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Manualde Práticas da

Disciplina de
Anatomorfofisiologia
do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Tutor
Copyright © UNIASSELVI

Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e Locomotor


Indaial: Uniasselvi, 2019.

Autora: Franciele Rambo Lauxen

1. Biomedicina, Fisioterapia, Nutrição, Radiologia e Enfermagem


I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
Sumário
PRÁTICA 1 – PLANOS E EIXOS....................................................................................................... 1

PRÁTICA 2 - OBSERVAÇÃO DO SISTEMA TEGUMENTAR – MACROSCOPIA................ 5

PRÁTICA 3 - OBSERVAÇÃO DO SISTEMA TEGUMENTAR – MICROSCOPIA................. 9

PRÁTICA 4 - OBSERVAÇÃO DO ESQUELETO AXIAL: CRÂNIO,


CAIXA TORÁCICA E COLUNA VERTEBRAL – MACROSCOPIA......................................... 13

PRÁTICA 5 - OBSERVAÇÃO DE OSSOS DOS CÍNGULOS SUPERIOR


E INFERIOR E ESQUELETO APENDICULAR – MACROSCOPIA.......................................... 19

PRÁTICA 6 – OBSERVAÇÃO DE OSSO COMPACTO E OSSO


ESPONJOSO – MICROSCOPIA...................................................................................................... 31

PRÁTICA 7 - OBSERVAÇÕES DE CARTILAGENS – MICROSCOPIA ................................. 35

PRÁTICA 8 - OBSERVAÇÃO DOS MÚSCULOS – MICROSCOPIA....................................... 41

PRÁTICA 9 - OBSERVAÇÕES DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS DA


CABEÇA E DO PESCOÇO – MACORSCOPIA............................................................................. 47

PRÁTICA 10 - OBSERVAÇÃO DOS MÚSCULOS DO TRONCO E MEMBROS


SUPERIORES E INFERIORES – MACROSCOPIA...................................................................... 53
NORMAS GERAIS
1 Superfícies de trabalho: deverão ser limpas e organizadas após o término do
trabalho.
2 Ler os roteiros antes de começar a prática.
3 Quebra de material: notificar imediatamente o monitor ou o professor.
4 A limpeza, a organização, o rigor científico e o máximo grau de observação nos
fenômenos que ocorrem são indispensáveis em todos os trabalhos de laboratório.
5 Por educação, não usar o celular no período da aula.
6 Evitar saídas desnecessárias da sala de aula, podendo acarretar em falta para o
aluno.

NORMAS DE SEGURANÇA
1 Uso obrigatório: jaleco de manga longa de comprimento até o joelho, calça, calçado
fechado (durante a aula no laboratório).
2 Uso de luvas de procedimento: trabalhos em que haja contato casual ou previsto com
sangue ou qualquer outro material biológico que ofereça risco de contaminação.
3 Terminantemente proibido: fumar, comer, beber no laboratório.
4 Terminantemente proibido: sapatos e roupas inadequados ao laboratório (chinelo
de dedo, sandália aberta, bermudas e saias).
5 Uso de equipamentos: de acordo com o manual de instruções ou com o auxílio e
informação do professor. Uma vez utilizado, deixá-lo em condições de ser utilizado
por outra pessoa.
6 Ferimentos: por mais simples que pareçam, devem ser tratados no mesmo instante
e comunicar imediatamente ao professor responsável pela aula.
7 Lavar as mãos após qualquer procedimento desenvolvido no laboratório.
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PRÁTICA 1 – PLANOS E EIXOS

1 INTRODUÇÃO
Imagine que você precisa dizer para alguém onde fica a sua casa. Para
isso, precisa ter algumas ferramentas para situar a outra pessoa em relação ao
espaço (no bairro “k”, na rua “x”, em frente ao prédio “y”, perto da praça “z”)
e precisa também que quem ouve sua descrição entenda a mensagem de forma
simples, clara e objetiva, sem abertura para segundas interpretações.

Para o estudo da anatomia do sistema tegumentar e locomotor, essa lógica


também é válida. Porém, existem alguns diferentes pontos a serem reportados, a co-
meçar pelo vocabulário que deve ser padronizado, pois este define posições, movi-
mentos e planos de referência ditados pela chamada Anatomia Posicional. Na parte
teórica deste módulo, aprenderemos o que significa “posição anatômica”. Tendo esse
termo como base, se alguém perguntar onde fica o estômago, podemos utilizar os
outros conceitos norteadores (planos, eixos) para responder a essa pergunta.

Vamos exercitar um pouquinho nossos conhecimentos sobre esse assunto?

2 OBJETIVOS
- Saber identificar os conceitos relacionados a posição, eixos e planos anatômicos.
- Saber classificar quais são os eixos e planos anatômicos.
- Descrever a posição de estruturas anatômicas, utilizando a nomenclatura
padrão da anatomia de posição.

3 MATERIAIS
- Papel pardo (tamanho de uma pessoa do grupo) – 1 para cada grupo de até 4
alunos.
- Tesoura.
- Canetas coloridas.
- Peças ósseas que se apresentam selecionadas para estudo.
- Acesso a material didático (livros, revistas, jornais, dentre outros).
- Acesso a internet, como meio de consulta de apoio (via smartphone, tablet,
notebooks, dentre outros).

4 PROCEDIMENTOS
- Com o auxílio do material didático-teórico, você deverá identificar os planos e
eixos, assim como termos de posição e direção nas peças anatômicas. Para isso,

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manipule-as, organize-as conforme a posição anatômica e compare-as com as


imagens disponíveis no material didático teórico e no atlas. Utilize a lista a
seguir para auxiliar no seu estudo:

LISTA COM NOME DE PLANOS, EIXOS DO CORPO HUMANO E TERMOS


ANATÔMICOS:

Planos:
1- Plano de Delimitação Anterior
2- Plano de Delimitação Posterior
3- Plano de Delimitação Lateral Direito
4- Plano de Delimitação Lateral Esquerdo
5- Plano de Delimitação Superior
6- Plano de Delimitação Inferior
7- Plano de Secção Sagital Mediano
8- Plano de Secção Sagital
9- Plano de Secção Frontal ou Coronal
10- Plano de Secção Transversal

Eixos:
11- Eixo Látero-lateral
12- Eixo Súpero-inferior ou Longitudinal
13- Eixo Ântero-posterior
14- Termo de Posição: Mediano

Terminologias posicionais:
15- Termo de Posição: Médio
16- Termo de Posição: Intermédio
17- Termo de Posição: Medial
18- Termo de Posição: Lateral
19- Termo de Posição: Anterior ou Ventral
20- Termo de Posição: Posterior ou Dorsal
21- Termo de Posição: Superior ou Cranial ou Cefálico
22- Termo de Posição: Inferior ou Podálico ou Caudal
23- Termo de Posição: Superficial
24- Termo de Posição: Profundo
25- Termo de Posição: Interno
26- Termo de Posição: Proximal
27- Termo de Posição: Distal
28- Linha Mediana
29- Posição Anatômica
30- Termos de Movimento: Flexão / Extensão
31- Termos de Movimento: Abdução / Adução
32- Termos de Movimento: Rotação medial / Rotação lateral
33- Termo de Movimento: Circundação
34- Termos de Movimento: Inversão / Eversão
35- Termo de Movimento: Inclinação
36- Termos de Movimento: Pronação / Supinação
37- Termos de Movimento: Protrusão ou Protração / Retrusão ou Retração
38- Termo de Movimento: Rotação / Translação
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39- Termo de Movimento: Deslizamento


40- Termo de Movimento: Oponência

- Os acadêmicos serão divididos em grupos com até quatro integrantes. Na


sequência cada grupo ficará responsável por escolher um integrante que
irá deitar sobre o papel pardo, para que os demais integrantes desenhem
o contorno do seu corpo, preenchendo os possíveis planos e eixos de cada
posição.
- Pelo menos um indivíduo do grupo deve representar no papel pardo a posição
anatômica. Os demais podem exemplificar os principais planos (sagital,
frontal e transversal) e seus respectivos eixos (látero-lateral, ântero-posterior e
longitudinal ou súpero-inferior).

5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


Após a realização da prática, descreva os resultados obtidos e discuta-os
a partir dos questionamentos a seguir:

- Planos e eixos são descrições anatômicas e podem ser usadas para se referir
tanto ao corpo humano no todo quanto aos órgãos. Sobre essas descrições,
analise as questões a seguir e responda:

a) Nos quadrados a seguir, preencha quais são os Planos de Secção a que cada
um se refere e especifique quais os eixos indicados pelas letras X, Y e Z.

