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26/08/2021

PROCEDIMENTO
COMUM
Prof. Ricardo Quezado

- Entre os meados do século XIX até as últimas décadas do século


XX, os estudiosos do processo civil defenderam a sua existência de
forma completamente autônoma ao direito material,
exacerbando a sua existência para um fim em si mesmo;

- A evolução do estudo do direito processual civil levou sua


existência a aproximar-se do direito material, tendo em vista que o
processo existe como forma de “concretização do direito
material”. Ou seja, o direito processual civil não existe para servir a
si próprio, mas para auxiliar a concretizar, a tornar real o direito
material, para fazê-lo acessível a quem de direito.

- No CPC/73 era perceptível a ideia do direito processual civil como


um fim em si mesmo, isolado do direito material, uma vez que
várias eram as lacunas processuais que resultavam na extinção do
processo, sem qualquer tentativa de preservação daquele por meio
do saneamento de aludido vício.

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• O CPC/2015, fruto da evolução da doutrina processualista, traz a


nova perspectiva do direito processual civil, voltada para auxiliar
na concretização do direito material, visando, sempre que
possível, o saneamento das lacunas processuais e a preservação
do processo.

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as


disposições deste Código, incumbindo-lhe:
IX - determinar o suprimento de pressupostos
processuais e o saneamento de outros vícios processuais;

Art. 316. A extinção do processo dar-se-á por sentença.

Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de


mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade
para, se possível, corrigir o vício.

• Segundo Cassio Scarpinella Bueno, “...não tem sentido estudar


o direito processual civil se não na perspectiva de viabilizar a
concreta prestação da tutela jurisdicional a quem faz jus a ela
na perspectiva do plano material”. Assim, é imprescindível
entendermos que “... tão importante quanto o
reconhecimento do direito aplicável ao caso é torna-lo
realidade, mesmo contra ou a despeito da vontade de seu
destinatário. É, portanto, concretizá-lo”.

• Quatro institutos fundamentais precisam ser observados


quando do estudo do direito processual civil, são eles: a
jurisdição, a ação, o processo e a defesa.

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Jurisdição – é a função típica do Poder Judiciário, voltado para


dirimir conflitos brotados no seio da sociedade. É o poder-dever de
prestar tutela jurisdicional a todo cidadão.

• A função jurisdicional apresenta elementos caracterizadores:

i) Substitutividade: a decisão do Estado-juiz substitui a vontade


dos litigantes;

ii) Imperatividade: a decisão do Estado-juiz é obrigatória aos


litigantes;

iii) Imutabilidade: a decisão do Estado-juiz, preenchidas algumas


circunstâncias, não pode mais ser modificada nem mesmo pelo
Judiciário: é a chamada coisa julgada material.

iv) Inafastabilidade: o controle jurisdicional não pode ser


afastado ou minimizado, o que decorre do princípio do acesso à
justiça;

v) Indelegabilidade: o exercício da função jurisdicional é


privativo dos integrantes do Poder Judiciário, não podendo ser
delegado a nenhum outro órgão; salvo em situações
estritamente específicas e previstas em lei.

vi) Inércia: o exercício da função jurisdicional deve ser


provocado pelos interessados até como forma de garantir a
imparcialidade do julgador.

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Ação – é o direito fundamental de cada indivíduo de pedir tutela


jurisdicional ao Estado-juiz, rompendo a inércia do Poder
Judiciário, bem como o direito de atuar no processo para a
aquisição da mencionada tutela jurisdicional.

- É um direito exercitável contra o Estado, em contrapartida a


vedação da autotutela (“fazer justiça com as próprias mãos”).
Vale aqui lembrar que o Estado avocou para si o direito de
solucionar litígios, tirando de cada cidadão o direito da
autotutela.

Processo – é o método de exercício da função jurisdicional pelo


Estado-juiz. Ou seja, o processo judicial é um método de solução
de conflito através do qual o Estado exerce sua função
jurisdicional.

- Visa, ao final, declarar a existência ou inexistência do direito


material afirmado pelo demandante, através da concessão de
uma tutela jurisdicional concedida ao autor, ou mesmo ao réu, a
depender do resultado do processo.

- Vale observar a existência de processos que não são judiciais


(processo administrativo, processo legislativo, processo
disciplinar);

- Assim, pode-se compreender o processo como um método,


estatal ou não, de solução de conflitos caracterizado pela relação
jurídica estabelecida entre um órgão julgador e as partes.

- O CPC/2015 avançou ao reconhecer expressamente a


arbitragem como uma forma não estatal de solução de conflito
ampliando o próprio conceito de processo (art. 3º, §1º).

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Defesa – direito subjetivo público de o réu pedir ao Estado-juiz,


tutela jurisdicional (pedido de proteção a um direito lesado ou
ameaçado).

