Contabilidade
Aplicada ao
Setor Público
Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Rodrigo Machado
Sumário
Contabilidade Aplicada ao Setor Público. ..........................................................................................................5
Análise Gráfica...................................................................................................................................................................5
NBC TSP Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação
de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público...........................6
Introdução.............................................................................................................................................................................7
Volume e Significâncias das Transações sem Contraprestação...........................................................8
A Importância do Orçamento Público...................................................................................................................9
Função, Autoridade e Alcance da Estrutura Conceitual..........................................................................15
Objetivos e Usuários da Informação Contábil de Propósito Geral das Entidades do
Setor Público.....................................................................................................................................................................18
Características Qualitativas da Informação. ..................................................................................................26
Relevância.......................................................................................................................................................................... 28
Representação Fidedigna.........................................................................................................................................29
Compreensibilidade.. .....................................................................................................................................................31
Tempestividade. . .............................................................................................................................................................32
Comparabilidade............................................................................................................................................................33
Verificabilidade...............................................................................................................................................................35
Restrições acerca da Informação que É Incluída no RCPG.....................................................................39
Materialidade...................................................................................................................................................................39
Custo-Benefício. . .............................................................................................................................................................40
Equilíbrio entre Características Qualitativas...............................................................................................42
Entidade que Reporta a Informação Contábil...............................................................................................42
Características-Chave de Entidades do Setor Público que Reportam Informação. ................43
Elementos das Demonstrações Contábeis. ....................................................................................................44
Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público. .........................................................................45
Visão 4.320/1964 x Normas Brasileiras de Contabilidade...................................................................45
Balanço Patrimonial.. ...................................................................................................................................................47
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Precisa!
Um alerta importante, temos uma grande quantidade de normas brasileiras de contabili-
dade que constaram no edital da SEFAZ AM, mas que não tem questões ainda. Por isso co-
loquei essa aula 80/20 nesse momento, porque concluindo até aqui já terá base para acertar
muitas questões. De agora em diante teremos os conteúdos que poderão representar um di-
ferencial na sua trajetória. Não há questões, mas constam no edital as novas normas. Assim
como pode representar um custo afundado, porque a FGV incluiu novas normas no edital do
TCE-AM, mas não levou para a prova.
Vai depender de caso a caso. Se você estiver com um índice de acerto acima de 80% em
todas as disciplinas, estude as próximas aulas de CASP com força e vigor. Se não for esse o
seu caso, é hora de equilibrar as valências em todas as demais disciplinas. No entanto, não
recomendo que ignore por completo as demais aulas, pelo contrário. Recomendo fortemente
a leitura de pelo menos os resumos das aulas para mitigar os riscos, ok?
Dito isso, mãos à obra!
Abraços,
Prof. Rodrigo Machado
@contabilidade_total
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Quais itens saltam aos olhos? Por ordem, balanço patrimonial (12%), Variações patrimo-
niais + DVP (13%), ativo imobilizado (8%), DFC (5%) e Provisão, passivo e ativo contingente
(4%). Juntas, correspondem a 39% das questões elaboradas pela FGV nos últimos tempos.
Um detalhe, de um total de 13 itens, consideramos somente 5 para chegarmos a esse per-
centual das questões que foram trabalhadas pela FGV nos últimos tempos. Você perceberá
que a FGV tem mudado seu padrão de cobrança de questões nas provas mais recentes, veja:
Essa constatação é algo bastante relevante à nossa revisão! Para o concurso da CGU re-
comendo fortemente o estudo das normas brasileiras de contabilidade que entraram em vigor
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a partir de 2021. Essas normas estão alinhadas com a 9ª edição do MCASP. No nosso curso
abrange as aulas 19 a 28.
Caso não tenha tempo disponível, pelo menos revise os capítulos de “definições”, pois
como são assuntos bastante recentes não creio que a FGV vá criar grandes adaptações. Mi-
nha aposta é que ela abordará apenas conceitos mesmo, já alinhada com seu padrão acadê-
mico de trabalhar.
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Vamos combinar uma coisa. Nem todos os capítulos serão tratados nesta aula, isso por-
que muitos dos conceitos da Estrutura Conceitual já foram apresentados em aulas anteriores
de forma aprofundada para abarcar o assunto da aula. Quer um exemplo? Quando estudamos
o ativo, utilizamos bastante os conceitos presentes na Estrutura Conceitual que fala sobre
mensuração de ativos e passivos. Muito bem, combinadas as regras do jogo, vamos dar início.
Introdução
A Estrutura Conceitual (EC) define que o objetivo principal da maioria das entidades do
setor público é prestar serviços à sociedade, portanto, estas entidades não visam lucro ou
gerar retorno aos seus investidores. Por essa razão, a EC entende que o desempenho de tais
entidades pode ser apenas parcialmente avaliado por meio da análise da situação patrimo-
nial, do desempenho e dos fluxos de caixa.
Porque a maioria das entidades do setor público não possui essa missão de gerar resul-
tados financeiros, seus negócios são voltados para os resultados sociais e com isso, o finan-
ceiro é relegado a segundo plano. Caso sejam avaliadas as demonstrações contábeis de uma
secretaria de educação, por exemplo, é possível que ela apresente uma situação deficitária,
mas atenda às necessidades educacionais. Por outro lado, uma fundação ambiental poderá
apresentar situação superavitária – pelo recebimento das taxas – e ainda cumprir sua função
social. Por isso o “parcialmente”.
Para que os usuários da informação façam suas análises é necessário que conheçam as
informações e para isso seja possível eles devem ter acesso aos Relatórios Contábeis de Pro-
pósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPGs). Os RCPGs fornecem informações aos
seus usuários para subsidiar os processos decisórios e a prestação de contas e responsabi-
lização (accountability). Portanto, sempre que falarmos a respeito dos relatórios contábeis de
propósitos geral devemos nos lembrar da seguinte tríade:
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Sempre, viu! O que a Estrutura Conceitual está dizendo pode exemplificado pela taxa.
Lembra lá do direito tributário? O Prof. Rafael Novais nos ensina que a taxa será paga pelo
contribuinte pelos serviços públicos que são utilizados efetiva ou potencialmente. A utili-
zação potencial é aquela em que o serviço está disponível para determinado indivíduo e ele
pagará pelos serviços, usando ou não. É o caso, por exemplo, de um morador que resolve não
utilizar a rede de esgoto porque fará uso de cisternas. Esse fato não o elidirá da cobrança
da taxa de esgotamento sanitário, afinal de contas, o serviço público está disponível. Esse
é o conceito de utilização potencial e por isso, a EC afirma que, muitas vezes, o valor que o
indivíduo paga não corresponde com aquilo que ele recebe. A importância da natureza das
transações sem contraprestações está no fato de que ela pode impactar a forma pela qual
elas são reconhecidas, mensuradas e evidenciadas, no sentido de dar suporte às avaliações
por parte dos usuários dos serviços e dos provedores de recursos. Literalmente, a Estrutura
Conceitual afirma que:
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A quantidade e a qualidade dos serviços públicos prestados a um indivíduo ou a um grupo de
indivíduos, normalmente, não são diretamente proporcionais ao volume de tributos cobrados. O
indivíduo ou o grupo pode ter que pagar tarifa ou taxa adicional e/ou pode estar sujeito a cobran-
ças específicas para ter acesso a determinados serviços. No entanto, essas operações são, geral-
mente, transações sem contraprestação, porque o valor dos benefícios que indivíduo ou grupo de
indivíduos pode obter não será aproximadamente igual ao valor de quaisquer cobranças pagas por
eles. A natureza das transações sem contraprestação pode impactar a forma pela qual elas são
reconhecidas, mensuradas e evidenciadas, no sentido de dar suporte às avaliações por parte dos
usuários dos serviços e dos provedores de recursos.
Muitos dos programas que existem no setor púbico são de longo prazo e, para sua execu-
ção é necessário que se tenha a arrecadação de tributos e contribuições no futuro, para que
seja garantida, também, sua perenidade. Desses programas decorrem prerrogativas e com-
promissos de arrecadar e cobrar tributos, mas que não se encaixam nas definições de ativo
e passivo, por isso não são reconhecidos nas demonstrações. Atenção a este detalhe trazido
pela Estrutura Conceitual, pois ele poderá ser objeto de cobrança, portanto, grave: nem todas
as prerrogativas e compromissos existentes nos programas do setor público são reconheci-
dos nas demonstrações contábeis.
Por este motivo, é correto afirmar que as demonstrações contábeis não fornecem todas
as informações que os usuários necessitam a respeito dos programas de longo prazo. Além
disso, a Estrutura Conceitual reforça que:
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Os efeitos financeiros de determinadas decisões poderão ser observados após muitos anos. Dessa
forma, os RCPGs, ao conterem informações financeiras prospectivas acerca da sustentabilidade
em longo prazo das finanças e de programas essenciais da entidade do setor público, são do-
cumentos necessários para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e
tomada de decisão.
No setor público a principal finalidade de se manter ativos está voltada para o potencial
de prestação de serviços à sociedade. Sendo que essa é uma das grandes diferenças no pro-
pósito de manutenção de ativos entre o setor público e o privado, pois neste último, o objetivo
é gerar fluxos de caixa para a entidade. Pelas características dos serviços que são presta-
dos, os ativos mantidos pelas entidades do setor público possuem características bastante
peculiares, como são os ativos de infraestrutura e os ativos militares e por estas peculiari-
dades, podem existir limitações ao mercado destes ativos. Além das limitações de mercado,
estes ativos podem exigir elevadas adaptações para que possam ser utilizados por outros
operadores.
Por causa destes fatores há impactos nos critérios de mensuração destes ativos que de-
mandam ações de solução pelas entidades do setor público. Ainda dentro dessa abordagem
de características específicas para os ativos que são mantidos pelas entidades do setor pú-
blico, a Estrutura Conceitual especifica que:
Governos e outras entidades do setor público podem manter itens que contribuam para o legado
cultural e histórico da nação ou da região, como, por exemplo, obras de arte, prédios históricos e
outros artefatos. Os entes públicos também podem ser responsáveis por parques nacionais e ou-
tras áreas naturais relevantes com fauna e flora nativas.
Vale frisar que estes itens não são mantidos para venda futura, mesmo que exista merca-
do ativo. Estes ativos são mantidos para a preservação, para que possa beneficiar a geração
atual e futuras. Há outros ativos que as entidades do setor público mantêm, que possuem
características peculiares como os outros, mas apresentam um viés financeiro, como são os
casos das reservas minerais, água, áreas de pesca, florestas e o espectro eletromagnético
(bandas de frequência de transmissões de telecomunicações). O viés financeiro destes ativos
está relacionado ao seu potencial de gerar recursos por meio da cobrança, pelas entidades do
setor público, de licenças, royalties e arrecadação de tributos pela utilização desses recursos.
No que se refere aos passivos, as entidades do setor público incorrem em passivos para
que possam alcançar seus objetivos, portanto, incorrem em passivos para que possam pres-
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tar serviços. Muitos dos passivos que são obtidos pelas entidades do setor público são de-
correntes de transações sem contraprestação, inclusive, aqueles relacionados aos progra-
mas com benefícios sociais. Além destes fatores, muitos passivos das entidades do setor
público podem decorrer de outras situações, como é o caso de passivos por entidades que
obtém operações de créditos para cobrir problemas financeiros momentâneos ou, ainda, a
transferência de recursos para reparos de desastres naturais.