Eixo longitudinal

Plano sagital Plano Frontal

Plano
transversal

Eixo
Eixo látero-lateral
ântero-posterior

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b) Qual é a diferença de um plano de secção e de um eixo?

Resposta: Planos são cortes bidimensionais que passam através do corpo. Eixos
são linhas (unidimensionais) imaginárias que atravessam os planos do corpo
perpendicularmente para possibilitar movimentos.?

REFERÊNCIAS
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre: Artmed,
2009.

TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de anatomia e fisiologia.


Guanabara Koogan 12. ed. 2010.

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PRÁTICA 2 - OBSERVAÇÃO DO SISTEMA TEGUMENTAR –


MACROSCOPIA

1 INTRODUÇÃO
Conforme visto na aula teórica, a pele é o principal órgão do sistema
tegumentar. Esse sistema recobre o corpo protegendo-o contra o atrito, a
desidratação, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta, por
exemplo. Além disso, converte moléculas precursoras em substratos úteis ao
organismo (como a vitamina D) e tem um papel crucial na percepção do tato, na
termorregulação, na excreção de substâncias, secreção de lipídios protetores e de
leite materno.

A pele, se divide basicamente em três camadas distintas: a epiderme, a


derme e a hipoderme. A epiderme é a camada mais externa e possui uma camada
queratinizada protegendo o organismo contra a penetração de micro-organismos
do ambiente externo, desidratação, atrito, entre outros benefícios. A junção entre
a epiderme e a derme é irregular devido à existência de projeções dérmicas, as
papilas dérmicas, que se encaixam em reentrâncias da epiderme, chamadas cristas
epidérmicas, e têm a finalidade de aumentar a coesão entre essas duas camadas.

Abaixo delas e em continuidade com a derme encontra-se a hipoderme


ou tecido celular subcutâneo. Ela não faz parte da pele e atua como conector
desta com os órgãos subjacentes. A hipoderme, é um tecido conjuntivo frouxo
que pode conter uma grande variedade de células, como as células adiposas.

Vamos conhecer as camadas que compõem a pele e aprofundar os nossos


conhecimentos sobre elas?

IMPORTANTE! Esta atividade (prática) deve ser realizada individual-


mente para melhor aproveitamento e aprofundamento do conhecimento.

2 OBJETIVOS
- Identificar os órgãos componentes do sistema tegumentar no kit de anatomia.
- Analisar as estruturas indicadas nas figuras fornecidas.

3 MATERIAIS
- Peças anatômicas do sistema tegumentar.
- Lápis/caneta.
- Manual de práticas.
- Atlas de anatomia (o tutor deve providenciar e trazer para a turma).
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- Acesso a material didático (livros, revistas, jornais, entre outros).


- Acesso a internet, como meio de consulta de apoio (via smartphone, tablet,
notebooks, entre outros).

4 PROCEDIMENTOS
Com o auxílio do material didático teórico, você deverá identificar as peças
anatômicas referentes ao sistema tegumentar. Para isso, manipule-as, coloque-as
em ordem anatômica e compare-as com as imagens disponíveis abaixo junto ao
material didático teórico e no atlas. Após isso, utilizar o material de texto a que
tem acesso para nomear as estruturas indicadas nas imagens abaixo.

FIGURA 1 - SISTEMA TEGUMENTAR: ESTRUTURA DA PELE

FONTE: Adaptado de Marieb e Hoehn (2009)

5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


a) Cite as principais funções da epiderme, da derme e da hipoderme.

Resposta: Epiderme: permeabilidade seletiva, pigmentação, renovação da pele,


proteção mecânica, proteção contra agentes externos; Derme: é considerada
a parte funcional da pele. Contém terminações nervosas, vasos sanguíneos,
glândulas que nutrem e mantêm a funcionalidade das camadas adjacentes;
Hipoderme: atua como reserva energética, proteção contrachoques mecânicos e
isolante térmico.

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b) Complete o quadro a seguir com a função de cada um dos receptores nervosos


existentes na derme:

RECEPTORES DE SUPERFÍCIE SENSAÇÃO PERCEBIDA


Receptores de Krauser Frio
Receptores de Ruffini Calor
Receptores de Paccini Pressão
Receptores de Meissner Tato
Terminações nervosas livres Principalmente dor

REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. C. Anatomia sistêmica e segmentar. 3. ed. São
Paulo: Atheneu, 2007.

MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed,


2009.

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PRÁTICA 3 - OBSERVAÇÃO DO SISTEMA TEGUMENTAR –


MICROSCOPIA

1 INTRODUÇÃO
Como vimos na aula anterior, a pele é o órgão que recobre toda a superfí-
cie externa do nosso corpo. Ela é constituída por uma porção epitelial de origem
ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica – a der-
me. Dependendo da sua espessura, ela pode ser classificada como fina ou como
grossa.

A pele grossa ou espessa, também é conhecida como glabra, pois é for-


mada por muitas camadas de células sobrepostas e sua epiderme conta com um
grosso estrato córneo. Ela é encontrada na palma das mãos, na planta dos pés,
nos cotovelos e nos joelhos, áreas de maior atrito ou pressão e que sofrem maior
estresse mecânico. A derme desse tipo de pele, também é espessa. O motivo, po-
rém, é que ela contém tecido conjuntivo e anexos, como as glândulas sudoríparas.

Já a pele fina possui a epiderme com poucas camadas de células e o estrato


córneo tênue. A sua derme também é pouco volumosa e possui tecido conjuntivo
com glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas próximas a folículos pilosos.

Vamos ver de perto cada um desses tipos de pele e aprender a distingui-


-los histologicamente?

IMPORTANTE! Esta atividade (prática) deve ser realizada individual-


mente para melhor aproveitamento e aprofundamento do conhecimento.

2 OBJETIVOS
- Observar a estrutura histológica do Sistema Tegumentar.
- Analisar os tecidos que compõe a pele fina e a pele espessa.
- Identificar as camadas e os principais tipos celulares presentes na pele.

3 MATERIAIS
- Microscópio óptico.
- Lâmina histológica permanente de pele fina.
- Lâmina histológica permanente de pele espessa.
- Manual de práticas.
- Lápis de cor.
- Lápis/caneta.
- Borracha.
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4 PROCEDIMENTOS

4.1 LÂMINA HISTOLÓGICA PERMANENTE DE PELE FINA


- Pegar a lâmina histológica de pele fina colocar no microscópio na objetiva de
4 (ou panorâmica), subir a mesa utilizando o macrométrico, focar o tecido
ajustando com o micrométrico. Depois passar para a objetiva de 10x para
obter um aumento de 100 vezes e novamente focar. Em seguida, passar para
a objetiva de 40x para obter um aumento de 400 vezes, focar e observar a
estrutura.
- Após observar a estrutura e fazer as anotações necessárias conforme solicitado
a seguir, retornar para objetiva de 4, baixar a mesa e retirar a lâmina.

4.2 LÂMINA HISTOLÓGICA PERMANENTE DE PELE ESPESSA


- Pegar a lâmina histológica de pele espessa colocar no microscópio na objetiva
de 4 (ou panorâmica), subir a mesa utilizando o macrométrico, focar o tecido
ajustando com o micrométrico. Depois passar para a objetiva de 10x para
obter um aumento de 100 vezes e novamente focar. Em seguida, passar para
a objetiva de 40x para obter um aumento de 400 vezes, focar e observar a
estrutura.
- Após observar a estrutura e fazer as anotações necessárias conforme solicitado
a seguir, retornar para objetiva de 10x, em seguida para a de 4x, baixar a mesa
e retirar a lâmina.

5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


Foque as estruturas elencadas a seguir no microscópio e desenhe os
resultados obtidos destacando as estruturas da legenda:

Lâmina de pele fina:

1- Epiderme
2- Derme
a) Folículo piloso
b) Glândula sudorípara
c) Glândula sebácea
d) Tecido conjuntivo

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Lâmina de pele espessa:

1- Epiderme
2- Derme
a) Tecido conjuntivo
b) Glândula sudorípara

Após a realização da prática, observe as imagens a seguir, elenque os


nomes das estruturas e camadas apontadas:

Figura 1: Lâmina de pele fina

FONTE: Adaptado de Abrahamsohn e Freitas (2019)

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Figura 2: Lâmina de pele espessa

FONTE: Adaptado de ABRAHAMSOHN e FREITAS (2019)

REFERÊNCIAS
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto/atlas. 13. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

ABRAHAMSOHN, P.; FREITAS, V. Histologia. Disponível em: http://mol.icb.


usp.br/index.php/acesso-aos-modulos/. Acesso em: 15 jul. 2019.

