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RELATÓRIO FINAL

ESTÁGIO EM ANÁLISES CLÍNICAS

ALUNA: JULIANE SANTOS DE SOUZA

MANAUS-2021

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RELATÓRIO FINAL
ESTÁGIO EM ANÁLISES CLÍNICAS

ALUNA: JULIANE SANTOS DE SOUZA

COORDENADOR DO CURSO DE FARMÁCIA: Prof Jonathas


Wellington Alves de Sá
LOCAL DO ESTÁGIO: TARGINO LABORATÓRIO CLÍNICO

MANAUS-2021

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SUMÁRIO

OBJETIVOS 5

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 6

CONCLUSÃO 10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11

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INTRODUÇÃO
Análises Clínicas é uma especialidade que permite ao profissional qualificado, prevenir,
identificar e monitorar a saúde do paciente, através da execução e interpretação de exames
laboratoriais feitos com determinado material biológico. As principais classes dentro das
análises clínicas são: hematologia, bioquímica, imunologia, endocrinologia, microbiologia,
coagulação, parasitologia, urinálise e imunohematologia.
Ter Análises Clínicas dentro da grade curricular do curso de Farmácia, além de
enriquecedor é de grande importância, pois permite que o graduando se torne um
profissional extremamente capacitado. Desenvolve-se na execução das Análises Clínicas
conhecimentos como: bioquímica, citologia, citopatologia, química analítica e instrumental,
entre outros.
Deste modo podemos observar uma espécie de simbiose entre as Análises Clínicas e o
curso de Farmácia, pois, enquanto alunos, somos beneficiados com o conhecimento
adquirido, e enquanto profissionais analistas temos um diferencial com o auxílio da
farmacologia, que nos permite identificar interferentes medicamentosos nos resultados.

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OBJETIVOS
Consolidar os conhecimentos teóricos e práticos adquiridos até o presente momento da
formação através da vivência da aplicação prática dos mesmos. Executar de técnicas
laboratoriais em análises clínicas; Desenvolver habilidades e competências práticas em
complemento aos conteúdos teóricos do curso; Promover o relacionamento
multiprofissional e observar a importância do trabalho em equipe.

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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
FASES ANALITICAS
Uma das principais finalidades dos testes laboratoriais é auxiliar o raciocínio médico após a
obtenção da história clínica e a realização do exame físico. Para tanto, todas as fases de
execução dos testes, sobretudo a pré-analítica, devem ser conduzidas seguindo o rigor
técnico necessário para garantir a segurança do paciente e resultados exatos.

Segundo a literatura científica, a fase pré-analítica concentra a maior parte dos equívocos
que podem gerar resultados não consistentes com o quadro clínico do paciente. Estima-se
que problemas nessa etapa sejam responsáveis por cerca de 70% dos erros ocorridos nos
laboratórios. Entre eles, vale destacar os aspectos relacionados à orientação do paciente,
como a necessidade ou não do jejum e o intervalo adequado deste, o tipo de alimentação, a
prática de exercício físico, o uso de medicamentos capazes de interferir na análise e
mudanças abruptas nos hábitos da rotina diária precedendo a coleta.

A realização de exames divide-se, classicamente, em:

• Fase pré-analítica: começa na coleta de material, seja ela feita pelo paciente (urina, fezes
e escarro), seja feita no ambiente laboratorial.
• Fase analítica: corresponde à etapa de execução do teste propriamente dita.
• Fase pós-analítica: inicia-se no laboratório clínico e envolve os processos de validação e
liberação de laudos, encerrando-se após o médico receber o resultado final, interpretá-lo e
tomar sua decisão.

