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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI – UFSJ

INSTITUÍDA PELA LEI NO 10.425, DE 19/04/2002 – D.O.U. DE 22/04/2002


PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO – PROEN
COORDENADORIA DO CURSO DE PSICOLOGIA – COPSI

COORDENADORIA DO CURSO DE PSICOLOGIA


PLANO DE ENSINO
Turno: Integral
Disciplina: História da Psicologia
Período: 1º Currículo: 2011
Docente: Neyfsom Carlos Fernandes Matias Tipo: Departamento:
Obrigatória Psicologia

Pré-requisito: Não há Co-requisito:


C.H. Total: 72 C.H. Prática: C. H. Teórica: Formação de Ano: 2020 Semestre: 1º
Psicólogo
EMENTA
Apresentação e análise da evolução das ideias psicológicas ao longo da história, da construção da
psicologia como campo autônomo do conhecimento científico e dos seus desdobramento em teorias,
sistemas e tendências contemporâneas, vistas sob a influência das transformações históricas, sociais,
políticas e econômicas.
OBJETIVOS
Analisar a constituição da experiência subjetiva ao longo da história privilegiando a experiência subjetiva
privatizada, no início na idade moderna até os nossos dias.
Oferecer subsídios – filosóficos, sociais, políticos, econômicos e históricos - para que o aluno compreenda
os processos que marcaram a emergência da Psicologia enquanto disciplina científica autônoma no final do
século XIX e seus desdobramentos no pensamento psicológico contemporâneo.
Possibilitar conhecimento sobre a historicidade – perenidade, mudança, relatividade – do saber psicológico
e suas implicações para a profissão de Psicólogo.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I O que significa fazer história da Psicologia? Uma introdução

1-1 como a ciência se relaciona com o senso comum?


1-2 como se relacionam as ideias com o seu contexto de produção?
1-3 limites e obstáculos para uma abordagem realista da História.

2 O surgimento da Razão no Ocidente e os primórdios da constituição subjetiva:

2-1 Conhecimento, Razão, Verdade e subjetividade na Grécia antiga;


2-2 A contribuição das ideias psicológicas da época medieval
2-3 O renascimento: da experiência subjetiva privatizada a constituição da ciência moderna:
desdobramentos na matriz nomotética e quantificadora.

3 Os antecedentes da Psicologia como ciência


3-1 A tradição Iluminista e Positivista – os vetos à constituição da Psicologia como ciência
3-2 A tradição materialista: a constituição da Fisiologia e da Psicofísica;
3-3 A Frenologia e os mitos raciais no século XIX.

4 Projetos de psicologia como ciência independente – o dilema Ciências Naturais x Ciências


Humanas:

4-1 W. Wundt e a Psicologia Germânica: o primeiro laboratório, objeto de estudos da Psicologia, métodos e
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principais conceitos.
4-2 A perspectiva funcional: W. James, J. Dewey, J. Baldwin & Pierre Janet.
4-3 O nascimento da psicoterapia – Mesmer, Charcot, Berheim e a Medicina Filosófica Francesa; 4-4 A
solução Behaviorista: Pavlov, Watson e Skinner.
4-5 A proposta Gestáltica: Köhler, Kofka e Wertheimer.
4-6 A perspectiva psicanalítica: a ruptura conceitual com a psicologia (Freud, Jung, Melanie Klein, Reich e
Lacan) 4-7 As psicologias da “terceira via” - Fenomenologia, Existencialismo, Humanismo etc.
4-8 História da Psicologia no Brasil: principais fatos, autores e instituições que auxiliaram na construção do
estado atual.
4-9 Cenário contemporâneo: a fragmentação e a dispersão dos saberes psi. Qual futuro para a Psicologia?

METODOLOGIA DE ENSINO
Aulas síncronas no horário de 15h15 às 17h05 (segunda-feira) (2h de carga horária síncrona /
frequência de aulas semanais), sendo que a primeira hora será destinada a apresentação dos conteúdos, o
restante para discussão e esclarecimento de dúvidas sobre o conteúdo. Essa atividade será realizada,
preferencialmente, a partir do Google Meet ou outra plataforma de acesso livre.
As atividades assíncronas (2 horas de carga horária assíncrona / frequência de aulas semanais) serão
compostas por indicação de vídeos, filmes e exposições relacionadas à disciplina. Isso será feito a partir de
material disponibilizado em plataformas como YouTube, blogs e sites de acesso livre.
Apresentação de trabalhos pelos alunos.
Realização de tarefas no Portal Didático da UFSJ.
Além dessas atividades, será realizado o atendimento extraclasse às sextas-feiras no horário de
13h15 às 14h30, pelo Google Meet.

HORÁRIO(S) DE DISPONIBILIDADE PARA ATENDIMENTO E SUPORTE EXTRACLASSE


 Sexta-feira – 13h15 às 14h30.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E CONTROLE DE FREQUÊNCIA
Seguindo as orientações da Resolução Nº 007/2020 “O registro da frequência do discente se dará
por meio do cumprimento das atividades propostas, e não pela presença durante as atividades síncronas,
sendo que o discente que não concluir 75% das atividades propostas será reprovado por infrequência”.
A avaliação será por meio de três notas. Assim durante o semestre o aluno poderá perfazer 10
pontos, distribuídos da seguinte forma:

• Avaliações individuais: 4,00 pontos.