- Se ao autor resta assegurado o direito constitucional de ação,


previsto no art. 5º, inc. XXXV da CF/88, ao réu, por sua vez, resta
assegurado, em contrapartida, o direito a ampla defesa, inc. LIV
da CF/88.

Seguindo com nossos estudos, impende destacar que a


atividade jurisdicional, que utiliza o processo como método de
resolução de conflito, somente ocorrerá, como regra, mediante
provocação da parte interessada (e que detenha legitimidade):

Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e


se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções
previstas em lei.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em


nome próprio, salvo quando autorizado pelo
ordenamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o
substituído poderá intervir como assistente
litisconsorcial.

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• O Estado-juiz desenvolve a atividade jurisdicional através do


processo judicial, método utilizado para dirimir conflitos.

• O processo judicial, por sua vez, subdivide-se em processo de


conhecimento e processo de execução.

• O processo de conhecimento tem como principal objetivo


eliminar a incerteza acerca de determinada questão jurídica,
definindo, no caso concreto, quem tem direito a ser tutelado.

• Característica do processo judicial:


- condução por um juiz, agente político do Estado;
- etapas processuais com estrita observância da legislação;
- observância do contraditório e da ampla defesa enquanto
garantias constitucionais (as partes participam efetivamente na
construção da decisão judicial).

• Através do exercício da atividade jurisdicional, exercida por meio


do processo de conhecimento, chegar-se-á a construção de um
título executivo judicial – a sentença, na qual estará externalizada
um direito ou obrigação em favor do autor, ou mesmo do réu,
conforme a conclusão alcançada ao longo deste.

• Os títulos executivos podem ser tanto judicial quanto


extrajudicial. O primeiro é formado mediante atuação
jurisdicional, enquanto o título executivo extrajudicial é formado
por ato de vontade das partes envolvidas na relação jurídica de
direito material (ou somente de uma delas).

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• Segundo Alexandre Freitas Câmara:

“O título executivo é o ato jurídico capaz de legitimar a prática


dos atos de agressão a serem praticados sobre os bens que
integram um dado patrimônio, de forma a tornar viável sua
utilização na satisfação de um crédito. A exigência de que exista
um título executivo para que possa desenvolver-se a execução é
um mecanismo de proteção do demandado. Não existisse esta
exigência e qualquer pessoa que se dissesse credora de outra
poderia demandar a execução forçada. Exigindo a lei, porém, que
exista título executivo para que isto ocorra, protege-se o devedor,
que só poderá ter seu patrimônio agredido se o demandante
apresentar um título executivo”.

• Processo de conhecimento (método através do qual se busca


eliminar a incerteza acerca de determinada questão jurídica,
definindo, no caso concreto, quem tem direito a ser tutelado.

Processo de conhecimento = fase cognitiva + fase executiva


(esta última conhecida no direito brasileiro por cumprimento de
sentença).

 Fase cognitiva – análise de alegações e provas.

 Fase executiva ou fase de cumprimento de sentença –


fazer cumprir a decisão judicial, na hipótese da parte
vencida não adimplir sua obrigação espontaneamente.
Possibilidade de constrição patrimonial (penhora) e pessoal
(prisão civil).

• Processo de Execução (busca da satisfação de um direito ou


obrigação assumida em título executivo extrajudicial);

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• Um processo consiste numa relação jurídica processual que se


materializa a partir de um procedimento.

• Procedimento é um conjunto de atos processuais que se


entrelaçam em cada etapa do processo até a decisão final da
causa.

• Daí, existem procedimentos mais céleres e outros mais


longos, objetivando, em todos os casos, a concessão de uma
tutela estatal ao final.(v.g., o procedimento do mandado de
segurança).

• O CPC/2015 dispôs sobre dois tipos de procedimento: comum


e os especiais.

• Conforme dispõe o art. 318 do Código de Processo Civil, o


procedimento comum é aplicável em todas as causas, constituindo-
se num procedimento padrão.

Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento


comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de
lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se
subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e
ao processo de execução.

• Os procedimentos especiais estão elencados entre os arts. 539 a


770 do Código de Processo Civil.

• Os procedimentos especiais têm regras próprias acerca da


realização dos atos processuais.

• As disposições do procedimento comum são aplicáveis


subsidiariamente aos procedimentos especiais quando couber.

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• Em casos específicos, o legislador, observando as


peculiaridades do direito (material) deduzido em juízo,
estabeleceu procedimentos especiais com a finalidade de
garantir o julgamento mais adequado de determinadas
causas. Nesses casos, o procedimento se adapta ao direito
material atendendo as suas necessidades para alcançar a
efetiva e tempestiva tutela jurisdicional (MARINONI, 2015,
p. 47).