(a) Estatísticas de Finanças Públicas (EFP) do Setor Governo Geral (SGG), com o propósito de per-
mitir a análise macroeconômica e a tomada de decisão; e
(b) Demonstrações Contábeis de Propósito Geral (Demonstrações Contábeis) para a prestação de
contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão ao nível da entidade, incluindo as
demonstrações contábeis consolidadas do governo.
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São distintos os objetivos das informações que são geradas pelas entidades do setor pú-
blico e podem ocasionar interpretações diferentes para o mesmo fenômeno analisado, mas
vale frisar que a Estrutura Conceitual recomenda que, sempre que possível, devem buscar o
alinhamento dessas informações.
Possuem sim, na verdade, são muitas informações em comum, pois ambas as estruturas
estão voltadas para:
• informação contábil, baseada no regime de competência;
• ativos, passivos, receitas e despesas governamentais; e
• informações abrangentes sobre os fluxos de caixa.
Há, também, as diferenças que existem entre elas e é nesse ponto que se deve manter
atenção, pois as bancas examinadoras costumam gostar desses assuntos. As diretrizes das
normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público e os relatórios de estatísticas
de finanças públicas possuem objetivos distintos, vejamos:
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Objetivos
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Por fim, devemos destacar que os objetivos e alcance distintos levam ao tratamento, tam-
bém distinto, de algumas transações e eventos. A eliminação de algumas diferenças não fun-
damentais para os objetivos das duas estruturas são fundamentais e trazem benefícios para
os usuários das informações contábeis e das EFP.
A estrutura conceitual detalha que o uso de um único sistema para gerar as informações
contábeis e EFP proporciona vantagens, tais como:
• qualidade,
• tempestividade, e
• compreensibilidade dos relatórios que são gerados.
Objetivos
NBC TSP Relatórios de Estatísticas de Finanças Públicas
analisar opções de política fiscal, definir essas
Fornecimento de informações úteis políticas e avaliar os seus impactos;
sobre a entidade que reporta a determinar o impacto sobre a economia; e
informação, voltadas para os usuários comparar os resultados fiscais nacional e
dos RCPGs para fins de prestação internacionalmente.
de contas e responsabilização O foco é sobre a avaliação do impacto do Setor
(accountability) e para a tomada de do Governo Geral e do setor público em geral
decisão. sobre a economia, no âmbito da estrutura
conceitual das estatísticas macroeconômicas.
Letra d.
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A Estrutura Conceitual (EC) tem como função estabelecer os conceitos fundamentais para
a elaboração e para a divulgação dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades
do Setor Público (RCPGs). Afirma também que estes relatórios devem ser elaborados seguin-
do o regime de competência. Além disso, a EC será base fundamental para que o Conselho
Federal de Contabilidade (CFC) elabora as demais normas de contabilidade a serem aplicadas
no setor público.
Autoridade
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Uai, professor, então não é a Estrutura Conceitual que orienta o tratamento a ser dado pela
contabilidade aplicada ao setor público?
Não é bem assim. A Estrutura Conceitual traz os conceitos gerais, é como se ela fosse
uma lei geral. As demais normas brasileiras de contabilidade possuem os tratamentos espe-
cíficos e devem ser utilizadas como referência dentro do seu campo de atuação. Por exemplo,
o tratamento dos ativos imobilizados deve ser realizado com base na NBC TSP 07 e não com
a Estrutura Conceitual. Mas isso não significa dizer que a EC será ignorada, porque ela poderá
ser utilizada subsidiariamente.
Ah, entendi, e acontecer algum conflito entre as NBC TSP e a EC, quem prevalecerá?
Nesse caso, prevalecerá a NBC TSP. Em uma analogia com os princípios do Direito, po-
demos dizer que a EC é a regra geral e as NBC TSP, regras específicas. Em aparente conflito
das normas, usam-se as regras da norma específica, correto? No âmbito contábil é a mesma
coisa. Há conflito aparente entre Estrutura Conceitual e NBC TSP? Aplicam-se os conceitos
de reconhecimento, mensuração e apresentação das transações que são apresentados pe-
las NBC TSP.
Os RCPGs podem compreender múltiplos relatórios, sendo que cada um deles atende a
certos aspectos dos objetivos e do alcance da elaboração e divulgação da informação con-
tábil. Os relatórios contábeis abrangem as demonstrações contábeis, as notas explicativas e
todas as demais informações que aprimoram, complementam e suplementam as demonstra-
ções contábeis.
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Professor, então quer dizer que a estrutura conceitual define o conteúdo do que deve
constar no RCPG e ele será padronizado?
Não. A estrutura conceitual dá as diretrizes que devem ser observados pelos elaboradores
dos relatórios contábeis, para que eles cumpram seu papel de instrumento de prestação de
contas, tomada de decisão e responsabilização. Contudo, vale frisar que a estrutura conceitual
não determina ou orienta acerca do conteúdo dos relatórios, pois há particularidades em cada
entidade do setor público e que tornaria essa inclusão de conteúdo como algo improdutivo.
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Em capítulo anterior a estrutura afirma que os RCPGs não são elaborados para atender
a necessidades específicas de determinado grupo de usuários, mas agora ela afirma que os
objetivos da elaboração e divulgação da informação contábil são determinados com base nos
usuários dos RCPGs e suas necessidades de informações. O que se tem observado é que as
bancas vêm elaborando questões e apresentando gabaritos com a primeira observação, mas
devemos nos manter atentos.
Os governos necessitam de recursos para que possa prestar serviços aos cidadãos e
a outros usuários e, para que isso seja possível é necessário que sejam obtidos recursos
financeiros. Os recursos financeiros têm origem dos contribuintes, doadores, credores por
empréstimos e outros provedores de recursos. Todos os agentes envolvidos no processo de
recursos para os governos e, também, o recebimento de serviços públicos, dependem das
informações geradas pelos relatórios contábeis de propósitos geral para que possam tomar
suas decisões.
Como consequência, os RCPGs devem ser elaborados e divulgados, principalmente, para
atender às necessidades de informações dos usuários dos serviços e dos provedores de re-
cursos, quando estes não detêm a prerrogativa de exigir que a entidade do setor público di-
vulgue as informações que atendam às suas necessidades específicas.
Além dos usuários que recebem a prestação dos serviços e os que contribuem para os
governos com a entrega de recursos financeiros, a EC detalha outros usuários das informa-
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ções apresentadas pelo RCPG: o Legislativo. Esse usuário, que é considerado primário, utiliza
extensiva e continuamente esses relatórios enquanto atuam como representantes dos in-
teresses dos usuários de serviços e dos provedores de recursos. Assim, é possível elaborar
mais um daqueles esquemas gráficos:
São usuários das informações contábeis apresentadas nos relatórios contábeis de propósito
geral os usuários dos serviços públicos prestados pelas entidades do setor público. A estes
devem ser adicionados os provedores de recursos – os que aportam recursos nas entidades
públicas por meio de investimentos. Por fim, também são usuários os representantes desses
dois primeiros grupos, sendo este último o poder legislativo.
Letra e.
A estrutura conceitual especifica que os RCPGs que são elaborados para atender às ne-
cessidades de informações dos usuários dos serviços e provedores de recursos com a fi-
nalidade de prestação de contas, responsabilização e tomada de decisão podem ser úteis a
outros usuários. A EC especifica quais são estes usuários, de forma não exaustiva, são eles:
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Além deste escopo, existem as entidades que possuem as prerrogativas de exigir a ela-
boração dos relatórios estruturados para atender às suas necessidades e exemplo dessas
entidades são:
• agências reguladoras e supervisoras;
• entidades de auditoria;
• comissões do poder Legislativo ou de outro órgão do governo;
• órgãos centrais de orçamento e controle;
• agências de classificação de risco; e
• em alguns casos, entidades emprestadoras de recursos e de fomento.
A estrutura conceitual reafirma que mesmo que estes últimos usuários encontrem in-
formações úteis nos relatórios gerados, eles não são os usuários primários da informação
contábil divulgada.
A principal função dos governos é manter serviços que aprimorem o bem-estar dos ci-
dadãos. Esses serviços podem ser programas e políticas de bem-estar, educação pública,
segurança nacional e defesa nacional, por exemplo e, na maioria dos casos, esses serviços
são oferecidos sem contraprestação e um ambiente não competitivo.
No que se refere às prestações de contas, os governos devem apresentá-las aos seus
provedores de recursos e, também, àqueles que recebem serviços públicos. A estrutura con-
ceitual justifica essa relação da seguinte maneira:
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No ato de prestar contas, a estrutura conceitual especifica que os governos devem apre-
sentar, também, informação sobre o desempenho da prestação de serviços durante o exercí-
cio, assim como a capacidade de manter o nível de serviço em períodos futuros.
(a) credores, doadores e outros que proveem recursos voluntariamente, incluindo transação com
contraprestação, tomam decisões sobre se proveem recursos para dar suporte às atividades atu-
ais ou futuras do governo ou de outra entidade do setor público. Em algumas circunstâncias, os
membros do legislativo ou órgão representativo semelhante, que dependem dos RCPGs para obter
a informação de que necessitam, podem tomar ou influenciar as decisões sobre os objetivos da
prestação do serviço dos departamentos, órgãos ou programas do governo e os recursos alocados
para dar suporte à sua realização; e
(b) os contribuintes normalmente não proveem recursos ao governo ou a outra entidade do setor
público voluntariamente ou como resultado de transação com contraprestação. Além disso, em
muitos casos, eles não detêm a prerrogativa de escolher se aceitam ou não os serviços prestados
pela entidade do setor público ou de escolher um prestador alternativo do serviço. Consequente-
mente, eles têm pouca capacidade direta ou imediata para tomar decisões sobre prover recursos
ao governo, sobre os recursos a serem alocados para a prestação dos serviços por entidade do
setor público em particular ou, ainda, se compram ou consomem os serviços prestados. Entre-
tanto, os usuários dos serviços e os provedores de recursos podem tomar decisões sobre as suas
preferências de voto e das representações que delegam aos eleitos ou aos órgãos governamentais
― essas decisões, em tese, podem ter implicação na alocação de recursos para determinadas en-
tidades, setores ou serviços públicos.
A própria estrutura conceitual cuidou de detalhar essas informações, pois de acordo com
ela: “as informações sobre os custos, a eficiência ou a eficácia das atividades de prestação de
serviços no passado, o montante e as fontes de recuperação de custos e os recursos disponí-
veis para dar suporte às atividades futuras, são necessárias para o atendimento da prestação
de contas e responsabilização (accountability)”. Além disso, estas informações serão úteis
aos doadores e outros provedores de recursos para as suas tomadas de decisões.
