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Curso: HIGIENE OCUPACIONAL – TURMA 24

Tutor(a): Marcos Abrantes


Disciplina: 8 - Radiações Ionizantes e não Ionizante
Unidade: Unidade 4 – Radiologia industrial

Aluno/Grupo: Nilton do Nascimento de Farias

1.Quais são os procedimentos de segurança que se deve adotar quando são


utilizados os equipamentos de gamagrafia industrial em atividades de campo e
instalações físicas fixas?

Deve ser atendido os requisitos mínimos aplicáveis às fontes de radiação gama


para radiografia industrial estão descritos no padrão ISO 2919 (1990), e
satisfazem em geral aos requisitos referentes ao material radioativo sob formas
especiais (IAEA, 2000).

Para se realizar uma atividade de gamagrafia em ambiente industrial, este deve


ser precedido de documentação, incluindo obrigatoriamente:

a) Autorização para Operação: Cópia da “Autorização para Operação”


fornecida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) permitindo
a empresa executar radiografias industriais;

b) Plano Geral de Radioproteção: Cópia do "Plano Geral de


Radioproteção" devidamente assinado pelo Radioproteção e pelo
Supervisor de Radioproteção e demais responsáveis;

c) Qualificação especial para os Responsáveis por Instalação Aberta


(RIA): Declaração assinada pelo Supervisor de Radioproteção da
empresa de que os RIA – listados nominalmente - se encontram
devidamente habilitados a atuar em qualquer situação de emergência
envolvendo as fontes radioativas a serem utilizadas, de modo a garantir a
segurança de seu pessoal, dos funcionários e do público em geral;

d) Cópias dos “Certificados de Calibração” dos instrumentos, emitidos por


entidades credenciadas pela CNEN - com adequados prazos de validade
- e dos relatórios de “aferições dos contadores geiger”;

e) Relação nominal dos funcionários indicando no mínimo: nome,


matrícula, função, número de registro da qualificação junto à CNEN e
número do filme dosimétrico utilizado.
Estabelecer critérios de segurança para execução da atividade, incluindo
obrigatoriamente:

a) Dose máxima permissível: Com base na Norma CNEN-NN 3.01 os


funcionários e demais contratadas são classificados como “indivíduos do
público”, ficando estabelecido um limite anual de dose equivalente para
os mesmos de 1,0 mSv;

b) Limite de intensidade de radiação: Somente devem ser utilizadas fontes


radioativas com atividade máxima de 20,0 Ci;

c) Pessoal: A equipe, responsável pela execução da gamagrafia, deverá


ser composta por no mínimo:
- Um (01) Responsável por Instalação Aberta (RIA);
- Um (01) Operador de Radiografia Industrial;
- Um (01) Operador de Radiografia Industrial Auxiliar (não é exigida
a qualificação junto a CNEN;

d) Acidentes: Todo e qualquer acidente envolvendo fontes radioativas


deve ser comunicado imediatamente ao Coordenador de Gamagrafia, a
quem caberá acionar o Supervisor de Radioproteção da Contratada e à
equipe de Segurança da empresa;

e) Horário de execução de gamagrafias: Gamagrafias devem ser


realizadas preferencialmente em horários noturnos. Quando for
necessário realizá-las no horário diurno, medidas especiais de controle
deverão ser implementadas;

f) Irradiadores: O transporte dos irradiadores deve ser efetuado em total


obediência às recomendações da norma CNEN-NE 5.01 (Transporte de
Materiais Radioativos);
Deverá ser exigido o uso de placas se sinalização nas laterais e traseira do
veículo, identificando-o como transportador de material radioativo quando de
sua entrada no Terminal.

2. Indique e comente quais são os tipos de acidentes mais comuns nestas


atividades.

Devido às características tão especiais da radiografia industrial, tal prática é


responsável por aproximadamente metade de todos os acidentes relacionados
com a indústria nuclear, tanto em países desenvolvidos como nos em
desenvolvimento, segundo estatística de acidentes radiológicos registrada pela
Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Os relatórios de acidentes revelaram que a principal consequência foi a dose de
corpo inteiro nos operadores e responsáveis por instalações. As principais
causas apontadas foram:

a) Desconexão dos engates do cabo de comando e engate da porta


fonte;
b) Porta fonte fora de posição de blindagem dentro do irradiador;
c) Não travamento da fechadura do irradiador;
d) Não monitoramento do irradiador, após recolher a fonte;
e) Não monitoramento da área, depois de recolher a fonte;
f) Não portar os monitores de leitura indireta (bips e canetas
dosimétricas);
g) Queda do dosímetro próximo a fonte exposta;
h) Dosímetro esquecido na camisa, no crachá ou dentro do automóvel;
i) Acidente com os irradiadores no transporte rodoviário;
j) Desgaste da parte externa do pino de travamento do engate da porta
fonte;
k) Falhas no procedimento: não desconectar o cabo de comando, não
travar a fechadura ao se deslocar entre pontos de difícil acesso na
instalação e acoplamento imperfeito do terminal de exposição no tubo
guia deixando a fonte presa no terminal impossibilitando o recolhimento.

3. Quais são os limites de doses permitidos para IOE e público em radiologia


industrial?

A exposição normal dos indivíduos deve ser restringida de tal modo que nem a
dose efetiva nem a dose equivalente nos órgãos ou tecidos de interesse,
causadas pela possível combinação de exposições originadas por práticas
autorizadas, excedam o limite de dose especificado na tabela a seguir, salvo em
circunstâncias especiais, autorizadas pela CNEN.

Esses limites de dose não se aplicam às exposições médicas.

Onde:
Dose efetiva: é a soma das doses equivalentes ponderadas nos diversos órgãos
e tecidos. A unidade no sistema internacional é o sievert (Sv).

Dose equivalente: é a dose absorvida média no órgão ou tecido. A unidade no


sistema internacional é o sievert (Sv).

a) Para fins de controle administrativo efetuado pela CNEN, o termo dose


anual deve ser considerado como dose no ano calendário, isto é, no
período decorrente de janeiro a dezembro de cada ano.

b) Média ponderada em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50


mSv em qualquer ano.

c) Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de


dose efetiva de até 5 mSv em um ano, desde que a dose efetiva média
em um período de 5 anos consecutivos, não exceda a 1 mSv por ano.

d) Valor médio em 1 cm2 de área, na região mais irradiada.

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