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PRÁTICA 4 - OBSERVAÇÃO DO ESQUELETO AXIAL: CRÂNIO,


CAIXA TORÁCICA E COLUNA VERTEBRAL – MACROSCOPIA

1 INTRODUÇÃO
Sabemos que o sistema nervoso, o sistema cardiovascular e o sistema
respiratório são vitais para a nossa sobrevivência por isso é importante que eles
sejam muito bem protegidos e essa é uma das funções do esqueleto axial, o qual é
composto pelos ossos do crânio, caixa torácica e coluna vertebral.

O crânio, é composto por 22 ossos. Destes, 8 formam a calota craniana


e 14 formam a face. Além de proteger e abrigar o sistema nervoso central, as
funções acessórias são abrigar cavidades para partes dos sistemas digestório e
respiratório, servir como suporte para dentes e auxiliar na mastigação.

O suporte do crânio, é dado pela coluna vertebral. Ela é constituída por


33 vértebras classificadas em cervicais (7), torácicas (12), lombares (5), sacrais
(5) e coccígeas (4). É importante salientar que durante o desenvolvimento as
vértebras sacrais e as coccígeas são fundidas em duas peças, o sacro e o cóccix,
peças fundamentais para a estabilidade e para a fixação dos músculos pélvicos
e perineais. A organização delas, forma um pilar de sustentação resistente que
ao mesmo tempo fornece a flexibilidade necessária à movimentação do tronco e
protege a coluna espinal. As vértebras também têm articulações com as costelas
(12) e, junto com elas, as cartilagens costais e o osso esterno, formam a parte óssea
do segmento superior do tronco.

Todas essas estruturas possuem como função, proteger os órgãos internos


das forças externas, permitir a mecânica da respiração, proporcionar fixação para
os membros superiores e sustentar seu peso e proporcionar a fixação de músculos
do membro superior, abdome, pescoço e dorso.

Após essa breve revisão, vamos praticar?

IMPORTANTE! Esta atividade (prática) deve ser realizada individualmente


para melhor aproveitamento e aprofundamento do conhecimento.

2 OBJETIVOS
- Identificar quais são os ossos que compõem o crânio, coluna vertebral e tórax.
- Classificar os diferentes tipos de vértebras.
- Correlacionar os diferentes ossos componentes do esqueleto axial.
- Saber correlacionar a forma dos ossos do esqueleto axial com as suas funções.

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3 MATERIAIS
- Peças anatômicas do sistema esquelético – esqueleto axial.
- Lápis de cor/lápis/caneta.
- Manual de práticas.
- Atlas de anatomia (o tutor deve providenciar e trazer para a turma).
- Acesso a material didático (livros, revistas, jornais, dentre outros).
- Acesso a internet, como meio de consulta de apoio (via smartphone, tablet,
notebooks, entre outros).

4 PROCEDIMENTOS
Com o auxílio do material didático teórico, você deverá identificar as pe-
ças anatômicas referentes ao sistema esquelético axial. Para isso, manipule-as, co-
loque-as em ordem anatômica e compare-as com as imagens disponíveis a seguir,
utilizando o material didático teórico e atlas como recursos de apoio para poten-
cializar seu aprendizado. Após isso, utilizar o material de apoio para nomear as
estruturas indicadas nas imagens que seguem. Caso você queira, para possibilitar
maior fixação do conteúdo, poderá colorir os ossos das imagens.

Figura 1: Ossos do crânio

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FONTE: Hansen (2015)

Resposta:
1. Frontal, 2. Parietais (ossos pares), 3. Esfenoide, 4. Temporais (ossos pa-
res), 5. Occipital, 6. Etmoide, 7. Nasal, 8. Lacrimal, 9. Zigomático, 10. Maxila,
11. Concha nasal inferior, 12. Vômer, 13. Mandíbula, 14. Palatino.

Figura 2: Ossos da caixa torácica

FONTE: Hansen (2015)


Resposta:
1. Cartilagens costais; 2. Clavícula; 3. Osso esterno e suas três partes: (3A. Ma-
núbrio; 3B. Corpo; 3C. Processo xifoide); 4. Fóvea costal superior: articulação
para a cabeça da costela de mesmo número que a vértebra; 5. Fóvea costal in-
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ferior: articulação para a cabeça da costela de um número a mais que a vértebra


anterior; 6. Partes de uma costela típica (6A, cabeça; 6B, colo; 6C, tubérculo; 6D,
ângulo e restante da costela).

Figura 3: Ossos da coluna vertebral: Vértebras cervicais e torácicas

FONTE: Hansen (2015)


Resposta:
1. Arco posterior do atlas; 2. Canal vertebral: a medula espinal passa através do
canal vertebral; 3. Dente do áxis; 4. Forame transversário; 5. Discos interverte-
brais (observe que não há disco intervertebral entre as vértebras atlas e áxis); 6.
Corpo vertebral (observe que a vértebra atlas não apresenta corpo); 7. Processo
transverso; 8. Processo espinhoso bífido; 9. Lâmina; 10. Corpo;
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11. Fóvea costal superior (costela); 12. Canal vertebral; 13. Processo espinhoso;
14. Fóvea costal do processo transverso; 15. Fóvea costal inferior

Figura 4: Ossos da coluna vertebral: vértebras lombares, sacrais e coccígeas

FONTE: Hansen (2015)

Resposta:
1. Forame intervertebral: atravessado por um nervo espinal ao deixar a medula
espinal e dirigir-se à periferia; 2. Disco intervertebral; 3. Corpo vertebral; 4.
Processo articular superior; 5. Processo espinhoso; 6. Face articular lombossa-
cral: articula-se com o corpo da vértebra L5; 7. Forames sacrais anteriores: para
passagem dos nervos espinais; 8. Vértebras coccígeas; 9. Crista sacral mediana:

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equivalente aos processos espinhosos vertebrais das demais regiões da coluna;


7. Processo transverso; 8. Processo espinhoso bífido; 9. Lâmina; 10. Ligamento
longitudinal anterior; 11. Disco intervertebral; 12. Nervos espinais (colorir em
amarelo); 13. Ligamento interespinal; 14. Ligamento supraespinal; 15. O núcleo
pulposo em processo de herniação, ao comprimir um nervo espinal.

5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


Após a realização da prática, responda aos questionamentos a seguir:

a) Possuímos três tipos de costelas: as verdadeiras, as falsas e as flutuantes.


Discorra sobre a localização (com quem se articula anterior e posterior), o
número de cada tipo de costelas.
b) Descreva as principais diferenças estruturais entre as vértebras cervicais,
torácicas e lombares.

REFERÊNCIAS
HANSEN, John T. Netter anatomia para colorir. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus
Elsevier (Medicina), 2015.

TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de anatomia e


fisiologia. Guanabara Koogan 12. ed. 2010.

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PRÁTICA 5 - OBSERVAÇÃO DE OSSOS DOS CÍNGULOS


SUPERIOR E INFERIOR E ESQUELETO APENDICULAR –
MACROSCOPIA

1 INTRODUÇÃO
Como vimos na Prática 4, o esqueleto axial tem como principais funções
a proteção dos nossos órgãos vitais e a sustentação do eixo corporal. Assim
como o esqueleto apendicular também tem papel na proteção de elementos
essenciais a nossa homeostase. Além disso, ele auxilia na locomoção e interações
com o ambiente, é essencial para o crescimento longitudinal e abriga as células
hematopoiéticas.

Algo que é único do sistema esquelético, em especial dos ossos


componentes do esqueleto apendicular, é a forma como ele se desenvolve
(cresce). No nascimento, muitos dos nossos ossos possuem uma parte composta
de cartilagem. Com o tempo, essa estrutura para de se dividir e começa a sofrer
substituição por células ósseas. Ao fim desse processo, normalmente ao término
da puberdade, o indivíduo para de crescer longitudinalmente.

A união do esqueleto axial e do esqueleto apendicular dá-se pelos cíngulos


superior e inferior. O primeiro, é composto pela escápula e pela clavícula, os quais
se articulam com o úmero e com ossos da caixa torácica. Já o segundo, é formado
pelos ossos da pelve (ílio, ísquio e púbis) e pelo sacro. Estes se articulam com a
cabeça do fêmur e com a porção final da coluna vertebral.