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A estrutura conceitual alerta que muitas vezes a informação que os usuários e os prove-
dores necessitam se sobrepõem. Contudo, os usuários de serviços estão preocupados com
questões do tipo:
(a) a entidade está utilizando os recursos com eficácia, eficiência e economicidade, e da maneira
pretendida, e se tal uso corresponde ao interesse público;
(b) o alcance, o volume e o custo dos serviços prestados durante o exercício são apropriados, bem
como os montantes e as fontes de recuperação dos custos; e
(c) a carga tributária atual e outros recursos angariados são suficientes para manter o volume e a
qualidade dos serviços prestados atualmente.
Por sua vez, os provedores de recursos requerem informações para avaliar se a entidade:
(a) está alcançando os objetivos estabelecidos de modo a justificar os recursos angariados duran-
te o exercício;
(b) financiou as operações atuais a partir dos recursos angariados dos contribuintes, de emprésti-
mos ou de outras fontes no período atual; e
(c) provavelmente necessita de recursos adicionais (ou menos recursos) no futuro e as fontes pro-
váveis destes recursos.
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As informações que são apresentadas pelo RCPG podem ser detalhadas em cinco gran-
des grupos, sendo eles:
• Situação patrimonial, desempenho e fluxos de caixa;
• Informação orçamentária e cumprimento da legislação ou outra regulamentação rela-
tiva à captação e à utilização de recursos;
• Resultado da prestação de serviços;
• Informações financeiras e não financeiras prospectivas; e
• Informação explicativa.
Peraí, professor, o que você quis dizer com recursos da entidade e demandas da entidade
sobre esses recursos?
Estes são nomes interessantes que a EC deu para o ativo e passivo dos governos e outras
entidades do setor público. Portanto, os recursos da entidade são sinônimo de ativo e, por sua
vez, as demandas da entidade em relação a esses recursos é sinônimo de passivo. A situação
patrimonial possibilitará que os usuários avaliem questões como:
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Literal, né?
Letra e.
Os recursos da entidade são sinônimo de ativo e, por sua vez, as demandas da entidade
em relação a esses recursos é sinônimo de passivo. A situação patrimonial possibilitará que
os usuários avaliem questões como:
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No que toca à avaliação de fluxo de caixa, a estrutura conceitual destaca que ela pos-
sibilitará:
(a) a conformidade com os orçamentos aprovados e outra regulamentação relativa às suas ope-
rações;
(b) as atividades de prestação de serviços e os seus respectivos resultados durante o exercício; e
(c) as expectativas relacionadas às atividades da prestação de serviços e outras atividades no
futuro, bem como as consequências, em longo prazo, das decisões tomadas e das atividades rea-
lizadas durante o exercício, inclusive aquelas que possam impactar as expectativas sobre o futuro.
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Os RCPGs fornecem informação sobre os resultados (sendo descritos como “superávit ou dé-
ficit”, “lucro ou prejuízo”, ou por outros termos cabíveis), o desempenho e os fluxos de caixa da
entidade durante o exercício, os ativos e os passivos na data do relatório e as alterações realiza-
das nesses itens durante o período (situação patrimonial), bem como os resultados obtidos na
prestação de serviços.
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De acordo com a Estrutura Conceitual, essas características qualitativas estão divididas entre:
• Relevância;
• Representação fidedigna;
• Compreensibilidade;
• Tempestividade;
• Comparabilidade; e
• Verificabilidade.
Letra a.
Para que as entidades possam gerar informações úteis e incluí-las em seus RCPGs elas
passam por diversas restrições. Nesse sentido, temos a materialidade, o custo-benefício e o
alcance do equilíbrio apropriado entre as características qualitativas, como as principais res-
trições que são enfrentadas pelas entidades do setor público.
Professor, então quando uma entidade está preparando e divulgando um RCPG ela deve
incluir todas as características qualitativas?
A estrutura conceitual alerta que nem sempre será possível, isso porque cada uma das
características qualitativas é integrada e funciona em conjunto com as outras característi-
cas, de modo a fornecer informação útil nos RCPGs para cumprir os objetivos da informação
contábil. Entretanto, na prática, talvez não seja possível alcançar todas as características
qualitativas e, nesse caso, um equilíbrio ou compensação entre algumas delas poderá ser
necessário.
Relevância
As informações financeiras e não financeiras são relevantes caso contribuam significati-
vamente para o cumprimento dos objetivos da elaboração e divulgação da informação contá-
bil. Estas informações financeiras e não financeiras serão capazes de exercer essa influência
quando possuírem os atributos de valor confirmatório, preditivo ou ambos.
Professor, quando um usuário resolve não utilizar determinada informação, ela deixa de
ser relevante?
Não. De acordo com a estrutura conceitual, o fato de uma informação não ser utilizada
pelo usuário não faz com que ela perca a sua relevância.
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A informação que confirma ou refuta expectativas passadas pode reforçar ou alterar ex-
pectativas sobre o desempenho e os resultados da prestação de serviços que possam ocorrer
no futuro. Por fim, a estrutura conceitual afirma que as funções confirmatórias e preditivas
são inter-relacionadas, pois:
a informação sobre o nível e a estrutura atual dos recursos da entidade e as demandas por esses
recursos auxilia os usuários a confirmarem o resultado das estratégias de gestão durante o perí-
odo, além de preverem a capacidade da entidade em responder às mudanças e às necessidades
previstas relacionadas à prestação de serviços no futuro. A mesma informação auxilia a confirmar
ou a corrigir as expectativas e previsões passadas dos usuários acerca da capacidade da entidade
de responder a tais alterações. Auxilia também a confirmar ou corrigir as informações financeiras
prospectivas incluídas nos RCPGs anteriores.
Representação Fidedigna
Para que uma informação seja útil ela deverá representar com fidedignidade a informação
que ela se propõe a representar e a representação fidedigna é satisfeita quando ela é livre de
erro material, neutra e completa. Uma informação será considerada com representação fide-
digna quando ela expressar a essência econômica e não apenas a forma jurídica do evento.
Na prática, pode não ser possível afirmar que uma informação seja neutra, livre de erro
material e completa, no entanto, a estrutura conceitual recomenda que a informação deve ser
neutra, livre de erro material e completa tanto quanto seja possível. Vale frisar que a omissão
de informações pode fazer com que a representação daquilo que o RCPG se propõe a repre-
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sentar sejam falsas ou enganosas. Por óbvio, diante destas características, as informações
perderão seu atributo de utilidade para os usuários.
Nesse aspecto a estrutura conceitual exemplifica as informações que devem ser tratadas
no imobilizado, mas que servem de parâmetro para todas as demais informações, nos se-
guintes termos:
a descrição completa de item do imobilizado nos RCPGs deve incluir a representação numérica do
montante agregado do item juntamente com outras informações quantitativas, descritivas e expli-
cativas necessárias para representar fielmente essa classe de ativo. Em alguns casos, isso pode
incluir a evidenciação de informação sobre questões, tais como: as classes importantes do imobili-
zado; os fatores que afetaram a sua utilização no passado ou que podem impactar a sua utilização
no futuro; e a base e o processo para determinar a sua representação numérica. Do mesmo modo,
as informações financeiras e não financeiras prospectivas e a informação sobre o cumprimento
dos objetivos e dos resultados incluídos nos RCPGs devem ser apresentadas em conjunto com as
premissas-chave e quaisquer explicações que sejam necessárias para assegurar que a sua repre-
sentação seja completa e útil para os usuários.
Por exemplo, a seleção de uma informação poderá ser realizada de uma maneira que ve-
nha a influenciar a avaliação dos usuários acerca da prestação de contas e responsabilização
(accountability) por parte da entidade, para uma decisão ou julgamento que está para ser feito,
ou, ainda, para induzir a determinado comportamento.
Professor, então quer dizer que a informação neutra não vai influenciar o comportamento
de nenhum usuário?
Não é bem assim. A informação neutra é aquela representa fielmente aquilo que se pro-
põe a representar, sem ser selecionada previamente para induzir a determinada conclusão ou
comportamento de seus usuários. Contudo, exigir que a informação incluída nos RCPGs seja
neutra não significa que não haja propósito ou que não influencie algum comportamento. A
relevância é uma característica qualitativa, e, por definição, a informação relevante é capaz de
influenciar as avaliações e as decisões dos seus usuários.
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Ainda em relação à representação fidedigna deve ser destacado que a geração da in-
formação ocorre em ambiente de incerteza. Por essa razão, a informação que é trabalhada
no RCPG frequentemente trabalha com estimativas que incorporam um nível de julgamento
profissional – a exemplo das provisões de contingências. A previsão de estimativas na in-
formação contábil não impede que esta mesma informação seja fidedigna, mas ela deve ser
elaborada com base em dados apropriados e cada um destes dados devem refletir adequa-
damente a melhor informação disponível. Por esse motivo, a estrutura conceitual recomenda
que os responsáveis pela elaboração das informações que serão apresentadas nos RCPG
trabalhem cuidado ao se lidar com condições de incerteza. Ainda de acordo com a estrutura
conceitual, às vezes, pode ser necessário divulgar explicitamente o nível de incerteza das in-
formações financeiras e não financeiras para representar fielmente fenômenos econômicos
ou de outra natureza.
O último aspecto da representação fidedigna é que a informação deve estar livre de erro
material. Uma informação estará livre de erro material quando não há erros ou omissões
que sejam individualmente ou coletivamente relevantes na descrição do fenômeno, e que o
processo utilizado para produzir a informação relatada foi aplicado conforme descrito. Sobre
esse aspecto, a estrutura conceitual orienta da seguinte forma:
Em alguns casos, pode ser possível determinar a exatidão de alguma informação incluída nos RCP-
Gs, por exemplo, o montante da transferência de disponibilidades para outra esfera de governo, o
volume dos serviços prestados ou o valor pago pela aquisição de item do imobilizado. Entretanto,
em outros casos pode não ser possível determinar a exatidão da informação, por exemplo, pode
não ser possível estimar a eficácia de programa de prestação de serviços com exatidão ou o valor
ou custo do item. Nesses casos, a estimativa está livre de erro material se o montante for descrito
claramente como sendo uma estimativa, se a natureza e as limitações do processo de estimativa
forem explicadas e se nenhum erro material tiver sido identificado na seleção e na aplicação do
processo de elaboração da estimativa.
Compreensibilidade
A compreensibilidade é a qualidade da informação que permite que ela seja compreen-
dida por seus usuários. Para que ela atenda a essa necessidade, a estrutura conceitual re-
comenda que:
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Professor, não seria mais apropriado excluir uma informação complexa dos RCPGs do
que incluir e esperar que os usuários dependam de terceiros para compreendê-la?
Não. A estrutura conceitual recomenda o contrário. Ela afirma que os elaboradores dos
RCPGs devem dispender todos os esforços para tornar os fenômenos econômicos ou de ou-
tra natureza compreensíveis para a grande quantidade de usuários e que uma informação não
deve ser excluída porque é complexa ou de difícil compreensão para alguns usuários sem a
devida assistência.