COLETA DE AMOSTRAS
Os exames de sangue fazem parte da rotina médica e são fundamentais para o
acompanhamento das nossas condições de saúde. Por meio de investigações no sangue é
possível diagnosticar desde problemas comuns até doenças mais graves. Por isso, a coleta
de sangue é um procedimento comum e realizado com bastante frequência em laboratórios
de análises clínicas, hospitais e outros ambientes médicos. Veja como é a coleta de sangue
com seringa e a vácuo:
● Confira se tem a disposição todos materiais que precisa;
● Higienize as mãos;
● Organize os materiais conforme a ordem de uso;
● Explique ao paciente como será feita a coleta;
● Confirme com ele os dados e cole as etiquetas nos tubos;
● Coloque a luva e mostre ao paciente as seringas e agulhas nas embalagens antes
de abrir;
● Veja onde pode fazer a punção venosa;
● Faça assepsia do local e garroteie o braço do paciente pedindo para ele feche a
mão;
● Tire a capa da agulha, faça a punção, solte o garrote e peça para o paciente abrir a
mão;
● Colete a quantidade de sangue necessária para a realização dos exames
solicitados;
● Quando terminar, retire a agulha, peça para que o paciente faça pressão por três
minutos em média e acione o dispositivo de segurança da agulha;
● Descarte a agulha e coloque o sangue em tubo de coleta fazendo a
homogeneização recomendada;
● Faça um curativo no paciente e oriente para que continue pressionando o local;
● Descarte a seringa e as luvas.

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Imunologia
No setor de imunologia os testes sorológicos são realizados por métodos específicos
utilizando técnicas de soroaglutinação, enzimaimunoensaio, fluorimetria,
quimiluminescência e imunofluorescência. Triagem de hepatites, HIV, HCV, AgHBs,
toxoplasmose, pré-natal, citomegalovírus, rubéola e ainda testes de gravidez e marcadores
tumorais.
● VDRL
VDRL é um exame para verificar a presença da bactéria treponema pallidum, que é o
agente causador da sífilis, doença venérea que atinge uma grande parte da população, o
exame é realizado com uma pequena parte do soro do sangue aliado com o reagente
específico, após homogeneizar por algum tempo, variando por kit, observa se ao
microscópio na lente objetiva de 10x, então pode observar se houve ou não floculação, caso
sim deve diluir para verificar o grau da infecção.
● Beta HCG
Beta HCG é um exame para identificar se há positividade de uma gravidez ou não, é um
exame bem simples e rápido, apenas com uma fita que reage ao soro sanguíneo,
demonstrando se a paciente está grávida ou não.

Hematologia
A hematologia compreende basicamente: hematologia geral, estudo da coagulação e
imunohematologia. Avalia quantitativamente e qualitativamente os elementos do sangue –
hemácias, leucócitos e plaquetas, através de equipamento automatizado, acompanhados
de análise microscópica. Exames como: hemograma, tempo de tromboplastina parcial
ativada (TTPA), Tempo de protrombina (TP), Fibrinogênio.

● Tipagem
Tipagem ABO ou tipagem sanguínea que é executado através do princípio da aglutinação
observada a olho nu, logo pode ser feita de modo direto ou por lavagem de hemácias com
cloreto de sódio, assim pode se observar se haverá aglutinação na mostra com o soro anti
A ou B, assim determinará se o sangue é tipo A, B, AB ou em caso de ambos não
aglutinaram serão do tipo O. O Fator RH tem o processo similar, só que a amostra receberá
soro anti D, se aglutinar será positivo, caso não, será negativo, também pode ser através de
lavagem de hemácia.
● Hemograma
Hemograma é feito através de um aparelho automatizado que faz a contagem de hemácias,
hemoglobina, hematócrito, plaquetas e até mesmo o número total de leucócitos, no entanto
a especificação, feita de forma manual, ou seja, a contagem de eosinófilos, neutrófilos
segmentados, linfócitos e monócitos, visualizados no microscópio na lente de 40x, e no
caso de dúvidas quando há alterações nos resultados dos linfócitos atípicos, também eram
feitos de forma manual, assim como as plaquetas que eram contadas na lente de 100x na
técnica de fonio.