IMPORTANTE! Esta atividade (prática) deve ser realizada individualmente


para melhor aproveitamento e aprofundamento do conhecimento.

2 OBJETIVOS
- Identificar os ossos pertencentes ao esqueleto apendicular.
- Correlacionar os diferentes ossos componentes do esqueleto apendicular e dos
cíngulos.
- Identificar os ossos do cíngulo superior e inferior.
- Identificar os acidentes ósseos do esqueleto apendicular e cíngulos.
- Ser capaz de correlacionar os acidentes ósseos do esqueleto apendicular e
cíngulos com suas funções.

3 MATERIAIS
- Peças anatômicas do sistema esquelético – esqueleto apendicular e cíngulo
superior e inferior.
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- Lápis de cor/lápis/caneta.
- Manual de práticas.
- Atlas de anatomia (o tutor deve providenciar e trazer para a turma).
- Acesso a material didático (livros, revistas, jornais, dentre outros).
- Acesso a internet, como meio de consulta de apoio (via smartphone, tablet, notebooks,
- Acesso a internet, como meio de consulta de apoio (via smartphone, tablet,
dentre outros).
notebooks, dentre outros).

4 Procedimentos
4 PROCEDIMENTOS
Com o auxílio do material didático teórico, você deverá identificar as peças anatômicas
Com o auxílio
referente ao esqueleto do material
apendicular didático
e cíngulos superiorteórico, você Para
e inferior. deverá identificar
isso, as coloque-
manipule-as,
peças anatômicas referente ao esqueleto apendicular e cíngulos superior e
as em ordem anatômica
inferior. Para isso,emanipule-as,
compare-as com as imagens
coloque-as disponíveis
em ordem a seguir,
anatômica utilizando o material
e compare-as
didáticocom as imagens
teórico disponíveis
e o atlas, a seguir,Após
como referência. utilizando o material
isso, utilize didático
o material de teórico
texto a eque
o você tem
atlas, como referência. Após isso, utilize o material de texto a que você tem acesso,
acesso,para
paranomear
nomearasasestruturas
estruturasindicadas
indicadasnasnas imagens
imagens a seguir.
a seguir.

Figura 1: Ossos do cíngulo superior: escápula


Figura 1: Ossos do cíngulo superior: escápula

FONTE: Sobotta (2000)

FONTE: Sobotta (2000)

20
DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se possível:
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura
Figura 2: Ossos
2: Ossos do cíngulo
do cíngulo superior:
superior: clavícula
clavícula

FONTE: Sobotta (2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se pos


trapezoide - conoide FONTE: Sobotta (2000)
FONTE: Sobotta (2000)

Figura 3: Ossos do cíngulo inferior: osso da pelve


DIAGRAMADOR! Favor
Figura corrigir
3: Ossos do cínguloas seguintes
inferior: palavras, se possível:
osso da pelve

trapezoide - conoide Crista


ilíaca
Figura 3: Ossos do cíngulo inferior: osso da pelve

Crista
ilíaca

Acetábulo

Tubérculo
púbico
Espinha Acetábulo
isquiática Tubérculo
púbico
Espinha
isquiática Forame
Tuberosidade
isquiática obturado
Tuberosidade Forame
FONTE: Netter (2000)
obturado
isquiática FONTE: Netter (2000)

FONTE: Netter (2000)

21
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura4:
Figura 4:Ossos
Ossosdos
dosmembros
membrossuperiores:
superiores:úmero
úmero(vista
(vista anterior
anterior e posterior)
e posterior)

FONTE:Sobotta
FONTE: Sobotta (2000)
(2000)

22
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura
Figura 5: Ossos5:dos
Ossos dos membros
membros superiores:superiores:
rádio rádio

FONTE: Netter (2000)

FONTE: Netter (2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se pos


estiloide

23
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor Figura 6: Ossos dos membros superiores: ulna
Figura 6: Ossos dos membros superiores: ulna

FONTE: Netter (2000)


FONTE: Netter (2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigir


24 as seguintes palavra
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Vista anterior
Figura 7: Ossos dos membros superiores: ossos do punho e da mão

Vista anterior

Vista posterior

Vista posterior

FONTE:FONTE:
Netter (2000)
Netter (2000)

FONTE: Netter (2000)


25
escaloide – sesamoides – escafoide – trapezoide
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura 8: Ossos dos membros inferiores: fêmur (vista anterior e vista posterior)
Figura 8: Ossos dos membros inferiores: fêmur (vista anterior e vista posterior)
Vista anterior:
Vista anterior:

26
Vista posterior:
Vista posterior:
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor
Vista posterior:
Vista posterior:

FONTE: Netter
FONTE: (2000)
Netter (2000)
FONTE: Netter (2000)
FONTE: Netter (2000)
Figura 9: Ossos
Figura dos
9: Ossos
membros
dos membros
inferiores:inferiores:
patela – face
patela
anterior
– facee anterior
posteriore posterior
Figura 9: Ossos dos membros inferiores: patela – face anterior e posterior

Figura 9: Ossos dos membros inferiores: patela – face anterior e posteri

FONTE: Sobotta (2000)

27
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura 10:
Figura 10:Ossos
Ossos dos membrosinferiores:
dos membros inferiores: tíbia
tíbia

FONTE: Sobotta (2000)


FONTE: Sobotta (2000)

28
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor
Figura 11:
Figura
Ossos
11:dos
Ossos
membros
dos membros
inferiores:
inferiores:
fíbula (vista
fíbula
lateral
(vistaelateral
medial)e medial)
Figura 11: Ossos dos membros inferiores: fíbula (vista lateral e medial)

FONTE: Sobotta (2000)

FONTE:FONTE:
Sobotta Sobotta
(2000) (2000)

29
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura
Figura 12: Ossosdos
12: Ossos dosmembros
membrosinferiores:
inferiores:ossos
ossosdodo tornozelo
tornozelo e pé
e pé

FONTE: Netter (2000)


FONTE: Netter (2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se possível:


5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
cuboide
Após a realização da prática, responda aos questionamentos a seguir:
5 Interpretação dos resultados
a) Após
Cite 5a funções doda
realização esqueleto apendicular.
prática, responda aos questionamentos a seguir:
Resposta: Sustentação, mobilidade, interação com o ambiente, hematopoese,
a) Cite 5de
estoque funções do esqueleto apendicular.
minerais.
Resposta: Sustentação, mobilidade, interação com o ambiente, hematopoese, estoque de
b) Explique por que os ossos se tornam frágeis e suscetíveis a fraturas quando há
minerais.
falta de cálcio no organismo.
b) Explique
Resposta: por aque
Pois os ossos
matriz se tornam
tem parte frágeis
de sua e suscetíveis
rigidez a fraturas
conferida pelo quando
cálcio. há falta de
Quando
há organismo.
cálcio no hipocalcemia sistêmica, o organismo supre essa falta retirando esse mineral
dos seus estoques, ou seja, da matriz óssea, o que torna os ossos mais frágeis e,
Resposta:
assim, maisPois a matriz
suscetíveis tem parte de sua rigidez conferida pelo cálcio. Quando há
a fraturas.
hipocalcemia sistêmica, o organismo supre essa falta retirando esse mineral dos seus estoques,
ou seja, da matriz óssea, o que torna os ossos mais frágeis e, assim, mais suscetíveis a fraturas.

30
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. C. Anatomia sistêmica e segmentar. 3. ed. São
Paulo: Atheneu, 2007.

NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SOBOTTA, Johannes. Atlas de anatomia humana. 21. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2000.

31
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

32
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

PRÁTICA 6 – OBSERVAÇÃO DE OSSO COMPACTO E OSSO


ESPONJOSO – MICROSCOPIA

1 INTRODUÇÃO
Como você deve ter concluído na aula anterior, o tecido ósseo é formado por
células e pela matriz óssea, um material extracelular calcificado. Uma das células
que constitui esse tecido são os osteócitos. Eles são encontrados no interior da matriz
óssea e ocupam as lacunas ósseas a partir das quais partem os canalículos. Como
veremos a seguir, essas células são essenciais para a manutenção da matriz óssea.

Outro tipo de célula presente nessas estruturas são os osteoblastos. Eles


localizam-se na periferia dos ossos e sintetizam a parte orgânica da matriz. São
capazes de tal feito porque podem concentrar fosfato de cálcio, participando da
mineralização da matriz.

Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o osteoblasto passa a


ser chamado de osteócito. A matriz se deposita em torno do corpo da célula e de
seus prolongamentos, formando assim as lacunas e os canalículos.

Já os osteoclastos (células gigantes, móveis e multinucleadas) reabsorvem


o tecido ósseo, realizando assim a remodelação dos ossos. Esse processo, é essen-
cial tanto para o crescimento longitudinal quanto para a reparação de possíveis
fraturas ósseas.

Acerca da classificação, os ossos são formados por partes sem cavidades


visíveis, então denominados como ossos compactos, e por partes com muitas ca-
vidades intercomunicantes, identificado por isso como ossos esponjosos. As ca-
vidades dos ossos esponjosos – também chamadas de trabéculas ou traves – e o
canal medular da diáfise dos ossos longos são preenchidos pela medula óssea.

Nos ossos compactos encontramos as lamelas, estruturas que podem se po-


sicionar paralelamente umas às outras ou se dispor em camadas concêntricas em
torno de canais com vasos. Esses arranjos são chamados de sistemas de Havers.
Cada sistema de Havers pode ser formado por 4 a 20 lamelas ósseas concêntricas.
No centro desse cilindro ósseo estão vasos e nervos, responsáveis por nutrir e man-
ter a homeostase dessas estruturas. Os canais de Havers, podem comunicar-se entre
si, com a cavidade medular e/ou com a superfície externa de osso, por meio de
canais transversais ou oblíquos chamados canais de Volkmann. Estes se distinguem
dos canais de Havers, por não apresentarem lamelas ósseas concêntricas.

Neste momento, vamos observar e sedimentar nosso conhecimento so-


bre cada uma dessas estruturas, analisando tanto lâminas de ossos compactos e
quanto de ossos esponjosos.

33
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

IMPORTANTE! Esta atividade (prática) deve ser realizada individualmente


para melhor aproveitamento e aprofundamento do conhecimento.

2 OBJETIVOS
- Observar a estrutura histológica do sistema esquelético.
- Analisar os tecidos que compõe os ossos esponjosos e compactos.
- Identificar os principais tipos celulares presentes nesses tecidos.
- Saber identificar os sistemas de Havers e Volkmann.

3 MATERIAIS
- Microscópio óptico.
- Lâmina histológica permanente de osso compacto.
- Lâmina histológica permanente de osso esponjoso;
- Manual de práticas.
- Lápis de cor.
- Lápis de escrever/caneta.
- Borracha.

4 PROCEDIMENTOS

4.1 LÂMINA HISTOLÓGICA PERMANENTE DE OSSO


COMPACTO
- Pegar a lâmina histológica de osso compacto, colocar no microscópio na
objetiva de 4 (ou panorâmica), subir a mesa utilizando o macrométrico, focar
o tecido ajustando com o micrométrico. Depois passar para a objetiva de 10x
para obter um aumento de 100 vezes e novamente focar e observar a estrutura.
- Após observar a estrutura e fazer as anotações necessárias conforme solicitado
a seguir, retornar para objetiva de 4, baixar a mesa e retirar a lâmina.

4.2 LÂMINA HISTOLÓGICA PERMANENTE DE OSSO


ESPONJOSO
- Pegar a lâmina histológica de osso esponjoso colocar no microscópio na objetiva
de 4 (ou panorâmica), subir a mesa utilizando o macrométrico, focar o tecido
ajustando com o micrométrico. Depois passar para a objetiva de 10x para obter
um aumento de 100 vezes e novamente focar. Em seguida, passar para a objetiva
de 40x para obter um aumento de 400 vezes, focar e observar a estrutura.

34
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

- Após observar a estrutura e fazer as anotações necessárias conforme solicitado


a seguir, retornar para objetiva de 10x, em seguida para a de 4x, baixar a mesa
e retirar a lâmina.

5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


Foque as estruturas elencadas a seguir no microscópio e desenhe os
resultados obtidos destacando as estruturas da legenda:

Lâmina de osso compacto

1- Canal de Havers
2- Canal de Volkmann
3- Lamelas concêntricas
4- Lacunas

Lâmina de osso esponjoso

1- Trabécula óssea
a) Osteócitos
b) Osteoblastos
2- Osteoclastos

Após a realização da prática, observe as imagens a seguir e elenque os


nomes das estruturas apontadas:

35
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura
Figura 1: Lâmina deosso
Lâmina de ossocompacto
compacto
Figura 1: Lâmina de osso compacto

Canal de
Havers
Canal de
Havers

Lacunas
Lacunas
Lamelas
concêntricas
Lamelas
concêntricas

FONTE: Adaptado
FONTE: Adaptado de
deAbrahamsohn
Abrahamsohne Freitas (2019)
e Freitas (2019)
FONTE: Adaptado de Abrahamsohn e Freitas (2019)

Figura 2: Lâmina de osso esponjoso


FiguraFigura
2: Lâmina de osso
2: Lâmina esponjoso
de osso esponjoso

Trabécula
Trabécula
óssea
óssea

Osteoblastos
Osteoblastos

Osteócitos
Osteócitos

FONTE: Adaptado de Abrahamsohn e Freitas (2019)


FONTE:
FONTE: Adaptado
Adaptado de Abrahamsohn
de Abrahamsohn e eFreitas
Freitas(2019)
(2019)

REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto/atlas. 13. ed. Rio de Janeiro:
JUNQUEIRA, C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto/atlas. 13. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan,L.2017.
Guanabara Koogan, 2017.
JUNQUEIRA, L.
ABRAHAMSOHN, P.; C.; CARNEIRO,
FREITAS, J. Histologia
V. Histologia. Disponível básica:
em: texto/atlas. 13. ed. Rio de
ABRAHAMSOHN, P.; FREITAS, V. Histologia. Disponível em:
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
http://mol.icb.usp.br/index.php/acesso-aos-modulos/. Acesso em: 28 jun. 2019.
http://mol.icb.usp.br/index.php/acesso-aos-modulos/. Acesso em: 28 jun. 2019.

ABRAHAMSOHN, P.; FREITAS, V. Histologia. Disponível em: http://mol.icb.


usp.br/index.php/acesso-aos-modulos/. Acesso em: 28 jun. 2019.

36
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

PRÁTICA 7 - OBSERVAÇÕES DE CARTILAGENS –


MICROSCOPIA

1 INTRODUÇÃO
Enquanto o tecido ósseo fornece resistência, o tecido cartilaginoso
desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares
(a fim de absorver o impacto entre elas) e facilita o deslizamento dos ossos nas
articulações. Além disso, conforme já mencionado, as cartilagens são essenciais
para a formação e o crescimento dos ossos longos, tanto durante a vida intrauterina
e quanto depois do nascimento.

Assim, como os demais tipos de tecido conjuntivo, o cartilaginoso contém


células especializadas, os condrócitos e abundante material extracelular, que
constitui a matriz. As cavidades desta última são ocupadas pelos condrócitos
e são chamadas de lacunas, as quais podem conter apenas uma célula ou mais
grupamentos delas.

De acordo com as diversas necessidades funcionais do organismo,


as cartilagens se diferenciam em três tipos: a cartilagem hialina, sendo a mais
comum e cuja matriz contém delicadas fibras constituídas principalmente de
colágeno tipo II; a cartilagem elástica, que contém menor volume de colágeno
tipo II e é abundante em fibras elásticas; e a cartilagem fibrosa, que apresenta
matriz constituída predominantemente por fibras de colágeno.

Tendo tudo isso em vista, vamos conhecer um pouco mais sobre o tecido
cartilaginoso?

IMPORTANTE! Esta atividade (prática) deve ser realizada individualmente


para melhor aproveitamento e aprofundamento do conhecimento.

2 OBJETIVOS
- Observar a estrutura histológica das cartilagens
- Identificar as camadas e os principais tipos celulares presentes nos diferentes
tipos de cartilagens.

3 MATERIAIS
- Microscópio óptico.
- Lâmina histológica permanente de cartilagem hialina.
- Lâmina histológica permanente de cartilagem elástica.
- Lâmina histológica permanente de cartilagem fibrosa.
37
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

- Manual de práticas.
- Lápis de cor.
- Lápis de escrever/caneta.
- Borracha.