Tempestividade
Uma informação tempestiva é aquela que está disponível para seus usuários antes que
ela perca a sua capacidade de ser útil para os fins a que se propõe: prestação de contas, to-
mada de decisão e responsabilização. Por isso a estrutura conceitual afirma que quanto mais
rápido um usuário obtém a informação, mais útil ela será no processo de apoio à tomada de
decisão e à medida que o tempo passa, a utilidade de informação diminui. Vale destacar que
uma informação poderá continuar sendo útil após a divulgação do RCPGs, inclusive, por bas-
tante tempo.
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Comparabilidade
A comparabilidade é a qualidade da informação que possibilita que os usuários realizem
comparação entre dois ou mais itens e possa identificar semelhanças e diferenças. A estru-
tura conceitual detalha que a comparabilidade não é uma qualidade de item individual, pois
para que seja possível realizar uma comparação é necessária a existência de, no mínimo, dois
itens. Por exemplo, o usuário poderá comparar dois períodos distintos de uma mesma enti-
dade ou comparar duas entidades distintas:
Consistência Comparabilidade
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A utilidade destas informações poderá ser aprimorada se puderem ser comparadas com,
por exemplo:
(a) informações financeiras e não financeiras prospectivas anteriormente apresentadas para aque-
le exercício ou data do relatório;
(b) informação similar sobre a mesma entidade referente a algum outro exercício ou a algum outro
momento no tempo; e
(c) informação similar sobre outras entidades (por exemplo, entidades do setor público prestando
serviços semelhantes em jurisdições distintas) para o mesmo exercício.
Professor, existe alguma característica ou ação que possa ser realizada que venha a apri-
morar a comparabilidade?
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Existe, sim. A aplicação consistente dos princípios contábeis, das políticas e da base de
elaboração para as informações financeiras e não financeiras prospectivas aprimora a utili-
dade de qualquer comparação entre os resultados projetados e os reais.
Verificabilidade
A verificabilidade é uma qualidade da informação contida nos RCPG que tem relação com
a fidedignidade, pois a verificabilidade é a qualidade da informação que ajuda a assegurar
aos usuários que a informação contida nos RCPGs representa fielmente os fenômenos eco-
nômicos ou de outra natureza que se propõe a representar. A estrutura conceitual, nos trouxe
o conceito de suportabilidade ao detalhar a verificabilidade. De acordo com o documento, a
suportabilidade é:
a qualidade referente àquilo que dá suporte a algo, algumas vezes é utilizada para descrever esta
qualidade, quando aplicada em relação à informação explicativa e à informação quantitativa finan-
ceira e não financeira prospectiva divulgada nos RCPGs.
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Direta Indireta
Esquematizando:
No que se refere à qualidade da verificabilidade (ou suportabilidade), ela não será abso-
luta. Uma informação poderá ser mais ou menos verificável que outra, contudo, a estrutura
conceitual alerta que quanto mais verificável for a informação incluída nos RCPGs, mais se irá
assegurar aos usuários de que a informação representa fielmente os fenômenos econômicos,
ou de outra natureza os quais se pretende representar.
Vale frisar que a estrutura conceitual detalha que os RCPGs poderão contar com informa-
ções financeira e outras informações quantitativas, além de detalhar sobre:
• influências-chave a respeito do desempenho da entidade durante o período;
• efeitos ou resultados futuros projetados dos programas de prestação de serviços rea-
lizados durante o período; e
• informações financeiras e não financeiras prospectivas.
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Contudo, pode não ser possível verificar a exatidão de todas as representações quantita-
tivas e explicações das informações até o período futuro.
Professor, como não é possível assegurar a exatidão, como melhorar essa situação?
Para ajudar a assegurar aos usuários de que a informação quantitativa financeira e não financeira
(prospectivas) e as explicações incluídas nos RCPGs representam fielmente os fenômenos econômi-
cos ou de outra natureza os quais se pretende representar, deve haver transparência nas premissas
observadas em relação à informação divulgada, nas metodologias adotadas na compilação dessa
informação e nos fatores e nas circunstâncias que apoiam quaisquer opiniões expressas ou eviden-
ciações feitas. Isso possibilita aos usuários formar opinião sobre a adequabilidade dessas premissas
e sobre o método de compilação, mensuração, representação e interpretação da informação.
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Adendo: a verificabilidade foi trabalhada pela FGV como capacidade de verificação, meio doi-
da, mas nada que viesse a impactar negativamente na análise objetiva pelo candidato.
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Não temos. A materialidade depende tanto da natureza quanto do montante do item ana-
lisado dentro das particularidades de cada entidade. Um valor material para o Ministério da
Educação será diferente do valor material de uma secretaria de educação de um município,
por exemplo. É por essa razão que a estrutura conceitual detalha que a análise e definição de
materialidade deve ser considerada de acordo com as particularidades de cada entidade do
setor púbico. Outra razão que impede a definição do que é ou não material é que os RCPGs
podem englobar informação qualitativa e quantitativa acerca do cumprimento da prestação
de serviços durante o período de referência e das expectativas sobre a prestação de serviço
e o desempenho no futuro.
Professor, então, considerando as particularidades, qual o caminho para definir o que ma-
terialidade para uma entidade?
Nestes contextos e ambientes, os usuários dos RCPGs devem levar em conta informações
financeiras e não financeiras prospectivas, o conhecimento de quem as elabora e as expecta-
tivas acerca do futuro. Nesse aspecto, a estrutura conceitual especifica que:
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Por fim, cumpre frisar que a materialidade é considerada como uma restrição na infor-
mação que é incluída nos RCPGs, sendo que esta restrição deverá ser considerada quando
as demais normas brasileiras de contabilidade forem elaboradas e revisadas futuramente.
Segundo a estrutura conceitual “deve-se considerar a materialidade dos efeitos da aplicação
de uma política contábil específica”, sendo essa recomendação direcionada aos responsáveis
por elaborar as normas. Para os elaboradores dos RCPG a recomendação é que “ao elaborar
os RCPGs, deve considerar também a materialidade, por exemplo, da aplicação de uma políti-
ca contábil específica e da evidenciação em separado de determinados itens da informação”.
Custo-Benefício
O custo-benefício da informação também é uma restrição, isso porque gerar informação
contábil demanda recursos – que é um item sempre escasso. Por esse motivo, a análise do
custo-benefício impõe que os seus custos e seus benefícios devem justificar-se. Contudo, a
estrutura conceitual especifica que não é possível avaliar todos os custos e todos os benefí-
cios que são gerados pela informação contábil e, por esse motivo, é um julgamento de valor.
Quando se fala em custos de gerar informação contábil deve ser destacado que eles exis-
tem tanto para quem elabora a informação, como para os usuários. A geração de custos da
informação contábil é segregada da seguinte forma:
A estrutura conceitual alerta que os usuários também incorrem em custos nos casos de
omissão da informação útil, incluindo nesse escopo os custos em que os usuários incorrem
na obtenção de informação necessária de terceiros, além dos custos advindos da tomada de
decisão utilizando dados incompletos fornecidos pelos RCPGs.
Ainda no escopo dos custos necessários para gerar informação útil, a estrutura conceitual
afirma que os responsáveis pelos relatórios envidam a maior parte dos seus esforços na ati-
vidade gerar informação, embora sejam os usuários dos serviços e os provedores de recursos
que assumem os custos desses esforços. A estrutura conceitual dá esta abordagem porque
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A evidenciação da informação nos RCPGs, consistente com os conceitos desta estrutura concei-
tual e das NBCs TSP e com outras disposições do CFC, deve aprimorar e reforçar as percepções
da transparência da informação contábil pelos governos e outras entidades do setor público, além
de contribuir para a avaliação mais precisa da dívida pública por agentes externos. Portanto, as
entidades do setor público podem beneficiar-se de diversas maneiras da informação fornecida nos
RCPGs.
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entidades que apresentam os relatórios contábeis de propósitos geral como se fossem uma
única entidade. Quando existem mais de uma entidade reportando a informação, a estrutura
conceitual informa que a esta entidade dá-se o nome de grupo de entidades que reportam a
informação contábil.
Os relatórios contábeis de propósitos geral são elaborados para reportar informação útil
aos seus usuários e informação útil aquela capaz de proporcionar a prestação de contas, a
responsabilização e a tomada de decisões. Há uma característica fundamental da informa-
ção dos RCPGs, que é relacionada aos seus usuários. Os usuários de serviços ou os provedo-
res de recursos são os usuários primários dos RCPGs. A estrutura conceitual apresenta como
consequência disso o seguinte fator:
Uma característica-chave da entidade do setor público que reporta a informação, inclusive de gru-
po dessas entidades, é a existência de usuários de serviços ou provedores de recursos que são
dependentes dos RCPGs para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e
tomada de decisão.
Vale frisar que a elaboração e divulgação dos RCPGs é um processo que demanda custos
para as entidades do setor público e, por essa razão, devem ser elaboradas e divulgadas so-
mente se existir usuários. Contudo, nem sempre será possível identificar claramente os usu-
ários da informação apresentada nos RCPGs e a estrutura conceitual apresenta a seguinte
orientação a respeito:
Nem sempre está claro se há usuários de serviços ou provedores de recursos que dependam dos
RCPGs de, por exemplo, departamentos ou órgãos individuais do governo, programas especiais ou
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áreas identificáveis de atividades com informação para fins de prestação de contas e responsabili-
zação (accountability) e tomada de decisão. Determinar se essas organizações, programas ou ati-
vidades devem ser identificados como entidades que reportam a informação e, consequentemente,
serem exigidas a elaborarem os RCPGs envolve o exercício de julgamento profissional.
Enfim, chegamos ao final da parte teórica. As demais partes da Estrutura Conceitual (ele-
mentos das demonstrações contábeis, critérios de mensuração de ativos, passivos, etc.) fo-
ram abordados em outras aulas.
a) ativo;
b) passivo;
c) receita;
d) despesa;
e) contribuição dos proprietários;
f) distribuição aos proprietários.
No que se refere ao reconhecimento contábil dos elementos, cada um deles exige o aten-
dimento de seus critérios específicos. Há critérios para que um determinado elemento seja
reconhecido como ativo, assim como há critérios para que um elemento seja reconhecido
como passivo e assim sucessivamente. Essa é a regra geral, como todo regra, possui exceção.
A estrutura conceitual afirma que em algumas circunstâncias estes critérios de atendi-
mento podem ser afastados. Nesse caso, buscando na informação contábil um benefício
maior do que se não fosse reconhecido. Nos dizeres da Estrutura Conceitual:
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Em algumas circunstâncias, para assegurar que as demonstrações contábeis forneçam informa-
ção útil para uma avaliação significativa do desempenho e da situação patrimonial da entidade,
o reconhecimento de fenômenos econômicos não capturados pelos elementos definidos neste
capítulo pode ser necessário. Consequentemente, a identificação dos elementos neste capítulo
não impede as NBCs TSP de exigirem ou permitirem o reconhecimento de recursos ou obrigações
que não satisfaçam a definição de elemento identificada neste capítulo (doravante referidos como
“outros recursos” ou “outras obrigações”), quando necessário no sentido de se alcançarem os ob-
jetivos da informação contábil.
Portanto, considerando esta ressalva realizada pela Estrutura Conceitual, devemos nos
manter bastante atentos ao enunciado da questão.