• Ex:
- ação de consignação em pagamento – procedimento
especial – para se liberar da dívida.
- reintegração de posse – esbulho possessório – liminar para
reintegrar.
- ação monitória - manipulada por quem detém prova
escrita, sem eficácia de título executivo, de que é credor de
outra pessoa.

PROCEDIMENTO COMUM (procedimento padrão)

- Petição Inicial
- Despacho inicial
- Citação e intimação para a audiência de conciliação e mediação
- Audiência de conciliação e mediação
- Contestação (caso as partes não alcancem um acordo)
- Réplica*
- Fase de saneamento (o juiz irá preparar o processo para seguir
para a fase de instrução/probatória)
- Fase probatória e audiência de instrução e julgamento.
- Debates Orais – 20 min., + 10 min. (podem ser substituídos por
Razões Finais escritas)
- Sentença

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Processo Civil II
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• Por sua vez, o procedimento comum se desenvolve através de


04 fases.

PROCEDIMENTO ESPECIAL DAS AÇÕES DE ALIMENTOS (Lei 5.478/68)

- Petição Inicial
- Despacho inicial (com fixação de alimentos provisórios)
- Citação e intimação para a audiência
- Audiência (concentração de atos – conciliação, instrução e julgamento)
• Autor e réu comparecerão à audiência acompanhados de suas
testemunhas, 03 no máximo*, apresentando, nesta ocasião, as demais
provas.
• Tenta-se a conciliação;
• Não correndo conciliação entre as partes, o juiz tomará o depoimento
pessoal das partes e das testemunhas (parágrafo 2º, artigo 9º).
• Alegações finais (Terminada a instrução, poderão as partes e o Ministério
Público aduzir, em prazo não excedente a 10 minutos para cada um, suas
alegações finais (artigo 11).
• O juiz renovará a proposta de conciliação e, não sendo aceita, ditará sua
sentença, que conterá sucinto relatório do ocorrido na audiência (parágrafo
único do artigo 11).
• Da sentença caberá recurso de apelação no efeito devolutivo (artigo14).

* Procedimento comum – art. 357, §6º, CPC.


§ 6o O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a
10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a prova de cada fato.

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ADAPTAÇÃO PROCEDIMENTAL

- Nos casos em que não houver previsão de um procedimento


especial, aplicar-se-á o procedimento comum.

- Todavia, é facultado ao juiz, observando as peculiaridades da causa,


adaptar o procedimento para dilatar prazos, alterando a ordem da
produção de provas com o objetivo de dar maior efetividade ao direito
tutelado (art. 139, VI).

- A nova legislação autoriza a flexibilização do processo pelo juiz,


adequando o procedimento e estabelecendo como será o curso
processual.

- O Princípio da adaptabilidade procedimental permite ao juiz adequar


o procedimento de acordo com a necessidade do direito discutido em
juízo dando maior efetividade ao processo.

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as


disposições deste Código, incumbindo-lhe:
(...)
VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem
de produção dos meios de prova, adequando-os às
necessidades do conflito de modo a conferir maior
efetividade à tutela do direito;

• Vale lembrar que o processo (ou o direito processual civil) não


é um fim em si mesmo, mas existe para possibilitar o exercício
da prestação jurisdicional pelo Estado.

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- O conceito de adequação “consiste exatamente na ideia de


rompimento com a obrigatoriedade de uma forma rígida legal,
idêntica para todos os casos, permitindo que o juiz modifique
os atos e fases do processo, para que atendam especificamente
um caso”. (MENEZES, Gustavo Quintanilha Telles de. A atuação
do juiz cit., p. 200).

- Essa prerrogativa pode ser exercida pelo magistrado de ofício


ou a requerimento, como o que ocorre na hipótese do art. 190
do NCPC (este último, negócio processual).

NEGÓCIO PROCESSUAL

- Além da adaptação procedimental ajustada pelo juiz, o CPC


possibilita, ainda, as partes, que negociem entre si, de modo a
alterar a ordem dos atos do procedimento comum ou até
mesmo excluir alguns (atos), para que o processo tramite
observando os atos processuais previamente definidos pelas
partes, conforme disposto no art. 190.

Art. 190. Versando o processo sobre direitos que


admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no
procedimento para ajustá-lo às especificidades da
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes,
faculdades e deveres processuais, antes ou durante o
processo.

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- Regra inovadora e sem precedentes em nossa cultura


processual, mas que pode contribuir muito para o bom
funcionamento da administração da Justiça.

- Exatamente por ser regra inovadora, a doutrina diverge


quanto a amplitude de questões a serem objeto da
negociação processual. Para parte da doutrina, como Cassio
Scarpinella Bueno, as regras processuais voltadas ao modo de
atuação do Estado-juiz não podem ser objetivo de
negociação, v.g., dilação de prazos (entende ser possível
redução), redução da fase probatória (produção de prova oral,
pericial).