4 PROCEDIMENTOS

4.1 LÂMINA HISTOLÓGICA PERMANENTE DE CARTILAGEM


HIALINA
- Pegar a lâmina histológica de cartilagem hialina colocar no microscópio na
objetiva de 4 (ou panorâmica), subir a mesa utilizando o macrométrico, focar
o tecido ajustando com o micrométrico. Depois passar para a objetiva de 10x
para obter um aumento de 100 vezes e novamente focar. Em seguida, passar
para a objetiva de 40x para obter um aumento de 400 vezes, focar e observar a
estrutura.
- Após observar a estrutura e fazer as anotações necessárias conforme solicitado
abaixo, retornar para objetiva de 4, baixar a mesa e retirar a lâmina.

1.2 LÂMINA HISTOLÓGICA PERMANENTE DE CARTILAGEM


ELÁSTICA
- Pegar a lâmina histológica de cartilagem elástica colocar no microscópio na
objetiva de 4 (ou panorâmica), subir a mesa utilizando o macrométrico, focar
o tecido ajustando com o micrométrico. Depois passar para a objetiva de 10x
para obter um aumento de 100 vezes e novamente focar. Em seguida, passar
para a objetiva de 40x para obter um aumento de 400 vezes, focar e observar a
estrutura.
- Após observar a estrutura e fazer as anotações necessárias conforme solicitado
a seguir, retornar para objetiva de 10x, em seguida para a de 4x, baixar a mesa
e retirar a lâmina.

1.3 LÂMINA HISTOLÓGICA PERMANENTE DE CARTILAGEM


FIBROSA
- Pegar a lâmina histológica de cartilagem fibrosa colocar no microscópio na
objetiva de 4 (ou panorâmica), subir a mesa utilizando o macrométrico, focar
o tecido ajustando com o micrométrico. Depois passar para a objetiva de 10x
para obter um aumento de 100 vezes e novamente focar. Em seguida, passar
para a objetiva de 40x para obter um aumento de 400 vezes, focar e observar a
estrutura.

38
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

- Após observar a estrutura e fazer as anotações necessárias conforme solicitado


a seguir, retornar para objetiva de 10x, em seguida para a de 4x, baixar a mesa
e retirar a lâmina.

5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


Focar as estruturas elencadas a seguir no microscópio e desenhe os
resultados obtidos destacando as estruturas da legenda:

Lâmina de cartilagem hialina:

1- Pericôndrio
2- Matriz cartilaginosa
a) Condrócitos
b) Condroblastos

Lâmina de cartilagem elástica:


1- Pericôndrio
2- Matriz com fibras elásticas
a) Condrócitos
b) Condroblastos

Lâmina de cartilagem fibrosa:


1- Feixes de fibras colágenas
2- Condrócitos

39
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Após a realização da prática, observe as imagens abaixo e elenque os


Figura apontadas:
nomes das estruturas 1: Lâmina de Traqueia – Cartilagem hialina

FiguraFigura
1: Lâmina de Traqueia
1: Lâmina – Cartilagem
de Traqueia hialina
– Cartilagem hialina
oblasto
Condrócito
Condroblasto

Pericôndrio Condrócito

Pericôndrio

FONTE: FONTE:
Adaptado
FONTE: de Abrahamsohn
Adaptado
Adaptado e Freitas
deAbrahamsohn
de Abrahamsohn (2019)
eeFreitas
Freitas(2019)
(2019)

Figura 2: Lâmina de epiglote – Cartilagem elástica


Figura 2:Figura
Lâmina de epiglote
2: Lâmina – Cartilagem
de epiglote elástica
– Cartilagem elástica

Condrócito

Condrócito

FONTE: Adaptado de Abrahamsohn e Freitas (2019)

Figura 3: Lâmina de disco intervertebral – Cartilagem fibrosa


FONTE: FONTE:
Adaptado de Abrahamsohn
Adaptado e Freitas
de Abrahamsohn (2019)
e Freitas (2019)

Figura 3: Lâmina de disco intervertebral – Cartilagem fibrosa

Feixes de fibras
colágenas Condrócito

eixes de fibras
lágenas FONTE: Adaptado de Abrahamsohn e Freitas (2019)
40 Condrócito
FONTE: Adaptado de Abrahamsohn e Freitas (2019)
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura3:
Figura 3:Lâmina
Lâminade
dedisco
discointervertebral
intervertebral––Cartilagem
Cartilagemfibrosa
fibrosa

Feixes de fibras
colágenas Condrócito

FONTE: Adaptado de
FONTE: Adaptado de Abrahamsohn
Abrahamsohn ee Freitas
Freitas(2019)
(2019)

REFERÊNCIAS
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto/atlas. 13. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

ABRAHAMSOHN, P.; FREITAS, V. Histologia. Disponível em: http://mol.icb.


usp.br/index.php/acesso-aos-modulos/>. Acesso em: 15 de julho de 2019.

41
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

42
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

PRÁTICA 8 - OBSERVAÇÃO DOS MÚSCULOS – MICROSCOPIA

1 INTRODUÇÃO
As células musculares têm origem mesodérmica. De acordo com suas
características morfológicas e funcionais, distinguem-se em três tipos de tecido
muscular: o músculo estriado esquelético, o músculo estriado cardíaco e o
músculo liso.

De acordo com a morfologia, o músculo estriado esquelético é formado por


feixe de fibras com estrias transversas as quais possuem como função, dar maior
resistência a esse tecido. O núcleo localiza-se na periferia das fibras. Já o músculo
estriado cardíaco, é formado por feixes de fibras com estriações transversais, os
núcleos são centralizados e as células possuem uma especialização de membrana
do tipo desmossomo, chamada de disco intercalar. Este tem a função de unir
a fibra, aumentando ainda mais a resistência e a força desse tecido. Por fim, o
músculo liso é formado por células alongadas mononucleadas chamadas de
fusiformes e não possui estrias.

Em relação à funcionalidade desses músculos, o estriado esquelético


possui contração forte, rápida, descontínua e voluntária e encontra-se no entorno
do nosso esqueleto; o estriado cardíaco possui contração forte, rápida, continua e
involuntária e encontra-se somente no coração; e o músculo liso possui contração
fraca, lenta e involuntária, sendo encontrado nos nossos órgãos.

Vamos analisar cada um desses tipos de músculos a partir de agora!

IMPORTANTE! Esta atividade (prática) deve ser realizada individualmente


para melhor aproveitamento e aprofundamento do conhecimento.

2 OBJETIVOS
- Observar a estrutura histológica do Sistema muscular.
- Analisar os tecidos que compõe o músculo estriado esquelético, estriado
cardíaco e liso.
- Identificar as camadas e os principais tipos celulares presentes nesses tecidos.

3 MATERIAIS
- Microscópio óptico.
- Lâmina histológica permanente de músculo estriado esquelético.
- Lâmina histológica permanente de músculo estriado cardíaco.
- Lâmina histológica permanente de músculo liso.

43
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

- Manual de práticas.
- Lápis de cor.
- Lápis de escrever/caneta.
- Borracha.

4 PROCEDIMENTOS

4.1 LÂMINA HISTOLÓGICA PERMANENTE DE MÚSCULO


ESTRIADO ESQUELÉTICO
- Pegar a lâmina histológica de músculo estriado esquelético colocar no
microscópio na objetiva de 4 (ou panorâmica), subir a mesa utilizando o
macrométrico, focar o tecido ajustando com o micrométrico. Depois passar
para a objetiva de 10x para obter um aumento de 100 vezes e novamente focar.
Em seguida, passar para a objetiva de 40x para obter um aumento de 400 vezes,
focar e observar a estrutura.
- Após observar a estrutura e fazer as anotações necessárias conforme solicitado
a seguir, retornar para objetiva de 4, baixar a mesa e retirar a lâmina.

4.2 LÂMINA HISTOLÓGICA PERMANENTE DE MÚSCULO


ESTRIADO CARDÍACO
- Pegar a lâmina histológica de músculo estriado cardíaco colocar no microscópio
na objetiva de 4 (ou panorâmica), subir a mesa utilizando o macrométrico,
focar o tecido ajustando com o micrométrico. Depois passar para a objetiva
de 10x para obter um aumento de 100 vezes e novamente focar. Em seguida,
passar para a objetiva de 40x para obter um aumento de 400 vezes, focar e
observar a estrutura.
- Após observar a estrutura e fazer as anotações necessárias conforme solicitado
a seguir, retornar para objetiva de 10x, em seguida para a de 4x, baixar a mesa
e retirar a lâmina.