DICA:
Em algumas circunstâncias, para assegurar que as demons-
trações contábeis forneçam informação útil para uma avalia-
ção significativa do desempenho e da situação patrimonial da
entidade, o reconhecimento de fenômenos econômicos não
capturados pelos elementos definidos pela Estrutura Concei-
tual pode ser necessário.
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Contabilidade Aplicada ao Setor Público
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Ou se preferir:
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Contabilidade Aplicada ao Setor Público
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Balanço Patrimonial
Balanço Patrimonial é uma das demonstrações contábeis mais cobradas em provas de
concursos, mas não poderia ser diferente, visto sua importância para a Ciência da Contabili-
dade. Para regular o assunto temos a Lei n. 4.320/64, o Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público e, também, a NTC TSP 11 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. Serão
eles os nossos regulamentos.
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Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Rodrigo Machado
A partir dos dados apresentados, as operações que causam redução no patrimônio líquido da
entidade totalizam:
a) 135.000,00;
b) 153.000,00;
c) 263.000,00;
d) 513.000,00;
e) 1.180.000,00.
TOTAL 153.000
Letra b.
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Contabilidade Aplicada ao Setor Público
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Considerando os dados apresentados no Quadro 02, o total das operações que não têm im-
pacto no patrimônio é:
a) 1.510.000,00;
b) 1.423.000,00;
c) 1.187.000,00;
d) 1.180.000,00;
e) 820.000,00.
Para resolvermos essa questão deveremos trabalhar com o fato contábil permutativo, que é
aquele que não altera a situação líquida da entidade. Não alterar a situação líquida da enti-
dade significa dizer que não ocorrerá alteração do patrimônio líquido, mas atenção, porque
nesse caso teremos alteração qualitativa do patrimônio.
Misericórdia, professor! Você disse que não altera o patrimônio líquido e depois fala que
altera? Cê num tá bem não...
Estou, sim, sô! Eu tenho esse jeito besta de falar “cocê”, mas é por causa das origens lá de
Minas Gerais.
Olha só! Não podemos confundir patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) com
patrimônio líquido (interesse residual, o que sobra de ativo após liquidarmos todas as nossas
obrigações).
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Aspectos Legais
A lei 4.320/64 apresenta exigências acerca do balanço patrimonial e em seu art. 105 de-
termina que:
Em aulas anteriores já estudamos os conceitos que são apresentados no artigo 105 cita-
do acima, mas vamos revisá-los:
Componente Conceito
Compreende os créditos e valores realizáveis independentemente de
Ativo Financeiro
autorização orçamentária e os valores numerários.
Ativo Compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou
Permanente alienação dependa de autorização legislativa.
Passivo Compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos que
Financeiro independam de autorização orçamentária
Passivo Compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de
Permanente autorização legislativa para amortização ou resgate.
Destinadas ao registro dos bens, valores, obrigações e das
Contas de
situações não compreendidas nos itens anteriores que, imediata ou
compensação
indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.
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Lembrando, sempre, que estes conceitos são ligados aos aspectos legais por força da
Lei 4.320/64 que continua em vigor e sendo objeto de questões em provas, contudo, a NBC
TSP – Estrutura Conceitual e as normas brasileiras de contabilidade apresentam conceitos
adicionais.
Ativo Financeiro
O ativo financeiro conterá, além dos numerários, os créditos para os quais a realização
independa de autorização orçamentária, estando representado por valores disponíveis e ou-
tros que sejam realizáveis no prazo inferior a 12 meses a contar da data da publicação das
demonstrações contábeis.
Os elementos do ativo financeiro que são caracterizados como “créditos e valores reali-
záveis independentemente de autorização orçamentária” são aqueles que representam uma
mútua relação de débitos e créditos entre o credor e o devedor. Nessa situação, há a expres-
são previsão legal permitindo que o credor possa efetuar o confronto dos valores a receber e
a pagar e assim a quitação se dá por valor líquido.
Somente poderão fazer parte do ativo financeiro os elementos que tenham capacidade de
afetar positivamente o cálculo do superávit financeiro. É por esse motivo que se deve sempre
ser adotada uma postura mais conservadora para a classificação dos itens desse grupo e
isso se coaduna com o princípio da prudência ou conservadorismo.
Vai além disso, como o superávit financeiro é utilizado para a abertura de créditos adicio-
nais, essa postura conservadora se faz ainda mais necessária.
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Ativo Permanente
Passivo Financeiro
Professor, nas linhas anteriores você escreveu débitos de tesouraria, o que é isso?
Bem lembrado, primeira coisa a ser detalhada é que esses débitos fazem parte do passivo
financeiro. Entende-se por débito de tesouraria os compromissos assumidos pelas entidades
do setor público como consequência das operações de crédito por antecipação da receita
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Passivo Permanente
A Resolução n. 40/2001 do Senado Federal do Brasil completa a base legal da Dívida Fun-
dada, que são de dois tipos:
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A dívida flutuante não apresenta grandes normativos, isso devido ao fato da sua caracte-
rística de temporalidade, pois são obrigações contraídas por um breve e determinado perío-
do de tempo.
Para melhor fixação dos conceitos vamos analisar a composição de cada tipo de dívida
na tabela abaixo:
Muito bem, vamos organizar um mapa mental com o que vimos até aqui:
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O ativo circulante reúne valores que serão realizados em até 12 (doze) meses após a
data-base das demonstrações contábeis. Esses valores devem apresentar características
bem definidas para que sejam considerados como circulantes e, de acordo com a NBC TSP
11, são elas:
(a) espera-se que esse ativo seja realizado, ou pretende-se que seja mantido com o propósito de
ser vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) o ativo está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que o ativo seja realizado até doze meses após a data das demonstrações contábeis;
ou
(d) o ativo seja caixa ou equivalente de caixa (conforme definido na NBC TSP 12), a menos que sua
troca ou uso para pagamento de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após
a data das demonstrações contábeis.
É exatamente isso! Todos os demais itens que não se enquadrarem nessas caracterís-
ticas serão tratados como não circulantes. Há mais um detalhe em relação a esse assunto,
porque a NBC TSP 11 utiliza o termo “ativo não circulante” para incluir ativos tangíveis, ativos
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intangíveis e ativos financeiros em longo prazo, mas ela não proíbe que as entidades do setor
público utilizem termos distintos.
Peraí, professor, quer dizer então que a entidade poderá adotar qualquer outra designação
para nomear seus ativos não circulantes?
É isso mesmo, a norma permite, mas para tanto, ela especifica que o significado deve
ser claro.
Quando estudamos a contabilidade societária vimos que o ativo circulante possui uma
vinculação, além de outras, com o ciclo operacional da entidade, lembra? As contas que estão
no circulante daquelas entidades possuem uma vinculação com o tempo entre a aquisição
dos insumos, produção, armazenagem, venda e recebimento. As contas contábeis mais co-
mumente utilizadas são caixa, estoques de matérias-primas, de produtos em elaboração, de
produtos acabados, clientes, fornecedores, salários a pagar, etc.
No setor público, quando se fala em ciclo operacional pode surgir uma dificuldade adi-
cional, concorda? Mas ela desaparece rapidinho porque a NBC TSP 11 esclarece que o ciclo
operacional das entidades do setor público é o tempo necessário para transformar entradas
(inputs) ou recursos (outputs) em saídas. A norma não apenas esclarece, como também dá
exemplo e ilustra a situação, por exemplo:
Governos transferem recursos para entidades do setor público para que elas possam converter
tais recursos em mercadorias, serviços ou outros tipos de produtos (outputs), para cumprir com os
resultados econômicos, políticos e sociais desejados pelo governo.
Muitas vezes não será possível identificar claramente o tempo de duração de um ciclo
operacional das entidades do setor público e nesse caso a NBC TSP 11 afirma que pressupõe
que a sua duração seja de doze meses. Essa definição não é meramente conceitual e está
alinhada com a Lei 4.320/64, afinal de contas seu artigo 34 afirma que o exercício financeiro
coincidirá com o ano civil, de 01.01 a 31.12, conforme o Código Civil.
Lembra quando estudou na contabilidade societária as entidades que fabricam produtos
que demandam elevado tempo para ficarem prontos? Nestas entidades o curto prazo ou cir-
culante sofrem alterações, certo? Eles deixam de serem considerados pelo ano civil e passam
a se adequar às características operacionais da entidade. Lembrou? É o caso, por exemplo,
das entidades que fabricam turbinas, grandes equipamentos da área petrolífera, aeronaves,
etc. Essa previsão encontra guarida na Estrutura Conceitual (CPC00).
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Na contabilidade aplicada ao setor público não é diferente. Seu o ciclo operacional da en-
tidade do setor público for superior ao exercício financeiro, ela poderá adaptar a classificação
do ativo circulante, pois:
Os ativos circulantes incluem ativos (tais como impostos a receber, taxas sobre os usuários a rece-
ber, multas e tarifas regulatórias a receber, estoques e receitas de investimentos reconhecidas pelo
regime de competência e ainda não recebidas) que são vendidos, consumidos ou realizados como
parte do ciclo operacional normal, mesmo quando não se espera que sejam realizados no período
de até doze meses após a data das demonstrações contábeis. Os ativos circulantes também in-
cluem ativos essencialmente mantidos com a finalidade de serem negociados (exemplos incluem
alguns ativos financeiros classificados como “mantidos para negociação”) e a parcela circulante
de ativos financeiros não circulantes.
Logo, um estoque que fizer parte do ciclo operacional de uma entidade do setor público,
mesmo que não seja realizado no período de até doze após a publicação das demonstrações
contábeis, será classificado no ativo circulante.
Estudado o ativo circulante, o não circulante será determinado pela exclusão. O que não é
circulante, torna-se não circulante.
Voltamos a analisar os aspectos legais do Balanço Patrimonial, art. 105 da Lei n. 4.320/64,
então vamos analisar nossa tabela:
Componente Conceito
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Letra a.
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A DVP será elaborada com base nos registros efetuados nas classes 3 e 4:
Classe Função
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• Quadro principal;
• Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes;
• Quadro das contas de Compensação (controle); e
• Quadro do Superávit/Déficit Financeiro.
Letra c.
Balanço Orçamentário
Conceito
O Balanço Orçamentário apresenta as receitas previstas e as despesas fixadas em con-
fronto com as realizadas, essa previsão encontra-se no artigo 102 da Lei n. 4.320/64. No ba-
lanço orçamentário no lado das receitas, a disposição dos itens será efetuada por categoria
econômica – corrente e de capital -, e, do lado das despesas, inicialmente por tipo de crédito
– orçamentário, suplementar, especial, extraorçamentário -, os quais, por sua vez são desdo-
brados também em função da categoria econômica da despesa, corrente e de capital.
Vamos ver como fica isso em um esquema gráfico:
Sabia que com isso a gente já mata um monte de questões? Pois é, seguimos.
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Quadro Principal
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As receitas deverão ser informadas pelos valores líquidos das respectivas deduções, tais como
restituições, descontos, retificações, deduções para o Fundeb e repartições de receita tributária
entre os entes da Federação, quando registradas como dedução, conforme orientação da Parte I –
Procedimentos Contábeis Orçamentários (PCO).