Bioquímica
São exames complementares que analisam a individualidade bioquímica no organismo de
cada indivíduo.
● Glicose
Glicose é o exame usado para medir a quantidade de açúcar no sangue, em níveis baixos
conhecido como hipoglicemia, geralmente indica esforço físico excessivo, jejum prolongado,
ou irregularidade na administração ou efeito do medicamento em diabéticos. No caso de
hiperglicemia, ou seja, com a quantidade de açúcar acima dos níveis aceitáveis, pode
indicar uma pré-diabetes ou diabetes propriamente estabelecida, e no caso dos diabéticos
serve para acompanhar a eficácia do tratamento, incluindo dieta e medicação.

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● TGO e TGP
O TGO mede a quantidade de enzimas metabólicas contidas em várias partes do corpo,
entre elas o fígado, assim auxilia no diagnóstico das funções normais do fígado e saúde
dele, é medido através do soro do sangue, assim como o TGP, que é um exame mais
específico para medir as funções hepáticas, já que as enzimas medidas são de maior
exclusividade do fígado. O Gama GT é medido de forma igual aos dois anteriores, no
entanto é considerado um exame pouco preciso, já que as enzimas medidas nesse exame
se encontram na parte mais exterior do fígado, logo é muito mais sensível a qualquer
alteração, como exemplo a ingestão de bebida alcoólica, sendo assim a alteração de seus
valores fora do resultado de referência muitas vezes não tem significado relevante. O
exame de Bilirrubina vai ser útil para verificar também as funções do fígado, devido a fazer
parte de um processo de controle e reabsorção de pigmentos da degradação das hemácias.
Ainda aliado a esses exames encontra-se a Fosfatase Alcalina, que também vai avaliar as
funções do fígado e também problemas ósseos.

Uroanálise
As análises de urina são realizadas em três etapas: exame físico, químico e microscópico.
O setor realiza provas químicas confirmatórias para todas as amostras. Sumário de Urina é
indicado para identificar problemas já existentes, como infecções por bactérias, protozoários
e fungos, também para verificar de forma superficial proteinúria, e de forma evidente
hematúria, corpos cetônicos, nitrito, até mesmo a presença de cristais e cilindros, isso pode
mostrar o que está resultando alguma sintomatologia e apontar o que está causando a
enfermidade ou até mesmo indicar problemas futuros que podem ser remediados e
revertidos ou controlados de forma satisfatória. Urina é indicado ao paciente como se faz a
coleta, desprezando o primeiro jato de urina, tomando cuidado para não contaminar, e
assim levar ao laboratório. E assim encaminhar ao farmacêutico para ser feita a leitura.

Parasitologia
O exame parasitológico de fezes é usado para verificar parasitas com significado clínico, ou
seja, que possam ou já estejam causando doenças e sintomatologias, assim possibilitará o
tratamento mais adequado preventivo de possível desenvolvimento de quadros nocivos a
saúde ou para sanar um problema já existente. Este exame é indicado ao paciente, como
se faz a coleta correta, usando um frasco de boca larga, devendo tomar cuidado para não
contaminar a amostra, na hora da coleta. Deve ser encaminhado ao laboratório o mais
rápido possível. E o mesmo encaminhado para o farmacêutico para ser efetuado a leitura.

PAPANICOLAU
O Papanicolau é um exame ginecológico de citologia vertical, feito em mulheres a partir dos
25 anos que têm vida sexual ativa. Recebeu esse nome por conta de seu criador e médico
romeno Geórgios Papanicolau, pioneiro nos estudos sobre a citologia. O exame consiste
em coletar células do colo do útero e diagnosticar lesões ou alterações presentes no órgão
que podem indicar o Papilomavírus Humano (HPV), que é o maior causador do câncer de
colo de útero.
O exame de Papanicolau também pode diagnosticar outras doenças sexualmente
transmissíveis, como sífilis, gonorreia e entre outras. O Papanicolau deve ser realizado
entre o décimo e o vigésimo dia depois do primeiro dia de menstruação.
O exame é realizado com a paciente em posição ginecológica, com as duas pernas
separadas e apoiadas em suportes. O médico ginecologista examina a parte exterior da
vagina da paciente e observa se há algum corrimento ou anormalidade, logo após, introduz
um espéculo vaginal (também conhecido como bico de pato) na vagina, para que seja
possível a visualização do colo do útero. Com o uso de uma espátula especial e de uma
escova endocervical, é possível colher amostras do tecido uterino para analisar possíveis
lesões presentes. O material coletado é colocado em uma lâmina e levado para análise em
laboratório.