4.3 LÂMINA HISTOLÓGICA PERMANENTE DE MÚSCULO LISO


- Pegar a lâmina histológica de músculo liso colocar no microscópio na objetiva de 4
(ou panorâmica), subir a mesa utilizando o macrométrico, focar o tecido ajustando
com o micrométrico. Depois passar para a objetiva de 10x para obter um aumento
de 100 vezes e novamente focar. Em seguida, passar para a objetiva de 40x para
obter um aumento de 400 vezes, focar e observar a estrutura.
- Após observar a estrutura e fazer as anotações necessárias conforme solicitado,
retornar para objetiva de 10x, em seguida para a de 4x, baixar a mesa e retirar
a lâmina.
44
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


Focar as estruturas elencadas abaixo no microscópio e desenhe os
resultados obtidos destacando as estruturas da legenda:

Lâmina de músculo estriado esquelético

1- Feixes de fibras
2- Núcleo
3- Estrias

Lâmina de músculo estriado cardíaco:

1- Feixes de fibras
2- Núcleo
3- Estrias
4- Discos intercalares

Lâmina de músculo liso:

1- Células fusiformes
2- Núcleo

Após a realização da prática, observe as imagens a seguir, elenque os


nomes das estruturas apontadas:

45
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura
Figura 1: Lâminade
1: Lâmina demúsculo
músculoestriado
estriado esquelético
esquelético
Figura 1: Lâmina de músculo estriado esquelético

Feixes de
Estrias Feixes
fibras de
Estrias fibras

Núcleo
Núcleo

FONTE:
FONTE:Adaptado
FONTE: Adaptado de
Adaptadode Abrahamsohn
deAbrahamsohn Freitas
AbrahamsohnFreitas
Freitas (2019)
(2019)
(2019)

Figura
Figura2:
Figura 2:2:Lâmina de
Lâminade
Lâmina músculo
demúsculo estriado
músculoestriado cardíaco
estriadocardíaco
cardíaco

Feixes
Feixesdede
fibras
fibras

Estrias
Estrias

Núcleo
Núcleo
Disco
Disco
intercalar
intercalar

FONTE:Adaptado
FONTE: Adaptadode
deAbrahamsohn
AbrahamsohnFreitas
Freitas (2019)
(2019)
FONTE: Adaptado de Abrahamsohn Freitas (2019)

Figura 3: Lâmina de músculo liso


Figura 3: Lâmina de músculo liso

Células
Núcleo
fusiformes
Células
Núcleo
fusiformes 46
FONTE: Adaptado de Abrahamsohn Freitas (2019)
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura
Figura 3: Lâminade
3: Lâmina demúsculo
músculoliso
liso

Células
Núcleo
fusiformes

FONTE:
FONTE:Adaptado
Adaptado de
de Abrahamsohn Freitas
Abrahamsohn Freitas (2019)
(2019)

REFERÊNCIAS
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto/atlas. 13. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

ABRAHAMSOHN, P.; FREITAS, V. Histologia. Disponível em: http://mol.icb.


usp.br/index.php/acesso-aos-modulos/. Acesso em: 15 de jul. 2019.

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Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

48
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

PRÁTICA 9 - OBSERVAÇÕES DOS PRINCIPAIS MÚSCULOS


DA CABEÇA E DO PESCOÇO – MACORSCOPIA

1 INTRODUÇÃO
Já comentamos sobre o esqueleto e sobre as cartilagens, elementos
essenciais para a composição do movimento. Agora iniciaremos a reflexão sobre
a peça-chave para que esse fenômeno aconteça: os músculos. Algo que você pode
não ter percebido é que até para dar risada ou chorar existe algo fazendo uma
força ou exercendo alguma pressão para que isso aconteça. Iniciaremos nosso
estudo falando dos músculos localizados na parte apical do nosso corpo, os
músculos da cabeça e do pescoço.

O nosso crânio é composto por músculos que precisam desempenhar


diferentes funções, desde a mímica facial até a mastigação. Por isso, eles tendem
a serem mais curtos, entretanto não é por esse motivo que são menos efetivos
ou importantes. Se não fosse o masseter, não conseguiríamos fechar nossa boca,
por exemplo. Ao mesmo tempo, se não fossem os músculos ligados à nossa boca
(como o risório e o orbicular da boca), seria impossível que sorríssemos. Como
esses movimentos são delicados e equilibrados (não podemos contraí-los demais
ou de menos), a face e o crânio contêm um número maior de músculos e um
maior número de interações possíveis entre eles.

Já os músculos do pescoço desempenham papel crucial na sustentação e


no equilíbrio da cabeça, auxiliando na sua movimentação e também permitindo
que as adaptações necessárias sejam feitas de forma a manter a homeostase.
Por exemplo, caso uma bola seja lançada em sua direção, em conjunto com os
músculos do tronco, os músculos do pescoço são os responsáveis por desviar a
cabeça do trajeto da bola.

Tendo em vista o conteúdo estudado na parte teórica deste módulo e


considerando os exemplos citados nesta introdução, vamos sedimentar nossos
conhecimentos acerca desses músculos?

IMPORTANTE! Esta atividade (prática) deve ser realizada individualmente


para melhor aproveitamento e aprofundamento do conhecimento.

2 OBJETIVOS
- Ser capaz de identificar os músculos da cabeça e do pescoço.
- Ser capaz de diferenciar os músculos da mímica facial e da mastigação.
- Ser capaz de relacionar os diferentes músculos com os diferentes movimentos
possíveis.

49
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

3 MATERIAIS
- Peças anatômicas do sistema muscular.
- Lápis de cor/lápis/Caneta.
3 Materiais
- Manual de anatômicas
- Peças práticas. do sistema muscular.
- Atlas- Lápis
de anatomia (o tutor deve providenciar e trazer para a turma).
de cor/lápis/Caneta.
- Manual de práticas.
- Atlas de anatomia (o tutor deve providenciar e trazer para a turma).
4 PROCEDIMENTOS
4 Procedimentos
- Com o auxílio do material didático teórico, você deverá identificar as peças
anatômicas referentes
- Com o auxílio ao sistema
do material muscular
didático teórico, você –deverá
cabeça e pescoço.
identificar Para
as peças isso,
anatômicas
manipule-as,
referentes coloque-as
ao sistema muscular em ordeme anatômica
– cabeça pescoço. Para e compare-as com coloque-as
isso, manipule-as, as imagens em
ordem anatômica e compare-as com as imagens disponíveis abaixo, no material didático teóricoo e
disponíveis abaixo, no material didático teórico e no atlas. Após, utilize
material de texto a que você possui acesso para nomear as estruturas indicadas
no atlas. Após, utilize o material de texto a que você possui acesso para nomear as estruturas
nas imagens a seguir.
indicadas nas imagens a seguir.

Figura 1: Músculos
Figura dadacabeça
1: Músculos cabeçarelacionados
relacionados aamímica
mímica

FONTE:Netter
FONTE: Netter(2000)
(2000)

50
Figura 2: Músculos da cabeça relacionados a mastigaçãodo Sistema Tegumentar e
Anatomorfofisiologia
Locomotor

FiguraFigura 2: Músculos
2: Músculos da cabeça
da cabeça relacionados
relacionados a mastigação
a mastigação

FONTE: Netter (2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se possível:


pterigoideo (duas vezes) FONTE:
FONTE: Netter Netter
(2000)(2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se possív


Figura
Figura 3: Músculos
3: Músculos dada cabeçae edo
cabeça dopescoço
pescoço (superficiais)
pterigoideo (duas vezes)

Figura 3: Músculos da cabeça e do pescoço (superficiais)

FONTE:
FONTE:Netter
Netter(2000)
(2000)

51
DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se possível:
deltoide
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura
Figura 4: 4: Músculosdo
Músculos dopescoço
pescoço

FONTE:
FONTE: Netter(2000)
Netter (2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se possível:


deltoide – hioideo – milo-hioideo
5 INTERPRETAÇÃO – todas as 5 últimas palavras =
DOS RESULTADOS
tirar o acentomúsculos da mímica e músculos da mastigação.
a) Diferencie
Resposta: Os músculos da cabeça se dividem em dois grandes grupos: mús-
culos da mimica, que são superficiais, servem para a expressão fisionômica,
5 Interpretação dos resultados
insere-se na pele e são inervados pelo nervo facial; e, músculos da mastigação,
a) Diferencie
são profundos, músculosos
realizam damovimentos
mímica e músculos da mastigação.
mastigatórios, insere-se na mandíbula
e são inervados
Resposta: pelodaramo
Os músculos mandibular
cabeça do dois
se dividem em nervo trigêmeo.
grandes grupos: músculos da mimica, que
são superficiais, servem para a expressão fisionômica, insere-se na pele e são inervados pelo
nervo facial; e, músculos da mastigação, são profundos, realizam os movimentos mastigatórios,
insere-se na mandíbula e são inervados pelo ramo mandibular do nervo trigêmeo.

b) Identifique nas imagens a seguir os músculos envolvidos nas expressões faciais


representadas.