Quadro Principal
Receitas Despesas
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Receitas Orçamentárias
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Apresenta a previsão
Apresenta a previsão Apresenta as
atualizada para o Saldo
inicial. receitas realizadas.
exercício. d = (c-b)
(a) (c)
(b)
Na coluna com previsão inicial são demonstrados os valores das receitas conforme cons-
ta na Lei Orçamentária Anual (LOA). Estes valores registrados permanecerão inalterados du-
rante todo o exercício, pois refletem a posição inicial do orçamento. As atualizações monetá-
rias autorizadas por lei, efetuadas antes a data da publicação da LOA, também integrarão os
valores apresentados na coluna.
A coluna com a previsão atualizada demonstrará os valores da previsão atualizada das
receitas, que refletem as reestimativas. A reestimativa de receitas é procedimento comum ao
longo do exercício financeiro e o MCASP apresenta os seguintes casos como exemplos:
Receita Orçamentária
Resultado
Prevista Arrecadada c = (a-b)
(a) (b)
Insuficiência de
15 8
arrecadação
Excesso de
15 18
arrecadação
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Receitas Correntes
De acordo com o MCASP, as receitas correntes são receitas orçamentárias que aumen-
tam as disponibilidades financeiras do Estado e são instrumentos de financiamento dos
programas e ações orçamentários, a fim de se atingirem as finalidades públicas e que, em
geral, representam fatos contábeis modificativos e provocam efeito positivo sobre o Patrimô-
nio Líquido.
De acordo com o § 1º do art. 11 da Lei n. 4.320, de 1964, classificam-se como correntes
as receitas provenientes de:
• tributos;
• de contribuições;
• da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial);
• da exploração de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e de Serviços);
• de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado,
quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes (Trans-
ferências Correntes); e
• demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras Receitas Correntes).
Receitas de Capital
Operações de Crédito/Refinanciamento
Segundo MCASP, o balanço orçamentário, nesse campo, demonstra o valor da receita de-
corrente da emissão de títulos públicos e da obtenção de empréstimos, inclusive as destina-
das ao refinanciamento da dívida pública.
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Déficit
Esta coluna do balanço orçamentário visa demonstrar a diferença negativa entre as re-
ceitas realizadas e as despesas empenhadas, se for o caso. Equivale à diferença entre a linha
subtotal com refinanciamento das receitas e a linha subtotal com refinanciamento das des-
pesas. Se as receitas realizadas forem superiores às despesas empenhadas, haverá a figura
do Superávit.
A contabilidade aplicada ao setor público possui mecanismos para demonstrar o equilí-
brio no balanço orçamentário. Caso o exercício orçamentário demonstre um resultado supe-
ravitário a linha Déficit deverá ser preenchida com um traço (-), indicando valor inexistente ou
nulo. O déficit é apresentado junto às receitas, sendo este ajuste realizado para possibilitar o
equilíbrio do Balanço Orçamentário.
Professor, não entendi essa relação de inclusão dos recursos e resultar em equilíbrio na
aprovação da Lei Orçamentária.
Muito bem. No caso do RPPS, inicialmente há mais receitas do que despesas, o RPPS
recebe mais recursos das contribuições do que realiza pagamentos. Portanto, para que se te-
nha o equilíbrio, a diferença é registrada como reserva do RPPS, como despesa orçamentária.
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Em algum momento posterior, pode ser que os valores recebidos de contribuições pelo RPPS
passem a ser menores que os valores que ele pagará. Nessa situação o RPPS deverá usar os
recursos da reserva anteriormente capitalizada.
Assim, a parcela dos recursos de exercícios anteriores que será utilizada para comple-
mentar os pagamentos de aposentadorias e pensões poderá ser incluída na previsão da re-
ceita para fins de equilíbrio orçamentário.
Superávit financeiro – diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro -,
de exercícios anteriores é fonte para a abertura de créditos adicionais e é apurado no balanço
patrimonial do exercício anterior (art. 43 da Lei 4.320/64). Estes valores não serão conside-
rados como receita orçamentária do exercício em referência, nem farão parte dos cálculos do
déficit ou superávit orçamentário já que foram arrecadados em exercícios anteriores.
Seguinte, esse superávit é constituído com recursos de exercícios anteriores, certo? São
recursos que já foram considerados orçamentários quando do ingresso inicial, por isso eles
são tratados como extraorçamentários no momento, porque já foram orçamentários em pe-
ríodos anteriores. De acordo com o MCASP, essa coluna apresenta valores somente nas co-
lunas Previsão Atualizada e Receita Realizada e deverá corresponder ao valor utilizado para
a abertura de créditos adicionais e valor efetivamente utilizado para o empenho de despesas,
respectivamente.
Já em relação aos créditos adicionais autorizados nos últimos quatro meses do exercício
anterior ao de referência e forem reabertos, constarão em coluna própria. O MCASP faz um
alerta, porque esses valores somente deverão ser levados ao balanço se a Entidade for real-
mente reabrir esses créditos. Caso não exista a certeza de reabertura, deverão ser baixados;
e não constarão no Balanço Orçamentário.
Despesas Orçamentárias
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Demonstra
Demonstra os valores
Demonstra
os valores das
os valores
das despesas despesas
Dotação das despesas
empenhadas liquidadas
atualizada pagas no Saldo da
no exercício, no
somada dos exercício de dotação.
inclusive das exercício de
Dotação créditos referência. Corresponde
despesas em referência,
inicial, adicionais e Não inclui a diferença
liquidação, inclusive das
conforme atualizações os valores entre a
liquidadas despesas
detalhado monetárias, referentes ao dotação
ou pagas. pagas.
na LOA. deduzidas dos pagamento atualizada e
Considera- Não inclui
cancelamentos de restos as despesas
se despesa os valores
e respectivas a pagar, empenhadas.
orçamentária referentes
anulações. processados
executada6 à liquidação
ou não
a despesa de restos a
processados.
empenhada. pagar não
processados
A dotação inicial demonstra os valores dos créditos iniciais conforme consta na Lei Orça-
mentária Anual (LOA). Os valores registrados nessa coluna permanecerão inalterados duran-
te todo o exercício, pois refletem a posição inicial do orçamento previsto na LOA.
Dotação atualizada é composto pela dotação inicial somada aos créditos adicionais aber-
tos ou reabertos e, também, às atualizações monetárias efetuadas após a data da publicação
da LOA, deduzidos das respectivas anulações e cancelamentos.
Nesse caso, essa coluna terá valor igual ao da dotação inicial, é nesse sentido que o
MCASP afirma que “Se não ocorrerem eventos que ocasionem a atualização da despesa, a
coluna Dotação Atualizada apresentará os mesmos valores da coluna Dotação Inicial”.
As colunas de despesas empenhadas, liquidadas e pagas contarão com seus respectivos
totais de empenho, liquidação e pagamentos. Em relação à linha do balanço orçamentário e
despesas serão informadas as despesas correntes, de capital, reservas de contingência, re-
serva do RPPS, amortização da dívida/financiamento e o superávit.
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Contabilidade Aplicada ao Setor Público
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Superávit
Este quadro auxiliar é composto pelas colunas de valores inscritos, liquidados, cancela-
dos e a coluna de saldo. A coluna de valores inscritos é dividida entre os inscritos em exercí-
cios anteriores e os inscritos em 31 de dezembro do exercício anterior. No campo dos valores
inscritos em exercícios anteriores serão detalhados os valores de restos a pagar não pro-
cessados relativos aos exercícios anteriores, exceto os relativos ao exercício imediatamente
anterior, que não foram cancelados porque tiveram seu prazo de validade prorrogado. Já em
relação aos inscritos em 31 de dezembro do exercício anterior, seus valores compreende os
restos a pagar não processados relativos ao exercício imediatamente anterior que não foram
cancelados porque tiveram seu prazo de validade prorrogado.
Na coluna liquidados teremos os valores dos restos a pagar não processados, liquidados
após a sua inscrição e ainda não pagos. Por sua vez, na coluna pagos, serão detalhados os
valores de restos a pagar não processados, liquidados após a sua inscrição e pagos. Na colu-
na cancelados compreende o cancelamento de restos a pagar não processados por insufici-
ência de recursos, pela inscrição indevida ou para atender dispositivo legal. Por fim, teremos
a coluna saldo, que compreende o saldo, em 31 de dezembro, dos valores inscritos e ainda
não pagos. Corresponde aos valores inscritos nos exercícios anteriores deduzidos dos valo-
res pagos ou cancelados ao longo do exercício de referência. Ressalta-se que a parcela do
saldo que tiver sido liquidada ao longo do exercício de referência será transferida para restos
a pagar processados no início do exercício seguinte.
O MCASP apresenta o seguinte modelo para o quadro da execução dos restos a pagar não
processados:
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Este quadro auxiliar é composto pelas colunas de valores inscritos, liquidados, cancela-
dos e a coluna de saldo. A coluna de valores inscritos é dividida entre os inscritos em exer-
cícios anteriores e os inscritos em 31 de dezembro do exercício anterior. O campo “inscritos
em exercícios anteriores” compreende o valor de restos a pagar processados relativos aos
exercícios anteriores, exceto os relativos ao exercício imediatamente anterior, que não foram
cancelados porque tiveram seu prazo de validade prorrogado.
O campo “inscritos em 31 de dezembro do exercício anterior” compreende o valor de res-
tos a pagar processados relativos ao exercício imediatamente anterior que não foram can-
celados porque tiveram seu prazo de validade prorrogado. A coluna “pagos”, como o próprio
nome diz, corresponde aos valores pagos. A coluna “cancelados” compreende o cancelamen-
to de restos a pagar processados por insuficiência de recursos, pela inscrição indevida ou
para atender dispositivo legal.
Por fim, temos a coluna “saldo a pagar”, ela representa o saldo, em 31 de dezembro, dos
valores inscritos e ainda não pagos. Corresponde aos valores inscritos nos exercícios ante-
riores deduzidos dos valores pagos ou cancelados ao longo do exercício de referência.
Já em relação ao quadro dos restos a pagar processados, o modelo apresentado
pelo MCASP é:
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A Ciência da Contabilidade faz uso de quatro ferramentas para atingir aos seus objetivos.
As ferramentas utilizadas pela Contabilidade são:
• Escrituração;
• Demonstrações Contábeis;
• Análise de demonstrações contábeis; e
• Auditoria.
Nessa parte da aula faremos uso de uma das ferramentas da contabilidade para fechar-
mos parte do entendimento acerca do balanço orçamentário. Com base na análise dessa
demonstração podemos concluir que:
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O mapa mental acima vai ajudá-lo(a) a acertar muitas questões, não poucas, mas muitas.
Agora vamos trabalhar com o seguinte exemplo de balanço orçamentário:
O primeiro detalhe deste Balanço Orçamentário é que foi organizado na horizontal para
facilitar a didática. Segundo, podemos observar que o orçamento elaborado é equilibrado,
porque o total de receitas previstas é igual ao total de despesas fixadas. Com essa visão po-
demos acertar uma grande quantidade de questões, que afirmam que pela análise do balanço
orçamentário é possível chegar à essa conclusão.
