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Escola Portuguesa de Luanda

Centro de Ensino de Língua Portuguesa


Ano letivo 2022/2023
Português- 9.º ano

Ficha informativa - Funções sintáticas


Sujeito
Função sintática desempenhada pelo grupo nominal que controla a concordância
verbal.

Ex: O Pedro é um rapaz simpático.

Eu gosto de desporto.

Os meus amigos vão à discoteca.

Este cão não é vadio.

Sujeito simples: é constituído apenas por um grupo nominal ou uma oração.

Ex: O João não quer viajar comigo.

Nós partilhamos as mesmas ideias.

Sujeito composto: é constituído por mais do que um grupo nominal ou por mais do que
uma oração.

Ex: O Rui e o João vão ao cinema.

Ele e ela adoram ver filmes.

Sujeito (nulo)

– Subentendido: o referente é contextualmente identificável ou corresponde ao


pronome pessoal. Ex: Bati à porta. (Eu bati à porta)

- Indeterminado: de referência imprecisa, pode ser substituído por “alguém, há


quem…”. Ex: Bate-se à porta. (Alguém bate à porta)

- Expletivo: Sujeito gramatical de verbos impessoais. Ex: Anoiteceu.

O verbo haver é exemplo de um sujeito expletivo porque, com o sentido de existir, se


utiliza apenas em algumas pessoas. Os verbos que remetem para as condições
meteorológicas apresentam um sujeito expletivo, entre outros.

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Vocativo
Função sintática desempenhada por um constituinte que indica um interlocutor.

Ex: Ouve lá, Mariana, por acaso viste o meu irmão?

Marta, chega-me cá esse livro.

Predicado
Função sintática desempenhada pelo grupo verbal (verbo +complementos +
modificadores)

Ex: A Maria acordou tarde.

Ele escreveu um postal aos pais.

Predicativo
Predicativo do sujeito: função sintática desempenhada por um grupo nominal, adjetival,
preposicional e/ou adverbial selecionado por um verbo copulativo (ser, estar,
permanecer, ficar, parecer, continuar, andar, revelar-se, tornar-se…), que atribui uma
propriedade, uma característica ou uma localização temporal ou espacial ao sujeito.

Ex: A Ana é minha aluna.

O João está mal.

Ela parecia feliz.

Predicativo do complemento direto: função sintática desempenhada por um


constituinte selecionado por alguns verbos transitivos-predicativos (achar, considerar,
julgar, tratar, eleger, nomear, designar…), que atribui uma propriedade ou um predicado
ao complemento direto.

Ex: Os alunos consideram aquele professor simpático.

Complementos
Complemento direto: função sintática desempenhada pelo grupo nominal substituível
pelo pronome pessoal (o, a, os, as) e que responde, normalmente, a “o quê?”.

Ex: Ele comprou estas revistas. (ele comprou-as.)

Complemento indireto: função sintática desempenhada pelo grupo preposicional


introduzido pela preposição “a” e substituível por “lhe ou lhes”. Responde a “a quem?”

Ex: A Maria ofereceu um ramo de flores à mãe. (A Maria ofereceu-lhe um ramo de


flores.)
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Complemento oblíquo: função sintática desempenhada por um grupo preposicional ou
um grupo adverbial selecionado pelo verbo. Sem este complemento, a frase ou oração
não é portadora de sentido.

Ex: O Luís foi a Faro. O aluno portou-se mal.

Complemento agente da passiva: função sintática desempenhada por um grupo


preposicional introduzido pela preposição “por” nas frases que estão na passiva e que
corresponde ao sujeito da frase ativa.

Ex: O assaltante foi preso pela polícia (ativa: o polícia prendeu o assaltante.)

Modificador
Função sintática dos constituintes que não são selecionados por nenhum elemento
sintático de que fazem parte. A sua omissão, por norma, não afeta a gramaticalidade de
uma frase. Pode ser locativo, temporal e de modo.

Ex: Infelizmente, não vou viajar nas férias.

Aquela música agradável encantou-me.

Modificador do nome restritivo: restringe a referência do nome que modifica.

Ex: Prefiro bifes grelhados.

Os romances interessantes prendem os leitores.

Modificador do nome apositivo – não restringe a referência do nome que modifica. Por
norma, apresenta-se entre vírgulas por se tratar de informação acessória.

Ex: D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, tem um novo monumento.

Os romances, que são interessantes, prendem os leitores.

Modificador do grupo verbal – distingue-se do complemento oblíquo porque pode ser


suprimido. Pode aparecer numa pergunta / resposta.

Exemplo: O Pedro resolveu o exercício com facilidade.

(Pode perguntar-se: O Pedro resolveu o exercício com facilidade?)

Modificador de frase – Não pode ser negado ou interrogado. Modifica a frase, na sua
essência.

Provavelmente, ninguém o viu.

(É agramatical perguntar: *Foi provavelmente que ninguém o viu?)


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