- Poderá ser realizado somente por pessoas capazes e versar


sobre direitos que admitam autocomposição.

- Para evitar desiquilíbrio entre as partes e impedir que uma


delas fique vulnerável, se faz necessário que ambas as partes
estejam acompanhadas de seu advogado (Enunciado nº 18 do
FPPC). Essa interpretação está de acordo com o princípio da
isonomia processual (art. 7º do CPC).

- O negócio processual somente terá validade para as partes que


participaram do mesmo (ou seja, havendo litisconsórcio, todos
os envolvidos (partes) precisarão pactuar ou anuir com o negócio
jurídico).

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- Uma interpretação literal do art. 190 do CPC afastaria a


possibilidade de se realizar negócio processual nos casos em
que a Fazenda Pública for parte. No entanto, a doutrina tem
se posicionado no sentido de dar à regra uma interpretação
extensiva para abarcar, também, os casos em que o Poder
Público seja parte.

- Os Enunciados nº 253 e 256 do Fórum Permanente de


Processualistas Civis (FPPC) admitem, de maneira expressa, a
possibilidade de realização de negócio processual nos casos
em que o Ministério Público e a Fazenda Pública,
respectivamente, são partes.

- Possibilidades para aplicação do negócio processual (lembrar


da existência de divergência doutrinária):

• pacto de impenhorabilidade;
• acordo de ampliação de prazos de qualquer natureza, das
partes;
• acordo de rateio de despesas processuais;
• dispensa consensual de assistente técnico;
• acordo para retirar o efeito suspensivo de recurso;
• acordo para não promover execução provisória;
• pacto de mediação ou conciliação extrajudicial prévia
obrigatória, inclusive com a correlata previsão de exclusão da
audiência de conciliação ou de mediação prevista no art. 334;
• pacto de exclusão contratual da audiência de conciliação ou
de mediação prevista no art. 334;

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• pacto de disponibilização prévia de documentação (pacto de


disclosure), inclusive com estipulação de sanção negocial;
• previsão de meios alternativos de comunicação das partes
entre si;
• acordo de produção antecipada de prova;
• convenção que permita a presença da parte contrária no
decorrer da colheita de depoimento pessoal;
• acordo para a realização de sustentação oral;
• acordo para ampliação do tempo de sustentação oral;
• julgamento antecipado do mérito convencional;
• convenção sobre prova;
• redução de prazos processuais;

- Ao juiz caberá somente homologar o negócio processual,


assegurando que as garantias processuais constitucionais sejam
preservadas.

- Não se admite a realização do negócio processual:


• questões de ordem pública ou criação/extinção de recursos.
• acordo para modificação da competência absoluta;
• acordo para supressão da primeira instância;
• acordo para afastar motivos de impedimento do juiz;
• acordo para criação de novas espécies recursais;
• acordo para ampliação das hipóteses de cabimento de
recursos;

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Espécies de negócio processual

- O negócio processual poderá ser típico e atípico.

- O código, em seus dispositivos legais, regulamenta alguns


negócios processuais em temas específicos – negócios
processuais típicos:
• suspensão do processo (art. 313, II);
• saneamento e organização do processo (art. 357, §2º);
• distribuição dinâmica do ônus da prova (art. 373, §3º); entre
outros.

- As partes também podem realizar negócios processuais que


não tenham sido previstos pelo código, utilizando, para tanto, a
regra do art. 190 - negócios processuais atípicos.

CALENDÁRIO PROCESSUAL

• O art. 191 do CPC autoriza o juiz e as partes a fixarem um


calendário para a prática de atos processuais.

• Calendarização significa a definição de prazos processuais e


também a fixação do termo inicial e final desses mesmos
prazos, dispensando a publicação no diário oficial.

• Pode ser realizada a partir de negócio processual ou em comum


acordo entre as partes, mesmo no âmbito do procedimento
comum.

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- Uma vez fixado o calendário para a prática dos atos


processuais, as partes ficam a ele vinculadas, não se admitindo
modificação sem prévia justificativa (art. 191, §1º do CPC).

- Essa inovação processual trazida pelo CPC/2015 contraria a


cultura processual brasileira, pois dispensa a intimação das
partes para os atos previstos na calendarização (art. 191, §2º do
CPC).

- Trata-se de interessante forma de administração do tempo do


processo pelas partes que, se utilizada de fato, pelo Poder
Judiciário e pelos advogados, muito contribuirá para a celeridade
processual, pois eliminará o chamado tempo morto do processo,
ou seja, o tempo, às vezes infindável, que o processo (físico ou
eletrônico) permanece à espera da publicação.

FIM !

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