Outra conclusão possível de ser construída pela análise desse balanço é que ele foi estru-
turado para apresentar superávit orçamentário corrente.
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Veja que o total de receitas correntes previstas supera o total de despesas correntes fi-
xadas (700 – 400= 300). Quando analisamos as receitas de capital e despesas de capital
podemos concluir que teremos um déficit orçamentário, afinal de contas 300 – 600 = -300. É
por isso que muitas questões de concursos públicos afirmam que o superávit orçamentário
corrente é receita de capital. Viu ali que o superávit do orçamento corrente será utilizado para
suprir o déficit de capital, é por isso que nas questões de concursos é afirmado que o superá-
vit do orçamento corrente é utilizado para pagar despesas de capital.
Outra informação que garante bons pontos em provas é que a fim de demonstrar o equi-
líbrio do Balanço Orçamentário, conforme estrutura apresentada no Manual de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público (MCASP), a diferença positiva entre as receitas realizadas, inclusive
operações de crédito, e as despesas empenhadas, inclusive amortização de dívidas, é apre-
sentada junto às despesas orçamentárias. Esse é um mecanismo para que garante que o
balanço fique com seus totais equilibrados.
Quando os gestores do setor público precisam identificar quais rubricas contribuíram para
frustração de arrecadação eles analisam o balanço orçamentário. A conclusão é dada pelo
confronto entre receitas previstas e realizadas.
Letra c.
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Muito cuidado com cálculos na hora da prova, pois eles podem minar seu tempo e de maneira
desnecessária, ainda mais quando a banca examinadora coloca valores quebrados, como
nesse caso.
Não é preciso calcular para verificarmos que o gabarito é a letra “d”, pois tivemos um excesso
de arrecadação (receita arrecadada é de 104,3% da previsão inicial) e a despesa executada foi
de 97,5% da fixação. Nessa situação temos um cenário de superávit orçamentária.
Agora, trabalhando com números e com uma HP12C, temos o seguinte cenário:
Letra d.
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Mais uma questão de concurso de Tribunal de Justiça da FGV que aborda essa análise do
Balanço Orçamentário e sem necessidade de grandes cálculos. A receita arrecada sendo de
16 milhões e a despesa empenhada de 15,2 milhões acarreta um resultado orçamentário do
exercício superavitário de 800 mil.
Com os dados apresentados pela questão não temos base para afirmar se ocorreu um exces-
so de arrecadação, afinal de contas, não sabemos qual foi o valor da receita prevista. Por essa
razão a letra “a” está incorreta.
De forma similar à opção anterior, a letra “b” está incorreta, porque não sabemos qual foi o
valor da despesa fixada, portanto, não temos informações suficientes para afirmar que ocor-
reu economia orçamentária.
A letra “d” é perigosa, pois pode levar ao cálculo da arrecadação (16 milhões) e a despesa em-
penhada e liquidada (14 milhões), mas cuidado. Desses 14 milhões que foram empenhados
e liquidados temos 10% que foram inscritos em restos a pagar processados. Assim, teremos
um saldo de caixa superior aos 2 milhões afirmados pela questão.
Por fim, a letra “e” também caminha no limiar na maldade. Ao abordar os restos a pagar que
foram inscritos ela deixa de foram os restos a pagar não processados. Teremos 2,6 milhões
de restos a pagar inscritos, divididos entre 1,4 milhão de restos a pagar processados e 1,2
milhão de restos a pagar não processados.
Letra c.
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Para identificarmos o resultado orçamentário do exercício temos que calcular a receita arre-
cada e a despesa executada (empenhada):
Regra de Ouro
A regra de ouro está prevista no art. 167, inciso III, da CF/88. Essa regra – que é um
assunto bastante cobrado em provas -, veda a realização de operações de crédito em valores
superiores às despesas de capital. In verbis:
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III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
Olha só, quando a entidade do setor público realiza operações de crédito para financiar
suas operações nasce a figura do endividamento. Essa regra nasceu com o propósito de
evitar que as entidades do setor público apliquem esses recursos onerosos – que é uma das
espécies da receita de capital -, na realização de despesas correntes. Exemplificando a situ-
ação que busca ser evitada: “uma entidade do setor público adquire junto a uma instituição
financeira 100 milhões em operações de crédito para o pagamento de salários”. A despesa
com salário é corrente, portanto, essa situação descumpriria a regra de ouro.
Um outro exemplo, agora, imagine que após a sua aprovação no concurso público você
decida comprar um carro e faz um empréstimo junto ao banco. O veículo escolhido por você
custa 55 mil reais, mas na hora de fazer operação de crédito decide por um valor de 70 mil
reais. Você adquire o veículo e o restante, 15 mil reais você usa para fazer uma viagem inter-
nacional. Pronto, você descumpriu a regra de ouro na sua vida.
São 70 mil reais de empréstimos (operações de crédito) que você aplicou em investi-
mentos (veículos – 55 mil reais) e despesas correntes (viagens – 15 mil reais). A aplicação
de recursos oriundos de operações de crédito em despesas de capital e isso compromete a
geração de recursos futuros para o pagamento de despesas correntes. Ferrou, mas a viagem
deve ter sido top!
Não, é permitido, mas os recursos adquiridos por meio de operações de crédito devem
ser aplicados em despesas de capital (investimentos, inversões financeiras e amortização
da dívida).
Do ponto de vista contábil teremos as seguintes situações:
• Operações de crédito para aplicação em despesas correntes: fato contábil modificativo
(diminui o PL das entidades do setor público) – vedado pela Constituição Federal;
• Operações de crédito para aplicação em despesas de capital: fato contábil permutativo
(não altera o PL das entidades do setor público) – permitido pela Constituição Federal.
Esta regra visa a manutenção do capital líquido do ente público, ou seja, da diferença en-
tre seus ativos (bens e direitos) e passivos (obrigações). Ela evita assim, a descapitalização
do ente, o que acarretaria a diminuição da sua capacidade de atuação futura. No âmbito da
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Então quer dizer que jeito nenhum poderá ser realizada operação de crédito para paga-
mento de despesas correntes, professor?
Ah, sabe como são as coisas, né? Pra quê ser tão fácil? Os caras gostam de criar dificul-
dades para os concurseiros e aqui não é diferente, então há exceção. A regra de ouro poderá
ser descumprida, mas para isso é necessária a autorização pela maioria absoluta do Legis-
lativo, mas para isso deve haver situação excepcional, reconhecida pela autorização para
contratar operações de crédito mediante créditos suplementares ou especiais para finalidade
específica.
Fórmula Conclusão
Esse é um índice que mede a relação das receitas e das despesas das entidades do setor
público. O confronto direto destes valores evidenciará a capitalização ou descapitalização
nos seguintes termos:
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Fórmula Conclusão
Fórmula Conclusão
Resultado Primário
Olha, nessa parte da aula vou trazer os conceitos que estão presentes no Manual Técnico
de Orçamento:
As receitas primárias referem-se, predominantemente, às receitas correntes que advêm dos tribu-
tos, das contribuições sociais, das concessões, dos dividendos recebidos pela União, da cota-parte
das compensações financeiras, das decorrentes do próprio esforço de arrecadação das UOs, das
provenientes de doações e convênios e outras também consideradas primárias.
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Aproveitando a deixa, vamos analisar os conceitos de receitas financeiras de uma vez, ge-
ralmente elas são adquiridas junto ao mercado financeiro, decorrentes da emissão de títulos,
da contratação de operações de crédito por organismos oficiais, das aplicações financeiras
da União, entre outras. Como regra geral, são aquelas que não alteram o endividamento líqui-
do do Governo, uma vez que criam uma obrigação ou extinguem um direito, ambos de natu-
reza financeira, junto ao setor privado interno e/ou externo.
Devemos nos manter atentos às receitas financeiras nas questões de provas, porque te-
mos um caso que caracteriza receita financeira, mas não faz parte do cálculo do resultado
primário. Quando a entidade do setor público realiza uma operação de crédito para o merca-
do, ela obtém receitas de juros e, nesse caso, as receitas são consideradas financeiras. Con-
tudo, não entram no cálculo do resultado primário.
Item Demonstração
A Balanço Patrimonial
B Balanço Orçamentário
C Balanço Financeiro
D DVP
E Balanço Financeiro
Letra b.
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Notas Explicativas
O balanço orçamentário deverá ser acompanhado por notas explicativas. Segundo o Ma-
nual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, as notas deverão detalhar, ao menos:
Muitas entidades do setor público não são agentes arrecadadores e executam despesas e,
assim, poderão apresentar desequilíbrio e déficit orçamentário. Contudo, isso não irregulari-
dade e tais fatos devem ser evidenciados em notas explicativas que demonstrem o montante
da movimentação financeira (transferências financeiras recebidas e concedidas) relacionado
à execução do orçamento do exercício.
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fluxos de caixa que classifique os fluxos durante o período em fluxos das atividades operacio-
nais, de investimento e de financiamento.
Os fluxos de caixa da entidade apresentam aos seus usuários informações para presta-
ção de contas e responsabilização (accountability) e para a tomada de decisões. A NBC TSP
12 detalha que a informação dos fluxos de caixa permite aos usuários avaliar como a entida-
de do setor público obteve recursos para financiar suas atividades. Além disso, a DFC detalha
aos seus usuários a maneira como os recursos de caixa foram utilizados.
Detalha também, a referida norma que, as informações sobre os fluxos de caixa podem
ser úteis aos seus usuários ao:
Ainda na linha dos benefícios gerados pela demonstração dos fluxos de caixa podemos
destacar que, quando ela é usada em conjunto com outras demonstrações contábeis, oferece
informações que permitem aos usuários avaliar as variações ocorridas no patrimônio líquido
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da entidade. Possibilita, também, avaliar a sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e
solvência) e sua capacidade para afetar os valores e momentos dos fluxos de caixa, a fim de
adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades. Outro benefício gerado pela
DFC, que é um verdadeiro avanço para a contabilidade aplicada ao setor público, é a melhora
na comparabilidade dos relatórios de desempenho operacional de diferentes entidades, isso
porque elimina os efeitos decorrentes do uso de diferentes critérios contábeis para as mes-
mas transações e eventos.
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Professor, pode dar um exemplo do que está falando, mas sem contabiliquês?
Posso, sim. Imagine uma entidade do setor público que tenho efetuado desembolsos de
caixa para aquisição de investimentos com a intenção de revenda. Podem ser títulos, máqui-
nas, terrenos, etc. O primeiro pensamento que podemos ter é: vou classificar como atividade
de investimento. Mas qual é a natureza subjacente da operação? É necessário ficar atento a
isso, porque se a compra está voltada às atividades operacionais da entidade do setor pú-
blico ou se são realizadas as operações com propósitos meramente especulativos, devem
ser classificadas como atividades operacionais. Imagine o Banco do Brasil e sua mesa de
negociações; embora ele esteja realizando compra e venda de investimentos, eles são parte
das suas atividades operacionais, portanto, a natureza subjacente é fluxo de caixas das ativi-
dades operacionais e não das atividades de investimentos.
