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Dependendo do comprimento dos eixos das células unitárias e dos ângulos entre eles,
podem identificar-se sete sistemas cristalográficos. Explicar por que um grupo de átomos se
cristaliza em uma estrutura em vez de outra não é tarefa fácil devido à complexidade do
fenômeno de ligações atômicas. Pode-se estabelecer algumas regras simples, que descrevem
quais fatores são determinantes na agregação dos átomos, e então explicar as estruturas
cristalinas observadas. Este procedimento teórico auxilia na compreensão do modo como
estruturas cristalinas individuais se relacionam entre si, tanto geométrica como quimicamente.
Embora a descrição das posições atômicas numa célula unitária seja uma descrição
completa da estrutura cristalina, é útil ter meios de se descrever também a determinação da
natureza, densidade e distribuição dos defeitos cristalinos. As espécies presentes na
microestrutura apresentam características bastante diferenciadas e exigem um número
relativamente grande de técnicas complementares para a sua caracterização, como é o caso, a
utilização da difração de raios X.
Estrutura Cristalina
Quando um feixe de raios X incide sobre um material sólido, uma fração desse feixe
será dispersa em todas as direções pelos elétrons que estão associados a cada átomo ou íon
que se encontra na trajetória do feixe.
Figura 2: difração de raios X por planos de átomos.
Onde n é a ordem da reflexão, que pode ser qualquer número inteiro. Se a lei de Bragg não for
satisfeita, então a interferência será de natureza não construtiva e será produzido um feixe
difratado de muito baixa intensidade.
Como é comum na química e na física, na maioria das vezes supomos que os corpos
e suas estruturas são contínuos, ou seja, sem defeitos, entretanto esse tipo de sólido ideal não
existe, todos os materiais contém uma grande quantidade de imperfeições diferentes. Muitas
das propriedades físicas de um material são muito sensíveis a esses defeitos, e são
modificadas por causa das imperfeições.
Definimos defeito cristalino como uma irregularidade na rede cristalina com uma ou
mais das suas dimensões na ordem do diâmetro atômico. E a classificação dessas
imperfeições é feita de acordo com a geometria ou com a dimensionalidade do defeito.
Defeitos pontuais: O defeito pontual mais simples é a lacuna, que corresponde a uma
posição atômica na qual falta um átomo. As lacunas podem ser originadas durante a
solidificação, como resultado de perturbações locais durante o crescimento dos cristais, ou
podem ser criadas pelo rearranjo dos átomos de um cristal, devido à mobilidade atômica.
Defeitos pontuais em sólidos iônicos: Nos cristais iônicos, os defeitos pontuais são
mais complexos, devido à necessidade de manter a neutralidade elétrica. Quando, num cristal
iônico, faltam dois íons de cargas contrárias, origina-se uma bilacuna cátion-ânion que é
conhecida por defeito de Schottky. Se, num cristal iônico, um cátion se move para um
interstício, cria-se uma lacuna catiônica no local onde o íon se encontrava. Este par lacuna-
intersticial é designado por defeito de Frenkel.
Contorno de fase: Os contornos de fase são as fronteiras que separam fases com
estruturas cristalinas e composições distintas.
Poros: Um poro é ausência de material, ou seja, uma segunda fase oca. Os poros, que
podem ser vistos como um aglomerado de vazios, ocorrem com frequência nos componentes
fundidos e são parte dos materiais ou componentes obtidos pela metalurgia do pó.
Conclusões
Referências:
[2] http://www.cienciadosmateriais.org/index.php?acao=exibir&cap=6&top=311
[3] http://www.infoescola.com/quimica/estrutura-cristalina/
[4] http://foz.unioeste.br/~lamat/downmateriais/materiaiscap7.pdf