52
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

b) Identifique nas imagens a seguir os músculos envolvidos nas expressões faciais


representadas.

Resposta:
A - Occipitofrontal;
B - Corrugador do supercílio;
C - Orbicular do olho;
D - Mentual;
E - Zigomático maior e menor;
F - Risório

REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. C. Anatomia sistêmica e segmentar. 3. ed. São
Paulo: Atheneu, 2007.

NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

53
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

54
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

PRÁTICA 10 - OBSERVAÇÃO DOS MÚSCULOS DO TRONCO


E MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES – MACROSCOPIA

1 INTRODUÇÃO
É fato que o sistema esquelético se torna importantíssimo para a sustentação
do nosso corpo, porém, sem o trabalho do sistema muscular tanto esquelético e
tronco, não seria possível que nós nos locomovêssemos. É devido à capacidade
dos músculos de contrair e relaxar, que podemos executar movimentos complexos
como andar de forma ereta.

Esse simples ato depende da coordenação dos músculos dos membros


inferiores para que possa gerar uma força contra o solo, permitindo assim que
nos movimentemos. A existência dessa potência, está relacionada à contração
dos músculos agonistas – aqueles que irão se contrair, puxando o osso e,
consequentemente, o corpo humano, e ainda, essa atividade conta com o
relaxamento dos músculos antagonistas – aqueles que caso contraído, agiriam
contra o movimento.

Ao mesmo tempo, é necessário que os músculos do nosso tronco,


utilizando a mesma lógica descrita acima, entrem em equilíbrio entre si para que
tenhamos a sustentação do nosso corpo e da nossa postura enquanto busca a
estabilidade novamente.

Junto com a parte teórica, vamos explorar um pouco mais as partes desse
sistema?

IMPORTANTE! Esta atividade (prática) deve ser realizada individualmente


para melhor aproveitamento e aprofundamento do conhecimento.

2 OBJETIVOS
- Saber identificar as estruturas componentes do sistema muscular referentes a
tronco e membros superiores e inferiores.
- Permitir traçar raciocínio lógico, acerca da ação desses músculos durante o
movimento.

3 MATERIAIS
- Peças anatômicas do sistema muscular.
- Lápis de cor/lápis/caneta.
- Manual de práticas.
- Atlas de anatomia (o tutor deve providenciar e trazer para a turma).
55
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

4 PROCEDIMENTOS
- Com o auxílio do material didático teórico, você deverá identificar as peças
anatômicas referentes ao sistema muscular – tronco, membros superiores e
inferiores. Para isso, manipule-as, coloque-as em ordem anatômica e compare-
didático teórico e no atlas. Após isso, utilizar o material de texto a que tem acesso para
as com
didático ase imagens
teórico disponíveis
no atlas. Após isso, utilizarao seguir, notexto
material de material didático
a que tem acesso teórico e no
para nomear as
estruturas
atlas. Após indicadas
isso, nas
utilizar o imagens
material
estruturas indicadas nas imagens a seguir. a
deseguir.
texto a que tem acesso para nomear as
estruturas indicadas nas imagens a seguir.
Figura 1: Músculos do tórax
Figura 1: Músculos do tórax
Figura 1: Músculos do tórax

FONTE: Netter (2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se possível:


Esternocleidomastoideo - Deltoide
FONTE: Netter FONTE:
(2000) Netter (2000)

DIAGRAMADOR! Favor
Figura corrigir
2: Músculos as seguintes palavras, se po
do abdômen
Figura 2: Músculos do abdômen

Esternocleidomastoideo - Deltoide

Figura 2: Músculos do abdômen

FONTE:Netter
FONTE: Netter (2000)
(2000)
56
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor
Figura 3: Músculos do dorso e ombro
Figura 3: Músculos do dorso e ombro

FONTE: Netter (2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se possí


Semiespinal – Supraespinal – Infraespinal
FONTE: – Deltoide
FONTE: Netter
Netter (2000)
(2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigir as seguintes palavras, se possível:


FiguraFigura
Semiespinal – Supraespinal – Infraespinal 4: 4: Músculos
Músculos
– Deltoide do dorso
do dorso

Figura 4: Músculos do dorso

FONTE: Netter (2000)


FONTE: Netter (2000)
FONTE: Netter (2000)

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Figura 5: Músculos do braço (vista anterior)
Romboide – Deltoide – Supraespinal
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura 5:Figura 5: Músculos


Músculos do braço
do braço (vista (vista anterior)
anterior)

FONTE: NETTER (2000)


FONTE: NETTER
FONTE:(2000)
NETTER (2000)

Figura
Figura 6: Músculos do6: Músculos
braço do braço (vista posterior)
(vista posterior)
Figura 6: Músculos do braço (vista posterior)

FONTE: Netter (2000)

DIAGRAMADOR! Favor corrigirFONTE:


as seguintes
FONTE: Netter (2000) Netter (2000)palavras, se possíve

DIAGRAMADOR! Favor corrigir


58
as seguintes palavras, se
Infraespinal Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Infraespinal Figura 7:do


Figura 7: Músculos Músculos
antebraçodo antebraço
(vista anterior) (vista anterior)
Figura 7: Músculos do antebraço (vista anterior)

FONTE: Netter (2000)


FONTE: Netter (2000)Netter (2000)
FONTE:

Figura 8: Músculos do antebraço (vista posterior)


Figura 8: Músculos
Figura 8:do antebraçodo
Músculos (vista posterior)
antebraço (vista posterior)

FONTE:
FONTE: NETTERNETTER
(2000) (2000)

FONTE: NETTER (2000)


59
Figura 9: Músculos da coxa (vista anterior superficial)
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura 9:Figura
Músculos da coxada(vista
9: Músculos coxaanterior superficial)
(vista anterior superficial)

FONTE: NETTER
FONTE:FONTE:
NETTER (2000)(2000)
NETTER
(2000)

Figura
Figura10:
10: Músculos
Figura da
da coxa
10: Músculos
Músculos (vista
coxada anterior
coxaanterior
(vista profunda)
(vista anterior profunda)
profunda)

FONTE: Netter (2000)

FONTE: Netter
FONTE: Netter (2000)
(2000)

60
Figura 11: Músculos da coxa e quadril (vista posterior superficial)
Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura 11:Figura 11: da


Músculos Músculos da coxa
coxa e quadril e quadril
(vista (vista
posterior posterior superficial)
superficial)

FONTE: Netter (2000)


FONTE: Netter (2000)
FONTE: Netter (2000)

Figura 12: Músculos da coxa e quadril (vista posterior profunda)


Figura 12: Músculos da coxa e quadril (vista posterior profunda)
Figura 12: Músculos da coxa e quadril (vista posterior profunda)

FONTE: NETTER (2000)


FONTE: NETTER (2000)
FONTE: NETTER (2000)
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Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e
Locomotor

Figura
Figura 13:
Figura 13: Músculosda
13: Músculos
Músculos daperna
da perna (vista
perna(vista anterior)
anterior)
(vista anterior)

FONTE:NETTER
FONTE: NETTER(2000)
(2000)
FONTE: NETTER (2000)

Figura 15: Músculos da perna (vista lateral)


Figura
Figura 15:
15: Músculos daperna
Músculos da perna(vista
(vista lateral)
lateral)

FONTE:Netter
FONTE: Netter (2000)
(2000)
FONTE: Netter (2000)
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Locomotor

5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


a) Quais são os músculos que formam o quadríceps?
Resposta: Reto femoral, vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio.

b) Quais são os principais músculos responsáveis pelos movimentos de flexão do


antebraço e de extensão da perna?
Resposta: Bíceps e quadríceps.

c) Por que após exercício físico intenso sentimos dores musculares?


Resposta: Pois a reserva energética dos músculos é gasta durante os movimen-
tos. Assim, é produzida energia através da fermentação láctica. O seu produto é
o ácido láctico, o qual se acumula no tecido e provoca um processo inflamatório
local que desencadeia o estímulo interpretado pelo SNC como dor.

REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. C. Anatomia sistêmica e segmentar. 3. ed. São
Paulo: Atheneu, 2007.

NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,


2000.

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