Para a elaboração da DFC serão utilizadas as contas da classe 6 do plano de contas apli-
cado ao setor público, veja abaixo:
1. Ativo 2.Passivo
Patrimonial 3.Variações Patrimoniais 4.Variações Patrimoniais
Diminutivas Aumentativas
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A soma algébrica dos resultados líquidos de cada um desses grupamentos totaliza a va-
riação no caixa do período e que deve ser conciliada com a diferença entre os saldos das res-
pectivas disponibilidades de caixa e equivalentes de caixa no Balanço Patrimonial, no início e
no final do exercício financeiro.
Para explicar estas variações nas disponibilidades existem dois métodos a serem utilizados
pelos elaboradores das demonstrações de fluxos de caixa, o método direto e o indireto. Contudo,
a utilização do método, seja ele direto ou indireto, só impacta na apresentação dos fluxos de cai-
xa das atividades operacionais. As atividades de investimentos e de financiamentos são deta-
lhadas pelas alterações patrimoniais. Veja abaixo o esquema gráfico para apoio à memorização:
A NBC TSP 12 especifica que na apresentação dos fluxos de caixa das atividades operacio-
nais a entidade do setor público poderá utilizar o método direto ou indireto. Contudo, a norma
incentiva a divulgação dos fluxos de caixa das atividades operacionais usando o método direto.
Método Direto
O método direto explicita as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais compo-
nentes das atividades operacionais, como os recebimentos pelas vendas de produtos e pelos
pagamentos a fornecedores e empregados.
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Esse método proporciona informações que (a) podem ser úteis na estimativa de fluxos de caixa
futuros, e (b) não estão disponíveis no método indireto. Por meio do método direto a informação
sobre as principais classes de recebimentos e pagamentos brutos de caixa podem ser obtidas,
alternativamente:
(a) dos registros contábeis da entidade; ou
(b) pelo ajuste de receitas operacionais, despesas operacionais (as instituições financeiras pú-
blicas devem considerar as receitas de juros e as similares e as despesas com juros e encargos
similares) e outros itens da demonstração do resultado, referentes a:
(i) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;
(ii) outros itens que não envolvem caixa; e
(iii) outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de finan-
ciamento.
Caso a entidade do setor público adote o método direto para elaboração e divulgação dos
fluxos de caixa das atividades operacionais, elas são incentivadas – pela NBC TSP 12 -, tam-
bém a apresentar a conciliação do resultado das suas atividades usuais com o fluxo de cai-
xa líquido de atividades operacionais. Essa conciliação deve ser apresentada como parte da
demonstração dos fluxos de caixa ou nas notas explicativas das demonstrações contábeis.
Quando tratamos dos métodos a serem utilizados na elaboração e divulgação da DFC deve-
mos estar atentos com as diferenças que existem em relação ao assunto, isso porque:
Método Indireto
O método indireto faz a conciliação entre o resultado apurado no exercício e o caixa gera-
do nas operações usuais da entidade do setor público. Também conhecido como método da
conciliação, ele faz o ajuste para eliminar os efeitos de:
(a) mudanças ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;
(b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, ganhos e
perdas em moedas estrangeiras não realizados, resultados de coligadas e controladas não distri-
buídos e participação de minoritários; e
(c) todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam fluxos de caixa decorrentes das ativida-
des de investimento ou de financiamento.
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Como os eventos listados pela NBC TSP 12 não geram impactos nos saldos de caixa e
equivalentes, mas alteram os saldos dos resultados do período, o método indireto busca eli-
minar seus efeitos e com isso trazer explicações sobre a alteração sofrida nos saldos de caixa
ao longo dos períodos.
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por outro, por isso o MCASP classifica a operação de emissão de debêntures como fluxo das
atividades de financiamento.
Letra c.
Com base nas informações acima, assinale a opção que indica o valor total dos ajustes dos
itens que afetaram o lucro para conciliação entre Lucro Líquido e Fluxo de Caixa operacional,
em 31/12/2017, na elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo método indireto.
a) – R$ 3.000,00.
b) R$ 5.500,00.
c) R$ 8.500,00.
d) R$ 11.500,00.
e) R$ 12.000,00.
Apuração do Resultado
do Exercício
Despesa com
8.000 20.000 Receita de Vendas
depreciação
Perda de capital 3.000 12.000 Receita de venda de ativos
PECLD 500
11.500 32.000
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Agora nós precisamos ajustar o lucro que foi apurado pelo regime de competência e, para
efeitos de DFC, excluir os valores que impactaram os lucros – seja por receita ou por despe-
sas -, e que não gerar movimento de caixa.
Pelo lado das receitas, tivemos fluxos de caixa das atividades operacionais, pela receita de
vendas e elas impactam (positivamente) o caixa da entidade.
Pelo lado das despesas temos despesas com depreciação que impactam negativamente a
apuração do resultado do período, reduzindo-o, mas não constitui saída de caixa, portanto,
temos que excluir para efeitos de elaboração da DFC. Assim, vamos considerar os 8.000;
Temos a perda de capital, que representa a venda dos terrenos por R$ 12.000 e seu valor con-
tábil era de R$ 15.000. Essa perda não impacta o caixa da entidade, portanto, devemos excluir
R$ 3.000; e
Tivemos vendas totais de R$ 20.000 e a metade deste valor foi a prazo, portanto, R$ 10.000
serão recebidos posteriormente. A entidade estima que 5% das suas vendas não são recebi-
das, assim temos que reconhecer uma perda estimada com crédito de liquidação duvidosa no
total de R$ 500. Esse valor impacto a apuração do resultado, mas não impacta o caixa, assim
devemos exclui-lo.
Somando os itens “a”, “b” e “c” dos comentários acima temos R$ 11.500 que impactam ne-
gativamente a apuração do resultado do período pelo regime de competência, mas que não
representam movimentação de caixa.
Letra d.
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a) seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e tributos não recuperáveis sobre a
compra, após deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;
b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condições necessárias
para ele ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;
c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local no
qual esse está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando
o item é adquirido, ou como consequência de utilizá-lo durante determinado período para finalida-
des diferentes da produção de estoque durante esse período.
Depreciação
Depreciar um ativo é reconhecer contabilmente que esse item perde sua capacidade de
gerar benefícios econômicos ou potenciais de serviços incorporados para a entidade do se-
tor público. Imagine um veículo, quando adquirido ele possui sua capacidade de máxima de
geração de benefícios e potenciais de serviços e, à medida que tempo vai passando, esse
veículo vai perdendo essa capacidade, seja pelo uso ou pela ação da obsolescência.
Essa perda na capacidade é retratada contabilmente pela depreciação, então no início
da vida ativa desse veículo não haverá depreciação, ao final dessa vida, sua capacidade terá
diminuído totalmente ou quase totalmente e a depreciação realiza esse efeito, sob enfoque
contábil. Assim, pela análise dos saldos contábeis de determinado ativo imobilizado, os usu-
ários dos relatórios contábeis de propósitos geral poderão avaliar as suas características e
tomar suas respectivas decisões, por exemplo, poderá saber se o ativo imobilizado de de-
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terminada entidade é novo, meio novo ou totalmente velho e sucateado... rsrsrs. Seguimos,
agora para os conceitos trazidos pelas normas brasileiras de contabilidade.
A NBC TSP 07 inicia suas orientações sobre depreciação ao falar acerca de item do ativo
imobilizado com custo significativo. De acordo com a norma, um item de ativo significativo em
relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente. Para realizar esse proce-
dimento a entidade deve alocar o valor inicialmente reconhecido de item do ativo imobilizado
aos componentes significativos desse item e os depreciar separadamente. São exemplos de
itens com valor significativo que, na maioria dos casos, deve ser depreciado separadamente:
• pavimentação;
• estruturas;
• meios-fios e canais;
• calçadas; e
• pontes e iluminação do sistema de rodovias.
Agora complicou professor, como um saldo de depreciação poderá ser reconhecido como
custo de um ativo?
Quando um ativo imobilizado é utilizado para a produção de outro ativo, os custos envol-
vidos na operação deverão fazer parte deste, inclusive, a depreciação. Veja o que a própria
norma exemplifica:
Por exemplo, a depreciação de máquinas e equipamentos de produção deve ser incluída nos cus-
tos de produção de estoque (ver a NBC TSP 04). De forma semelhante, a depreciação de ativo imo-
bilizado utilizado para atividades de desenvolvimento pode ser incluída no custo de ativo intangível
reconhecido de acordo com a NBC TSP 08 – Ativo Intangível.
Um detalhe importante precisa ser destacado, porque a depreciação não tem aspecto or-
çamentário, logo, não será necessário que a despesa com depreciação percorra os estágios
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da despesa pública orçamentária – empenho, liquidação e pagamento. Sendo assim, para re-
gistrar contabilmente a depreciação é necessário o lançamento de uma variação patrimonial
diminutiva.
Por representar um decréscimo patrimonial, a depreciação será observada na Demonstra-
ção da Variação Patrimonial (DVP), que será analisada ao longo do nosso curso.
Diante dessa situação a entidade deve adotar uma das opções abaixo como política contábil
na definição da vida útil do ativo:
• tempo restante da vida útil do bem, levando em consideração a primeira instalação
desse bem;
• tempo definido em avaliação técnica que estime o prazo de vida útil pelo qual o bem
ainda poderá gerar benefícios para o ente;
• metade do tempo de vida útil para bens da mesma classe;
Letra d.
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ção desse tipo de equipamento, o que implica maiores custos de manutenção e necessi-
dade de substituição mais breve, e a entidade apurou um valor em uso do equipamento de
R$ 150.000,00. Considerando somente essas informações e o que dispõe a NBC TSP 09, o
valor evidenciado nas demonstrações contábeis do final do quarto ano de uso do equipamen-
to deve ser:
a) R$ 150.000,00;
b) R$ 168.000,00;
c) R$ 180.000,00;
d) R$ 188.000,00;
e) R$ 280.000,00.
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Valor recuperável é de 150 mil e esse é saldo que deve ser apresentado nas demonstrações
contábeis. Conclui-se, assim, que o ativo está superavaliado no balanço patrimonial, sendo
necessário o reconhecimento de uma perda por redução ao valor recuperável (38 mil):
A partir dos dados informados e considerando que o conjunto de ativos entrou em operação
logo que foi adquirido, o valor líquido contábil ao final do exercício de 2015 é:
a) 81.000,00;
b) 90.000,00;
c) 97.200,00;
d) 108.000,00;
e) 117.000,00.
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SOMA 243.000
Imobilizado 360.000
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MAPAS MENTAIS
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Formado em Ciências Contábeis – ênfase em Controladoria pela Pontífica Universidade Católica de
Minas Gerais. Especialista em auditoria, com MBA em Gestão de Contas Públicas e MBA em Compliance
e Investigação de Fraudes (em curso). É Auditor do Estado da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado
(CAGE), órgão da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul (SEFAZ-RS), ex-auditor interno
pleno na Petrobras S.A., na área de auditorias especiais. Iniciou sua trajetória profissional na iniciativa
privada e acumula 18 anos de experiência com auditorias contábeis e operacionais. É professor de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP) e Contabilidade Societária.
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