• Seminários online: 3,00 pontos.
• Trabalho em grupo: 3,00 pontos.

Avaliação substitutiva: O aluno que não alcançar os 60% para aprovação na disciplina, que tenha
alcançado aproveitamento de no mínimo 40%, poderá fazer uma avaliação para substituir a nota total no
semestre. O discente que quiser melhorar a sua nota também poderá fazer essa prova, que contemplará todo
o conteúdo do semestre. A avaliação terá o valor de 10 pontos.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Antunes, M. A . M. (2004). História da Psicologia no Brasil: primeiros ensaios. Ed. Uerj, Rio de Janeiro.
Araujo, Saulo F. (2013). Ecos do Passado: Estudos de História e Filosofia da Psicologia. Editora UFJF,
Juíz de Fora, MG.
_____________. (2012). História e Filosofia da Psicologia: perspectivas contemporâneas. Editora UFJF,
Juíz de Fora, MG.
Broẑek, J. Massimi, M. (1998). Historiografia da Psicologia Moderna: versão brasileira.
Unimarco/Loyola, São Paulo.
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Figueiredo, Luís Cláudio. (1992). Psicologia: uma introdução. Uma visão histórica da Psicologia como
ciência. Educ, São Paulo.
____________. (1992). A invenção do psicológico: quatro séculos de subjetivação. Educ, São Paulo.
Garret Henry E. (1979). Grandes experimentos psicológicos em psicologia. Atualidades Pedagógicas, V.
70, Companhia Editora Nacional, Rio de Janeiro.
Goodwin, C. James. (2005). História da psicologia Moderna. Cultrix, São Paulo. Heidbreder, Edna. (1981).
Psicologias do século XX. Mestre Jou, São Paulo.
Herrnstein, R. J.; Boring, E. G. (1971). Textos básicos de História da Psicologia. Herder/EDUSP, São
Paulo.
Jacó-Vilela, A . M.; Ferreira, A . A . L; Portugal, F. T. (Orgs.) (2007). História da Psicologia: rumos e
percursos. NAU Editora, Riode Janeiro.
Massimi, Marina. (1990). História da Psicologia Brasileira: da época colonial até 1934. EP.U., São Paulo.
______________. (2004). História da Psicologia no Brasil do século XX. EPU, São Paulo.
Penna, Antônio Gomes. (1978). Introdução à História da Psicologia Contemporânea. Zahar, Rio de
Janeiro.
______________. (1982). História das Idéias Psicológicas. Zahar, Rio de janeiro.
Schultz, D. P., & Schultz, S. E. (2019). História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix.
Wertheimer, Michael. (1976). Pequena História da Psicologia. Comp. ED. Nacional São Paulo.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Alfonso-Goldfarb, A. M., & Beltran, M. H. R. (2004). Escrevendo a história da ciência: tendências,
propostas e discussões historiográficas. São Paulo, S.P.: Editora Livraria da Física; EDUC; FAPESP.
Batista, R. L. L. (2015). Entre aparelhos e arquivos: uma história do Laboratório de Psicologia da
Faculdade Dom Bosco de São João del-Rei (1953-1971) (Dissertação Mestrado, Programa de Pós-
graduação em Psicologia, Universidade Federal de São João del-Rei). Recuperado de
https://ufsj.edu.br/portal2-
repositorio/File/ppgpsi/Publicacoes/Dissertacoes/RODOLFO%20LUIS%20LEITE %20BATISTA.pdf
Braga, M., Guerra, A., & Reis, J. C. (2003). Breve História da Ciência Moderna. Vol 1: Convergência de
Saberes (Idade Média) (Vol. 1). Rio de Janeiro, R.J.: Jorge Zahar Editor.
Cardinali, D. P. (2015). Cincuenta años con la piedra de la locura: apuntes autobiográficos de un científico
argentino . Recuperado de http://bibliotecadigital.uca.edu.ar/repositorio/libros/cincuenta-anos-piedra-
locura.pdf
Castañon, G. A. (2009). Psicologia como ciência moderna: vetos históricos e status atual. Temas Em
Psicologia, 17(1), 21–36.
Pickren, W., & Rutherford, A. (2010). A History of Modern Psychology in Context. New Jersey, USA.:
Wiley. Retrieved from https://books.google.com.br/books?id=UA5sI7qUzhMC
Pfuetzenreiter, M. R. (2002). A epistemologia de Ludwik Fleck como referencial para a pesquisa no ensino
na área de saúde. Ciência & Educação (Bauru), 8(2), 147–159.
Sennet, Richard. As tiranias da intimidade. (1988).In: Sennett, R. O declínio do homem público.
Companhia das Letras, São Paulo.

Aprovado pelo Colegiado em / /


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Docente Responsável _________________________
Coordenador do Curso

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