes descritores: Assistência de Enfermagem. Infarto
Agudo do Miocárdio. Sistematização de Assistência.
A pesquisa irá considerar os artigos publicados entre os períodos de 2016 a
2021. Após a leitura minuciosa dos achados, foram selecionados 12 artigos
pertinente ao tema do presente estudo. Foram incluídos os artigos selecionados
conforme relevância ao tema da presente pesquisa, bem como aqueles limitados a
humanos, incluindo-se publicações nos idiomas português, inglês e espanhol,
publicados nos últimos 05 anos.
Em seguida, será realizada a leitura e análise dos títulos e resumos para
verificar se atendem aos critérios de elegibilidade e quando necessário a realização
da leitura completa dos artigos para decidir sobre sua inclusão. Após a pré-seleção
dos artigos, por meio da leitura flutuante dos resumos uma segunda análise será
realizada, através da leitura minuciosa das publicações pré-selecionadas para
15

decidir inclusão e exclusão dessas produções, de acordo com critérios


preestabelecidos.
Assim, os artigos serão analisados, interpretados e apresentados sob a forma
de texto e tabela através de uma avaliação da síntese e considerações de cada
estudo analisado, onde compuseram as seções narrativas do estudo e foram
organizados contendo suas principais informações.
5. CRONOGRAMA

ETAPAS Jan Fev Março Abril Maio Jun


2022 2022 2022 2022 2022 2022
Levantamento Bibliográfico
Leitura do material
Análise crítica do material
Redação do artigo
Revisão do texto
Entrega do artigo
Defesa X
16

6. ORÇAMENTO

DESCRIÇÃO DO QUANTIDADE VALOR VALOR TOTAL


PRODUTO UNITÁRIO (R$)
(R$)

Papel A4 1 resma 32,00 32,00

Caneta 4 und 4,00 16,00


esferográfica

Marca texto 3 und 5,50 16,50

Encadernação 1 10,00 10,00

Impressão 80 1,00 80,00

Grapeador 1 7,00 7,00

Grampos 1 cx 6,50 6,50

Passagem 8 7,00 56,00

TOTAL 224,00

Obs.: Todas as despesas serão de responsabilidade dos pesquisadores


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REFERÊNCIAS
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apresentações da síndrome coronariana aguda. Revista Latino-Americana de
Enfermagem, São Paulo, v. 22, n. 4, p. 1-9, jul 2018.
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Recien. 3(8):5-10.2018.

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perante as intercorrências no pós-operatório de angioplastia coronariana
transluminal percutânea. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 06, Ed. 02, Vol. 09, pp. 05-22. Fevereiro de 2021.

COUTO, M.R.S.C.; et al. El shock cardiogénico y sus implicaciones en el


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LIMA, M.L.S.F.; FLAUZINO, V.H.P.; CESÁRIO, J.M.S. Os procedimentos de


enfermagem realizados a pacientes submetidos ao estudo eletrofisiológico desde a
admissão até a alta hospitalar. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
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PASSINHO, R.S.; et al. Sinais, sintomas e complicações do infarto agudo do


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SANTOS, V.V.; BARBOSA, V.C.S.; AMORIM, C.F. Assistência de enfermagem a


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SANTOS, R.J.; et al. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente


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SILVA, J.R.; PASSOS, M.A.N. Assistência de enfermagem à pacientes vítimas


de infarto agudo do miocárdio: uma revisão integrativa. Revista JRG de
Estudos Acadêmicos - Ano III (2020), volume III, n.7 (jul./dez.)

YAZBEK JR, P.; MASTROCOLLA, L.; NEGRÃO, C. O Exercício, Preparação Fisiológica,


Avaliação Médica, Aspectos Especiais e Preventivos: Retorno à Atividade Física Pós
Tratamento Cardiológico. Ghorayeb N, Barros T, editors. 305. Rio de Janeiro, Ed. Atheneu.
2016.

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