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SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE

O diagnóstico de uma doença é feito mediante a história clínica e exames complementares,


como os testes laboratoriais. Estes podem levar a resultados falso-positivos (quando o teste
é positivo e o indivíduo não tem a doença) ou falso-negativos (quando o teste é negativo e a
pessoa tem a doença). Portanto, a correta interpretação de um teste laboratorial vai além de
checar o resultado obtido, sendo necessário conhecimento médico para avaliar as
propriedades do teste por ele solicitado.

Quando um novo exame diagnóstico é desenvolvido, o pesquisador estabelece um ponto de


corte, a partir do qual ele define se o resultado será positivo ou negativo. Aqui entram a
sensibilidade e a especificidade, duas variáveis importantes para mensurar e identificar a
precisão diagnóstica de um teste.

Sensibilidade

A sensibilidade de um teste diagnóstico corresponde ao percentual de resultados positivos


dentre as pessoas que têm uma determinada doença ou condição clínica.

Especificidade

A especificidade é a capacidade do mesmo teste ser negativo nos indivíduos que não
apresentam a doença que está sendo investigada.

Sensibilidade x Especificidade

O teste ideal seria aquele que apresentasse 100% de sensibilidade e de especificidade.


Assim, teríamos apenas dois resultados: negativo (a pessoa não estaria doente) ou positivo
(o indivíduo estaria doente). Portanto, não teríamos o falso-negativo ou o falso-positivo.

Infelizmente, isso raramente ocorre na prática. Imagine uma balança, onde um dos pratos é
a sensibilidade e o outro, a especificidade. Se ocorre melhora na sensibilidade de um teste
(o prato da balança sobe), frequentemente ocorre diminuição na especificidade (o prato da
balança desce). Em algumas situações, ter uma sensibilidade de 100% é muito importante,
como nas triagens sorológicas em bancos de sangue, onde os testes são realizados para a
prevenção de transmissão de infecções.

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CONCLUSÃO
Durante o estágio foi possível compreender, de uma maneira geral, o funcionamento e a
rotina dos locais designados para os estágios. o estágio realizado trouxe, não só
conhecimentos técnicos, mas também crescimento pessoal, principalmente por possibilitar
aprender a trabalhar em equipe e com responsabilidade e assim compreender o exercício
do farmacêutico na área de analises clinicas. No decorrer do estágio, foi possível visualizar
as competências do farmacêutico em diferentes situações, adquirindo conhecimento em
relação ao funcionamento de cada setor, juntamente com as dificuldades enfrentadas
diariamente na rotina de um laboratorio de analises clinicas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://pt.slideshare.net/derleycastro/relatorio-analise-clinicas-vanderley-3
acesso em 12/11/2021 às 22:00

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/biologia/observado-no-estagio
acesso em 12/11/2021 às 22:40

https://www.fleury.com.br/noticias/precisao-diagnostica
acesso em 12/11/2021 às 22:16

https://www.fleury.com.br/medico/artigos-cientificos/exames-laboratoriais-e-a-importancia-do
s-cuidados-pre-analiticos#:~:text=Fase%20anal%C3%ADtica%3A%20corresponde%20%C3
%A0%20etapa%20de%20execu%C3%A7%C3%A3o%20do%20teste%20propriamente%20
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r%20sua%20decis%C3%A3o.
acesso em 12/11/2021 às 22:20

https://lavoisier.com.br/saude/exames/preventivo-papanicolau
acesso em 12/11/2021 às 23:10

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ANEXOS

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